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Vegetarianismo é um regime alimentar que exclui da dieta todos os tipos de
carne (boi, peixe, frutos do mar, peru, faisão, paca, porco, carneiro,
frango e qualquer ave, etc), bem como todos alimentos derivados. É baseado
fundamentalmente no consumo de alimento de origem vegetal, com ou sem o
consumo de laticínios e/ou ovos. O veganismo, ou vegetarianismo estrito,
exclui da dieta todo e qualquer consumo de alimentos ou sub produtos
derivados de origem animal, assim, seus adeptos também não consomem ovos,
laticínios (leite, queijo, manteiga) e mel.

Vegetarianismo
Origens ocidentais
A britânica Anna Kingsford é considerada a mãe do vegetarianismo no
Ocidente. Depois de seis anos de estudo conquistou diploma em Paris (1880,
quando pôde então exercer a advocacia pelos animais com maior autoridade. A
tese final, L'Alimentation Végétale de l'Homme (A alimentação Vegetal
Humana), foi uma das obras fundamentais sobre os benefícios do
Vegetarianismo, publicada em inglês The Perfect Way in Diet(1881).
Fundou a Food Reform Society nesse ano, e viajou a Europa para divulgar a
dieta do vegetarianismo, na Inglaterra; e a Paris, Gênova e Lausanne para
falar o do trato com animais em experimentos científicos.
Etimologia
A Vegetarian Society, fundada em 1847, reivindica ter "criado a
palavra vegetarian (vegetariano) do latim vegetus, que significa 'vivo' (que
é como os primeiros vegetarianos disseram se sentir com a dieta) …"Entretanto, o dicionário de inglês Oxford, entre outros dicionários padrões,
afirmam que a palavra foi formada do termo "vegetable" (vegetal) e o sufixo
"-arian".
O dicionário de inglês Oxford também aponta a evidência que indica
que a palavra já era usada antes da fundação da Vegetarian Society:
1839 - "Se eu tivesse que cozinhar, inevitavelmente me tornaria
vegetariano." (F. A. Kemble, Jrnl. Residence on Georgian Plantation (1863)
pag 251).
1842 - "Dizer a um vegetariano saudável que sua dieta é bastante
antipática com os desejos de sua natureza." (Healthian, Apr. 34)
Mas observa que: "O uso geral da palavra aparente aumentou muito
devido à criação da Vegetarian Society em Ramsgate em 1847".
Formas de vegetarianismo
Há principalmente seis formas de dietas vegetarianas, classificadas
de acordo com os tipos de alimentos que são consumidos:

Lactovegetarianismo:
Dieta composta por alimentos de origem vegetal, leite e seus derivados. Os
que a seguem não comem ovos nem qualquer tipo de carne. Essa é a dieta
tradicional da população indiana.
Ovovegetarianismo: Dieta composta apenas por alimentos de origem vegetal e ovos, havendo
a exclusão dos produtos lácteos e seus derivados e de carne.
Vegetarianismo semiestrito: Dieta que exclui quase todos os alimentos de origem animal,
abrangendo somente o mel.
Vegetarianismo estrito: Também chamado de vegetarianismo verdadeiro, é uma dieta que exclui
todos os produtos de origem animal.
Vegetarianos estritos não comem, assim,
qualquer tipo de carne, ovos, laticínios, mel, etc., retirando da dieta
todos os produtos de origem animal. Essa forma de dieta é frequentemente confundida com o
veganismo, mas,
embora veganos sejam vegetarianos estritos, não são a mesma coisa: "Apesar de [nutricionalmente] classificarmos os 'vegetarianos
verdadeiros' apenas pela alimentação, existe uma diferença entre o vegano e
o vegetariano estrito. Geralmente o vegano também não utiliza produtos não
alimentícios provenientes de animais, como lã, couro, seda e pele. Quando
falamos em termos [exclusivamente] nutricionais, não faz diferença essa
classificação".
Enquanto o vegetarianismo estrito é apenas um regime alimentar,
veganismo é respeito aos direitos animais - o que inclui o vegetarianismo
estrito por razões éticas, mas não apenas (circo com animais, rodeios,
produtos testados em animais, e qualquer outra forma de exploração animal é
boicotada pelos veganos).
Existe também outras dietas semelhantes como o Crudivorismo e o
Frugivorismo.
