O exército de cada soberano traja-se
com seu uniforme distinto; é o símbolo da lealdade que o soldado deve a seu
rei. O povo de Israel também possui suas insígnias especiais que o
identificam como o servo do ETERNO.
Uma delas são os tsitsit...
TSITSIT: talit catan e talit gadol
Disse Rabi Shimon bar Yochai:
"Quando o homem levanta de manhã e coloca
os tefilin e tsitsit, a Shechiná (Presença Divina)
paira sobre ele e proclama: ‘Tu és Meu servo,
Yaoshor'ul, através do qual Serei Glorificado.’"
Há dois tipos de talit: o talit catán (pequeno), também chamado de "tsitsit",
usado durante o dia debaixo da camisa; e o talit gadol (grande), usado
somente na Prece Matinal. As franjas do talit, denominadas tsitsit,
funcionam como lembrete de todas as mitsvot da Torah. Ao colocar o talit,
deve-se ter em mente que o CRIADOR nos ordenou que nos envolvêssemos nele a fim
de que possamos nos lembrar de cumprir todos Seus mandamentos.
Vestimentas
A Torah exige que os tsitsit fiquem ligados às vestes humanas e esta relação
pode ser detectada numa breve revisão da origem e do significado dos trajes
humanos.
De acordo com a Torah, as roupas têm a sua procedência no pecado de Adan e
Khav’yah. O homem foi criado perfeito, sem ter quaisquer maldade em seu
interior. Não tinha más inclinações e nem conhecia tentação alguma por
prazeres físicos. Na pureza de sua mente, o sentimento de vergonha era
completamente desconhecido. Todos os órgãos e membros do seu corpo eram
iguais, cada um tendo que cumprir a sua parte na execução da missão Divina
do homem sobre a terra. Em qualquer ocasião, fosse um exercício
aparentemente espiritual ou um ato físico, só havia uma consideração: o
cumprimento da Vontade Divina.
Após ter pecado ao comer o fruto da Árvore do Conhecimento, adquiriu
consciência do prazer físico do qual não se dava conta antes, quando sua
alma predominava sobre as coisas materiais. Em sua mente então contaminada,
o bem já não era mais puramente bom. Percebeu que certas partes do seu corpo
estavam mais diretamente associadas com o senso do prazer físico. A
exposição destes membros fazia agora surgir nele um sentimento de vergonha
por dois motivos: primeiro, porque eram uma lembrança da humilhante queda do
homem sob o poder da luxúria e em segundo lugar, porque significavam uma
fonte de tentação.
Por esses motivos, o homem sentiu-se envergonhado com a sua nudez e quis
cobrir o seu corpo. Após o seu pecado, Adam e Khav’yah tiveram a sensação e a
consciência do nu e prepararam para si roupas para cobrir seus corpos.
Assim, as roupas lembram ao homem sua queda do estado de pureza absoluta
para outro da sucetibilidade à tentação e uma luta interna entre as
aspirações da alma Divina e as paixões do corpo físico.
OBS: As roupas que o homem criou
eram tão volúveis quanto a vida após o pecado e por isto foi necessário que
o próprio CRIADOR sacrificasse o primeiro animal [cordeiro], tirasse a sua pele e cobrisse a
Vergonha do homem...
NOTA DE O CAMINHO: Como este
estudo provém de JUDAICOS que não crêem no Messias, não vêem aqui a
referencia ao Cordeiro que tira o pecado do mundo...
Talvez, por este motivo (para ser um lembrete) somos obrigados a prender as
franjas dos tsitsit à nossa roupa. Pois os tsitsit não fazem parte
integrante do traje e não possuem utilidade material. Os tsitsit e as vestes
servem assim essencialmente ao mesmo propósito: os tsitsit advertindo-nos
para ficarmos em guarda contra as inclinações do "coração e dos olhos" – (os
dois provocadores do pecado) e o traje de uma lembrança vivida da primeira
vez em que o homem sucumbiu ao pecado.
