Imortalidade
é o estado ou qualidade daquilo que não está sujeito à morte. Os tradutores
das Escrituras usaram a palavra imortalidade para traduzir os termos gregos
athanasia, “ausência de morte”, aphtharsia
“incorruptibilidade”.
Imortalidade. As
escrituras revelam que o YAOHUH UL'HIM [o Pai; o
Criador ETERNO] “é o único
que possui a imortalidade” (I Tm 1:17 e 6:16). Até mesmo o Seu Filho
Unigênito esteve sujeito à morte [Fl 2:6-8]. Em nenhuma parte descrevem a
imortalidade como uma qualidade ou estado que o homem – ou sua ‘alma’ ou
“espírito” – possui inerentemente. Os termos usualmente traduzidos como
“alma” e “espírito” ocorrem mais de 1.600 vezes na Escritura, mas em nenhum
caso estão associados a imortal ou imortalidade. Em contraste
com o ETERNO, portanto, os seres humanos são mortais. A Escritura compara
sua vida com “carne e vento que passa e já não volta” (Sl 78:39). O ETERNO é infinito;
os homens são finitos. O ETERNO é imortal; nós somos mortais. O CRIADOR é
eterno; mós somos
transitórios.
Imortalidade Condicional:
Na criação, “formou o Yaohushua o homem do pó da terra, e lhe soprou nas
narinas o fôlego de vida, e o homem passou (e não, ganhou) a ser alma
vivente” (Gn 2:7). A vida da humanidade, portanto, deriva do ETERNO, através
de Cristo, a Palavra – Jo 1:3. Tudo provém dEle [Yaohushua], até mesmo a
vida – Jo 5:26. (At 17:25 e 28; Cl 1:16 e 17). A imortalidade,
portanto, não é inerente, mas é um dom do ETERNO. Adão/Adan e Eva/Khavyao foram criados
com capacidade de escolher. A continuação de sua existência dependeria de
contínua obediência através do poder do ETERNO. Assim, Ele esclareceu as
condições sob as quais o homem perderia esse dom – comendo da “árvore do bem
e do mal” [representando a Lei, no paraíso]. O Criador advertiu: “no dia em
que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17).
Morte –
Salário do Pecado:
Contradizendo a afirmativa divina de que a desobediência acarretaria em
morte, satanás assegurou: “Certamente não morrereis” (Gn 3:4). Mas, depois
de haverem contrariado a ordem divina, o homem descobriu que o salário do
pecado é realmente a morte (Rm 6:23). O Criador barrou, então, ao par
pecaminoso (Adão/Adan e Eva/Khavyao) o acesso à árvore
da vida, para que não
pudessem comer e viver para sempre (Gn 3:22). “...a morte passou a todos os
homens porque todos pecaram” (Rm 5:12). Foi tão somente a misericórdia
do ETERNO que protegeu o homem da morte imediata. O Filho do ETERNO
oferecera-Se para dar Sua própria vida. Ele era “o Cordeiro do ETERNO morto
desde a fundação do mundo” (Ap 13:8).
Esperança
para a Humanidade:
Embora as pessoas nasçam mortais, a Escritura as estimula a perseguirem a
imortalidade (Rm 2:7). Yaohushua hol’Mehushkyah é a fonte de sua
imortalidade: “O dom do ETERNO é a vida eterna em Yaohushua nosso Messias”
(Rm 6:23). “Porque assim como em Adão/Adan todos morrem, assim também todos
serão (ainda não são) vivificados em Cristo” (I Co 15:22). Sua voz abrirá os
sepulcros e ressuscitará os mortos (Jo 5:28 e 29). “Porque o ETERNO
amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nEle crê, não pereça mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Assim,
a vida eterna é só para os que tem a fé em Cristo. Apenas para aqueles que
nEle crê, e não para os descrentes. Cristo trouxe “imortalidade mediante o
evangelho” (II Tm 1:10). Paulo/Sha'ul nos assegura que são as Sagradas Escrituras
que nos tornam “sábios para a salvação, pela fé em Yaohushua hol-Mehushkyah”
(II Tm 3:15). Aqueles que não recebem o
evangelho, portanto, não
receberão a imortalidade.
O
Recebimento da Imortalidade:
O momento em que nos será (a nós, santos) concedido o dom da imortalidade, é
assim descrito por Paulo/Sha'ul: “Eis que vos digo um mistério: Nem todos
dormiremos (morreremos), mas transformados seremos todos, num momento, num
abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os
mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós (os que tiverem vivos) seremos
transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da
imortalidade. E quando este corpo corruptível se revestir de
incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então se
cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória” (I Co 15:51-54). Isso torna claro duas coisas: o ETERNO não colocou a
imortalidade sobre o crente por ocasião da morte, mas irá concedê-la na
ressurreição, quando soar a “última trombeta”... Como na Segunda Vinda só
ressuscitarão os santos e já que os ímpios só ressuscitarão após o milênio –
e isto para a perdição eterna [Ap 20:5-6], somente os justos receberão a
imortalidade.
