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1. HAVIA UM HOMEM chamado Elcana, da tribo de Efraim/Efrohim; Elcana morava em Ramataim-Zofim, na região das montanhas de Efraim/Efrohim. Elcana era filho de Yeroão; Yeroão era filho de Ulihu, Ulihu era filho de Toú, Toú era filho do efraimita Zufe.
2. Elcana tinha duas mulheres: uma se chamava Anná; o nome da outra era Penina; Penina tinha filhos, mas Anná não tinha nenhum.
3. Todos os anos Elcana e suas famílias faziam uma viagem até ao Tabernáculo, em Sheloh, a fim de adorar ao CRIADOR dos céus, e oferecer sacrifícios ao ETERNO (Os sacerdotes que estavam de serviço nesse tempo eram os dois filhos de Eli/Uli: Hofni e Finéias/Phink’yah).
4-5. No dia em que Elcana oferecia o seu sacrifício, ele comemorava o acontecimento feliz, dando presentes a Penina, além disso, dava presentes também aos filhos dela; embora ele amasse muito a Anná, ele só podia dar a ela um único presente, porque o CRIADOR fez com que Anná não tivesse filhos.
6. Acontece que Penina piorava a situação, porque fazia muita coisa para deixar Anná irritada pelo fato do CRIADOR não lhe permitir ter filhos.
7. E todos os anos era a mesma coisa: Penina caçoava de Anná, e a provocava quando iam a Sheloh; por isso Anná chorava muito, e não tinha nem vontade de comer.
8. Que está acontecendo com você, Anná, perguntou o marido. Por que não come? Por que você fica tão triste pelo fato de não ter filhos? Ter a mim como marido não é melhor do que ter dez filhos?
9. Certo dia, após a refeição da tarde, quando ainda estavam em Sheloh, Anná foi ao Tabernáculo. O sacerdote Eli/Uli estava assentado no seu lugar de costume, ao lado da entrada.
10. Ela estava sentindo uma profunda angústia e chorava amargamente, enquanto fazia sua oração ao CRIADOR.
11. Anná fez este voto: CRIADOR dos Céus, se olhar para o meu sofrimento e responder à minha oração dando-me um filho, então eu darei esse filho de volta ao CRIADOR; ele será seu por todos os dias da sua vida, e os seus cabelos nunca serão cortados.
12-13. Eli/Uli percebeu que a boca de Anná se mexia enquanto ela orava em silêncio, do fundo do coração, porém não ouvia som algum; então ele pensou que Anná estivesse embriagada.
14. Era preciso vir aqui embriagada, perguntou Eli/Uli. Afaste-se desse vício.
15-16. Por favor, maoro’eh/mestre! respondeu ela, não estou embriagada! Estou muito triste, isso sim, e estava abrindo meu coração diante do ETERNO. Por favor, não pense que sou apenas uma mulher embriagada! Oro assim por sofrer grande preocupação e aflição.
17. Nesse caso, disse Eli/Uli, tenha bom ânimo! Levante-se, vá em paz, e que o CRIADOR de Yaoshor’ul conceda o que você pede, seja lá o que for!
18. Oh, maoro’eh/mestre, muito obrigada! Anná exclamou. Voltou feliz, e começou a se alimentar de novo. A tristeza desapareceu do seu rosto!
19-20. A família inteira se levantou bem cedinho na manhã seguinte, e foi ao Tabernáculo adorar o CRIADOR uma vez mais. Depois voltaram para casa, em Ramá/Ro’emah. Quando Elcana deitou-se com Anná, o CRIADOR se lembrou dela; e, passado o devido tempo, ela teve um filho, e deu a ele o nome de Shamu’ul (que significa Pedido ao CRIADOR) porque, conforme ela disse: Eu o pedi ao CRIADOR.
21-22. No ano seguinte, Elcana, Penina e os filhos dela fizeram a viagem anual ao Tabernáculo; desta vez, sem a companhia de Anná, pois ela disse ao marido: Vamos esperar até que o menino esteja desmamado, e então eu o levarei ao Tabernáculo e o deixarei lá para sempre.
23. Está bem, faça como achar melhor, concordou Elcana. Seja feita a vontade do CRIADOR. E assim ela ficou em casa, até que o menino desmamou.
24. Então, apesar do menino ser ainda muito pequeno, ela o levou ao Tabernáculo em Sheloh; levou também um novilho de três anos para o sacrifício, uns trinta e poucos litros de farinha e um pouco de vinho.
25. Depois do sacrifício, levaram o menino a Eli/Uli.
26. Maoro’eh/mestre; lembra-se de mim, perguntou Anná ao sacerdote Eli/Uli. Sou aquela mulher que esteve aqui aquela vez, orando ao CRIADOR!
27-28. Pedi ao CRIADOR que me desse este filho, e Ele atendeu ao meu pedido. Agora eu o trago, como se o estivesse devolvendo ao CRIADOR, por todos os dias em que ele viver. Assim ela deixou o menino ali no Tabernáculo, para servir ao CRIADOR.
1. ESTA FOI A ORAÇÃO que Anná fez: Quanto me regozijo no CRIADOR! Quanta força e bênção Ele me tem dado! Agora tenho uma resposta para os meus inimigos. Porque o CRIADOR me salvou do meu problema. Quanto me regozijo!
2. Ninguém é tão santo quanto UL’HIM! Não há outro UL, Nem há Rocha alguma como o nosso UL.
3. Deixem de ser tão orgulhosos e arrogantes! O CRIADOR sabe tudo, inclusive o que vocês fizeram, E Ele julgará suas ações.
4. Aqueles que eram poderosos, já não são mais poderosos! Os que eram fracos, agora são fortes.
5. Os que estavam bem de vida, agora estão passando fome; Os que passavam fome, agora têm alimento. A mulher que não tinha filhos, agora tem sete; Aquela que tinha muitos filhos agora não tem mais!
6. O CRIADOR pode matar, O CRIADOR pode dar vida.
7. Alguns Ele faz pobres, E outros Ele faz ricos. A um Ele faz cair. E a outro Ele levanta.
8. Do pó Ele levanta o pobre, sim, de um monte de cinzas. E trata a esse pobre como príncipe, Que se assenta nos lugares de honra. Porque toda a terra é do CRIADOR, e Ele põe o mundo em ordem.
9. O CRIADOR protegerá os homens piedosos, porém os maus ficam em silêncio na escuridão. Ninguém será vitorioso somente pela sua própria força.
10. Os que lutam contra o CRIADOR serão humilhados; Do céu o CRIADOR troveja contra eles. Ele julga a terra de ponta a ponta. Ele dá grande força ao seu Rei, e dá grande Glória aos seus ungidos.
11. Então eles voltaram para casa, em Ramá/Ro’emah, sem o menino Shamu’ul; e Shamu’ul se tornou ajudante do CRIADOR, porque ele auxiliava o sacerdote Eli/Uli.
12. Ora, os filhos de Eli/Uli eram homens maus, que não amavam ao CRIADOR.
13-14. Estavam acostumados a mandar um empregado ficar ali por perto quando alguém oferecia sacrifício, e enquanto a carne do animal sacrificado era cozida, o empregado espetava um garfo grande, de três dentes, na carne que estava dentro da panela, e exigia que tudo quanto o garfo tirava fosse entregue aos filhos de Eli/Uli. Era assim que eles tratavam todos os yaoshorul’itas que vinham a Sheloh a fim de adorar.
15. Às vezes o empregado vinha antes mesmo de terminada a cerimônia de queimar a gordura sobre o altar, e exigia a carne crua, antes de ser cozida, de maneira que ela pudesse ser preparada à vontade dos sacerdotes.
16. Se o homem que oferecia o sacrifício respondesse: Leve quanto quiser, mas primeiro é preciso queimar a gordura (conforme a Lei manda), então o empregado dizia: Não; ou você me dá a carne agora, ou eu a tomo à força.
17. Assim, aos olhos do CRIADOR, o pecado desses moços era muito grande; pois tratavam com pouco caso as ofertas que o povo trazia ao CRIADOR.
18. Embora ainda fosse uma criança, Shamu’ul era o auxiliar do CRIADOR, e usava um pequeno manto de linho igual ao manto do sacerdote.
19. Cada ano a mãe de Shamu’ul fazia para ele uma túnica e lhe dava quando vinha com o marido para oferecer sacrifício.
20. Antes de voltarem para casa, Eli/Uli abençoava a Elcana e Anná, e pedia ao CRIADOR que desse a esse casal outros filhos que tomassem o lugar deste que eles haviam dado ao CRIADOR.
21. E o CRIADOR concedeu a Anná três filhos e duas filhas. Enquanto isso, Shamu’ul crescia, prestando serviço ao CRIADOR.
22. Eli/Uli já estava muito velho, mas ele sabia muito bem o que se passava ao seu redor. Sabia, por exemplo, que seus filhos eram dados a conquistar as moças que prestavam serviço à entrada do Tabernáculo.
23-25. Tenho ouvido o povo do CRIADOR falar coisas terríveis a respeito do que vocês fazem, Eli/Uli disse aos seus filhos. É uma coisa horrível fazer o povo do CRIADOR pecar. O pecado comum recebe castigo pesado; e quanto mais pesado será o castigo, por este pecado que vocês cometem contra o CRIADOR? Porém eles não deram atenção ao que o pai lhes dizia, porque o CRIADOR tinha planos de matá-los.
26. O pequeno Shamu’ul ia crescendo em dois sentidos: estava ficando cada vez mais alto, e tornava-se o predileto de toda gente (e do CRIADOR também!)
27. Um dia veio a Eli/Uli um homem do ETERNO com este recado da parte do CRIADOR: Não manifestei Eu o Meu poder quando o povo de Yaoshor’ul era escravo no Egypto?
28. Não escolhi Eu a seu pai Leví, dentre todos os irmãos dele, para ser meu sacerdote, e sacrificar sobre o meu altar, queimar incenso, e usar um manto de sacerdote quando estivesse prestando serviço diante de Mim? E não dei a vocês, os sacerdotes, as ofertas queimadas, ofertas essas trazidas pelo povo?
29. Por que, então, vocês são tão gananciosos e querem todas as ofertas que são trazidas a Mim? Por que você, Eli/Uli, tem honrado mais aos seus filhos do que a Mim? Pois você e eles engordaram comendo o melhor das ofertas do Meu povo!
30. Portanto, Eu, o CRIADOR de Yaoshor’ul, declaro que embora tenha prometido que a sua família, da tribo de Leví, sempre seria a família dos meus sacerdotes, agora vejo que é impossível permitir que continuem a fazer o que fazem. Honrarei somente aqueles que Me honram, e desprezarei aqueles que Me desprezam.
31-33. Acabarei com a sua família, de modo que ela não Me prestará mais serviço como sacerdotes. Cada membro da sua família morrerá antes do tempo. Ninguém chegará a envelhecer. Você terá inveja da prosperidade que darei ao Meu povo. Mas você e sua família estarão em aflição e necessidade. Nenhum da sua casa vai ficar velho. Os que sobreviverem, viverão em tristeza e angústia; e seus filhos morrerão na guerra.
34. E para provar que aquilo que Eu disse vai acontecer, farei com que seus dois filhos, Hofni e Finéias/Phink’yah, morram no mesmo dia!
35. Então farei surgir um sacerdote fiel que estará a meu serviço, e fará tudo quanto Eu mandar fazer. Abençoarei os filhos dele, e a sua família servirá aos meus reis para sempre, como sacerdotes.
36. Então, todos os seus filhos se curvarão diante dele, mendigando dinheiro e alimento. ‘Por favor’, eles dirão’, arranje-me um trabalho entre os sacerdotes, de maneira que eu tenha pelo menos o que comer.
1. ENQUANTO ISSO, o pequeno Shamu’ul servia ao CRIADOR como assistente de Eli/Uli. Naqueles dias eram muito raras as mensagens e visões que vinham do CRIADOR.
2-3. Porém uma noite, depois que Eli/Uli tinha ido deitar-se (com a idade que tinha agora, Eli/Uli estava quase cego), e Shamu’ul dormia no Templo, perto da Arca,
4-5. O CRIADOR chamou o menino: Shamu’ul! Shamu’ul! Pronto! respondeu Shamu’ul. O que foi? Ele levantou-se e correu ao quarto de Eli/Uli, Aqui estou. Que é que o maoro’eh/mestre deseja, perguntou Shamu’ul. Não chamei você, disse Eli/Uli. Volte para a cama. E ele voltou.
6. Então UL chamou novamente: Shamu’ul! E de novo Shamu’ul se levantou e correu ao quarto de Eli/Uli. Pronto, disse o menino. Que é que o maoro’eh/mestre quer? Não, eu não chamei você, meu filho, disse Eli/Uli. Pode deitar-se novamente.
7. (Antes disso, Shamu’ul nunca tinha recebido uma mensagem do CRIADOR; portanto, não conhecia ainda a voz do UL).
8. E o CRIADOR chamou o menino pela terceira vez, e mais uma vez Shamu’ul se levantou e foi ao quarto de Eli/Uli. Chamou, maoro’eh, perguntou Shamu’ul. O que deseja? Então Eli/Uli entendeu que era o CRIADOR que tinha falado ao menino.
9. Por isso ele disse a Shamu’ul: Vá deitar-se; e se alguém o chamar novamente, responda: ‘Pronto, pode falar, CRIADOR, que estou ouvindo’. E Shamu’ul voltou a deitar-se.
10. E o CRIADOR veio e chamou, como das outras vezes: Shamu’ul! Shamu’ul! E Shamu’ul respondeu: Pronto, estou ouvindo.
11. Então UL disse a Shamu’ul: Vou fazer uma coisa em Yaoshor’ul, que vai deixar toda gente alarmada.
12. Vou cumprir o que disse a Eli/Uli que Eu faria; são coisas terríveis a respeito das quais já preveni a Eli/Uli.
13. Não é de hoje que venho ameaçando castigar Eli/Uli e toda a sua família, porque seus filhos não respeitam ao CRIADOR, e Eli/Uli não os repreende.
14. Portanto resolvi que os pecados de Eli/Uli e dos seus filhos nunca serão perdoados por meio de sacrifícios e ofertas.
15. Shamu’ul ficou deitado até que amanheceu o dia, e depois ele abriu as portas do Templo, como de costume, porém estava com medo de contar a Eli/Uli o que o CRIADOR lhe havia dito.
16-17. Mas Eli/Uli chamou Shamu’ul e lhe perguntou: Meu filho, que foi que o CRIADOR disse a você? Conte-me tudo. E que o CRIADOR lhe dê castigo, se você esconder alguma coisa de mim!
18. Então Shamu’ul contou a Eli/Uli o que o CRIADOR tinha falado. É a vontade do CRIADOR, respondeu Eli/Uli; que você faça segundo a vontade dEle.
19. À medida que Shamu’ul crescia, o CRIADOR estava com ele e o povo atendia com todo o cuidado os conselhos que Shamu’ul dava.
20. E todo o Yaoshor’ul, desde Dan/Dayan até Beer-Shevah, soube que Shamu’ul ia ser profeta do CRIADOR.
21. Então UL continuava a dar mensagens a Shamu’ul revelando-se no Tabernáculo em Sheloh, e Shamu’ul transmitia tais mensagens do povo de Yaoshor’ul.
1-2. NAQUELE TEMPO YAOSHOR’UL estava em guerra com os filisteus. O exército yaoshorul’ita estava acampado perto de Ebenezer/Eban’ezer; os filisteus se acamparam em Afeque, e, avançando em formação de batalha, derrotaram a Yaoshor’ul, matando quatro mil soldados yaoshorul’itas.
3. Terminada a batalha, o exército de Yaoshor’ul voltou ao seu acampamento, e os seus dirigentes discutiram sobre quais os motivos por que o CRIADOR permitiu que fossem derrotados. Vamos trazer para cá a Arca que está em Sheloh, disseram. Se ela estiver conosco no campo de batalha, o CRIADOR estará em nosso meio e, por certo, Ele nos salvará dos nossos inimigos.
4. E assim mandaram buscar a Arca do CRIADOR dos Céus, que está assentado num trono acima dos Anjos. Hofni e Finéias/Phink’yah, filhos de Eli/Uli, acompanharam a Arca ao campo de batalha.
5. Quando os yaoshorul’itas viram a Arca chegando, soltaram gritos de alegria tão altos, que quase fizeram o chão tremer!
6-7. Que é que está acontecendo por lá, perguntaram os filisteus. Que é que significa toda essa gritaria no acampamento dos hebreus? Quando disseram que era porque Arca do CRIADOR tinha chegado, eles ficaram apavorados. O CRIADOR veio ao acampamento deles!!! clamaram os filisteus. Ai de nós, pois nunca tivemos de enfrentar uma coisa assim antes!
8. Quem pode salvar-nos desses ídolos poderosos de Yaoshor’ul? São os mesmos ídolos que destruíram os egypcios com pragas, quando Yaoshor’ul estava no deserto.
9. Lutem como nunca lutaram antes, óh filisteus, ou então nos tornaremos escravos deles, assim como eles se tornaram nossos escravos.
10. Assim os filisteus lutaram como nunca, e Yaoshor’ul sofreu nova derrota. Trinta mil homens de Yaoshor’ul morreram naquele dia, e os restantes fugiram para suas tendas.
11. A Arca do CRIADOR foi tomada e Hofni e Finéias/Phink’yah foram mortos.
12. Um homem da tribo de Benyamín saiu correndo do campo de batalha e chegou a Sheloh no mesmo dia, com as roupas rasgadas e pó sobre a cabeça.
13. Eli/Uli estava à beira da estrada, esperando para ouvir as notícias da batalha, pois o coração dele tremia pela segurança da Arca do CRIADOR. Quando chegou o mensageiro da frente de batalha e contou o que havia acontecido, toda a cidade soltou um grande grito.
14. Que barulheira é essa, perguntou Eli/Uli. E o mensageiro correu para onde Eli/Uli estava e lhe contou o que havia acontecido.
15 (Eli/Uli estava com noventa e oito anos de idade, e era cego).
16. Acabo de chegar do campo de batalha: eu estava lá hoje, disse a Eli/Uli,
17. E Yaoshor’ul foi derrotado e milhares de soldados yaoshorul’itas estão mortos no campo da luta. Hofni e Finéias/Phink’yah também morreram, e a Arca foi tomada.
18. Quando o mensageiro mencionou o que tinha acontecido à Arca, Eli/Uli caiu da cadeira para trás, ao lado do portão, e com a queda quebrou o pescoço e morreu, (pois Eli/Uli era muito velho e gordo). Durante quarenta anos ele havia sido juiz em Yaoshor’ul.