Confusão de termos
Vegetarianismo é uma palavra ambígua, ou seja, que tem mais de um
sentido. No sentido de gênero, fala abrangendo todas as formas de
vegetarianismo. No sentido de espécie, designa o verdadeiro sentido da
palavra, o vegetarianismo estrito (que não consome nenhum produto de origem
animal).
Nisso faz-se diversas confusões. As mais comuns são: simplificar o
ovolactovegetarianismo por vegetarianismo; e confundir vegetarianismo
estrito com veganismo. Devido a isso se emprega o termo "dieta vegana", para
indicar a dieta vegetariana estrita. Veganismo não é dieta alimentar,
vegetarianismo sim. O correto é sempre "dieta vegetariana". Ao referir-se à
alguém que não se alimenta com nenhum produto de origem animal, usa-se o
termo "dieta vegetariana estrita".
Origem e história do vegetarianismo
O vegetarianismo tem sua origem na tradição filosófica indiana, que
chega ao Ocidente na doutrina pitagórica. Nas raízes indianas e pitagóricas
do vegetarianismo são ligadas a noção de pureza e contaminação, não
correspondendo com a visão de respeito aos animais. O nascimento de uma
sensibilidade em relação aos animais, que condena o consumo de animais por
motivos morais ou solidários, é muito recente na história da humanidade e
data a partir do século XIX em alguns países da Europa. O vegetarianismo
ético, que visa o respeito pela vida animal teve origem na Antiguidade,
sendo que ao longo da História da humanidade, inúmeros autores têm vindo a
criticar e questionar consumo de carne com base nesse aspecto, por exemplo Mahavira, Asoka, Pitágoras, Empédocles, Plutarco, Porfírio, Ovídio, São
Ricardo de Wyche, Leonardo da Vinci, John Ray, Thomas Tryon, Bernard
Mandeville, Alexander Pope, Isaac Newton, Voltaire, George Cheyne, David
Hartley, Oliver Goldsmith, Joseph Ritson, Lewis Gompertz, Johnny Appleseed,
Percy Bysshe Shelley, Alphonse de Lamartine, Amos Bronson Alcott, William
Alcott, Gustav Struve, Georg Friedrich Daumer, Richard Wagner, Liev
Tolstoi,George Bernard Shaw, Romain Rolland, Élisée Reclus, Mahatma Gandhi,
Franz Kafka, Isaac Bashevis Singer,Albert Einstein entre muitos outros. Este
facto é demonstrado por autores como Howard Williams, Rod Preece, Norm Phelps, Walter e Portmess e Rynn Berry.
Uma das passagens mais antigas a favor de um vegetarianismo ético surgiu
quando Ovídio, nas Metamorfoses pôs na boca de Pitágoras estas palavras:
"Que crime horrível lançar em nossas entranhas as entranhas de seres
animados, nutrir na sua substancia e no seu sangue o nosso corpo! para
conservar a vida a um animal, porventura é mister que morra um outro?
Porventura é mister que em meio de tantos bens que a melhor das mães, a
terra, dá aos homens com tamanha profusão, prodigamente, se tenha ainda de
recorrer à morte para o sustento, como fizeram ciclopes, e que só degolando
animais seja possível cevar a nossa fome? […] É desumanidade não nos
comovermos com a morte do cabrito, cujos gritos tanto se assemelham aos das
crianças, e comermos as aves a que tantas vezes demos de comer. Ah! quão
pouco dista dum enorme crime! " Este trecho de Ovidio reflecte os
ensinamentos dos pitagóricos no primeiro século.
Já na era cristã São João Crisóstomo escreveu que a alimentação carnívora é
uma luxúria e que o Homem ao comer carne é pior que os animais selvagens,
que só têm esse forma de se alimentarem.
No Renascimento os ensaios de Michel de Montaigne evidenciam bastante
sensibilidade para com os animais. Exemplo disso é a seguinte passagem:
"Nunca pude ver sem constrangimento perseguir e matar inocentes animais,
quase sempre indefesos, e dos quais nunca o homem recebeu a mais pequena
ofensa". Ou ainda: "Para algumas mães é um passatempo ver o filho torcer o
pescoço a um frango, bater ou magoar um cão ou um gato […] isso são meios,
sementes e raízes da crueldade, tirania e traição."
