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1º trimestre
de 2017
DISCIPULANDO!
Lição Intercalada com o Formulário
para as Respostas
Lição 2 - Discipulado por meio de metáforas
Sábado à tarde
VERSO PARA
MEMORIZAR:
"Todas estas coisas disse Yaohu'shua às multidões por parábolas
e sem parábolas nada lhes dizia; para que se cumprisse o que foi
dito por intermédio do profeta: Abrirei em parábolas a Minha
boca; publicarei coisas ocultas desde a criação do mundo" (Mt
13:34, 35).
Leituras da Semana: II Sm 12:1-7; Is 28:24-28; Mt
7:24-27; 13:1-30; Lc 20:9-19
O cristianismo é razoável e tem
lógica. O intelecto deve ser cultivado. No entanto, o intelecto
sozinho expressa de modo insuficiente toda a personalidade
humana. Ao contrário dos robôs, que são programados para
processar a razão e a lógica, os seres humanos são capazes de
amar, sentir, sofrer, chorar, preocupar-se, rir e imaginar.
Por isso, Yaohu'shua ajustou as Verdades eternas de uma forma
que ia além do mero intelecto. Ele falou por intermédio de
figuras concretas extraídas da vida cotidiana, a fim de alcançar
as pessoas onde elas estavam. Crianças e adultos podiam entender
verdades profundas transmitidas por meio de parábolas [histórias
lastreadas em fatos popularmente aceitos, independente se
verdadeiros ou não] envoltas
em imagens e metáforas.
Enquanto isso, conceitos
complexos como justificação, justiça e santificação eram
facilmente compreendidos mediante a arte do Mestre contador de
histórias. Em outras palavras, conceitos que muitas vezes são
difíceis de entender na linguagem comum podem ser ensinados com
o auxílio de símbolos e metáforas.
USE
O FORMULÁRIO ABAIXO PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES
As modernas sociedades
alfabetizadas consideram a alfabetização algo substancial. No
entanto, ainda hoje, existem muitas sociedades não
alfabetizadas. Ao longo da história antiga, a alfabetização foi
exceção e não regra. As classes dominantes, os especialistas
literários (escribas), obtinham poder por meio da habilidade de
leitura. Por isso, Jesus adaptou Suas mensagens dentro de formas
que as pessoas comuns e iletradas conseguissem entender
(obviamente, os ouvintes alfabetizados também poderiam
compreendê-las).
Antes da invenção da imprensa por Gutenberg, os escritos eram
feitos à mão, um processo demorado. Relativamente poucos podiam
adquirir esses materiais valiosos. Portanto, a comunicação oral,
mediante lendas, parábolas e recursos semelhantes tornou-se o
padrão para a transmissão de informações.
O Criador oferece salvação a toda a humanidade. Seria
surpreendente que Ele usasse formas de comunicação que
alcançassem o maior número de pessoas? A tradição oral,
transmitida de geração em geração mediante histórias simples,
tornou-se o meio de propagação do pensamento redentor.
3. Leia Lc 14:27-33. Que lições podemos aprender com essas
histórias? Como essas metáforas ajudam na compreensão do
discipulado?
Minha Resposta à Questão 3:
Edificação envolve preparação. As estimativas de custo são
elaboradas muito antes do começo da efetiva construção. O
discipulado também requer preparação. Milagres de multiplicação
de alimentos, curas espetaculares e o aparente sucesso poderiam
levar os discípulos em potencial a supor que seguir a Yaohu'shua
fosse fácil. Entretanto, Yaohu'shua incentivou Seus ouvintes a
estudar o quadro completo. Sacrifício pessoal, sofrimento,
humilhação e rejeição constituíam custos consideráveis. Observe
mais uma vez que Yaohu'shua escolheu transmitir essa mensagem
usando a linguagem metafórica, embora pudesse ter oferecido uma
lista de desvantagens específicas que os discípulos poderiam
encontrar. Leia Mt 13:10-13.
Terça
Analogias agrícolas
4. Leia Mt 13:1-30. O que
Yaohu'shua estava ensinando aos Seus ouvintes sobre o discipulado? Que lições os
cristãos podem obter dessas metáforas?
Minha Resposta à Questão 4:
A parábola do semeador é
familiar a muitos leitores. O cenário da história era comum para
uma sociedade agrária. Os ouvintes de Yaohu'shua poderiam
facilmente se relacionar com esse ambiente. A conexão com o
discipulado é óbvia. Essencialmente, Yaohu'shua estava
desafiando Seus ouvintes a avaliar sua posição como discípulos.