19. A nora de Eli/Uli, mulher de Finéias/Phink’yah, estava grávida. Quando ela ouviu dizer que os filisteus tinham tomado a Arca e que seu marido e seu sogro estavam mortos, imediatamente começou a sentir dores de parto.
20. Um pouquinho antes de morrer, as mulheres que a atendiam disseram a ela que tudo estava bem e que o bebê era um menino. Porém ela não o respondeu, nem deu sinal de vida.
21-22. Mas logo em seguida, falando com muita dificuldade, em voz muito baixinha, disse: Chamem o menino de ‘Ichavod’, pois a Glória de Yaoshor’ul acabou. (Ichavod significa não há Glória. Ela deu ao menino esse nome porque a Arca do CRIADOR tinha sido tomada, e porque seu marido e seu sogro estavam mortos).
1-2. OS FILISTEUS PEGARAM a Arca do CRIADOR que haviam tomado no campo de batalha em Ebenezer/Eban’ezer, e levaram para o Templo da imagem de Dagom, na cidade de Asdode.
3-4. Mas quando os moradores de Asdode foram ver a Arca na manhã seguinte, a imagem de Dagom estava caída, com o rosto voltado para o chão, diante da Arca do CRIADOR! Então levantaram a imagem e a puseram em pé no seu lugar, mas na manhã seguinte havia acontecido a mesma coisa: a imagem estava caída diante da Arca do CRIADOR. Desta vez a cabeça e as mãos da imagem estavam separadas do corpo, caídas junto à porta de entrada; só ficou inteiro o corpo da imagem.
5. (É por esse motivo que até hoje, nem os sacerdotes de Dagom nem os seus adoradores pisam no batente da porta do Templo da Dagom, em Asdode).
6. Então UL começou a destruir o povo de Asdode e das vilas vizinhas com uma praga de tumores.
7. Quando o povo viu o que estava acontecendo, exclamou: Não podemos mais ter aqui a Arca do UL de Yaoshor’ul, Ele vai fazer perecer a nós todos juntamente com nosso ídolo Dagom.
8. Então convocaram uma reunião dos prefeitos das cinco cidades dos filisteus, para decidirem como se livrariam da Arca. E acharam que a coisa mais certa a fazer seria levar a Arca para Gate.
9. Mas quando a Arca chegou lá, o CRIADOR começou a destruir sua população, jovens e velhos, com a praga dos tumores, e o povo ficou em completo desespero.
10. Por isso mandaram a Arca para Ecrom, mas quando o povo de Ecrom viu que ela se aproximava, foi aquela gritaria: Estão trazendo a Arca do UL de Yaoshor’ul aqui, para nos matar também!
11. Assim reuniram de novo os prefeitos, e imploraram a eles que enviassem a Arca de volta ao seu próprio país, para que o povo filisteu não morresse todo, pois muitas pessoas já estavam com a praga, e a cidade inteira estava morrendo de medo.
12. As pessoas que não morriam estavam gravemente enfermas, e havia choro e lamentação por toda parte.
1. A ARCA DO CRIADOR esteve durante sete meses na terra dos filisteus.
2. Então os filisteus chamaram seus sacerdotes e adivinhadores, para perguntar: O que vamos fazer com a ‘Arca do CRIADOR? Que espécie de presente devemos mandar com ela, quando a devolvermos à sua própria terra?
3. Sim, mandem a Arca do UL de Yaoshor’ul de volta com um presente, disseram ao povo. Mandem uma oferta pela culpa, de maneira que acabe essa praga. Depois disso, se a praga não acabar, saberão que não foi o UL de Yaoshor’ul que mandou a praga sobre vocês.
4-5. Qual a oferta pela culpa que devemos mandar? o povo perguntou. E os sacerdotes e adivinhadores disseram: Mandem cinco modelos de ouro dos tumores causados pela praga, e cinco modelos de ouro dos ratos que têm arruinado toda a terra: tanto as cidades principais como as vilas. Se enviarem esses presentes e renderem louvores ao UL de Yaoshor’ul, talvez Ele pare de castigar vocês e o ídolo que vocês adoram.
6. Não sejam teimosos e rebeldes como Faraó e os egypcios. Eles não quiseram permitir que Yaoshor’ul saísse, até que o CRIADOR os destruiu com pragas horrorosas.
7. Agora construam um carro novo e prendam a ele: vacas que nunca antes puxaram carro; os bezerrinhos vocês levem para casa e prendam no curral.
8. Coloquem a Arca do CRIADOR no carro ao lado de um cofre com as ofertas pela culpa, os modelos de ouro dos ratos e dos tumores, e deixem que as vacas sigam pelo caminho que quiserem.
9. Se elas cruzarem a fronteira de nossa terra e se dirigirem para Beite-Semes, então saibam que foi o UL de Yaoshor’ul que trouxe este grande castigo sobre nós. Se não seguirem e voltarem a seus bezerros então saberemos que a praga foi simples coincidência, e de maneira alguma foi enviada pelo CRIADOR.
10. Assim o povo fez conforme as instruções recebidas. Duas vacas com bezerrinhos novos foram presas ao carro, seus bezerros ficaram presos no curral.
11. Depois colocaram no carro a Arca do CRIADOR, e o cofre com as imitações de ouro dos ratos e dos tumores.
12. E de fato as vacas seguiram diretamente pela estrada que vai para Beite-Semes, e iam berrando enquanto puxavam o carro. Os prefeitos filisteus foram atrás delas até às fronteiras de Beite-Semes.
13. Os moradores de Beite-Semes estavam colhendo trigo no vale, e quando viram a Arca, gritaram de tanta alegria!
14. O carro entrou no campo de um homem chamado Josué/Yao’sh, e parou ao lado de uma grande pedra. Então o povo quebrou em pedaços a madeira do carro para fazer fogo, e matou as vacas que foram oferecidas ao CRIADOR, como sacrifício queimado.
15. Diversos homens da tribo de Leví retiraram a Arca e o cofre do carro e os colocaram sobre a pedra. Os homens de Beite-Semes ofereceram sacrifícios queimados, e outros sacrifícios ao ETERNO naquele dia.
16. Depois que os cinco prefeitos filisteus viram tudo aquilo, voltaram a Ecrom naquele mesmo dia.
17. Os cinco modelos de ouro dos tumores, enviados pelos filisteus como oferta ao ETERNO pela culpa, eram presentes dos prefeitos das principais cidades de Asdode, Gaza (Azah), Ascalom, Gate e Ecrom.
18. Os ratos de ouro eram para oferta ao ETERNO pela culpa das outras cidades dos filisteus, tanto as cidades fortificadas como as vilas do interior, controladas pelas cinco cidades principais. (A propósito, a grande rocha sobre a qual puseram a Arca do CRIADOR, ainda pode ser vista em Beite-Semes, no campo de Yao’sh).
19. Porém o CRIADOR matou setenta homens de Beite-Semes porque eles olharam para dentro da Arca. E o povo chorou por causa das muitas pessoas que foram mortas pelo CRIADOR.
20. Quem pode estar perante o ETERNO, Este, o CRIADOR SANTO? clamaram. Para onde enviaremos a Arca daqui?
21. Assim, mandaram mensageiros ao povo de Kiryat-Yearim e lhes contaram que os filisteus tinham trazido de volta a Arca do CRIADOR. Venham buscar a Arca para vocês! ...eles imploraram.
1. ENTÃO VIERAM OS homens de Kiryat-Yearim e levaram a Arca do CRIADOR para a casa de Abinadabe, que fica numa colina; depois consagraram a seu filho Ul’ozor para tomar conta dela.
2. A Arca permaneceu ali durante vinte anos, e durante esse tempo o povo todo de Yaoshor’ul vivia em grande tristeza porque parecia que o CRIADOR tinha abandonado ao SEU POVO.
3. Nessa ocasião Shamu’ul disse ao povo: Se, na verdade, vocês desejam voltar ao CRIADOR, joguem fora os seus ídolos estrangeiros e as suas imagens de Astarote. Tomem a decisão de obedecer somente ao CRIADOR; então Ele livrará vocês das mãos dos filisteus.
4. Por isso os filhos de Yaoshor’ul destruíram suas imagens de Baal e de Astarote, e adoraram somente ao CRIADOR.
5. Shamu’ul disse mais a eles: Venham todos a Mizpah, e orarei ao CRIADOR a favor de vocês.
6. Então eles se reuniram ali e, numa grande cerimônia, tiraram água do poço e a derramaram perante o ETERNO. Também jejuaram o dia todo como sinal de arrependimento por causa dos seus pecados contra o CRIADOR. Assim, foi em Mizpah que Shamu’ul se tornou juiz de Yaoshor’ul.
7. Quando os chefes filisteus souberam que havia tanta gente em Mizpah, chamaram os seus soldados e avançaram. Os yaoshorul’itas ficaram com muito medo quando souberam que os filisteus se aproximavam.
8. Insista com o CRIADOR para nos salvar dos filisteus! imploravam a Shamu’ul.
9. Então Shamu’ul pegou um cordeirinho que ainda mamava e o ofereceu como sacrifício queimado ao CRIADOR, e orou ao CRIADOR para que ajudasse Yaoshor’ul. E o CRIADOR atendeu.
10. No momento em que Shamu’ul oferecia o sacrifício queimado, os filisteus chegaram para guerrear, mas o CRIADOR falou com uma poderosa voz de trovão que vinha do céu; eles ficaram numa tremenda confusão e medo, e com isso os yaoshorul’itas os derrotaram.
11. Foram atrás deles desde Mizpah, até perto de Beite-Car, matando todos ao longo do caminho.
12. Então Shamu’ul pegou uma pedra e a colocou entre Mizpah e Shem, e deu a essa pedra o nome de Ebenezer/Eban’ezer (que significa Pedra de Ajuda), porque ele disse: Até este ponto UL nos ajudou!
13. Assim os filisteus foram dominados e não invadiram mais Yaoshor’ul durante o tempo em que Shamu’ul viveu, porque o CRIADOR estava contra eles.
14. As cidades yaoshorul’itas situadas entre Ecrom e Gate, que foram conquistadas pelos filisteus, agora foram devolvidas a Yaoshor’ul, pois o exército yaoshorul’ita as livrou das mãos dos filisteus. E havia paz entre Yaoshor’ul e os amorreus naqueles tempos.
15-16. Shamu’ul continuou como juiz de Yaoshor’ul pelo restante de sua vida. De ano em ano viajava pelo pais, e estabelecia seu tribunal, primeiro em Beit’ul/Bohay’ul, depois em Gilgal e depois em Mizpah. Dos territórios vizinhos dessas cidades traziam a ele os casos que precisavam de julgamento.
17. Depois ele voltava a Ramá/Ro’emah, pois ali é que estava a sua casa, e ali também Shamu’ul julgava os casos que lhe eram apresentados. Em Ramá/Ro’emah ele edificou um altar ao CRIADOR.
1. AO FICAR VELHO, Shamu’ul se aposentou e nomeou seus filhos como juízes em seu lugar.
2-3. Joel/Yao’ul e Abias/Abiyah seus filhos mais velhos, foram juízes em Beer-Shevah; porém não eram como seu pai, pois tinham muita cobiça por dinheiro. Aceitavam dinheiro para favorecer a uns e prejudicar a outros, e eram muito corruptos para fazer justiça.
4-5. Por fim, os chefes de Yaoshor’ul se reuniram em Ramá/Ro’emah, a fim de discutir o problema com Shamu’ul. Disseram a Shamu’ul que desde que ele se aposentou as coisas tinham mudado muito, pois seus filhos não eram homens de bem. Escolha um rei para nós; veja que todas as outras nações têm seu rei, disseram os chefes de Yaoshor’ul.
6. Shamu’ul não ficou contente com esse pedido de um rei, e orou ao CRIADOR pedindo conselho.
7. Faça o que eles pedem, respondeu o CRIADOR, pois é a Mim que rejeitam, e não a você: eles não querem mais que Eu seja o Rei deles.
8. Desde quando os tirei do Egypto, continuamente Me abandonaram e seguiram aos ídolos. E agora tratam a você da mesma maneira.
9. Faça conforme eles pedem, mas também não deixe de avisar a eles, com toda seriedade o que é ter um rei!
10. Assim, Shamu’ul contou ao povo o que o CRIADOR tinha dito:
11-12. Se vocês insistem em ter um rei, ele vai convocar os seus filhos, e esses rapazes terão de correr na frente dos carros do rei; alguns serão obrigados a chefiar os soldados do rei na guerra, enquanto outros trabalharão como escravos; serão forçados a cultivar os campos do rei, e fazer as colheitas, sem receber pagamento; terão de fabricar armas para os soldados e equipamento para os carros de combate.
13. Ele vai tomar suas filhas e obrigará essas moças a cozinharem para ele, fabricar pão e perfumes.
14. Tomará de vocês o melhor dos seus campos e das suas plantações de uvas e de oliveiras e dará essas propriedades aos amigos dele.
15. Tomará a décima parte das colheitas de vocês, e dará aos seus amigos prediletos.
16. O rei exigirá os escravos que vocês possuem e também os jovens mais excelentes, e usará os seus animais para obter lucros.
17. Vocês terão de entregar a ele a décima parte dos seus rebanhos, e serão escravos do rei.
18. Vocês vão chorar lágrimas amargas por causa deste rei que estão exigindo, mas o CRIADOR não virá ajudar vocês.
19. Porém o povo não quis atender ao aviso de Shamu’ul. Mesmo assim, ainda queremos um rei, eles disseram,
20. Porque desejamos ser iguais às nações ao nosso redor. Ele nos governará, e nos conduzirá à guerra.
21-22. Shamu’ul contou ao CRIADOR o que o povo havia dito, e o CRIADOR respondeu novamente: Então faça conforme eles pedem, e dê a eles um rei. Assim Shamu’ul concordou, e mandou que os homens voltassem para casa.
1. KISH ERA UM HOMEM RICO e de grande influência; ele era da tribo de Benyamín. Kish era filho de Abi’ul, neto de Zeror, bisneto de Becorate e trineto de Afia.
2. Ele tinha um filho por nome Sha’ul, o moço mais vistoso em Yaoshor’ul. Dos ombros para cima, era mais alto do que qualquer outro homem naquele pais!
3. Um dia, os jumentos de Kish se perderam, e então ele mandou Sha’ul e um empregado à procura dos animais.
4. Estes andaram por toda a região das montanhas de Efraim/Efrohim, pela terra de Salisa, depois foram à região de Saalim, percorreram toda a terra de Benyamín, e não encontraram os animais em parte alguma.
5. Finalmente, depois de procurar na terra de Zufe, Sha’ul disse ao empregado: Vamos voltar para casa; a estas horas meu pai estará mais preocupado com nós dois do que com os jumentos!
6. Porém o empregado disse: Acabo de pensar numa coisa! Nesta cidade mora um profeta; todo o povo daqui tem muita consideração por ele, porque tudo quanto ele diz acontece; vamos ver se o encontramos, e talvez ele nos diga onde estão os animais que procuramos.
7. Mas não temos nada com que pagar esse homem, respondeu Sha’ul. Até mesmo o nosso alimento se acabou, e não temos nada para dar a ele.
8. Bem, disse o criado, eu tenho aqui alguma prata. Pelo menos podemos oferecer esse dinheiro a ele, e ver se ele nos mostra o caminho!
9-11. Está bem, concordou Sha’ul, vamos tentar! E assim foram para a cidade onde morava o profeta. Quando subiam uma colina em direção à cidade, viram algumas moças que saíam para tirar água. Então perguntaram a elas se sabiam se o vidente estava na cidade. (Naqueles dias os profetas eram chamados videntes. Vamos perguntar ao vidente, diziam as pessoas, em vez de dizerem Vamos perguntar ao profeta, como agora se diz).
12-13. Sim, responderam as moças; continuem por esta estrada. Ele mora logo depois que se entra na cidade. E acaba de voltar de uma viagem, para tomar parte num sacrifício público no alto da montanha. Por isso andem ligeiro, pois é provável que esteja de saída, quando vocês chegarem lá; os convidados não podem comer, enquanto o vidente não chega e abençoa o alimento.
14-15. E assim foram eles para a cidade, e quando entravam pela porta, viram Shamu’ul que saía na direção deles e se dirigia para o lugar do culto. No dia anterior, o CRIADOR tinha dito a Shamu’ul:
16. A manhã, a estas horas, vou enviar a você um homem da terra de Benyamín. Você deve derramar óleo sobre a cabeça dele, como sinal de que ele dirigirá o Meu povo. Esse homem livrará o Meu povo das mãos dos filisteus, pois estou cuidando do Meu povo, e vou atender ao seu clamor.
17. Quando Shamu’ul viu a Sha’ul, o CRIADOR disse: Esse é o homem sobre o qual lhe falei! Ele governará o Meu povo.
18. Nesse instante, Sha’ul se aproximou de Shamu’ul e perguntou: pode me dizer, por favor, onde é a casa do vidente [profeta]?
19. Eu sou o vidente! respondeu Shamu’ul. Suba até ao lugar de culto adiante de mim e comeremos juntos; pela manhã eu lhe direi o que você deseja saber, e indicarei o caminho a seguir.
20. E não se preocupe com os jumentos que se perderam há três dias, porque já foram encontrados. De qualquer maneira, você agora possui toda a riqueza de Yaoshor’ul!
21. Mas, maoro’eh/mestre, respondeu Sha’ul. Sou da tribo de Benyamín, a menor das tribos de Yaoshor’ul, e minha família é a menos importante de todas as famílias da tribo! O maoro’eh/mestre deve estar enganado a meu respeito!
22. Então Shamu’ul levou a Sha’ul e seu empregado para a grande sala e os fez assentar à cabeceira da mesa, dando-lhes lugar de honra, acima dos trinta convidados especiais.
23. Shamu’ul ordenou ao cozinheiro-chefe, que trouxesse a Sha’ul o melhor pedaço de carne, aquele pedaço que tinha sido preparado para o convidado de honra.
24. Então o cozinheiro-chefe trouxe o pedaço de carne e o colocou diante de Sha’ul. Vamos, coma, disse Shamu’ul, pois eu estava guardando esse pedaço para você, antes mesmo de haver convidado esses outros!’ Assim Sha’ul comeu na companhia de Shamu’ul.
25. Terminada a festa, voltaram para a cidade; Shamu’ul levou Sha’ul para uma varanda construída sobre o teto da casa, e ali conversaram por algum tempo.
