www.cyocaminho.com.br
1-3. AFINAL FICOU completa e com sucesso a obra de criação dos céus e da terra, com tudo o que existe neles. Assim, foi no sétimo dia que o CRIADOR terminou o seu trabalho. Por isso, o CRIADOR abençoou o sétimo dia, descansou, e declarou santo esse dia. Porque nele o CRIADOR, terminou a obra da criação.
4-6. O CRIADOR criou os céus e a terra. Agora vem um resumo da criação, quando YAOHUH [o ETERNO] ordenou que se fizesse. Não existia nenhuma planta. Nenhuma semente havia brotado na terra; pois o CRIADOR ainda não tinha feito cair chuva. E também não havia ninguém para fazer lavoura. Mas um vapor subia da terra e molhava o solo em toda parte.
7. Então o CRIADOR formou o corpo humano usando para isso o pó da terra. Depois soprou nele o sopro da vida, e ele tornou-se uma alma vivente.
8-10. O CRIADOR plantou um jardim no Éden, para os lados do leste, e colocou no jardim o homem que Ele tinha formado. O CRIADOR fez crescer no jardim todas as espécies de lindas árvores, árvores que produziam frutas boas como alimento. No meio do jardim o CRIADOR fez crescer a Árvore da Vida e a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Da região do Éden saía um rio que banhava o jardim. Dali se dividia em quatro braços.
11-14. Um deles é o Pisom. Ele rodeia a terra de Havilá, onde existe ouro de boa qualidade, finas pérolas, e a pedra de ônix. O segundo tem o nome de Giom, e atravessa toda a extensão da terra de Cuxe. O terceiro é o rio Tigre, que flui ao leste da Assyria. O quarto é o Eufrates.
15-17. O CRIADOR colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivar a terra. Mas o CRIADOR avisou ao homem: Você pode comer qualquer fruta do jardim, menos a fruta da Árvore do Conhecimento do bem e do mal. Isso porque essa fruta abrirá os seus olhos e você ficará com a consciência despertada para o certo e o errado, para o bem e para o mal. Se comer essa fruta, você estará condenado a morrer.
18-22. Depois disse o CRIADOR: Não é bom que o homem fique sozinho. Vou fazer uma companheira para ele, uma auxiliadora à altura dele. O CRIADOR formou da terra todas as espécies de animais e de aves, e trouxe todos eles ao homem para ver que nome daria a eles. O homem deu os nomes que quis, e com esses nomes ficaram. O homem deu nome a todos os animais domésticos, às aves e aos animais que vivem nas matas e nos campos. Mas o homem não tinha nenhuma auxiliadora à altura dele. Então o CRIADOR fez o homem cair em sono profundo. Tirou uma das costelas dele e fechou o lugar da costela tirada. Da costela fez uma mulher, que trouxe ao homem.
23-25. Isto sim, exclamou Adão/Adan. Ela é parte dos meus ossos e da minha carne! Pode-se dizer que ela é varoa, porque foi tirada do varão. Esta é a razão por que o homem deixa de viver junto com seu pai e sua mãe e se une à mulher dele. E de tal maneira se unem os dois, que se tornam uma só pessoa! Pois bem, embora o homem e a mulher não estivessem usando roupa nenhuma, não ficavam envergonhados.
1. DE TODOS OS ANIMAIS que o CRIADOR criou, o mais astuto era a serpente. A serpente aproximou-se então perguntou à mulher: Será verdade?! Nenhuma fruta do jardim?! O CRIADOR disse que vocês não podem comer nem uma só fruta?!
2-3. Claro que podemos, respondeu a mulher. Só a fruta da árvore que está no meio do jardim é que não podemos comer. O CRIADOR disse que não podemos comer fruta daquela árvore, e que não podemos nem pôr as mãos nela porque se não, morreremos.
4-5. É mentira, contestou a serpente. Vocês não morrem não! o CRIADOR sabe muito bem que se vocês comerem essa fruta, no mesmo instante vocês ficarão como Ele, pois os seus olhos se abrirão. Vocês vão ficar sabendo distinguir entre o bem e o mal!
6. A mulher acreditou nisso. Então achou que a fruta era boa para comer. Agora a árvore parecia tão bonita! E parecia boa até para dar sabedoria! Pensando assim, ela apanhou uma fruta e comeu. Deu ao marido, e ele comeu também.
7. Mal acabaram de comer, ficaram conscientes da nudez em que estavam, e se encheram de vergonha. Então juntaram folhas de figueira e fizeram aventais para se cobrir.
8-9. Na tarde desse mesmo dia, ouviram o som produzido pelo CRIADOR que passava pelo jardim no frescor do dia. Os dois ficaram escondidos entre as árvores. O CRIADOR chamou Adão/Adan: Por que você se escondeu?
10-12. Adão/Adan respondeu: Percebi que o CRIADOR estava vindo e não queria que me visse nu. Por isso me escondi. Quem disse que você estava nu, perguntou o CRIADOR. Vai ver que comeu a fruta da árvore que proibi! É, comi, admitiu Adão/Adan; mas foi a mulher que me deste que me ofereceu a fruta, e eu comi.
13. Então o CRIADOR perguntou à mulher: Como é que você foi fazer uma coisa dessas?! A serpente me enganou, replicou ela.
14-15. O CRIADOR disse à serpente: Eis o seu castigo: Você será maldita e ficará isolada não só de todos os animais domésticos como também dos bichos do mato. Vai sofrer verdadeira maldição. Vai passar a vida inteira rastejando sobre o seu ventre e comendo pó. De agora em diante, você e a mulher serão inimigas, uma da outra. Também a sua descendência será inimiga do descendente da mulher. Ele ferirá você na cabeça, ao passo que você ferirá o calcanhar dele.
16. Depois o CRIADOR disse à mulher: Você vai ter muitas dores e sofrimentos, quando estiver para ser mãe e quando tiver filhos. Todavia, apesar disso, você receberá bem o seu marido, e ele terá domínio sobre você.
17-19. E a Adão/Adan disse o CRIADOR: Você deu ouvidos à sua mulher e comeu aquela fruta que Eu disse para não comer. Por isso, lanço maldição sobre a terra. A vida toda você terá de lutar para conseguir o ganha-pão. Ela produzirá também espinheiros e ervas daninhas, e você comerá verduras. A vida inteira você vai suar para dominar a terra, até o dia da sua morte. Depois você voltará ao pó de onde veio. Pois você foi feito da terra e vai voltar para a terra.
20-21. O homem deu o nome de Eva/Khav’yah à mulher, sendo que Eva/Khav’yah é sinônimo de vida. Pois disse ele: Ela será a mãe da humanidade toda. O CRIADOR vestiu Adão/Adan e sua mulher com roupas feitas de peles de animais.
22-24. Disse o CRIADOR: Agora que o homem é como nós, conhecendo o bem e o mal, vejamos que ele não venha a comer fruta da Árvore da Vida e passe a viver eternamente! Assim o CRIADOR mandou o homem embora do jardim do Éden, para que fosse cuidar da terra da qual tinha sido formado. Depois o CRIADOR colocou poderosos seres angélicos a leste do jardim do Éden. Colocou também uma brilhante espada que não parava de se mover para vigiar o caminho que levava à Árvore da Vida.
1-2. ADAN DEITOU-SE COM KHAV’YAH e ela concebeu e deu à luz um filho a quem deu o nome de Caim/Cain, que significa: Forjado ou Adquirido. Pois, como disse ela: Consegui um filho homem, com o auxilio do CRIADOR. Depois nasceu Abel/Ab’ul, irmão de Caim/Cain. Abel/Ab’ul veio a ser apascentador de ovelhas, enquanto Caim/Cain se dedicou à agricultura.
3-5. Passado algum tempo, Caim/Cain juntou alguns produtos da terra e com eles fez uma oferta ao ETERNO. Abel/Ab’ul também fez uma oferta ao ETERNO. O que Abel/Ab’ul apresentou ao CRIADOR foram as primeiras crias do rebanho dele. Feito o sacrifício, ofereceu ao CRIADOR as melhores porções. O CRIADOR aceitou a pessoa e a oferta de Abel/Ab’ul. Mas rejeitou a pessoa de Caim/Cain e a oferta dele. Caim/Cain ficou cheio de raiva e seu rosto mostrava ódio.
6-7. Por que você está com raiva, perguntou o CRIADOR. Por que está com o rosto mau? Se andar direito, é claro que vou aceitar você! Mas se fica praticando o mal, então veja lá! O pecado está escondido, pronto para atacar e destruir. Mas bem que você pode dominar o pecado!
8. Certo dia Caim/Cain convidou Abel/Ab’ul para um passeio ao campo. Quando estavam por lá, Caim/Cain atacou e matou o irmão.
9. Depois o CRIADOR perguntou a Caim/Cain: Que é do seu irmão? Onde está Abel/Ab’ul? Como posso saber? retrucou Caim/Cain. E acrescentou: Por acaso tenho de ficar tomando conta do meu irmão?!
10-12. Disse, porém, o CRIADOR: O sangue do seu irmão está clamando da terra a mim. O que foi que você fez? Você atraiu maldição sobre a sua vida na terra que manchou com o sangue do seu irmão. Quando você fizer plantio, a terra não dará nada. E você vai passar a vida inteira como fugitivo, vagando de lugar a lugar.
13-14. Caim/Cain então disse ao CRIADOR: O castigo que devo receber é grande demais para mim! Não vou aguentar isso! Pois o CRIADOR faz que eu seja rejeitado pela terra, e vou estar sempre querendo me esconder da sua presença! Vou vagar por toda parte, e toda gente vai querer acabar comigo!
15-16. O CRIADOR respondeu: Ninguém matará você, pois darei castigo sete vezes pior do que o seu a quem fizer isso. Então o CRIADOR pôs certa marca de identificação em Caim/Cain, para não ser morto por quem quer que se encontrasse com ele. Caim/Cain foi para longe da presença do ETERNO. Passou a morar na região de Node, a leste do Éden.
17-18. A mulher de Caim/Cain concebeu e deu à luz um filho, que recebeu o nome de Enoque/Kanósh. Quando Caim/Cain fundou uma cidade, ele a chamou de Kanósh. Kanoch veio a ser pai de Irade, o qual teve por filho Mehuha’ul; este gerou Methuselah, que foi pai de Lameque
19-22. Lameque casou com duas mulheres: Ada e Zila. Ada teve um filho chamado Yabal. Ele foi o primeiro criador de gado e o primeiro daqueles que moram em tendas. O irmão dele, Yubal, foi o primeiro músico. Foi ele que inventou a harpa e a flauta. Zila, a outra esposa de Lameque, deu à luz a Tubal-cain e Naamá. Tubal-cain foi o primeiro a fazer obra de fundição, forjando instrumentos de bronze e de ferro.
23-24. Um dia Lameque disse às esposas dele: Ada e Zila, escutem: Matei um homem porque me machucou, e um rapaz só porque me pisou. Se aquele que matar Caim/Cain vai receber castigo sete vezes pior do que o dele, aquele que quiser vingar o que fiz sofrerá castigo setenta e sete vezes pior!
25-26. Eva/Khav’yah, mulher de Adão/Adan, tornou a conceber. Deu à luz um filho a quem deu o nome de Sete/Soth, que quer dizer Designado. Pois, nas palavras de Eva/Khav’yah: o CRIADOR me concedeu outro filho para ocupar o lugar de Abel/Ab’ul, que Caim/Cain matou. Sete/Soth veio a ser o pai de Enos/Enosh. Foi depois que nasceu Enos/Enosh que começaram a invocar o nome [Shuan] do ETERNO.
1-2. ESTA É UMA lista de descendentes de Adão/Adan. Adão/Adan foi criado pelo CRIADOR. O homem foi criado à semelhança do ETERNO. O CRIADOR criou o homem e a mulher, e abençoou os dois. E desde o começo da vida deles, deu a eles o nome de homens. Eis a lista:
3-5. Adão/Adan: Quando Adão/Adan estava com 130 anos de idade, nasceu Sete/Soth, filho dele. Sete/Soth era a imagem e semelhança do pai. Depois que Sete/Soth nasceu, Adão/Adan viveu mais 800 anos. Teve filhos e filhas. Tinha 930 anos de idade quando morreu.
6-8. Sete/Soth: Sete/Soth estava com 105 anos de idade quando nasceu Enos/Enosh, filho dele. Depois viveu mais 807 anos, tendo filhos e filhas. Morreu com a idade de 912 anos.
9-11. Enos/Enosh: Enos/Enosh tinha 90 anos de idade quando nasceu o filho dele, Cainã/Quenã. Depois do nascimento de Cainã/Quenã, Enos/Enosh viveu mais 815 anos. Morreu com a idade de 905 anos, deixando filhos e filhas.
12-14. Cainã/Quenã: Cainã/Quenã estava com 70 anos quando nasceu Mehaolul, filho dele. Depois disso, viveu mais 840 anos. Teve filhos e filhas. Morreu com 910 anos de idade.
15-17. Mehaolul: Mehaolul tinha 65 anos quando nasceu Yaoród, filho dele. Depois que Yaoród nasceu, Mehaolul viveu 830 anos, tendo filhos e filhas. Quando morreu, estava com 895 anos.
18-20. Yaoród: Quando Yaoród estava com 162 anos, nasceu Enoque/Kanósh, filho dele. Depois do nascimento de Enoque/Kanósh, Yaoród viveu mais 800 anos, tendo filhos e filhas. Morreu quando tinha 962 anos.
21-24. Enoque/Kanósh: Enoque/Kanósh estava com 65 anos, quando Matusalém/Methuselah, filho dele, nasceu. Depois viveu mais 300 anos: como amigo do ETERNO. Teve filhos e filhas. Viveu ao todo 365 anos, sempre em comunhão com o CRIADOR. E então Enoque/Kanósh morreu! Porque o CRIADOR separou Enoque/Kanósh para Ele!
25-27. Matusalém/Methuselah: Quando Methuselah tinha 187 anos, nasceu Lameque, filho dele. Depois do nascimento de Lameque, Matusalém/Methuselah viveu mais 782 anos, tendo filhos e filhas. Tinha 969 anos quando morreu.
28-31. Lameque: Lameque tinha 182 anos de idade, quando nasceu Noé/Nokh, filho dele. Noé/Nokh quer dizer Consolo. Lameque deu esse nome ao filho, dizendo: Ele nos dará consolo dos nossos duros trabalhos, e do cansaço que sentimos nesta terra que o CRIADOR amaldiçoou. Depois do nascimento de Noé/Nokh, Lameque viveu mais 595 anos. Teve filhos e filhas. Morreu com 777 anos.
32. Noé/Nokh: Quando Noé/Nokh estava com 500 anos, tinha três filhos: Sem/Shem, Cão/Can e Jafé/Yafet.
1. NESSA ÉPOCA HOUVE rápido crescimento da população mundial.
2. Aconteceu então que os filhos do ETERNO foram atraídos pela beleza das filhas dos homens mundanos. Eles casaram com as mulheres que escolheram, ao gosto deles.
3. Disse então o CRIADOR: No meu Espírito/RUKHÁ não permanecerei para sempre com o homem. A natureza dele está sempre inclinada para o mal. Vou limitar a vida do homem para apenas mais 120 anos.
4. Naquele tempo existiam gigantes na terra. E também depois, quando da mistura dos filhos do ETERNO com as filhas dos homens mundanos. Pois dessas uniões nasceram filhos que foram homens valentes. Vieram a ser grandes e famosos heróis dos tempos antigos.
5-6. O CRIADOR viu como o homem foi ficando cada vez pior, e que tudo que pensava e queria era sempre mau. O CRIADOR ficou triste por ter criado o homem. Isto cortou o coração dEle!
7-8. Disse o CRIADOR: Vou fazer desaparecer da terra a humanidade que criei. Vou destruir os homens, os animais, os répteis e as aves. Foram criados por mim: e isso me entristece! Mas Noé/Nokh dava alegria ao CRIADOR.
9-10. Esta é a história dele: Noé/Nokh era o único homem reto, de todos os que viviam naquele tempo. Ele procurava viver sempre de acordo com a vontade do ETERNO. Shem, Can e Yafet eram os três filhos de Noé/Nokh.
11. A violência dominava a terra. Aos olhos do ETERNO, a terra estava completamente corrompida.
12-13. Vendo o CRIADOR como estava ruim a situação, e que os homens estavam cheios de vícios e depravados, disse a Noé/Nokh: Resolvi destruir todas as criaturas da terra, porque o mundo está cheio de crimes, por culpa dos homens. Vou destruir a humanidade toda, juntamente com as demais criaturas da terra.
14-15. Faça um navio de tábuas de cipreste, tapando bem as frestas com piche, por dentro e por fora. Faça diversas divisões no navio. Estas são as medidas do barco que você vai construir: 150 metros de comprimento, 25 de largura e 15 de altura.
16-18. Pouco abaixo do teto, faça uma abertura de meio metro de altura, em toda a volta do navio, para ventilação e iluminação. Num dos lados faça uma porta. E construa três andares no navio: um embaixo, outro no meio e um terceiro em cima. Faça isso, pois logo vou derramar águas em verdadeiro dilúvio sobre a terra. Todos os seres vivos da terra morrerão afogados! Vou destruir tudo que tem fôlego de vida debaixo dos céus! Mas prometo conservar com vida você, a sua mulher, os seus filhos e as mulheres deles.
19-22. De todos os animais, leve um casal para dentro do navio. Um casal de cada espécie de animais, incluindo os répteis e as aves. Assim vamos conservar em vida as espécies todas. Os animais e as aves mesmos virão até você! Guarde no barco uma grande provisão de alimento para você, para a sua família e para os animais e aves. Noé/Nokh fez tudo que o CRIADOR mandou.
1. CHEGOU POR FIM O DIA em que o CRIADOR disse a Noé/Nokh: Entre no navio, você e sua família. Só você vive retamente no meio de todo o povo da terra!
2-3. Leve para dentro do barco, como já disse, um casal de cada espécie de animais impróprios para comer. Mas dos animais próprios para os sacrifícios e para alimento, leve sete casais de cada um deles. Das aves também, sete casais de cada espécie. Assim todas as espécies se reproduzirão, e poderão sobreviver ao dilúvio.
4. Daqui a uma semana vou fazer cair chuva durante quarenta dias e quarenta noites, sem parar. E todos os homens, animais, répteis e aves que fiz, morrerão.
5. Noé/Nokh obedeceu. Fez tudo o que o CRIADOR mandou.
6. Quando as águas do dilúvio cobriram a terra, Noé/Nokh tinha seiscentos anos de idade.
7. Ele, a mulher dele, os filhos e as noras embarcaram no navio para escapar da inundação.
8-9. Entraram também todas as espécies de animais. Os limpos, isto é, próprios para sacrificar e comer, e os impuros, isto é, impróprios para alimento e para os sacrifícios. Também todas as espécies de répteis e de aves. Foram atrás de Noé/Nokh, entrando no navio de dois em dois: macho e fêmea. Tudo como o CRIADOR tinha mandado.
10-12. Uma semana mais tarde, quando Noé/Nokh estava com 600 anos; no dia 17 do segundo mês, começaram a cair as grossas chuvas do dilúvio. Rebentaram as fontes subterrâneas, e os céus despejaram grande volume de água sobre a terra. Caiu forte chuva durante 40 dias e 40 noites.
13. Mas no dia em que as chuvas começaram a cair, Noé/Nokh entrou no navio. Ele, a mulher, as noras e os filhos dele, Shem, Can e Yafet.
14-16. Entraram também no barco casais de todas as espécies de animais domésticos, bichos do mato, répteis, aves e pássaros. Não faltou espécie nenhuma de todos os seres vivos da terra. Entraram de dois em dois no navio: O macho e a fêmea de cada espécie. Tudo como o CRIADOR tinha mandado. Depois o CRIADOR fechou a porta.
17. As chuvas caíram em dilúvio durante quarenta dias. E as águas cresceram e levantaram o navio de sobre a terra.
18-20. O nível das águas foi subindo mais e mais, cobrindo a terra. Mas o navio flutuava na superfície das águas. As águas aumentaram tanto, que encobriram até os mais altos montes existentes debaixo do céu, chegando até sete ou oito metros acima dos picos dos mais altos montes!
21-22. Todos os seres vivos existentes na terra morreram. As aves, os animais domésticos, os animais das matas, todo tipo de criaturas que enchem a terra, e os homens: morreram todos! Tudo que respirava e vivia na terra seca morreu!
23-24. Assim foram destruídos todos os seres vivos que existiam na terra. A humanidade inteira, os animais, os répteis e as aves foram destruídos. Só continuaram vivos Noé/Nokh e os que estavam com ele no barco. E as águas cobriram a terra durante cento e cinquenta dias.
1. UL NÃO ESQUECEU Noé/Nokh e os animais que estavam com ele no barco. Ventos mandados por Ele sopraram sobre a terra e, com isso; foi baixando o nível das águas.
2. As fontes subterrâneas foram fechadas. Pararam de lançar água para cima da terra. Também os céus pararam de despejar chuvas na terra.
3-4. As águas foram escorrendo e foram esvaziando a terra, Depois de cento e cinquenta dias de inundação total, no dia 17 do sétimo mês, o navio ficou parado no alto das montanhas de Ararate.
5. As águas continuaram baixando. Três meses depois, apareceram os cumes dos montes.
6-7. Quarenta dias mais tarde, Noé/Nokh abriu uma janela que tinha feito, e soltou um corvo. O corvo ficou a voar, indo e voltando até a terra ficar inteiramente seca.
8. Logo depois de ter soltado o corvo, Noé/Nokh soltou uma pomba, para, ver se ela poderia encontrar algum terreno seco;
9. Não achando lugar onde pisar, a pomba voltou a Noé/Nokh. As águas ainda cobriam a terra. Noé/Nokh estendeu a mão para fora e recolheu a pomba.
10. Sete dias mais tarde, Noé/Nokh soltou a pomba de novo.
11. Desta vez ela só voltou de tarde ao navio. Trazia no bico uma folha nova de oliveira. Assim Noé/Nokh ficou sabendo que restava pouca água da grande inundação.
12. Noé/Nokh deixou passar mais uma semana, e tornou a soltar a pomba. Ela não voltou mais.
13. Vinte e nove dias depois disso, no dia em que Noé/Nokh fez 601 anos, a terra ficou seca. Noé/Nokh fez uma abertura no barco, olhou, e viu que a terra já não estava com sinais de águas.
14. Perto de oito semanas mais se passaram. Exatamente no dia 27 do segundo mês do ano 601 de Noé/Nokh, a terra estava seca.
15. Então o CRIADOR disse a Noé/Nokh:
16. Saia do navio, com a sua mulher, os seus filhos e as suas noras.
17. Faça sair também os animais de toda espécie que estão com você. Os animais, as aves e os répteis. Que saiam todos, para se reproduzirem, multiplicarem e encherem a terra.
18. Assim Noé/Nokh, seus filhos, sua mulher e suas noras saíram do navio.
19. Também saíram todos os animais, todos os répteis, todas as aves e todos os seres vivos que estavam no barco. Saíram aos pares e aos grupos, segundo as diferentes espécies.
20. Noé/Nokh construiu um altar e sacrificou nele animais e aves aceitáveis ao CRIADOR. Apresentou as ofertas queimadas.
21. O CRIADOR gostou das ofertas, e disse consigo mesmo: Nunca mais vou lançar maldição sobre a terra, e nunca mais vou destruir os seres vivos como fiz, por causa do homem. O homem é assim mesmo. Desde moço está sempre inclinado para o mal.
22. Enquanto a terra durar, haverá sementeira e colheita, frio e calor, inverno e verão, dia e noite.
1. UL’HIM ABENÇOOU NOKH e os filhos dele. E disse a eles: Tenham muitos filhos e restabeleçam a população da terra.
2-3. Todos os animais e aves terão medo de vocês, disse o CRIADOR. Entreguei ao domínio dos homens todos os seres vivos da terra e das águas. Servirão de alimento, além dos produtos vegetais.
4. Mas só poderão comer carne depois de tirado o sangue. Porque o sangue é vida.
5-6. E ninguém tem direito de tirar a vida de nenhum ser humano. O animal que matar um homem terá de ser morto. E a pessoa que matar algum ser humano terá de ser morta. Porque matar um ser humano é matar um ser que foi criado segundo a imagem do ETERNO.
7. Mas volto a dizer a vocês: Tenham muitos filhos. Povoem a terra e exerçam domínio sobre ela.
8. O CRIADOR disse mais estas coisas a Noé/Nokh e aos filhos dele:
9-11. Faço agora uma séria promessa, um verdadeiro contrato [Aliança] com vocês e com os seus descendentes. O contrato é com vocês e com os animais que trouxeram; aves, animais domésticos, animais do mato. Prometo que nunca mais os seres vivos da terra serão destruídos pelas águas. Prometo que nunca mais haverá dilúvio para destruir a terra.
12. E o sinal e selo desta Aliança é o seguinte para todo o tempo e para todos os seres vivos.
13. Ponho nas nuvens o meu Arco, como sinal da minha promessa para os homens e para a terra toda.
14-15. Quando Eu mandar nuvens sobre a terra e aparecer o Arco do CRIADOR, lembrarei minha promessa. Cumprirei, então, a promessa que fiz a vocês e a todos os seres vivos. E nunca mais mandarei águas em dilúvio para destruir todos os homens e animais.
16-17. Verei o Arco e lembrarei a Aliança Eterna que Eu, como CRIADOR, fiz com os seres vivos de toda espécie que existem na terra. Digo e repito: O sinal e selo desta promessa é o Arco do CRIADOR
18-19. Os nomes dos três filhos de Noé/Nokh são: Shem, Can e Yafet. Deles vieram todas as nações da terra. É bom notar que os cananeus são descendentes de Canaan, filho de Can.
20-21. Noé/Nokh se pôs a trabalhar como agricultor. Fez uma plantação de uvas e fabricou vinho. Um dia ficou bêbado, e ficou nu dentro da sua tenda.
22. Can, pai de Canaan, viu Noé/Nokh sem roupa e abusou dele. Foi contar o que fez aos dois irmãos.
23. Shem e Yafet puseram uma capa nos ombros, andaram de costas e assim entraram na tenda do pai. Com a capa cobriram o corpo do pai, tomando cuidado de olhar para outro lado. Não abusaram, pois, da nudez do pai.
24. Quando passou o efeito da bebida, Noé/Nokh acordou e soube o que o filho mais novo tinha feito.
25. Então Noé/Nokh amaldiçoou os descendentes de Can, pelo ramo de Canaan, dizendo: Malditos sejam os cananeus. Sejam escravos dos descendentes de Shem e Yafet. E escravos da mais baixa espécie!
26-27. Disse mais: Bendito seja o CRIADOR de Shem. Canaan seja escravo de Shem. O CRIADOR abençoe e fortaleça Yafet. Participe Yafet da prosperidade de Shem. E Canaan seja escravo de Yafet.
28-29. Depois do dilúvio, Noé/Nokh viveu mais 350 anos. Morreu com 950 anos de idade.
1. SÃO ESTAS AS FAMÍLIAS de Shem, Can e Yafet, filhos de Noé/Nokh. Tiveram filhos depois do dilúvio. Eis a lista:
2. Os filhos de Yafet são: Gomer, Magog, Madai, Yavã, Tubal, Meseque e Tiras.
3-4. Os filhos de Gomer: Asquenaz, Rifa e Togarma. E os filhos de Yavã: Elisá, Társis, Quintim e Dodanim
5. Os descendentes das famílias anotadas acima ficaram com os territórios marítimos, como ilhas e penínsulas. Formaram nações, cada uma com sua língua diferente.
6. Os filhos de Can são estes: Cuche, Mizraim, Pute e Canaan.
7. Os filhos de Cuche: Seba, Havila, Sabta, Ro’emah e Sabteca. E os filhos de Ro’emah: Seba e Dedan..
8-9. Nimrode foi um dos descendentes de Cuxe. Foi o primeiro rei da história da humanidade. Era poderoso caçador, sempre indo de encontro com o CRIADOR. Veio a ser como um provérbio. Dai o costume de dizer: Não à maneira de Nimrode: poderoso caçador
10. No começo, o reino dele era composto pelas cidades e territórios de Bavel Ereque, Acade e Calné, na terra de Shinar.
11-12 Dali, estendeu o território do reino dele até a Assyria. Construiu as cidades de Nineveh, Reobote-Ir, Cala, Resen (entre Nineveh e Cala). Resen foi a principal cidade do reino de Nimrode.
13-19. Mizraim foi pai dos ludim, anamim, leabim, naftuim, patrusim, casluim - de quem descendem os Filisteus (Pelishitim) – e caftorim. Canaan teve Tsidon, o seu filho mais velho, e depois Hete. Enfim, deste descendem todos estes povos: yebuseus, amorreus, girgaseus, heveus, arqueus, sineus, arvadeus, zemareus, hamateus, que se espalharam até Tsidon e Guerar, chegando ao limite de Gaza (Azah) (Azah). Foram mesmo a Sedoma e Amorá e a Adma e Zeboim perto de Lasa.
20. Estes são os descendentes de Can que se espalharam, formando povos e nações com as suas diferentes línguas.
21-30. Os filhos de Shem foram: Olao, Assur, Arfaxade, Lude e Aran. Este último foi pai de: Uz, Hul, Geter e Mas. E Arfaxade teve Sala e este Eber. A Eber nasceram-lhe dois filhos: Poleg (porque foi durante a sua vida que os povos de todo o mundo começou a separar-se e a dispersar-se) e Yotã, seu irmão. Este foi pai de Almoda, Selefe, Hazarmavett, Yera, Hadorão, Uzal, Dicla, Obal, Abimaul, Seba, Ofir, Havila e Yaobab. Todos estes descendentes de Yotã viveram entre Messa e Sefar, que é uma montanha do oriente.
