Volta e meia eu ouço alguns evangélicos
dizendo que acreditam na existência de fantasmas e que eles
mesmos já testemunharam a aparição de alguns. Segundo esses
irmãos queridos vultos fantasmagóricos, com forma humana de
pessoas conhecidas ou não já lhes apareceram lhes causando
grande temor.
Bom, antes de tudo torna-se importante afirmar que aqueles
que morrem não ficam perambulando por aí. As Escrituras nos
ensinam que ao morrer o corpo volta a terra e o espírito
volta ao Criador, que o deu (Ec 12:07). A Bíblia também
diz que aos homens está ordenado morrerem uma só vez,
vindo, depois disto, o juízo (Hb 9. 27). Portanto,
segundo a perspectiva bíblica os homens morrem e após isto,
tão somente o julgamento (para os ímpios, uma vez que os
salvos não são julgados - Jo3:18), o que inviabiliza essa
história de que o espírito do falecido fica vagando na
terra.
Diante desta afirmação talvez você esteja a perguntar, o que
são essas manifestações então?
Primeiro, algumas
dessas experiências místicas são frutos da mente de alguém
que por motivos diversos acredita que viu um espírito
desencarnado.
Segundo, influenciado
por um misticismo exacerbado e induzido por questões
periféricas, o "vidente" acredita que efetivamente aquilo
que viu é uma manifestação espiritual.
Terceiro, as
chamadas visões podem ser fruto de engodo, brincadeiras ou
até mesmo golpes de pessoas inescrupulosas cujo desejo é
lesar outrem.
Quarto, a
visão de espíritos desencarnados podem ser efeito de drogas
ou algum tipo de alucinógeno.
Quinto, mais
comumente,
uma ação exclusiva de demônios.
Prezado amigo as Escrituras nos ensinam que o diabo é o pai
da mentira (Jo 8:44) e que ele pode tomar a forma de anjos
de luz (II Co 11:14) ensina também que ele é enganador (I
Tm 4:1-2) e príncipe deste mundo (Jo 12:31).
Isto posto creio que muitas manifestações dos chamados
fantasmas são provenientes de demônios que de modo
implacável induzem os homens ao erro.
Então, fantasmas existem?
Para defender o conceito da “imortalidade da alma”
(justificado pela aparição de “fantasmas”) o seguinte trecho
[argumento] é muito comum:
“Que os cristãos do primeiro século tinham um conceito
semelhante à crença da maioria dos cristãos de hoje [a
saber, que a ‘alma’ ou o ‘espírito’ continuam ativos e
conscientes depois da morte do homem] pode ser percebido até
em versículos que não foram escritos com o intuito de
esclarecer esse ponto. Por exemplo, quando ‘Jesus’ andou
sobre as águas, durante uma tempestade, e seus discípulos
viram aquela figura humana se aproximando, eles reagiram da
seguinte maneira: E os discípulos, vendo-o andando sobre
o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma! E gritaram com
medo. Mt 14:26, Almeida. A TNM, ao invés de traduzir por
‘fantasma’, traduz por ‘aparição’, talvez para amenizar o
sentido da palavra, que em grego é justamente phantasma,
semelhante ao termo em português. Todos sabem que o sentido
que as pessoas dão ao vocábulo ‘fantasma’ é de alguém que
voltou do mundo dos mortos. O mesmo aconteceu quando o
ressuscitado ‘Jesus’ apareceu repentinamente para seus
discípulos. Sobre esse episódio, a Bíblia diz: Mas, visto
que estavam apavorados e tinham ficado amedrontados,
imaginavam ver um espírito. Lc 24:37”.
Ensinos bíblicos claros ou conceitos populares?
Na realidade, a essência do argumento apresentado acima é
um raciocínio circular. A palavra dita numa
exclamação que os discípulos de Cristo fizeram (“É um
fantasma!”) no incidente no Mar da Galiléia foi “promovida”
à categoria de um conceito dos “cristãos do primeiro
século”, bem como da “maioria dos cristãos de hoje”. Que
conceito? O de que “fantasma” é “alguém que voltou do mundo
dos mortos”. Com que base? No fato de que “todos sabem que o
sentido que as pessoas dão ao vocábulo 'fantasma' é esse!