26-27. Ao amanhecer do dia seguinte, Shamu’ul chamou Sha’ul: Levante-se; já é hora de você partir! Sha’ul levantou-se e Shamu’ul o acompanhou até à saída da cidade. Ao chegarem aos muros da cidade, Shamu’ul disse a Sha’ul que mandasse o seu empregado passar na frente, e então disse a Sha’ul: Recebi do CRIADOR um recado especial para você.
1. SHAMU’UL PEGOU ENTÃO um vaso de azeite e o derramou sobre a cabeça de Sha’ul, e o beijou na face e disse: Faço isto porque o CRIADOR escolheu você para ser o rei do SEU POVO, Yaoshor’ul!
2. Quando você me deixar, vai ver dois homens ao lado do túmulo de Raquel/Roqa’ul, em Zelza, na terra de Benyamín; eles lhe dirão que já foram encontrados os jumentos e que seu pai está preocupado com a sua demora, e pergunta: ‘Que hei de fazer para achar meu filho?’
3. E quando você chegar ao carvalho de Tabor, verá três homens que vêm em sua direção; eles estão a caminho de Beit’ul/Bohay’ul, aonde vão a fim de adorar ao CRIADOR no altar que existe ali. Um deles leva três cabritos, outro leva três pães, e o terceiro leva uma garrafa de vinho.
4. Eles vão cumprimentar você e lhe oferecer dois dos pães; aceite os pães que lhe oferecem.
5. Depois disso você irá a Gibeah-Ulhim, também conhecido como Monte do ETERNO, onde está a tropa dos filisteus que guarda a cidade. Ao chegar lá, você encontrará um grupo de profetas descendo do monte; eles vêm tocando saltérios, tambores, flautas e harpas, e também profetizam.
6. Nesse momento o CRIADOR, em Espírito/RUKHÁ, virá poderosamente sobre você, e você profetizará com eles e se sentirá uma pessoa diferente, e agirá como se fosse uma pessoa diferente.
7. Desse momento em diante, as decisões que você tomar devem estar sempre de acordo com o que pareça melhor segundo as circunstâncias, pois o CRIADOR guiará você.
8. Vá a Gilgal e espere ali por mim durante sete dias, pois eu irei a fim de oferecer os sacrifícios queimados e os sacrifícios de paz. Quando chegar, eu lhe darei outras instruções.
9. Quando Sha’ul se despediu, pronto para ir embora, o CRIADOR lhe deu uma nova atitude, e todos os sinais profetizados por Shamu’ul se realizaram naquele dia.
10. No momento em que Sha’ul e o empregado chegaram ao Monte do ETERNO, viram os profetas que vinham ao encontro deles, e o Ru’kha UL’HIM veio sobre Sha’ul, e ele também começou a profetizar.
11. Seus amigos souberam disso e exclamaram: Que é isso? Sha’ul, agora é profeta?
12. E um dos vizinhos acrescentou: Com um pai como o dele? Essa é, pois, a origem do provérbio: Também Sha’ul é profeta?
13. Tendo Sha’ul acabado de profetizar, subiu ao monte onde está o altar.
14. Por onde andaram vocês? o tio de Sha’ul perguntou a ele. E Sha’ul respondeu: Saímos para procurar os jumentos, mas não conseguimos encontrá-los; então fomos ao profeta Shamu’ul perguntar a ele onde estavam os animais.
15. Ah, é? E que foi que ele disse, perguntou o tio.
16. Disse que os jumentos já tinham sido encontrados, respondeu Sha’ul. (Porém ele não contou ao tio que tinha sido ungido rei!)
17-19. Shamu’ul mandou que todo o Yaoshor’ul se reunisse em Mizpah, e deu ao povo este recado da parte do CRIADOR: Eu tirei vocês do Egypto e os livrei dos egypcios e de todas as nações que maltrataram vocês. Mas apesar de ter feito tanta coisa em favor de vocês, ainda assim Me rejeitaram e disseram: ‘Preferimos ter um rei!’ Está bem; apresentem-se, pois, diante do ETERNO, por tribos e famílias.
20. Assim Shamu’ul chamou os chefes de tribos para que se reunissem diante do ETERNO, e a tribo de Benyamín foi escolhida por sorteio.
21. Então Shamu’ul trouxe cada família da tribo de Benyamín perante o ETERNO, e foi escolhida a família de Matri. E, finalmente, foi sorteado Sha’ul, filho de Kish. Mas quando o procuraram, não conseguiram achá-lo!
22. Por isso perguntaram ao CRIADOR: Onde está Sha’ul? Está aqui entre nós? E o CRIADOR respondeu: Sha’ul está escondido no meio da bagagem.
23. De fato o encontraram e o trouxeram para fora, e ele era o mais alto de todos ali; dos ombros para cima, ninguém tinha a altura dele.
24. Então Shamu’ul disse a todo o povo: Este é o homem que o CRIADOR escolheu como rei de Yaoshor’ul. Não há outro igual a ele em todo o povo! E o povo gritou: Viva o rei!
25. Shamu’ul repetiu então ao povo quais eram os direitos e as obrigações de um rei; escreveu-os num livro e colocou esse livro num lugar especial perante o ETERNO. Depois Shamu’ul mandou que todos voltassem para casa.
26. Quando Sha’ul voltou para sua casa em Gibeah, o CRIADOR tocou o coração de um grupo de homens que se tornaram companheiros de Sha’ul em todos os momentos.
27. Havia, porém, alguns vadios que exclamavam: Como é que este homem pode salvar-nos? E desprezaram a Sha’ul e não lhe trouxeram presentes. Porém Sha’ul não deu a mínima importância.
1. NESSE TEMPO NAÁS levou o exército dos amonitas contra a cidade yaoshorul’ita de Yabesh-Ga’ul-iod. Porém os moradores de Yabesh pediram paz. Deixe-nos em paz, e nós seremos seus servidores, eles pediram.
2. Está bem, disse Naás, mas somente sob uma condição: eu arrancarei o olho direito de todos vocês, como vergonha sobre todo o Yaoshor’ul!
3. Dê-nos sete dias para ver se conseguimos algum auxílio mandando recados para o restante de Yaoshor’ul, responderam as autoridades de Yabesh. Se nenhum dos nossos irmãos vier salvar-nos, nós aceitaremos suas condições.
4. Chegando um mensageiro a Gibeah, a cidade onde Sha’ul morava, contou ao povo a respeito da situação em que se encontravam os de Yabesh. E todos começaram a chorar.
5. Sha’ul estava arando a terra no campo, e quando voltou à cidade, perguntou: O que aconteceu? Por que toda a gente está chorando? Então contaram a ele a respeito da mensagem que veio de Yabesh.
6. E o Ru’kha UL’HIM tomou conta de Sha’ul, e ele ficou muito zangado.
7. Pegou dois bois e os cortou em pedaços e mandou mensageiros levarem os pedaços por todo o território de Yaoshor’ul. Isto é o que vai acontecer aos bois de todo aquele que não quiser seguir a Sha’ul e Shamu’ul na batalha! anunciou Sha’ul. E o CRIADOR fez com que o povo tivesse medo da ira de Sha’ul, e todos vieram a ele como um só homem.
8. Sha’ul contou os homens em Bezeque e viu que havia trezentos mil deles, além de trinta mil homens de Judáh/Yaohu’dah.
9. Em vista disso, mandou os mensageiros de volta a Yabesh-Ga’ul-iod, com este recado: Nós iremos salvar vocês amanhã, antes do meio-dia! Foi enorme a alegria do povo quando os mensageiros chegaram com a notícia!
10. Então os homens de Yabesh disseram aos seus inimigos: Vamos render-nos. Amanhã nos entrega-remos a vocês, e vocês podem fazer conosco o que desejarem.
11. Mas bem cedo, na manhã seguinte, Sha’ul chegou. Ele dividiu o seu exército em três companhias, e atacou de surpresa os amonitas e os matou durante a manhã toda. O restante do exército amonita se espalhou de tal maneira, que não ficaram dois juntos.
12-13. Então o povo disse a Shamu’ul: Onde estão aqueles que diziam que Sha’ul não seria nosso rei? Tragam esses homens aqui e vamos matá-los! Porém Sha’ul respondeu: Ninguém será morto hoje; porque hoje o CRIADOR salvou a Yaoshor’ul!
14-15. Então Shamu’ul disse ao povo: Venham, vamos todos a Gilgal, e confirmemos a Sha’ul novamente como nosso rei. Assim foram a Gilgal, e numa bonita cerimônia diante do ETERNO eles puseram a coroa sobre a cabeça de Sha’ul. Depois apresentaram ofertas de paz ao CRIADOR, e Sha’ul e todo o Yaoshor’ul estavam muito felizes.
1. SHAMU’UL FALOU novamente ao povo: Vejam, disse ele, fiz conforme vocês pediram. Dei-lhes um rei.
2. Escolhi esse homem, passando para trás meus próprios filhos, e agora aqui estou, velho e de cabelos brancos; sou homem que estive a serviço do público, desde meus tempos de rapaz.
3. Agora me digam, enquanto estou diante do ETERNO e diante do rei ungido do ETERNO: De quem furtei um boi ou um jumento? Alguma vez dei prejuízo a alguém? Alguma vez oprimi alguém? De quem recebi dinheiro para fazer o que não era certo? Digam-me, e corrigirei qualquer erro que eu tenha cometido.
4. Não, responderam eles, você nunca deu prejuízo a nenhum de nós, nem nos oprimiu de qualquer maneira, e nunca recebeu dinheiro algum para favorecer uma pessoa e prejudicar outra.
5. O CRIADOR e o rei ungido do ETERNO são minhas testemunhas, declarou Shamu’ul, de que vocês não podem me acusar de qualquer roubo. Sim, é a pura verdade, responderam.
6. Testemunha disso é o CRIADOR, que escolheu a Mehu’shua e Aarão, continuou Shamu’ul. Foi Ele quem tirou os seus pais da terra do Egypto.
7. Agora fiquem aqui em silêncio perante o ETERNO, enquanto vou lembrar todas as boas coisas que Ele fez para defender a causa de vocês e de seus pais.
8. Quando os yaoshorul’itas estavam no Egypto e clamaram ao CRIADOR, Ele enviou Mehu’shua e Aarão para os trazerem a esta terra.
9. Mas logo eles se esqueceram do CRIADOR, seu UL, e assim Ele permitiu que fossem conquistados por Sísera, comandante do exército do rei Hazor, pelos filisteus e pelo rei de Moabe.
10. Eles então clamaram novamente ao CRIADOR e confessaram que haviam pecado quando se apartaram dEle e adoraram as imagens de Baal e de Astarote. E prometeram: ‘Adoraremos ao CRIADOR e ao CRIADOR somente, se nos livrar dos nossos inimigos’.
11. Então UL enviou a Gideon, a Baraque/Boruhaoq, a Yahptakh e a Shamu’ul para livrar vocês, e vocês viverem em segurança.
12. Mas quando vocês ficaram com medo de Naás, rei de Amom, aí me procuraram e disseram que desejavam um rei para reinar sobre vocês. Porém o CRIADOR já era Rei de vocês, pois Ele sempre foi o seu Rei.
13. Pois bem, aqui está o rei que vocês escolheram. Olhem bem para ele. Vocês o pediram, e o CRIADOR respondeu ao pedido que fizeram.
14. Se vocês respeitarem e adorarem ao CRIADOR e obedecerem aos seus mandamentos e não se rebelaram contra o CRIADOR, e se tanto vocês como o seu rei seguirem ao CRIADOR, seu UL, então tudo irá bem.
15. Mas se vocês se rebelarem contra os manda-mentos do CRIADOR e não quiserem atender ao que Ele diz, então a mão do CRIADOR será tão pesada sobre vocês, como foi sobre seus pais.
16. Agora vejam enquanto UL faz grandes milagres.
17. Vocês sabem que não chove nesta época do ano, durante a colheita do trigo; vou orar para que o CRIADOR envie trovões e chuva hoje, de maneira que vocês reconheçam até que ponto chegou a maldade de vocês ao pedirem um rei!
18. Então Shamu’ul pediu ao CRIADOR, e o CRIADOR mandou trovões e chuva; e todo o povo ficou com muito medo do CRIADOR, e de Shamu’ul.
19. Ore a nosso favor para que não morramos! eles clamaram a Shamu’ul. Porque agora acrescentamos a todos os nossos pecados, mais este de pedir para nós um rei.
20. Não fiquem amedrontados, disse Shamu’ul ao povo. Certamente vocês erraram, mas agora adorem ao CRIADOR com verdadeiro entusiasmo, e nunca mais virem as costas para Ele.
21. Os ídolos não podem ajudar vocês; não têm nenhum valor.
22. O CRIADOR não abandonará o SEU POVO escolhido, pois isso seria uma desonra para o Seu poderoso Nome. Ele fez de vocês uma nação especial para Ele: simplesmente porque Ele quis!
23. Quanto a mim, longe de mim esteja que eu cometa pecado contra o CRIADOR, deixando de orar em favor de vocês; continuarei a ensinar a vocês tudo quanto for bom e direito.
24. Confiem no CRIADOR, e adorem a Ele com sinceridade; pensem nas grandes coisas que Ele fez por vocês.
25. Mas se continuarem a pecar, vocês e o seu rei serão destruídos.
1-2. FAZIA UM ANO que Sha’ul era rei. No segundo ano do seu reinado, escolheu três mil soldados especiais e levou consigo dois mil desses homens a Micmás e ao Monte Beit’ul/Bohay’ul, enquanto os outros mil ficaram com Jônatas/Yahnak’ham, filho de Sha’ul, em Gibeah, na terra de Benyamín. Mandou o restante do exército para casa.
3-4. Jônatas/Yahnak’ham atacou e destruiu a guarnição dos filisteus localizada em Geba. A notícia se espalhou rapidamente por toda a terra dos filisteus, e Sha’ul mandou tocar a trombeta por toda a terra de Yaoshor’ul, anunciando que havia destruído a guarnição dos filisteus, e ao mesmo tempo avisava as tropas yaoshorul’itas que elas eram odiadas pelos filisteus. Assim, todo o exército de Yaoshor’ul pegou em armas novamente e se reuniu em Gilgal.
5. Os filisteus formaram um poderoso exército de três mil carros de guerra, seis mil cavaleiros e tantos soldados como a areia da praia, e se acamparam em Micmás, que fica ao leste de Beite-Aven.
6. Quando os homens de Yaoshor’ul viram aquela enorme quantidade de soldados inimigos, perderam a coragem por completo e procuraram esconder-se nas cavernas, nas moitas, nos esconderijos, entre as rochas, e mesmo nos túmulos e nos poços.
7. Alguns deles atravessaram o rio Jordão/Yardayan e fugiram para a terra de Gad/Ga’old e Ga’ul-iod. Enquanto isto, Sha’ul ficou em Gilgal, e os que estavam com ele tremiam de medo.
8. Shamu’ul havia dito a Sha’ul que esperasse a sua chegada durante sete dias, mas como Shamu’ul não tinha vindo, os soldados começaram a debandar rapidamente.
9. Em vista disso, o próprio Sha’ul resolveu apresentar o sacrifício queimado e as ofertas de paz.
10-12. Mas, justamente quando ele terminava, Shamu’ul chegou. Sha’ul saiu para encontrá-lo e receber a sua bênção, porém Shamu’ul perguntou: Que é isto que você fez? Bem, respondeu Sha’ul’, quando vi que meus homens se iam espalhando daqui, e que você não chegava no prazo marcado, e os filisteus estavam em Micmás, prontos para a batalha, eu disse para mim mesmo: ‘Os filisteus estão prontos para marchar contra nós, e eu não pedi o auxílio do CRIADOR!’ Por isso, contra a minha vontade, ofereci o sacrifício queimado, sem esperar a sua chegada.
13-14. Louco! exclamou Shamu’ul. Você desobedeceu ao mandamento do CRIADOR, seu UL. Ele tinha planos de fazer você e seus filhos reis de Yaoshor’ul para sempre, mas agora esses planos vão terminar. O CRIADOR quer um homem que obedeça ao que Ele diz. E Ele descobriu o homem que deseja, e já o indicou como rei sobre o Seu Povo; pois você não obedeceu ao mandamento do CRIADOR.
15. Então Shamu’ul saiu de Gilgal e foi para Gibeah, na terra de Benyamín. Quando Sha’ul contou os soldados que ainda estavam com ele, verificou que haviam ficado somente uns seiscentos homens!
16. Sha’ul, Jônatas/Yahnak’ham e mais esses seiscentos homens estabeleceram seu acampamento em Geba, na terra de Benyamín; porém os filisteus permaneceram em Micmás.
17. Três batalhões de atacantes deixaram o acampamento dos filisteus; um deles foi em direção de Ofra, na terra de Sha’ul;
18. Outro foi para Beite-Horom, e o terceiro tomou o caminho da fronteira, acima do vale de Zeboim, próximo ao deserto.
19. Não havia nenhum ferreiro em toda a terra de Yaoshor’ul naqueles dias, pois os filisteus não permitiam, temendo que eles fabricassem espadas e lanças para os hebreus.
20. Assim, sempre que os yaoshorul’itas tinham de afiar as peças de ferro dos seus arados, os machados ou as enxadas, era preciso levar essas ferramentas aos ferreiros filisteus.
21. As ferramentas dos yaoshorul’itas estavam todas cegas, não cortavam nada, e não se podia aguçar nem mesmo uma simples ponta de aguilhão.
22-23. Por isso não havia uma única espada ou lança em todo o exército de Yaoshor’ul naquele dia; somente Sha’ul e Jônatas/Yahnak’ham é que tinham espadas e lanças. Nesse meio tempo, o desfiladeiro de Micmás caiu em poder dos filisteus.
1. DEPOIS DE ALGUM tempo, o príncipe Yahnak’ham disse ao seu guarda costas: Venha comigo, vamos atravessar o vale e chegar à guarnição dos filisteus. Porém não disse nada ao seu pai sobre o que pretendia fazer.
2. Sha’ul e seus seiscentos homens estavam acampados na saída de Gibeah, ao redor da árvore de romãs em Migrom.
3. Dentre os seus homens estava o sacerdote Aías (filho de Aitube, irmão de Ichavod; Aitube era neto de Finéias/Phink’yah e bisneto de Eli/Uli, sacerdote do CRIADOR em Sheloh). Ninguém percebeu que Jônatas/Yahnak’ham tinha ido.
4. Para chegar à guarnição dos filisteus, Jônatas/Yahnak’ham tinha de passar por um desfiladeiro estreito entre duas grandes rochas que ficavam quase em posição vertical; uma delas se chamava Bozez e a outra Sené.