31. Aqui estão os descendentes de Shem segundo os povos e as nações que foram formando, com as suas línguas próprias e a localização geográfica respectiva.
32. É esta a relação dos descendentes de Nokh, a partir dos quais se formaram as nações da terra, depois do dilúvio.
1. NOS PRIMEIROS TEMPOS, depois do dilúvio, a humanidade toda falava a mesma língua. Todos se entendiam.
2. A população avançou para o leste. Achou uma planície na terra de Shinar e se estabeleceu ali.
3-4. Eles começaram a pensar em construir uma grande cidade e uma torre que chegasse até os céus. O desejo era construir um monumento para fama deles e para que ficassem juntos para sempre. Assim nada nos espalhará pelo mundo, disseram. Para isso se lançaram à fabricação de tijolos queimados para servirem de pedras. E juntaram muito piche para usar como argamassa.
5-6. Mas o CRIADOR desceu para ver a cidade e a torre que os homens estavam construindo, e disse: Vede! Eles formam um só povo e falam a mesma língua. Por isso já se animam a fazer essas coisas grandiosas! Que não farão mais tarde?! Nada será capaz de parar essa gente!
7. Vinde! Desçamos lá e atrapalhemos a linguagem deles. Façamos isso para que não se entendam mais, uns aos outros!
8. Fazendo assim, o CRIADOR espalhou os homens pela face da terra. E eles pararam de construir a cidade.
9. Por esse motivo aquele lugar recebeu o nome de Babel [Bavel], que quer dizer Confusão. Porque ali o CRIADOR deu muitas línguas aos homens, o que produziu confusão entre eles. E eles se espalharam por todas as partes da terra.
10-11. Retomemos as informações sobre os descendentes de Shem. Quando tinha cem anos de idade, nasceu Arfaxade, nascido dois anos após o dilúvio, quando Shem tinha 100 anos de idade. E depois ainda viveu mais 500 anos e teve muitos filhos e filhas.
12-13. Arfaxade tinha 35 anos quando lhe nasceu Sala. Viveu ainda 403 anos e teve muitos filhos e filhas.
14-15. Sala tinha 30 anos quando Eber nasceu. E viveu depois 403 anos, tendo tido muitos filhos e filhas.
16-17. Aos 34 anos Eber teve Poleg. Viveu mais 430 anos, com muitos filhos e filhas.
18-19. Poleg contava 30 anos ao nascer-lhe Ro’éh. Viveu ainda 209 anos com muitos filhos e filhas.
20-21. Ro’éh, aos 32 anos, teve Serugue. Viveu depois disso 207 anos, tendo tido muitos filhos e filhas.
22-23. Serugue, quando contava 30 anos, teve Nahor. Viveu, com muitos filhos e filhas, 200 anos depois disso.
24-25. Com 29 anos Nahor foi pai de Turok. Depois viveu ainda 119 anos, tendo tido muitos filhos e filhas.
26-28. Turok aos 70 anos tinha três filhos: Abrão/Abroan, Nahor e Haran. E Haran tinha, por sua vez, um filho chamado Lot. Mas, Haran morreu ainda novo, na terra que tinha nascido em Ur na Caldeia, e o seu pai Turok ainda era vivo.
29-30. Entretanto Abrão/Abroan casou com Sarai/Sorai, enquanto que Nahor veio a tomar por esposa a sua sobrinha Micla, que era orfã, a filha do seu irmão Haran. E Sarai/Sorai tinha um irmão chamado Isca. Mas, Sarai/Sorai era estéril; não tinha filhos.
31-32. Então Turok pegou em Abrão/Abroan seu filho e em Lot seu neto mais a sua nora Sarai/Sorai e deixou Ur da Caldeia para ir para a terra de Canaan/Kena’anu. Contudo ficaram-se pela cidade de Haran e estabeleceram-se ali, até que Turok morreu aos 205 anos.
1. DEPOIS DA MORTE de Turok, o CRIADOR disse a Abrão/Abroan: Deixe a sua terra e os seus parentes. Vá para uma terra que eu mesmo vou mostrar.
2. Faça isso, e eu farei de você o pai de uma grande nação. Abençoarei você e farei que o seu nome fique famoso. E você será uma bênção para outros.
3. Abençoarei aqueles que abençoarem você. Amaldiçoarei aqueles que amaldiçoarem você. O mundo inteiro será abençoado por sua causa!
4. Abrão/Abroan obedeceu ao CRIADOR, e partiu. Estava com setenta e cinco anos quando começou a viagem. Lot foi com ele.
5. Abrão/Abroan levou Sarai/Sorai, sua mulher, Lot, seu sobrinho, e todos os bens e escravos que tinha conseguido em Haran. Partiram para Canaan/Kena’anu e chegaram lá.
6. Abrão/Abroan percorreu a terra de Canaan/Kena’anu até o carvalho de Moré, perto de Siquem. Acampou ali. Nesse tempo os cananeus viviam naquele território.
7. O CRIADOR apareceu a Abrão/Abroan, e disse: Vou dar esta terra aos seus descendentes. Abrão/Abroan construiu um altar ali, para comemorar o aparecimento do CRIADOR.
8. Depois saiu daquele lugar. Viajou para o sul, até à região montanhosa situada entre Beit’ul/Bohay’ul, a oeste, e Ai, a leste. Acampou ali, fez um altar e orou ao ETERNO.
9. Mais tarde Abrão/Abroan saiu dali. Seguiu viagem, indo sempre em direção ao Negev.
10. Naquela época houve terrível fome na região toda. Abrão/Abroan desceu ao Egypto, para sobreviver.
11-13. Quando estava chegando no Egypto, Abrão/Abroan disse a Sarai/Sorai, mulher dele: Você é muito bonita. Quando os egypcios virem você, vão dizer: ‘Esta é a mulher dele. Vamos matar o marido e ficar com a mulher!’ Mas se você disser que é minha irmã, eles me tratarão bem por sua causa, e me deixarão com vida.
14. Foi dito e feito! Mal chegaram no Egypto, os egypcios repararam na grande beleza de Sarai/Sorai.
15. Os oficiais do palácio real viram Sarai/Sorai. Falaram da beleza dela a Faraó. A mulher de Abrão/Abroan foi levada para a casa de Faraó!
16. Faraó tratou bem de Abrão/Abroan, por causa de Sarai/Sorai. Com isso Abrão/Abroan progrediu muito. Logo era dono de muitas ovelhas, bois, jumentos, escravos e escravas, e camelos.
17. Mas o CRIADOR mandou grandes pragas a Faraó e à casa dele, por causa de Sarai/Sorai.
18-19. Faraó mandou chamar Abrão/Abroan. Que foi que você me fez, perguntou ele. Por que não disse que ela era sua mulher? Por que disse que era sua irmã? Por isso tomei Sarai/Sorai para ser minha mulher. Agora, aqui está a sua mulher. Vá embora com ela!
20. Faraó mandou Abrão/Abroan sair do Egypto. E deu ordens para que fosse levado para fora do país por um grupo armado. Assim saíram Abrão/Abroan, sua mulher e tudo que possuía.
1. SAÍRAM DO EGITO e foram para o norte, para o Negev. E Lot ia junto.
2. Abrão/Abroan estava muito rico. Tinha muito gado, prata e ouro.
3. Continuaram na direção norte, indo para o lugar onde tinham acampado antes, entre Beit’ul/Bohay’ul e Ai.
4. Chegaram ao lugar onde Abrão/Abroan tinha construído um altar. E ali de novo prestou culto ao ETERNO.
5. Lot também estava rico. Possuía muitas ovelhas, muito gado e muita gente a serviço dele.
6. Mas a terra ficou sendo pequena para os dois. Não dava para sustentar as pessoas e os rebanhos. Não podiam continuar vivendo juntos.
7. Por isso começaram as brigas entre os apascentadores de Abrão/Abroan e de Lot, apesar do perigo em que estavam, pois os cananeus e os ferezeus viviam naquelas terras!
8-9. Vendo a situação, Abrão/Abroan disse a Lot: Não devemos estar brigando. Nem os meus apascentadores com os seus. Somos parentes chegados! Veja o que devemos fazer. A terra se estende para todos os lados. Escolha a parte que você quiser, e ficaremos separados. Se você escolher as terras do lado leste, eu ficarei aqui, no oeste. Se você preferir ficar no oeste, eu irei para as terras do leste.
10. Lot olhou a fértil planície do rio Jordão/Yardayan, bem regada em toda a extensão. É bom lembrar que isto aconteceu antes de Sedoma e Amorá serem destruídas. Aquela região era uma beleza! Fazia a gente pensar no jardim que o CRIADOR plantou no Éden! Era comparável à bela região do Egypto, situada a meio caminho de Zoar!
11. Então Lot escolheu aquela parte: toda a baixada banhada pelo rio Jordão/Yardayan. E partiu para lá, para o leste.
12. Abrão/Abroan continuou onde estava, na terra de Canaan/Kena’anu. Vivendo na planície, Lot usava as cidades daquela região como praças de comércio. E foi avançando, armando as suas tendas cada vez mais adiante, até Sodoma.
13. Os homens daquelas cidades eram muito maus. Viviam pecando horrivelmente contra o CRIADOR.
14-15. Depois que Lot partiu, o CRIADOR disse a Abrão/Abroan: ‘Olhe até onde sua vista alcançar. Olhe para o norte, para o sul, para o leste e para o oeste. Toda essa terra eu vou dar a você e aos seus descendentes! E para sempre!
16. Darei a você muitos descendentes. Tantos, que não dará para contar. Só poderia contar o número deles quem fosse capaz de contar os grãos do pó da terra!
17. Agora, vá e ande por toda essa terra. Examine o território em todo o comprimento e largura dele. Porque é como digo: Eu darei a você toda essa terra!
18. Abrão/Abroan mudou as tendas para o arvoredo de Mamre: dono de um bosque de carvalhos. Esse lugar ficava perto de Hebrom. Ali Abrão/Abroan construiu um altar ao CRIADOR.
1-2. NÃO DEMOROU, e começou uma guerra entre vários reis. De um lado estavam: Amrafel rei de Shinar, Arioque rei de Elasar, Quedorlaomer rei de Elam e Tidal rei de Goim estavam em guerra contra Bera rei de Sedoma, Birsa rei de Amorá, Sinabe rei de Admá, Semeber rei de Zeboim, e contra o rei de Bela, que mais tarde passou a chamar-se Zoar.
3-4. Esta última coligação de reis (os de Sedoma, Amorá, Admá, Zeboim e Bela) mobilizou os seus exércitos no vale de Sidim, isto é: no atual vale do Mar de Sal, porque durante 12 anos tinham estado submetidos a Quedor-laomer, e durante o décimo terceiro ano de sujeição começaram a rebelar-se.
5-7. No ano seguinte aconteceu que Quedorlaomer e os seus aliados decidiram começar a castigar duramente várias tribos: os refains em Asterote-Carnaim, os zuzims em Can, os emins em Savé-Quiriataim e os horeus no monte Seir, alcançando até a planície de Pará, no limite do deserto. Depois continuaram a carnificina, em Enmispate, agora chamada Cades, destruindo os amelequitas, assim como os amorreus que viviam em Hazazomtamar.
8-12. Foi então que a tal coligação de reis de Sedoma, Amorá, Admá, Zeboim e Bela (ou Zoar) se prepararam para a batalha, no vale do Mar de Sl, contra os outros, que eram Quedorlaomer e os seus aliados. Eram, portanto quatro reis contra cinco. Acontecia, aliás, que aquele vale estava cheio de poços de alcatrão. E assim, tendo sido derrotados os exércitos dos reis de Sedoma e de Amorá, muitas pessoas caiu nesses poços, e o resto teve de fugir para as montanhas. As tropas vitoriosas dos outros reis saquearam e pilharam totalmente Sedoma e Amorá, levaram tudo o que lá havia e deixaram a região. Lot que vivia lá foi também feito prisioneiro e levado, com tudo o que tinha.
13-16. Um dos fugitivos, que conseguira escapar, veio contar tudo a Abroan que vivia nos carvalhais que pertenciam a Mamre, o amorreu, irmão de Eshkol e de Aner, ambos aliados de Abroan. Quando Abroan soube que Lot tinha sido capturado, juntou todos os homens que tinham nascido ao seu serviço, ao todo trezentos e dezoito, e perseguiu as tropas vencedoras mesmo até Dayan. E durante a noite atacou-as e derrotou-as, obrigando-as a fugirem, e perseguiu-as até Hoba, ao norte de Damasco, recuperando tudo que os outros tinham pilhado: as riquezas, e em particular Lot, o seu parente, e os que viviam com ele, incluindo as mulheres e o povo.
17-20. Quando Abroan regressava desta vitória contra Quedorlaomer e os reis que lhe estavam associados, no vale de Savé (hoje chamado o vale do Rei), o rei de Sedoma veio encontrar-se com ele. Molkhi’Tzaodoq [Melquisedeque], rei de Shua’oleym (Yah’shua-oleym), que servia a YAOHUH, o Altíssimo, ofereceu-lhe pão e vinho; e abençoou Abroan dizendo assim: Que a bênção de UL’HIM supremo, através do CRIADOR da terra e de todo o universo, te seja dada, Abroan! E que seja honrado YAOHUH que te livrou dos teus inimigos! Então Abroan deu a Molkhi’Tzaodoq a dízima de tudo o que trouxera.
21. O rei de Sedoma disse-lhe: Dá-me a mim o Meu povo, que foi capturado, e fica tu com tudo o que eles me roubaram da cidade.
22-24. Contudo Abroan replicou-lhe: Prometi solenemente ao CRIADOR Supremo, através do CRIADOR do universo e da terra, que não ficarei com coisa nenhuma do que é teu, nem um fio sequer ou uma simples correia de sapato, para que não venhas dizer: ‘Abroan enriqueceu com o que eu lhe deixei’, exceto, evidentemente, o que estes jovens comeram, e ainda a parte que é devida aos soldados de Aner, Eshkol e Mamre, meus aliados, que combateram comigo.
1. DEPOIS DESSES ACONTECIMENTOS, o CRIADOR falou com Abrão/Abroan por meio de uma visão. Disse: Abrão/Abroan, não tenha medo. Eu defenderei você. E lhe darei muitas bênçãos.
2-3. Abrão/Abroan respondeu: óh CRIADOR, de que bênçãos estás falando? Pois não tenho nenhum filho, e o meu herdeiro é o meu mordomo Eliezer/Ul’ozor. Ele, que não é da minha família, e que é estrangeiro, de Damasco! Não tendo descendente, ou ele ou algum criado nascido em minha casa herdará as riquezas que me dás!
4. Disse, porém, o CRIADOR: Não, não! Seu herdeiro não será Ul’ozor. Nem outro qualquer que não seja seu filho. Você ainda será pai, e o seu filho herdará tudo que é seu.
5. Então o CRIADOR levou Abrão/Abroan para fora, em plena noite, e disse: Olhe para os céus e conte as estrelas, se puder. Assim serão os seus descendentes. Tão numerosos que não poderão ser contados!
6. Abrão/Abroan creu no CRIADOR. E o CRIADOR considerou Abrão/Abroan justo, por causa dessa fé.
7. O CRIADOR continuou falando com Abrão/Abroan: Eu sou o CRIADOR, que tirei você da cidade de Ur dos Caldeus. E fiz isso para lhe dar esta terra para sempre.
8. Abrão/Abroan perguntou: UL (CRIADOR), como posso ter certeza que esta terra vai ser minha?
9. Respondeu o CRIADOR: Traga aqui uma novilha, uma cabra e um cordeiro. Cada animal deverá ter três anos. Traga também uma rola e um pombinho.
10. Abrão/Abroan obedeceu. Cortou pela metade os três animais, mas as aves não. Colocou as metades em ordem, cada uma em frente da outra.
11. Vinham abutres sobre os cadáveres, mas Abrão/Abroan os espantava.
12. De tarde, quando o sol ia descendo no horizonte, Abrão/Abroan sentiu sono muito forte, e ele se viu no meio de pavorosa escuridão!
13. Nessa hora o CRIADOR disse a Abrão/Abroan: Saiba que os seus descendentes terão de viver numa terra estrangeira. Lá eles serão tratados como escravos, e terão muitos sofrimentos, por 400 anos.
14. Mas também eu castigarei a nação que vai fazer essas coisas. E por fim, Abrão/Abroan, os seus descendentes vão sair daquele país carregados de riquezas.
15. Quanto a você, sossegue! Morrerá em paz, depois de uma velhice feliz.
16. Depois de quatro gerações, os seus descendentes voltarão para cá. Porque será naquela ocasião que a maldade dos povos amorreus que vivem aqui vai estar pronta para o castigo total! Por enquanto, a maldade deles é tolerável.
17. Finalmente, o sol se pôs de uma vez, e a escuridão normal da noite chegou. Aí Abrão/Abroan viu um fogareiro lançando fumaça, e uma tocha de fogo que passou entre os pedaços de carne dos animais sacrificados.
18. Naquele mesmo dia, o CRIADOR fez este trato com Abrão/Abroan: Já dei este território aos seus descendentes. Os limites destas terras vão desde o ribeiro do Egypto até o grande rio Eufrates.
19-21. Dei a eles estes povos: Os queneus, os quenezeus, os cadmoneus, os heteus, os ferezeus, os refains, os amorreus, os cananeus, os girgaseus e os yebuseus.
1-3. POIS BEM, SORAl e Abrão/Abroan não tinham filhos. Sarai/Sorai entregou sua criada, a egypcia Hagar, a Abrão/Abroan, como segunda esposa dele. Visto que o CRIADOR não me deu filhos, Sarai/Sorai disse a Abrão/Abroan, você poderá ter filhos de Hagar. E os filhos dela serão meus. Abrão/Abroan concordou. Esse arranjo foi feito quando já fazia dez anos que eles moravam na terra de Canaan/Kena’anu.
4. Mas desde o momento em que Hagar viu que estava grávida, ficou orgulhosa e começou a ter desprezo pela patroa dela.
5. Sarai/Sorai falou com Abrão/Abroan: Você é que devia passar a vergonha que eu estou passando! Entreguei a minha criada a você. Dei a ela a honra de ser sua mulher. E veja agora o que aconteceu. Ela me despreza! O CRIADOR julgue este caso entre nós.
6. Você pode castigar a criada egypcia como quiser, disse Abrão/Abroan. Sarai/Sorai castigou Hagar de modo humilhante, e ela fugiu.
7. O ANJO DO ETERNO encontrou Hagar perto de uma fonte no deserto, ao lado da estrada de Sur.
8. Disse o ANJO: HAGAR, CRIADA DE SORAI, DE ONDE VOCÊ VEM E PARA ONDE ESTÁ QUERENDO IR? Respondeu Hagar: Estou fugindo da minha patroa.
9-12. Disse o ANJO: Volte para a sua patroa. Humilhe-se. Faça o que digo, pois vou fazer de você uma grande nação. Será tão numerosa que ninguém poderá contar o povo. Você está grávida e vai ter um filho. Dê a ele o nome de Ismael/Ishma’ul: que quer dizer ‘UL ouve’. Porque o UL’HIM deu ouvidos às suas dores e queixas. O seu filho será um tipo livre e indomável como um jumento selvagem! Ele estará sempre contra todo mundo, e todo mundo contra ele. E viverá perto de todos os povos descendentes do pai dele.
13. Hagar orou ao CRIADOR: pois o CRIADOR é que tinha falado com ela. Orou dizendo: Tu és o CRIADOR que vê. Depois ela dizia às pessoas: Ali eu olhei para Aquele que me vê!
14. Por isso aquela fonte passou a ser chamada Beer-Laai-Roi, que significa Fonte daquEle que Vive e que Me vê. Está situada entre Cades e Berede.
15. Assim Hagar deu um filho a Abrão/Abroan. Abrão/Abroan deu ao menino o nome de Ismael/Ishma’ul: confirmando o nome dado pela mãe.
16. Abrão/Abroan tinha oitenta e seis anos quando Ismael/Ishma’ul nasceu.
1-2. QUANDO ABROAN ESTAVA com noventa e nove anos de idade, o CRIADOR apareceu a ele, e disse: Eu sou o UL, o Todo-poderoso. Seja obediente a mim, e viva como Eu mandar. Farei um contrato [Aliança] com você, garantindo que farei dos seus descendentes um povo grande e numeroso.
3. Vendo que o CRIADOR falava com ele, Abrão/Abroan se lançou ao chão, rosto em terra. Disse o CRIADOR:
4. O contrato que faço é garantia para você. Farei com que você seja pai de muitas nações.
5. Por isso mudo o seu nome de Abroan para Abrul’han. Em vez de Abroan, que quer dizer ‘Pai Elevado’, você se chamará Abrul’han, que significa ‘Pai de Nações’. Porque é isso que você vai ser. Sou eu que digo isto!
6. Darei a você milhões de descendentes, que formarão muitas nações. Entre os seus descendentes haverá reis.
7-8. Este acordo que proponho será com você e com os seus descendentes, geração após geração. É contrato que vale para sempre. E o trato é que serei o seu UL e o UL dos seus descendentes. E darei a eles esta terra de Canaan/Kena’anu, que você já conhece bem. Será deles para sempre. E eu serei o UL deles.
9-10. Agora veja a sua parte no contrato, disse o CRIADOR a Abrul’han. Você terá de obedecer aos regulamentos do contrato. O primeiro ponto é que você mesmo e todos os seus descendentes, do sexo masculino, têm de ser circuncidados.
11. A circuncisão será o sinal do nosso contrato. É prova de que você e os seus descendentes aceitam o meu contrato.
12-14. A circuncisão será feita quando o menino tiver oito dias. E todas as pessoas do sexo masculino terão de ser circuncidadas. Isto vale também para os escravos. Tanto para os nascidos em casa, como para os comprados de fora. Este regulamento é permanente para todos os seus descendentes. Quem não obedecer, será cortado do povo dele. Porque desobedeceu aos termos do meu contrato. Quebrou a minha Aliança!
15. O CRIADOR continuou falando: Sarai/Sorai também vai mudar de nome. Ela se chamará Sara/Soro’ah, que quer dizer ‘Princesa’.
16. Abençoarei Soro’ah e darei a você um filho dela. Sim, abençoarei Soro’ah e farei que ela seja mãe de nações! Muitos reis estarão entre os descendentes dela.
17. Então Abraão/Abrul’han se lançou ao chão, em atitude de adoração. Mas estava rindo por dentro, sem poder acreditar! Eu, pai, pensava ele. Eu, com cem anos de idade, vou ser pai?! E Sara/Soro’ah, com noventa anos, vai ter criança?!
18. Abraão/Abrul’han disse ao CRIADOR: Ah sim, decerto vais abençoar Ismael/Ishma’ul!
19. Não é isso não, disse o CRIADOR. O que prometo é que Soro’ah mesmo: a sua mulher: vai ter um filho. E você deverá dar a ele o nome de Yahtzk’haq, nome que significa ‘Ele Riu de UL’. E firmarei o meu contrato com ele e com os descendentes dele, para sempre.
20. Não quer dizer que vou esquecer Ishma’ul. Como você pediu, eu abençoarei Ishma’ul e farei que ele tenha muitos descendentes. Doze príncipes estarão entre os descendentes dele. Ishma’ul será o pai de uma grande nação.
21. Mas o meu contrato é outra coisa! A minha Aliança será com Yahtzk’haq. E ele vai nascer daqui a um ano.
22. Terminada essa conversa, o CRIADOR se retirou.
23. Imediatamente Abrul’han tratou de obedecer ao que o CRIADOR tinha mandado. Naquele mesmo dia fez com que todos os meninos e homens da casa dele fossem circuncidados. Foram operados Ismael/Ishma’ul e todos os escravos: Os nascidos em casa e os comprados de fora. Como UL tinha mandado.
24-27. Nessa ocasião, Abraão/Abrul’han tinha noventa e nove anos, e Ismael/Ishma’ul tinha treze. Os dois foram circuncidados no mesmo dia. Como também todos os meninos e homens da casa de Abraão/Abrul’han, incluindo todos os escravos: Os nascidos em casa e os comprados doutra gente.
1. ABRUL’HAN MORAVA no bosque de carvalhos de Mamre. Um dia o CRIADOR apareceu de novo a ele. Foi assim: Na hora mais quente do dia, Abraão/Abrul’han estava sentado junto da entrada da tenda. De repente viu três Homens de pé, ali perto. Depressa correu até onde estavam, e deu as boas-vindas a eles.
3-5. Maoro’ehs, disse Abraão/Abrul’han, tenham a bondade de ficar aqui e descansar um pouco. Vou mandar trazer água para que se refresquem. Descansem à sombra desta árvore. Vou preparar uma refeição, para que ganhem novas forças para a viagem. Está bem, disseram eles. Aceitamos. Pode fazer o que disse.
6. Abraão/Abrul’han correu à tenda e disse a Sara/Soro’ah: Faça depressa uns pães para várias pessoas. Use a nossa melhor farinha!
7. Depois ele mesmo foi ao pasto, escolheu um belo novilho, e mandou um criado preparar carne para o almoço dos três hóspedes.
8. Tudo pronto, Abraão/Abrul’han levou a comida aos Homens. Serviu também coalhada e leite. E ficou ali debaixo da árvore, fazendo companhia a eles enquanto comiam.
9. Onde está Sara/Soro’ah, sua mulher, perguntaram eles. Está ali na tenda, respondeu Abraão/Abrul’han.
10. Um deles disse: Daqui a um ano tornarei, a visitar vocês. Então Soro’ah terá um filho. Sara/Soro’ah estava na entrada da tenda, atrás dele, e escutou o que disse.
11. Abraão/Abrul’han e Sara/Soro’ah eram muito velhos. As condições físicas de Sara/Soro’ah já não permitiam que ela tivesse filhos.
12. Por isso, Sara/Soro’ah riu por dentro, pensando: Uma velha como eu, ainda vai ter a alegria de ter um bebê?! E com um marido mais velho ainda?!’
13-14. O CRIADOR disse a Abraão/Abrul’han: Por que Soro’ah riu? Por que pensou ela: ‘Como pode uma velha como eu ter filho?’ Por acaso existe alguma coisa difícil demais para o ETERNO? Pois torno a dizer: No ano que vem voltarei aqui, e Soro’ah vai ter um filho.
15. Ao ouvir isso, Sara/Soro’ah ficou com medo. Mentiu, dizendo: Eu não ri, não. Mas o CRIADOR disse a ela: Não diga isso. Você bem sabe que riu.
16. Enfim os homens foram embora. Tomaram a direção de Sodoma. Abraão/Abrul’han foi com eles até uma certa distância.
17. Será que vou esconder o meu plano a Abrul’han, perguntou o HOMEM.
18. Pois Abraão/Abrul’han virá a ser uma grande nação. Além disso, ele vai ser instrumento de bênção para todas as nações da terra!
19. E fui eu mesmo que escolhi Abrul’han, para que tenha família e descendentes fiéis a mim. Gente que seja justa e bondosa: para que eu faça por Abrul’han tudo o que prometi.
20. Por isso disse o CRIADOR a Abrul’han: Chegou até mim uma grande queixa contra Sodoma e Gomorra. A queixa de que aquelas cidades estão cheias de pecado e corrupção.
21. Vou descer até lá para ver se é assim. Vou saber pessoalmente se é ou não.
22-23. Dois daqueles Homens foram para Sedoma. Mas o HOMEM ficou mais um pouco com Abraão/Abrul’han. Abraão/Abrul’han chegou perto dEle, e disse: Ó UL seria capaz de matar os bons juntamente com os maus?
24-25. Se encontrar na cidade, digamos, cinquenta pessoas que respeitem o ETERNO, vai destruir a cidade? Não deixará viver o povo por amor daqueles cinquenta bons cidadãos? Não seria justo! Certamente que YAOHUH UL’HIM [ETERNO CRIADOR] não fará uma coisa dessas. Matar os que O amam junto com os que O desprezam! Fazendo assim, estaria igualando os justos aos injustos, os bons aos maus! Claro que não fará isto! Não seria justo, óh Juiz de toda a terra, seria?
26. O HOMEM respondeu: Se eu achar dentro da cidade de Sedoma cinquenta justos, não destruirei a cidade, por amor a eles.
27-28. Abraão/Abrul’han falou de novo: Sei que sou pó e cinza. Mas comecei a falar a UL e devo continuar: Se aos cinquenta de que falei, faltarem cinco? Por causa destes cinco que faltarem, o ETERNO destruirá toda a cidade? Disse UL: Não destruirei a cidade, se achar nela quarenta e cinco justos.
29. Abraão/Abrul’han tornou a falar: E se achar ali quarenta justos? Respondeu o HOMEM: A cidade não será destruída, por causa dos quarenta.
30. Abraão/Abrul’han insistiu: Peço que tenha paciência, UL. Se forem trinta os justos? O HOMEM respondeu: Não destruirei a cidade, em atenção aos trinta.
31. Abraão/Abrul’han não parou. Disse ainda: Sei que estou abusando, mas, por favor: Se achar vinte justos? O HOMEM respondeu: Não destruirei a cidade, por amor aos vinte.
32. Disse por fim Abraão/Abrul’han: Tenha paciência óh CRIADOR. Vou falar só mais esta vez. Se encontrar só dez justos? O HOMEM respondeu: Não destruirei a cidade por amor aos dez.
33. Quando acabaram esta conversa, o CRIADOR se retirou. E Abraão/Abrul’han foi para casa.
1. QUANDO ESTAVA ANOITECENDO, naquele mesmo dia, os dois Homens chegaram à entrada de Sedoma. Lot estava sentado por ali. Quando viu os dois chegando, Lot se levantou e correu dar as boas-vindas a eles.