O propósito
A mitsvá de tsitsit é mencionada duas vezes na Torah:
a) "…Que façam para eles tsitsit (franjas) sobre as bordas das suas vestes,
pelas suas gerações e porão sobre os tsitsit da borda um cordão azul
celeste. E será para vós por tsitsit e vereis e lembrareis todos os
mandamentos do ETERNO e os cumprireis e não errareis indo atrás (do
pensamento) do vosso coração e atrás (a vista) dos vossos olhos, atrás dos
quais vós andais errando; para que vos lembreis e cumprais todos os Meus
mandamentos e sejais santos para com vosso Criador." Bamidbar XV:38,39
(Números)
b) "Franjas farás para ti e as porás nos quatro cantos de tua vestimenta com
que te cobrires." Debarim XXII:12 (Deuteronômio)
A própria Torah assim explica o propósito dessa mitsvá [ordenança]. Na primeira passagem
citada encontramos tanto as metas imediatas como aquelas a prazo longo. As
imediatas consistem em um princípio positivo e um negativo:
Lembrete permanente
Ao mandar olhar para os tsitsit o CRIADOR queria que o homem atingisse vários
objetivos.
a) nos lembra todos os mandamentos para que os observemos;
b) evita que sigamos as inclinações do nosso coração e dos nossos olhos que
tendem a nos levar para a infidelidade (ao ETERNO).
c) para lembrarmos e observarmos os mandamentos do CRIADOR; e
d) nos elevar a um nível de santidade e nos tornar santificados perante
o ETERNO.
Como podem estas singelas franjas, ligadas ao nosso traje, atingir uma meta
tão elevada e abrangente? Como pode a visão dos tsitsit nos ajudar a
compreender o nosso "eu" espiritual e alcançar nosso objetivo de perfeição
humana?
Para entender isso, precisamos nos aprofundar um pouco mais nos aspectos
simbólicos deste preceito. Nossa pesquisa nos revelará que poucos
mandamentos são tão ricos em simbolismo e contêm tantas alusões e lembretes
como essa mitsvá. E uma vez que tenhamos aprendido a reconhecer e a apreciar
esses símbolos e alusões compreenderemos a eficácia do tsitsit e porque foi
dito que este único preceito é equivalente a todas as mitsvot da Torah (Menachot
43b).
A mulher está isenta deste preceito, pois a Torah reconhece sua conexão muito
mais direta com o ETERNO através de sua natureza e sensibilidade natas e a
considera bastante ciente dos seus deveres, não necessitando do lembrete
constante dos tsitsit para recordar-se dos mandamentos da Torah. Porém, no
NT, (a Renovada Aliança, em Yaohushua) Sha'ul nos mostra que a mulher, em
suas orações, deve usar um véu sobre seus cabelos, como descrito em I Co 11.
Tsitsit e Cohen Gadol
O termo tsitsit lembra o tsits, a placa de ouro usada pelo cohen gadol, o
Sumo Sacerdote, na qual estavam gravadas as palavras "Santidade ao ETERNO"
(Ex
28:36). Assim como tsits é derivado do hebraico "fitar" porque era usado na
testa um lugar visível a todos. Tsitsit também é derivado da mesma raiz.
Tsitsit se refere também aos cabelos, ou "franjas" na fronte. Assim, essa
palavra denota que as franjas devem ser vistas, olhadas: e sua melhor
tradução é portanto "franjas à mostra" (i.e., as franjas ligadas à veste a
fim de serem vistas). Na verdade e mais a fundo, o relacionamento tsits/tsitsit
é mais do que etimológico e os tsitsit do homem comum são de fato um modelo
do tsits do cohen gadol.
Significado [judaísmo ortodoxo]
Os tsitsit pelo seu nome e maneira com que estão ligados à roupa, aludem aos
613 preceitos da Torah: o equivalente numérico da palavra tsitsit é 600; some
a isso 8 pelo número de fios e 5 pelo número dos nós e terá 613. Os cinco
nós indicam também que temos de nos amarrar aos cinco Livros de Mehu'shua, ao
passo que os oito fios sugerem os oito órgãos do corpo que estimulam o homem
a pecar (os ouvidos, olhos, boca, nariz, mãos, pés, genitais e o coração),
que devem ser subjugados e santificados.