A Natureza
da Morte: Sendo a morte
a cessação da vida, o que diz a Escritura quanto à condição da pessoa na
morte?
A Morte é
um Sono: Morte não é
aniquilação completa; é apenas um estado temporário de inconsciência
enquanto a pessoa aguarda a ressurreição. A Escritura identifica
repetidamente esse estado intermediário como sono. Referindo-se à morte de
algumas pessoas, o Antigo testamento descreve Davi/Daoud, Salomão/Shua'olmoh e outros reis de
Yaoshor'ul e Yaohu'dah como estando a dormir com seus pais (I Rs 2:10; 11:43; 14:20
e 31; 15:8; II Cr 21:1; 26:23; etc.). Jó também identificou a morte como
um sono (Jó 14:10-12), assim como o fizeram Davi/Daoud (Sl 13:3), Jeremias/Yarmi'yaohuh (Jr
51:39 e 57) e Dayan'ul (Dn 12:2). O Novo Testamento utiliza as mesmas
figuras. Ao descrever as condições da filha de Jairo/Yao'eyr, que estava morta,
Yaohushua disse que ela estava apenas dormindo (Mt 9:24; Mc 5:39). A
Lázaro/Ul'ozor, já morto, Ele referiu-se da mesma maneira (Jo 11:11-14). Mateus/Matt'yaohuh
escreveu que “muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram” após a
ressurreição de Cristo (Mt 27:52). Ao registrar o martírio de Estevão/Esteban,
Lucas/Luka disse que ele “adormeceu” (At 7:60). Tanto Paulo/Sha'ul quanto
Pedro/Kafos se
referiram à morte como um sono (I Co 15:51 e 52; I Ts 4:13-17; II
Pd 3:4). O mais importante é que a representação escriturística da morte
como sono caracteriza muito bem a sua natureza, conforme o demonstram as
seguintes comparações:
1. Aqueles
que dormem estão inconscientes.
“Os mortos não sabem coisa alguma” (Ec 9:5).
2. No
sono, os pensamentos conscientes cessam.
“...sai-lhes o espírito (pneuma e ruach = sopro, fôlego) e eles tornam ao pó;
nesse mesmo dia perecem todos os seus desígnios” (Sl 146:4).
3. O sono
põe fim a todas as atividades do dia.
“No além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento,
nem sabedoria alguma” (Ec 9:10).
4. O sono
nos dissocia daqueles que estão despertos e de suas atividades.
“Para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do
sol” (Ec 9:6).
5. Sono
normal inativa as emoções.
“Amor, ódio e inveja para eles já pereceram” (Ec 9:6).
6. Durante
o sono as pessoas não louvam ao ETERNO.
“Os mortos não louvam ao Criador” (Sl 115:17).
7. O sono
pressupõe posterior despertar.
“Vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos(lugar onde permanecem
os mortos) ouvirão a Sua voz e sairão” (Jo 5:28 e 29).
Homem –
uma Alma Vivente:
Yaohushua formou o homem do pó da terra e não de outras formas de vida como
animais ou peixes. Quando o ETERNO formou o ser humano do pó da terra, todos
os órgãos se achavam presentes: coração, pulmões, rins, fígado, baço,
cérebro, etc. – todos perfeitos, mas sem vida. Então Yaohushua assoprou Seu
próprio fôlego de vida para dentro desse ser inanimado, e o homem “tornou-se
alma vivente”. A equação é simples: o pó da terra (elementos químicos) +
fôlego de vida = ser vivente ou alma vivente. Esse “fôlego de vida” (o sopro
do Criador - Jó 33:4) não é limitado às pessoas. Todas as criaturas vivas o
possuem. A Escritura, por exemplo, atribui esse fôlego tanto aos animais que
entraram na arca de Noé, quanto aos que não entraram. (Gn 7:15 e 22). O
termo hebraico de Gn 2:7, aqui traduzido como “alma vivente” ou “ser
vivente”, é nephesh chayyah. Esta expressão não designa
exclusivamente o homem, pois também é aplicada a animais marinhos, insetos,
répteis e bestas (Gn 1:20 e 24; 2:19). Nephesh, traduzido como
“alma”, vem de naphash, que significa respirar. O termo grego
equivalente em O Novo Testamento é psuche. Estes termos designam,
basicamente, o homem e os animais como criaturas viventes.
O
Significado Escriturístico de Alma:
Alma, como já foi mencionado, é a tradução do hebraico nephesh.