2. Disse Lot: Maoro’ehs, venham à minha casa. Serão meus hóspedes. Amanhã cedo poderão seguir viagem. Não, obrigado, disseram eles. Vamos conhecer a cidade. Passaremos a noite na praça pública.
3. Mas Lot insistiu muito. Eles acabaram aceitando o convite. Lot ofereceu a eles um grande banquete. Não faltaram uns pães sem fermento, que tinham acabado de sair do forno.
4-5. Quando estavam se preparando para dormir, aconteceu uma coisa horrível! Todos os homens da cidade cercaram a casa. Moços e velhos sodomitas, gritaram a Lot: Traga para fora os homens que estão aí! Queremos usá-los como mulher!
6-8. Lot saiu depressa, fechou a porta atrás dele, e disse aos homens: Por favor, meus irmãos! Peço que não façam essa maldade! Escutem! Tenho duas filhas virgens; eu entrego as duas a vocês, para que façam o que quiserem! Deixem os meus Hóspedes em paz. Eles contam com a minha proteção.
9. Saia da frente! gritaram os sodomitas. Quem você pensa que é? Ora, deixamos este sujeito morar em nossa cidade, e agora quer ser nosso juiz! Pois vamos fazer com você coisa pior do que com eles! E avançaram contra Lot, dispostos a arrombar a porta e invadir a casa.
10-11. Mas os Hóspedes fizeram Lot entrar depressa em casa e fecharam a porta. Depois deixaram cegos os homens que estavam na rua: todos, do mais jovem ao mais velho. Ficaram na maior confusão, tentando em vão achar a porta.
12-13. Que parentes você tem nesta cidade, perguntaram os Hóspedes a Lot. Leve todos embora daqui: genros, filhos, filhas, e quem mais houver. Pois vamos destruir a cidade completamente. A queixa contra ela cresceu muito e chegou ao céu. Por isso O CRIADOR nos mandou destruir a cidade.
14. Lot correu falar com os noivos das suas filhas. Tratem de sair já da cidade, disse ele. Ela vai ser destruída pelo CRIADOR. Mas os moços acharam que ele estava brincando, e não deram ouvidos.
15. No dia seguinte, bem cedo, os Anjos mostraram pressa. Rápido, disseram a Lot. Pegue sua mulher e suas duas filhas que estão aqui, e saiam enquanto podem! Estão correndo o risco de morrer com a destruição da cidade!
16. Mas Lot não se apressou. Então os Anjos tomaram as mãos dele, da mulher e das filhas, e puxaram os quatro para fora da cidade. A esse ponto UL teve misericórdia deles!
17. Quando já estavam fora da cidade, um dos Anjos disse: Fujam! Corram sem parar, e sem olhar para trás. Não fiquem no vale. Vão para as montanhas e só parem quando chegarem lá. Só assim escaparão com vida!
18-20. Oh, não! exclamou Lot. Para as montanhas não, por favor! Desde que foram tão bondosos comigo, salvando minha vida, mostrando piedade, deixem que eu vá para aquela cidade pequenina. É tão pequena que não faz mal que não seja destruída. Eu bem podia fugir para lá e ficar a salvo.
21-22. Está bem, disse o Anjo. Aceito sua proposta, e não destruirei aquela cidade. Mas vá depressa. Não posso fazer nada, enquanto você não chegar lá. Daí em diante aquela povoação passou a ser chamada Zoar, que quer dizer cidadezinha.
23. O sol estava aparecendo no horizonte, quando Lot entrou em Zoar.
24-25. Então UL fez chover fogo e enxofre em Sedoma e Gomorra. Destruiu completamente Sedoma, Gomorra e as demais cidades da planície. Destruiu todas as formas de vida de região: gente, plantas e animais.
26. Nisso a mulher de Lot olhou para trás e virou uma estátua de sal!
27. Naquela manhã Abraão/Abrul’han madrugou, e foi até o lugar onde tinha ficado diante do ETERNO.
28. Dali olhou a campina, para Sedoma e Gomorra. E viu colunas de fumaça subindo da região toda. Era fumaça como de uma grande fornalha!
29. Assim o CRIADOR, pensando em Abraão/Abrul’han, tirou Lot daquela região, antes de destruir tudo lá.
30. Estranho é que Lot depois ficou com medo de morar em Zoar, e foi para as montanhas. Ficou morando numa caverna, junto com as duas filhas.
31-32. Foi quando a mais velha disse à irmã: Em todo esse território não existe homem nenhum para casar conosco. Nosso pai está velho, e logo não poderá ter filhos. Vamos dar vinho a ele. Ficando embriagado, cada uma de nós se deitará com ele. Assim teremos descendentes e a nossa família não desaparecerá.
33. Naquela mesma noite, embebedaram o pai, e a filha mais velha se deitou com ele. Tiveram relação sexual, mas ele estava tão bêbedo que nem percebeu o que houve. Não viu quando ela se deitou, nem quando se levantou.
34. No dia seguinte, a mais velha contou à irmã o que tinha feito, e disse: Vamos fazer a mesma coisa hoje. Vamos dar vinho ao nosso pai, e depois você se deita com ele. É preciso fazer isso para garantir que a nossa família não desapareça.
35. Embebedaram o pai de novo naquela noite. A filha mais nova se deitou com ele. E como da vez anterior, ele nem percebeu o que aconteceu.
36. Desse modo, as duas irmãs ficaram grávidas do próprio pai.
37. O filho da mais velha se chamou Moabe. Os descendentes dele são os moabitas.
38. O filho da mais nova recebeu o nome de Ben-Ami. Os descendentes dele são os amonitas.
1. NESSE MEIO TEMPO, Abraão/Abrul’han mudou para o Negev ao sul. Ocupou terras entre Cades e Sur, e morou em Guerar.
2. Abraão/Abrul’han fez saber ao povo que Sara/Soro’ah era sua irmã. Por isso Abimeleque, rei de Guerar, mandou buscar Sara/Soro’ah para ele.
3. Certa noite, o CRIADOR veio a Abimeleque por meio de sonhos, e disse: Você vai ser castigado com a morte, porque a mulher que mandou trazer é casada.
4-5. Mas Abimeleque não tinha tocado em Sara/Soro’ah. Por isso disse: CRIADOR, óh UL, seria capaz de matar inocentes? Pois foi Abrul’han mesmo que me disse: ‘Ela é minha irmã‘. E ela confirmou, dizendo: ‘ele é meu irmão’. Em tudo isso estou sendo sincero. Não tive nenhuma intenção má.
6. Ainda em sonhos, disse o CRIADOR: Sim, Eu sei. Por isso mesmo não deixei você tocar nela. E assim impedi você de pecar contra Mim.
7. Agora, trate de devolver Soro’ah ao marido dela. Ele orará em seu favor: pois é profeta. Assim você poderá continuar vivo. Mas saiba que se você não devolver a mulher a Abrul’han, você e todos os seus morrerão.
8. Ainda estava escuro quando Abimeleque se levantou e reuniu todo o pessoal em serviço no palácio. Ouvindo dele o que tinha acontecido, todos ficaram cheios de medo.
9-10. Depois o rei mandou chamar Abraão/Abrul’han. O que você está querendo fazer com a gente, perguntou. O que eu fiz contra você, para que me levasse a tamanho pecado? Esse pecado seria uma desgraça para mim e para o meu reino! Você agiu mal! Quem podia desconfiar que você ia fazer uma coisa dessas? Que você esperava ganhar, fazendo isso?
11-13. Bem, respondeu Abraão/Abrul’han, o caso é que tive medo de ser morto por causa dela. Pensei comigo: ‘Decerto este povo não respeita ao CRIADOR. Os homens vão querer minha mulher e me matarão por ela’. Além disso ela é de fato minha irmã. Quer dizer, meia-irmã. Ela e eu temos o mesmo pai. Por parte de pai somos irmãos. E nos casamos. Quando UL me mandou sair de casa para terras estrangeiras, eu disse a Sara/Soro’ah: ‘Em todo lugar aonde formos, faça o favor de dizer que é minha irmã’.
14-15. Então o rei Abimeleque devolveu Sara/Soro’ah e deu de presente a Abraão/Abrul’han ovelhas, bois, criados e criadas. Além disso, deu toda a liberdade a Abraão/Abrul’han para morar onde quisesse. Disse o rei: O meu território está à sua disposição. Escolha o lugar que quiser, para viver.
16. Depois disse a Sara/Soro’ah: Lamento a vergonha pela qual você passou. Para compensar isso, dou mil moedas de prata a Abraão/Abrul’han. Dou isso a ele na qualidade de irmão seu. Esta minha atitude significa que você é declarada sem culpa, diante de todos.
17-18. Abraão/Abrul’han orou, pois, ao CRIADOR. E o CRIADOR curou o rei, a rainha e as criadas do palácio, podendo elas ter filhos. Porque o CRIADOR tinha tornado estéreis todas as mulheres da casa do rei. Esse foi o castigo dado pelo CRIADOR a Abimeleque por causa de Sara/Soro’ah, mulher de Abraão/Abrul’han.
1-2. O CRIADOR FEZ o que tinha prometido, e Sara/Soro’ah deu um filho a Abraão/Abrul’han, em plena velhice. E foi no prazo indicado pelo CRIADOR.
3-4. Abraão/Abrul’han deu ao menino o nome de Isaque/Yahtzk’haq, como UL tinha mandado. E oito dias depois do nascimento, circuncidou Yahtzk’haq, conforme a ordem recebida do ETERNO.
5. Abraão/Abrul’han tinha cem anos de idade, quando nasceu Isaque/Yahtzk’haq.
6-7. Sara/Soro’ah disse na ocasião: o CRIADOR me fez rir. E todos os que souberem disto vão rir comigo. Pois nem em sonhos alguém poderia pensar que eu ainda ia ter um filho! E aí está: dei um filho a Abraão/Abrul’han, na velhice dele!
8-10. Passou o tempo e o menino cresceu. Quando Isaque/Yahtzk’haq foi desmamado, Abraão/Abrul’han fez uma grande festa. Mas Sara/Soro’ah viu o filho de Hagar caçoando de Isaque/Yahtzk’haq. Sara/Soro’ah pediu a Abrul’han: Mande embora de casa a escrava Hagar e o filho dela. Ismael/Ishma’ul não há de ser herdeiro junto com o meu filho Isaque/Yahtzk’haq!
11. Abraão/Abrul’han ficou muito aborrecido, porque, afinal, Ismael/Ishma’ul era filho dele.
12-13. Mas o CRIADOR disse a Abraão/Abrul’han: Não se preocupe com o rapaz, nem com a escrava. Atenda ao que Soro’ah diz, pois por meio de Yahtzk’haq é que vou cumprir as promessas que fiz a você. Mas dos descendentes do filho da escrava vou fazer uma grande nação. Isto porque ele também é seu filho.
14. No dia seguinte, Abraão/Abrul’han se levantou bem cedo. Pôs um bornal com alimentos e um cantil de água nos ombros de Hagar, e mandou embora a mãe e o filho. Ela ficou vagando pelo deserto de Berseba, sem saber aonde ir.
15-16. Quando acabou a água do cantil, Hagar colocou o menino debaixo de uma moita. Depois se afastou e se sentou a mais de duzentos metros de distância. Fez isso, pensando: Não quero assistir à morte do menino. E ali ficou ela, chorando amargamente.
17-18. Mas o CRIADOR ouviu a voz do menino e, do céu, o ANJO DO ETERNO chamou Hagar. Disse ele: Hagar, que aconteceu? Não tenha medo! O ETERNO ouviu a voz do menino, dali onde ele está. Vamos! Levante-se! Vá lá e trate de animar o rapaz. Pois vou fazer uma grande nação dos descendentes dele.
19. O CRIADOR abriu os olhos de Hagar, e ela viu um poço de água. Foi lá, encheu o cantil, e deu água ao filho.
20-21. O CRIADOR abençoou o rapaz. Ele cresceu, vivendo no deserto de Parã, e veio a ser flecheiro. Hagar arranjou casamento para ele, com uma jovem egypcia.
22-23. Mais ou menos nesse tempo, o rei Abimeleque e Ficol, comandante do exército do rei, vieram a Abraão/Abrul’han e disseram: Vemos claramente que o CRIADOR ajuda você em tudo que faz. Façamos um trato sério. Prometa que não enganará nem a mim, nem ao meu filho, nem ao meu neto. Prometa que tratará o meu país com a mesma bondade com que tratei você.
24. Abraão/Abrul’han respondeu: Prometo.
25. Mas Abraão/Abrul’han não deixou de apresentar uma reclamação. E era que os homens do rei tinham tomado à força um poço, atacando os homens de Abraão/Abrul’han.
26. Só agora estou sabendo disto! exclamou Abimeleque. Não tenho idéia de quem seja o culpado. Por que não me contou antes?
27. Diante disso, Abraão/Abrul’han deu ovelhas e bois a Abimeleque, para selar o acordo de paz.
28-29. Mas quando Abraão/Abrul’han separou sete cordeiras do rebanho, Abimeleque perguntou: Por que você separou estas sete cordeiras?
30. Abraão/Abrul’han respondeu: Dou estas sete cordeiras a você, como declaração pública de que este poço é meu.
31. Por isso aquele poço tomou o nome de Berseba, que quer dizer ‘Poço do Juramento’. Pois foi ali que eles fizeram o solene trato de amizade.
32. Depois que foi feito o acordo, os filisteus, Abimeleque e Ficol voltaram para casa.
33-34. Dando importância ao acontecimento, Abrul’han plantou uma tamargueira perto do poço de Berseba, Depois orou ao CRIADOR, pedindo a presença de UL’HIM. Abrul’han morou muito tempo no território dos filisteus.
1. DEPOIS DE ALGUM tempo, o CRIADOR pôs à prova a fé e obediência de Abrul’han. Abraão/Abrul’han, chamou o CRIADOR. Aqui estou UL, respondeu Abrul’han.
2. Disse o CRIADOR: Tome o seu filho: sim, o seu filho único, Yahtzk’haq: a quem você tanto ama. Vá com ele à terra de Moriá. Lá mostrarei um dos montes. Nesse monte, sacrifique o seu filho Yahtzk’haq, como oferta queimada.
3. Na manhã seguinte, Abraão/Abrul’han levantou cedo da cama. Rachou lenha para o fogo do sacrifício, preparou o jumento, chamou dois criados e Isaque/Yahtzk’haq, e foi com eles para onde o ETERNO tinha dito que fosse.
4. Depois de três dias de caminhada, Abraão/Abrul’ han viu de longe o lugar.
5. Fiquem aqui com o jumento, disse ele aos criados. Eu e o rapaz vamos um pouco mais adiante. Vamos oferecer culto ao ETERNO, e logo voltaremos para cá.
6. Abraão/Abrul’han colocou a lenha nos ombros de Isaque/Yahtzk’haq. E foram juntos. Yahtzk’haq carregava a lenha, e Abraão/Abrul’han levava um facão e uma tocha de fogo.
7-8. Andaram um pouco, e Isaque/Yahtzk’haq falou: Pai! Que é, meu filho, respondeu Abraão/Abrul’han. O filho perguntou: Temos lenha e fogo, mas onde está o cordeiro para o sacrifício? o CRIADOR proverá o cordeiro, meu filho, respondeu Abraão/Abrul’han. E continuaram andando juntos.
9-10. Finalmente chegaram ao lugar indicado pelo CRIADOR. Abraão/Abrul’han construiu um altar, arrumou a lenha, amarrou seu filho Isaque/Yahtzk’haq e o colocou em cima da lenha, no altar. Depois pegou o facão para matar o filho.
11. Nesse momento o ANJO DO ETERNO gritou do céu: Abraão/Abrul’han! Abraão/Abrul’han! Aqui estou, UL! respondeu ele.
12. Deixe o rapaz viver, disse o ANJO. Não lhe faça nada. Bem sei que estou acima de tudo em sua vida. Pois você não me negou nem mesmo o seu amado filho, o seu único filho!
13-14. Nisso Abraão/Abrul’han viu um carneiro preso pelos chifres numas moitas. Pronto! Ali estava, o animal para o sacrifício. Abraão/Abrul’han ofereceu o carneiro como oferta queimada ao ETERNO, em lugar de Yahtzk’haq. Abraão/Abrul’han deu ao lugar o nome de o CRIADOR Proverá [Ul’Giré/Ul’ir-é]. E por esse nome é conhecido até hoje.
15-18. Então, pela segunda vez, o ANJO DO ETERNO gritou do céu a Abrul’han. Disse: Dou a Minha Palavra diz o CRIADOR: Como você me obedeceu e não me negou o seu filho único, abençoarei você com muitas bênçãos. Multiplicarei os seus descendentes, de modo que serão muitos milhões. Serão incontáveis, como as estrelas dos céus e como, a areia das praias. Os seus descendentes dominarão os inimigos deles. E será uma bênção para todas as nações de terra. Sim, pois você me obedeceu.
19. Assim, pai e filho voltaram aos criados, e viajaram para Berseba, onde moravam.
20-23. Depois desses acontecimentos, chegou a informação de que Micla, mulher de Naor, irmão de Abraão/Abrul’han, tinha dado ao marido estes oito filhos: Uz, o mais velho, Buz, o segundo em idade, Shevu’ul, pai de Aran, Quesede, Hazo, Pildas, Yidlafe e Beitu’ul, pai de Rebeca/Ro’evka.
24. A notícia dizia também que Naor tinha de sua concubina Reumá estes quatro filhos: Tebá, Gaã, Taás e Maaca.
1-2. QUANDO SORO’AH ESTAVA com 127 anos, morreu em Kiryat-Arba, isto é, Hebrom, na terra de Canaan/Kena’anu. Abraão/Abrul’han chorou por ela.
3-4. Depois, de pé ao lado do corpo, disse aos homens de Hete: Sou estrangeiro, mas moro com vocês, na mesma terra. Vendam-me por favor, um terreno próprio para enterrar minha mulher.
5-6. Decerto que sim! respondeu eles. Você é um nobre príncipe do ETERNO entre nós. É um privilégio ceder a melhor sepultura. A escolha é sua.
7-9. Abraão/Abrul’han se inclinou diante deles e disse: Como estão sendo tão amáveis, falem por mim com Efrom, filho de Zoar. Peçam a ele que me venda por justo preço a caverna de Macpela, nos últimos limites da fazenda dele. Se ele concordar, ali será o cemitério da minha família.
10. Efrom estava sentado entre os heteus ali reunidos. Ao ouvir isso, tomou a palavra e respondeu a Abraão/Abrul’han na presença de todos. Deste modo, sua resposta foi uma declaração pública, diante dos cidadãos da cidade.
11. Maoro’eh, disse ele a Abraão/Abrul’han, por favor, me escute. Dou a você a caverna e o campo onde ela está. Em público, na presença do Meu povo, dou esse presente a você. Pode providenciar já o enterro.
12-13. Abraão/Abrul’han se inclinou de novo diante do povo, e disse a Efrom, na presença dos heteus reunidos. Que bom que você concorda em ceder o terreno’. Mas eu quero pagar o preço dele. Depois de pagar, vou fazer o enterro da minha mulher.
14-15. Bem, o terreno custa 400 moedas de prata, disse Efrom. Mas que é isso para nós, que somos amigos? Não pense nisso. Vá fazer o enterro da sua morta.
16. Ouvindo isso, Abraão/Abrul’han concordou com o preço. Contou 400 moedas de prata e pagou esse preço a Efrom, na presença do povo heteu. O pagamento foi feito na moeda corrente entre os comerciantes.
17-18. Esta foi a propriedade comprada: O campo de Efrom, em Macpela, perto de Mame. O campo, abrangendo a caverna e as árvores. O acordo foi feito em público, na presença de todos os homens de Hete que moravam na cidade. Assim aquela propriedade passou a pertencer a Abraão/Abrul’han, com direito permanente sobre ela.
19-20. Assim Abraão/Abrul’han enterrou sua mulher Soro’ah na caverna do campo de Macpela, perto de Mamre. O terreno foi cedido pelos heteus a Abrul’han para ser usado como pequeno cemitério particular.
1. ABRUL’HAN ERA UM homem muito idoso. O CRIADOR tinha abençoado a ele em tudo.
2-4. Um dia Abraão/Abrul’han falou com o mordomo da sua casa: seu criado mais antigo. Disse: Pense na seriedade do que vou falar. Quero que você prometa diante do ETERNO que não deixará meu filho casar com moça nenhuma deste país. Com nenhuma filha de cananeus. Prometa que irá à minha terra natal, procurar mulher para Isaque/Yahtzk’haq, entre os meus parentes de lá.
5. Mas, e se a moça que eu achar não quiser vir para cá, perguntou o mordomo. Neste caso, deverei levar Isaque/Yahtzk’haq lá, para morar com os seus parentes?
6-8. Cuidado, disse Abraão/Abrul’han. Não faça isso de jeito nenhum! O CRIADOR, do céu, me mandou sair de lá e deixar o Meu povo. E prometeu dar esta terra a mim e aos meus descendentes. Ele mandará o Seu Anjo adiante de você. Providenciará que você encontre ali uma jovem para ser mulher do meu filho. Se a mulher não quiser vir, você está livre do seu compromisso comigo. Mas torno a dizer: Não leve meu filho para lá.
9. Assim o criado fez o gesto costumeiro (tocar nas suas coxas do outro) de garantia da palavra dada, e prometeu seguir as ordens de Abrul’han.
10. Escolheu dez camelos de Abraão/Abrul’han, carregou todos eles com partes das melhores coisas do seu patrão, e viajou para Aram-Naharáim [Mesopotâmia], para a cidade de Naor.
11. Quando chegou perto da cidade, fez os camelos ajoelharem perto de um poço de água. Foi no entardecer, hora em que as moças iam buscar água.
12-14. Ó CRIADOR, óh UL, do meu maoro’eh/mestre Abraão/Abrul’han, orou ele em silêncio. Mostre bondade para com meu patrão, e ajude-me a fazer o que ele me pediu. Ó CRIADOR vê que estou perto desta fonte. As moças da cidade vêm vindo tirar água. Peço isto: Quando eu pedir a uma delas água para beber, que a resposta mostre se é ela ou não a que procuro. Se ela disser logo: ‘sim, beba à vontade. E vou dar de beber aos seus camelos também’, essa será a mulher que o CRIADOR escolheu para casar com Yahtzk’haq. E assim saberei que o CRIADOR já mostrou a Sua bondade para com o meu patrão neste assunto.
15-16. Ainda não tinha terminado a oração, quando chegou uma bela moça virgem chamada Rebeca/Ro’evka. Trazia um jarro nos ombros. Desceu à fonte, encheu de água o jarro, e tornou a subir. O pai de Rebeca/Ro’evka era Beitu’ul, filho de Naor e de Micla.
17. O mordomo de Abraão/Abrul’han foi ao encontro dela e disse: Dê-me um pouco de água do seu jarro para beber.
18-19. Pois não, maoro’eh/mestre, disse ela. E abaixou logo o jarro para ele poder beber. Depois disse: Vou tirar água para os seus camelos também. Para todos eles.
20. Disse e fez. Despejou depressa a água do jarro no bebedouro dos animais e correu ao poço para tirar mais água. E fez isso até todos os camelos terem bebido o bastante.
21. Enquanto isso o homem ficou ali observando em silêncio. Queria ver se o CRIADOR já tinha levado a sua viagem a bom fim, ou não. Aquela jovem completaria o trabalho?
22. Finalmente os camelos acabaram de beber. Então o homem deu à moça um pendente de ouro pesando dez gramas, e duas pulseiras de ouro pesando quase cento e cinquenta gramas.
23. Moça, quem é seu pai, perguntou ele. Será que seu pai poderia alojar a mim e aos que me acompanham?
24-25. Ela respondeu. Meu pai é Beitu’ul, filho de Micla e de Naor. Decerto que ele pode hospedar vocês. Temos palha e muito pasto para os animais, e quartos para hóspedes.
26. O homem se inclinou e adorou ao CRIADOR.
27. Graças dou, UL (CRIADOR) do meu maoro’eh/mestre Abraão/Abrul’han, orou ele. Bendito seja o Seu nome! Agradeço porque o CRIADOR tem sido bondoso e verdadeiro para com ele. E me trouxe à casa dos parentes do meu maoro’eh/mestre!
28. A jovem correu para casa e contou à família tudo o que tinha acontecido.
29-30. Lavan, irmão de Rebeca/Ro’evka, ao ver o pendente e as pulseiras nas mãos da irmã, mal ouviu o que ela contou. Correu para a fonte. O homem estava parado lá, perto dos camelos, ao lado da fonte.
31. Disse Lavan: Venha para dentro da cidade e da nossa casa, bendito do CRIADOR. Por que ficar aí fora? Temos alojamentos para você e seus homens, e lugar para os camelos: tudo pronto!
32. O homem foi com ele para casa. Lá descarregaram os animais e deram pasto a eles. Deram água, ao hóspede e aos ajudantes dele, para lavarem os pés.
33. Quando serviram comida ao homem, ele disse: Não posso comer, enquanto não disser porque estou aqui. Está certo, respondeu Lavan. Conte o motivo da sua viagem.
34-35. Sou criado de Abraão/Abrul’han, começou ele. O CRIADOR abençoou muito o meu patrão, e ele veio a ser um grande homem no país onde mora. O CRIADOR deu a ele muitas ovelhas e bois. Deu também grande fortuna em prata e ouro, além de camelos e jumentos.
36. Sara/Soro’ah, mulher de Abraão/Abrul’han, era muito idosa quando deu um filho a ele. Meu patrão deu ao filho tudo quanto tem.
37-38. Abraão/Abrul’han me fez prometer que não deixaria sair casamento entre Isaque/Yahtzk’haq, filho dele, e mulher nenhuma da terra de Canaan/Kena’anu. E me mandou procurar esposa para o filho entre os parentes dele.
39. Mas, e se a moça não quiser vir comigo para cá?’ perguntei.
40-41. ‘Ela virá’, disse ele’, pois o meu CRIADOR, na presença de quem eu ando, vai providenciar tudo. Ele vai mandar o Seu Anjo junto, e você terá sucesso. Sim, você vai encontrar esposa para Yahtzk’haq entre os meus parentes, na família do meu irmão. Não deixe de cumprir esta promessa. Mas, se não deixarem a moça vir, então você estará livre deste compromisso’.
42-44. Pois bem, hoje cheguei à fonte e orei ao CRIADOR. ‘Ó CRIADOR, óh UL, do meu maoro’eh Abrul’han’, disse eu’, se o Seu plano é que eu tenha sucesso nesta missão, guie-me agora. Aqui estou ao lado desta fonte. Vou pedir a alguma jovem que venha buscar água: Por favor, deixe que eu beba um pouco de água. Se ela responder: Claro! E vou dar de beber aos seus camelos também! Seja essa a moça que o CRIADOR escolheu para casar com o filho do meu maoro’eh/mestre. ‘
45. Pois eu estava falando ainda, quando Rebeca/Ro’evka foi chegando com o seu jarro nos ombros. Ela desceu à fonte, tirou água e encheu o jarro. Aí eu disse a ela: ‘Por favor, dê-me um pouco de água‘.
46. Ela depressa baixou o jarro para eu beber. E disse: ‘Pois não! Beba à vontade. E vou dar de beber aos seus camelos também!’ E foi o que fez.
47-48. Daí perguntei: Quem são seus pais? Ela respondeu: Sou filha de Beitu’ul, filho de Naor e de Micla. Então dei a ela o pendente e as pulseiras. E me inclinei, adorando e bendizendo UL do meu maoro’eh/mestre Abraão/Abrul’han, porque me guiou na direção certa para levar uma parenta dele para o filho dele.
49. Agora digam sim ou não, por favor. Vão ser bondosos com o meu patrão e fazer o que é certo? Conforme a resposta que derem, saberei o que fazer e para onde ir.
50-51. Lavan e Beitu’ul responderam: Está mais que claro que o CRIADOR mandou você aqui. Sendo assim, que podemos dizer? Pode levar Rebeca/Ro’evka. Sim, que ela seja esposa do filho de Abraão/Abrul’han, pois a isso UL encaminhou as coisas.
52. Ouvindo essas palavras, o mordomo de Abraão/Abrul’han caiu de joelhos diante do ETERNO.
53. Depois deu vestidos e jóias trabalhadas em ouro e prata a Rebeca/Ro’evka. Deu também ricos presentes ao irmão e à mãe dela.
54. Então jantaram. E o mordomo com seus ajudantes passaram a noite naquela casa. Mas no dia seguinte, bem cedo, o mordomo de Abrul’han se levantou, se aprontou e disse: Deixem que eu volte ao meu patrão.
55. Mas queremos que Rebeca/Ro’evka fique pelo menos uns dez dias conosco, disseram o irmão e a irmã dela. Depois irá com você.
56. Mas o homem insistiu: Não me segurem aqui, por favor! O CRIADOR fez com que eu tivesse sucesso na minha missão. Deixem que eu volte ao meu patrão!
57. Bem, disseram eles. Vamos chamar a moça e ver o que ela acha disso.
58. Chamaram Rebeca/Ro’evka e perguntaram a ela: Você quer ir com este homem? Ela respondeu: Sim, eu vou com ele.
59. Então se despediram de Rebeca/Ro’evka. Mandaram junto a criada que sempre tinha cuidado dela. E se despediram do mordomo de Abraão/Abrul’han e dos seus companheiros de viagem.
60. Na despedida, disseram esta palavra de bênção a Rebeca/Ro’evka: Nossa irmã, que você venha a ser mãe de muitos milhões! E que os seus descendentes dominem os inimigos deles!