Poucos anos depois, Bernard Mandeville foi um dos muitos autores que
criticaram o consumo de carne com base nos motivos éticos: "Eu não posso
compreender com um homem, que não está inteiramente endurecido e habituado à
vista do sangue e do massacre, possa assistir sem remorso ao massacre de
animais como o boi e o carneiro, nos quais o coração, o cérebro, os nervos,
diferem tão pouco dos nossos, e cujos órgãos dos sentidos, e por
consequência do coração, são os mesmos que no ser humano".
Por sua vez, já no século XIX Lamartine estava convencido de que "matar os
animais para nos sustentarmos com a sua carne e o seu sangue é uma das mais
deploráveis e das mais vergonhosas enfermidades da condição humana".
Vegetarianismo e nutrição
Dietas vegetarianas normalmente são ricas em proteína
carboidratos, fibras dietéticas, magnésio, potássio, folato, antioxidantes
(como vitaminas C e E) e fitoquímicos, além de apresentarem baixa ingestão
de gordura saturada e colesterol, fornecendo diversos benefícios
nutricionais. Por outro lado dietas vegetarianas podem apresentar menor
ingestão de vitamina B12, vitamina D, cálcio, selênio, iodo, ferro, zinco o
que pode causar efeitos negativos sobre o organismo. Os vegetarianos devem
ter maior atenção no que diz respeito à ingestão de vitamina B12, cálcio,
zinco e ferro, alguns veganos advogam a necessidade de suplementação desses
nutrientes para sua dieta, sendo importante realizar exames de sangue
periodicamente. Vegetarianos estritos normalmente apresentam menores
ingestões de cálcio, zinco, vitamina B12 e vitamina D quando comparados com
ovolactovegetarianos.
Uma alimentação vegetariana adequada pode ser capaz de atender às
necessidades nutricionais do organismo, mas é importante consultar um
nutricionista para garantir a adequada combinação dos alimentos e não
aumentar o risco à saúde por inadequação alimentar.
A posição da American Dietetic Association (ADA, algo como Associação
Norte-americana de Nutrição) é de que "dietas vegetarianas planejadas de
forma apropriada são saudáveis, adequadas nutricionalmente e promovem
benefícios na prevenção e no tratamento de certas doenças". Entre as
vantagens nutricionais de uma dieta vegetariana, incluem-se o menores níveis
de gorduras saturadas, colesterol e proteína animal, bem como maiores níveis
de carboidratos, fibras, magnésio, potássio, ácido fólico e antioxidantes
como vitaminas C e E.
A Deutsche Gesellschaft für Ernährung e.V. (DGE, Sociedade Alemã de
Nutrição) mantém posição mais conservadora: "a alimentação (ovo)lacto-vegetariana
pode ser apropriada. Para crianças, especial precaução na escolha dos
alimentos deve ser tomada." Afirma também que "a dieta vegetariana estrita
não é recomendável para nenhuma faixa etária, devido a seus riscos [de falta
de alguns nutrientes. A DGE desrecomenda-a de forma a bebês, crianças e
adolescentes".
Uma professora chamada Lindsay Allen disse que a dieta vegetariana estrita
pode ser prejudicial para crianças. No entanto um relatório
mencionava que o estudo desta médica era parcialmente financiado pela National Cattlesmen’s Beff Association. Paul McCartney,
vegetariano desde a década de 1970 declarou que o estudo foi manipulado
pelos criadores de gado que viram as vendas a cair e acrescentou que os seus
filhos são saudáveis tendo sido criados como vegetarianos.
Por sua vez, Associação Dietética Americana declarou que os regimes
vegetarianos, desde que bem planeados, são apropriados para todas as fases
da vida, incluindo gravidez, lactação, primeira infância e adolescência,
referindo também que os vegetarianos têm níveis mais baixos de doenças
cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão e cancros da próstata e do
cólon. A experiência prova que as crianças
vegetarianas são tão saudáveis como as não vegetarianas. Para citar um
exemplo conhecido, a cantora Joss Stone, é vegetariana desde nascença.
O Dr. José Lyon de Castro (1890-1988) escreveu que é possível viver com
saúde sem comer carne ou peixe, como atestam numerosos homens de ciência e o
testemunho de milhões de vegetarianos em todo o mundo. Os cuidados mais
importantes ao se tomar quando se adota uma dieta vegetariana dizem respeito
à vitamina B12, ao cálcio e aos ácidos graxos ômega 3. Por outro lado,
vegetais podem facilmente suprir as necessidades humanas de proteína. Um
vegetariano norte-americano consome, em média, 150% da quantidade diária
recomendada.