Denota o homem como um ser vivente. Quando dizemos que mais uma alma veio ao
mundo, utilizamos no sentido de que nephesh não representa parte de
uma pessoa; é “pessoa” (Gn 14:21; Nm 5:6; Dt 10:22; Sl 3:2) ou
“eu”(a própria pessoa) (Lv 11:43; I Rs 19:4; Is 46:2). Por outro lado,
expressões tais como “minha alma”, são geralmente expressões que equivalem
aos pronomes pessoais “eu”, “me”, “vós”, “ele” (Gn 12:13; Lv 11:43 e 44; Sl 3:2, etc.). Em mais de 100 ocorrências nephesh é traduzido como
“vida” (Gn 9:4 e 5; I Sm 19:5; Jó 2:4 e 6; Sl 31:13, etc.). Às vezes,
nephesh refere-se a desejos, apetites ou paixões (Dt 23:24; Pv 23:2;
Ec 6:7) ou à sede das afeições (Gn 34:3; Ct 1:7,
etc.). Em Nm 31:19 nephesh é “morto” e em Jz 16:30 (traduzido
como “eu”) “ela” morre. O uso do termo grego psuche em O Novo
Testamento é similar àquele de nephesh no Antigo. É utilizado para a
vida animal e humana (Ap 16:3). Na versão King James, a palavra é
traduzida 40 vezes simplesmente como “vida” ou “vidas” (Mt 2:20; 6:25;
16:25; etc.). Seu uso também se refere simplesmente a “pessoa” (At 7:14;
27:37; Rm 13:1, etc.). Também se refere a emoções (Mc 14:34; Lc
2:35), à mente (At 14:2; Fl 1:27) ou ao coração (Ed 6:6). O mais
importante, para o nosso estudo, é que tanto o termo nephesh (Jz
16:30), quanto
psuche
(Ap 16:3; Mt 10:28) não são imortais, mas sujeitos à morte e podem
ser destruídos. Não existe qualquer texto escriturístico que indique a
possibilidade de a alma (nephesh ou psuche) sobreviver ao
corpo, mantendo-se como entidade consciente.
O
Significado escriturístico de Espírito:
O termo hebraico ruach, do Antigo Testamento – que aparece traduzido
como espírito – é um termo que representa a energia divina, ou princípio
vital, que anima os seres humanos. Ruach ocorre 377 vezes no Antigo
Testamento e é traduzido como “espírito”, “vento” ou “fôlego” (Gn 8:1,
etc.). É também usado para denotar vitalidade (Jz 15:19), coragem (Js
2:11), temperamento ou ira (juí.
8:3), disposição (Is 54:6), caráter moral (Ez 11:19) e a sede das
emoções (I Sm 1:15). No sentido de fôlego de vida o ruach no homem é
idêntico ao dos animais (Ec 3:19). O ruach abandona o corpo por ocasião
da morte (Sl 146:4) e retorna ao ETERNO (Ec 12:7; cf. Jó 34:14). É,
também, utilizado para identificar o Espírito do ETERNO (Is 63:10).
Jamais, no Antigo Testamento, ruach denota uma entidade inteligente,
capaz de existência independente do corpo físico. O equivalente
neotestamentário é pneuma, “espírito”, proveniente de pneo,
“soprar” ou “respirar”. Tal como ocorre em ruach, não há coisa alguma
inerente à palavra pneuma que possa denotar uma entidade capaz de
existência consciente, separada do corpo. Ela denota “atitude”, “humor” ou
“estado de sentimentos” (Rm 8:15; I Co 4:21; II Tm 1:7 e I Jo 4:6).
É, também, usada em vários aspectos relacionados com a personalidade (Gl
6:1; Rm 12:11) e é devolvida ao ETERNO, por ocasião da morte (Lc 23:46; At 7:59). Também aparece em conexão com o ETERNO, em espírito (I
Co 2:11
e 14; Ed 4:30; Hb 2:4; I Pd 1:12; II Pd 1:21; etc.).
Unidade de
Corpo, Alma e Espírito:
Embora a Escritura veja a natureza do homem como uma unidade, ela não define
precisamente o relacionamento entre corpo, alma e espírito. Por vezes alma e
espírito são usados como sinônimos. Em certo momento o homem é caracterizado
por Yaohushua como corpo e alma (Mt 10:28 – parte física e parte
espiritual), e noutro momento Paulo/Sha'ul identifica como corpo e espírito (I
Co
7:34). No primeiro texto a alma se refere às mais elevadas faculdades do
homem, possivelmente a mente, através da qual ele se comunica com o ETERNO.
No segundo texto, espírito é que se refere às mais nobres faculdades. Em
ambos os casos o corpo inclui os mesmos aspectos físicos – e emocionais – da
pessoa. Existe uma exceção à caracterização geral do homem como sendo
composto de uma dupla concepção.
Paulo/Sha'ul, que
falou da união dupla de corpo e espírito, também falou em termos de uma
unidade tripla: “... o vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados
íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Criador...” (I Ts 5:23).
Nesta passagem, espírito pode ser considerado como “o mais elevado princípio
de inteligência e pensamentos, do qual o homem está revestido, e através do
qual o ETERNO pode comunicar-Se por intermédio do Seu Espírito” (Rm 8:16;
12:1 e 2). Por “alma”, quando considerada separadamente do espírito,
podemos entender a porção da natureza humana que encontra sua expressão
através de instintos, emoções e desejos carnais. O corpo, que tanto pode ser
controlado pela natureza superior quanto pela inferior, é a constituição
física – a carne, o sangue e os ossos. A seqüência apresentada por
Paulo/Sha'ul –
espírito, alma e corpo – não é mera coincidência. Quando o espírito é
santificado, a mente se encontra sob controle divino. A mente santificada,
por sua vez, exercerá influência santificadora sobre a alma (desejos,
sentimentos e emoções). A pessoa em cuja vida a santificação está presente,
não irá abusar do corpo, de modo que a saúde florescerá. O mais importante é
que torna-se claro a unidade de espírito [parte espiritual], mente [emoções]
e corpo [físico], com uma íntima cooperação de funcionamento, revelando um
relacionamento intensamente harmonioso e indivisível à imagem e semelhança
do ETERNO.