5. A rocha que ficava ao norte estava em frente de Micmás, e a que ficava ao sul estava em frente de Geba.
6. Sim, vamos chegar até onde estão aqueles homens que não respeitam ao CRIADOR, Jônatas/Yahnak’ham disse ao seu guarda-costas. Talvez o CRIADOR faça um milagre para nós, porque Ele pode dar a vitória por meio de muitos ou de poucos! .
7. Ótimo! respondeu o moço. Faça como achar melhor; eu estou à sua inteira disposição, para o que der e vier.
8. Pois bem, então é isto que vamos fazer, Jônatas/Yahnak’ham disse ao moço. Chegaremos perto para sermos vistos por eles.
9. Quando eles nos virem, se disserem: ‘Alto lá! Fiquem onde estão ou nós mataremos vocês!’ então nós paramos e esperamos por eles.
10. Se, porém, disserem: ‘Venham cá para cima e lutem!’ então faremos exatamente isso; pois será sinal de que o CRIADOR nos ajudará a derrotá-los!
11. Quando os filisteus viram os dois chegando, gritaram: Olhem só! Os yaoshorul’itas estão saindo dos seus buracos!
12. Então os filisteus gritaram para Yahnak’ham: Venham cá em cima, e nós lhes mostraremos como é que se luta! Vamos, suba logo atrás de mim, disse Jônatas/Yahnak’ham ao seu guarda-costas, pois o CRIADOR nos ajudará a derrotá-los!
13-15. Então os dois subiram de gatinhas, com muita dificuldade, e os filisteus recuavam enquanto Jônatas/Yahnak’ham e o moço os matavam a torto e a direito; morreram cerca de uns vinte homens e seus corpos estavam espalhados num espaço estreito e comprido como o sulco de um arado. De repente foi aquele pânico geral no meio do exército dos filisteus, inclusive entre os soldados dos batalhões atacantes. E houve nesse momento um tremor de terra, o que veio aumentar ainda mais o terror!
16. As sentinelas de Sha’ul em Gibeah viram uma coisa estranha: O vasto exército dos filisteus começou a espalhar-se em todas as direções.
17. Descubram quem não está aqui, ordenou Sha’ul aos seus oficiais. E quando conferiram a lista de todos os homens, verificaram que Jônatas/Yahnak’ham e seu guarda-costas tinham saído.
18. Traga a Arca do CRIADOR, Sha’ul disse a Aías. (Porque a Arca estava com o exército de Yaoshor’ul naquele tempo).
19. Mas enquanto Sha’ul falava com o sacerdote, a gritaria e a desordem no acampamento dos filisteus iam aumentando cada vez mais. Depressa! O que é que o CRIADOR diz, perguntou Sha’ul.
20. Então Sha’ul e seus seiscentos homens correram para o campo de batalha e encontraram os filisteus matando-se uns aos outros, e uma terrível confusão por toda parte.
21. Os hebreus que tinham sido levados para o exército filisteu então se revoltaram e lutavam ao lado dos yaoshorul’itas.
22. Finalmente, até os homens que estavam escondidos nas montanhas, saíram correndo atrás dos filisteus quando viram que estes fugiam.
23. Assim o CRIADOR salvou a Yaoshor’ul naquele dia, e a batalha continuou além de Beite-Aven.
24-26. Sha’ul tinha declarado: Caia uma maldição sobre qualquer pessoa que comer alguma coisa antes do anoitecer, antes que eu me vingue por completo dos meus inimigos. Por isso ninguém comeu nada o dia todo, muito embora tivessem encontrado favos de mel no chão da floresta, pois todos temiam a maldição de Sha’ul.
27. Jônatas/Yahnak’ham, porém, não sabia da ordem do seu pai; por isso ele enfiou uma vara num favo de mel, e depois de comer, se sentiu muito melhor.
28. Então alguém lhe disse que seu pai tinha lançado uma maldição sobre qualquer pessoa que tomasse alimento aquele dia, e como resultado disso, todos estavam cansados e sem forças.
29. Isso é ridículo! exclamou Jônatas/Yahnak’ham. Uma ordem dessa só prejudica nosso povo. Vejam como me sinto muito melhor agora que comi um pouco de mel.
30. Se o povo tivesse permissão para comer à vontade do alimento que encontraram no acampamento dos nossos inimigos, imaginem só quantos mais poderíamos ter matado!
31. Apesar de estarem famintos, os yaoshorul’itas perseguiram e mataram os filisteus o dia todo, desde Micmás até Ayalon; e com isso ficavam cada vez mais esgotados em suas forças.
32 Naquela noite, eles recolheram os despojos da batalha, mataram as ovelhas, os bois e os bezerros, e comeram a carne crua, com sangue.
33-34. Alguém foi contar a Sha’ul o que estavam acontecendo, pois o povo pecava contra o CRIADOR pelo fato de comer sangue. Isso está muito errado, disse Sha’ul. Rolem para cá uma grande pedra, e saiam por entre os soldados, dizendo a eles que tragam os bois e as ovelhas aqui para os matarem e deixar escorrer o sangue, e não pequem contra o CRIADOR pelo fato de comerem com o sangue. Foi isso que eles fizeram.
35. Sha’ul construiu um altar para o ETERNO: O primeiro que ele construiu.
36. Depois Sha’ul disse: Vamos caçar os filisteus a noite toda, e destruir até o último deles. Ótimo! responderam os seus homens. Faça o que achar melhor. Porém o sacerdote disse: Primeiro vamos perguntar ao CRIADOR.
37. De modo que Sha’ul perguntou ao CRIADOR: Devemos ir atrás dos filisteus? O CRIADOR nos ajudará a derrotá-los? Porém passou a noite toda, sem que o CRIADOR desse resposta.
38. Sha’ul disse então aos chefes: Alguma coisa está errada! Devemos descobrir que pecado foi cometido hoje.
39. Dou minha palavra de honra, pelo nome do UL que salvou a Yaoshor’ul, que ainda que o culpado seja meu próprio filho Jônatas/Yahnak’ham, certamente ele morrerá! Mas ninguém teve coragem de dizer ao rei qual era o problema.
40. E Sha’ul fez esta proposta: Jônatas/Yahnak’ham e eu ficaremos aqui, e todos vocês ficarão lá. E o povo concordou.
41. Então Sha’ul disse. Ó UL (CRIADOR) de Yaoshor’ul, por que não respondeu à minha pergunta? O que é que está errado? Acaso Jônatas/Yahnak’ham e eu somos culpados, ou o pecado está entre os outros? Ó UL (CRIADOR), mostre-nos quem é o culpado. E Jônatas/Yahna-k’ham e Sha’ul foram escolhidos por sorteio como sendo os culpados, e o povo foi declarado inocente.
42. Então Sha’ul disse: Agora tirem a sorte entre mim e Jônatas/Yahnak’ham. E Yahnak’ham foi escolhido como o culpado.
43. Diga-me o que foi que você fez, Sha’ul ordenou a Jônatas/Yahnak’ham. Eu provei um pouco de mel, confessou Jônatas/Yahnak’ham. Foi só um pouquinho na ponta de uma vara; mas agora devo morrer.
44. Sim, Jônatas/Yahnak’ham, disse Sha’ul, você deve morrer; que o CRIADOR me castigue se você não for morto por isto.
45. Mas os soldados não gostaram nada da idéia e disseram: Jônatas/Yahnak’ham deve morrer, ele que hoje libertou a Yaoshor’ul? Isso não vai acontecer! Damos nossa palavra de honra, que não se tocará nem mesmo num fio de cabelo da sua cabeça, pois o CRIADOR o usou para fazer um poderoso milagre hoje. E assim o povo salvou a Jônatas/Yahnak’ham.
46. Então Sha’ul mandou que o exército voltasse, e os filisteus se foram para suas casas.
47. E agora, visto que estava firme Como rei de Yaoshor’ul, Sha’ul enviou o exército yaoshorul’ita em todas as direções contra Moabe, Amom, Edom; contra os reis de Zobá e os filisteus. E para onde quer que Sha’ul se dirigia, ele saía vitorioso.
48. Sha’ul fez grandes coisas e conquistou os amalequitas; também libertou Yaoshor’ul de todos aqueles que tinham sido seus conquistadores.
49. Sha’ul tinha três filhos: Jônatas/Yahnak’ham, Isvi e Molkhishúa; e duas filhas: Merabe e Mical. Merabe era a mais velha das duas.
50-51. A mulher de Sha’ul era Ainoã, filha de Aimaás. O general-chefe do seu exército era seu primo Abner, filho de Ner, tio de Sha’ul. (Ner, o pai de Abner, e Kish, o pai de Sha’ul eram irmãos; ambos eram filhos de Abi’ul).
52. Os yaoshorul’itas viveram em luta constante com os filisteus durante a vida de Sha’ul. E sempre que Sha’ul via qualquer moço corajoso e forte, ele o convocava para o seu exército.
1. UM DIA SHAMU’UL disse a Sha’ul: O CRIADOR me mandou derramar óleo sobre a sua cabeça, com o sinal de que você reinaria sobre o povo do ETERNO, Yaoshor’ul, e assim eu fiz. Agora trate de obedecer ao CRIADOR.
2. Esta é a ordem do ETERNO para você: ‘Resolvi castigar a nação de Ameleque porque não quis permitir que Meu povo atravessasse pelo seu território quando Yaoshor’ul veio do Egypto.
3. Agora vá e destrua por completo a nação de Ameleque: homens, mulheres, crianças maiores, e até mesmo crianças que ainda mamam, bois, ovelhas, camelos e jumentos’.
4. Diante disso, Sha’ul reuniu o seu exército em Telaim. Havia duzentos mil soldados de infantaria, além de dez mil homens vindos de Judáh/Yaohu’dah.
5. Os amalequitas estavam acampados no vale.
6. Sha’ul mandou um recado aos queneus, dizendo a eles que saíssem do meio dos amalequitas, pois se não saíssem, morreriam com eles. Isto é porque vocês foram bondosos com o povo de Yaoshor’ul quando ele saiu da terra do Egypto, Sha’ul explicou. Então os queneus ajuntaram o que possuíam e se retiraram.
7. Sha’ul matou então os amalequitas desde Havilá até chegar a Sur, ao leste do Egypto.
8. Agague, rei dos amalequitas, foi preso com vida, porém Sha’ul matou a todo o povo.
9. Contudo, Sha’ul e seus homens não mataram a Agague, nem o que havia de melhor em ovelhas e bois, e os cordeiros mais gordos: tudo, na verdade, que achavam que seria uma pena matar. Destruíram somente o que valia pouca coisa ou era de qualidade inferior.
10. O CRIADOR disse então a Shamu’ul:
11. Lamento haver feito rei a Sha’ul, pois novamente ele se recusa a obedecer-Me. Ele não faz o que Eu mando! Shamu’ul ficou tão triste quando ouviu isso que clamou em oração ao CRIADOR toda a noite.
12. Levantou-se bem cedinho, na manhã seguinte, e saiu para encontrar Sha’ul. Alguém disse que ele tinha ido ao monte Carmelo/Carmi’ul levantar um monumento para si próprio, e dali seguiu viagem para Gilgal.
13. Quando, finalmente, Shamu’ul o encontrou, Sha’ul o cumprimentou com alegria. Olá, amigo, disse Sha’ul. Bem cumpri a ordem do CRIADOR!
14. Então o que significa todo esse berro de ovelhas e o mugido de bois que estou ouvindo, perguntou Shamu’ul.
15. É verdade que o exército não matou o melhor das ovelhas e dos bois, Sha’ul confessou, porém esses animais vão ser sacrificados ao CRIADOR, seu UL; quanto ao restante, destruímos tudo.
16. Então Shamu’ul disse a Sha’ul: Espere! Ouça o que o CRIADOR me disse a noite passada! O que foi? Sha’ul perguntou.
17. E Shamu’ul lhe disse: Quando você não valia muito aos seus próprios olhos, o CRIADOR fez de você o rei de Yaoshor’ul.
18. Ele lhe mandou um recado e disse: ‘Vá e destrua por completo estes pecadores, os amalequitas, até que morram todos’.
19. Por que, pois, você não obedeceu ao CRIADOR? Por que se apressou em tomar o que os amalequitas possuíam, e fez exatamente o que o CRIADOR disse para não fazer?
20. Ao contrário, eu obedeci ao CRIADOR, Sha’ul insistiu. Fiz o que Ele me disse para fazer; trouxe o rei Agague, e matei a todos os outros.
21. E somente quando meus soldados exigiram, é que lhes dei permissão para conservar o melhor das ovelhas e bois, e o que os amalequitas possuíam, a fim de sacrificá-los ao CRIADOR.
22. Shamu’ul respondeu: Acaso UL tem tanto prazer em suas ofertas queimadas e sacrifícios, como tem em sua obediência? Obedecer é muito melhor do que sacrificar. O CRIADOR está muito mais interessado em que você atenda ao que Ele ordena, do que nas ofertas da gordura de carneiros.
23. Porque a rebelião é tão ruim como o pecado de feitiçaria, e a teimosia é tão ruim como adorar a imagens. E agora, já que você rejeitou a palavra do CRIADOR, Ele rejeitou a você, para que não seja rei.
24. Finalmente Sha’ul confessou: Pequei! Na verdade desobedeci às suas instruções e ao mandamento do CRIADOR, porque tive medo do povo e fiz o que me pediram.
25. Por favor, perdoe o meu pecado agora e vá comigo adorar ao CRIADOR.
26. Porém Shamu’ul respondeu: Não adianta nada! Visto que você rejeitou o mandamento do CRIADOR, Ele rejeitou você, para que não seja rei de Yaoshor’ul.
27. Quando Shamu’ul se virou para ir embora, Sha’ul o agarrou, tentando impedi-lo, e com isso rasgou o manto de Shamu’ul.
28. Então Shamu’ul disse: Está vendo? Também o CRIADOR hoje rasgou de você o reino de Yaoshor’ul, e o deu a um dos seus patrícios, que é melhor do que você. E Aquele que é a Glória de Yaoshor’ul não mente, nem muda de opinião, porquanto não é homem.
30. Então Sha’ul insistiu novamente: Pequei; mas, pelo menos, honre-me diante dos chefes e diante do Meu povo, indo comigo adorar o CRIADOR, seu UL.
31. Por fim Shamu’ul concordou, e foi com ele para o culto.
32. Então Shamu’ul disse: Traga-me o rei Agague. Agague chegou todo sorridente, pois pensava lá consigo mesmo: Por certo o pior já passou, e não vão me matar!
33. Porém Shamu’ul disse: Assim como a sua espada matou os filhos de muitas mães, agora chegou a vez de sua mãe ficar sem filho. E Shamu’ul cortou a Agague em pedaços perante o ETERNO em Gilgal.
34. Depois disso Shamu’ul foi para sua casa em Ramá/Ro’emah, e Sha’ul voltou a Gibeah.
35. Shamu’ul nunca mais viu Sha’ul, porém ele lamentava sempre pela sorte de Sha’ul por suas más escolhas; e o CRIADOR ficou triste porque havia feito Sha’ul reinar sobre Yaoshor’ul.
1. FINALMENTE O CRIADOR disse a Shamu’ul: Você já lamentou o suficiente por Sha’ul, pois Eu o rejeitei como rei de Yaoshor’ul. Agora tome um vaso de azeite, vá a Belém/Beith’lekhem e procure um homem chamado Jessé/Yao’sh’ái, porque escolhi um dos seus filhos para ser o novo rei.
2. Porém Shamu’ul perguntou: Como posso fazer isso? Se Sha’ul ouvir alguma coisa a esse respeito, ele me matará. Leve como você uma novilha, respondeu o CRIADOR, e diga que você veio a fim de sacrificar ao CRIADOR.
3. Depois convide Jessé/Yao’sh’ái para o sacrifício, e eu lhe mostrarei sobre qual dos seus filhos você deve derramar o azeite.
4. Shamu’ul fez conforme o CRIADOR havia dito. Quando ele chegou a Belém/Beith’lekhem, os homens principais da cidade foram encontrá-lo, tremendo de medo. Está tudo bem, perguntaram. Por que veio?
5. Shamu’ul respondeu: Tudo está bem. Vim para oferecer sacrifício ao ETERNO. Tratem de purificar-se, e venham comigo ao sacrifício. E ele realizou a cerimônia de purificação em Jessé/Yao’sh’ái e seus filhos, e os convidou também.
6. Quando chegaram, Shamu’ul olhou para Uliabe e pensou: Certamente este é o homem que o CRIADOR escolheu!
7. Mas o CRIADOR disse a Shamu’ul: Não julgue um homem pelo seu rosto ou sua altura, pois não é este o escolhido. Eu não tomo decisões como você. Os homens julgam pela aparência exterior, mas Eu examino os pensamentos e as intenções do homem.
8. Então Jessé/Yao’sh’ái disse a seu filho Abinadabe que desse um passo à frente e caminhasse diante de Shamu’ul. Mas o CRIADOR disse: Também não é este o homem.
9. A seguir Jessé/Yao’sh’ái chamou a Samá, porém o CRIADOR disse: Não, não é este o escolhido. Essa mesma cena se repetiu sete vezes; sete filhos de Jessé/Yao’sh’ái foram apresentados e rejeitados.
10-11. O CRIADOR não escolheu a nenhum deles, Shamu’ul disse a Jessé/Yao’sh’ái. São estes, todos os seus filhos? Não há mais nenhum? Bem, há o mais moço, Jessé/Yao’sh’ái respondeu. Mas ele está fora nos campos, tomando conta das ovelhas. Mande chamá-lo imediatamente, disse Shamu’ul, porque não nos assentaremos para comer, enquanto ele não chegar.
12. Então Jessé/Yao’sh’ái mandou chamá-lo. Era um rapaz de bonita aparência, rosto corado, olhos muito vivos. E o CRIADOR disse: É este o escolhido; derrame o óleo sobre a cabeça dele.
13. Assim, enquanto Davi/Da’oud estava entre os seus irmãos, Shamu’ul tomou o azeite que havia trazido e o derramou sobre a cabeça de Davi/Da’oud; e o CRIADOR, em Espírito/RUKHÁ, veio sobre Davi/Da’oud e lhe concedeu grande poder, daquele dia em diante. Depois disso Shamu’ul voltou a Ramá/Ro’emah.
14. Porém o CRIADOR, em Espírito/RUKHÁ, saiu de Sha’ul, e em seu lugar o CRIADOR mandou um espírito atormentador que deixou Sha’ul deprimido e cheio de medo.
15-16. Alguns dos auxiliares de confiança de Sha’ul sugeriram um remédio. Vamos encontrar um bom tocador de harpa que toque para você, sempre que o espírito atormentador, que o CRIADOR enviou como castigo, estiver aborrecendo você, disseram eles. A música da harpa vai deixá-lo calmo, e logo você se sentirá bem outra vez.