Assim, a vista dos tsitsit serve ao propósito de lembrar ao homem as suas
obrigações Divinas (os 613 preceitos da Torah) e protegê-lo de cair vítima
dos atos pecaminosos relacionados com os órgãos mencionados. A visão atenta
dos tsitsit serve como lembrete que conduz a uma observância consistente da
Torah ("e o vereis e lembrareis… e os cumprireis").
NOTA DE O CAMINHO: Seguir na
integra o uso (e modo de confecção do Talit) é cair da Graça (Gl 5:4) pois
assim estaríamos aceitando as tais de 613 leis onde uma boa parte delas
se cumpriram no Messias (não aceito pelos judaicos), outras impraticáveis
(apedrejamento, vaca vermelha, etc) e ainda outras passíveis do
discernimento humano (será sempre um HOMEM que decidirá se deve ser cumprida ou não)...
Os tsitsit devem
portanto ser usados em peças de roupa regulares (quadradas, de quatro
pontas) e não devem ser restritos ao talit (xale de orações) usado somente
na hora das preces. Pois, como Ibn Ezra escreve em seu comentário, "É mais
importante estar envergando os tsitsit em outras horas que não as da oração,
a fim de lembrar em todos os momentos a não se desviar e cometer um pecado;
pois na hora da prece o homem não peca".
E embora a Torah exija tsitsit somente numa peça de quatro cantos, sugerindo
assim que, em faltando tal peça de roupa, a pessoa está isenta de sua
obrigação, Rabi Isaac Abarbanel nota em seu comentário: "Eles devem fazer
para si tsitsit …pelas suas geraçõe" para ensinar que, mesmo no decorrer
das gerações, quando os israelitas não costumarem mais a usar trajes de
quatro pontas, deverão, assim mesmo fazer algumas peças de quatro pontas e
colocar os tsitsit ligados nelas. Daí se vê claramente o conceito errôneo
daqueles que argumentam que, se a pessoa não deseja usar um traje de quatro
pontas, fica isenta da mitsvá do tsitsit.
O fio azul, extinto
As franjas à mostra despertam no homem uma consciência direta da Presença
Divina. Esta era a função especial que tinha o fio azul (Techelet) cuja
coloração era obtida através da extração do pigmento do Chilazon, um peixe,
e especialmente processado; atualmente extinto. Portanto, qualquer
outro fio azul (índigo) é imitação (farsa, manipulação espiritual, etc)...
Por que o azul foi escolhido entre
todas as cores?
Porque o azul se assemelha à cor do mar e o mar parece com a cor do céu e o
céu se assemelha à ‘cor’ do Trono de Glória do ETERNO!"
A vista dos tsitsit induz uma visão mental, uma consciência da Shechiná
(Presença Divina). Em qualquer uma das direções — leste, oeste, sul e norte
— que nos voltemos (aludidas pela especificação da peça de quatro cantos),
os tsitsit nos tornam conscientes da presença do ETERNO. Hoje não temos mais
um fio azul porque o Chilazon (um anfíbio conchífero) do qual o pigmento
azul era extraído está atualmente oculto e desconhecido. Mas o seu
significado continua válido quando lemos o preceito de Techelet. Já que em
hebraico a palavra Techelet é parecida com Tachlit que quer dizer "meta
final", o significado do Techelet vem lembrar ao homem que o último e
definitivo objetivo de tudo é a Shechiná.
A passagem da Torah
A passagem da Torah que determina o preceito do tsitsit põe em contraste a
lembrança e a observância dos "mandamentos do ETERNO" com o seguir "atrás do
vosso (próprio) coração e dos vossos (próprios) olhos, atrás dos quais vos
desviais".
Esta contraposição sugere mais do que o sentido literal aparente. Pois a
Torah não especifica um "andar atrás" de inclinações pecaminosas, mas
pronuncia uma advertência geral e abrangente, de "não seguir atrás do vosso
coração e dos vossos olhos" — independente de quais sejam as intenções. Ao
ponderarmos este contraste, seu sentido latente se torna óbvio:
O coração, para nós, é a sede das emoções humanas, dos sentimentos pessoais do homem.