A Pessoa
Retorna ao Pó: Depois
de entender o que, segundo a Escritura, constitui a natureza humana, fica
claro compreender o que ocorre com a pessoa na morte. Na criação da
humanidade, a união do pó da terra com o fôlego de vida produziu uma
criatura ou alma vivente (Gn 2:7 - “...e o homem passou a ser uma alma
vivente”). Vale repetir que Adão/Adan não recebeu uma alma como entidade
separada; ele tornou-se alma vivente (Gn 2:7). Na morte ocorre o
inverso: o pó da terra menos o fôlego da vida resulta numa pessoa morta ou
alma morta, sem qualquer grau de consciência (Sl 146:4). Os elementos que
haviam composto o corpo retornam à terra (Gn 3:19). A alma (nephesh,
psuche = sopro) não possui existência consciente à parte do corpo, e em
parte alguma as Escrituras indicam que por ocasião da morte a alma sobrevive
como entidade consciente. Efetivamente, “a alma que pecar, essa morrerá”
(Ez 18:20).
O
Domicílio da Morte: As
Escrituras chama de sheol (hebraico) e hades (grego) o lugar para onde vão
as pessoas quando morrem. Ambos normalmente significam apenas “sepulcro”.
Todos os mortos vão para esse lugar, tanto os justos quanto os ímpios (Sl
89:48). O sheol recebe a pessoa toda por ocasião da morte. Quando Cristo
morreu, Ele foi para a sepultura (hades), mas na ressurreição, Sua alma
[vida] deixou a sepultura (hades, At 2:27 e 31, ou sheol, Sl 16:10).
Quando se diz que Cristo desceu ao inferno e tomou as chaves do dragão é
muito simples de se compreender. Ao morrer, e ser sepultado, Ele foi
literalmente ao inferno, ou seja, hades, e depois de ressuscitar, Yaohushua
venceu a morte, simbolizando o controle sobre os que morrem. Não é possível
acreditar que exista um lugar com chaves e portões, para onde vão os mortos,
onde o porteiro é satanás. A sepultura não é um lugar de consciência. A
única exceção é quando sheol é usado figurativamente (Ez 32:21) ou hades
em uma parábola (Lucas 16:23). Sheol ocorre mais de 60 vezes no Antigo
testamento, mas em parte alguma refere-se o termo a um lugar de punição após
a morte. Esta idéia foi posteriormente associada à gehenna (Mc
9:43-48), não a hades.
O Espírito
Retorna ao ETERNO.
Enquanto o corpo retorna à terra, o espírito [fôlego de vida, soprado no
Edem] retorna ao ETERNO (Ec 12:7). Isso é verdadeiro para todos, tanto
justos quanto ímpios. Muitos têm pensado que esse texto provê evidências de
que a pessoa prossegue vivendo após a morte. Mas na Escritura, nem ruach
ou pneuma se referem a uma entidade inteligente, capaz de existência
consciente à parte do corpo. Ao contrário, esses termos se aplicam a “fôlego
da vida”. Escreveu Salomão/Shua'olmoh: “Porque o que sucede aos filhos dos homens,
sucede aos animais; o mesmo lhes sucede; como morre um, assim morre o outro;
todos têm o mesmo fôlego de vida (ruach), e nenhuma vantagem tem o homem
sobre os animais... Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao
pó tornarão. Quem sabe que o fôlego de vida (ruach) dos filhos do homem se
dirige para cima, e o dos animais para baixo, para a terra?” (Ec
3:19-21).
Harmonia
ao Longo das Escrituras.
Muitos cristãos honestos, que não estudaram todo o ensinamento
escriturístico no tocante à morte, têm ignorado que a morte é um estado de
sono até a ressurreição. Eles têm acreditado que várias passagens bíblicas
apóiam a idéia de que o espírito, ou alma, possui existência consciente após
a morte. Um estudo mais cuidadoso revela que o ensinamento sistemático da
Escritura suporta que a morte ocasiona a cessação da consciência. Vejamos as
passagens que, para muitos, é prova da teoria da existência de
imortalidade incondicional:
a. A morte
de Raquel. Referindo-se
à morte de Raquel, diz a Escritura que “ao sair-lhe a alma...” (Gn 35:18).
Essa expressão simplesmente indica que em seus últimos momentos de
consciência e com suas últimas forças ela deu o nome ao filho. Assim é que
outra versão diz: “Em seu último suspiro” (New International Version).
b. Elias e
o menino morto. Quando
Elias orou para que a alma do filho morto da viúva voltasse, o ETERNO lhe
respondeu, fazendo o menino reviver (I Rs 17:21 e 22). Isto foi tão
somente a união do princípio vital com o corpo, nenhum dos quais estava vivo
ou consciente quando separado um do outro.
c. O
aparecimento de Moisés sobre o monte.