Em lugar de confrontar cada indivíduo especificamente, Ele
falava por parábolas, convidando os discípulos a confrontar a si
mesmos. Olhando no espelho de seu coração, eles podiam avaliar
suas tendências materialistas, rever seu nível de perseverança,
analisar seu envolvimento com o mundo e escolher o estilo de
vida do resoluto discipulado.
Ao mesmo tempo, o verdadeiro
discipulado deixa o julgamento (condenação) nas mãos do Mestre,
em lugar de deixá-lo nas mãos dos discípulos. O discernimento
humano é incompleto e seu conhecimento é parcial. Só o Criador
possui entendimento impecável. Yaohu'shua adverte igualmente
sobre a infiltração satânica. Os discípulos não podem entregar
seu julgamento (discernimento) a outros professos cristãos
porque estes podem ser ervas daninhas; não trigo. Ambos crescem
juntos até a época da colheita.
Na
parábola do semeador, Yaohu'shua falou sobre a "fascinação da
riqueza". Como as "riquezas" podem enganar até mesmo os que não
as possuem?
Quarta
A guerra Revolucionária
O ministério de Cristo foi
revolucionário, mas sem as armas comuns. Seus instrumentos
eram infinitamente mais poderosos do que espadas ou facas.
Palavras que transformavam a vida, muitas vezes expressas
por meio de parábolas e metáforas, eram Suas armas "não tão
secretas" na luta contra o mal.
As táticas e estratégias de
Cristo surpreenderam muitos dirigentes. Eles não estavam
preparados para enfrentar o poder de Sua influência sobre as
multidões. Muitas de Suas parábolas continham mensagens que
trabalhavam contra os líderes. Com razão, os líderes
religiosos viram que sua influência seria em grande parte
reduzida sempre que a mensagem de Cristo entrasse no coração
das pessoas.
5. Leia Mt
21:28-32 e Lc 14:16-24; 20:9-19. Quais são as lições dessas
parábolas? Embora as parábolas fossem frequentemente
dirigidas a pessoas específicas, que princípios se aplicam a
nós?
Minha Resposta à Questão 5:
Sem dúvida, temos sido muito
abençoados pelo Mestre: Ele nos redimiu pelo Seu sangue;
prometeu salvação com base em Sua justiça, deu-nos a certeza da
vida eterna e nos concedeu tomar posse dEle, em Espírito (unipresença).
O
Criador nos deu muitas bênçãos. No entanto, é fácil esquecer as
coisas que temos, considerá-las algo garantido ou até mesmo
ridicularizá-las. Como os lavradores da parábola, podemos até
não perceber as implicações do que estamos fazendo. No fim, a
ignorância deles não os desculpou no dia do julgamento. Da mesma
forma, a ignorância não nos servirá como desculpa. At 17:30
Quantas vezes você já se enganou a respeito de sua situação
espiritual? O que você aprendeu com essas experiências, que pode
ajudá-lo a evitar os mesmos erros novamente?
Quinta
A herança criativa de Cristo
Após a conclusão do registro do ministério de
Cristo, a narração de parábolas parece ter desaparecido das Escrituras. O que
explica esse fenômeno? Certamente, o maior segmento do restante do Novo
Testamento está centralizado em Sha'ul (Paulo). Treze livros do Novo Testamento foram
atribuídos a ele, e quase a metade da narrativa histórica de Luka no livro de
Atos também está voltada quase que exclusivamente para Sha'ul. Embora ele não use
histórias da mesma forma que Yaohu'shua usou, ainda fez considerável uso
de metáforas, comparações e outros recursos criativos (Rm 7:1-6; I Co 3:10-15;
II Co 5:1-10). Embora Sha'ul não fosse um contador de histórias, suas apresentações
não eram tediosas nem insípidas. Obviamente, existiam diferenças de estilo entre
o discurso público de Cristo e o de Sha'ul, mas ambos revelaram considerável
criatividade de expressão.
Outros escritores do Novo Testamento demonstram
até certo ponto maior afinidade com o uso das parábolas. Yah'kaf (Tiago), irmão
carnal de
Yaohu'shua, escreveu: "Suponham que na reunião de vocês entre um homem com anel
de ouro" (Tg 2:2), para começar uma lição narrativa. No entanto, nem o
irmão de Cristo nem qualquer outro discípulo utilizaram histórias de maneira tão
extensiva quanto Cristo. Todavia, comparação e simbolismo são comuns. "O rico
passará como a flor do campo" (Tg 1:10). "Tomem também como exemplo os
navios" (Tg 3:4). A visão de Kafos (Pedro) - At 10 - assumiu a forma simbólica.
Narrativas simbólicas formam porções significativas do livro do Apocalipse.