Os olhos, na terminologia da Torah, configuram sabedoria e intelecto. A
Torah
no contexto da mitsvá do tsitsit, assim nos adverte para "não ireis atrás
do vosso coração (as emoções e sentimentos) e vossos olhos (o intelecto),
atrás dos quais vos desviais".
Não é, pois, a nossa opinião e nossos ideais pessoais (não importa quão
nobres e elevados possam parecer), que devemos seguir, mas sim os
mandamentos do ETERNO. Mesmo quando nosso coração e nossa mente aquiescem em
assuntos da Torah por causa do apelo intelectual ou atração sentimental, nós
temos de observar os preceitos e as instruções da Torah como mandamentos do ETERNO.
É tão somente a natureza supra-racional e supra-sentimental dos mandamentos
como decretos Divinos que lhes empresta seu caráter de verdade e de
relevância absolutas.
Racionalismo e sentimentalismo como critérios únicos e independentes são
caminhos essencialmente perigosos e geralmente enganadores "atrás dos quais
vos desviais."
Segundo os nossos livros sagrados, o motivo de envolver o corpo com o talit
sensibiliza o coração do homem e o desperta para um sentimento de temor ao ETERNO.
A razão pela qual os tsitsiyot também são chamados na Torah de Guedilim, é
que, segundo o costume judaico, mesmo um menino pequeno deve vestir o talit
catan a fim de educá-lo quanto ao cumprimento das mitsvot, para que, ao
crescer, sinta cada vez mais o gosto e a "doçura" delas. Por isso são
denominados de Guedilim (do hebraico Guidul que significa "crescimento"),
pois as mitsvot vão crescendo com ele.
O motivo do número de voltas entre cada espaço de nós nos tsitsiyot ,
respectivamente 7, 8, 11 e 13 é que eles totalizam o mesmo valor numérico
das palavras Hashem Echad (o ETERNO Único) que, em hebraico, é 39.
O valor numérico da palavra tsitsit em hebraico é o mesmo das palavras
hebraicas tsedacot (que significa "justiças") enesher (que significa
"águia"). Isso nos esclarece que quem guarda a mitvá do tsitsit terá o mérito
de contemplar a Face da Shechiná (Presença Divina), conforme está escrito:
"Eu com justiça verei Tua Face"; e merece também que se concretize (sobre
ele) a profecia: "E vos transportarei sobre asas de águias."
A palavra Ure‘item (que significa "e vocês verão" os tsitsiyot) tem o mesmo
valor numérico que a palavra tsitsit bayom ("de dia" — quando se aplica a
mitsvá do tsitsit).
O motivo pelo qual envolvemo-nos no talit ainda antes de colocar os tefilin,
é que a mitsvá de tsitsit é mais frequente (pois vestimos mesmo no Shabat e
nos dias santificados) e isto lhe dá prioridade.
Em cada borda do talit encontramos 5 nós, ou seja 20 nas 4 pontas,
equivalentes às mãos e aos pés nos quais encontramos 20 dedos. Isto
transmite a idéia que todos os membros humanos encontram-se a serviço do ETERNO.
Os livros místicos relacionam a mitsvá de tsitsit com a visão profética de
mercavá ("carruagem") que consiste num dos assuntos mais profundos do Tanach
e que é explicado nos livros clássicos da Cabalá e Chassidut [!?!] O profeta Yechezkel visualiza quatro formas diferentes
de anjos com asas, etc. A
intenção do ETERNO na criação do homem é que ele assimile as características
dos seres superiores. O corpo do homem é um só, mas se ramifica em quatro
órgãos fundamentais: o cérebro, o coração, a língua e o Berit Milá que devem
ser suportes da "Carruagem" Divina. (A idéia do conceito Mercavá-Carruagem,
segundo os ensinamentos do Chassidut, define de forma alegórica a submissão
e anulação dos interesses e tendências pessoais perante o ETERNO: assim como a
carruagem não possui vontade própria e é submissa àquele que a dirige).
Nota de o Caminho: Aqui está a
origem pagã das 613 leis - a CABALA, livro de esoterismo judaico!!!