17. Está bem, disse Sha’ul. Encontrem para mim um bom tocador de harpa.
18. Um deles disse que conhecia um rapaz em Belém/Beith’lekhem, filho de um homem chamado Jessé/Yao’sh’ái; esse rapaz não somente era um ótimo tocador de harpa, como também tinha boa aparência e era corajoso e forte. Tinha uma maneira muito boa e firme de julgar as coisas. Acima de tudo, acrescentou o auxiliar de Sha’ul, ele vive em comunhão com o CRIADOR.
19. Diante disso, Sha’ul mandou mensageiros a Jessé/Yao’sh’ái, pedindo que ele mandasse seu filho Davi/Da’oud, o apascentador de ovelhas.
20. Jessé/Yao’sh’ái respondeu enviando juntamente com Davi/Da’oud presentes para Sha’ul: um cabrito e um jumento carregado de alimento e vinho.
21. Desde o instante em que viu a Davi/Da’oud, Sha’ul o apreciou e teve admiração por ele; e Davi/Da’oud se tornou ajudante de Sha’ul.
22. Então Sha’ul escreveu a Jessé/Yao’sh’ái: Por favor, deixe que Davi/Da’oud faça parte do meu pessoal, pois gosto muito dele.
23. E sempre que o espírito atormentador da parte do ETERNO perturbava a Sha’ul, Davi/Da’oud tocava a harpa e Sha’ul se sentia melhor, e o espírito de castigo se retirava.
1. OS FILISTEUS REUNIRAM seu exército para a guerra e se acamparam entre Socó, em Judáh/Yaohu’dah, e Azeca, em Efes-Damim.
2. Sha’ul respondeu com uma demonstração de forças em ordem de batalha no vale de Elá.
3. Assim os filisteus e os yaoshorul’itas se defrontaram em montes opostos, tendo o vale entre eles.
4-7. Então Goliath, um campeão filisteu de Gate, saiu das fileiras dos filisteus para enfrentar as forças de Yaoshor’ul. Ele era um gigante de homem; media de altura mais de 2,70 metros. Usava um capacete de bronze, e vestia uma couraça de malha que pesava cerca de noventa quilos; tinha umas caneleiras de bronze, e trazia um dardo de bronze de vários centímetros de espessura, tendo na ponta uma lança de ferro de quase doze quilos; adiante dele caminhava seu carregador de armas com um enorme escudo.
8. A uma certa altura, ele parou e gritou para os soldados yaoshorul’itas: Vocês precisam de um exército inteiro para resolver esta questão? Eu representarei os filisteus; vocês escolham alguém que represente o exército do rei Sha’ul, e vamos resolver isto em um único combate!
9. Se o seu homem for capaz de matar-me, então nós seremos escravos de vocês. Porém se eu o matar, então vocês devem ser nossos escravos!
10. Desafio os exércitos de Yaoshor’ul! Mandem um homem que venha lutar comigo!
11. Quando Sha’ul e o exército yaoshorul’ita ouviram este desafio, tremeram de medo.
12. Davi/Da’oud, (filho do velho Jessé/Yao’sh’ái, membro da tribo de Judáh/Yaohu’dah, que vivia em Belém/Beith’lekhem de Judáh/Yaohu’dah) tinha sete irmãos mais velhos do que ele.
13. Os três primeiros: Uliabe, Abinadabe e Samá já se haviam apresentado como voluntários do exército de Sha’ul para combater os filisteus.
14-15. Davi/Da’oud era o filho mais moço, e trabalhava para Sha’ul, apenas uma parte do tempo. Ele voltava a Belém/Beith’lekhem para ajudar o pai a cuidar das ovelhas.
16. Durante quarenta dias, duas vezes por dia, pela manhã e à tarde, o gigante filisteu passava com arrogância diante dos exércitos de Yaoshor’ul.
17. Um dia Jessé/Yao’sh’ái disse a Davi/Da’oud: Leve a seus irmãos esta porção de grãos torrados, e estes dez pães.
18. Dê estes dez queijos ao comandante deles, veja como vão os rapazes, e traga-nos de volta alguma prova de como passam’
19. Sha’ul e o exército de Yaoshor’ul estavam acampados no vale de Elá, para enfrentar os filisteus.
20. Assim Davi/Da’oud deixou as ovelhas aos cuidados de outro apascentador, e partiu bem cedo na manhã seguinte, levando os grãos, os pães e os queijos. Chegou ao acampamento bem na hora em que o exército yaoshorul’ita saía para o campo de batalha, com gritos e brados de guerra.
21. Dentro em breve as forças de Yaoshor’ul e dos filisteus estavam em frente uma da outra, exército contra exército.
22. Davi/Da’oud deixou o que ele trazia aos cuidados do guarda da bagagem e correu para encontrar os irmãos.
23. Enquanto Davi/Da’oud falava com os seus irmãos, viu que o gigante Goliath, herói filisteu de Gate, saiu das fileiras dos filisteus e gritava o seu desafio ao exército de Yaoshor’ul.
24. Assim que viram o gigante, os yaoshorul’itas começaram a fugir amedrontados.
25. Você viu o gigante? os soldados perguntavam uns aos outros. Ele insultou todo o exército de Yaoshor’ul. E você ouviu falar do enorme prêmio que o rei ofereceu a quem matar o gigante? O rei também lhe dará uma de suas filhas por esposa, e toda a sua família estará livre de pagar impostos
26. Davi/Da’oud falou com alguns outros que estavam ali, para confirmar se era verdade o que diziam. O que ganhará o homem que matar a este filisteu, e terminar com os insultos que ele faz a Yaoshor’ul? Davi/Da’oud perguntou a eles. Quem é, afinal de contas, este filisteu pagão, que tem a ousadia de desafiar os exércitos do UL vivo?
27. E todos lhe davam as mesmas respostas anteriores, lembrando o prêmio para quem matasse Goliath.
28. Mas quando Uliabe, o irmão mais velho de Davi/Da’oud, ouviu-o falando daquela maneira, ficou furioso: O que você anda fazendo por aqui, perguntou Uliabe. Você não devia estar tomando conta das ovelhas? Quem está cuidando delas? Bem sei que você é um moleque convencido, você quer apenas ver a luta!
29. Que fiz eu agora? respondeu Davi/Da’oud. Fiz apenas uma pergunta!
30. E ele se dirigiu a alguns outros soldados, fazendo a mesma pergunta a vários deles e recebendo a mesma resposta.
31. Quando, finalmente, perceberam quais eram as intenções de Davi/Da’oud, alguém falou ao rei Sha’ul, e o rei mandou chamar Davi/Da’oud.
32. Não se preocupe com coisa alguma, Davi/Da’oud disse ao rei. Eu cuidarei deste filisteu!
33. Sha’ul respondeu: Como é que um garoto como você pode lutar com um homem como esse gigante? Você é apenas um menino, e ele está no exército desde os tempos de rapaz!
34-36. Porém Davi/Da’oud não desistia da idéia. Quando tomo conta das ovelhas de meu pai, disse ele, e um leão ou um urso vem e pega um cordeiro do rebanho, eu vou atrás dele com meu cajado, e tiro o cordeiro da sua boca. Se ele me ataca, eu o seguro pelo queixo e lhe dou pauladas, até que morra. Já fiz isto com leões e com ursos, e farei a mesma coisa com este filisteu que não crê no CRIADOR, pois ele desafiou os exércitos do UL vivo!
37. O CRIADOR, que me salvou das garras e dos dentes do leão e do urso, me salvará deste filisteu! Por fim Sha’ul consentiu. Está bem, então vá, ele disse, e que o CRIADOR seja com você!
38-39. Sha’ul deu então a Davi/Da’oud sua própria armadura: um capacete de bronze e uma couraça de malha. Davi/Da’oud vestiu a armadura, enfiou a espada na bainha, e deu um passo ou dois para ver como ficava; porque nunca antes havia usado tais coisas. Mal posso mexer-me! exclamou Davi/Da’oud, e tirou a armadura.
40. Apanhou depois cinco pedras lisas de um riacho, colocou-as na sua sacola de apascentador e, armado somente com seu cajado de apascentador e a funda, começou a aproximar-se de Goliath.
41-42. Goliath caminhava na direção de Davi/Da’oud, e ia adiante dele o moço que carregava seu escudo; Goliath caçoava de Davi/Da’oud e o desprezava, por ser ele ainda muito jovem, de boa aparência e de face rosada!
43. Sou eu um cão para que você venha a mim com um pedaço de pau? gritava o gigante furioso. E amaldiçoou Davi/Da’oud, em nome dos seus ídolos.
44. Venha cá, e darei sua carne para ser comida pelas aves e pelos animais selvagens, berrava Goliath.
45. Davi/Da’oud gritou em resposta: Você vem a mim com uma espada e uma lança, mas eu vou a você em nome do ETERNO do universo, e CRIADOR do exército de Yaoshor’ul – o verdadeiro UL, a quem você dirigiu insultos.
46. Hoje mesmo UL me dará a vitória sobre você, e eu o matarei e cortarei a sua cabeça. E os seus soldados mortos eu darei às aves do céu e aos animais selvagens, e o mundo inteiro saberá que existe um CRIADOR em Yaoshor’ul!
47. E Yaoshor’ul ficará sabendo que o CRIADOR não depende de armas para realizar seus planos: Ele trabalha sem levar em conta os recursos humanos! o CRIADOR entregará vocês nas nossas mãos!
48-49. À medida que Goliath se aproximava, Davi/Da’oud saiu correndo a encontrá-lo e, enfiando a mão na sua sacola de apascentador, tirou uma pedra e arremessou-a com a funda; a pedra acertou bem na testa do filisteu. A pedra entrou na testa, e o gigante caiu com o rosto em terra.
50-51. Assim, Davi/Da’oud venceu o gigante filisteu com uma funda e uma pedra. Visto que Davi/Da’oud não tinha espada, correu para cima de Goliath, arrancou a espada da bainha do gigante e o matou com ela, e depois cortou a cabeça dele. Quando os filisteus viram que o campeão deles estava morto, trataram de fugir.
52. Então os yaoshorul’itas soltaram um grande grito de triunfo e correram atrás dos filisteus, perseguindo-os até Gate e às portas de Ecrom. E os corpos dos filisteus mortos e feridos estavam espalhados pelo caminho de Saarim, até Gate e Ecrom.
53. Então os soldados yaoshorul’itas voltaram e levaram tudo quanto encontraram no acampamento dos filisteus.
54. Mais tarde, Davi/Da’oud levou a cabeça de Goliath para Jerusalém/Yah’shua-oleym, mas guardou em sua tenda as armas que pertenceram ao gigante.
55. Quando Sha’ul viu Davi/Da’oud sair para lutar com Goliath, perguntou a Abner, o comandante do exército: Abner, de que família vem este rapaz? Na verdade, não sei, disse Abner.
56. Então descubra! o rei ordenou a Abner.
57. Depois que Davi/Da’oud matou a Goliath, Abner levou Davi/Da’oud à presença de Sha’ul, com a cabeça do filisteu ainda em suas mãos.
58. Conte-me alguma coisa a respeito de seu pai, meu rapaz, Sha’ul disse.
E Davi/Da’oud respondeu: Meu pai se chama Jessé/Yao’sh’ái, e mora em Belém/Beith’lekhem.
1-4. DEPOIS QUE O rei Sha’ul e Davi/Da’oud terminaram sua conversa, Davi/Da’oud se encontrou com Jônatas/Yahnak’ham, filho do rei, e houve desde logo um laço de grande amizade entre os dois. Jônatas/Yahnak’ham fez um juramento de que Davi/Da’oud seria como seu próprio irmão, e para provar o que dizia, deu a Davi/Da’oud a sua capa, espada, arco e o cinto. Desde esse dia o rei Sha’ul quis que Davi/Da’oud ficasse em Jerusalém/Yah’shua-oleym, e não deixou mais que ele voltasse para a casa do seu pai.
5. Davi/Da’oud era o ajudante especial de Sha’ul, e sempre realizava muito bem qualquer tarefa que lhe era confiada. Por isso Sha’ul colocou a Davi/Da’oud como comandante de seus soldados. Tanto o exército, como o público em geral, gostaram muito dessa nomeação.
6. Mas aconteceu alguma coisa quando o exército yaoshorul’ita voltava vitorioso para casa, depois que Davi/Da’oud matou o gigante Goliath. As mulheres saíram de todas as cidades e estavam à beira do caminho para celebrar a vitória e dar vivas ao rei Sha’ul; cantavam e dançavam de alegria, ao som de tambores e outros instrumentos de música.
7. Contudo, era isto que elas cantavam: Sha’ul matou os seus milhares, e Davi/Da’oud matou seus dez milhares!
8. Sha’ul não gostou nada do que as mulheres cantavam, e ficou muito zangado. Que história é essa? disse ele para si mesmo. Elas dão a Davi/Da’oud dez mil e a mim somente mil. Daqui a pouco o fazem rei!
9. Assim, dessa ocasião em diante o rei Sha’ul começou a ter ciúmes de Davi/Da’oud.
10-12. Na verdade, logo no dia seguinte, um espírito atormentador da parte do ETERNO tomou conta de Sha’ul, e ele começou a ter acessos como um louco. Davi/Da’oud procurou acalmar o rei tocando a harpa, como sempre fazia nessas ocasiões. Porém Sha’ul tinha na mão a sua lança, e de repente atirou-a contra Davi/Da’oud, com a intenção de espetá-lo na parede com a lança. Mas Davi/Da’oud saltou para um lado e escapou. Isto aconteceu uma outra vez, pois Sha’ul tinha medo de Davi/Da’oud, e sentia inveja porque o CRIADOR o havia abandonado e agora estava do lado de Davi/Da’oud.
13. Finalmente Sha’ul o expulsou da sua presença, e o rebaixou para o posto de capitão. Mas isso só serviu para dar maior publicidade a Davi/Da’oud.
14. Davi/Da’oud continuava vitorioso em tudo quanto fazia, porque vivia em comunhão com o CRIADOR.
15-16. Quando o rei Sha’ul viu isto, ficou ainda com maior medo de Davi/Da’oud. Porém todo o povo de Yaoshor’ul e de Judáh/Yaohu’dah o amava, porque Davi/Da’oud era um deles.
17. Certo dia Sha’ul disse a Davi/Da’oud: Estou pronto a lhe dar minha filha mais velha, Merabe, por esposa. Mas primeiro você deve provar que é um verdadeiro soldado, lutando nas batalhas do CRIADOR. Porque Sha’ul pensava consigo mesmo: Eu o mandarei lutar contra os filisteus e deixo que eles o matem em lugar de eu mesmo matá-lo.
18. Quem sou eu, para que seja o genro do rei? exclamou Davi/Da’oud. A família do meu pai não representa nada!
19. Mas quando chegou o tempo do casamento, Sha’ul fez Merabe casar-se com Adriel, um homem de Meolate, e não com Davi/Da’oud.
20. Nesse meio tempo, Mical, filha de Sha’ul, apaixonou-se por Davi/Da’oud, e Sha’ul ficou contente quando soube.
21. Aqui está outra oportunidade de ver Davi/Da’oud morto pelos filisteus, disse Sha’ul para si mesmo. Mas para Davi/Da’oud ele disse: Afinal de contas, você ainda pode ser meu genro, pais eu lhe darei minha filha mais moça.
22. Então Sha’ul deu instruções a seus homens, para dizerem a Davi/Da’oud, em tom muito confidencial, que o rei gostava bastante dele, e que todos o amavam e achavam que ele devia aceitar a proposta do rei, e tornar-se seu genro.
23. Porém Davi/Da’oud lhes respondeu: De que jeito um homem pobre como eu, de uma família desconhecida, encontrará dote suficiente para casar-se com a filha de um rei?
24. Quando os homens de Sha’ul lhe contaram o que Da’oud disse,
25. Sha’ul lhe respondeu: Digam a Davi/Da’oud que o único dote de que eu preciso, é uma centena de filisteus mortos! Vingança sobre meus inimigos é tudo quanto eu quero. Mas o que Sha’ul tinha em mente era que Davi/Da’oud fosse morto em combate.
26-27. Quando recebeu o recado, Davi/Da’oud ficou contente por aceitar a oferta de se casar com a filha do rei. Assim, antes que terminasse o prazo, ele e seus homens saíram e mataram duzentos filisteus, e trouxeram a prova ao rei Sha’ul. Então Sha’ul deu Mical por esposa a Davi/Da’oud.
28-29. Quando o rei reconheceu o quanto Davi/Da’oud andava em comunhão com o CRIADOR e como crescia cada vez mais a sua popularidade, teve ainda maior medo dele. Cada dia que passava, mais Sha’ul o odiava.
30. Sempre que o exército filisteu atacava, Davi/Da’oud conseguia mais vitórias contra eles, do que o restante dos oficiais de Sha’ul. Assim, o nome de Davi/Da’oud ficou muito famoso por toda parte.
1. ENTÃO SHA’UL INSISTIU com seus auxiliares de confiança, e com seu filho Jônatas/Yahnak’ham para matarem Davi/Da’oud.
2. Mas Jônatas/Yahnak’ham, devido à sua amizade com Davi/Da’oud, contou a ele as planos do pai. Amanhã de manhã, Jônatas/Yahnak’ham preveniu Davi/Da’oud, você precisa encontrar um esconderijo nos campos.
3. Pedirei a meu pai que saia comigo ao campo, e falarei com ele a seu respeito; depois lhe contarei tudo o que eu puder descobrir.
4. Na manhã seguinte, enquanto Jônatas/Yahnak’ham e seu pai conversavam, ele falou bem de Davi/Da’oud, e implorou ao rei que não fosse contra Davi/Da’oud. Ele nunca fez nada para prejudicar você, disse Jônatas/Yahnak’ham. Ele sempre tem ajudado você, de qualquer maneira que pode.
5. Você se esqueceu de quando ele arriscou a vida para matar o gigante Goliath, e como UL deu uma grande vitória a Yaoshor’ul como resultado? Certamente você ficou feliz naquela ocasião. Por que deveria derramar o sangue de um inocente, matando-o? Não há motivo algum para isso!
6. Finalmente Sha’ul concordou, e jurou: Tão certo como UL vive, Davi/Da’oud não será morto.
7. Depois Jônatas/Yahnak’ham chamou Davi/Da’oud e lhe contou o que tinha acontecido. Então ele levou Davi/Da’oud até Sha’ul, e tudo voltou a ser como antes.