Cuidados necessários
Os cuidados mais importantes a se tomar em uma dieta vegetariana
dizem respeito à vitamina B12, ao cálcio e aos ácidos graxos ômega 3. Os
dois primeiros devem ser considerados com especial atenção por vegetarianos
estritos; o terceiro deveria ser uma preocupação de todos, inclusive
não-vegetarianos.
Vitamina B12
Deficiência de vitamina B12 pode causar anemia e danos ao sistema nervoso.
No passado, acreditava-se que alimentos como espirulina (Spirulina
platensis), levedura de cerveja ou produtos fermentados a base de soja (como
tempeh e missô) poderiam ser fontes de vitamina B12, porém não é possível
absorver a B12 contida nesses alimentos. Estudos em ratos comprovam que a
B12 encontrada nas algas Chlorella e Nori são fontes válidas para mamíferos.
Cogumelos
Os cogumelos Shimeji e Shitake, além de grande fonte de proteína e baixa
caloria, são ricos em B12. Uma ingestão apropriada de vitamina B12 também
pode ser garantida de uma das seguintes formas:
Consumir diariamente um suplemento vitamínico contendo entre 5 e 10
mcg de vitamina B12, ou consumir semanalmente um suplemento contendo 2000
mcg de vitamina B12. Consumo ocasional de leite ou ovos não supre as
necessidades de vitamina B12.
Cálcio
Um vegetariano estrito norte-americano consome em média 627 mg de cálcio por
dia. Esse valor está abaixo da recomendação brasileira de 1000 mg diários. Dada a pequena oferta de alimentos enriquecidos no Brasil, é
possível que vegetarianos estritos brasileiros ingiram quantidades ainda
mais baixas de cálcio. Alguns estudos sugerem que a absorção de cálcio em uma dieta
vegetariana estrita seja melhor que naquelas que incluem alimentos de origem
animal. No entanto, é recomendado seguir o valor diário de 1000 mg.

A tabela acima mostra exemplos de alimentos ricos em cálcio e de
porções que incluem cerca de 10% do valor diário recomendado (IDR).
A ADA aconselha a ingestão de ao menos 8 porções desse tipo ao dia. Por sua vez, o Dr. John McDougall
explicou que as plantas, que estão carregadas de minerais em quantidades
suficientes para construir os esqueletos dos maiores animais da terra (o
elefante, o hipopótamo, a girafa, o cavalo, a vaca), possuem cálcio
suficiente para desenvolver os ossos relativamente pequenos do ser humano. O Dr. McDougall
afirmou que a observação de que bilhões de pessoas desenvolvem esqueletos
adultos normais sem consumir leite de vaca ou suplementos de cálcio deveria
ser suficiente para deixar toda a gente descansada em relação à adequação de
uma dieta vegetariana estrita, mas que infelizmente esse não é o caso,
devido à propaganda enganosa da indústria do leite. Escreveu ainda sobre os
inúmeros malefícios do consumo leite.
Entretanto alguns livros têm vindo a alertar para os muitos perigos
do consumo de leite, sendo de destacar Don't Drink Your Milk!: New
Frightening Medical Facts About the World's Most Overrated Nutrient do Dr.
Frank A. Oski, Milk - The Deadly Poison (Leite: alimento ou veneno?, na
edição brasileira) de Brian Vigorita e Robert Cohen, The China Study: The
Most Comprehensive Study of Nutrition Ever Conducted and the Startling
Implications for Diet, Weight Loss and Long-term Health do Dr. T. Colin
Campbell, e Whitewash: The Disturbing Truth About Cow's Milk and Your Health
de Joseph Keon.
As melhores fontes vegetarianas de cálcio são os vegetais e legumes
de folhas verdes (brócolos, couve de Bruxelas, couve-galega, etc.; a
excepção é o espinafre, cujo cálcio é de difícil absorção), feijões, tofu,
figos secos, amêndoas, castanha-do-pará, sementes de chia, sementes de sésamo, thaini,
sementes de girassol, e rabanetes. Dos alimentos
referidos, os mais ricos são as sementes de chia (1,010 mg) e as sementes de
sésamo (1,404 mg). Os «leites» vegetais também costumam conter cálcio.