É claro que o sentido que se dá comumente à palavra “fantasma”
é esse, até mesmo entre grande número de pessoas associadas
com muitas igrejas cristãs. Contudo, insinuar que, pelo fato
de essa palavra constar – em tese - em um ou dois versículos
bíblicos e seu sentido popular ser este comprova que “os
cristãos do primeiro século” também tinham um conceito assim
(outra maneira de dizer que “a Bíblia ensina” isso) é que já
não está nada claro! Qualquer um pode
fazer esta afirmação, mas ela não passa disso: uma afirmação.
Apesar da completa falta de evidência dessa premissa, porém,
ela é o ponto de partida da argumentação acima, daí a
razão de isso poder ser apropriadamente classificado como um
“raciocínio circular”.
Se ‘opiniões populares’ (o sentido que as pessoas dão)
fossem a chave para se entender termos que constam na
Bíblia, então todo cristão deveria obrigatoriamente aceitar
idéias tais como:
─ que alma é a
parte imaterial do homem que permanece viva após a morte do
corpo físico;
─ que hades (ou inferno)
é o lugar onde os maus são castigados eternamente por
‘Deus’;
─ que a menção
(apócrifa) a ‘Pai, Filho e Espírito Santo’ significa
que ‘Deus’ é uma ‘Trindade’;
─ que o
incentivo à ordem ou arranjo significa que
todos devem estar numa ‘igreja organizada;
─ que bispo ou diácono são
os ‘líderes’ ou ‘governantes’ das congregações;
─ etc.
“Todo mundo sabe”
(deveria saber) que as idéias acima constituem o ‘sentido
que as pessoas dão’ a cada uma dessas coisas; assim como é
igualmente verdade que elas constituem ‘a crença da
maioria dos cristãos de hoje’. Todavia, será que, com base
nestes fatos óbvios, podemos afirmar taxativamente que é
assim mesmo que os primitivos cristãos entendiam
cada um desses termos grifados?1 Qualquer
estudo sério e imparcial mostrará que não! A evidência para
cada uma dessas afirmações está completamente ausente na
informação suprida nas Escrituras, em si. Não só a Bíblia não
declara (nem mesmo implicitamente) nada disso,
como também é possível contestar fortemente cada uma
das frases acima com base bíblica. O mesmo é verdade no caso
das palavras “fantasma” ou “espírito”. Qualquer um pode citar versículos
bíblicos onde elas aparecem e dar às palavras o sentido que
quiser. Mas, apresentar algum versículo que estabeleça (ou
mesmo sugira) esta definição que foi apresentada
(alguém que voltou do mundo dos mortos) é uma história muito
diferente!2
O que revela a comparação de versões?
No escrito acima foi mencionada a Tradução do Novo Mundo (a
Bíblia oficial das Testemunhas de Jeová) e criticou-se a
maneira como ela traduz um dos termos. Sendo assim, vale a
pena verificar como esses termos que aparecem nos dois
versículos em discussão (Mt 14:26 e Lc 24:37) foram
traduzidos em outras versões:
Mt 14:26 |
Lc 24:37 |
fantasma: ACR,
NTLH, NVI, BJ, THO, CBC, BMD, TEB, ABV, MH, EP,
ASV, CEB, CJB, ESV, GW, GNT, HNV, CSB, LEB, NAS,
NCV, NIRV, NIV, NKJV, NLT, NRS, RSV, MSG, TNIV,
WEB e WYC
espírito: BBE,
KJV, WBT, TMB, TYN e WNT
aparição: RHE,
ED, Dy, DBY, Kx, MR e YLT |
fantasma: NTLH, BMD,
CEB, CJB, GW, GNT, CSB, LEB, NCV, NIRV, NIV, NLT,
NRS, MSG e TNIV
espírito”: ACR,
NVI, BJ, THO, CBC, TEB, ABV, MH, EP, ASV, BBE,
RHE, ESV, HNV, KJV, NAS, NKJV, RSV, DBY, WBT,
TMB, TYN, WNT, WEB, WYC e YLT |
O escrito que está sendo comentado chamou atenção para a
semelhança entre o termo em português (fantasma) e o termo
original em grego (φάντασμα, phantasma). Este
fato, em si mesmo, nada diz quanto ao sentido do
termo [os gregos tinham em mente o mesmo conceito que hoje
atribuímos à esta palavra?], nem prova coisa alguma em
favor da “imortalidade inerente da alma”.