8. Pouco tempo depois estourou a guerra, e Davi/Da’oud levou seus soldados contra os filisteus, matou muitos deles, e todo o exército filisteu tratou de fugir.
9. Porém um dia Sha’ul estava sentado em sua casa, ouvindo Davi/Da’oud tocar harpa, e de repente um espírito atormentador da parte do CRIADOR o atacou.
10. Sha’ul estava com a lança na mão e atirou-a contra Davi/Da’oud, tentando matá-lo. Mas Davi/Da’oud se desviou, e a lança foi espetar-se na madeira da parede. Então Davi/Da’oud fugiu para sua casa.
11. Sha’ul mandou soldados para vigiar a casa de Davi/Da’oud, e matá-lo quando ele saísse pela manhã. Se você não fugir esta noite, pela manhã você vai ser morto, disse-lhe Mical.
12. De modo que ela ajudou Davi/Da’oud a descer por uma janela, e de lá ele fugiu para longe.
13. Depois ela pegou uma imagem e a colocou na cama, cobriu a imagem com cobertores e a colocou com a cabeça num travesseiro de pele de cabra.
14. Quando os soldados chegaram para prender Davi/Da’oud e levá-lo a Sha’ul, ela disse a eles que Davi/Da’oud estava doente e não podia sair da cama.
15. Então Sha’ul deu ordens para levarem Davi/Da’oud mesmo na cama, de maneira que ele pudesse matá-lo.
16. Mas quando chegaram para levá-lo embora, viram que era apenas uma imagem disfarçada com roupas e peles.
17. Por que você me enganou e deixou que meu inimigo escapasse, perguntou Sha’ul a Mical. Fui obrigada a deixá-lo fugir, respondeu Mical. Ele ameaçou matar-me, se eu não o ajudasse.
18. Naquele dia Davi/Da’oud fugiu, e foi a Ramá/Ro’emah a fim de encontrar-se com Shamu’ul; e Davi/Da’oud contou a Shamu’ul tudo o que Sha’ul lhe havia feito. Então Shamu’ul levou Davi/Da’oud consigo para morar em Naiote, na casa dos profetas.
19. Quando contaram a Sha’ul que Davi/Da’oud se encontrava com os profetas em Naiote de Ramá/Ro’emah, ele mandou soldados para prenderem Davi/Da’oud.
20. Mas ao chegarem lá, viram Shamu’ul e os outros profetas profetizando, e o Ru’kha UL’HIM veio sobre eles e os soldados de Sha’ul também começaram a profetizar.
21. Quando Sha’ul soube do que aconteceu, mandou outros soldados; mas estes também profetizavam! E a mesma coisa aconteceu ao terceiro grupo que Sha’ul enviou!
22. Diante disso, o próprio Sha’ul foi a Ramá/Ro’emah, e chegou ao grande poço que estava em Secu. Onde estão Shamu’ul e Davi/Da’oud, perguntou Sha’ul. Alguém lhe contou que estavam em Naiote.
23. Porém no caminho para Naiote, o CRIADOR, em Espírito/RUKHÁ, veio sobre Sha’ul, e ele também começou a profetizar!
24. Sha’ul tirou as roupas de cima, e ficou deitado o dia todo e a noite toda, profetizando com os profetas de Shamu’ul. Os homens de Sha’ul nem podiam acreditar no que viam! Que é isso? eles exclamaram. Sha’ul agora virou profeta?
1. ENTÃO DA’OUD FUGIU de Naiote, em Ramá/Ro’emah, e encontrou a Jônatas/Yahnak’ham. Que foi que eu fiz? exclamou Davi/Da’oud. Qual é o meu crime? Por que seu pai está sempre querendo matar-me?
2. Isso não é verdade! Jônatas/Yahnak’ham afirmou Tenho certeza de que ele não planeja tal coisa, pois ele sempre me conta tudo o que pretende fazer, mesmo as coisas sem importância. Sei que meu pai não deixaria de falar comigo sobre um assunto dessa natureza. Nem pense nisso.
3. É claro que você não sabe nada a esse respeito, disse Davi/Da’oud aborrecido. Seu pai conhece perfeitamente a nossa amizade; por isso ele disse para si mesmo: ‘Não vou contar a Jônatas/Yahnak’ham: para que eu iria deixá-lo magoado?’ Mas a verdade é que estou bem perto da morte! Juro pelo CRIADOR e pela sua própria vida!
4. Então Jônatas/Yahnak’ham implorou: Diga-me o que posso fazer por você.
5. E Davi/Da’oud respondeu: Amanhã começa a festa da lua nova. Anteriormente, eu sempre me assentava com seu pai para esta ocasião, mas amanhã eu me esconderei no campo e ficarei ali, até à noitinha do terceiro dia.
6. Se o seu pai perguntar onde estou, diga a ele que pedi permissão para ir à minha casa, em Belém/Beith’lekhem, porque ia haver uma reunião solene anual da família.
7. Se ele disser ‘Está bem’, então saberei que tudo está em paz. Mas se ele ficar zangado, então saberei que ele planeja matar-me.
8. Faça isto por mim, como irmão, pelo trato que fizemos na presença do ETERNO. Ou então você mesmo me mate, se eu cometi alguma falta contra seu pai; mas não me entregue a ele!
9. Claro que eu não iria fazer uma coisa dessas! exclamou Jônatas/Yahnak’ham. Então você pensa que eu não diria, se soubesse que meu pai planejava matar você?
10. Davi/Da’oud perguntou a Jônatas/Yahnak’ham: Como é que saberei se o seu pai está ou não zangado?
11. Venha ao campo comigo, respondeu Yahnak’ham. E os dois foram juntos para lá.
12. Então Jônatas/Yahnak’ham disse a Davi/Da’oud: Prometo, pelo CRIADOR de Yaoshor’ul, que amanhã a estas horas, ou o mais tardar no dia seguinte, falarei a meu pai a seu respeito, e imediatamente farei você saber o que ele pensa.
13. Se ele estiver zangado, e quiser matá-lo, então que o CRIADOR me mate se eu não contar a você, para que você possa escapar e viver. Que o CRIADOR seja com você, como ele era com meu pai.
14-15. E lembre-se de que você deve demonstrar o amor e a bondade do CRIADOR não somente enquanto eu viver, mas também a meus filhos, depois que o CRIADOR tiver destruído todos os seus inimigos.
16. De modo que Jônatas/Yahnak’ham fez um contrato com a família de Davi/Da’oud, e Da’oud jurou cumprir esse contrato, com uma terrível maldição contra si próprio e seus filhos, caso ele fosse infiel à sua promessa.
17. E Jônatas/Yahnak’ham fez Davi/Da’oud jurar de novo, desta vez pelo amor que Davi/Da’oud lhe dedicava, porque Jônatas/Yahnak’ham amava a Davi/Da’oud, como a si próprio.
18. Depois Jônatas/Yahnak’ham disse: Sim, amanhã eles vão notar a sua ausência na festa da lua nova quando o seu lugar à mesa estiver vazio.
19-20. Depois de amanhã, todos vão perguntar por você. Por isso fique no esconderijo onde você esteve antes, junto ao monte de pedras, na terceira manhã eu sairei e atirarei três flechas para os lados do monte, como se atirasse no alvo.
21. Então mandarei o moço trazer de volta as flechas. Se você me ouvir dizer a ele: ‘As flechas estão deste lado’, então saberá que tudo está bem, e que não há problema.
22. Mas se eu disser a ele: ‘Vá mais para a frente: as flechas estão adiante de você’, então significa que você deve partir imediatamente.
23. E que o CRIADOR nos ajude a cumprir as promessas que fizemos um ao outro diante dEle, que está entre nós dois para sempre.
24-25. Davi/Da’oud saiu dali e foi esconder-se no campo. Quando começou a festa da lua nova, o rei assentou-se para comer em seu lugar de costume, encostado à parede. Jônatas/Yahnak’ham assentou-se defronte dele, e Abner estava assentado ao lado de Sha’ul, mas o lugar de Davi/Da’oud estava vazio.
26. Sha’ul não disse nada, naquele dia, sobre a ausência de Davi/Da’oud, pois ele pensava que havia acontecido alguma coisa, de maneira que Davi/Da’oud não estava em condições de participar da cerimônia por algum motivo especial.
27. Mas quando o seu lugar ficou vazio também no dia seguinte, Sha’ul perguntou a Jônatas/Yahnak’ham: Por que motivo Davi/Da’oud não esteve ontem aqui para a refeição, e também não está hoje?
28-29. Ele me perguntou se podia ir a Beith’lekhem tomar parte numa festa religiosa da família, respondeu Jônatas/Yahnak’ham. O irmão dele exigiu que ele estivesse lá, e Davi/Da’oud me pediu licença para ir, como favor muito especial, de maneira que eu lhe disse que podia ir.
30. Sha’ul ficou louco da vida. Você é um tolo, filho de uma mulher perversa e rebelde, disse Sha’ul furioso. Pensa que eu não sei que você quer que este filho de Jessé/Yao’sh’ái seja rei em seu lugar, para vergonha de você mesmo e de sua mãe?
31. Enquanto ele viver, você nunca será rei. Agora vá buscá-lo para que eu o mate!
32. Mas o que ele fez, perguntou Yahnak’ham. Por que deve ele morrer?
33. Então Sha’ul atirou sua lança contra Yaonaokhán, tencionando matá-lo; com isso, finalmente, Yahnak’ham reconheceu que seu pai estava, na verdade, falando sério quando disse que Davi/Da’oud devia morrer.
34. Jônatas/Yahnak’ham saiu da mesa cheio de raiva e durante aquele dia não quis comer nada, pois ficou muito magoado com a atitude vergonhosa de seu pai para com Davi/Da’oud.
35. Na manhã seguinte, conforme estava combinado, Jônatas/Yahnak’ham foi ao campo e levou um rapaz consigo para apanhar as flechas.
36. Comece a correr, disse ele ao moço, para que você possa encontrar as flechas quando eu as atirar! Então o rapaz correu e Jônatas/Yahnak’ham atirou uma flecha para além dele.
37. Quando o rapaz quase alcançou a flecha, Jônatas/Yahnak’ham gritou: A flecha está adiante de você.
38. Depressa, corra, não espere. De modo que o rapaz, com toda rapidez, ajuntou as flechas e voltou ao seu maoro’eh/mestre.
39. Naturalmente, o rapaz não entendia o que Jônatas/Yahnak’ham pretendia dizer; só Jônatas/Yah-nak’ham e Davi/Da’oud é que sabiam.
40. Então Jônatas/Yahnak’ham entregou seu arco e as flechas ao moço e mandou que os levasse de volta à cidade.
41. Assim que o rapaz voltou, Davi/Da’oud saiu de onde estava escondido, perto da margem sul do campo, e ele e Jônatas/Yahnak’ham se abraçaram e choraram muito; Davi/Da’oud não parava de chorar.
42. Por fim, Jônatas/Yahnak’ham disse a Davi/Da’oud: Coragem, pois nós confiamos a nós mesmos e a nossos filhos à proteção do CRIADOR para sempre.
43. Assim eles se separaram; Davi/Da’oud tomou outro rumo, e Jônatas/Yahnak’ham voltou à cidade.
1. DA’OUD SE DIRIGIU à cidade de Nobe para encontrar o sacerdote Aimeleque. Aimeleque ficou preocupado quando viu Davi/Da’oud, mas foi ao seu encontro. Por que está sozinho, perguntou o sacerdote. Por que ninguém veio com você?
2. O rei me mandou tratar de um assunto particular, Davi/Da’oud respondeu. Ele me proibiu de dizer a qualquer pessoa porque estou aqui. Eu disse aos meus homens onde eles podem encontrar-me mais tarde.
3. Agora, o que tem para comer? Dê-me cinco pães, ou alguma coisa mais que puder.
4. Não temos pão comum, respondeu o sacerdote; temos somente o pão sagrado; acho que você pode levar esses pães, desde que os seus homens não tenham estado com mulheres.
5. Fique sossegado, respondeu Davi/Da’oud. Eu nunca permito que meus homens façam o que bem entendem quando saem para uma expedição, e uma vez que eles permanecem puros, mesmo em viagens de rotina, quanto mais agora nesta viagem!
6. Então, já que não havia outro alimento disponível, o sacerdote deu a Davi/Da’oud o pão sagrado: O chamado Pão da Presença, que era colocado perante o ETERNO no Tabernáculo. Por sinal que esses pães tinham sido substituídos naquele dia por pães frescos.
7. Ora, Doegue, o edomita, chefe dos apascentadores de Sha’ul, estava ali naquela ocasião, para cumprir uma cerimônia religiosa ordenada na Lei.
8. Davi/Da’oud perguntou a Aimeleque se havia ali uma lança ou espada que ele pudesse usar. O assunto do rei exigia tanta urgência, que na pressa de sair eu não peguei nenhuma arma! explicou ele.
9. Bem, respondeu o sacerdote, tenho a espada de Goliath, o filisteu: aquele que você matou no vale de Elá. Está embrulhada num pano, atrás do manto do sacerdote. Leve-a, se você quiser, porque não temos nada mais aqui. Essa mesma é que eu quero, respondeu Davi/Da’oud. Pode me dar!
10. Então Davi/Da’oud saiu depressa, pois tinha medo de Sha’ul; e foi para a casa de Aquis, rei de Gate.
11. Mas os oficiais de Aquis não gostaram nada da presença de Davi/Da’oud naquela casa. Não é este o principal chefe de Yaoshor’ul, perguntaram os oficiais. Não é este que o povo honrava em suas danças, cantando ‘Sha’ul matou seus milhares, e Davi/Da’oud matou seus dez milhares’?
12-13. Davi/Da’oud ouviu esses comentários, e teve medo do que o rei Aquis pudesse fazer-lhe, de modo que se fingia de doido! Arranhava as portas e deixava a saliva escorrer pela barba.
14-15. O rei Aquis já não aguentava mais ver aquilo; por isso disse aos seus homens: Era preciso que me trouxessem esse doido? Já temos malucos de sobra por aqui! Devo ter esse homem como hóspede?
1. DA’OUD SAIU DE Gate e foi se esconder na caverna de Adulão, onde seus irmãos e outros parentes logo se juntaram a ele.
2. A seguir começaram a chegar outros: aqueles que estavam em alguma dificuldade; por exemplo, os que tinham dívidas, ou simplesmente estavam descontentes, até que Davi/Da’oud veio a ser o chefe de uns quatrocentos homens.
3. Mais tarde Davi/Da’oud foi a Mizpah, em Moabe, pedir permissão ao rei para que seu pai e sua mãe morassem ali sob a proteção real, até que Davi/Da’oud soubesse o que o CRIADOR ia fazer dele.
4. Ficaram em Moabe durante todo o tempo em que Davi/Da’oud morou na caverna.
5. Um dia o profeta Gad/Ga’old disse para Davi/Da’oud deixar de se esconder na caverna e voltar para a terra de Judáh/Yaohu’dah. Davi/Da’oud foi então para o bosque de Herete.
6. Sha’ul logo ficou sabendo da chegada de Davi/Da’oud em Judáh/Yaohu’dah. Nessa ocasião, Sha’ul estava em Gibeah, sentado sob um carvalho, com a sua lança na mão e cercado por seus oficiais.
7. Escutem o que vou dizer a vocês, homens de Benyamín! exclamou Sha’ul, quando ouviu a notícia. Davi/Da’oud lhes prometeu terras e plantações de uvas e postos no seu exército, não é verdade?
8. É por isso que vocês estão contra mim? Pois nenhum de vocês jamais me disse que meu próprio filho está do lado de Davi/Da’oud. Vocês nem mesmo lamentam a minha sorte. Pensem nisso! Meu próprio filho: instigando Davi/Da’oud para me matar!
9-10. Então Doegue, o edomita, que estava ali com os homens de Sha’ul, disse: Quando eu estava em Nobe, vi que Davi/Da’oud falava com o sacerdote Aimeleque, filho de Aitube. Também vi Aimeleque consultar ao CRIADOR para descobrir o que Davi/Da’oud deveria fazer, e depois ele deu a Davi/Da’oud alimento e a espada de Goliath, o filisteu.
11-12. Imediatamente o rei Sha’ul mandou chamar o sacerdote Aimeleque, filho de Aitube, e todos os outros sacerdotes que estavam em Nobe, da família dele. Quando chegaram, Sha’ul gritou para eles: Escute o que vou dizer, filho de Aitube! O que foi, perguntou Aimeleque.
13. Por que você e Davi/Da’oud conspiraram contra mim? indagou Sha’ul. Por que você deu a ele alimento e uma espada, e ainda falou com o CRIADOR em favor dele? Por que você deu conselhos a ele, para que se revoltasse contra mim e viesse me atacar?
14. Mas maoro’eh/mestre, respondeu Aimeleque, por acaso há alguém entre os servidores do rei, que seja tão fiel como Davi/Da’oud, seu genro? Ora, ele é o capitão da guarda pessoal do rei, e um membro muito honrado da casa real!
15. Por certo que esta foi a primeira vez que eu consultei ao CRIADOR em favor dele! Não é justo que o rei me acuse e acuse a minha família nesta questão, pois nada sabemos de nenhum plano contra o rei.
16. Você deve morrer, Aimeleque, junto com toda a sua família! gritou o rei.
17. Sha’ul ordenou aos seus guarda-costas: Matem esses sacerdotes, pois eles são aliados de Davi/Da’oud, e são traidores; eles sabiam que Davi/Da’oud estava fugindo de mim, porém não me disseram nada! Mas os soldados não quiseram matar os sacerdotes.
18. Então o rei disse a Doegue: Mate-os você. E Doegue se atirou sobre eles, e os matou. Ao todo eram oitenta e cinco sacerdotes, todos eles usando o manto de sacerdote.
19. Depois Doegue foi a Nobe, a cidade dos sacerdotes, e matou as famílias deles: homens, mulheres, crianças, nenês de colo, e também todos os bois, jumentos e ovelhas.
20. Somente escapou Abyaoter, um dos filhos de Aimeleque, que fugiu para a companhia de Da’oud.
21. Quando Abyaoter contou o que Sha’ul tinha feito,
22. Davi/Da’oud exclamou: Eu sabia disso! Quando vi Doegue ali, sabia que ele contaria a Sha’ul. Agora causei a morte de todos os da família de seu pai.
23. Fique aqui comigo, e eu protegerei a você, com a minha própria vida. Ninguém fará mal a você, sem primeiro passar por cima do meu cadáver.
1. UM DIA CHEGOU a Davi/Da’oud a notícia de que os filisteus estavam em Queila, roubando os mantimentos guardados nos terreiros para secar.