61. Rebeca/Ro’evka e suas criadas montaram nos camelos e foram embora com o mordomo de Abraão/Abrul’han.
62. Isaque/Yahtzk’haq morava no Negev. Nesse meio tempo ele vinha voltando de Beer. Laai-Roi, um pouco ao sul de Berseba.
63. Ele tinha saído para meditar no campo, à tardezinha. Em certo momento, levantou os olhos e viu os camelos que vinham vindo.
64. Assim que Rebeca/Ro’evka enxergou o moço, desceu do camelo.
65. Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro, perguntou ela ao mordomo. Ele respondeu: É o meu maoro’eh Isaque/Yahtzk’haq. Então ela cobriu o rosto com o véu.
66. O velho criado contou a Isaque/Yahtzk’haq tudo o que tinha feito.
67. Yahtzk’haq levou a moça para a tenda de sua mãe Sara/Soro’ah. E Ro’evka veio a ser esposa dele. Foi grande o amor de Yahtzk’haq por Ro’evka, e ela serviu de grande consolo para Yahtzk’haq, quando ele perdeu a mãe.
1-2. ABRUL’HAN CASOU OUTRA VEZ, com uma mulher chamada Quetura, e teve vários filhos: Zimrã, Yocsã, Medã, Midián, Yisbaque e Suá.
3. Os filhos de Yocsã foram Sebá e Dedan. E os filhos de Dedan: Assurim, Letusim e Leumim.
4. Os filhos de Midián foram Efá, Efer, Kanoch, Abida e Uldaa.
5-6. Abrul’han deu tudo que tinha a Yahtzk’haq. Mas deu presentes aos filhos que teve com suas concubinas. Antes de morrer, separou de Yahtzk’haq os outros filhos, e mandou que fossem viver na região leste.
7-8. Abraão/Abrul’han morreu com 175 anos. Morreu depois de ter tido uma velhice longa e feliz. E foi reunido ao povo dele, depois da morte.
9-10. Isaque/Yahtzk’haq e Ismael/Ishma’ul enterraram o pai na caverna de Macpela, perto de Mamre. O campo e a caverna Abraão/Abrul’han tinha comprado do heteu Efrom, filho de Zoar, Ali tinha sido enterrada Sara/Soro’ah, mulher de Abrul’han.
11. Depois que Abraão/Abrul’han morreu, o CRIADOR derramou ricas bênçãos sobre o filho dele, Isaque. Isaque/Yahtzk’haq morava agora perto de Beer [oásis] Laai-Roi.
12-15. Aqui vai a relação dos descendentes de Ismael/Ishma’ul, filho de Abraão/Abrul’han e de Hagar, a escrava egypcia. Nabaiote era o mais velho; depois Quedar, Adbeel, Mibsão, Misma, Dumá, Massah, Hadar, Tema, Yetur, Nafis, Quedmá.
16. Estes doze filhos vieram a ser fundadores das doze tribos que levam os nomes deles.
17. Ismael/Ishma’ul morreu com 137 anos de idade, e foi reunido à gente dele.
18. Os descendentes de Ismael/Ishma’ul se espalharam por toda a região que vai desde Havilá até Sur. Sur fica perto da fronteira nordeste do Egypto, na direção da Assyria. Os ishmaul’itas ficaram morando bem perto dos outros descendentes de Abraão/Abrul’han.
19. Voltemos agora a atenção para Yahtzk’haq, filho de Abraão/Abrul’han, e para os filhos de Yahtzk’haq.
20. Isaque/Yahtzk’haq tinha quarenta anos quando se casou com Rebeca/Ro’evka. Ela era filha de Beitu’ul, o arameu de Padan-Aran, e irmã de Lavan.
21. Isaque/Yahtzk’haq pediu ao CRIADOR que desse um filho a Rebeca/Ro’evka, pois ela não podia ter filhos. O CRIADOR atendeu às orações de Isaque/Yahtzk’haq, e a mulher ficou grávida: cerca de vinte anos depois do casamento.
22. Rebeca/Ro’evka sentia verdadeira briga de duas crianças dentro dela! Como posso suportar isto, exclamou ela. E consultou ao CRIADOR sobre o que estava acontecendo.
23. O CRIADOR respondeu: Os filhos que estão no seu ventre serão dois povos rivais. Um será mais forte do que o outro, e o mais velho trabalhará para o mais novo.
24. E o certo é que ela teve gêmeos.
25. No nascimento, o primeiro veio todo coberto de pelos e cabelos ruivos. Deram a ele o nome de Esaú/Essav (que lembra a palavra hebraica para cabelo).
26. Em seguida veio o irmão, segurando o calcanhar de Essav! Por isso deram a ele o nome de Jacó/Yaohu’kaf, que quer dizer Suplantador. Yaohutz’kaq estava com sessenta anos quando nasceram os gêmeos.
27. Os meninos cresceram. Esaú/Essav veio a ser um ótimo caçador! Jacó/Yaohu’kaf, entretanto, era um tipo sossegado, que gostava de ficar em casa.
28. O favorito de Yahtzk’haq era Esaú/Essav, por causa das saborosas caças que trazia. O favorito de Rebeca/Ro’evka era Jacó/Yaohu’kaf.
29. Um dia, Jacó/Yaohu’kaf tinha acabado de fazer uma panelada de lentilhas cozidas, quando Esaú/Essav chegou da caça. Estava exausto!
30. Disse Esaú/Essav: Rapaz, estou que não aguento! Dê-me um pouco desse cozinhado vermelho! Por isso Esaú/Essav recebeu o apelido de Edom, que quer dizer Vermelho.
31. Disse Jacó/Yaohu’kaf: Certo, eu dou, mas em troca quero os direitos que você tem por nascer primeiro.
32. Disse Esaú/Essav: Se estou morrendo de fome, que adiantam esses direitos?
33. Disse Jacó/Yaohu’kaf: É, mas você tem de dar a sua palavra diante do ETERNO. Esaú/Essav deu a palavra, vendendo os seus direitos de filho mais velho ao irmão mais novo.
34. Depois de feito o negócio, Jacó/Yaohu’kaf deu pão e o cozido de lentilhas a Esaú/Essav. Ele comeu, bebeu e foi embora. Assim Esaú/Essav jogou fora os seus direitos de filho mais velho, e não deu a menor importância a isso!
1. NESSE TEMPO A FOME dominou aquela região. Tinha acontecido a mesma coisa durante a vida de Abrul’han. Por causa da situação de fome, Yahtzk’haq foi para Guerar, onde vivia Abimeleque, rei dos filisteus.
2-5. O CRIADOR apareceu a Yahtzk’haq e disse: Não vá para o Egypto. Fique neste território. Faça o que digo, e eu estarei ao seu lado, abençoando você. Darei todas estas terras a você e aos seus descendentes, cumprindo a promessa que fiz a seu pai Abrul’han. Farei que os seus descendentes sejam numerosos como as estrelas! E eles será uma bênção para todas as nações da terra. Farei isso porque Abrul’han obedeceu às minhas Leis e mandamentos.
6. Em face disso, Yahtzk’haq ficou em Guerar.
7. Quando os homens dali faziam perguntas sobre Ro’evka, Yahtzk’haq dizia: É minha irmã. Fazia isso porque tinha medo. Achava que por causa dela ele poderia ser morto, pois Rebeca/Ro’evka era muito bonita.
8. Mas depois de algum tempo, Abimeleque, rei dos filisteus, viu por uma janela Yahtzk’haq fazendo carinhos a Ro’evka.
9. O rei mandou chamar Yahtzk’haq e disse: Ora, ela é sua mulher! Por que disse que é sua irmã? Porque fiquei com medo de ser morto, respondeu lsaque. Achei que alguém podia me matar para ficar com ela.
10. Disse Abimeleque: Como pôde fazer uma coisa dessas conosco?! Era bem fácil acontecer que alguém abusasse dela, e nós é que seríamos condenados por sua causa!
11. E o rei fez anunciar esta ordem a todo o povo: Ninguém toque neste homem, e nesta mulher! Quem mexer com ele ou com ela será morto!
12. Nesse mesmo ano Yahtzk’haq teve colheitas abundantes. Cada semente rendeu cem vezes mais! Porque foi abençoado pelo CRIADOR.
13-15. Logo ficou dono de grandes riquezas, ficando cada vez mais rico. Tinha muitos bois e ovelhas, e muitos criados. Com isso os filisteus foram ficando com inveja dele. Por isso encheram de terra os poços que os criados de Abrul’han tinham cavado.
16. O rei Abimeleque pediu que Yahtzk’haq saísse do pais. Vá para outro lugar, disse ele. Você ficou mais rico e mais poderoso do que nós!
17-19. Yahtzk’haq atendeu. Foi para o Vale de Guerar e ficou morando lá. E mandou cavar de novo os poços de Abrul’han. Os filisteus tinham enchido de terra aqueles poços, depois da morte de Abrul’han. E Yahtzk’haq deu a eles os mesmos nomes que seu pai tinha dado. Além disso, os apascentadores de Yahtzk’haq cavaram um novo poço no Vale de Guerar, e viram brotar ali uma fonte de águas de correntes subterrâneas.
20. Mas os apascentadores de Guerar brigaram com os apascentadores de Yahtzk’haq. Esta água é nossa, disseram. Por isso Yahtzk’haq deu ao poço o nome de Eseque, ou seja, Poço da Discussão.
21. Então os homens de Yahtzk’haq abriram outro poço. De novo houve briga por causa dele. Por isso recebeu o nome de Sitna, que quer dizer Inimizade.
22. Saindo dali, Yahtzk’haq mandou cavar outro poço. Como ninguém reclamou Yahtzk’haq deu a ele o nome de Reobote, que significa Lugares Amplos. E disse: Agora o CRIADOR nos deu um lugar, e vamos progredir.
23-24. Um dia Yahtzk’haq foi até Berseba/Beer-Shevah. Na mesma noite em que lá chegou, o CRIADOR apareceu a ele, e disse: Eu SOU o UL de Abrul’han, seu pai. Não tenha medo! Estou a seu lado e vou abençoar, você. Vou fazer que os seus descendentes sejam muito numerosos. E isso porque o meu servo Abrul’han foi obediente a mim.
25. Yahtzk’haq construiu um altar, e ofereceu culto ao ETERNO. Fixou residência ali, e os criados dele cavaram um poço.
26. Certo dia Yahtzk’haq recebeu visitas de Guerar. Eram o rei Abimeleque, o conselheiro real Ausate, e também Ficol, o comandante do exército de Abimeleque.
27. Yahtzk’haq logo perguntou: Por que vieram aqui? Decerto que não estão vindo com boa intenção, pois você me expulsaram!
28. É, disseram eles, mas nós vimos bem que o CRIADOR está abençoando você. Então resolvemos propor um, tratado entre nós.
29. Prometa que não nos prejudicará, assim como nós não prejudicamos você. Na verdade, nós tratamos bem de você e deixamos que saísse em paz. E vemos que você é o abençoado do CRIADOR!
30. Então Yahtzk’haq ofereceu um banquete a eles, a comeram e beberam.
31. De manhã bem cedo, logo que se levantaram, fizeram juramento solene de parte a parte. Com isso ficou selado o tratado de paz entre eles. Depois Yahtzk’haq fez as despedidas, e eles se foram contentes.
32-33. Naquele mesmo dia, os criados chegaram. Achamos água, disseram. Era água de um poço que tinham cavado. Por ser dia do tratado de paz, Yahtzk’haq deu ao poço o nome de Shevah, que quer dizer Juramento. E a cidade que se formou ali é chamada Beer-Shevah, Poço do Juramento, até o dia de hoje.
34. Quando Esaú/Essav estava com quarenta anos, casou com Yaodit, filha do heteu Beeri. Casou também com Basemate, filha do heteu Elom.
35. Yahtzk’haq e Rebeca/Ro’evka passaram a viver com o espírito amargurado por causa dessas duas noras.
1. YAHTZK’HAQ ENVELHECEU E ficou praticamente cego. Um dia, chamou o seu filho mais velho, Esaú/Essav. Disse Yahtzk’haq: Meu filho! Disse Esaú/Essav: Sim, pai. Estou aqui.
2-4. Disse Yahtzk’haq: Estou velho e, mais dia menos dia, morrerei. Agora, pegue o seu arco e as suas flechas e vá atrás de alguma caça. Depois prepare para mim uma comida do meu gosto: bem saborosa: e traga para eu comer. Então darei as bênçãos a você, como filho mais velho que é. É preciso fazer isso logo, antes que eu morra.
5-7. Rebeca/Ro’evka ouviu a conversa do pai com o filho. Assim, quando Esaú/Essav foi ao campo em busca de caça, ela chamou Jacó/Yaohu’kaf. E contou que Yahtzk’haq tinha dito a Esaú/Essav para lhe trazer caça e receber a bênção paterna.
8-10. Disse Rebeca/Ro’evka: Agora faça o que digo. Vá ao rebanho e traga dois bons cabritos. Vou fazer uma comida saborosa para o seu pai, como ele gosta. Depois de comer, ele abençoará você, antes de morrer.
11-12. Disse Jacó/Yaohu’kaf: Mas mãe! Lembre que Esaú/Essav é cabeludo, e eu tenho pele lisa. Se o pai me apalpar, vai perceber na hora que está sendo enganado! Aí ele vai achar que estou zombando dele, e em vez de bênção receberei maldição!
13. Disse Rebeca/Ro’evka: Que venha sobre mim essa maldição, filho querido! Faça o que digo, e pronto. Agora vá buscar os cabritos.
14. Jacó/Yaohu’kaf foi. Com os cabritos Rebeca/Ro’evka preparou a comida gostosa, como tinha dito.
15. Depois fez Jacó/Yaohu’kaf vestir a melhor roupa de Esaú/Essav.
16. Da pele dos cabritos, fez umas luvas e as colocou nas mãos de Jacó/Yaohu’kaf. Também colocou um pedaço na pele lisa do pescoço do filho.
17. Depois de todos esses cuidados, mandou Jacó/Yaohu’kaf levar a comida a Yahtzk’haq.
18. Jacó/Yaohu’kaf foi, e entrou na tenda em que Yahtzk’haq estava. Disse Jacó/Yaohu’kaf: Pai? Disse Yahtzk’haq: Sim, filho. Quem é você? Esaú/Essav ou Jacó/Yaohu’kaf?
19. Disse Jacó/Yaohu’kaf: Sou Esaú/Essav, seu filho mais velho. Fiz o que o maoro’eh/mestre mandou. Aqui está a comida que preparei. Venha sentar-se aqui e comer. Depois poderá me abençoar.
20. Disse Yahtzk’haq: Como foi que você achou caça tão depressa, meu filho? Disse Jacó/Yaohu’kaf: É que o CRIADOR, seu UL, colocou a caça no meu caminho!
21. Disse Yahtzk’haq: Venha cá. Quero apalpar para ver se é mesmo Esaú/Essav.
22. Jacó/Yaohu’kaf foi para perto do pai, que o apalpou. Disse Yahtzk’haq: A voz é de Jacó/Yaohu’kaf, mas as mãos são de Esaú/Essav!
23. Yahtzk’haq ficou achando que devia ser Esaú/Essav, porque as mãos estavam peludas como as dele. E Yahtzk’haq se dispôs a abençoar Jacó/Yaohu’kaf.
24. Disse Yahtzk’haq: Você é Esaú/Essav mesmo? Disse Jacó/Yaohu’kaf: Sou sim!
25. Disse Yahtzk’haq: Então traga aqui a comida, para que eu coma e depois abençoe você. Jacó/Yaohu’kaf lhe deu a comida e o vinho. O pai comeu e bebeu.
26. Disse Yahtzk’haq: Venha cá e me dê um beijo, meu filho!
27-29. Jacó/Yaohu’kaf se aproximou e beijou o pai. Yahtzk’haq sentiu o cheiro da roupa do rapaz, e se decidiu finalmente a dar a bênção a ele. Disse Yahtzk’haq: O cheiro do meu filho é o bom cheiro da terra e dos campos que o CRIADOR abençoou. Que o CRIADOR lhe dê sempre a chuva necessária, terra produtiva, grandes colheitas de cereais e muito vinho novo. Que muitos povos sejam seus escravos. Que você domine os seus irmãos. Que os seus parentes se inclinem diante de você. Maldito todo aquele que amaldiçoar você, e abençoado seja todo aquele que abençoar você.
30. Logo que Yahtzk’haq abençoou Yaohu’kaf, e pouco depois que Jacó/Yaohu’kaf saiu, chegou Esaú/Essav da caçada.
31. Ele também preparou o prato preferido do pai e levou a comida para ele. Disse Essav: Pai, venha sentar aqui e comer a caça que preparei. Depois o maoro’eh/mestre me abençoará com as suas melhores bênçãos.
32. Disse lsaque: Quem é você??? Disse Essav: Ora, pai! Sou eu, Esaú/Essav, o seu filho mais velho!
33. Foi um choque para Yahtzk’haq. Ele ficou abalado e tremendo a olhos vistos! Disse Yahtzk’haq: ‘Então quem foi que agora há pouco me trouxe comida? Comi tudo, e abençoei aquele outro! E a bênção que dei ninguém tira mais!
34. Ouvindo isso, Esaú/Essav se pôs a soluçar e a clamar. Disse Esaú/Essav: Ó pai, abençoe a mim também!!!
35. Disse Yahtzk’haq: Seu irmão me enganou e levou a bênção que era de você!
36. Disse Esaú/Essav: Não admira que o nome dele significa enganador! - Pois já me enganou duas vezes! Tirou meus direitos de filho mais velho, e agora tira a minha bênção! Oh! Será possível, pai, que o maoro’eh/mestre não tenha nem uma só bênção para mim?
37. Disse Yahtzk’haq: Fiz dele seu maoro’eh/mestre! E dei a Jacó/Yaohu’kaf todos os seus parentes, como criados dele! e ainda garanti que Jacó/Yaohu’kaf terá fartura de cereais e de vinho; que posso fazer, meu filho?
38. Disse Esaú/Essav: Será que o maoro’eh/mestre só tem uma bênção? ah meu pai, abençoe a mim também! E Esaú/Essav chorou amargamente.
39-40. Disse Yahtzk’haq: Sua vida não será fácil. Morará em terras áridas, onde falta até o orvalho. Você terá de ganhar a vida com a sua espada, e terá de servir a Jacó/Yaohu’kaf, seu irmão. Mas chegará o dia em que você conseguirá escapar das correntes e ficar livre.
41. Esaú/Essav ficou com ódio de Jacó/Yaohu’kaf pelo que ele tinha feito. Esaú/Essav disse a si mesmo: Meu pai não pode durar muito tempo. Depois que ele morrer eu mato Jacó/Yaohu’kaf.
42. De algum modo Rebeca/Ro’evka ficou sabendo disso. Mandou chamar Jacó/Yaohu’kaf e disse: Esaú/Essav acha que só poderá descansar depois de matar você.
43-45. Veja o que tem de fazer, disse ela. Fuja para Haran, e fique na casa do seu tio Lavan. Fique lá por algum tempo, até passar a fúria do seu irmão. Com o tempo Esaú/Essav esquecerá o que você fez a ele. Depois eu mandarei buscar você. Faça isso! Por que vou perder os dois filhos no mesmo dia?
46. Disse, pois, Rebeca/Ro’evka a Yahtzk’haq: Já chegam estas duas noras que os heteus nos deram! Já me aborrecem demais! Que será de mim se Jacó/Yaohu’kaf vier a casar com uma jovem daqui? Prefiro morrer a ver isso!
1-4. YAHTZK’HAQ MANDOU chamar Jacó/Yaohu’kaf. Abençoou o filho e disse: Não se case com moça nenhuma do povo cananeu. Em vez disso, vá para a casa do seu avô Beitu’ul, em Padan-Aran. Escolha uma esposa ali. Que o Todo-poderoso UL abençoe você e lhe dê muitos filhos. Queira o CRIADOR que os seus descendentes formem muitos povos! E que o CRIADOR passe para você e para os seus descendentes as bênçãos que prometeu a Abrul’han. Assim você e os seus descendentes serão donos destas terras, onde estamos agora como estrangeiros. Assim será, pois o CRIADOR deu estas terras a Abrul’han.
5. Deste modo, Jacó/Yaohu’kaf se despediu de Yahtzk’haq, e foi a Padan-Aran. Foi â casa do seu tio Lavan, irmão de Rebeca/Ro’evka, filho de Beitu’ul, o arameu.
6-9. Esaú/Essav percebeu que os pais dele não viam com bons olhos as moças do lugar em que viviam. Só tinha que entender isso, porque viu que eles tinham mandado Jacó/Yaohu’kaf a Padan-Aran: com a bênção de Yah-tzk’haq: para arranjar casamento lá. Tinha escutado o pai dar esta ordem a Jacó/Yaohu’kaf: Não case com nenhuma mulher deste povo cananeu. E tinha visto Jacó/Yaohu’kaf obedecer aos pais e sair para Padan-Aran. Pensando nessas coisas todas, Esaú/Essav visitou a família do seu tio Ismael/Ishma’ul e casou com uma filha dele. Assim, além das duas mulheres cananéias que tinha, Esaú/Essav casou com Maalate, irmã de Nebaiote, filha de Ismael/Ishma’ul, filho de Abrul’han.
10-12. Agora vejam o que aconteceu durante a viagem que Jacó/Yaohu’kaf fez de Beer-Shevah a Padan-Aran. Na primeira noite da viagem, parou num lugar qualquer para dormir; Usou uma pedra como travesseiro, e dormiu. E sonhou que tinham posto uma escada ali mesmo: uma escada que ia da terra aos céus. Jacó/Yaohu’kaf viu, no sonho, os Anjos do ETERNO, subindo e descendo na escada.
13-15. No sonho UL apareceu a Jacó/Yaohu’kaf e disse: Eu sou o CRIADOR, o UL de Abrul’han e de Yahtzk’haq, seu pai. Vou dar a você essa terra na qual está deitado. Será sua e dos seus descendentes. Os seus descendentes serão tantos que serão como o pó da terra! Eles cobrirão o território todo, de norte a sul e de leste a oeste. Todas as nações da terra serão abençoadas por meio de você e dos seus descendentes. E o que vale mais é que eu estou com você. Pode contar com a minha proteção, aonde quer que for. E esteja certo de que eu trarei você de volta a esta terra, são e salvo. Porque estarei sempre com você, até cumprir tudo que estou prometendo.
16-17. Então Jacó/Yaohu’kaf acordou e exclamou: O CRIADOR vive neste lugar: e eu não sabia! E cheio de medo disse: Que lugar terrível é este! É a casa do ETERNO! É a porta dos céus!
18-19. Logo que amanheceu, Jacó/Yaohu’kaf fincou a pedra que tinha usado como travesseiro, fazendo dela um monumento. Depois derramou azeite no alto do monumento. E deu ao lugar o nome de Beit’ul/Bohay’ul, que quer dizer Casa do ETERNO. Antes o nome da cidade perto da qual Jacó/Yaohu’kaf estava era Luz.
20-22. Depois de derramar óleo no monumento, Jacó/Yaohu’kaf fez uma promessa ao CRIADOR. Disse ele: Ah, se o CRIADOR me guiar me proteger e me der alimento e roupa nesta viagem! E se me deixar voltar em paz para a casa do meu pai! Então escolherei o CRIADOR para ser o meu UL . Este monumento será um lugar de culto: como casa do ETERNO. Jacó/Yaohu’kaf terminou a promessa, dizendo: E, óh CRIADOR, eu devolverei a décima parte de tudo que me der!
1. YAOHU’KAF CONTINUOU a viagem e chegou nas terras do Leste.
2. Quando ia chegando, viu ao longe três rebanhos de ovelhas deitados perto de um poço, no campo. Daquele poço davam de beber às ovelhas. Mas uma grande pedra estava tapando a boca do poço.
3. O costume era esperar que todos os rebanhos estivessem reunidos. Ai os apascentadores tiravam a pedra e davam água aos animais. Depois tapavam o poço com a pedra outra vez.
4. Jacó/Yaohu’kaf chegou até onde os apascentadores estavam, e perguntou de onde eram. De Haran, eles responderam.
5. Disse Jacó/Yaohu’kaf: Vocês conhecem Lavan, filho de Naor? Disseram os apascentadores: Claro que sim!
6. Disse Jacó/Yaohu’kaf: Como vai ele? Disseram eles: Ele vai bem. Olhe, ali vem a filha dele, Raquel/Roqa’ul, com as ovelhas.
7. Disse Jacó/Yaohu’kaf: Por que vocês não dão água logo aos rebanhos? Assim as ovelhas poderão continuar pastando. Pois ainda é dia, não é hora de recolher os animais.
8. Disseram os apascentadores: Não podemos tirar a pedra enquanto não estiverem reunidos todos os rebanhos.
9. No meio dessa conversa, chegou Raquel/Roqa’ul com as ovelhas do pai dela. Porque ela era apascentadora.
10. Vendo a prima Raquel/Roqa’ul: filha do irmão da mãe dele: e vendo as ovelhas do pai dela, Jacó/Yaohu’kaf agiu logo. Rolou a pedra da boca do poço e deu água às ovelhas do seu tio Lavan.
11. Depois desse serviço, Jacó/Yaohu’kaf beijou Raquel/Roqa’ul e se pôs a chorar.
12-13. Contou que era seu primo, por parte do pai dela. Disse que era filho de Rebeca/Ro’evka, tia de Raquel/Roqa’ul. Então ela correu e contou tudo ao pai. Assim que Lavan ouviu essa notícia, correu ao encontro de Jacó/Yaohu’kaf. Chegando aonde ele estava, Lavan lhe deu as boas-vindas e o beijou. Foram para a casa de Lavan, e Jacó/Yaohu’kaf contou tudo o que tinha acontecido durante a viagem.
14-15. Ora vejam! exclamou Lavan. Ele é mesmo da minha carne e do meu sangue! Já fazia um mês que Jacó/Yaohu’kaf estava naquela casa, quando Lavan lhe disse: Não é porque você é meu parente, que vai ficar trabalhando de graça para mim. Quanto você quer ganhar?
16. Ora, Lavan tinha duas filhas, Leah, a mais velha, e Raquel/Roqa’ul, a mais nova.
17. Leah tinha olhos fracos, mas Raquel/Roqa’ul era formosa, não só de rosto, mas em tudo.
18. Pois Jacó/Yaohu’kaf ficou enamorado de Raquel/Roqa’ul. Amava tanto Raquel/Roqa’ul que disse a Lavan: Trabalharei sete anos para você para poder casar com Raquel/Roqa’ul, sua filha mais nova.
19. Feito! respondeu Lavan. É melhor dar Raquel/Roqa’ul a você do que a alguém de fora da família.
20. Assim Jacó/Yaohu’kaf trabalhou sete anos para Lavan, para poder casar com Raquel/Roqa’ul. E a amava tanto que os sete anos pareceram poucos dias a Jacó/Yaohu’kaf!
21. Finalmente acabou o prazo. Cumpri minha parte do trato, disse Jacó/Yaohu’kaf a Lavan. Agora deixe que eu me case com Raquel/Roqa’ul.
22. Lavan deu uma grande festa, convidando todos os homens do povoado.
23. De noite Lavan entregou Leah (em vez de Roqa’ul) a Jacó/Yaohu’kaf. E os dois passarem a noite juntos.
24. Lavan deu sua criada Zilpa, para ser criada de Leah.
25. Quando amanheceu, Jacó/Yaohu’kaf viu que estava com Leah, e não com Raquel/Roqa’ul! Que trapaça foi essa, Jacó/Yaohu’kaf perguntou a Lavan. Ele estava furioso! Trabalhei sete anos por Raquel/Roqa’ul, e você me faz isso! Por que me enganou?
26-27. Aqui não é costume casar a filha mais nova antes da mais velha, respondeu Lavan. Logo depois da lua de mel com Leah, darei Raquel/Roqa’ul a você em casamento. Claro, desde que você prometa trabalhar mais sete anos para mim.
28. Jacó/Yaohu’kaf aceitou. Uma semana depois, casou com Raquel/Roqa’ul.
29. Lavan deu sua criada Bila a Raquel/Roqa’ul.
30. Jacó/Yaohu’kaf e Raquel/Roqa’ul tiveram sua lua de mel. Jacó/Yaohu’kaf amava mais Raquel/Roqa’ul do que Leah. E trabalhou mais sete anos para Lavan.
31. Como Leah era menosprezada, o CRIADOR deixou que tivesse um filho. Raquel/Roqa’ul, porém, era estéril.
32. Leah ficou grávida e teve um filho, a quem deu o nome de Rúben/R’ul-iben, que quer dizer o CRIADOR viu minha aflição. Disse Leah: O CRIADOR viu minha aflição: e agora o meu marido me amará.
33. Teve outro filho, e disse: O CRIADOR ouviu que eu era deixada para trás, e me deu outro filho. Por isso deu ao menino o nome de Simeão/Sham’ul, que significa Ele ouviu.
34. Leah tornou a engravidar, e teve um terceiro filho. Deu a ele o nome de Levi, que quer dizer Apego. Disse Leah: Desta vez o meu marido vai ficar bem unido a mim, porque lhe dei três filhos.
35. Teve ainda um quarto filho, e disse: Agora louvarei ao CRIADOR. Por isso deu ao quarto filho o nome de Judáh/Yaohu’dah, que significa Objeto de Louvor. Então parou de ter filhos.
1. PERCEBENDO RAQUEL que era estéril, ficou com inveja da irmã. Ou você me dá filhos, ou eu morro! exclamou ela a Jacó/Yaohu’kaf.
2. Jacó/Yaohu’kaf ficou indignado. Por acaso sou o CRIADOR? disse ele a Raquel/Roqa’ul. Ele é que não deixa você ter filhos!