Muitos outros alimentos vegetarianos contêm cálcio, mas em menor quantidade
que os atrás mencionados.
Ferro
Dado que o ferro de fontes vegetais é absorvido menos facilmente que o ferro
de fontes animais, vegetarianos necessitam de uma ingestão diária de ferro
maior do que os que comem carne vermelha e/ou peixe. O ferro está presente
numa grande quantidade de alimentos vegetarianos, como por exemplo as
lentilhas, feijão preto, feijão-frade, feijão de soja, caju, espinafre, as
sementes de girassol, uva, uva-passa, açúcar mascavo, pão de trigo integral,
vários cereais de pequeno-almoço (café da manhã) , o feijão mong (também conhecido como feijão-da-china),
o grão de bico, as sementes de abóbora, as passas , a quinoa e a beterraba
Um vegetariano que tome 50 miligramas ou mais de vitamina C na mesma
refeição em que consome alimentos ricos em ferro, faz com que a absorção de
ferro duplique. A salsa é também bastante rica em ferro e outros minerais,
assim como em várias vitaminas. Convém no entanto referir que a salsa deve
ser consumida crua, já que parte das suas vitaminas se perde com a cozedura.
Outro alimento muito aconselhável é a aveia, uma vez que para além de ser
rica em ferro, ainda possui cálcio, proteínas, fibras e vitaminas.
Zinco
Nas dietas vegetarianas o zinco pode ser obtido através de cereais
integrais, nozes, pistaches, amêndoas, cajus, pinhões, castanha-do-pará
(também conhecida como castanha-do-brasil), sementes de abóbora, sementes de
sésamo, sementes de chia, sementes de linhaça, amaranto, cevada, vegetais de
folhas verdes e ervilhas. As nozes e as sementes são os alimentos
vegetarianos mais ricos em zinco.
Ômega 3
A ADA recomenda o consumo de 2 porções diárias de alimentos ricos em ômega
3, como por exemplo:
-
sementes de chia (maior fonte de ômega 3 na Natureza)
-
1 colher de chá (5mL) de óleo de linhaça;
-
3 colheres de sopa de óleo de canola ou de soja;
-
1 colher de sopa (15mL) de linhaça moída;
Outras fontes vegetais de ómega 3 são: sementes de linhaça (também contêm
ômega 6, mas em menor quantidade), sementes de chia, sementes de cânhamo,
nozes, vegetais de folhas verdes (estes últimos em menor quantidade).
Por sua vez, o ômega 6 pode ser obtido através de óleo de semente de
uva, sementes ou óleo de girassol, sementes ou óleo de abóbora, sementes ou
óleo de sésamo, cânhamo, nozes, feijão de soja, óleo de feijão de soja, etc.
Alguns alimentos vegetais contêm tanto ômega 3 como ômega 6. São eles: a
soja, o cânhamo e as nozes. Os legumes de folhas verdes escuras (por exemplo
espinafres, salsa, brócolos), e as algas, contêm pequenas quantidades dos
ácidos graxos essenciais. As bebidas de soja e os iogurtes
de soja, assim com algumas manteigas vegetais, também contêm ácidos graxos
essenciais. É importante lembrar que a dieta vegetariana, tal como a dieta
onívora, deve ser rica e variada.
O vegetarianismo não deve ser confundido com a chamada "alimentação
natural", termo que é bastante impreciso e que pode ter significados
diferentes, embora geralmente se refira a pessoas que consomem alimentos não
processados. O vegetarianismo não tem nenhuma restrição, por exemplo, ao
consumo do arroz branco ou da farinha de trigo branca. Não há nada na
proposta do vegetarianismo que possa condenar os que se utilizam desses
alimentos. A proposta do vegetarianismo é de uma dieta que não inclua carnes
de qualquer tipo, incluindo ou não ovos, laticínios e mel.
Portanto, qual a diferença entre vegetarianismo e veganismo?
Vegetarianismo: é um regime alimentar que exclui da dieta todos os tipos de carne (vermelha,
branca, frutos do mar), bem como alimentos derivados. É baseado no consumo
de alimentos de origem vegetal, com ou sem o consumo de laticínios e/ou
ovos. Existem diversas variantes na dieta vegetariana, sendo as mais
conhecidas: Ovolactovegetarianismo, Lactovegetarianismo, Ovovegetarianismo e
Vegetarianismo estrito.