Este é o motivo de envolver-se com o talit de quatro pontas (equivalentes
aos quatro seres da Mercavá) e esta também é a razão da Torah chamar as
pontas de Cnafot (da mesma raíz que Cnafayim em hebraico, cujo significado é
"asas", fazendo alusão à elevação do homem através desta mitsvá. E por
este motivo também é que de cada uma das quatro pontas saem oito fios,
iguais ao número de faces e asas de cada um dos seres da mercavá totalizando
32, equivalente aos 32 caminhos da Chochmá (Sabedoria).
Nota de o Caminho: puro
paganismo!!!
Leis referentes ao talit
Os tsitsit devem ser colocados em qualquer vestimenta que cubra o corpo e
que tenha 4 pontas (bordas) — duas na frente e duas atrás.
-
Os fios (do tsitsit) devem ser
preparados (desde a fiação), trançados e colocados apropriadamente na
veste, especialmente com o intuito da mitsvá do tsitsit.
-
Os tsitsit e a veste devem ser do
mesmo material. É preferível, porém que sejam ambos de lã, ou pelo menos
que os fios sejam de lã.
-
Comprimento dos fios de tsitsit deve
ser de no mínimo 24cm e de preferência acompanhando a seguinte proporção:
1/3 de comprimento para os nós e espaços intermediários (do tsitsit) e os
2/3 restantes para os fios soltos (após o último nó).
-
Se um dos fios soltos do tsitsit se
romper, o talit ainda permanece casher. No caso de mais de um fio ter se
cortado, um Rabino ortodoxo deverá ser consultado.
-
Os fios do tsitsit devem ser
trançados e caso um deles se desfie, esta parte é considerada ausente.
-
A obrigatoriedade do tsitsit se
aplica (apenas) nas horas diurnas. Portanto a respectiva berachá, bênção,
não deve ser pronunciada antes do amanhecer ou após o pôr-do-sol.
-
Apesar da obrigação recair apenas nos
horários diurnos, é costume vestir o talit catan também ao dormir durante
a noite, para que dessa forma mesmo ao permanecer desacordado, após o
início do dia, já estejamos cumprindo a mitsvá. Assim também, de acordo
com os ensinamentos, é meritório vestir o talit catan mesmo de noite.
Porém ao amanhecer, a berachá do talit catan deve ser recitada sobre uma
outra veste. Não havendo outro talit catan, costuma-se mover os fios dos
tsitsit, recitando então a berachá.
-
Segundo o costume Chabad somente
homens casados vestem o talit gadol, recitando a berachá apenas sobre este
talit com a intenção que ela recaia também sobre o talit catan.
-
Ao tomar um talit emprestado para
rezar, costuma-se recitar a berachá sobre o talit; a não ser que esteja
sendo utilizado somente ao ser chamado na Torah, neste caso não se recita a berachá.
-
Se após vestir o talit gadol, este
caiu completamente do corpo, deve-se repetir todo o processo da Atifá,
inclusive recitar a berachá novamente. Se isto acontecer quando a pessoa
se encontra no meio da prece, quando não é permitida a interrupção por
conversa, coloca-se o talit, mas espera-se até depois da Amidá, Prece
Silenciosa, para recitar a berachá. Se o talit caiu durante a Amidá, a
própria colocação do Talit também é efetuada depois.
-
Mas se o talit permanecer no corpo,
mesmo que parcialmente, não precisa repetir a berachá. Se ficou apenas nas
mãos é considerado como se tivesse caído totalmente.
-
Se alguém tirou seu talit gadol com a
intenção de recolocá-lo em seguida, já que teve este pensamento, não é
necessário repetir a berachá.
-
A veste do talit, mesmo quando
invalidado, não deve ser utilizada de forma desprezível, uma vez que já
foi usada para uma mitsvá.
-
Caso um dos fios de tsitsit tenha
caído ou sido cortado não se deve jogá-lo fora ou empregá-lo de maneira
desprezível. É costume utilizá-lo como marcador de algum livro sagrado (já
que se trata de um objeto com o qual foi realizada uma mitsvá), para que
continue a desempenhar uma função semelhante.