3. Disse Raquel/Roqa’ul: Pois tome a minha criada Bila, e tenha filhos com ela. E eu criarei as crianças como se fossem meus próprios filhos.
4-5. Assim Raquel/Roqa’ul deu Bila a Jacó/Yaohu’kaf. Dessa união, Bila deu um filho a Jacó/Yaohu’kaf.
6. Raquel/Roqa’ul deu a ele o nome de Dan/Dayan, que quer dizer Juiz. E disse: o CRIADOR me fez justiça, escutou a minha queixa e me deu um filho.
7. Bila, a criada de Raquel/Roqa’ul, ficou grávida outra vez e deu outro filho a Jacó/Yaohu’kaf.
8. É grande a minha luta com minha irmã, disse. Raquel/Roqa’ul, e consegui vencer! Por isso deu ao menino o nome de Neftali, que quer dizer Venço na luta.
9-11. Enquanto isso, Leah percebeu que não estava podendo ter filhos. Então deu Zilpa, criada dela, a Jacó/Yaohu’kaf, para ser mulher dele. E logo, Zilpa deu um filho a Jacó/Yaohu’kaf. Leah exclamou: A minha sorte voltou! E deu ao filho o nome de Gad/Ga’old, que significa Boa sorte.
12-13. Zilpa teve outro filho com Jacó/Yaohu’kaf. Leah deu a ele o nome de Asher/Oshor, que quer dizer Feliz. E disse Leah: Como estou contente! As outras mulheres vão achar que eu sou mesma feliz!
14. Era o tempo da colheita de trigo. Um dia, Rúben/R’ul-iben achou mandrágoras que cresciam nos campos. Rúben/R’ul-iben levou as mandrágoras à sua mãe Leah. Raquel/Roqa’ul pediu as mandrágoras a Leah.
15. Além de você ficar com o meu marido, respondeu Leah, vai querer agora ficar com as mandrágoras do meu filho? Se você me der mandrágoras, disse Raquel/Roqa’ul, deixarei que Jacó/Yaohu’kaf fique com você esta noite.
16. Naquela tarde, quando Jacó/Yaohu’kaf vinha voltando do campo, Leah foi ao encontro dele. Vamos passar a noite juntos, disse ela. É que eu adquiri o direito em troca das mandrágoras que o meu filho me deu. E Jacó/Yaohu’kaf passou aquela noite com Leah.
17. O CRIADOR respondeu às orações de Leah, e ela concebeu e teve o quinto filho.
18. Disse Leah: o CRIADOR me recompensou porque dei minha criada ao meu marido. E pôs no menino o nome de Issahar/Ishochar, que quer dizer Salário.
19-20. Leah tornou a engravidar, e teve o sexto filho. Ela deu ao filho o nome de Zabulon, que significa Presentes. Deu esse nome dizendo: o CRIADOR me deu excelentes presentes, para eu dar ao meu marido! Seis filhos! Com isso ele me honrará e ficará comigo!
21. Depois Leah teve uma filha, que recebeu o nome de Dinah.
22-24. O CRIADOR se lembrou de Raquel/Roqa’ul e respondeu às orações dela: pois ela queria filhos dela mesma; engravidou então e teve um filho. Raquel/Roqa’ul exclamou: Até que enfim o CRIADOR tirou a mancha do Meu Nome! E deu ao menino o nome de José/Yaohu’saf, que quer dizer Que Ele acrescente. Deu esse nome dizendo: Queira o CRIADOR me dar outro filho.
25-26. Logo que nasceu José/Yaohu’saf, Yaohu’kaf disse a Lavan que queria voltar para a casa dele. Deixe que eu vá para casa, disse ele. Deixe que eu vá e leve comigo as minhas mulheres e os meus filhos. Você sabe muito bem que eu trabalhei: e como! para que fossem meus.
27-28. Peço que não vá embora, disse Lavan. Desde que você chegou aqui, o CRIADOR me tem abençoado. Só pode ser por causa de você! Fique comigo! É só dizer quanto quer receber de ordenado, e eu pago!
29-30. Disse Jacó/Yaohu’kaf: Você bem sabe como trabalhei para você e como cuidei do seu gado. Basta lembrar como eram pequenos os seus rebanhos, e como são grandes agora. Isso porque o CRIADOR abençoou você por meio do meu trabalho. Agora, pense bem. Quando é que vou trabalhar para a minha família?
31-33. Quanto você quer ganhar, perguntou de novo Lavan. Jacó/Yaohu’kaf respondeu: Para que eu continue trabalhando para você, basta que me faça uma coisa. Basta que me autorize a separar para mim todas as cabras que tenham pintas ou listas na pele, e todas as ovelhas pretas dos seus rebanhos. Assim será fácil verificar se eu estou tirando mais do que tratamos como salário. Depois, se você encontrar entre as minhas cabras alguma que não for listada ou pintada, e entre as ovelhas alguma que não for preta, poderá dizer que roubei de você.
34. Está certo, disse Lavan. Está feito o trato.
35-36. Mas naquele mesmo dia, Lavan separou e deu aos filhos dele todos os bodes e cabras que tinham pintas ou listas na pele, e todos os carneiros e ovelhas pretos. Deu todos esses animais aos filhos dele. Depois mandou os filhos levarem as cabras pintadas e listadas e as ovelhas pretas para bem longe: a três dias de distância. E Jacó/Yaohu’kaf ficou tomando conta dos rebanhos restantes de Lavan.
37. Então Jacó/Yaohu’kaf pegou varas verdes de vários tipos de árvores: álamo, aveleira e plátano. De cada vara tirou fitas da casca, fazendo aparecer a brancura da madeira. Assim as varas ficaram cheias de listas claras.
38. Jacó/Yaohu’kaf pôs as varas perto das águas, nos lugares onde os animais costumavam beber. Colocou de modo que, ao beber água, os animais pudessem ver as varas. Jacó/Yaohu’kaf fez isso porque os animais se cruzavam ali.
39. E aconteceu isso mesmo. Os animais se cruzaram vendo as varas, e os filhotes nascerem pintados ou listados.
40. Jacó/Yaohu’kaf foi separando os animais a que tinha direito. Não deixou que se misturassem com os de Lavan. Mas dirigiu as coisas de modo que as fêmeas do rebanho dele fossem cobertas pelos machos pretos de Lavan.
41-42. Jacó/Yaohu’kaf não ficou nisso! Ele só colocava as varas listadas quando as fêmeas eram fortes! Quando eram fracas, não colocava. Resultado: Os animais fortes eram de Jacó/Yaohu’kaf, e os fracos eram de Lavan!
43. Assim os rebanhos de Jacó/Yaohu’kaf cresceram depressa. O homem ficou rico, possuindo rebanhos enormes, e muitos criados, criadas, camelos e jumentos.
1. YAOHU’KAF SOUBE QUE os filhos de Lavan andavam murmurando contra ele. Diziam eles: Ora vejam! Jacó/Yaohu’kaf deve ao nosso pai tudo o que tem. Toda a riqueza dele foi ajuntada às custas do nosso pai!
2. Outra coisa: Jacó/Yaohu’kaf notou que agora era tratado com frieza por Lavan.
3. Foi quando UL disse a Jacó/Yaohu’kaf: Volte para a casa dos seus pais, para a companhia dos seus parentes de lá. E estarei com você.
4. Por isso Yaohu’kaf mandou chamar Roqa’ul e Leah, para conversar com elas no campo, lá onde ele estava cuidando dos rebanhos.
5-8. Seu pai se virou contra mim, disse Jacó/Yaohu’kaf às duas. Mas o UL de meus pais está comigo. Vocês bem sabem como trabalhei com afinco para o seu pai. E ele só me engana. Vive rompendo os tratos feitos comigo! Mas o CRIADOR não deixou que ele me causasse prejuízo nenhum. Pois se ele dizia que os animais com pintas na pele seriam meus, só nasciam animais assim. Se ele mudava e dizia que os listados seriam o meu salário, então só nasciam animais listados nos rebanhos.
9. Foi assim que o CRIADOR fez que eu ficasse rico, às custas de Lavan.
10. Pois na época do cruzamento dos animais, sonhei e vi que os machos que cobriam as fêmeas dos rebanhos tinham listas ou pintas ou manchas.
11-12. No sonho o ANJO DO ETERNO me chamou a atenção para isso, e logo entendi o que devia fazer para receber a bênção sobre o meu trabalho. E o ANJO DO ETERNO me disse em sonho o motivo por que estava dando aquela instrução: ‘Porque vejo o que Lavan está fazendo com você’, disse Ele.
13. ‘Eu sou o UL que você encontrou em Beit’ul/Bo-hay’ul’, continuou o ANJO. ‘Lá você derramou azeite num monumento e fez promessa de me servir. Pois bem, saia agora desta terra, e volte para a sua terra natal. ‘
14-16. Em resposta, Raquel/Roqa’ul e Leah disseram: Que podemos esperar do nosso pai? Pois ele nos tratou como se fôssemos estrangeiras! Além de nos vender, acabou com os bens que poderíamos receber! E agora, a riqueza que devia ser nossa por herança, o CRIADOR tirou do nosso pai e deu a você. Essa riqueza é nossa e dos nossos filhos! Portanto, faça tudo o que o CRIADOR mandou.
17-21. Aproveitando que Lavan estava fora de casa, dirigindo o trabalho de tosquiar ovelhas, Jacó/Yaohu’kaf fugiu. Fez as mulheres e os filhos montarem em camelos e fugiu com eles. Levou todos os rebanhos e todas as riquezas que tinha conseguido ajuntar em Padan-Aran. E saiu para a terra de Canaan/Kena’anu, para a casa de Yahtzk’haq, pai dele. Raquel/Roqa’ul roubou os ídolos do lar, e levou todos eles com ela. Assim foi que Jacó/Yaohu’kaf fugiu de Lavan às escondidas, levando tudo que tinha. Atravessou o rio Eufrates e avançou em direção ao território montanhoso de Ga’ul-iod.
22. Só três dias depois Lavan ficou sabendo que Jacó/Yaohu’kaf tinha fugindo.
23. Reuniu vários homens e com eles saiu logo em perseguição a Jacó/Yaohu’kaf. Depois de sete dias de viagem, alcançou Jacó/Yaohu’kaf no monte Ga’ul-iod.
24. Mas na noite em que ia chegando perto de onde Jacó/Yaohu’kaf estava, o CRIADOR veio ao arameu Lavan em sonhos, e disse: Cuidado com o que vai fazer a Yaohu’kaf! Nada de bênção nem maldição!
25. Finalmente Lavan alcançou os fugitivos. Jacó/Yaohu’kaf estava acampado no monte Ga’ul-iod. Lavan armou o seu acampamento no mesmo monte.
26-28. O que você fez, perguntou Lavan. Por acaso minhas filhas são prisioneiras de guerra, para você fugir com elas deste jeito? Por que me enganou e saiu às escondidas? Por que não me contou seu plano? Pois eu bem que gostaria de dar uma grande festa de despedida, com canções, e orquestra, e harpa! Você nem me deu oportunidade para beijar meus netos e netas! Que estranho modo de agir, o seu!
29. Tenho forças suficientes para destruir vocês todos, continuou Lavan. Mas o UL do seu pai Yahtzk’haq me apareceu ontem à noite. Ele me proibiu de maltratar você.
30. Muito bem. Está certo que tenha saudade de casa e queira voltar para lá. Mas por que roubou os meus ídolos?
31. Eu fugi assim, respondeu Jacó/Yaohu’kaf, porque fiquei com medo. Pensei comigo: ‘Bem pode ser que Lavan não me deixe levar as filhas dele‘.
32. Mas quanto aos seus ídolos, será morto aquele que estiver com eles. Pode revistar tudo neste acampa-mento. Se você achar alguma coisa sua, pode levar de volta. Jacó/Yaohu’kaf não sabia que Raquel/Roqa’ul estava com os ídolos.
33. Lavan vasculhou as tendas de Jacó/Yaohu’kaf, de Leah, de Raquel/Roqa’ul e das duas criadas, e não achou os ídolos.
34-35. Quando Lavan entrou na tenda de Raquel/Roqa’ul, ela estava sentada na sela de um camelo. Acontece que Raquel/Roqa’ul tinha posto os ídolos na sela e estava sentada em cima deles. Por isso disse a Lavan: Peço desculpa, meu pai, por não me levantar. É que estou no difícil período mensal das mulheres. Assim Lavan procurou, apalpando a tenda inteira, e não achou os ídolos.
36-37. Então foi a vez de Jacó/Yaohu’kaf ficar zangado com Lavan. O que encontrou, perguntou ele. Qual é o meu crime? Você veio atrás de mim como caçador de criminosos, e revirou tudo o que tenho. Achou alguma coisa da sua casa? Vamos! Ponha o que encontrou aqui, na frente dos meus homens e dos parentes. Eles vão decidir qual de nós dois está errado.
38-39. Estive com você vinte anos, cuidando dos seus rebanhos. Durante esse tempo todo, as suas ovelhas e cabras produziram crias sadias. Também nunca me servi dos seus carneiros para alimento. E quando algum animal dos seus rebanhos era morto e despedaçado pelas feras, alguma vez pedi que você descontasse isso na contagem? Não! Eu sempre sofri o prejuízo! Você descontava tudo do meu salário, incluindo os animais roubados. E isso, ainda que o roubo fosse feito em ocasião que estava fora da minha responsabilidade!
40. Trabalhei para você nas horas quentes do dia, e sofrendo a geada da noite, ficando noites e noites sem dormir.
41. Foram vinte longos anos! Catorze anos trabalhei para casar com as suas duas filhas, e seis anos trabalhei para formar o meu rebanho. E para me prejudicar, você mudou dez vezes o salário combinado!
42. Ah, se não fosse o UL do meu avô Abrul’han, o temível o CRIADOR do meu pai Yahtzk’haq! A estas horas você me estaria mandando embora sem nada. Mas o CRIADOR viu a sua maldade, e o trabalho duro que fiz. Por isso Ele preveniu você ontem à noite.
43. Lavan respondeu: Estas mulheres são minhas filhas, e estas crianças são minhas. A mesma coisa posso dizer destes rebanhos e de tudo o que você tem: tudo é meu. Daí, como posso prejudicar as minhas filhas e os meus netos?
44. Portanto, venha cá! Façamos um trato de amizade, e deixemos aqui alguma coisa que sirva para lembrar isso.
45-46. Jacó/Yaohu’kaf pôs mãos à obra. Pegou uma pedra e fez dela um monumento. Depois mandou os seus homens juntarem ali uma pilha de pedras. Feito isso, Jacó/Yaohu’kaf e Lavan comeram juntos, ao lado das pedras empilhadas.
47-48. Os dois deram à pilha de pedras o nome de Pilha do Testemunho Yegar-Saaduta, na língua de Lavan, e Galeede, na língua de Jacó/Yaohu’kaf. Esta pilha de pedras será testemunha contra nós, disse Lavan, se não cumprirmos o trato que fizemos.
49. Também recebeu o nome de Mizpah: que quer dizer Torre de Vigia, pois, como disse Lavan; Que o CRIADOR vigie cada um de nós, quando estivermos separados, quanto ao cumprimento do contrato.
50. Se você maltratar as minhas filhas, ou tomar outras mulheres: eu estarei longe, mas o CRIADOR estará vendo.
51-52. Este monumento, continuou Lavan, está entre nós como testemunho, do nosso compromisso de não cruzarmos esta linha para atacar um ao outro. Você não me atacará, nem eu a você.
53. Que o UL de Abrul’han, de Naor e do pai deles destrua aquele de nós que fizer isso. Assim Jacó/Yaohu’kaf fez juramento diante do temível UL, o CRIADOR do seu pai Yahtzk’haq. Prometeu respeitar o limite combinado.
54. Então Jacó/Yaohu’kaf, ali no topo do monte, ofereceu um sacrifício ao ETERNO. Convidou todos para a festa, e passaram a noite juntos, no monte.
55. Na manhã seguinte, Lavan se levantou cedo, beijou e abençoou as filhas e os netos, e foi para casa.
1. YAOHU’KAF CONTINUOU a viagem. Pouco depois, certo número de Anjos do ETERNO foi ao encontro dele.
2. Quando Jacó/Yaohu’kaf viu os Anjos, disse: o CRIADOR está acampado aqui! Por isso deu ao lugar o nome de Maanaim, que significa Exércitos Celestiais.
3-5. Depois Jacó/Yaohu’kaf mandou mensageiros na frente, ao encontro de Esaú/Essav, irmão dele. Foram eles para a terra de Seir, território de Edom. Levaram esta mensagem: Jacó/Yaohu’kaf, seu servidor, manda dizer isto: Morei com o tio Lavan até agora. Estou voltando de lá dono de bois, jumentos, ovelhas, criados e criadas. Mandei estes mensageiros para avisar você que estou chegando. Espero que me favoreça com uma recepção amigável.
6. Os mensageiros voltaram dizendo que Esaú/Essav estava vindo encontrar Jacó/Yaohu’kaf, e que vinha com quatrocentos homens.
7. Jacó/Yaohu’kaf ficou apavorado. Dividiu em dois grupos as pessoas, os rebanhos, os bois e os camelos.
8. Fez isso porque, segundo as palavras dele: Se Esaú/Essav atacar um grupo, talvez o outro consiga escapar.
9-10. E Jacó/Yaohu’kaf fez esta oração: óh UL do meu avô Abrul’han e do meu pai lsaque! Ó CRIADOR, que me mandou voltar para a casa do meu pai e dos meus familiares, que disse que me faria bem! Não mereço nenhuma das suas bondades para comigo. Não sou digno da maneira fiel como UL tem cumprido a sua palavra a meu favor. Pois sai de casa e atravessei o rio Jordão/Yardayan trazendo só um cajado, e agora volto com duas caravanas completas!
11. Não permita que eu seja destruído por meu irmão Esaú/Essav. Estou com medo de que ele venha me matar, e mate estas mães e os meus filhos.
12. Mas o CRIADOR prometeu me fazer bem. E disse que os meus descendentes seriam como as areias do mar: tão numerosos que ninguém poderia contar.
13-15. Jacó/Yaohu’kaf ficou ali aquela noite, e preparou um presente para dar a Esaú/Essav. Vejam só que presente! 200 cabras, 20 bodes, 200 ovelhas, 20 carneiros, 30 camelas de leite, com as crias, 40 vacas, 10 touros, 20 jumentas e 10 jumentos.
16. Ele confiou os rebanhos do presente aos criados e explicou bem a eles o que fazer. Eles deviam ir na frente com aqueles rebanhos. Mas deviam deixar cada rebanho separado, com um bom espaço entre um e outro.
17, 18. Jacó/Yaohu’kaf instruiu o criado que devia ir na frente de todos, conduzindo o primeiro rebanho do presente. Disse ele: Quando o meu irmão Esaú/Essav encontrar você e perguntar: ‘Para quem você trabalha? Para onde vai? Quem é o dono destes animais?’, veja como vai responder. Diga: ‘O dono é Jacó/Yaohu’kaf, seu servidor. É presente que ele manda ao meu maoro’eh/mestre Esaú/Essav. Ele vem vindo logo atrás de nós’.
19. Jacó/Yaohu’kaf deu a mesma instrução a cada um dos guias dos rebanhos separados para o presente.
20. Com este recurso, Yaohu’kaf esperava acalmar Esaú/Essav, antes de enfrentá-lo face a face. Talvez, pensou Yaohu’kaf, Esaú/Essav me aceite amigavelmente.
21. Assim o presente foi enviado na frente, e Jacó/Yaohu’kaf passou aquela noite no acampamento.
22-24. Durante a noite se levantou e acordou as duas mulheres, as duas criadas e os onze filhos. Fez com que eles saíssem e atravessassem o rio Jordão/Yardayan, na passagem chamada Yaboque. Jacó/Yaohu’kaf ficou sozinho. E um HOMEM surgiu e lutou com ele até o amanhecer.
25. Quando o HOMEM viu que não podia ganhar a luta, tocou na articulação da coxa de Jacó/Yaohu’kaf. Bastou isso para que ficasse destroncada a coxa de Jacó/Yaohu’kaf.
26. Disse o HOMEM: Deixe que eu vá embora, pois já é dia. Mas Yaohu’kaf respondeu: Não vou deixar que vá embora, enquanto não me abençoar.
27. Qual é o seu nome, perguntou o HOMEM. Yaohu’kaf, foi a resposta.
28. Não será mais, disse o HOMEM. Você se chamará YAOSHOR’UL (Israel): que significa ‘Aquele que Luta com o CRIADOR’. Sim, porque você lutou com o CRIADOR e com homens, e venceu.
29. Qual é o seu nome, perguntou Yaohu’kaf. Você não deve perguntar pelo MEU NOME, disse o HOMEM. E abençoou Yaohu’kaf ali.
30. Yaohu’kaf deu aquele local o nome de Peni’ul, que quer dizer O Rosto do CRIADOR. Deu esse nome dizendo: Eu vi o CRIADOR face a face, e não morri!
31. O sol ia nascendo quando Yaohu’kaf se pôs a andar através de Peni’ul. E mancava, por causa da junta da coxa destroncada.
32. Aí está a razão pela qual os yaoshorul’itas até hoje não comem o nervo do quadril, que faz a articulação da coxa. Dos animais de que se alimentam, deixam de lado essa parte. Porque o Homem com quem lutou desarticulou a coxa de Yaohu’kaf, tocando no nervo do quadril dele.
1. DE LONGE YAOSHOR’UL viu que Esaú/Essav estava vindo ao encontro dele. Com Esaú/Essav vinham quatrocentos homens. Então Yaohu’kaf fez com que os filhos dele ficassem com as mães.
2. Organizou o grupo todo, colocando na frente as criadas com os filhos delas. Logo em seguida colocou Leah e os filhos dela. Por último, Raquel/Roqa’ul e José/Yaohu’saf.
3. Depois, ele mesmo foi na frente. Conforme foi chegando perto do irmão, Yaohu’kaf se inclinou sete vezes diante dele.
4. Mas Essav correu e abraçou fortemente Yaohu’kaf, e o beijou. E os dois se puseram a chorar.
5. Dai Esaú/Essav viu as mulheres e as crianças, e perguntou: Quem são estes aí? São os filhos que o CRIADOR bondosamente deu a este seu servidor, respondeu Yaohu’kaf.
6. Nesse meio tempo, chegaram as criadas e seus filhos, e se inclinaram diante de Esaú/Essav.
7. Chegaram também Leah e seus filhos, e se inclinaram. Finalmente chegaram Raquel/Roqa’ul e José/Yaohu’saf, e se inclinaram.
8. Com que intenção você mandou esses rebanhos todos que encontrei, perguntou Esaú/Essav. Yaohu’kaf respondeu: São presentes que lhe mandei, para que você me recebesse bem!
9. Disse Esaú/Essav: Ora, eu tenho muitas riquezas, meu irmão. Guarde o que é seu.
10. Não, respondeu Yaohu’kaf. Queira aceitar o meu presente. Você não imagina o bem que me faz ver você me recebendo assim! Pois eu estava vindo ao seu encontro como se estivesse enfrentando o próprio UL!
11. Por favor, aceite o presente que eu lhe trouxe. Pois o CRIADOR tem sido muito generoso para comigo. O que tenho é mais que suficiente para mim. E insistiu tanto, que Esaú/Essav acabou aceitando.
12. Bem, disse Esaú/Essav. Vamos embora. Eu e os meus homens vamos junto com vocês.
13-14. Não convém, disse Yaohu’kaf. Você vê que as crianças que trago são pequenas. Além disso, tenho na caravana ovelhas e vacas de leite, com crias muito novas. Se tiverem que seguir marcha rápida, morrerão. Portanto, é melhor que você vá na frente. Nós iremos mais devagar, acompanhando o passo natural do gado, e o passo das crianças. Chegando em Seir, procuraremos você.
15. Está bem, disse Essav. Mas pelo menos permita que eu deixe alguns dos meus homens para ajudar a sua gente. Não é preciso, falou Yaohu’kaf. O fato de você me receber bem já é o bastante para mim.
16. Assim Esaú/Essav começou a viagem de volta para Seir.
17. Enquanto isso, Yaohu’kaf rumou para Sucote/Sukkós. Ali Yaohu’kaf construiu alojamentos para ele e barracas para os animais. Por isso aquele lugar recebeu o nome de Sukkós, que quer dizer Barracas.
18. Completando a viagem de volta de Padan-Haram, Yaohu’kaf chegou são e salvo à cidade de Siquem, em Canaan/Kena’anu. Chegando lá, Yaohu’kaf acampou perto da cidade.
19. Ele comprou o terreno em que montou o acampamento. Era propriedade da família de Hamor, pai de Siquem. Pagou cem peças de prata pelo terreno.
20. Yaohu’kaf construiu ali um altar, ao qual deu o nome de Ul-Ulhim-Yaoshor’ul; que significa: ao CRIADOR, o UL de Yaoshor’ul.
1. UM DIA, DINAH filha de Leah, saiu para conhecer as moças da cidade.
2. Quando Siquem, filho do rei heveu Hamor, viu Dinah, forçou a moça e a humilhou.
3. Mas ele ficou apaixonado por Dinah, e procurou conquistar o afeto dela.
4. Siquem disse a Hamor, pai dele: Veja se me consegue a mão dessa moça. Quero casar com ela.
5. Yaohu’kaf ficou sabendo o que tinha acontecido com sua filha Dinah. Os filhos dele não souberam, porque estavam cuidando do gado, no campo. Yaohu’kaf ficou quieto sobre o assunto, até à volta dos filhos.
6. Nesse intervalo, Hamor, o pai de Siquem, foi falar com Yaohu’kaf.
7. Quando Hamor estava lá, chegaram os filhos de Yaohu’kaf. Ao saberem o que tinha acontecido, ficaram furiosos. O motivo da raiva deles era grave, porque Siquem tinha praticado uma loucura contra a família de Yaoshor’ul, violentando Dinah.
8. Disse Hamor: Meu filho Siquem está de fato muito enamorado da moça. Ele quer casar com ela. Por favor, deixem que se casem.
9-10. Aliás vai ser bom que fiquemos aparentados. As suas filhas poderão casar com os filhos do Meu povo. E as filhas do Meu povo poderão casar com os seus filhos. Moraremos juntos. Nossa cidade está à disposição de vocês. Podem se estabelecer aqui, negociar e adquirir propriedades.
11-12. O próprio Siquem falou ao pai e aos irmãos de Dinah. Peço que sejam bondosos para comigo, disse ele. Deixem que eu case com a moça. Estou disposto a pagar com o dote que vocês quiserem. Só peço que me concedam Dinah em casamento!
13-17. Os irmãos de Dinah responderam com traição a Hamor e a Siquem, por causa do mal que o rapaz tinha praticado. Disseram: Não é possível isso. Vocês são incircuncisos. Seria uma vergonha para ela e para nós, casar com um homem não circuncidado. Só com uma condição podemos permitir o casamento. É que todos os homens do Seu Povo sejam circuncidados. Assim ficarão como nós. Dai sim, poderemos dar nossas filhas a vocês em casamento, poderemos casar com suas filhas, e viveremos juntos como um só povo. Se não concordarem, levaremos Dinah e iremos embora daqui.
18. Hamor e Siquem aceitaram de bom gosto a idéia.
19. Siquem tratou de levar logo adiante o plano, porque ele estava muito apaixonado pela filha de Yaohu’kaf. Seria fácil convencer o povo, porque Siquem era o mais respeitado membro da família real.
20. Hamor e Siquem convocaram os cidadãos para uma congregação no lugar de costume: à porta da cidade.
21. Aqueles homens são nossos amigos, disseram eles. É bom que eles morem em nossa terra e façam aqui os seus negócios. Nosso território é grande. Não será problema o sustento deles. As filhas deles poderão casar com os nossos filhos, e as nossas filhas com os filhos deles.
22. Eles só impõem uma condição para conviverem conosco. E é que todos os homens da nossa cidade sejam circuncidados, como eles são.
23. Mas, pensem nisto: se concordarmos, tudo o que eles têm será nosso. Tratemos de concordar com eles, e se estabelecerão aqui.
24. Os cidadãos concordaram. Começando por Hamor e Siquem, todos os homens foram circuncidados.
25. Mas três dias depois, quando as feridas da operação estavam mais doloridas, aconteceu o que não esperavam. Dois dos irmãos de Dinah: Simeão/Sham’ul e Leví: tomaram espadas, entraram na cidade e mataram todos os homens!
26. Hamor e Siquem também foram mortos. Os dois irmãos tiraram Dinah da casa de Siquem e foram embora com ela.
27. Depois todos os filhos de Yaohu’kaf saquearam a cidade: porque a irmã deles tinha sido violentada.
28. Levaram com eles os rebanhos, as boiadas, as tropas de jumentos. Levaram tudo que encontraram dentro da cidade e nos campos ao redor.
29. Não levaram só os bens, mas também as crianças e as mulheres como prisioneiras. Não deixaram nada!
30. Então disse Yaohu’kaf a Simeão/Sham’ul e Leví: Quanta aflição vocês me causaram! Agora vou ser odiado pelos que moram nesta terra: pelos cananeus e ferezeus. Somos muito poucos. Será fácil para eles acabar conosco de uma vez! Eu e a minha família seremos destruídos!
31. Ora, responderam, devíamos deixar que ele tratasse nossa irmã como se ela fosse uma prostituta!?!
1. MUDE PARA BEIT’UL e fixe residência lá, disse o CRIADOR a Yaohu’kaf. Chegando lá, faça um altar. É para prestar culto ao UL que lhe apareceu quando você estava fugindo do seu irmão Essav.