Esse acontecimento não provê
evidência a existência de espíritos conscientes ou da presença de todos os
justos mortos “no céu”. Pouco antes desse evento, Yaohushua falou aos
discípulos que alguns dos que ali se achavam presentes não morreriam sem
antes verem o Filho do homem em Seu reino. Essa promessa foi cumprida em
relação a Pedro/Kafos, Tiago/Yaohu'kaf e João/Yaohu'khanan (Mt 16:28; 17:3). No monte, Yaohushua lhes
revelou uma miniatura do reino da Sua glória. Ali se achava Cristo, o
glorioso Rei, junto com Moisés e Elias. Mas, no entanto, ao descerem do
monte, Cristo os alerta para que nada falem sobre a VISÃO que tiveram – Mt
17:7-9.
d. A
parábola do homem rico e Lázaro.
A estória contada por Cristo, a respeito do homem rico e Lázaro/UYao'eyr, tem sido
utilizada para ensinar o estado inconsciente na morte (Lc 16:19-31).
Infelizmente, aqueles que interpretam a passagem dessa forma não reconhecem
que a estória é uma parábola que, tomada literalmente em seus detalhes,
seria absurda. Os mortos, nesse caso, iriam para o lugar de sua recompensa
como seres reais, com partes físicas tais como olhos, língua e dedos. Todos
os justos estariam no seio de Abraão, e o céu [que também é um conceito
anti-escriturístico] e o inferno estariam tão próximos que seria possível
duas pessoas – uma em cada um desses lugares – falarem uma com a outra.
Ambas as classes receberiam suas recompensas por ocasião da morte, em
contraste com o ensino de Cristo, de que isto acontecerá por ocasião do
Segundo Advento (Mt 26:31-41; Ap 22:12). A estória, contudo, era uma
parábola – um dos métodos favoritos de ensino utilizados por Yaohushua. Cada
parábola visava ensinar determinada lição, e o que Cristo estava ensinando
não tinha nada a ver com o estado do homem na morte. A moral dessa parábola
é viver pela Palavra do ETERNO. Yaohushua mostrou o descuido do homem rico
com relação aos pobres, por causa do materialismo. O destino eterno é
decidido na presente vida [selamento] e não existe um segundo período de
provação. A Escritura é o guia para o arrependimento e a salvação. Foi por
isso que Yaohushua encerrou a parábola com as palavras: “ Se não ouvem a
Moisés e aos profetas, tão pouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite
alguém dentre os mortos” (Lc 16:31). Cristo apenas empregou os elementos
de uma história judaica [vinda do cativeiro babilônio] na qual os mortos
desenvolvem conversação. Similarmente encontramos na Escritura uma parábola
em que as árvores conversam (Jz 9:7-15; cf. II Rs 14:9). Ninguém
utilizaria essa parábola para provar que as árvores são capazes de falar. Da
mesma forma deveria a pessoa refrear-se de utilizar a parábola de Cristo
para dar-lhe significado que contradiz abundantes evidências escriturísticas
e os próprios ensinamentos de Cristo, de que a morte é um sono.
e. A
promessa de Cristo ao ladrão.
“Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23:43). O
paraíso é obviamente uma referencia à Nova Yah'shua-oleym, hoje no terceiro céu e
no porvir, na Terra (II Co 12:4; Ap 2:7 cf. Ap 21-22). Do modo como
aparece a tradução de Lucas, significaria que Yaohushua iria aquele mesmo
dia à presença do Pai, e o mesmo aconteceria com o ladrão. Entretanto, na
manhã da ressurreição Cristo disse a Maria: “Não me detenhas, porque ainda
não subi para meu Pai...” (Jo 20:17). Que Yaohushua permaneceu na
sepultura durante três dias completos, isto é claro pelas palavras do anjo:
“vinde ver onde Ele jazia” (Mt 28:6). Poderia Cristo contradizer a si
próprio? De modo nenhum. A solução para compreender esse texto envolve um
problema de pontuação. Se os tradutores, que em geral realizaram excelentes
trabalhos, mas certamente não inspirados [sempre influenciados por
suas crenças – ou doutrinas - pessoais], houvessem colocado a vírgula depois
de hoje, (sendo que o “que” não existe no original) em vez de
colocá-la antes, esta passagem não ofereceria contradição ao restante dos
ensinos das Escrituras. Em harmonia com os ensinos bíblicos, Yaohushua
assegurou a salvação e a promessa de vida eterna no paraíso [Seu reino
terreal] ao ladrão.
f. Partir
e estar com Cristo.