O que explica a semelhança é que a palavra foi simplesmente transliterada do
grego para o latim (que é a base principal para vários
idiomas modernos, incluindo o português). Ainda que essa
semelhança se verificasse também em outros idiomas (o que
não é o caso), o quadro mostra que não houve unanimidade nem
mesmo nesse procedimento de transliteração, já que vários
tradutores optaram livremente pelas palavras “espírito” e
“aparição” em Mt 14:26.
No caso de Lc 24:37, um número considerável traduziu o termo
grego (πνευμα, pneuma) por “fantasma”, não por
“espírito”. Assim, até mesmo a sugestão de algum erudito
“talvez” ter tentado deliberadamente “amenizar o sentido da
palavra”, pelo simples fato de não ter traduzido o original
em grego por “fantasma” em Mt 14:26 é uma hipótese
questionável.
É muito mais fácil deduzir que os tradutores em geral não
fizeram qualquer distinção entre as palavras “fantasma”,
“espírito” e “aparição”. No caso do “sentido que as pessoas
dão” também não há a menor distinção: seja “fantasma”,
“espírito”, “aparição”, “espectro” ou qualquer outra palavra
desse gênero, muitos entendem que todas elas querem dizer
“alguém que voltou do mundo dos mortos”.
Há apoio bíblico para isso? De maneira alguma! Toda a
informação apresentada lá conduz diretamente à conclusão de
que ninguém ‘volta do mundo dos mortos’ a não ser por
meio de ressurreição; um ato divino. Espontaneamente,
não! No que se refere a todas as
referências bíblicas a “espírito” não há um único
caso em que se possa provar conclusivamente que está se
falando de "alguém que voltou do mundo dos mortos" (por si
mesmo, sem ter sido ressuscitado; temporariamente – Hb
11:39, 40). Se os promotores do conceito da “imortalidade da
alma” desejam afirmar que esta idéia é bíblica, a obrigação
primária deles seria apresentar pelo menos um exemplo que
comprove isso.
O fato de alguns hoje alegarem ter visto “fantasmas”,
“espíritos”, “aparições”, "espectros", "ectoplasmas", ou
qualquer congênere, também não prova nada. No caso dos
apóstolos de Cristo envolvidos nas duas situações analisadas
aqui, o importante não é o que eles estavam ‘pensando’ ou
‘imaginando’ que viam nas duas situações mencionadas acima e
sim a realidade.3 Como está bem
claro nos trechos em questão, em nenhum dos dois casos se
tratava de “fantasma” ou “espírito” (seja qual for o
conceito que eles tivessem sobre isso naquele momento)4 e
sim do próprio Yaohushua em pessoa (no primeiro caso antes
da morte dele e
no segundo caso com
ele já ressuscitado).
Usar o que as pessoas (da antiguidade ou de hoje) ‘pensam’
ou ‘imaginam’ sobre determinadas coisas (ou, pior ainda, o
que nós acreditamos que elas
poderiam estar ‘imaginando’) para definir qualquer
conceito que seja, dentro da Bíblia, dificilmente pode ser
considerado uma ‘boa aplicação das Escrituras’. Embora
qualquer um seja livre para acreditar no que quiser, deve
também respeitar a resolução de outros, caso estes decidam
deixar que o contexto geral da Bíblia defina os termos que
aparecem dentro das páginas dela, em vez de isolar um
versículo e depois tentar conceituar uma palavra que aparece
nele de acordo com idéias do imaginário popular.