"Quando o dragão foi lançado à Terra, começou a perseguir a mulher" (Ap 12:13).
Porém, note, tais símbolos apontam para realidades ou seja, fatos literais,
assim como a Volta do Messias extensamente narrada através dos símbolos do
Apocalipse/Revelação...
6. Escolha duas passagens entre os textos a seguir e identifique as metáforas
em cada um deles.
Quais são as mensagens contidas nesses versos? Que figuras são utilizadas para
transmitir a mensagem? At 10:9-16; Tg 3:3-12; Ap 12:7-17; 18:9-20; 19:11-16
Minha Resposta à Questão 6:
Seja qual for a forma de
expressão, o princípio permanece o mesmo: metáforas, símiles,
parábolas, alegorias e outros exemplos de linguagem criativa nos
permitem a comunicação de modo compreensível. Com base nas
experiências do ouvinte, Cristo e Seus discípulos usaram
comparações e ilustrações que estimulavam a compreensão da
verdade. Quando for apropriado, não devemos ter medo de fazer o
mesmo.
Sexta
Estudo
adicional
Perguntas
para reflexão
7. Peça que alguns alunos
mencionem sua história bíblica favorita. Que lições eles
aprenderam com essas histórias? Yaohu'shua usou
figuras de coisas com as quais Seus ouvintes estavam
familiarizados. Que exemplos da cultura atual ajudam a
transmitir verdades espirituais?
Minha Resposta à Questão 7:
8. Embora Yaohu'shua
usasse metáforas principalmente do ambiente agrícola, grande
parte do cristianismo primitivo era urbano. Que imagens
"urbanas" podem ser encontradas no Novo Testamento? Quais são os
elementos de uma boa história? Como eles funcionam? Como podemos
aprender a usar esses elementos em nosso testemunho?
Minha Resposta à Questão 8:
9.
Leia Lc 16:19-31. Que tipo de história Yaohu'shua usou ali?
Que lições podemos tirar dela sobre o uso da ficção na
transmissão de mensagens espirituais?
Minha Resposta à Questão 9:
Respostas sugestivas:
1. O
Criador usou a parábola de Natan para inspirar o
arrependimento no coração de Da'oud; Yashua'yah (Isaías)
mostrou que o Criador usa o castigo necessário para cultivar
o coração de Seu povo, com o propósito de salvar; Yarmi'yah
(Jeremias)
mostrou que todos beberão do cálice da ira divina; Kozoq'ul
(Ezequiel) mostrou que a madeira da videira (Yaoshor'ul/Israel) não era
melhor do que nenhuma outra árvore. O amor do Criador era
o que a tornava especial, mas ela seria destruída por causa
do pecado.
2. Mostram que o discipulado é um processo
contínuo que une teoria e prática. Yaohu'shua usou uma
ilustração prática que todos poderiam compreender e
experimentar na prática.
3. Precisamos calcular o custo do
discipulado, carregar a cruz, renunciar ao próprio egoísmo e
servir a Yaohu'shua; se não renunciarmos a todas as coisas
do mundo, nossa vida será como uma torre inacabada ou como um exército derrotado.
4. A
beira do caminho representa o coração insensível, que ouve, mas
não compreende nem persevera; as rochas são os problemas que
destroem o discípulo superficial; os espinhos são os prazeres do
pecado, que sufocam o crescimento espiritual; a boa terra é o
discípulo que ouve, compreende e frutifica. O joio é semeado por
ha'satan. Para vencer é preciso ter ouvidos para ouvir
Yaohu'shua
(o santo Espírito).
5. É mais fácil haver arrependimento no
pecador declarado do que nos religiosos hipócritas; o dinheiro e
os relacionamentos impedem muitos de aceitar o convite do
evangelho; os pobres e necessitados aceitam com mais facilidade
a salvação porque essa é sua única esperança; alguns indecisos
precisam ser arrastados para não perder a oportunidade; os
profetas e Yaohu'shua foram rejeitados pelos líderes judaico,
simbolizados pelos lavradores.
6. Atos 10:9-16: o Criador mandou
que Kafos comesse carnes imundas, que representavam os gentios
[Is 9:1 - os descendentes das 10 tribos do Reino do Norte -
a Casa de Israel - espalhadas por entre as nações] e os
povos das nações,
que deviam ser aceitos na igreja. Tiago 3:3-12: O freio controla
o cavalo, o leme conduz o navio, a centelha incendeia a
floresta: todos simbolizam o poder que a língua tem para
arruinar a vida humana; a única esperança é submetê-la ao
domínio do santo Espírito, Yaohu'shua.
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