“Para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” disse Paulo/Sha'ul. “Ora, de um e
outro lado estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo,
o que é incomparavelmente melhor” (Fl 1:21 e 23). Porventura esperava
Paulo/Sha'ul
ir para a companhia de Cristo imediatamente após a sua morte? Paulo/Sha'ul escreveu
muito sobre o assunto de estar com Cristo; em outra carta ele escreveu sobre
os que “dormem em Cristo”. Por ocasião do Segundo Advento, disse ele, os
justos mortos serão ressuscitados e juntos com os justos vivos, serão
“arrebatados... entre nuvens [um coletivo de ANJOS], para o encontro do
Criador nos ares” (I Ts 4:14 e 17). Levando em conta o contexto, vemos que
em Filipenses/Fylypsiyah Paulo/Sha'ul não está ocupado em mostrar detalhadamente o que ocorre
por ocasião da morte. Ele está simplesmente expressando seu desejo de deixar
a presente existência conturbada e estar com Cristo, sem prover qualquer
referência ou explanação quanto ao tempo que decorreria através da
eternidade. Para aqueles que morrem não existe um longo intervalo de tempo
entre o momento em que fecham os olhos na morte e o momento em que abrem
novamente os olhos na ressurreição. Uma vez que os mortos não têm
consciência e assim não são capazes de avaliar a passagem do tempo [uma vez
que o tempo é um conceito apenas para a existência do pecado], a
manhã da ressurreição lhes parecerá com o instante seguinte ao da morte.
Para os cristãos, a morte é ganho: não mais tentações, provações, tristezas,
e, por ocasião da ressurreição, o dom da gloriosa imortalidade.
Espiritismo. Se na
morte o estado é de completa insensibilidade, com quem se comunicam os
médiuns espirituais?
1. As
Bases do Espiritismo.
Originou-se com a primeira mentira de satanás a Eva/Khavyao – “Certamente não
morrereis” (Gn 3:4). Suas palavras foram o primeiro sermão sobre
imortalidade da alma. Para muitos, a sentença divina, “a alma que pecar,
essa morrerá” (Ez 18:20) tem sido invertida: “A alma, mesmo que peque,
viverá eternamente (Cadê a referência escriturística?). A crença do estado
consciente na morte foi incorporada à fé cristã a partir da filosofia pagã –
particularmente a de Platão – durante o tempo da grande apostasia. Tais
crenças vieram a se tornar o ponto de vista prevalecente dentro do
cristianismo e ainda hoje representam o pensamento dominante.
2.
Advertências contra o espiritismo.
A bíblia demonstra claramente que suas pretensões são falsas (Lv 19:31;
20:27; cf. Dt 18:10 e 11). “quando vos disserem: consultai os necromantes
e os adivinhos... acaso não consultará o povo ao seu Criador?... se
consultarão os mortos? À Lei e ao testemunho! Se eles não falarem dessa
maneira, jamais verão a alva” (Is 8:19 e 20). Evidentemente, levando-se em
consideração o episódio do rei Saul [veja abaixo], tais mortos
personificados nas sessões espíritas, certamente é um dos anjos seguidores
de satanás – Ap 12:4, 7-12.
3.
Manifestações do espiritismo.
A bíblia registra vários casos de atividades espiritualistas, dentre os
quais I Sm 28:6, 13, 14 e 19, etc.
4. O
engano final.
Professando aceitar a Cristo e a Escritura, o espiritismo tornou-se um
inimigo perigoso dos crentes. Seus efeitos são sutis e enganadores. A
Escritura é interpretada de modo a agradar o coração não regenerado.
Preocupa-se com o amor, como o principal atributo do ETERNO, rebaixando-o,
porém, até reduzi-lo a sentimentalismo doentio; pouca distinção fazendo
entre o bem e o mal. A justiça do ETERNO, sua reprovação ao pecado, os
requisitos de Sua santa lei, tudo isso é posto de parte. Em essência, cada
pessoa torna-se um deus, cumprindo assim a promessa satânica: “Sereis igual
ao ETERNO” (Gn 3:5). Encontra-se diante de nós a “hora da provação que há
de vir sobre o mundo inteiro” (Ap 3:10). Satanás está a ponto de usar de
grandes sinais e milagres em seu esforço final para enganar o mundo (Ap
16:13 e 14; cf. 13:13 e 14).
Primeira e
Segunda Mortes. A
segunda morte é a punição final dos pecadores impenitentes, e ocorre no
final dos 1.000 anos. Não existe sobreviventes desta morte. Com a destruição
de satanás e dos injustos, o pecado e a própria morte são erradicados (I
Co 15:26; Ap 20:14; 21:8). O próprio “inferno” – derrubando o conceito
de “tormento eterno” – será erradicado por todo o sempre (Ap 20:14).
Cristo nos assegura que todo aquele que vencer, “de nenhum modo sofrerá o
dano da segunda morte” (Ap 2:11). Baseados no que a Escritura designou
como segunda morte, podemos assumir que a primeira morte é aquilo que todas
as pessoas – exceto os que forem transladados – experimentam como resultado
da transgressão de Adão/Adan.
Ressurreição. Significa
a restauração da vida, juntamente com a plenitude do ser e da personalidade.
Através do Antigo e Novo Testamentos, os mensageiros do ETERNO expressaram
sua esperança quanto a uma ressurreição (Jó 14:13-15; 19:25-29; Sl 49:15;
73:24; Is 26:19; I Co 15).