________________
Abreviaturas das versões bíblicas citadas neste
estudo: |
ABV |
A Bíblia Viva |
ACR |
Almeida Corrigida e Revisada Fiel |
ASV |
American Standard Version |
BBE |
Bible in Basic English |
BJ |
Bíblia de Jerusalém |
CEB |
Common English Bible |
CJB |
Complete Jewish Bible |
CSB |
Holman Christian Standard |
DBY |
The Darby Translation |
Dy |
Douay Version |
ED |
The Emphatic Diaglott |
EP |
Edição Pastoral |
ESV |
English Standard Version |
GNT |
Good News Translation |
GW |
God's Word Translation |
HNV |
Hebrew Names Version |
KJV |
King James Version |
Kx |
Knox Version |
LEB |
Lexham English Bible |
MH |
Novo Testamento de Mateus Hoepers |
MR |
The Modern Reader’s Bible |
MSG |
The Message |
NAS |
New American Standard |
NCV |
New Century Version |
NIRV |
New International Reader's Version |
NIV |
New International Version |
NKJV |
New King James Version |
NLT |
New Living Translation |
NRS |
New Revised Standard |
RHE |
Douay-Rheims |
RSV |
Revised Standard Version |
THO |
Bíblia de Referência Thompson |
TMB |
Third Millennium Bible |
TNIV |
Today's New International Version |
TYN |
Tyndale |
WBT |
The Webster Bible |
WEB |
World English Bible |
WNT |
Weymouth New Testament |
WYC |
Wycliffe |
YLT |
Young's Literal Translation |
________________
NOTAS:
1 Vale
lembrar que os dois relatos não dão qualquer informação nem
mesmo sobre o que os próprios homens envolvidos nesses
episódios entendiam por “espírito” ou “fantasma”.
Qualquer afirmação taxativa sobre as crenças deles fica por
conta da especulação.
2 O
mesmo se aplica à outras palavras gregas que foram usadas
para traduzir termos hebraicos, e que constam em muitas
versões bíblicas da atualidade. Uma coisa é dizer que os
apóstolos de Cristo e outros escritores do Novo Testamento
se serviram de várias palavras que já eram de uso
comum no mundo greco-romano do primeiro século, palavras
tais como “hades” e “tártaro”. Outra coisa – totalmente
diferente – é sugerir que eles entendiam estas palavras com
o mesmo 'sentido que as pessoas davam' a elas.
Por exemplo, será que quando os apóstolos ensinaram que
Cristo ‘esteve no hades’, achavam eles que a “alma”
de Cristo atravessou um rio, pagando uma moeda a um
barqueiro (Caronte) e chegou a um lugar dominado por um
deus com esse mesmo nome (Hades); que tinha a porta
vigiada por um cão (Cérbero), e que era dividido em
‘regiões’ de castigos e de bem-aventuranças? E será que o
fato de muitos hoje acreditarem em versões ‘cristianizadas’
dessas idéias, tais como que o “hades” é dividido em uma
região de castigo para as almas dos maus (um lago de
“chamas”) e outra região de repouso idílico para as almas
dos bons (o “seio de Abraão”) com um “abismo intransponível”
separando as duas “regiões”; prova que tudo é assim mesmo?
De novo, surge a pergunta: Como foi que muita gente veio a
acreditar nessa “versão moderna” de hades? Foi por terem
encontrado essas idéias dentro da própria Bíblia ou estão
simplesmente aceitando, sem questionar, ensinos
“autorizados” de longa data, originados em fontes pagãs –
via ICAR, e defendidos até hoje por líderes religiosos e
teólogos pentecostais?
3 Há
várias evidências de que, em vez de certos conceitos que os
apóstolos de Cristo tinham inicialmente serem
representativos das crenças dos cristãos do primeiro século,
ocorreu o inverso: As orientações do próprio
Yaohushua, bem como o aumento do esclarecimento deles os
fez mudar de idéia. Eles abandonaram certas
idéias com o passar do tempo (incluindo aquelas
influenciadas por crendices populares, de seus conterrâneos
ou das nações circunvizinhas a Yaoshor’ul ou de Bavel). Isso
explica o motivo de não existir qualquer idéia ou menção de
“fantasmas”, “aparições”, ou qualquer coisa desse gênero nos
escritos apostólicos. Estes conceitos nunca foram
transmitidos aos cristãos primitivos. De acordo com
isso, um erudito bíblico declarou o seguinte em seu
comentário sobre este versículo de Mt 14:26:
“Quando os
discípulos o
viram. Todos eles o viram (Mc 6:50); e próximo do barco (Jo
6:19). É um espírito, uma aparição é
a tradução exata. Em Lc 24:37, 40, ‘espírito’
representa a palavra grega comumente traduzida desse modo.
