O livro de
Dayan’ul é um dos mais conhecidos, ao menos sua parte
histórica; entretanto é dos mais complexos e de difícil
interpretação do Antigo Testamento. O livro fala sobre um
jovem, levado à força para a cidade da Babilônia para
integrar-se à equipe diplomática do Império. Dayan’ul teve
muito êxito e esteve no topo da pirâmide organizacional da
Babilônia, mesmo quando o Império sofreu sua derrocada.
Tal qual
Kozoq’ul, o livro de Dayan’ul também faz parte da literatura
apocalíptica, pois utiliza-se de visões misteriosas para
transmitir a mensagem divina de que os reinos deste mundo
não estão fora do domínio de YAOHUH. Além disso, Dayan’ul
não pode ser enquadrado como um profeta clássico, no sentido
estrito do termo, pois ele não condena o comportamento
pecaminoso, nem recomenda a guarda da Lei da Aliança
[simplesmente a aceita como consolidada]. Os eruditos
hebreus entenderam dessa forma e na Bíblia hebraica não o
colocam entre os demais profetas, mas junto com os livros de
Ozór, Neemias/Naokhem’yah e Crônicas e os livros poéticos na
seção chamada de “Escritos” [ordem cronológica e não por
tema, como os cristão os fazem].
Conforme as
datas citadas no livro, Nebuchadnezar levou os israelitas
cativos em 605 a.Y. O sonho interpretado por Dayan’ul
aconteceu em 603 a.Y. e ele continuou na elite do governo
até o primeiro ano do rei Kerósh (Dn. 1:21; 538 a.Y.).
Dayan’ul ainda recebeu uma revelação no terceiro ano do
governo de Kerósh (10:1; 536 a.Y.), quando encerrou suas
atividades nos impérios babilônico e persa.
Mas, apesar de
Dayan’ul narrar acontecimentos relativos ao século VI a.Y.
muitos eruditos afirmam que a obra foi composta no século II
a.Y. entre os anos de 168 a 164. A razão para esta conclusão
é a citação dos reinos do norte e do sul que coincidem com a
história do período grego no Oriente Médio que abrange os
séculos IV a.Y. ao II a.Y.
Aqueles que
apóiam esta data adiantada [não crendo da revelação
profética, por isto o classifica como um livro histórico]
baseiam-se no fato de Dayan’ul ser uma literatura
apocalíptica. Este tipo de literatura, entre outras
características, eram:
• pseudonímia –
atribuir à uma obra o nome de um personagem famoso do
passado para transmitir credibilidade.
• Vaticinium ex
eventu – produzir uma obra literária remetendo ao passado
como se o autor vivesse antes deles.
Estas
características compõem a literatura apocalíptica extra
bíblica do século II a.Y. ao século II d.Y., geralmente
presente nos chamados livros apócrifos... O livro de
Dayan’ul traz acontecimentos precisos do ano 168 a.Y. e, por
isso, alguns estudiosos afirmam se tratar de um autor
contemporâneo que escreveu estes registros pouco tempo
depois.
Outra
característica apocalíptica presente em Dayan’ul são os
fatos extraordinários tais como o livramento da fornalha dos
amigos de Dayan’ul (cap. 3) e a mão que escreveu na parede
no banquete de Belsazar (cap. 6). A literatura extra bíblica
deste período era rica neste tipo de narrativa.
Apesar de
Dayan’ul compartilhar algumas das características da
literatura apocalíptica extra bíblica [porque ele é que
copiou e não os demais é que o copiaram em seu estilo?] o
livro de Dayan’ul diferencia-se em certos aspectos e não é
simples determinar todos os aspectos da literatura
apocalíptica. Um problema em considerar Dayan’ul uma
produção do século II a.Y. está no estabelecimento da data,
pois o período entre 168 – 164 a.Y. é um período muito curto
de tempo para produzir, copiar e distribuir um livro, sem
mencionar o processo de canonização [aceitação] pela
comunidade judaica.
Outros fatos
que depõem contra a data avançada de Dayan’ul:
• O uso do
aramaico no livro de Dayan’ul sugere um período anterior ao
século II a.Y.
• A inclusão de
Dayan’ul na Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento).
• A presença de
Dayan’ul nos manuscritos do Mar Morto (II a.Y.).
A Babilônia começou despontar no cenário mundial como uma
grande potência, aproveitando a decadência do Império
Assírio. O ano era 626 a.Y. quando Nebupoladnezer, pai de
Nebuchadnezar, foi firmado como rei da Babilônia. O Império
Assírio ruiu definitivamente, depois de 150 anos, em 605
a.Y. na batalha de Carquêmis.
Após a morte de
Nebupoladnezer, seu filho, Nebuchadnezar, assumiu o reino da
Babilônia e tomou os territórios que a Assíria não havia
conquistado, incluindo o Reino do Sul, Yaohu’dah. Neste
período, os filhos de rei Josias se envolveram em muitas
conspirações contra Nebuchadnezar e o resultado foi o
processo da deportação de parte da população de Yaohu’dah em
três etapas. Nesta ocasião, Dayan’ul já estava na corte
babilônica, pois fora deportado na primeira etapa em 605
a.Y.
O reinado de
Nebuchadnezar terminou em 562 a.Y., entretanto seus
sucessores não foram tão competentes quanto ele e o Império
Babilônico chegou ao fim em 539 a.Y. quando Kerósh, o persa,
tomou a Babilônia sendo recebido com um herói ao invés de
conquistador. Ao assumir o governo da Babilônia, Kerósh
permitiu que os povos conquistados voltassem e
reconstruíssem sua sociedade (Ed. 1:1-4). O povo de
Yaohu’dah considerou isso como o cumprimento das profecias e
o restabelecimento da Aliança. Aos judaicos cabia apenas
aguardar a restauração do governo teocrático com a capital
em Yah'shua-oleym, que de fato nunca aconteceu.
NOTA de oCaminho: Sha’ul nos deixa claro a sua crença
no unitarianismo ao distinguir Pai e Filho em I Co 8:4u.p.,
5-6. Segundo Jo 1:3 (Hb 1:2), Yaohushua é o nosso CRIADOR (o
Verbo) e segundo I Tm 6:16 o PAI é o único digno de ser
chamado de ETERNO!
TAMBÉM,
devemos sempre levar em consideração Jo 1:18 ao lermos
passagens do VT... Todas as vezes que a divindade fala,
aparece ou vem até o personagem do livro, é o próprio
CRIADOR [Yaohushua antes da Sua encarnação]...
-o-o-o-o-o-o-o-
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