A
Ressurreição de Cristo.
A ressurreição dos mortos justos para a imortalidade acha-se intimamente
associada à ressurreição de Cristo (João/Yaohu'khanan 5:28 e 29; I Co 15). A
ressurreição de Cristo foi corporal (Lc 24:13-27; Jo 20:14-18). “Vede as
Minhas mãos e os Meus pés, que sou Eu mesmo... porque um espírito não tem
carne nem osso, como vedes que Eu tenho” (Lc 24:39).
As Duas
Ressurreições. Cristo
ensinou que existem duas ressurreições gerais: a ressurreição da vida para
os justos, que não experimentarão a segunda morte no lago de fogo ao final
dos 1.000 anos. Esses receberão a vida e a imortalidade e jamais tornarão a
morrer. Ocorrerá por ocasião do Segundo Advento (Ap 20:6; Jo 5:29; I Co 15:52 e 53; 15:22 e 23; I
Ts 4:15-18; Lc 20:36); e, a ressurreição
da condenação para os ímpios ocorrerá após os 1.000 anos e será para que se
execute o juízo final (Jo 5:29; Ap 20:14 e 15).
Destruição
de satanás e dos pecadores.
Imediatamente após ser pronunciada a sentença, os ímpios receberão a punição
devida. Eles sofrerão a morte eterna [definitiva]. Quanto a satanás, seus
anjos e seus seguidores, pouco antes da ressurreição dos ímpios, são
exterminados por terem ido de encontro à Yah'shua-oleym terreal, sede do reino
messiânico: “Desceu... fogo do céu e os consumiu” (Ap 20:9). Todo o
contexto escriturístico deixa claro que esta segunda morte (Ap 21:18) que
os ímpios sofrem, significa a total destruição. O que dizer, então, do
conceito de um inferno que arde eternamente? Estudo cuidadoso mostra que a
Escritura não ensina a existência de tal inferno ou tormento. Biblicamente,
inferno é o lugar onde são “enterrados” todos que passam pelas primeira
morte... Cristo passou por esta morte! Repetimos, como já vimos, é utilizado
para traduzir o termo sheol e hades, que significam sepulcro. A palavra
geena é traduzida, nas Escrituras, como inferno, denotando lugar de
punição.
Geena é
derivado do hebraico Ge Hinnom – uma garganta existente ao lado sul de
Yah'shua-oleym. Nesse lugar, o povo de IYaoshor'ul havia celebrado o rito pagão de
oferecer seus filhos, como holocausto, a Moleque (II Cr 28:3; 33:1 e 6).
Jeremias/Yarmi'yaohuh predisse que em virtude dos pecados do povo, o Criador converteria o
vale num “Vale de Matança”, onde os cadáveres dos yaoshor'ulitas seriam
sepultados (Jr 7:32 e 33; 19:6; Is 30:33). Essa profecia sem dúvida
levou os yaoshor'ulitas a verem o Ge Hinnom como um lugar de julgamento dos
maus. Yaohushua utilizou os fogos de Hinom como representação do fogo que
consumirá o próprio inferno (Mt 5:22; 18:9 cf.Ap 20:14). Assim os fogos
do Hinom simbolizavam o fogo consumidor do juízo final. Essa experiência
ocorreria depois da morte (Lc 12:5) e que o inferno destruiria tanto o
corpo [físico] quanto a alma [conjunto espiritual – perdição eterna] -
Mt 10:28. Qual é pois a natureza do fogo do inferno? Queimarão as
pessoas para sempre? De acordo com as Escrituras, o ETERNO promete vida
eterna somente aos justos. O salário do pecado é a morte [definitiva] e não
vida eterna no inferno (Rm 6:23).
Punição
Eterna. As Escrituras
ensinam que os ímpios serão “exterminados” (Sl 37:9 e 34); que eles
“perecerão” (Sl 37:20; 68:2); não permanecerão em estado de consciência
para sempre, mas serão abrasados (Ml 4:1; Mt 13:30 e 40; II Pd 3:10).
Serão destruídos (Sl 145:20; II Ts 1:9; Hb 2:14), ou consumidos (Sl
104:35). Falando na punição dos ímpios o Novo Testamento utiliza os termos
“eterno” ou “para sempre”. Vem da palavra grega aionios, que se
aplica tanto ao ETERNO quanto ao homem. Porém, vale lembrar que a palavra
aionios é um termo relativo; seu significado é determinado pelo objeto
que ele modifica. Quando a palavra se aplica ao ETERNO, que é o único
imortal, isto significa que Ele possui existência infinita. Quando,
porém, a palavra é utilizada em relação aos seres humanos mortais ou a
coisas perecíveis, seu sentido restringe-se ao período em que a pessoa ou
coisa prossegue existindo. Judas 7, por exemplo, diz que Sodoma e Gomorra
“são postas para exemplos de fogo eterno, sofrendo punição”. É evidente que
estas cidades não estão queimando até hoje. Pedro/Kafos disse que tal fogo as
reduziu a cinzas, condenando-as a destruição (II Pd 2:6). O fogo “eterno”
ardeu até que não houvesse mais nada para queimar. Veja também Jr 17:27;
II Cr 36:19. Similarmente, quando Yaohushua destina os maus para o “fogo
eterno” (Mt 25:41), o fogo será inextinguível (Mt 3:12) e somente se
apagará quando mais nada houver para queimar (Rm 2:1-6). É o fogo que é
chamado de eterno e não a vida dentro dele. Quando Cristo se referiu ao
“castigo eterno”, não estava falando em ato de castigar eternamente. O
significado era que a vida eterna dos justos continuará pelos séculos e a
punição sofrida pelos ímpios também, ou seja, será de caráter irreversível!