2. Yaohu’kaf mandou toda a gente dele destruir os ídolos que ainda conservava. Mandou que todos se lavassem e vestissem roupas limpas.
3. Pois vamos para Beit’ul/Bohay’ul, disse ele. Lá vamos construir um altar ao UL que atendeu às minhas orações no dia do meu sofrimento. Sim, ao UL que esteve comigo em todo o caminho por onde andei.
4. Eles obedeceram. Deram a Yaohu’kaf todos os ídolos e os brincos que tinham. Yaohu’kaf enterrou tudo aquilo debaixo do pé de carvalho que fica perto de Siquem.
5. Então partiram. E o terror do ETERNO dominou todas as cidades perto das quais passaram, e ninguém atacou a caravana de Yaoshor’ul.
6. Yaohu’kaf e sua gente chegaram sãos e salvos em Luz: também chamada Beit’ul/Bohay’ul cidade situada no território de Canaan/Kena’anu.
7. Yaohu’kaf construiu ali um altar. Deu ao altar o nome de Ul-Beit’ul/Bohay’ul, que significa o CRIADOR de Beit’ul/Bohay’ul. Porque foi em Beit’ul/Bohay’ul que o CRIADOR apareceu a Yaohu’kaf, quando estava fugindo de Esaú/Essav.
8. Depois destes acontecimentos, morreu Deborah, a ama de Rebeca/Ro’evka. Foi enterrada debaixo de um pé de carvalho, perto de Beit’ul/Bohay’ul. Essa árvore se chama Alom Bacute, que quer dizer Carvalho das Lágrimas.
9. Tendo voltado de Padan-Aran, UL apareceu de novo a Yaohu’kaf e o abençoou.
10. Repetiu o CRIADOR: Você não se chamará mais Yaohu’kaf: isto é, Suplantador. O seu nome será Yaoshor’ul: que quer dizer, Aquele que luta com o CRIADOR.
11-12. Eu sou Ul Shua-Odai, o Todo-poderoso, disse o CRIADOR. Farei com que você tenha muitos descendentes que hão de se multiplicar muito, formando uma grande nação. Mais que isso: Os seus descendentes darão muitas nações e muitos reis. E passarei para você, e depois para os seus descendentes, a terra que dei a Abrul’han e a Yahtzk’haq.
13. Acabando de falar estas palavras, o CRIADOR se retirou do lugar em que tinha falado com Yaohu’kaf.
14. Yaohu’kaf fez um pilar de pedra no lugar onde o ETERNO tinha falado com ele. Depois derramou vinho e azeite de oliveira no pilar.
15. E deu ao lugar o nome de Beit’ul/Bohay’ul: Ou seja, Casa do ETERNO.
16. Yaohu’kaf e a família saíram de Beit’ul/Bohay’ul e foram a Efrata: que é Beith’lekhem/Belém. Quando faltava pouco para chegarem, Raquel/Roqa’ul deu à luz um filho. Sofreu muito durante o nascimento dele.
17. A parteira procurou animar Raquel/Roqa’ul, dizendo: Coragem! Nasceu o menino!
18. Raquel/Roqa’ul estava morrendo, mas conseguiu dar nome ao filho. E o nome que lhe deu foi Ben-oni, que significa Filho da minha dor. Em seguida, saiu a vida de Raquel/Roqa’ul. Yaohu’kaf deu ao menino o nome de Benyamín, que quer dizer Filho da minha mão direita.
19. Assim morreu Raquel/Roqa’ul. Foi enterrada ao lado da estrada de Efrata: também chamada Beith’lekhem.
20. Yaohu’kaf fez um monumento de pedras sobre o túmulo de Raquel/Roqa’ul. E lá está até hoje.
21. Feito isso, Yaoshor’ul continuou viagem, e acampou para lá da torre de Éder.
22. Enquanto estava morando ali, Rúben/R’ul-iben se deitou com Bila, concubina do pai dele. E Yaoshor’ul ficou sabendo disso. Esta é a lista dos nomes dos doze filhos de Yaohu’kaf:
23. Filhos de Leah: Rúben/R’ul-iben, o filho mais velho de Yaohu’kaf, Simeão/Sham’ul, Leví, Judáh/Yaohu’dah, Issahar/Ishochar e Zabulon.
24. Filhos de Roqa’ul: José/Yaohu’saf e Benyamín.
25. Filhos de Bila, criada de Roqa’ul: Dan/Dayan e Neftali.
26. Filhos de Zilpa, criada de Leah: Gad/Ga’old e Asher/Oshor. Estes são os filhos de Yaohu’kaf, nascidos em Padan-Aran’.
27-29. Finalmente Yaohu’kaf chegou à casa de seu pai Yahtzk’haq, em Mamre, distrito de Kiryat-Arba: atual Hebrom. Abrul’han também tinha morado lá. Não demorou e Yahtzk’haq morreu. Alcançou a bela idade de 180 anos! Yahtzk’haq morreu e foi reunido ao povo dele. Esaú/Essav e Yaohu’kaf fizeram o enterro do pai.
1-3. ESTA É A LISTA dos descendentes de Esaú/Essav: também chamado Edom. Esaú/Essav casou com três moças da terra em que morava, Canaan/Kena’anu: Ada (filha de Elom o heteu), Aolibama (filha de Hanná e neta de Zibeão o heveu) e Basemate (a sua prima, porque era filha de Ishma’ul e irmã de Nabaiote).
4-5. Ada deu-lhe um filho chamado Ulifaz, e Basemate um outro de nome Roe’ul. De Aolibama teve Yeús, Yalão e Coré. Todos estes lhe nasceram em Canaan/Kena’anu.
6-8. Esaú/Essav reuniu as mulheres, os filhos, as filhas, toda a gente a seu serviço, o gado, o rebanho: tudo o que tinha – e mudou de Canaan/Kena’anu. Mudou para outra terra, porque era tanto o gado dele e o de Yaohu’kaf, que a terra não dava. Esaú/Essav passou a morar no monte Seir.
9. Estes são os nomes dos edumeus, descendentes de Esaú/Essav, moradores do monte Seir:
10-12. Por parte de Ulifaz, filho da sua mulher Ada: Temã, Omar, Zefô, Gaetã, Quenaz e ainda Ameleque, este último, filho de Ulifaz e da sua concubina Timna.
13-14. E pelo lado de Roe’ul, filho da sua mulher Basemate, são estes os netos de Essav: Naate, Zerá, Samá e Mizá.
15-16. Os netos de Essav tornaram-se cabeças de clãs, segundo esta lista: Clã de Temã, clã de Omar, clã de Zefô, clã de Quenaz, clã de Coré, clã de Gaetã, e clã de Ameleque. Todos estes eram filhos de Ulifaz, o filho mais velho de Essav e de Ada.
17. Estes eram filhos de Roe’ul, o filho de Essav e de Basemate, nascido enquanto viviam em Canaan/Kena’anu: Clã de Naate, clã de Zerá, clã de Samá, e clã de Mizá.
18-19. As seguintes clãs são os correspondentes aos filhos de Esáu e da sua mulher Aolibama filha de Hanná: Clã de Yeús, clã de Yalão, e clã de Coré.
20-21. E a seguir temos os nomes das tribos que formaram os descendentes de Seir, o horeu, uma das famílias nativas daquela terra: A tribo de Lotã, a tribo de Sobal, a tribo de Zibeão, a tribo de Aná, a tribo de Disom, a tribo de Ozor, e a tribo de Disã.
22. Os filhos de Lotã (filho de Seir) foram Hori e Homã. Aliás Lotã tinha ainda uma irmã, Timna.
23. E os filhos de Sobal foram: Alvã, Manaate, Ebal, Sefô e Onã.
24. Os filhos de Zibeão: Aia e Aná. (Este foi aquele que descobriu umas, fontes de água quente no deserto quando fazia pastar os jumentos do seu pai).
25. Os filhos de Aná: Disom e Aolibama.
26. Os filhos de Disom: Hendã, Esbã, Itrã, e Querã.
27. Os filhos de Ozor: Bilã, Zaavã, e Acã.
28. Os filhos de Disã: Uz e Aran.
29-30. Estes eram os chefes dos horeus: Lotã, Sobal, Zibeãs, Aná, Disom, Ozor e Disã. Estes foram os chefes dos horeus, de acordo com as suas divisões, na terra de Seir.
31. São estes os nomes dos reis de Edom (antes que Yaoshor’ul tivesse tido o seu primeiro rei):
32. Bela (filho de Beor) reinou em Edom, tendo escolhido como sede do reino a cidade de Dinabá.
33-39. Quando morreu, sucedeu-lhe o rei Yaobab (filho de Zérah) da cidade de Bozra; depois lhe sucedeu Husão da terra dos temanitas. Quando este faleceu sucedeu-lhe o rei Hadade (filho de Bedade) o comandante das forças que derrotaram o exército de Midián, na guerra de Moabe. O nome da sua cidade era Avite. E sucedeu-lhe Samela, de Masreca. A este lhe sucedeu Sha’ul, de Reobote do Eufrates. Ao morrer este, sucedeu-lhe Baal-Hanã (filho de Acbor). E por fim sucedeu-lhe Hadar da cidade de Paú. E o nome da rainha, mulher deste último, era Metabel, filha de Matrede e neta de Mezaabe.
40-43. Agora temos os nomes dos chefes descendentes de Essav, segundo os seus clãs, e segundo as localidades em que se estabeleceram, e que ficaram com os seus próprios nomes: Clã de Timna, clã de Alva, clã de Yetete, clã de Aolibama, clã de Elá, clã de Pinom, clã de Quenaz, clã de Temã, clã de Mibzar, clã de Magdiul, e clã de Irã. Cada um destes clãs deu o seu nome à área em que habitavam, que ocupavam. São estes, pois os edomitas (filisteus), descendentes de Essav.
1. ASSIM YAOHU’KAF tornou a fixar residência na terra de Canaan/Kena’anu, onde o pai dele tinha morado.
2. Veja agora as coisas que aconteceram a Yaohu’kaf: José/Yaohu’saf estava com dezessete anos. O trabalho dele era apascentar os rebanhos com os irmãos dele. Como era muito jovem, ia junto com os filhos de Bila e de Zilpa, mulheres de Yaohu’kaf. Quando voltava do campo, José/Yaohu’saf contava ao pai as coisas más que eles faziam.
3. Ora, José/Yaohu’saf era o filho preferido de Yaoshor’ul, porque nasceu quando o pai já era muito idoso. Certo dia José/Yaohu’saf ganhou do pai um fino traje, com belos bordados coloridos.
4. Os irmãos ficaram odiando José/Yaohu’saf, porque notaram que Yaohu’kaf dedicava mais amor a ele. Já não conseguiam falar amigavelmente com Yaohu’saf.
5. Uma noite José/Yaohu’saf teve um sonho, que contou aos irmãos. Eles ficaram com mais raiva dele ainda.
6. Nas palavras de José/Yaohu’saf, o sonho foi assim:
7. Vejam só, Sonhei que nós estávamos colhendo trigo. Quando estávamos amarrando os feixes, o meu feixe ficou parado em pé. E não foi só isso. Os seus feixes rodearam o meu e se inclinaram diante dele!
8. Os irmãos responderam: Você está querendo dizer que vai ser nosso rei? ou que vai mandar em nós? Esse foi um dos estranhos sonhos de José/Yaohu’saf. Os irmãos foram ficando cada vez com mais ódio dele, por causa dos sonhos e das palavras dele.
9. José/Yaohu’saf contou aos irmãos outro sonho que teve. Disse ele: Sabem? Sonhei que o sol, a lua e onze estrelas se inclinaram diante de mim.
10. O pai estava junto e ouviu o sonho. Repreendeu José/Yaohu’saf por isso, dizendo: Ora, que significa isso? Que sonho é esse? Então você acha que eu, a sua mãe e os seus irmãos vamos ter de nos inclinar na sua frente?!
11. Os irmãos ficaram com inveja de José/Yaohu’saf. Yaohu’kaf não esqueceu esse acontecimento. Guardou o caso no coração, e ficava meditando nele.
12. Um dia os irmãos de José/Yaohu’saf levaram o rebanho do pai a Siquem, para dar pasto aos animais.
13-14. Enquanto estavam por lá, Yaoshor’ul chamou José/Yaohu’saf e disse: Os seus irmãos estão em Siquem, dando pasto ao rebanho. Vá lá ver como estão eles e o rebanho. Depois venha cá me dar as notícias de como vão. José/Yaohu’saf obedeceu e partiu do vale de Hebrom para Siquem.
15. Quando estava procurando os irmãos pelos campos, um homem apareceu por ali. Que é que você está procurando, perguntou ele a José/Yaohu’saf.
16. Procuro meus irmãos e o rebanho que estão pastoreando, respondeu José/Yaohu’saf. Você sabe onde eles estão?
17. Sei, disse o homem. Já não estão aqui. Ouvi quando falavam que iam para Dotã. José/Yaohu’saf foi para lá e encontrou os irmãos.
18. Mas quando ia chegando perto de onde estavam, eles viram que estava vindo e decidiram acabar com ele!
19-20. Lá vem o sonhador! exclamaram. Vamos dar cabo dele e deixar o corpo num desses poços. Depois diremos ao pai que José/Yaohu’saf foi morto por, um animal selvagem. Então veremos em que vão dar os sonhos dele!
21-22. Quando Rúben/R’ul-iben ouviu o plano dos irmãos, pensou num modo de salvar a vida de José/Yaohu’saf: Disse ele: Não vamos matar nosso irmão com nossas próprias mãos! Olhem. Vamos colocar o rapaz neste poço seco. Rúben/R’ul-iben disse isso com a intenção de libertar José/Yaohu’saf mais tarde.
23-24. Quando José/Yaohu’saf chegou, os irmãos tiraram a capa colorida dele, e lançaram o moço no poço seco.
25. Mais tarde, quando estavam jantando, viram de longe uma caravana de Ishamaul’itas. Ela vinha de Ga’ul-iod e ia para o Egypto. Os camelos estavam carregados de perfumes, temperos finos e goma.
26-27. Vejam, disse Judáh/Yaohu’dah. Que vantagem teremos em matar o nosso irmão? Além de ficarmos com a culpa, não teremos lucro nenhum. Tratemos de vender José/Yaohu’saf aqueles ishmaul’itas. Os irmãos concordaram.
28. Assim, quando os negociantes passaram por ali, José/Yaohu’saf foi vendido a eles por seus próprios irmãos! Vinte moedas de prata foi o preço. Feito o negócio, os ishmaul’itas continuaram a viagem para o Egypto, levando José/Yaohu’saf com eles.
29. Rúben/R’ul-iben não estava junto com os irmãos quando os ishmaul’itas passaram. Mais tarde ele voltou lá para tirar José/Yaohu’saf do poço. Quando viu que o rapaz não estava mais no poço, rasgou as roupas, cheio de aflição!
30. José/Yaohu’saf desapareceu! E para onde vou eu agora, disse ele.
31. Então os irmãos mataram um bode, e molharam o traje de José/Yaohu’saf no sangue do animal.
32. Depois mandaram a roupa cheia de sangue ao pai, com este recado: Achamos isto no campo. Veja se é o traje de José/Yaohu’saf ou não.
33. Yaohu’kaf reconheceu logo o traje. Sim, disse ele. É do meu filho. Vai ver que um animal feroz devorou o pobre José/Yaohu’saf! Decerto ele foi despedaçado!
34. E Yaohu’kaf rasgou as roupas, e se vestiu com pano grosseiro, chorando por muitos dias o filho morto.
35. Todos os membros da família tentaram consolar Yaohu’kaf, mas em vão. Ele não aceitou as palavras de consolo. Vou chorar a morte do meu filho até morrer, disse ele. E continuou lamentando muito a perda de José/Yaohu’saf.
36. Enquanto isso, chegando ao Egypto, os negociantes de Midian venderam José/Yaohu’saf a Potifar, oficial do Faraó: rei do Egypto. Potifar era o comandante da guarda real.
1. POR ESSE tempo, Judáh/Yaohu’dah saiu de casa, mudando para Adulan. Lá ficou morando na casa de um homem chamado Rira.
2. Logo ficou conhecendo a filha do cananeu Sua. Casou com ela.
3-5. O casal teve três filhos: Er, Onã e Selá. Quando nasceu Selá, a família estava morando em Quezibe. O nome de Er foi escolhido pelo pai, e os outros dois, pela mãe.
6-7. Quando Er, o filho mais velho, cresceu, Yaohu’dah arranjou casamento para ele com uma jovem chamada Tamar. Como, porém, Er levava uma vida perversa aos olhos do CRIADOR, Ele mesmo o fez morrer.
8. Então Judáh/Yaohu’dah disse a Onã, irmão de Er: Case com Tamar, conforme as nossas leis. Assim, os filhos que você e ela tiverem serão herdeiros e sucessores de Er.
9. Onã, porém, não queria ter filhos que não tivessem o nome dele. Por isso, cada vez que se deitava com Tamar, não completava a relação. Deixava cair no chão ou na cama o seu sêmem. Fazia isso para não dar descendentes ao finado irmão dele.
10-11. O CRIADOR reprovou essa atitude, e fez morrer Onã também. Disse Judáh/Yaohu’dah à sua nora Tamar que não se casasse com ninguém. Vá para a casa dos seus pais, e espere que Selá, meu filho, cresça, disse ele. Então ele se casará com você. Mas a intenção de Judáh/Yaohu’dah era evitar que acontecesse com o caçula o que tinha acontecido com os dois irmãos dele. Tamar voltou, pois, para a casa dos pais dela.
12-13. Passou o tempo, e a mulher de Judáh/Yao-hu’dah morreu. Depois que terminou o período costumeiro de luto, Judáh/Yaohu’dah viajou. Ele e seu amigo Rira, o adulamita, foram a Timna, para tosquiar as ovelhas. Alguém contou a Tamar: Sabe? O seu sogro vai a Timna, para tosquiar ovelhas.
14. Tamar andava desanimada, porque Selá já era homem, e nem ele nem o pai dele falavam em casa-mento. Então ela trocou de roupa, deixando de se vestir como viúva. Cobriu o rosto com um véu e se disfarçou bem. Depois ficou sentada à beira da estrada de Timna, perto da entrada da cidade de Enaim. Quem ia para Tinma passava por ali.
15. Quando Judáh/Yaohu’dah chegou naquele ponto, viu a mulher, e pensou que fosse uma prostituta: porque ela estava com o rosto coberto pelo véu.
16. Judáh/Yaohu’dah propôs a Tamar que passasse a noite com ele. Não sabia que era a nora dele. Quanto você me pagará? Perguntou ela.
17. Mandarei a você um cabrito do meu rebanho, respondeu ele. Que garantia me dá de que mandará o pagamento, perguntou Tamar.
18-19. Bem, o que você quer como garantia? indagou ele. Quero o seu selo de identificação com o cordão, e o seu cajado, respondeu ela. Ele deu a ela essas coisas, e os dois dormiram juntos. O resultado foi que ela ficou grávida. Passadas estas coisas, Tamar voltou a se vestir como viúva.
20. Judáh/Yaohu’dah encarregou o amigo adulamita de entregar àquela mulher o cabrito prometido. Também encarregou Hira de conseguir de volta as coisas que tinha deixado com ela como garantia. Mas ele não encontrou a mulher.
21. Perguntou aos homens daquele lugar: Onde posso encontrar aquela prostituta que ficava se oferecendo à beira da estrada, perto de Enaim? Nunca vimos qualquer prostituta ali, respondiam todos.
22. Voltando para Timna, Hira disse a Judáh/Yaohu’dah que não tinha achado a mulher, e lhe contou o que os homens do lugar tinham dito.
23. Pois bem, que ela fique com as minhas coisas, disse Judáh/Yaohu’dah. Fizemos o que podíamos. Se insistirmos nisso, só vão rir de nós.
24. Quase três meses mais tarde, contaram a Judáh/Yaohu’dah que Tamar, a nora dele, devia ter caído em adultério, porque estava grávida. Tragam Tamar para fora, para que morra queimada, gritou Judáh/Yaohu’dah.
25. Quando estavam fazendo isso, ela mandou um recado ao sogro. O recado dizia: O dono deste selo, deste cordão e deste cajado, é o responsável por minha gravidez. Você reconhece essas coisas?
26. Judáh/Yaohu’dah admitiu que eram dele, e disse: Ela é mais correta do que eu. Sim, por que não cumpri minha promessa de fazer o casamento dela com meu filho Selá. Nunca mais Judáh/Yaohu’dah se deitou com Tamar.
27-28. Chegou o tempo do nascimento. Nasceram gêmeos. Quando apareceu a mão de um dos bebês, a parteira amarrou um barbante vermelho no pulso dele, para marcar quem nasceu primeiro.
29. Mas o bebê recolheu a mão, e o outro acabou nascendo primeiro. Como foi que você conseguiu sair?! exclamou ela. Por essa razão deram a ele o nome de Pérets, que quer dizer Brecha.
30. Logo depois nasceu o outro: O que estava com o barbante no pulso. Deram a ele o nome de Zérah, que quer dizer Luz Nascente.
1. QUANDO YAOHU’SAF foi levado para o Egypto, foi vendido pelos ishmaul’itas a Potifar, oficial do Faraó, rei do Egypto. Potifar era o comandante da guarda.
2. O CRIADOR abençoou José/Yaohu’saf, de modo que tinha sucesso em tudo o que fazia, ao prestar serviços na casa do seu dono Potifar.
3. Potifar notou isso. Entendeu que o CRIADOR estava com José/Yaohu’saf de maneira muito especial, dando bons resultados a tudo quanto fazia.
4. Assim José/Yaohu’saf foi favorecido por ele. Pouco tempo depois, já estava na posição de administrador da casa de Potifar, o egypcio, e de todos os bens que ele tinha.
5. Desde a hora em que José/Yaohu’saf foi nomeado administrador, o CRIADOR abençoou Potifar por amor a José/Yaohu’saf. E tudo foi correndo bem, tanto nos negócios da casa como nas plantações e rebanhos.
6. Potifar passou a confiar tanto em José/Yaohu’saf, que deixou tudo por conta dele. A tal ponto, que Potifar não tomava conhecimento de nada. A única coisa que resolvia pessoalmente, era o que levaria à boca para comer! Tudo mais José/Yaohu’saf dirigia e resolvia! José/Yaohu’saf era também um belo rapaz.
7. Passado algum tempo, a mulher de Potifar começou a olhar José/Yaohu’saf com interesse carnal. Chegou mesmo a propor a ele que se deitasse com ela!
8-9. Mas José/Yaohu’saf não caiu na tentação. Disse à mulher: O meu maoro’eh/mestre confiou a mim tudo o que é dele. Ele nem sabe o que existe na casa, porque deixou comigo a responsabilidade total. Tanto assim que ele não é mais do que eu nesta casa. E não me proibiu coisa alguma! É claro que a única coisa que não posso tocar é você, pois é mulher dele. Como poderia fazer essa maldade? Seria um grande pecado contra o CRIADOR!
10. A mulher não desistiu. Todos os dias falava com José/Yaohu’saf, querendo a companhia dele.
11-12. Um dia José/Yaohu’saf foi até à casa para cuidar de uns negócios. A mulher estava sozinha. Ninguém estava por perto. Então ela segurou José/Yaohu’saf pela roupa, dizendo: Venha deitar comigo! Mas José/Yaohu’saf fugiu para fora da casa, e a roupa dele ficou nas mãos da mulher.
13-15. Quando a mulher viu que ele tinha fugido, e que estava com uma peça de roupa dele, pôs-se a gritar. Os outros homens que trabalhavam na casa chegaram, atendendo aos gritos dela. Disse a mulher: Vejam só! O meu marido trouxe para casa esse hebreu, só para ofender a gente! Pois não é que ele quis me forçar a dormir com ele?! Mas eu gritei o mais alto que pude. Quando ele viu que eu gritava sem parar, fugiu, esquecendo a roupa dele aqui.
16. Ela guardou a roupa de José/Yaohu’saf, até quando Potifar voltou para casa.
17-18. Então contou ao marido a mesma história. Disse ela: Esse escravo hebreu que você trouxe para casa, veio me ofender. Mas como eu gritei, ele fugiu para fora, deixando a roupa dele ao meu lado.
19-20. Ouvindo isso, Potifar ficou furioso. Mandou prender Yaohu’saf na cadeia usada para os prisioneiros do rei.
21-22. Mas o CRIADOR estava com José/Yaohu’saf, e derramou Sua bondade sobre ele. O CRIADOR fez com que o carcereiro simpatizasse com José/Yaohu’saf. Assim, o carcereiro encarregou José/Yaohu’saf de cuidar de todos os presos que estavam naquela prisão. E José/Yaohu’saf fazia tudo o que era preciso fazer ali.
23. O carcereiro deixou de ter preocupação com o que acontecia na cadeia, porque José/Yaohu’saf cuidava de tudo. O CRIADOR estava com ele. Por isso, tudo o que fazia dava certo, e as coisas corriam bem.
1. ALGUM TEMPO depois, o chefe dos garçons e o padeiro-chefe do palácio real ofenderam o rei do Egypto.
2-3. Foram parar na cadeia, por isso. Faraó mandou prender os dois na casa do comandante da guarda. Quer dizer que ficaram na mesma prisão onde estava José/Yaohu’saf.
4. Ficaram lá presos por algum tempo. O comandante da guarda encarregou José/Yaohu’saf de cuidar deles.
5. Aconteceu que, certa noite, os dois prisioneiros sonharam. O chefe dos garçons e o chefe dos padeiros perceberam que cada sonho tinha um sentido diferente. Eram sonhos que precisavam de interpretação.
6-7. Na manhã do dia seguinte, José/Yaohu’saf notou que eles estavam preocupados. Que aconteceu, perguntou Yaohu’saf. Por que vocês estão tristes?
8. Eles responderam: Nós dois tivemos sonhos essa noite, mas ninguém aqui é capaz de dizer o que eles significam. Ora, interpretar sonhos é coisa que pertence ao ETERNO, disse José/Yaohu’saf. Que foi que vocês sonharam?
9-11. O chefe dos garçons contou a José/Yaohu’saf o sonho que tinha tido. Disse ele: Sonhei que na minha frente estava um pé de uvas, com três galhos. E vi que a planta estava produzindo flores e frutas. Os cachos já davam uvas maduras. O copo do rei estava comigo. Então espremi as uvas no copo e o entreguei nas próprias mãos do Faraó.
12-13. Eu sei o sentido do sonho, disse José/Yaohu’saf. Os três galhos simbolizam três dias. Dentro de três dias, Faraó vai mandar soltar você. E você tornará a trabalhar como chefe dos garçons do palácio.
14-15. Agora, escute. Quando sair daqui, faça o favor de falar bem de mim ao rei, para que me mande soltar. Porque o certo é que fui sequestrado e trazido para longe do povo hebreu: ao qual pertenço. E não fiz nada para merecer esta prisão.
16-17. O chefe dos padeiros ficou entusiasmado, quando ouviu a boa interpretação. Por isso contou o sonho dele a José/Yaohu’saf. No meu sonho, disse ele, vi três cestas de pão branco empilhados em cima da minha cabeça. A cesta de cima estava cheia daquelas coisas gostosas que o rei costuma comer. Mas as aves vieram e comeram tudo.
18-19. As três cestas significam três dias, disse José/Yaohu’saf. Dentro de três dias Faraó vai mandar cortar a sua cabeça. Depois vai mandar pendurar você num poste, e as aves vão comer a sua carne!
20. Três dias depois se comemorava o aniversário do nascimento de Faraó. Ele deu uma grande festa a todos os oficiais e a todo o pessoal de serviço no palácio. No meio da festa, o rei declarou que perdoava o chefe dos garçons, e condenou à morte o chefe dos padeiros.
21-23. Assim o chefe dos garçons voltou ao seu trabalho, voltou a servir pessoalmente a Faraó. Mas o chefe dos padeiros foi morto no alto de um poste: como José/Yaohu’saf tinha dito. Entretanto, o chefe dos garçons esqueceu José/Yaohu’saf depressa. Não pensou mais nele!
1. DEPOIS DE DOIS anos completos, Faraó teve um sonho. No sonho ele se viu de pé, na margem do rio Nilo.
2. E viu sair das águas sete lindas vacas gordas. E elas ficaram pastando no capinzal.
3-4. Viu também sete vacas feias e magras saindo do rio. Foram atrás das gordas e ficaram paradas perto delas, na beira do rio. Depois as vacas magras comeram as gordas! Nesse ponto, Faraó acordou.
5-6. Depois dormiu de novo e teve outro sonho. Sonhou que num só talo nasciam sete espigas cheias e boas. E em seguida nasceram mais sete espigas no mesmo talo, Mas estas não eram bem desenvolvidas, e estavam queimadas pelo vento leste.
7. E as espigas feias devoraram as espigas boas. Nisso Faraó acordou, e viu que não passava de um sonho.
8. De manhã Faraó ficou preocupado com os sonhos que tinha tido. Mandou chamar todos os mágicos e todos os sábios do Egypto. Contou a eles os sonhos, mas ninguém pôde dizer o sentido deles.
9. Só então o chefe dos garçons se lembrou de falar de José/Yaohu’saf a Faraó. Disse ele: Lembro agora o meu pecado!
10. Já faz tempo, Vossa Majestade ficou irritado comigo e com um colega meu de serviço, o chefe dos padeiros. Nós dois ficamos presos na cadeia da casa do comandante da guarda.
11. Uma noite, nós dois sonhamos, e contamos os nossos sonhos a um jovem hebreu escravo do chefe da guarda que estava lá, e ele interpretou os dois.
13. Pois bem, aconteceu tudo o que ele disse! Eu voltei para o meu cargo, e o outro foi enforcado: como aquele moço tinha dito.