Veganismo:
é uma filosofia de vida motivada por convicções éticas com base nos direitos
animais, que procura evitar exploração ou abuso dos mesmos, através do
boicote a atividades e produtos considerados especistas. Veganos também
seguem o regime alimentar do vegetarianismo estrito, e também não utilizam
nenhum produto não-alimentar proveniente de exploração animal, bem como
produtos que realizam testes em animais...
Não somos radicais quanto à alimentação; apenas nos abstemos dos alimentos
chamados imundos, [Gn 7:2; cf. Lv 11]. Porém, pense nisto:
na Nova Terra, a morte [o último inimigo] não mais estará presente e sendo
assim, como você pretende adquirir carne?
RECEITAS: Uma Ceia Completa [TV]
Entrada – Salpicão
Ingredientes:
O que você precisa para servir 4 a 6 pessoas:
1 cenoura grande ralada no ralo grosso
1 pimentão vermelho pequeno fatiado fininho
1 pimentão amarelo pequeno fatiado fininho
1 maça verde ralada no ralo grosso
1 alho poró (somente a parte branca) cortado ao meio no sentido do
comprimento e fatiado fininho
150 gramas de uva passa
Azeitonas pretas à gosto
Maionese vegana à gosto – sugestão 2 colheres de sopa
1 repolho pequeno fatiado fininho OU um pacote de batata palha
Sal marinho integral à gosto
Opcional: uva Itália para enfeitar
Como se faz:
Em um bowl misture muito bem os 8 primeiros ingredientes;
Acrescente o sal e volte a mexer;
Incorpore delicadamente o repolho e acerte o sal;
Transfira para um refratário de servir e enfeite com uva Itália.
Extra – Maionese vegana
Ingredientes:
O que você… precisa para 250ml de maionese:
125 ml de leite de soja gelado
125 ml de óleo – sugestão: girassol
1 dente de alho pequeno
Suco de 1 ou mais limões consoante seu paladar
Sal marinho integral à gosto
Opcional: 1 colher de café de mostarda dijon
Pimenta á gosto
Como se faz:
No copo do mix coloque o leite, alho, mostarda dijon e pimenta – manter o
mix no fundo do copo;
Adicione lentamente o óleo com o mix ligado no fundo do copo – importante:
não mexa o mix;
Adicione o suco de limão e volte a bater subindo o mix uma única vez;
Leve à geladeira por 30 minutos antes de utilizá-la.
Acompanhamento – Arroz Integral
O que você precisa para servir 4 a 6 pessoas:
2 xícaras de arroz integral
1 xícara de lentilhas
1 cenoura ralada
1 cebola grande cortada em cubinhos
Sal marinho integral à gosto
Salsa picadinha à gosto
1 fio generoso de azeite
Como se faz:
Coloque o arroz de molho em água abundante por pelo menos 2 horas para
hidratar;
Faça o mesmo com a lentilha;
Descarte a água e leve-os para cozinhar com água limpa a cobri-los uns
quatro dedos (preferencialmente em fogo baixo) com a cebola picadinha e
pimenta à gosto;
No meio do cozimento acrescente uma pitada de sal e a cenoura ralada.
Cozinhe até que esteja do seu gosto, mas atenção o que o arroz integral deve
ser comido bem cozido;
Desligue o fogo e regue azeite e a salsa à gosto.
Prato principal – Assado de seitan
O que você precisa para servir 4 a 6 pessoas:
400 gramas de seitan (glúten do trigo - VEJA ABAIXO, O VÍDEO).
500 gramas de batata
300 gramas de cenouras
3 colheres de pasta/extrato de tomate
1/2 xícara de azeite
Uns 4 dentes de alho picadinhos
3 folhas de louro
1 raminho de alecrim fresco
Pimenta à gosto
Se necessário, 1 pitada de sal – verificar o sal da pasta de pimentão antes
de acrescentá-lo sua receita.
Como se faz:
Corte as batatas descascadas em cubos e reserve;
Corte as cenouras descascadas em rodelas e reserve;
Prepare um molho misturando os alhos picadinhos bem miudinhos com a pimenta,
o louro, as folhas do raminho de alecrim e 1 colher de pasta de pimentão e
reserve;
Faça uns golpes no seitan e barre com 2 colheres da pasta de pimentão;
Num refratário de ir ao forno, coloque o seitan no centro e as batatas e
cenouras a volta;
Regue tudo com o molho;
Junte 1 xícara de água e leve ao forno pré-aquecido aos 180 graus.