Não uma duração eterna de sofrimento, mas uma punição que será completa e
final.
Quando a
Escritura fala de redenção eterna (Hb 9:12) e juízo eterno (Hb 6:2), ela
se refere aos eternos resultados de redenção e julgamento – não a um
processo interminável de redimir e julgar. Do mesmo jeito ocorre quando as
Escrituras utilizam a expressão “pelos séculos dos séculos” (Ap 14:11;
19:3; 20:10). Assim como ocorre com “eterno” ou “para sempre”, o objeto
modificado pela expressão “pelos séculos dos séculos” determina o
significado da própria expressão. A descrição da divina punição de Edon é um
bom exemplo. Edon foi destruído, mas não mais se encontra ardendo. Ao longo
de toda a Escritura encontramos vários exemplos: o Antigo Testamento diz que
um escravo poderia servir a seu senhor “para sempre” (Ex 21:6), que o
menino Samuel deveria morar no tabernáculo “para sempre” (I Sm 1:22);
Paulo/Sha'ul, por exemplo, aconselha Filemon a receber Onésimo “para sempre” (Fil.
15). Em todos esses caso o “para sempre” refere-se a “enquanto a pessoa
viver”. O Salmo 92:7 diz que os maus serão destruídos para sempre.
Malaquias/Molaokhi
disse: “Eis que vem o dia, e arde como fornalha; todos os soberbos, e todos
os que cometem perversidades, serão como o restolho. O dia que vem os
abrasará, diz o Criador dos Exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz
nem ramo” (Mal. 4:1). Uma vez que os ímpios – satanás, anjos maus e pessoas
impenitentes – são todos destruídos pelo fogo, tanto ramos quanto raízes,
não mais haverá utilização adicional para a morte ou hades (inferno). Estes
também serão desnecessários; serão destruídos eternamente pelo ETERNO (Ap
20:14). Vê-se, através desta última passagem, que é impossível o próprio
inferno (hades) ser lançado num suposto outro inferno. Assim, a Escritura
deixa bem claro que eterna é a punição-resultado, e não a punição-processo.
É isso que representa a Segunda morte, e dela não há ressurreição; seus
resultados são eternos. Embora seja a morte eterna o resultado final do
pecado, não podemos esquecer que será julgado cada um conforme as suas
obras. Indubitavelmente, aqueles que mais se rebelaram contra o ETERNO
sofrerão mais do que os que não o fizeram; ou seja, tem mais “combustível”
para queimar (Lc 12:47 e 48). Quanto maior a culpa, tanto maior a
agonia...
A
Purificação da Terra.
“Os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão
abrasados: também a Terra e as obras que nela existem serão atingidas” (II
Pd 3:10). O fogo que destrói os ímpios [satanás e seus seguidores
angariados entre as nações que se formaram durante o milênio], purifica a
Terra da presença do pecado (Ap 20:7-10). Das ruínas da terra, Yaohushua
fará surgir “novo céu e nova Terra [I Co 15:24-28] pois o primeiro céu e a
primeira Terra passaram” (Ap 21:1). Yaohushua hol-Mehushkyah banirá para
sempre a tristeza, a dor e a morte (Ap 21:4) e finalmente será extinta a
maldição trazida pelo pecado (Ap 22:3). “Nós... segundo a Sua promessa,
esperamos novos céus e nova Terra, nos quais habita a justiça. Por essa
razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por ser achados
por Ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis” (II Pe 3:11, 13 e 14)..
Observações Finais.
Sendo assim, depois de vasta leitura e estudo detalhado das Escrituras
Sagradas, fica difícil acreditar num “mundo paralelo” onde possa perdurar
satanás, os ímpios, o pecado, a dor e sofrimento pela eternidade afora. Será
que depois de tudo o que a humanidade passou ainda haveria lugar no universo
para alojar satanás e seus seguidores? Ou será que não fica bem mais fácil
crer que Cristo exterminará de uma vez por todas qualquer sombra do que é
ruim, mal, sujo, ofensivo, doloroso ou perverso? Vê-se, claramente, na
Escritura Sagrada, que tudo passará e que o universo só terá lugar para o
ETERNO, o Filho, os seres celestes e o homem refeito como foi idealizado no
Eden... E nós, assim poderemos viver eternamente na presença de YAOHUH
UL'HIM de
Yaohushua hol’Mehushkyah (Ap 21:3).
Amnao!
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