14. Faraó mandou buscar José/Yaohu’saf. Foram logo tirar o preso da cela. Yaohu’saf fez a barba, trocou de roupa, e se apresentou a Faraó.
15. Disse o rei: Tive um sonho, e ninguém consegue dizer o que significa. Ouvi dizer que você é capaz de interpretar sonhos.
16. Eu mesmo não posso fazer isso, disse Yaohu’saf. Mas o CRIADOR dirá ao rei o sentido do sonho.
17-21. Então Faraó contou o sonho a Yaohu’saf. Sonhei que estava de pé, na beira do rio Nilo. De repente vi que sete vacas belas e gordas saíram do rio e ficaram pastando no capinzal da margem. Logo depois saíram outras vacas: mas estas eram fracas, feias e magras. Nunca vi outras vacas tão feias como essas, em todo o território do Egypto! E as vacas magras comeram as gordas! E para meu espanto, notei que as vacas continuaram magras, depois de terem comido as outras! Então acordei.
22-24. Mas a coisa não parou aí, disse o Faraó. Tornei a dormir e tive outro sonho. Sonhei que de um só talo saíam sete espigas boas e cheias de grãos. Depois nasceram no mesmo talo sete espigas feias, secas, queimadas pelo vento leste. Aconteceu que as sete espigas feias devoraram as sete espigas boas. Contei os sonhos aos mágicos, mas ninguém foi capaz de dizer o sentido deles.
25. Os dois sonhos são um só, disse Yaohu’saf. Pelo sonho UL quis contar a Faraó o que Ele vai fazer.
26-27. As sete vacas boas simbolizam sete anos. A mesma coisa as espigas boas, porque o sonho é só um. Também as sete vacas magras que apareceram depois das vacas gordas simbolizam sete anos de fome. As espigas feias que apareceram depois das espigas, boas simbolizam também sete anos de miséria.
28. Justamente o que acabo de dizer a Faraó é o que o CRIADOR vai fazer, e revelou ao rei.
29-31. Vamos ter de agora em diante sete anos de muita fartura em todo o território egypcio. Depois vamos ter sete anos de fome. A miséria será tanta que ninguém vai nem lembrar a fartura anterior. E a terra ficará morta e sem frutos. A crise será terrível, e a miséria será grande demais!
32. O sonho foi duplo para mostrar que essas coisas foram determinadas pelo CRIADOR, e que Ele vai fazer isso logo.
33-36. Agora dou, esta sugestão a Faraó: Faraó deve escolher um homem sensato e inteligente. Ele deverá ter autoridade sobre o país inteiro. O rei deve nomear também administradores em todas as regiões da nação. Os administradores cobrarão o imposto especial de um quinto de toda a produção, durante os sete anos de fartura. Toda a mercadoria recebida será guardada em armazéns e depósitos: como propriedade do rei, Assim o povo poderá ser sustentado com as provisões de Faraó, durante os sete anos de fome que virão. E a nação sobreviverá à crise.
37. Faraó e os seus oficiais gostaram do conselho dado por Yaohu’saf.
38. Mostrando sua apreciação, Faraó disse aos oficiais: Onde poderíamos achar outro homem como este? Logo se vê que o Ru’kha UL’HIM está nele!
39. Depois o rei disse a Yaohu’saf: Como UL fez você ficar sabendo tudo isto, é claro que não existe ninguém que seja tão sensato e inteligente como você.
40-41. Por isso, você será o administrador da minha casa e do Meu povo. Todo o Meu povo obedecerá as suas ordens, como se você fosse eu mesmo. Só no trono real eu serei maior do que você. Digo e repito: Dou autoridade a você sobre todo o território do Egypto.
42. E para demonstrar bem isso, Faraó passou das palavras à ação. Tirou do dedo o anel com o timbre do selo real e pôs o anel no dedo de Yaohu’saf. Mandou dar a ele finas roupas de linho, e colocou no pescoço dele um colar de ouro: como era costume entre os homens poderosos daquele tempo.
43. Faraó saiu com o séquito real, e fez com que Yaohu’saf ocupasse a segunda carruagem: primeiro o rei e logo depois Yaohu’saf! Além disso, o rei mandou gente na frente, gritando, a todos: Prestem homenagem a Yaohu’saf! Fiquem inclinados diante dele! Foi desse jeito que Faraó deu posse a Yaohu’saf, como autoridade superior sobre toda a nação!
44. Quando parecia que não restava mais nada a Faraó fazer, ele disse a Yaohu’saf: Eu sou Faraó. Mas ninguém vai mover a mão ou o pé sem a sua ordem. Quer dizer que, em todo o Egypto, ninguém poderá tomar nenhuma iniciativa sem a sua expressa autorização.
45. Faraó deu a Yaohu’saf o título de Zafenate-Panéia, que quer dizer Aquele que sustenta a vida: título apropriado para o Administrador Geral da nação. E para completar as honrarias, Faraó deu Azenate em casamento a Yaohu’saf. Ela era filha de Potífera, sacerdote de Om. Yaohu’saf não perdeu tempo: tratou de percorrer logo todo o território do Egypto.
46. Nessa ocasião ele estava com trinta anos de idade.
47. Começaram os sete anos de fartura, e a terra teve enorme produção.
48. Yaohu’saf foi juntando todo o mantimento que pôde, em todo o território do Egypto. Isso durante os sete anos. O mantimento foi guardado nas cidades egypcias, tirado dos campos em derredor. Yaohu’saf fez com que em cada cidade fossem armazenadas as produções das lavouras que ficavam perto dela.
49. Assim, foi enorme a quantidade de mantimento que Yaohu’saf conseguiu armazenar. Como a areia do mar! Foi tanto mantimento, que já não podiam contar! Foi além de todas as medidas!
50. Antes de chegar o período de fome, Azenate, mulher de Yaohu’saf, teve dois filhos.
51. Ao primeiro Yaohu’saf, deu o nome de Manassés/Menashe, que quer dizer Que Faz Esquecer. Ao dar esse nome, Yaohu’saf disse: o CRIADOR fez com que eu esquecesse a casa do meu pai, e todos os sofrimentos que tive.
52. Ao segundo filho Yaohu’saf deu o nome de Efraim/Efrohim, que quer dizer Fruto em Dobro. Disse Yaohu’saf na ocasião: o CRIADOR me fez progredir na terra onde passei por aflições.
53-54. Depois dos sete anos de fartura no Egypto, começaram os sete anos de fome, como Yaohu’saf tinha dito. Aconteceu, pois, que todos os países tiveram grande miséria. Só no Egypto o povo tinha com que se alimentar.
55. Porque, quando o povo egypcio começou a passar necessidades, clamou a Faraó. E a todos os egypcios que pediam socorro a Faraó, ele dizia: Procurem Yaohu’saf, e façam o que ele disser.
56. Atendendo à crise geral, Yaohu’saf mandou abrir todos os depósitos e começou a vender mantimento aos egypcios.
57. Além disso, gente dos outros países vinha ao Egypto e comprova provisões de Yaohu’saf. Porque não foi só no Egypto, nem só por perto do Egypto, que a fome dominou. A fome dominou o mundo inteiro!
1-3. YAOHU’KAF FICOU sabendo que no Egypto não havia falta de mantimento. Então disse aos filhos dele: Vocês acham que adianta ficar olhando uns para os outros, sem fazer nada? Ouvi dizer, continuou Yaohu’kaf, que o Egypto tem cereais armazenados. Vão lá comprar mantimento, se não, acabaremos morrendo de fome. Dez irmãos de Yaohu’saf foram comprar cereal no Egypto.
4. Yaohu’kaf não deixou ir Benyamín, o filho menor, irmão de Yaohu’saf por parte de pai e de mãe. Yaohu’kaf reteve Benyamín, dizendo: Convém que ele fique, pois poderia acontecer algum desastre a ele.
5. Iam caravanas de Canaan/Kena’anu para o Egypto, para resolver o problema da fome. E lá foram também os filhos de Yaoshor’ul.
6. Yaohu’saf era o governador do Egypto. Era ele que fazia as vendas, e os irmãos de Yaohu’saf foram então à sua presença quando chegaram, e se inclinaram diante dele!
7. Yaohu’saf logo reconheceu os irmãos, mas não disse nada quanto a isso. Falou secamente com eles, perguntando por meio de intérprete: De onde vocês vêm? Eles responderam: Da terra de Canaan/Kena’anu. Viemos comprar mantimento.
8. Yaohu’saf reconheceu os irmãos dele, mas eles não reconheceram Yaohu’saf.
9-10. Yaohu’saf lembrou os sonhos que tinha tido sobre eles. Disse aos irmãos: Vocês são espiões. Estão querendo descobrir os pontos fracos do Egypto. Não, maoro’eh/mestre! responderam eles. Estes seus servidores vieram aqui para comprar mantimento, e só.
11. Somos todos irmãos, por parte de pai. Somos gente honesta. Não somos espiões.
12. Yaohu’saf insistiu: Nada disso! O que vieram fazer é outra coisa. Vocês querem conhecer os pontos fracos do pais.
13. Nós, que somos seus servidores, disseram eles, somos de uma família de doze irmãos, todos filhos de um homem que mora em Canaan/Kena’anu. Estamos dez aqui. O mais novo de todos ficou com o pai. O outro não existe mais.
14. Não adiantou. Yaohu’saf continuou dizendo: Não. Vocês não mudarão o que penso. Vocês são espiões.
15. Bem, prosseguiu ele, Há um jeito de provar o que dizem. Mas garanto pela vida de Faraó: que vocês não sairão daqui enquanto não apresentarem a prova. E a prova é esta: Tragam aqui o seu irmão mais novo.
16. Um de vocês vai buscar o rapaz. Enquanto isso vocês vão ficar detidos aqui. Assim ficará provado se vocês disseram a verdade. E se não: pela vida de Faraó: terei certeza de que são espiões.
17. Dizendo isso, mandou prender todos eles numa cadeia.
18. Três dias depois, Yaohu’saf tornou a falar com eles. Disse: Vou dar oportunidade a vocês para salvarem a vida: pois eu tenho temor do ETERNO, façam isto:
19. Se vocês são honestos, deixem um aqui na prisão, enquanto os outros vão levar mantimento para saciar a fome dos seus familiares.
20. Depois voltarão para cá, trazendo o irmão mais novo. Assim vocês provarão o que estão dizendo, e não serão mortos. Eles concordaram.
21. Naquela hora os irmãos de Yaohu’saf lembraram o mal que tinham feito. Bem merecemos o que está acontecendo, disseram. Pesa sobre nós a culpa do que fizemos ao nosso irmão. Vimos quanto ele sofreu! Ele suplicava tanto que tivéssemos dó, e nós não fizemos caso! Agora estamos pagando tudo. Agora passamos por esta angústia!
22. Vocês decerto lembram o que falei na ocasião, disse Rúben/R’ul-iben. Eu disse que não pecassem contra o rapaz. Mas vocês não quiseram escutar. Pois agora vejam! Temos de pagar pelo sangue dele!
23. Eles nem desconfiaram que Yaohu’saf estava entendendo tudo o que falavam. Não desconfiaram porque, quando Yaohu’saf falava com eles, usava intérprete, como se não soubesse a língua dos hebreus.
24. Yaohu’saf saiu um pouco, e chorou. Depois voltou para falar com os irmãos, e algemou Simeão/Sham’ul na frente deles.
25. Yaohu’saf deu ordens para que enchessem de cereal os sacos que os irmãos dele tinha trazido para as compras. Mandou devolver o pagamento deles, colocando o dinheiro dentro dos sacos de mantimento. Além disso, mandou preparar alimento para a viagem deles. Os criados fizeram tudo o que Yaohu’saf mandou.
26. Os filhos de Yaohu’kaf puseram os sacos de mantimento nos lombos dos jumentos, e foram embora.
27. Quando estavam alojados numa hospedaria da estrada, um dos irmãos foi alimentar o jumento dele. Ao abrir um saco para tirar cereal, achou o dinheiro na boca do saco.
28. Vejam só, disse ele. Devolveram o meu dinheiro! Encontrei na boca do saco de mantimento. Os outros quase desmaiaram. Ficaram olhando uns para os outros, cheios de medo. E disseram: Que será que o CRIADOR quer fazer conosco?
29-30. Continuaram a viagem para a terra de Canaan/Kena’anu. Chegando em casa, contaram ao pai tudo o que tinha acontecido. O governador do Egypto foi duro conosco, disseram eles a Yaohu’kaf. Ele ficou dizendo que estávamos lá como espiões!
31-32. Nós dissemos: ‘Somos gente honesta. Não somos espiões! Somos doze irmãos por parte de pai. Um não existe mais, e o menor está em casa, na terra de Canaan/Kena’anu’.
33-34. Mas aquele homem, que é a maior autoridade do Egypto, respondeu: ‘Só vejo um modo de vocês provarem que são honestos. Um de vocês fica detido aqui. Os outros podem ir para casa, levando mantimento para socorrer as famílias de cada um. Depois vocês vão ter de voltar para cá, trazendo o irmão mais novo. Se fizerem isso, ficará provado que estão sendo sinceros. Aí soltarei o seu irmão, e vocês poderão negociar à vontade no Egypto. ‘
35. Depois de contarem a história toda, despejaram os sacos de mantimento no depósito. Aí viram o dinheiro de todos eles, amarrado em pequenos pacotes. O pai e os filhos ficaram cheios de medo.
36. Então disse Yaohu’kaf: Vocês me deixaram sem dois filhos. Yaohu’saf não existe mais, e Simeão/Sham’ul está longe. E agora querem levar Benyamín! Como posso aguentar todas estas coisas?!
37. Foi quando Rúben/R’ul-iben falou ao pai: Pode deixar que eu levo Benyamín, e o trago de volta. Se eu não cumprir minha palavra, pode matar os meus dois filhos!
38. O meu filho não sairá daqui com vocês, respondeu Yaohu’kaf. Morreu o irmão dele, e ele ficou sozinho. É o que me resta. Se ele for e acontecer algum desastre com ele na viagem, vocês me farão morrer cheio de tristeza!
1. A FOME continuava, e cada vez mais grave!
2. Depois de algum tempo, acabou a provisão que os filhos de Yaoshor’ul tinham trazido do Egypto. Disse Yaohu’kaf a eles: Vocês precisam ir lá de novo, para comprar mais mantimento.
3-5. Disse Judáh/Yaohu’dah: Não dá, pai! O governador falou de um jeito que não deixa dúvidas. Ele afirmou: ‘Não adianta nem querer falar comigo, se o seu irmão menor não vier junto’. Por isso, se o maoro’eh/mestre resolver deixar Benyamín ir conosco, nós vamos. Se não, não. Pois, como já disse, o governador afirmou que não nos receberá, se o nosso irmão mais novo não for conosco.
6. Por que vocês tinham que falar a ele de Benyamín, disse Yaohu’kaf. Por que me feriram deste jeito?
7. É que o homem ficou perguntando e perguntando, disseram eles. Kish saber tudo sobre nós e os nossos parentes. Ele perguntou: ‘Seu pai é vivo? Vocês têm outro irmão’? E assim por diante. Só respondemos às perguntas dele. Como podíamos adivinhar que ele ia sair com esta exigência: ‘Tragam o seu irmão’?
8-10. Judáh/Yaohu’dah tornou a falar com seu pai Yaoshor’ul. Disse ele: Deixe o rapaz aos meus cuidados. Sairemos logo para trazer alimento: para que não morramos de fome, nem nós, nem o maoro’eh/mestre, nem as nossas crianças. Eu fico responsável por ele. O maoro’eh/mestre me fará prestar contas. Se eu não trouxer de volta Benyamín são e salvo, pode lançar sobre mim a culpa toda. E poderá me tratar como culpado para sempre. Mas não nos faça demorar mais! Se tivéssemos ido, já estaríamos de volta a estas horas!
11-14. Parece que não tenho escolha, disse Israel/Yaoshor’ul. Como tem de ser assim, assim será. Mas tratem de levar os melhores presentes possíveis para aquele homem. Levem dos produtos mais preciosos deste território. Levem mel, perfumes finos, ervas e sementes aromáticas, goma e amêndoas. Não se esqueçam de levar dinheiro em dobro. Assim poderão devolver o pagamento da primeira compra e garantir bem a compra que agora vão fazer. Pode ser que o dinheiro que veio nos sacos tenha sido posto lá por engano. Levem dinheiro suficiente. E levem Benyamín. Preparem tudo depressa, e comecem logo a viagem para o Egypto. Que o Todo-poderoso UL derrame graça e misericórdia sobre vocês, ao encontrarem aquele homem. Para que ele liberte Simeão/Sham’ul e deixe Benyamín voltar com vocês. Aqui fico eu esperando. E se tiver de perder meus filhos, que perca!
15. Os homens pegaram os presentes e o dinheiro em dobro. Depois dos preparativos, saíram para o Egypto. E Benyamín foi também. Logo que chegaram, foram falar com o governador Yaohu’saf.
16. Quando Yaohu’saf viu que Benyamín estava entre eles, deu ordens ao mordomo da casa dele. Disse: Leve estes homens para casa e prepare um grande almoço. Mande matar umas cabeças de gado para isso. Prepare bem tudo, porque estes homens vão almoçar comigo hoje, ao meio-dia.
17. O mordomo obedeceu, e levou os homens para a casa de Yaohu’saf.
18. Os filhos de Yaoshor’ul ficaram com medo, quando viram que estavam na casa do governador geral do Egypto. Diziam uns aos outros: Estamos aqui por causa do dinheiro que voltou conosco nos sacos de mantimento. Decerto ele vai fazer acusação contra nós, vai transformar a gente em escravos, e vai confiscar os nossos jumentos.
19. Resolveram falar com o mordomo sobre isso, ali mesmo, à entrada da casa.
20-22. Disseram: Ah, maoro’eh/mestre! Uma vez, viemos comprar mantimento. Compramos, pagamos e fomos embora. Quando paramos numa hospedaria, encontramos todo o dinheiro nos sacos de mantimento. Agora estamos aqui de novo, e trouxemos de volta aquele dinheiro. Isso, além do dinheiro para comprar mais mantimento. Não sabemos quem colocou o dinheiro nos sacos.
23. Mas o mordomo disse: Fiquem tranquilos. Não tenham medo. O UL de vocês e dos seus pais é que deu o precioso presente que vocês acharam nos sacos de cereais. O pagamento que vocês fizeram chegou às minhas mãos. As contas estão em ordem. Dizendo isto, o mordomo soltou Simeão/Sham’ul e o levou à presença deles.
24. Depois, fez os homens entrarem na casa de Yaohu’saf. Ofereceu água para se lavarem, e deu ração aos jumentos.
25. Os filhos de Yaohu’kaf se lavaram, e prepararam o presente para dar ao governador, quando ele chegasse em casa. Porque tinham ficado sabendo que Yaohu’saf viria ao meio-dia para almoçar com eles.
26. Quando o dono da casa chegou, eles deram a ele o presente, e ficaram inclinados diante dele, com os rostos em terra.
27. Yaohu’saf quis saber como estavam eles, e em seguida perguntou: Vocês me falaram do seu velho pai. Como vai ele? Ainda vive?
28. O seu servidor, nosso pai, vive ainda, e vai bem, responderam eles. E tornaram a baixar a cabeça, continuando inclinados.
29. Yaohu’saf dirigiu a atenção para Benyamín, irmão dele por parte de pai e de mãe. Perguntou aos outros: Vocês me falaram também do seu irmão mais novo. É este? E sem esperar resposta, disse a Benyamín: o CRIADOR o abençoe, meu filho, e lhe dê a graça divina.
30. Nesse ponto, Yaohu’saf não aguentava mais a emoção. Saiu às pressas, procurando um lugar para chorar. Estava tremendo por dentro! Correu para um quarto, e chorou.
31. Depois se lavou e saiu. Conseguiu dominar as emoções, e mandou servir o almoço.
32. Embora estivessem à mesma mesa, foram servidos separadamente. Primeiro Yaohu’saf, depois os irmãos dele, e depois os egypcios que estavam almoçando ali. Porque os egypcios não podiam comer junto com hebreus. Seria uma verdadeira mancha na vida deles, se fizessem isso!
33. Yaohu’saf determinou os melhores lugares: na frente dele: para o irmão mais velho e para o mais novo. Isto causou certo espanto aos filhos de Yaoshor’ul.
34. Na hora da distribuição das porções, notaram que a porção dada a Benyamín era cinco vezes mais do que a dos outros. O almoço foi alegre. Os irmãos de Yaohu’saf comeram e beberam bem, e passaram bons momentos com ele.
1-2. MAIS TARDE Yaohu’saf deu novas ordens ao mordomo. Disse ele: Dê a estes homens o máximo de mantimento que eles puderem levar. Ponha o dinheiro deles na boca de cada saco de cereal. Agora preste atenção! Ponha o meu copo de prata na boca do saco de mantimento do rapaz mais novo, junto com o dinheiro do pagamento. E foi feito tudo o que Yaohu’saf mandou.
3. Os irmãos saíram de manhã de volta para casa, levando os jumentos carregados de provisões.
4-5. Ainda não estavam muito longe da cidade, quando Yaohu’saf disse ao mordomo: Vá atrás daqueles homens. Quando os alcançar, diga: Por que vocês agiram mal assim? O meu maoro’eh/mestre foí tão generoso com vocês! Por que roubaram coisas dele? Até o copo que ele usa para as adivinhações! Vocês agiram mal mesmo!
6. O mordomo foi e fez o que Yaohu’saf mandou.
7-9. O que você quer dizer com tudo isso? disseram os homens. Que espécie de gente você pensa que somos, para nos acusar desse jeito? Não devolvemos o dinheiro que achamos nos sacos de mantimento? Então, por que haveríamos de roubar prata ou ouro da casa do seu maoro’eh/mestre? Pois bem, se você achar o tal copo com algum de nós, que morra o culpado! E os restantes serão escravos do seu maoro’eh/mestre para sempre!
10. Toda essa proposta está bem, disse o homem, menos uma coisa: só o ladrão ficará como escravo. Os outros poderão ir embora livremente.
11. Trataram de baixar logo os sacos ao chão, abrindo um por um.
12. O mordomo examinou as cargas, começando da carga do mais velho e indo até à do mais novo. E para espanto geral, encontrou o copo no saco de mantimento de Benyamín!
13. Os filhos de Yaoshor’ul rasgaram as roupas, de desespero, carregaram os jumentos e voltaram para a cidade.
14. Yaohu’saf ainda estava em casa quando chegaram Judáh/Yaohu’dah e os irmãos dele. E os hebreus se lançaram ao chão, diante dele.
15. O que vocês estavam querendo fazer, perguntou Yaohu’saf. Vocês não sabiam que eu sou capaz de adivinhar o que aconteceu?
16. Disse Judáh/Yaohu’dah: Nem sabemos o que responder ao meu maoro’eh/mestre! Que poderíamos falar? Como poderíamos provar que somos inocentes? o CRIADOR nos está castigando por nossos pecados. CRIADOR, aqui estamos. Somos seus escravos, nos todos, incluindo aquele que estava com o copo de prata.
17. De modo nenhum, disse Yaohu’saf. Não seria justo. O homem que roubou o copo ficará como meu escravo. Os outros estão livres, e poderão ir para casa, para o seu pai.
18. Então Judáh/Yaohu’dah chegou mais perto dele e disse: Ah, meu maoro’eh/mestre! Deixe-me dizer uma palavra. Bem sei que me pode destruir num instante, como se fosse o próprio Faraó!
19. O meu maoro’eh/mestre perguntou se tínhamos pai ou irmão, e nós dissemos que sim.
20. Dissemos: ‘Nosso pai já é bem idoso. E com ele ficou o filho mais novo que nasceu quando o pai já tinha bastante idade. Eram dois irmãos, por parte de pai e de mãe. Só ficou ele, porque o outro morreu. E o pai gosta demais dele!’
21. Mas o maoro’eh/mestre disse a estes seus servos: ‘Tragam o rapaz, para que eu o veja. ‘
22. Nós dissemos: ‘Maoro’hé, o moço não pode sair de perto do pai, se não, ele morre!’
23. Mas o maoro’eh/mestre nos disse: ‘Se o seu irmão mais novo não vier, nunca mais receberei vocês. ‘
24. Assim, voltamos para casa e transmitimos as suas palavras ao nosso pai.
25-26. Quando ele nos mandou comprar mais mantimento no Egypto, nós dissemos: ‘Não podemos ir sem o nosso irmão mais novo. Só iremos se ele for também. Porque o governador afirmou que não nos receberia, se fôssemos sem o rapaz. ‘
27-29. A isso nosso pai nos disse: ‘Vocês sabem que minha mulher me deu dois filhos. Um deles desapareceu. Acabei achando que ele foi despedaçado por algum animal selvagem. Se levarem este outro embora, e se acontecer algum desastre a ele, morrerei com o coração cheio de tristeza. ‘
30-31. Ah, maoro’eh/mestre, continuou Yaohu’dah: se eu voltar sem o rapaz! Quando o nosso pai perceber que Benyamín não está conosco, morrerá certamente. Porque está muito apegado ao rapaz. E por nossa culpa os cabelos brancos do nosso pai irão com tristeza para o túmulo!
32-34. Maoro’eh, eu me ofereci a meu pai para tomar conta de Benyamín. Disse eu: ‘Se eu não trouxer o moço de volta, carregarei a culpa para sempre’. Agora, o que peço, maoro’eh/mestre, é isto: Deixe que eu fique aqui como escravo, no lugar do rapaz, e deixe que ele volte para casa com os outros irmãos. Pois, como eu poderei encarar o meu pai, se Benyamín não for comigo? Eu não suportaria ver o sofrimento do meu pai!
1-2. YAOHU’SAF NÃO podia mais aguentar tudo aquilo. Saiam todos vocês, ordenou ele a todos os que estavam ali. E ficaram somente Yaohu’saf e os irmãos dele. Então Yaohu’saf chorou. E as exclamações e os soluços eram tão altos, que podiam ser ouvidos pelos egypcios que estavam nas outras partes da casa. Até do palácio de Faraó podiam ouvir Yaohu’saf chorando!
3. Eu sou Yaohu’saf, disse ele aos irmãos. Meu pai ainda está vivo? Mas os irmãos nem puderam responder, tal foi o espanto.
4. Cheguem mais perto, disse Yaohu’saf. Eles chegaram. Yaohu’saf continuou: Eu sou Yaohu’saf, o irmão que vocês venderam ao Egypto.
5. Agora, nada de tristeza! E não fiquem com raiva de vocês mesmos, por me terem vendido. O CRIADOR me mandou na frente de vocês para conservar a vida, por meu intermédio.
6. Porque o mundo já passou por dois anos de fome, e a fome vai durar mais cinco anos. Durante este período de tempo, ninguém terá plantações nem colheitas.
7. O CRIADOR me mandou primeiro que vocês. Fez isso para continuar a sua linhagem e os seus descendentes, e para manter a vida de vocês por meio de um grande livramento.
8. Assim se vê que não foram vocês que me mandaram para cá mas, sim, o CRIADOR. E o CRIADOR fez de mim um verdadeiro pai para Faraó, maoro’eh/mestre da casa dele e governador de todo o território egypcio.
9-11. Agora, não percamos tempo! Vão depressa para casa e digam ao meu pai que Yaohu’saf, o filho dele, mandou este recado: O CRIADOR fez de mim o maoro’eh/mestre de todo o território do Egypto. Venha para cá o quanto antes. Uma região boa para o maoro’eh/mestre morar é a terra de Gósen. Assim o maoro’eh/mestre estará sempre perto de mim. Não só o maoro’eh/mestre, mas também os seus filhos, os seus netos, os seus rebanhos, o seu gado: enfim, tudo que o maoro’eh/mestre tem. Vindo para cá, será fácil providenciar o seu sustento. Porque vamos ter ainda cinco anos de fome universal. Faça o que estou dizendo, para que não caia a pobreza sobre o maoro’eh/mestre, a sua família e tudo o que é seu. ‘
12. Vocês: que são filhos de Yaoshor’ul como eu: podem ver com os seus próprios olhos que eu sou mesmo Yaohu’saf. E Benyamín: que é filho de Raquel/Roqa’ul como eu também vê com os seus próprios olhos que é verdade o que estou dizendo.
13. Descrevam ao meu pai a brilhante posição em que estou no Egypto. Contem a ele tudo o que vocês viram. Mas não se demorem. Vão logo buscar o meu pai!
14. Acabando de falar estas coisas, Yaohu’saf se lançou ao pescoço de Benyamín, e chorou. Ali ficaram os dois abraçados e chorando.
15. Depois Yaohu’saf, chorando ainda, beijou todos os irmãos dele. Só então eles puderam falar com Yaohu’saf.
16. A notícia correu e chegou ao palácio real. Estão aqui os irmãos de Yaohu’saf, comentavam. Faraó gostou da notícia.
17-18. Disse ele a Yaohu’saf: Diga a seus irmãos: Carreguem os seus animais e voltem à terra de Canaan/Kena’anu. Chamem o seu pai e as suas famílias, e tragam todos eles para cá. Venham falar comigo, e eu darei a vocês terras do melhor tipo. E vocês terão sustento com fartura.
19. Não parou aí a boa vontade de Faraó. Disse ele ainda Yaohu’saf: Diga a seus irmãos que levem carruagens para a viagem das crianças e das mulheres.
20. Diga também que não fiquem preocupados com a questão de propriedades e bens, porque o que há de melhor no Egypto será deles.
21. Os filhos de Yaohu’kaf seguiram as instruções que receberam. Yaohu’saf deu carruagens a eles: como Faraó tinha mandado: e provisão para a viagem.