Os discípulos acreditavam em
aparições, assim como todos os judeus (exceto os saduceus),
e como todas as nações pareciam naturalmente propensas a
acreditar. As opiniões dos doze naquela
época não têm qualquer autoridade sobre nós, uma
vez que eles
tinham muitos conceitos errôneos, dos quais só a
posterior inspiração do Confortador os libertou”.
(Comentário ao Evangelho de Mateus, John A. Broadus, 1886,
pág. 328 em inglês.
4 Note-se
que Yaohushua não deu qualquer resposta aos apóstolos
no episódio ocorrido no Mar da Galiléia, além de dizer: “Coragem!
Sou eu. Não
tenham medo!”. Ele jamais sequer mencionou a
palavra "fantasma", muito menos disse alguma coisa para confirmar ou negar qualquer
'sentido' que aqueles homens porventura dessem a isso. Já no
caso da segunda ocorrência, depois da ressurreição, ele deu
mais detalhes: “Vejam as minhas mãos e os meus pés. Sou
eu mesmo! Toquem-me e vejam; um espírito não tem carne
nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho”. Depois
ele ainda comeu na frente deles, para deixar bem claro que
ele não era um espírito. (Lc 24:41-43). Que Yaohushua tinha
‘voltado do mundo dos mortos’ nesse segundo episódio é fato.
Porém, isto foi em resultado duma ressurreição
realizada pelo Seu próprio Pai. Toda e qualquer ocorrência
da palavra “espírito” nas Escrituras refere-se a algo invisível aos
olhos humanos; e, em sua grande maioria, refere-se aos
anjos! E, essas ocorrências também podem fazer alusão a uma pessoa
espiritual, que jamais
foi humana, nem esteve morta (incluindo o próprio
ETERNO) e que não pode ser vista por olhos humanos.
Isto significa que dar à palavra “espírito” o "sentido que
as pessoas dão", ou seja, “alguém que voltou do mundo dos
mortos” (por si mesmo) e pode até ser ‘percebido’ de alguma
maneira por alguém vivo (alegadamente com 'poderes
paranormais', 'percepção extra-sensorial' ou qualquer coisa
desse gênero), sugerindo que isso é “bíblico” e que era uma
“crença dos primitivos cristãos” é completamente
descabido; realmente uma distorção das mais grosseiras!
Ao espírito dos humanos falecidos aplica-se tão
somente o que diz o Ec 12:7: ele simplesmente ‘volta para o
Criador, que o deu’. Nenhum “espírito” de humano falecido
‘volta do mundo dos mortos’ espontaneamente e muito menos
pode ser 'contatado' por pessoas vivas. Qualquer afirmação
quanto ao destino do espírito dos humanos mortos que seja
divergente disso fica por conta das elucubrações dos
promotores do conceito da “imortalidade da alma”, que não
aceitam ou esquecem o que diz este versículo do
Eclesiastes/Qeholoth e todas as demais referências bíblicas
que lançam luz sobre esta questão. Simples aparições de
demônios!!!
MAS...
Os Discípulos
de Cristo criam em “Fantasmas”?
Mt 14:26
E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas,
ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma!
E, tomados de medo, gritaram.
Sim! Acreditavam
em “fantasmas”...
Mas, Yaohushua
não havia lhe ensinado que não havia vida após a morte,
exceto nEle? Não sabiam que a morte é apenas um sono (Jo
11:6-43)? Um sono em que “todos” despertaremos num só
momento, pouco antes de Sua volta (I Co 15:52; I Ts 4:16)
para nos resgatar (Ap 1:7 cf. At 15:16)?
Mas, então,
porque esta contradição? Precisamos nos lembrar que os
judaicos, estavam vivendo os últimos dias de um período de
indulgência que o ETERNO lhes havia dado através do profeta
Dayan’ul – as Setenta Semanas de Dn 9:24-27. Viviam agora a
última semana; mais precisamente as 2.300 tardes e manhãs,
correspondentes ao ministério de Yaohushua!
Era uma última
chance para que o povo se arrependesse de suas idolatrias e
compreendesse em sua plenitude os rituais do Santuário
terrestre que apontavam para o sacrifício que Cristo faria
pela humanidade – Jo 1:29 – (leia atentamente o vs 24 de Dn
9).