2. Davi/Da’oud perguntou ao CRIADOR: Devo ir e atacar os filisteus? Sim, vá e salve Queila, disse UL a Da’oud.
3. Porém os homens de Davi/Da’oud lhe disseram: Estamos com medo, mesmo aqui em Yaohu’dah; e por certo, não queremos ir a Queila a fim de lutar contra o exército inteiro dos filisteus!
4. Davi/Da’oud perguntou novamente ao CRIADOR se devia ir, e novamente o CRIADOR lhe respondeu: Desça a Queila, pois ajudarei você a vencer os filisteus.
5. Eles foram a Queila, mataram os filisteus e tomaram o gado deles, e assim o povo de Queila foi salvo.
6. O sacerdote Abyaoter foi a Queila com Davi/Da’oud, e levou consigo seu manto de sacerdote, para receber do CRIADOR as respostas para Davi/Da’oud.
7. Sha’ul logo ficou sabendo que Davi/Da’oud estava em Queila. Ótimo! exclamou Sha’ul. Agora nós vamos pegá-lo! o CRIADOR o entregou nas minhas mãos, pois ele próprio caiu na armadilha, indo parar numa cidade cercada de muros!
8. Diante disso, Sha’ul reuniu todo o seu exército e marchou para Queila, a fim de cercar Davi/Da’oud e seus homens.
9. Mas Davi/Da’oud soube do plano de Sha’ul e ordenou a Abyaoter que trouxesse o manto de sacerdote e perguntasse ao CRIADOR o que ele deveria fazer.
10. Ó UL (CRIADOR) de Yaoshor’ul, disse Davi/Da’oud, ouvi dizer que Sha’ul planeja vir e destruir Queila porque estou aqui.
11. Será que os homens de Queila vão me entregar a ele? E Sha’ul realmente virá, conforme ouvi dizer? Ó UL (CRIADOR) de Yaoshor’ul, por favor, diga-me o que devo fazer. E o CRIADOR lhe disse: Ele virá!
12. E esses homens de Queila vão me trair? Vão me entregar a Sha’ul junto com meus soldados? E o CRIADOR respondeu: Sim, eles vão trair você.
13. Então Davi/Da’oud e seus homens: agora já eram uns seiscentos: deixaram Queila e começaram a andar sem rumo pelo interior do país. Logo chegou a Sha’ul a notícia de que Davi/Da’oud tinha escapado, por isso Sha’ul desistiu de ir a Queila.
14-15. Davi/Da’oud agora vivia nas cavernas do deserto que havia na região das montanhas de Zife. Um dia, perto de Horesa, Davi/Da’oud recebeu a notícia de que Sha’ul estava a caminho de Zife; vinha procurá-lo e matá-lo. Sha’ul perseguia Davi/Da’oud dia após dia, mas o CRIADOR não o deixava encontrá-lo.
16 Então o príncipe Jônatas/Yahnak’ham foi procurar Davi/Da’oud; encontrou-o em Horesa, e fortaleceu a confiança que Davi/Da’oud tinha no CRIADOR.
17. Não tenha medo, Yahnak’ham lhe assegurou. Meu pai nunca encontrará você! Você vai ser o rei de Yaoshor’ul, e serei o segundo abaixo de você; meu pai bem sabe disso.
18. Assim, os dois confirmaram o trato de amizade que haviam feito anteriormente; Davi/Da’oud permaneceu em Horesa, enquanto Jônatas/Yahnak’ham voltou para casa.
19. Porém os homens de Zife foram procurar Sha’ul em Gibeah, e traíram a Davi/Da’oud. Sabemos onde ele está escondido, disseram. Ele está nas cavernas de Horesa, no monte de Haquila, na parte do sul do deserto.
20. Agora desça, maoro’eh/mestre, e nós o apanharemos para vossa majestade, e seu mais profundo desejo será satisfeito!
21. Bem, louvado seja o CRIADOR, disse Sha’ul. Pelo menos alguém teve dó de mim!
22. Vão e verifiquem novamente, para ter certeza do lugar onde ele está, e quem o tem visto por ali, pois eu sei que ele é sabido demais.
23. Descubram os esconderijos dele, e depois voltem, afim de me dar um relatório mais completo. Então irei com vocês. E se ele estiver naquela região, eu o encontrarei, mesmo que seja preciso procurá-lo por todos os cantos daquela terra!
24-25. E assim os homens de Zife voltaram para casa. Mas quando Davi/Da’oud soube que Sha’ul vinha para Zife, ele e seus homens foram para mais longe ainda; foram para o deserto de Maom, que fica ao sul do deserto. Porém Sha’ul os seguiu até lá.
26. Ele e Davi/Da’oud agora estavam em lados opostos de uma montanha. Quando Sha’ul e seus homens começaram a chegar mais perto, Davi/Da’oud fez o melhor que pôde para escapar, mas não adiantou nada.
27-28. Então, nesse exato momento, chegou um recado a Sha’ul dizendo que os filisteus estavam invadindo Yaoshor’ul novamente, de maneira que Sha’ul deixou de perseguir Davi/Da’oud e voltou para lutar contra os filisteus. A partir dessa ocasião o lugar onde Davi/Da’oud esteve acampado passou a chamar-se Pedra de Escape.
29. Depois disso, Davi/Da’oud foi morar nas cavernas de En-Gedi.
1-2. DEPOIS QUE SHA’UL voltou de sua batalha contra os filisteus, disseram a ele que Davi/Da’oud tinha ido para o deserto de En-Gedi; então Sha’ul reuniu três mil dos melhores soldados, e foi à procura de Davi/Da’oud entre as rochas, onde só viviam cabras selvagens.
3. No lugar onde a estrada passa por alguns currais de ovelhas, Sha’ul entrou numa caverna para fazer as suas necessidades; mas aconteceu que Davi/Da’oud e seus homens estavam escondidos na caverna!
4. Agora chegou a sua vez! os homens de Davi/Da’oud lhe disseram em voz baixa. Hoje é o dia a respeito do qual o CRIADOR falou quando disse: ‘Certamente vou entregar Sha’ul nas suas mãos; faça com ele o que você bem entender’! Então Davi/Da’oud foi bem devagarinho, e com toda a calma cortou a barra do manto de Sha’ul!
5. Mas depois a sua consciência começou a atormentá-lo.
6. Eu não devia ter feito isso, disse ele aos seus homens. É um grave pecado atacar o rei escolhido do ETERNO, seja lá como for.
7-8. Essas palavras de Davi/Da’oud convenceram os seus homens a não matarem Sha’ul. Depois que Sha’ul deixou a caverna e continuou o seu caminho, Davi/Da’oud saiu e gritou para ele, dizendo:
6. Rei, meu maoro’eh/mestre! E quando Sha’ul olhou em redor, Davi/Da’oud se curvou diante dele.
9-10. Davi/Da’oud disse a Sha’ul: Por que o rei dá atenção às pessoas que dizem que eu procuro fazer mal ao rei? Hoje mesmo o rei viu que não é verdade. O CRIADOR colocou o rei nas minhas mãos, lá na caverna, e alguns dos meus homens me disseram para matá-lo, no entanto eu não o matei. Pois disse: ‘Nunca farei mal a ele: porque é o rei escolhido do CRIADOR’.
11. Vê isto que tenho na mão? É um pedaço da barra do seu manto! Cortei o seu manto, mas não o matei! Isto não o convence de que não procuro fazer-lhe mal, e que não pequei contra a pessoa do rei, muito embora esteja me perseguindo para tirar a vida?
12. O CRIADOR julgará entre nós dois. Talvez ele o mate pelo que procura fazer-me, porém eu nunca farei mal ao rei.
13. Como diz o antigo provérbio: ‘O perverso age como perverso’, mas apesar da sua perversidade, não lhe tocarei.
14. E a quem é que o rei de Yaoshor’ul procura apanhar? Deve ele gastar o seu tempo caçando a alguém que vale tão pouco como um cão morto ou uma pulga?
15. Que o CRIADOR julgue qual de nós está certo, e castigue aquele de nós que for culpado. Ele é meu advogado e meu defensor, e Ele me livrará do poder do rei!
16. Sha’ul perguntou: Realmente é você, meu filho Davi/Da’oud? E começou a chorar.
17. Então disse a Davi/Da’oud: Você é um homem melhor do que eu, pois você me pagou com o bem, o mal que eu lhe fiz.
18. Sim, você hoje foi muito bom para mim, pois quando UL me entregou nas suas mãos, você não me matou.
19. Que outra pessoa no mundo deixaria seu inimigo escapar, quando o tinha em suas mãos? Que o CRIADOR lhe dê uma boa recompensa pela bondade com que me tratou hoje.
20. Agora reconheço que certamente você será rei, e que Yaoshor’ul será o seu reino.
21. Jure-me pelo CRIADOR, que quando isso, acontecer, você não matará minha família, nem destruirá meus descendentes!
22. Então Davi/Da’oud prometeu que assim seria. Sha’ul voltou para sua casa, mas Davi/Da’oud e seus homens foram para a caverna.
1. POUCO TEMPO DEPOIS Shamu’ul morreu, e todo o Yaoshor’ul se reuniu para as cerimônias de enterro; ele foi sepultado no túmulo de sua família, em Ramá/Ro’emah. Nesse meio tempo, Da’oud desceu ao deserto de Parã.
2. Um homem rico de Maom possuía uma criação de ovelhas ali, perto da vila do Carmelo/Carmi’ul. Ele tinha três mil ovelhas e mil cabras, e estava no seu rancho nessa ocasião para cortar a lã das ovelhas.
3. O nome desse homem era Nabal; sua esposa, uma mulher muito linda e inteligente, chamava-se Abiga’ul. Mas o marido, que era da família de Caleb, era um tipo esquisito, grosseiro, teimoso; era um sujeito difícil de se lidar.
4-5. Quando Da’oud soube que Nabal estava cortando a lã das ovelhas, enviou dez de seus moços ao Carmelo/Carmi’ul, a fim de entregar a Nabal este recado:
6. Que o CRIADOR faça prosperar você e sua família, e aumente muitas vezes tudo o que você possui.
7. Disseram-me que você está cortando a lã das suas ovelhas e cabras. Enquanto seus apascentadores estiveram entre nós, nunca fizemos mal a eles, nem tiramos coisa alguma deles, durante todo o tempo em que estiveram no Carmelo/Carmi’ul.
8. Pergunte aos seus moços, e eles lhe dirão se isto é verdade ou não. Agora enviei meus homens para pedir que você nos faça uma pequena contribuição, pois chegamos em uma época feliz de festas. Por favor, mande-nos qualquer coisa que tiver à mão.
9. Os moços deram o recado de Davi/Da’oud a Nabal, e esperaram pela resposta.
10. Quem é esse tal de Davi/Da’oud, perguntou Nabal. Quem esse filho de Jessé/Yao’sh’ái pensa que é? Hoje em dia há tantos empregados que fogem dos seus patrões!
11. Deveria eu pegar meu pão, minha água e a carne dos animais que matei para os meus trabalhadores, e dar tudo isso a um bando que aparece de repente, sem que a gente saiba de onde vem?
12. Então os mensageiros de Davi/Da’oud voltaram, e contaram a ele o que Nabal tinha dito.
13. Peguem suas espadas! ...foi a resposta de Davi/Da’oud, enquanto ele enfiava a sua espada na bainha. Quatrocentos deles partiram com Davi/Da’oud, e duzentos ficaram para guardar seus equipamentos.
14. Nesse meio tempo, um dos homens de Nabal foi procurar Abiga’ul, e disse a ela: Davi/Da’oud enviou homens do deserto para falar com o nosso patrão, mas ele insultou os homens e os expulsou daqui.
15-16. Porém os homens de Davi/Da’oud foram muito bons para nós, e nunca nos fizeram nenhum mal; para dizer a verdade, dia e noite eles foram como um muro de proteção para nós e para as ovelhas, e nada foi tirado de nós durante todo o tempo em que estiveram ao nosso lado.
17. Seria bom tomar providências o quanto antes, pois vai haver problema para nosso patrão e sua família: nosso patrão é um homem tão teimoso, que ninguém pode conversar com ele!
18. Então Abiga’ul tomou depressa duzentos pães, duas vasilhas grandes contendo vinho, cinco ovelhas preparadas, uma boa quantidade de trigo torrado, cem cachos de uva-passa, duzentos bolos de figo, e colocou tudo isso sobre jumentos.
19. Vocês seguem na frente, ela disse aos seus moços, e eu sigo logo atrás. Porém não contou ao marido o que ia fazer.
20. Quando ela descia a estrada montada no seu animal, viu Davi/Da’oud que já estava a caminho com seus homens, e ela foi se encontrar com ele.
21. Davi/Da’oud havia dito a si mesmo: Tivemos bastante trabalho para ajudar esse homem. Protegemos os rebanhos dele no deserto, de tal maneira que nada se perdeu ou foi roubado, no entanto, ele paga com o mal, o bem que lhe fizemos. E ainda por cima nos insulta.
22. Que o CRIADOR me castigue se até amanhã, ao amanhecer, ficar vivo ainda que seja um só dos seus homens!
23. Quando Abiga’ul viu Davi/Da’oud, desceu imediatamente do animal e se curvou com o rosto em terra diante dele.
24. Eu aceito toda a culpa neste assunto, meu maoro’eh/mestre, ela disse. Por favor, ouça o que tenho a dizer.
25. Nabal é um homem estúpido, de mau gênio; mas, por favor, não dê atenção ao que ele disse. Ele é um louco: é exatamente o que o seu nome Nabal significa. Mas eu não vi os mensageiros que o maoro’eh/mestre mandou.
26. Uma vez que o CRIADOR o impediu de matar e de vingar-se por suas próprias mãos, imploro pelo CRIADOR e pela sua própria vida também, que todos os seus inimigos sejam tão amaldiçoados como Nabal.
27. E agora, aqui está um presente que eu trouxe para o maoro’eh/mestre e para os seus moços.
28. Perdoe-me pela ousadia de vir até aqui. Certamente o CRIADOR vai recompensá-lo com uma família de reis, que nunca terá fim, pois o maoro’eh/mestre está lutando as batalhas do ETERNO; e o maoro’eh/mestre nunca fará coisa errada, todos os dias da sua vida.
29. Mesmo quando o maoro’eh/mestre for perseguido por aqueles que desejam tirar-lhe a vida, estará seguro no CRIADOR, seu UL, como se estivesse guardado dentro da sua bolsa! Mas a vida dos seus inimigos desaparecerá, como pedras atiradas de uma funda!
30. Quando UL tiver feito todas as boas coisas que lhe prometeu, e o maoro’eh/mestre já estiver reinando sobre Yaoshor’ul, não vai querer estar com a consciência de um criminoso, que fez justiça com suas próprias mãos!
31. E quando UL tiver feito todas essas grandes coisas para o meu maoro’eh/mestre, por favor, lembre-se de mim!
32. Davi/Da’oud respondeu a Abiga’ul: Bendito o UL de Yaoshor’ul, que hoje enviou você ao meu encontro!
33. Graças ao CRIADOR pelo bom juízo que você demonstra! Bendita seja você, por me impedir de matar esse homem e de vingar-me por minhas próprias mãos.
34. Pois juro pelo CRIADOR, o UL de Yaoshor’ul, que me impediu de fazer mal a você, que se você não tivesse vindo ao meu encontro, nenhum dos homens de Nabal estaria vivo amanhã pela manhã.
35. Então Davi/Da’oud aceitou os presentes que ela trouxe e mandou que voltasse para casa sem medo, pois ele não mataria o marido dela.
36. Quando Abiga’ul chegou em casa, viu que Nabal tinha dado uma grande festa. Como ele estava bêbado, resolveu não contar nada sobre o encontro que teve com Davi/Da’oud, mas esperou até a manhã seguinte.
37. Pela manhã, Nabal já não estava mais bêbado, e quando a esposa lhe contou o que havia acontecido, ele sentiu um golpe e ficou paralisado, como se o coração dentro dele se transformasse numa pedra.
38. Passados uns dez dias, ele morreu, porque o CRIADOR o matou.
39. Quando Davi/Da’oud ouviu dizer que Nabal estava morto, exclamou: Louvado seja o CRIADOR! o CRIADOR deu a Nabal o que ele merecia, e me livrou de fazer justiça com minhas próprias mãos. Nabal recebeu o castigo pelo seu pecado. Então Davi/Da’oud não perdeu tempo; mandou logo mensageiros a Abiga’ul, para pedir a ela que se casasse com ele.
40-41. Quando os mensageiros chegaram ao Carmi’ul, e contaram a Abiga’ul por que tinham vindo, imediata-mente ela aceitou o pedido.
42. Aprontou-se com toda pressa, levou consigo cinco das moças que a ajudavam e, cavalgando o jumento, seguiu os homens que a levaram a Davi/Da’oud. E assim ela se tornou esposa dele,
43-44. Davi/Da’oud se casou, também, com Ainoã de Jezreel/Yaozoro’ul. Nesse meio tempo, Sha’ul obrigou sua filha Mical, mulher de Davi/Da’oud, a casar-se com um homem de Galim, por nome Palti (filho de Laís).
1. ENTÃO OS HOMENS de Zife voltaram a Sha’ul, em Gibeah, e contaram a ele que Davi/Da’oud tinha voltado ao deserto, e estava escondido na montanha de Haquila,
2. Diante disso, Sha’ul levou três mil dos seus soldados escolhidos e saiu em perseguição a Davi/Da’oud,
3-4. Sha’ul se acampou junto da estrada próxima do deserto onde Davi/Da’oud se escondeu, porém Davi/Da’oud soube da chegada de Sha’ul, e enviou espias para ver o que ele fazia.
5-7. Davi/Da’oud também foi até ao acampamento de Sha’ul certa noite para ver o que se passava por lá. O rei Sha’ul e o general Abner dormiam dentro de um círculo formado por soldados que descansavam deitados no chão. Alguém quer descer comigo até ao acampamento de Sha’ul, perguntou Davi/Da’oud a Aimeleque (o heteu) e a Ab’ishai (irmão de Yao’ab e filho de Zeruía). Eu desço, respondeu Ab’ishai. Assim Davi/Da’oud e Ab’ishai foram ao acampamento de Sha’ul e o encontraram dormindo, com sua lança fincada no chão, junto à sua cabeça.
8. Certamente desta vez o CRIADOR colocou o inimigo nas suas mãos, Ab’ishai cochichou para Davi/Da’oud. Deixe-me ir atravessá-lo com aquela lança. Eu prego Sha’ul no chão com ela: e não preciso de dar dois golpes; um só basta!