22. Além disso, deu a cada irmão trajes próprios para festas. Mas a Benyamín deu trezentas moedas de prata e cinco trajes próprios para ocasiões festivas.
23. Yaohu’saf mandou para o pai dele dez jumentos carregados dos melhores produtos do Egypto, e dez jumentos carregados de cereais e pães. Isto fora a provisão que mandou para a viagem de Yaohu’kaf para o Egypto.
24. Feito isto, Yaohu’saf despediu os irmãos. Quando iam saindo, disse: Olhem lá! Não briguem durante a viagem!
25. Assim os filhos de Yaoshor’ul saíram do Egypto e foram para casa.
26. Lá chegando, disseram a Yaohu’kaf: Veja só, pai! Yaohu’saf está vivo! Ele é o governador de todo o território do Egypto! O coração de Yaohu’kaf quase parou. Ele nem podia acreditar no que estava ouvindo!
27. Mas teve de acabar acreditando. Sim, porque os filhos foram repetindo tudo o que Yaohu’saf tinha falado. Além disso, ali estavam as carruagens que Yaohu’saf tinha mandado para transportar a família. Quando Yaohu’kaf viu que era verdade mesmo, como que renasceu. O espírito dele ganhou nova vida.
28. Disse Yaoshor’ul: Não precisam falar mais nada! Meu filho ainda vive! Vou logo para lá, pois quero ver Yaohu’saf antes de morrer.
1. PASSANDO DAS palavras à ação, Yaoshor’ul partiu com tudo o que tinha. Parou primeiro em Beer-Shevah. Ali apresentou ofertas queimadas ao UL do seu pai Yahtzk’haq.
2. Ainda em Beer-Shevah, o CRIADOR falou de noite com Yaoshor’ul, por meio de visões. Disse o CRIADOR: Yaohu’kaf! Yaohu’kaf! Ele respondeu: Eis-me aqui.
3-4. Disse o CRIADOR: Eu sou o CRIADOR, o UL do seu pai. Não tenha medo de ir para o Egypto, porque lá mesmo eu vou fazer de você uma grande nação. Estarei com você na viagem de ida e na viagem de volta, porque chegará o dia em que farei os seus descendentes saírem de lá. E você vai ter este consolo: A mão de Yaohu’saf fechará os seus olhos.
5-7. Deixou então Beer-Shevah e os filhos trouxeram-no até ao Egypto, assim como todas as suas famílias, mulheres e meninos, transportando-os nos carros que o faraóh lhes tinha fornecido. Trouxeram igualmente todo gado que possuíam, e os haveres que tinham acumulado na terra de Canaan/Kena’anu. Foi, pois desta maneira que Yaohu’kaf veio para o Egypto acompanhado de todos os seus descendentes, de todos aqueles que ele amava.
8. Aqui estão os nomes dos filhos e netos que o acompanharam até ao Egypto:
9-10. Ro’ul-iben, o mais velho, e os seus filhos: Kanoch, Palu, Hezron e Carmi. Sham’ul e os seus filhos: Yamu’ul, Yamin, Oade, Yaquim, Zoar e Sha’ul, este último filho de uma mulher de Canaan/Kena’anu.
11. Leví cujos filhos eram: Guershom, Coate e Merari.
12. Yaohu’dah mais os seus filhos: Sela, Pérets e Zérah. Havia ainda Er, que era o mais velho, e Onã, o segundo, mas, estes morreram-lhe na terra de Canaan/Kena’anu. Os filhos de Pérets eram: Hezron e Hamul.
13. Ishochar e os seus filhos: Tola, Puva, Yah’ov e Simrom.
14-16. Zabulon, com os seus filhos: Serede, Elom e Yaleel. Estes eram os filhos da sua mulher Leah, não incluindo a filha Dina, que lhe nasceu em Padan-Aram. Ao todo eram 33 descendentes. Os outros foram: Ga’old e os seus filhos: Zifiom, Hagi, Suni, Ezbom, Eri, Arodi e Areli.
17-18. Oshor com os filhos: Imna, Isva, Isvi, Beria e Sera, irmã deles; Beria tinha também os seguintes filhos: Heber e Molkhi’ul. Estas dezesseis pessoas eram filhos de Yaohu’kaf e de Zilpa, a criada de Leah, que lhe tinha dado o seu pai Lavan.
19. Da parte de Roqa’ul, a outra mulher de Yaohu’kaf, contava-se também estes catorze descendentes: Yaohu’saf e Benyamín, os dois únicos filhos que Roqa’ul lhe deu.
20. Yaohu’saf teve dois filhos que lhe nasceram no Egypto: Menashe e Efrohim, cuja mãe era Asenate, filha de Potífera, sacerdote em Heliópolis (On).
21. Benyamín teve os seguintes filhos: Bela, Bequer, Asbel, Gera, Naaman, Ei, Rôs, Mupim, Hupim e Arde.
22-25. Por fim havia ainda este grupo de sete pessoas descendentes de Yaohu’kaf por parte de Bila, a criada dada por Lavan à sua filha Roqa’ul: Dayan que teve um filho: Husim. Neftali cujos filhos eram: Yazeel, Guni, Yezer e Silem.
26-27. Portanto, na totalidade, todas as pessoas descendentes de Yaohu’kaf vieram para o Egypto, e sem contar com as mulheres dos seus filhos, foram sessenta e seis. No conjunto, com a família de Yaohu’saf cujos filhos tinham já nascido no Egypto, toda a casa de Yaohu’kaf formava 70 indivíduos.
28. Yaohu’kaf mandou Judáh/Yaohu’dah na frente, para avisar que estavam a caminho para Gósen. Assim Judáh/Yaohu’dah pôde guiar a caravana para Gósen, e lá chegaram eles são e salvos.
29. Yaohu’saf mandou preparar uma carruagem, e foi visitar o pai em Gósen. Quando se encontraram, Yaohu’saf se lançou ao pescoço de Yaoshor’ul, e chorou. E ficou muito tempo assim, abraçado ao pai e chorando.
30. Yaoshor’ul disse a Yaohu’saf: Agora posso morrer tranquilo, pois vi você! Encontrei vivo o meu filho!
31-32. Yaohu’saf falou com os irmãos e com toda a família de Yaoshor’ul. Disse ele: Vou falar com Faraó. Vou dizer isto a ele: ‘Os meus irmãos e toda a família do meu pai vieram de Canaan/Kena’anu para cá. Eles trabalham como vaqueiros e criadores de gado. Trouxeram para o Egypto os rebanhos, o gado e tudo quanto têm.
33-34. Agora, atenção! Quando Faraó perguntar qual é a profissão de vocês, respondam assim: Estes seus servidores trabalham como vaqueiros desde pequenos. Esse era o trabalho dos nossos antepassados, e continua sendo o nosso. Falando isso, Faraó deixará vocês morarem na região de Gósen: terra própria para o gado, e um tanto isolada da população do Egypto. Porque o serviço de apascentador de ovelhas causa vergonha e desprezo aos egypcios.
1. YAOHU’SAF CUMPRIU o que tinha prometido, pois procurou logo falar com Faraó. Levou com ele cinco dos seus irmãos. Disse Yaohu’saf a Faraó: Meu pai e meus irmãos chegaram da terra de Canaan/Kena’anu. Trouxeram seus rebanhos, o gado, e tudo o que têm. estão na região de Gósen.
2. Depois de dizer isso, Yaohu’saf fez entrar os cinco irmãos, e os apresentou ao rei.
3-4. Em que vocês trabalham, perguntou Faraó. Estes seus criados são vaqueiros. Os nossos antepassados trabalhavam nisso, e nós continuamos na mesma profissão. Viemos para este pais, responderam eles, porque onde morávamos desapareceram os pastos. A miséria é grande demais na terra de Canaan/Kena’anu. Os animais não encontram o que comer. Por isso, pedimos respeitosamente a Vossa Majestade permissão para morar na região de Gósen.
5-6. São os seus pais e os seus irmãos que vieram ao seu encontro, disse Faraó a Yaohu’saf. Todo o território do Egypto está à sua disposição. Escolha a melhor parte do território para dar ao seu pai e aos seus irmãos. Se a região de Gósen é satisfatória para eles, ótimo! Podem morar lá. Outra coisa, disse Faraó. Se você acha que os seus irmãos são bons mesmo para esse trabalho, quero que trabalhem para mim também. Contrate alguns deles para cuidarem do meu gado.
7. Yaohu’saf levou Yaohu’kaf ao palácio real e apresentou seu pai a Faraó. Yaohu’kaf saudou Faraó pedindo a bênção do ETERNO para ele.
8. Faraó perguntou a Yaohu’kaf: Qual é a sua idade?
9. Yaohu’kaf respondeu: Tenho 130 anos. Minha vida não é muito longa. Meus pais tiveram vida mais longa. Mas as minhas andanças me deixaram dolorosas marcas e recordações!
10. Ao se despedir, Yaohu’kaf tornou a pedir ao CRIADOR que abençoasse o rei. Então saiu.
11. Yaohu’saf deu todo apoio ao pai e aos irmãos para se estabelecerem no Egypto. E como Faraó tinha mandado, deu a eles escritura de posse da melhor parte da região de Gósen: também chamada Terra de Ramessés.
12. Yaohu’saf garantiu o sustento de Yaohu’kaf e de toda a família dele. Não descuidou de nenhum dos filhos e netos de Yaoshor’ul.
13. A situação de fome continuava. Tanto o povo do Egypto como o povo de Canaan/Kena’anu já não tinha o que comer.
14. Como tinham de comprar cereal de Yaohu’saf, todo o dinheiro do Egypto e de Canaan/Kena’anu foi parar nos cofres de Faraó.
15. Assim se acabou o dinheiro dos egypcios e dos cananeus. Então os egypcios foram a Yaohu’saf em busca de mantimento. Disseram a ele: Se você não nos fornecer mantimento, morreremos de fome na sua presença. Porque não temos mais dinheiro.
16. Disse Yaohu’saf: Bem, se vocês não têm dinheiro, podem pagar com o seu gado. Em troca do gado, darei mantimento a vocês.
17. Fizeram o que Yaohu’saf disse. Assim Yaohu’saf deu mantimento a eles em troca de gado, de cavalos, de rebanhos e de jumentos. Desse modo, conseguiram passar aquele ano.
18-19. No começo do ano seguinte, foram de novo falar com Yaohu’saf. Disseram a ele: Não podemos deixar de mostrar a nossa triste situação. Não foi só o nosso dinheiro que se acabou. Nem animais nós temos: porque o maoro’eh/mestre ficou sendo dono deles. Não temos nada mais Só nos restam os nossos corpos e as nossas terras! Só vemos uma solução, para não morrermos – nós e a nação. Compre as nossas pessoas e as nossas terras, em troca de alimento. Nós e as nossas terras ficaremos escravos de Faraó. Estamos dispostos a isso. Basta que nos forneça cereal, para não morrermos, e para que a terra não fique deserta.
20. Assim Yaohu’saf comprou todo o território do Egypto para Faraó. Porque a miséria era tanta, que os egypcios venderam os terrenos que tinham em troca de alimento.
21. Toda a população egypcia ficou escrava de Faraó: de uma ponta à outra do país.
22. Só os sacerdotes continuaram livres. Porque eles tinham direito ao sustento dado diretamente por Faraó. Por isso não precisaram vender as terras deles.
23-24. Yaohu’saf disse ao povo: Acabo de comprar vocês todos e suas terras para Faraó. Em troca, dou estas sementes para semear a terra. Do que colherem, terão de dar a quinta parte ao Faraó. As outras quatro partes serão para semear as terras e para alimentar vocês e toda a sua gente, com atenção especial às crianças.
25. Você devolveu as nossas vidas! responderam os egypcios. Seremos escravos de Faraó. Só queremos contar com a sua bondade para conosco.
26. Yaohu’saf decretou a lei de que a quinta parte das colheitas era de Faraó. Essa lei vigora até o dia de hoje. Essa lei não se aplica aos sacerdotes, porque eles não precisaram vender as terras deles a Faraó.
27. Em meio a essa situação toda, Yaoshor’ul morou no Egypto, na região de Gósen. Ele e os filhos dele ficaram sendo donos de terras ali, e os descendentes deles foram muito numerosos.
28. Depois de chegar ao Egypto, Yaohu’kaf viveu mais dezessete anos. Quer dizer que ele viveu 147 anos, ao todo.
29-30. Quando percebeu que ia chegando o dia de sua morte, Yaoshor’ul mandou chamar seu filho Yaohu’saf. Disse Yaoshor’ul a ele: Espero que você seja bondoso para mim. Ponha a mão debaixo da minha coxa: como é costume fazer na hora das promessas. Agora, seja bondoso e leal para comigo, e faça o que peço: não me enterre no Egypto. Leve os meus restos para Canaan/Kena’anu. Quero que me enterre no mesmo lugar em que foram enterrados os meus pais. Pode estar certo que faço isso, respondeu Yaohu’saf. Vou fazer o que está pedindo.
31. Disse Yaohu’kaf: Dê sua palavra! Yaohu’saf deu sua palavra ao pai. Então Yaoshor’ul ficou mais tranquilo e se recostou na cabeceira da cama.
1. NÃO MUITO tempo depois, disseram a Yaohu’saf que o pai dele estava doente. Yaohu’saf foi com seus dois filhos, Manassés/Menashe e Efraim/Efrohim, visitar o pai.
2. Avisaram Yaohu’kaf: O seu filho Yaohu’saf está aí. Ele quer ver você. Com muito esforço, Yaohu’kaf pôde ficar sentado na cama, para receber melhor o filho.
3-4. Depois das saudações, Yaohu’kaf disse a Yaohu’saf: O UL, o Todo-poderoso apareceu a mim na região da cidade de Luz: que é Beit’ul/Bohay’ul: na terra de Canaan/Kena’anu. Ele me abençoou e disse: Farei com que você tenha muitos filhos, e que os seus descendentes se multipliquem. Farei com que eles venham a formar muitos povos. Além disso, vou fazer com que os seus descendentes fiquem sendo os legitimas donos deste território, e para sempre!’
5-6. Agora, escute bem, Yaohu’saf. Os dois filhos seus, Manassés/Menashe e Efraim/Efrohim, que nasceram neste país, passam a ser meus. Tão meus como Rúben/R’ul-iben, Simeão/Sham’ul e qualquer dos outros! Eles serão conhecidos como filhos de Yaoshor’ul. Os outros filhos que você tiver serão seus. Algum deles dará nome ao povo que descender de você.
7. Quanto sofri quando Raquel/Roqa’ul morreu! continuou Yaohu’kaf. Vínhamos vindo de Padan para Efrata: que é Belém/Beith’lekhem quando morreu. Faltava pouco para chegarmos a Efrata. Tive de enterrar sua mãe. Raquel/Roqa’ul ali mesmo, à beira da estrada de Belém/Beith’lekhem.
8. No meio dessas recordações, Yaohu’kaf notou de repente a presença dos filhos de Yaohu’saf. Perguntou quem eram.
9. São os filhos que o CRIADOR me deu neste país, respondeu Yaohu’saf. Traga os dois aqui, perto de mim, disse Yaoshor’ul. Quero abençoar os seus filhos.
10. Yaohu’kaf estava quase cego, por causa da velhice. Enxergava muito mal. Yaohu’saf fez os filhos ficarem bem perto do avô deles. Yaoshor’ul beijou e abraçou os netos.
11. Disse Yaohu’kaf a Yaohu’saf: Eu não tinha mais esperança de ver você, e veja isto! o CRIADOR me fez ver você e os seus filhos!
12. Depois Yaohu’saf afastou de Israel/Yaoshor’ul os dois filhos, e ficou inclinado diante do pai, com o rosto em terra.
13. Depois deu a mão direita a Efraim/Efrohim e a esquerda a Manassés/Menashe. Os três ficaram de frente para Yaoshor’ul, e bem perto dele. Manassés/Menashe estava à direita e Efraim/Efrohim à esquerda do avô.
14. Mas Yaoshor’ul pôs a mão direita sobre a cabeça de Efraim/Efrohim, e a mão esquerda sobre a cabeça de Manassés/Menashe. Para fazer isso, precisou cruzar os braços. Assim, Yaoshor’ul deu a Efrohim, mais novo, a bênção que normalmente caberia a Menashe, mais velho.
15-16. Yaoshor’ul abençoou Yaohu’saf, nas pessoas dos filhos dele. Disse ele: o CRIADOR: O UL diante de quem andaram os meus pais Abrul’han e Yahtzk’haq. Sim, o UL que me sustentou durante a vida inteira, até hoje: O ANJO que me tem livrado de todo mal: abençoe estes rapazes. Que eles sejam chamados pelo Meu Nome, e pelo nome dos meus pais Abrul’han e Yahtzk’haq. E que os descendentes deles venham a ser uma verdadeira multidão na terra.
17. Yaohu’saf viu o pai colocar a mão direita sobre a cabeça de Efraim/Efrohim, e não gostou. Pegou a mão do pai, querendo mudá-la para a cabeça de Menashe.
18. Enquanto fazia isso, disse Yaohu’saf: Assim não, pai. O filho mais velho é este. Ponha a mão direita sobre a cabeça dele.
19. Mas Yaoshor’ul não aceitou isto. Disse ele: Eu sei, meu filho, eu sei. Os descendentes de Manassés/Mena-she formarão um grande povo. Mas os de Efraim/Efrohim formarão um povo maior ainda. Muitas nações serão formadas por eles.
20. Continuando a pronunciar a bênção, disse Yaohu’kaf: Vocês servirão de modelo para a bênção que darei a outros. Pensando em vocês, o povo de Yaoshor’ul abençoará outros dizendo: ‘o CRIADOR faça a você o que fez a Efraim/Efrohim e a Manassés/Menashe. Ainda aí Yaohu’kaf pôs o nome de Efraim/Efrohim na frente do nome de Manassés/Menashe.
21. Vou morrer logo, disse Yaoshor’ul a Yaohu’saf. Mas o CRIADOR estará com vocês e os levará de volta à terra dos seus pais.
22. As terras de Canaan/Kena’anu serão repartidas aos meus filhos. Mas você receberá uma parte especial: mais do que seus irmãos. Porque desde já eu dou a você uma encosta de montanha que conquistei dos amorreus com a minha espada e com o meu arco.
1. DEPOIS YAOHU’KAF mandou chamar os outros filhos, e disse: Fiquem todos juntos, e eu direi a vocês coisas que vão acontecer no futuro:
2. Ouçam todos juntos, filhos de Yaohu’kaf. Escutem as palavras de seu pai:
3-4. Rúben/R’ul-iben, você é o meu primeiro filho. Você é a expressão da minha força, o primeiro fruto da minha vitalidade. Você é o melhor, não só na aparência altiva, mas também na força. Você é arrojado como correntes de águas. Entretanto, não será o melhor de todos, porque usou em pecado a cama do seu pai! Você manchou a cama do seu pai!
5-7. Simeão/Sham’ul e Leví são irmãos por parte de pai e mãe. Usam a espada para a violência. Não faço parte dos planos deles, e não permito que eles gozem da minha fama. Porque não controlaram a fúria, e saíram matando homens e aleijando bois. Coração maldoso é o que eles têm! Pois lanço maldição sobre a tremenda fúria deles, e sobre o duro rancor que demonstraram. Dentro do próprio povo de Yaoshor’ul dividirei as forças e os homens de Simeão/Sham’ul e Leví!
8-12. Com Yaohu’dah é diferente! Yaohu’dah, os seus irmãos lhe farão elogios e mostrarão grande respeito por você. A sua mão esmagará os seus inimigos! Judáh/Yaohu’dah é como um leão novo. Meu filho, você pegou a sua presa e depois subiu vitorioso. Agora fica inclinado e deitado como leão, ou como leoa. Será que alguém tem coragem de acordar Yaohu’dah?! Ninguém tirará dele o trono real, até chegar Siloh, aquele que é o verdadeiro dono dele. Os povos lhe obedecerão. Terá tão grandes plantações de uvas, que amarrará o jumento dele num pé de uvas. Usará mesmo a melhor parreira para amarrar o animal de carga! Produzirá tanto vinho, que lavará roupa nele! Sim, lavará a capa dele com suco de uva! Sempre dispõe de vinho para beber. Não estão sempre brilhantes os olhos dele? E nunca falta leite em sua casa. Vejam os dentes dele! Estão sempre brancos, por causa do leite que bebe.
13. Zabulon vai morar na zona das praias do mar. No território dele estarão os portos. As terras de Zabulon chegarão até Sidom.
14-15. Issahar/Ishochar é como um jumento de fortes ossos. Vive deitado entre os rebanhos de ovelhas. Viu que era bom ficar descansando e gozando as delícias da boa terra. Para continuar assim, aceitou carga dos outros, e concordou em trabalhar como escravo.
16-17. Dan/Dayan será juiz do povo, como se fosse uma só tribo. Dan/Dayan será como uma serpente ao lado da estrada, como uma cobra na beira do caminho. Será como a cobra que morde o calcanhar do cavalo, ele empina, e o cavaleiro cai para trás.
18. CRIADOR, confio em que me salve!
19. Gad/Ga’old será atacado por guerrilheiros. Mas depois ele irá atrás deles e os atacará.
20 Asher/Oshor terá fartura de mantimento. Produzirá coisas deliciosas, dignas de reis.
21 Neftali é leve e elegante como uma gazela solta nos campos. E como fala bonito!
22-26. Yaohu’saf é como um ramo cheio de frutas, como um ramo frutífero junto de uma fonte. Os galhos desse ramo passam para o outro lado do muro. Guerreiros amargam a vida dele. Atiram flechas nele e o aborrecem. Mas o arco de Yaohu’saf continua firme. As mãos do Poderoso de Yaohu’kaf, sim, as mãos do Apascentador e Rocha de Yaoshor’ul dão energia aos braços de Yaohu’saf para a ação. É o UL do seu pai que o ajudará, Yaohu’saf. O Todo-poderoso vai abençoar você com bênçãos dos altos céus, com bênçãos dos lugares profundos, e com as bênçãos da maternidade fecunda e cheia de saúde! As bênçãos deste seu pai são muito mais e maiores do que as bênçãos de meus pais. São tantas e tão grandes que é como se chegassem ao topo dos montes eternos. Que estas bênçãos venham sobre a cabeça de Yaohu’saf. Sim, pois ele é mais notável do que todos os seus irmãos!
27. Benyamín é como um lobo. De manhã devora a presa, e de tarde reparte o que sobrou.
28. Aí estão citadas as doze tribos de Yaoshor’ul. E aí está registrado o que o pai delas falou. Deu a cada um a bênção própria.
29. Depois Yaoshor’ul deu aos filhos estas instruções; Vou morrer logo: e vou ficar junto com o Meu povo, que foi antes de mim. Vocês devem enterrar os meus restos mortais na caverna do campo do heteu Efrom. Lã onde foram enterrados os meus pais.
30. Estou falando na caverna que fica no campo de Macpela, que faz fronteira com Mamre, na terra de Canaan/Kena’anu. Abrul’han comprou aquele campo e a caverna de Efrom, e recebeu a escritura de posse da propriedade. Fez a compra para usar a caverna como cemitério particular.
31-32. Ali foram enterrados os dois casais: Abrul’han e Soro’ah, e Yahtzk’haq e Ro’evka. Ali enterrei Leah, minha mulher. Todos eles estão enterrados na caverna e no campo comprados dos heteus.
33. Logo depois de ter dado essas ordens e instruções aos filhos, Yaohu’kaf morreu. Simplesmente encolheu os pés na cama, e morreu. E se juntou ao povo dele; na sepultura.
1. YAOHU’SAF SE LANÇOU sobre o pai, beijou o rosto dele, e ali ficou chorando.
2. Ele tinha criados que eram médicos. Mandou embalsamar o corpo de Yaoshor’ul. Os médicos obedeceram.
3. O processo de embalsamamento durou quarenta dias: que era o prazo normal para isso. Os egypcios fizeram luto de setenta dias.
4. Depois que terminou o período de luto, Yaohu’saf teve uma entrevista com pessoas da casa de Faraó. Disse ele: Por favor, peço que falem por mim a Faraó. Digam a ele que falei isto: Meu pai me fez prometer uma coisa séria. Disse ele: Vou morrer logo.
5. Na terra de Canaan/Kena’anu preparei um túmulo para mim. Prometa que me enterrará naquele túmulo. Desejo ir para lã e fazer o enterro do meu pai. Depois eu volto.
6. Faça isso, respondeu Faraó. Cumpra a promessa que fez a seu pai.
7. Yaohu’saf foi: e não foi sozinho. Foram com ele todos os oficiais do rei, os membros mais importantes da família do rei, e todas as pessoas mais importantes da nação egypcia.
8. Isto sem contar a família de Yaohu’saf, os irmãos dele e os demais membros da família de Yaohu’kaf. Dos parentes de Yaohu’kaf residentes no Egypto, só ficaram lá as crianças. Naturalmente deixaram no Egypto os rebanhos e o gado.
9. Foi organizada também uma grande caravana de carros e cavaleiros. Deste modo, o acompanhamento do enterro foi enorme.
10. Chegaram no terraço de secagem de Atade: a oeste do rio Jordão/Yardayan. Ali choraram muito a morte de Yaohu’kaf. Yaohu’saf chorou o pai durante sete dias.
11. Os cananeus que moravam naquela região viram o luto no terraço. Ficaram admirados com as demonstrações de tristeza, e diziam: Mas como estão chorando esses egypcios! Por isso aquele lugar: que fica para lá do Jordão/Yardayan: tomou o nome de Abelmizraim, que quer dizer Choro dos Egípcios
12-13. Os filhos de Yaoshor’ul fizeram o que o pai deles tinha mandado. Foram à terra de Canaan/Kena’anu e enterraram o corpo na caverna do campo de Macpela, na fronteira de Mamre. Essa caverna e esse campo é que Abrul’han tinha comprado do heteu Efrom. Abrul’han recebeu escritura de posse, com direito de usar a propriedade como cemitério da família.
14. Depois Yaohu’saf, seus irmãos e todos os que foram com eles ao enterro, voltaram para o Egypto.
15. Com Yaohu’kaf morto, os irmãos de Yaohu’saf ficaram com medo. Disseram uns aos outros: Agora decerto Yaohu’saf vai perseguir a gente. Decerto vai querer tirar desforra do mal que fizemos a ele.
16-17. Por isso mandaram este recado a Yaohu’saf: Antes de morrer, o seu pai deixou uma mensagem a você. A mensagem é esta: Perdoe as maldades dos seus irmãos. Perdoe o pecado que cometeram, com o mal que fizeram a você. Agora lhe pedimos que perdoe o mal que fizemos. Pecamos, é certo, mas somos servos do ETERNO. Enquanto estavam transmitindo o recado dos irmãos dele, Yaohu’saf chorava.
18. Depois os irmãos foram falar pessoalmente com ele. Ficaram inclinados diante de Yaohu’saf, e então dirigiram a palavra a ele. Disseram: Aqui estamos, prontos para servi-lo como seus escravos.
19. Não tenham medo, respondeu Yaohu’saf. Por acaso estou no lugar do ETERNO?
20-21. É bem verdade que vocês planejaram o mal para mim. Mas o CRIADOR transformou o mal em bem, para fazer aquilo que agora vocês estão vendo. Porque por este meio UL está salvando a vida de muita gente. Daí, não tenham medo. Vou garantir o sustento de vocês e dos seus filhos. As palavras de Yaohu’saf tocaram o coração dos irmãos. Eles ficaram entusiasmados!
22. Yaohu’saf e toda a família de Yaohu’kaf ficaram morando no Egypto. Yaohu’saf viveu 110 anos.
23. Chegou a ver os filhos e os netos de Efraim/Efrohim. Viu também os filhos de Maquir, filho de Manassés/Menashe. Yaohu’saf teve a alegria de tomar os netos nos joelhos.
24. No fim da vida, Yaohu’saf disse aos irmãos dele: Está chegando o dia da minha morte. Mas tenho absoluta certeza de que o CRIADOR virá ao encontro de vocês no tempo certo. Ele fará com que vocês saiam do Egypto e voltem para Canaan/Kena’anu. Porque Se prometeu dar aquela terra a Abrul’han, a Yahtzk’haq e a Yaohu’kaf.
25. Então Yaohu’saf pediu que os irmãos dele fizessem uma promessa. Disse Yaohu’saf: Como é certo que o CRIADOR fará o que acabo de dizer, prometam que levarão os meus ossos com vocês quando voltarem para Canaan/Kena’anu.
26. Yaohu’saf morreu com 110 anos. O corpo foi embalsamado e posto num caixão, no Egypto.
Mobirise has provided for website developers a growing library of modern blocks which can be used either partially or in full for every website developed through the builder.
ADICIONANDO UM ATALHO PARA O NOSSO SITE NA TELA DO SEU MOBILE
Primeiro, acesse o navegador da sua preferência e entre na nossa página para você adicionar o atalho na home do seu Android. Em seguida, pressione o botão de Opções do aparelho e escolha a alternativa “Mais”...
Então, pressione a opção “Adic. Atalho à tela inicial”. Em alguns aparelhos, a opção de adicionar à página inicial pode ser exibida diretamente no primeiro menu de contexto presente na tela, sem a necessidade de ter que passar pela opção “Mais”.
Prontinho!
Feito isso, o seu atalho já aparece devidamente adicionado à tela inicial do aparelho.
OBS: Se necessário, renomeie o atalho para "CYC"
ENDEREÇO
Rua Cel Bento Pires, 1001 - Centro
18.275-040 - TATUÍ/SP
CONTATO
E-mail: cyocaminho@gmail.com
Celular: (15)
9 9781-0294 [VIVO]
LINKS or PC
...e conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará - Jo 8:32
© oCaminho - 2005-2019d.Y .