Yaohushua, durante
o Seu ministério terrestre por diversas vezes os “cutucou”
com palavras e ações que apontavam para o tempo e o prazo
final desta profecia: foi assim quando mandou “setenta
discípulos” percorrerem apenas as terras de Israel (A
Casa de Israel, o Reino do Norte que nas Escrituras são
chamados de gentios – Mt 10:6; Lc 10:1-24); no episódio da
mulher cananéia (Mt
15:21-28 – atente para o vs 24); na repreensão ou resposta
dada a Yao'khanan sobre o perdão (Mt 18:15-22 – observe
que setenta vezes sete são exatamente
490 dias, ou melhor, 490 dias/anos proféticos e que eles,
repito, estavam vivendo a última semana da profecia –
justamente aquela em que se cumpririam as 2.300 tardes e
manhãs), etc.
Mas, o que tem
haver esta profecia com “os fantasmas”? Muito. Como já
dissemos, muitos judaicos daqueles dias – e você? –
acreditavam em diversas coisas inconsistentes com a Palavra
do Criador – a Bíblia.
Acreditavam que,
por exemplo, quando morriam iam para o “seio de Abrul’han”
(usado inclusive por Yaohushua em uma de suas parábolas para
mostrar que nenhuma obra – riquezas adquiridas – pode salvar
o impenitente; lembre-se que uma parábola usa elementos,
certos ou errados, mas conhecidos das pessoas, para ilustrar
uma outra realidade, não dando com isso, um aval para a
ilustração usada) – Lc 16:22-30.
Alguns não criam
em anjos enquanto que outros até culto aos anjos faziam –
lembra-se daquela passagem em que um deficiente físico
aguardava uma ajuda para ser levado às águas do tanque de
Beit’zata; em cujo local acreditavam que um anjo
agitava a água e, somente o menos doente conseguia obter a
graça da cura? (Jo 5:1-15)? Leia também Cl 2:18.
Luka cita outros
(os Saduceus) que não acreditavam nem mesmo na ressurreição,
quanto mais em anjos – Atos 23:8. Por estes episódios
bíblicos podemos, portanto, avaliar a quantas andavam as
crenças naqueles dias...
Portanto,
imaginem algo enraizado desde a infância em nossas mentes?
Foi isto que aconteceu com aqueles discípulos: haviam
recebido muitas informações e crenças hereges ou mesmo pagãs
– como hoje ainda existe dentro de nossas igrejas,
sendo que muitas delas, vindas da igreja mãe (Ap 17:5) –
desde a sua infância e...
Mesmo estando com
a Verdade Viva – Yaohushua; e, aprendendo dEle, em um
momento de extremo medo, titubearam em suas novas
crenças e as suas raízes culturais falaram mais altos. ...É
um fantasma! Se bem que aqui, certamente não acreditavam
em fantasmas conforme HOJE “entendemos” esta palavra grega
[alguém voltando dos mortos, em espírito] que aponta nada
menos do que para uma aparição espiritual... Lembremos que
no hebraico, espíritos são os anjos. Hb 1:14.
Kafos (sempre
Kafos), imediatamente se recompôs e sabendo da origem
daquele poder, quis experimentar dEle! Imediatamente ouviu a
voz que o convidava e foi. Desceu do barco e andou sobre as
águas em direção a Yaohushua! Mas, novamente o medo
tomou-lhe conta: perdeu a confiança e “afundou” literalmente
nas águas e em seu medo... Foi neste momento que ele,
Kafos, fez a oração mais curta registrada nas Escrituras e
prontamente foi ouvido. Cristo, estendeu-lhe a mão, mas não
antes de recriminá-lo com estas palavras:
...Homem de pequena fé, por que
duvidaste? (vs 31).
Por isso pergunto: o medo pode ser
maior que suas crenças?
Não! Cristo é maior. Amnao!
E você, tem grande fé nas
Escrituras? Crê no Criador e em Sua palavra escrita? Tem
ainda dúvidas quanto ao verdadeiro estado do homem na morte?
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Saiba Mais:
A Imortalidade da Alma!
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