Asse durante aproximadamente 1 hora – neste tempo‚ controle para que
não fique muito seco e se necessário, acrescente mais água
Bebida – Limonada refrescante de manjericão
O que você precisa:
1/2 copo pequeno de suco de limão
1/2? copo de folhas frescas de manjericão
Açúcar demerara* a gosto
Água filtrada gelada até completar 1 litro
Variação: Substitua por folhas frescas de Erva-cidreira (Capim Santo).
Como se faz:
Bater todos os ingredientes no liquidificador, coar, acertar a intensidade
do sabor ao seu paladar, acrescentando ou não mais água;
Servir imediatamente com cubos festivos de gelo.
Sobremesa – Bolo Vivo de Nozes e Chocolate (sem glúten, lactose e açúcar)
O que você precisa:
1 e 1/2 copo de nozes
8 tâmaras
1/3 de copo de cacau ou alfarroba em p?ó
Gotinhas de extrato de baunilha
2 colheres de sopa de suco de laranja
1 pitada de sal marinho integral
Opcional: 6 meias nozes e raspas de laranja para enfeitar
Como se faz:
No processador de alimentos comece processando as nozes com a pitada de sal.
Adicione as tâmaras, o cacau ou alfarroba em pó, a baunilha e o suco de
laranja. Processe até que a mistura comece a formar grumos de massa.
Transfira para uma forma redonda pequena e molde pressionando bem e leve à
geladeira.
Antes de servir, desenforme, corte 6 fatias e enfeite com as nozes e as
raspas de laranja.
* O sal tem a função de realçar o sabor de alimentos
Extra – Cubos festivos de gelo
O que você precisa:
Água filtrada
Flores comestíveis, folhas de ervas aromáticas frescas, cubinhos de frutas
coloridas
Como se faz:
Na forma de gelo coloque água até a metade, acrescente a flor ou folha ou
fruta e leve para congelar;
Quando estiver congelado, preencha o restante da forma com água gelada e
volte a levar para congelar.
VÍDEOS:
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Estes vídeos nos ensinam a preparar
as receitas desta Ceia! No entanto, esta "ceia" faz referencia ao Natal
[25 de dezembro] e por isto, postamos este último vídeo... Não deixe de
vê-lo!
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Veja também: crudivorismo:
Alimentação Viva
*AÇUCARES:
A matéria-prima do nosso açúcar, é a cana. Antes de chegar à nossa mesa, a
planta passa por diversas etapas de fabricação. Primeiro, ela é moída para
extrair o caldo doce. Depois, começa a purificação, em que o caldo é
aquecido a 105 ºC e filtrado para barrar as impurezas. Em seguida, o caldo é
evaporado, vira um xarope e segue para o cozimento, onde aparecem os
cristais de açúcar que a gente conhece. Por último, os tipos mais brancos de
açúcar ainda passam pelo refinamento, quando o produto recebe tratamentos
químicos (principalmente a soda cáustica) para melhorar seu gosto e seu
aspecto. O resultado final é o açúcar em cristais, mas, se você moldar e
comprimir os cristais com xarope de açúcar, dá para fabricar açúcar em
torrões. Além da cana, há açúcar nas frutas e no milho (a frutose) e no
leite (a lactose). A beterraba é outra fonte de açúcar, mas tem um processo
de extração diferente.
Quais as diferenças entre açúcar cristal, refinado, demerara e mascavo?
As principais diferenças aparecem no gosto, na cor e na composição
nutricional de cada tipo. A regra básica é a seguinte: quanto mais escuro é
o açúcar, mais vitaminas e sais minerais ele tem, e mais perto do estado
bruto ele está. A cor branca significa que o açúcar recebeu aditivos
químicos no último processo da fabricação, o refinamento, que a gente
explica direitinho no fim do texto. Apesar de esses aditivos deixarem o
produto bonitão, eles também "roubam" a maioria dos nutrientes. Só para dar
um exemplo, em 100 gramas de um açúcar bem escuro, o mascavo, existem 85
miligramas de cálcio, 29 miligramas de magnésio, 22 miligramas de fósforo e
346 miligramas de potássio. Para comparar, na mesma quantidade de açúcar
refinado, aquele tipo branco mais comum, a gente encontra no máximo 2
miligramas de cada um desses nutrientes.
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