9. Não, disse Davi/Da’oud. Não o mate, pois quem pode permanecer inocente depois de atacar o rei escolhido do CRIADOR?
10. Certamente o CRIADOR o matará algum dia, ou ele morrerá na batalha, ou então morrerá de velho.
11. Mas o CRIADOR não permita que eu mate o homem que Ele escolheu para ser o rei! Porém uma coisa digo a você: vamos pegar a sua lança e a sua jarra de água, e depois vamos sair daqui!
12. Assim Davi/Da’oud tomou a lança e a jarra de água, e saíram sem que ninguém os visse; e ninguém acordou, porque o CRIADOR fez, com que eles caíssem num sono pesado.
13. Davi/Da’oud e Ab’ishai subiram a montanha do lado oposto do acampamento, até que chegaram a uma distância que não oferecia perigo.
14. Então Davi/Da’oud gritou para Abner e Sha’ul: Acorde, Abner! Quem é, perguntou Abner.
15. Olhe, Abner, você é um grande herói, não é mesmo? Davi/Da’oud zombou. Onde, em todo o Yaoshor’ul, existe alguém tão maravilhoso? Sendo assim, por que você não protegeu o seu maoro’eh/mestre, o rei, quando alguém chegou para matá-lo?
16. Isso não é nada bom! Juro pelo CRIADOR, que você deve morrer por sua falta de cuidado com o rei, o ungido do CRIADOR. Onde estão a lança e a jarra de água do rei, que estavam à cabeceira dele? Olhe aqui!
17-18. Sha’ul reconheceu a voz de Davi/Da’oud, e disse: É você, meu filho Davi/Da’oud? E Davi/Da’oud respondeu: Sim, maoro’eh/mestre, sou eu. Por que está me perseguindo? O que é que fiz? Qual é meu crime?
19. Se é o CRIADOR quem atiça o rei contra mim, então que Ele aceite minha oferta. Mas se isto é simplesmente o plano de um homem, então que ele seja amaldiçoado pelo CRIADOR. Pois o rei me expulsou de minha casa, de maneira que não posso estar com o povo do CRIADOR, como se eu adorasse ídolos.
20. Devo eu morrer em terra estrangeira, longe da presença do ETERNO? Qual a razão pela qual o rei de Yaoshor’ul saiu para perseguir-me como quem persegue uma perdiz nas montanhas?
21. Então Sha’ul confessou: Errei. Volte para casa, meu filho, e não mais procurarei fazer mal a você; pois hoje você me salvou a vida. Tenho sido um louco, e tenho errado muitíssimo.
22. Aqui está sua lança, maoro’eh/mestre, respondeu Davi/Da’oud. Deixe que um dos seus moços venha cá buscá-la.
23. O CRIADOR dá a sua própria recompensa por fazer o bem e ser leal, e eu me recusei a matá-la, mesmo quando UL o entregou nas minhas mãos.
24. Agora, que o CRIADOR salve a minha vida, assim como hoje salvei a sua. Que Ele me livre de todas as minhas dificuldades.
25. E Sha’ul disse a Davi/Da’oud: O CRIADOR abençoe você, meu filho Davi/Da’oud. Você praticará atos heróicos, e será um grande conquistador. Então Davi/Da’oud foi-se embora, e Sha’ul voltou para sua casa.
1. MAS DA’OUD CONTINUOU a pensar consigo mesmo: Um dia destes, Sha’ul vai me apanhar. Acho melhor eu me esconder entre os filisteus, até que Sha’ul desista e deixe de me perseguir por toda parte em Yaoshor’ul; assim ficarei livre da sua mão.
2-3. Assim Davi/Da’oud levou os seus seiscentos homens e suas famílias indo viver em Gate, sob a proteção do rei Aquis, filho de Maoque. Davi/Da’oud levou também suas duas esposas: Ainoã de Jezreel/Yaozoro’ul e Abiga’ul do Carmelo/Carmi’ul, viúva de Nabal.
4. Logo chegou a Sha’ul a notícia de que Davi/Da’oud tinha fugido para Gate, de maneira que deixou de procurá-lo.
5. Um dia Davi/Da’oud disse a Aquis: Meu maoro’eh/mestre, se tudo está bem para vossa majestade, nós preferimos morar em uma das cidades do interior, em vez de morarmos aqui na cidade real.
6-7. Então Aquis deu a ele a cidade de Ziclague que pertence aos reis de Judáh/Yaohu’dah até hoje: e eles viveram ali entre os filisteus durante um ano e quatro meses.
8. Davi/Da’oud e seus homens passavam o tempo atacando os gesuritas, os gersitas e os amalequitas: povos que viviam perto de Sur, junto à estrada do Egypto, desde tempos muito antigos.
9. Eles não deixavam nenhuma pessoa com vida nas aldeias que atacavam, e ainda tomavam as ovelhas, os bois, os jumentos, os camelos e as roupas, antes de voltarem para suas casas.
10. Onde você fez o seu ataque hoje, perguntava Aquis. E Davi/Da’oud respondia: Meu ataque hoje foi contra o sul de Judáh/Yaohu’dah, contra o povo yerameelita e contra os queneus.
11. Davi/Da’oud não deixava ninguém com vida para vir a Gate e contar onde realmente ele tinha estado. Isto aconteceu repetidas vezes, enquanto ele viveu entre os filisteus.
12. Aquis acreditava em Davi/Da’oud, e pensava que o povo de Yaoshor’ul devia odiá-la muito no momento. Agora ele terá de ficar aqui e me servir para sempre, pensava o rei.
1. MAIS OU MENOS nessa ocasião, os filisteus reuniram seus exércitos para outra guerra contra Yaoshor’ul. Venham e nos ajudem a lutar, disse rei Aquis a Davi/Da’oud e seus homens.
2. Ótimo, concordou Davi/Da’oud. Logo o rei verá como podemos ajudar de verdade. Se assim for, você será meu guarda-costas enquanto viver, Aquis disse a Davi/Da’oud.
3. Nessa ocasião, Shamu’ul já tinha morrido, e todo o Yaoshor’ul tinha chorado a sua morte. Shamu’ul foi sepultado em Ramá/Ro’emah, que era a sua cidade. O rei Sha’ul havia expulsado do pais todos os médiuns e os adivinhadores.
4. Os filisteus se acamparam em Suném, e Sha’ul e os exércitos de Yaoshor’ul se acamparam em Gilboa.
5-6. Quando Sha’ul viu o enorme exército dos filisteus, ficou tremendo de medo e perguntou ao CRIADOR o que deveria fazer. Porém o CRIADOR não lhe deu resposta, nem por meio de sonhos, nem por URIM, ou por intermédio dos profetas.
7-8. Então Sha’ul deu ordens aos seus auxiliares para que procurassem uma médium [espírita], de maneira que ele pudesse perguntar a ela o que fazer; e eles encontraram uma em En-Dor. Sha’ul se disfarçou, usando roupas comuns, em vez de usar suas vestes reais. Ele foi a casa da mulher a noite, acompanhado por dois dos seus homens. Quero falar com um homem que está morto, pediu Sha’ul. Pode fazer subir este homem?
9. O maoro’eh/mestre está procurando que me matem, perguntou a mulher. Sabe que Sha’ul mandou matar todos os médiuns e os adivinhadores. O maoro’eh está armando uma cilada para mim.
10. Porém Sha’ul fez um juramento muito sério de que ele não faria traição contra ela.
11. Finalmente a mulher concordou, e disse: Pois bem, a quem o maoro’eh/mestre quer que eu faça subir? Faça-me subir Shamu’ul, respondeu Sha’ul.
12. Quando a mulher viu shamu’ul, ela soltou um grito: O maoro’eh/mestre me enganou! O maoro’eh/mestre é Sha’ul!
13. Não tenha medo! o rei disse a ela. O que é que você vê? Vejo algo como um vulto, que sobe da terra, ela disse.
14. Como é a aparência dele? É um velho envolto em um manto. Sha’ul entendeu que era Shamu’ul, e se curvou perante ele.
15. Por que você me perturbou, trazendo-me? “Shamu’ul” perguntou a Sha’ul. Porque estou numa dificuldade enorme, respondeu Sha’ul. Os filisteus estão guerreando contra nós, e o CRIADOR me abandonou e não me responde por profetas, nem por sonhos; por isso chamei o maoro’eh/mestre para que me diga o que devo fazer.
16. Porém “Shamu’ul” respondeu: Por que vem perguntar a mim, uma vez que o CRIADOR o abandonou e se tornou seu inimigo?
17. Ele fez conforme disse que faria, e tirou o reino das suas mãos e o deu ao seu rival, Davi/Da’oud.
18. Tudo isto aconteceu a você, porque não obedeceu às Suas ordens, quando Ele estava tão zangado com Ameleque.
19. E ainda mais isto: O exército de Yaoshor’ul inteirinho será derrotado e destruído pelos filisteus amanhã, e você e seus filhos estarão aqui comigo.
20. Então Sha’ul caiu estendido ao chão, paralisado de terror por causa das palavras daquele “shamu’ul”. Também ele estava sem forças devido à fome, pois não tinha comido nada naquele dia.
21. Quando a bruxa viu o quanto ele estava perturbado, disse: Maoro’eh, obedeci às suas ordens, com risco de minha própria vida.
22. Agora faça o que eu digo, e me permita dar-lhe alguma coisa para comer, de modo que o maoro’eh/mestre possa aguentar a viagem de volta.
23. Porém Sha’ul não aceitou. Os homens que estavam com ele confirmaram o que a mulher havia dito, e por fim ele concordou. Então ele se levantou e se assentou na cama.
24. A mulher estava engordando um bezerro; assim, ela saiu depressa, matou o bezerro, amassou farinha e assou um pão sem fermento.
25. Ela trouxe a refeição ao rei e seus homens, e eles comeram. Depois foram embora naquela mesma noite.
1. O EXÉRCITO FILISTEU se reuniu em Afeque, e os yaoshorul’itas acamparam-se junto às fontes de Jezreel/Yaozoro’ul.
2. Enquanto os capitães filisteus conduziam seus soldados por grupos de cem e de mil, Davi/Da’oud e seus homens marchavam atrás com o rei Aquis.
3. Porém os comandantes filisteus perguntaram: O que esses yaoshorul’itas fazem aqui? E o rei Aquis lhes disse: Este é Davi/Da’oud, o homem que fugiu de Sha’ul, rei de Yaoshor’ul. Ele está comigo faz alguns anos, e desde que chegou, até agora, não encontrei nenhuma falta nele.
4. Mas os chefes filisteus estavam muito zangados. Mande essa gente de volta! exigiram. Eles não vão à batalha com o nosso exército, porque vão lutar contra nós. Existe algum meio melhor para ele fazer as pazes com o seu maoro’eh/mestre do que voltar-se contra nós na batalha?
5. Este é o mesmo homem a respeito do qual as mulheres de Yaoshor’ul cantavam em suas danças: ‘Sha’ul matou seus milhares, e Davi/Da’oud matou seus dez milhares’!
6. Então, finalmente, Aquis chamou Davi/Da’oud e seus homens. Juro pelo CRIADOR, Aquis disse a eles, que vocês são alguns dos homens mais excelentes que já encontrei, e na minha opinião vocês deveriam ir com a gente, mas os meus comandantes não querem.
7. Por favor, Davi/Da’oud, não deixe esses oficiais irritados; é melhor você voltar em paz.
8. O que eu fiz para merecer este tratamento, perguntou Davi/Da’oud. Por que não posso lutar contra seus inimigos?
9. Mas Aquis insistiu: Quanto a mim, você é tão perfeito como um ANJO DO ETERNO. Porém os meus comandantes têm medo de ter você na companhia deles na batalha.
10. Levante-se, pois, de madrugada e assim que clarear o dia vá embora.
11. Assim Davi/Da’oud, voltou à terra dos filisteus enquanto o exército filisteu prosseguiu em sua marcha para Jezreel/Yaozoro’ul.
1-2. TRÊS DIAS DEPOIS, quando Davi/Da’oud e seus homens chegaram à sua cidade de Ziclague, viram que os amalequitas tinham atacado a cidade e a queimaram completamente; não mataram ninguém, mas levaram embora todas as mulheres e as crianças.
3-4. Quando Davi/Da’oud e seus homens olharam para aquelas ruínas e compreenderam o que havia acontecido a suas famílias, choraram até não terem mais lágrimas.
5. As duas esposas de Davi/Da’oud, Ainoã e Abiga’ul, estavam entre as mulheres que foram presas.
6. Davi/Da’oud estava muito preocupado, pois os seus homens, aflitos por causa dos seus filhos, começaram a falar em matá-lo. Mas Davi/Da’oud recebeu forças do CRIADOR.
7. Então disse ao sacerdote Abyaoter: Traga-me aqui o manto de sacerdote! E Abyaoter trouxe a Davi/Da’oud.
8. Davi/Da’oud perguntou ao CRIADOR: Devo perseguí-los? Eu os apanharei? E o CRIADOR disse a ele: Sim, vá atrás deles; você vai recuperar tudo o que eles tomaram de vocês!
9-10. Então Davi/Da’oud e seus seiscentos homens foram atrás dos amalequitas. Quando chegaram ao córrego de Besor, duzentos dos homens estavam tão cansados que não aguentaram atravessar o córrego, mas os outros quatrocentos atravessaram, e continuaram a marcha.
11-12. A caminho, encontraram um moço egypcio num campo, e o trouxeram à presença de Davi/Da’oud. Fazia três dias e três noites que esse moço não tinha o que comer, por isso deram a ele um pedaço de bolo de figo, dois cachos de uva-passa e um pouco de água; com isso o rapaz se reanimou.
13. Quem é você, e de onde vem? Davi/Da’oud perguntou a ele. Sou egypcio: empregado de um amalequita, respondeu ele. Meu patrão me deixou para trás, há três dias, porque eu estava doente.
14. Estávamos voltando do nosso ataque aos queretitas no lado sul deles, havíamos atacado o sul de Judáh/Yaohu’dah e a terra de Caleb, e pusemos fogo em Ziclague.
15. Pode dizer-me para onde eles foram, perguntou Davi/Da’oud. O moço respondeu: Se você jurar pelo nome do ETERNO que não me matará, nem me entregará ao meu patrão, então levarei você a eles.
16. E o moço os levou ao acampamento dos amalequitas. Eles estavam espalhados pelos campos, comendo, bebendo e dançando com alegria, por causa da enorme quantidade de coisas que tomaram dos filisteus e dos homens de Judáh/Yaohu’dah.
17. Davi/Da’oud e seus homens entraram com violência entre eles, e os mataram durante toda aquela noite e todo o dia seguinte, até ao anoitecer. Não escapou ninguém, a não ser quatrocentos moços que fugiram montados em camelos.
18-19. Davi/Da’oud conseguiu trazer de volta tudo o que os amalequitas haviam tomado. Os homens recuperaram suas famílias e tudo o que lhes pertencia, e Davi/Da’oud salvou suas duas esposas.
20. Os soldados de Davi/Da’oud ajuntaram todos os rebanhos, e os levaram adiante do povo. Disseram: Este é o despojo de Davi/Da’oud.
21. Quando chegaram ao córrego de Besor, lá estavam os duzentos homens, que não puderam ir junto porque estavam cansados demais. Da’oud os cumprimentou com alegria.
22-23. Mas alguns dos malvados dentre os homens de Davi/Da’oud declararam: Eles não foram com a gente, por isso não recebem nada. Levem suas mulheres e seus filhos, e vão embora. Porém Davi/Da’oud disse: Não, meus irmãos! O CRIADOR nos guardou e nos ajudou a derrotar o inimigo que tinha nos atacado,
24. Acaso pensam que alguém vai dar-lhes apoio? Haverá uma parte igual para os de cada grupo: uma parte para os que foram à batalha, e outra para os que tomaram conta do equipamento.
25. Daquele dia em diante, Davi/Da’oud estabeleceu esse princípio como lei para todo o Yaoshor’ul, e assim é até hoje.
26-31. Quando chegou a Ziklag enviou parte do saque aos anciãos de Yaohu’dah: Isto é um presente para vocês, tirado aos inimigos de UL, escreveu-lhes. Estes presentes foram enviados aos anciãos das seguintes cidades onde Da’oud e os companheiros tinham estado: Bohay’ul, Sul de Ramote, Yatir, Aroer, Sifmote, Estemoa, Racal, as cidades dos jerameelitas, as cidades dos queneus, Horma, Borasã, Atace, Hebron.
1. NESSE MEIO TEMPO os filisteus começaram a batalha contra Yaoshor’ul, e os yaoshorul’itas fugiram deles e foram todos mortos no monte Gilboa.
2. Os filisteus cercaram a Sha’ul por todos os lados, e mataram seus filhos Jônatas/Yahnak’ham, Abinadabe e Molkhishúa.
3-4. Então os que atiravam flechas com arco viram onde Sha’ul estava, e o feriram mortalmente. Sha’ul disse ao moço que levava suas armas: Mate-me com a sua espada, antes que esses filisteus adoradores de ídolos me prendam e me torturem. Porém o seu moço teve medo de matá-lo. Então Sha’ul tomou sua própria espada, atirou-se sobre a ponta da lâmina, e esta atravessou o seu corpo.
5. Quando o moço das armas de Sha’ul viu que ele estava morto, também ele se atirou sobre sua espada, e morreu ao lado do rei.
6. Dessa maneira, Sha’ul, seu moço de armas, seus três filhos e seus soldados morreram naquele mesmo dia.
7. Quando os yaoshorul’itas que estavam no outro lado do vale e além do Jordão/Yardayan souberam que seus companheiros tinham fugido e que Sha’ul e seus filhos estavam mortos, abandonaram as suas cidades. E os filisteus vieram morar nelas.
8. No dia seguinte, quando os filisteus saíram para tirar o que os mortos possuíam, encontraram os corpos de Sha’ul e dos seus três filhos no monte Gilboa.
9. Cortaram a cabeça de Sha’ul e tiraram as armas que ele possuía, e mandaram a maravilhosa notícia da morte de Sha’ul aos Templos das imagens deles, e ao povo da sua terra.
10-11. As armas de Sha’ul foram colocadas no Templo de Astarote, e o seu corpo foi amarrado ao muro de Beite-Sean. Mas quando os moradores de Yabesh-Ga’ul-iod ouviram dizer o que os filisteus tinham feito,
12. Os guerreiros dessa cidade viajaram a noite inteira até Beite-Sean; desceram do muro os corpos de Sha’ul e seus filhos, e os trouxeram a Yabesh, onde foram queimados.
13. Depois sepultaram os seus restos debaixo de um carvalho em Yabesh, e ficaram sem comer durante sete dias.
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