-
É recomendável evitar, ao vestir o
talit, que os tsitsiyot se arrastem pelo chão.
-
A parte da veste do talit catan ou
gadol que foi colocada (vestida) na frente ou em cima, deve permanecer
sempre na mesma posição, em todas as vezes que for vestida. Para tanto é
costume fazer um sinal que sirva de lembrete na extremidade superior
interna do talit gadol e na parte dianteira do talit catan.
-
A largura do talit catan deve ser de
no mínimo uma Amá, ou seja 48 cm e o comprimento deve ser de no mínimo
duas Amót, excluindo o orifício central [no talit gadol], por onde é vestido, de
forma que resta uma Amá no peito (pela frente) e uma Amá por trás. Ao usar
um talit catan menor do que estas medidas no dia de Shabat, cria-se o
problema adicional de estar carregando algo no Shabat.
-
Deve-se tomar cuidado para não usar
um talit gadol estreito ou curto demais. O seu tamanho mínimo é o
necessário para poder envolver a cabeça e uma boa parte do corpo ao mesmo
tempo. [!?!]
-
Para meninos de 6 a 13 anos de idade,
que já devem usar o talit catan a fim de se acostumar com a mitsvá de
tsitsit pode-se basear nas opiniões que permitem medidas menores das
mencionadas acima para o talit catan. Nosso costume é de iniciá-los nesta
mitsvá desde os três anos de idade.
-
Deve-se procurar um talit bonito,
assim como todas as mitsvot devem ser realizadas da melhor maneira e
minuciosamente (Hildur Mitsvá).
-
Assim também ao comprar os tsitsit,
deve-se verificar o seu estado e adquirí-los de pessoa de confiança, para
ter certeza que todo o material empregado foi preparado especificamente
para a mitsvá de tsitsit e que possua as medidas certas.
Nota de o Caminho:
Nada escriturístico!!!
A maneira
correta de vestir o talit catan e o talit gadol
Se ao vestir o talit catan, as mãos da pessoa estavam sujas ou impuras,
estando inapta a pronunciar a berachá, ela deve ser dita mais tarde, após
netilat yadayim (depois de abluir as mãos), movendo os tsitsiyot, etc.
Deve-se separar os fios dos tsitsit um do outro, de forma que estejam sempre
soltos (e não entrelaçados).
Ao vestir o talit catan ou gadol deve-se meditar na intenção Divina ao
ordenar este preceito, de nos lembrar de todas as mitsvot e cumpri-las além
(é óbvio) da intenção de cumprir a própria mitsvá do tsitsit.
Antes de pronunciar a bênção referente aos tsitsit, deve-se verificá-los
atenciosamente, de modo a certificar-se que estão casher (aptos ao uso) a
fim de evitar pronunciar a bênção em vão.
Este exame é sempre necessário a não ser que a pessoa se atrase por causa da
verificação e isto não lhe permitirá rezar junto com a congregação.
A berachá de tsitsit e (no caso do talit gadol) seu envolvimento no corpo —
devem ser feitas em pé.
Ao falar o trecho de "Baruch Sheamar" na prece, seguram-se na mão direita os
dois tsitsiyot da frente (do talit catan para solteiros e do talit gadol
para os casados) e no fim deste trecho ("Melech Mehulat Batishbachot") se
beija os fios do tsitsit.
Na bênção anterior ao Shemá Yisrael (em Shacharit, Prece da Manhã) ao chegar
na palavra "Vahaviênu" pegam-se os dois tsitsiyot da frente e em seguida os
de trás, primeiro do lado esquerdo e depois do direito.
Seguram-se todos os tsitsiyot na mão esquerda entre o anular e o minguinho e
perto do coração. Chegando no terceiro capítulo do Shemá ("Vayômer"),
seguram-se as pontas dos tsitsiyot também com a mão direita. Ao mencionar as
seguintes seis palavras — 1) tsitsit, 2) tsitsit, 3) Letsitsit, 4) Emêt, 5)
Cayemet, 6) Laad — passamos os tsitsiyot nos olhos e em seguida os beijamos.
Bênção pronunciada ao colocar o talit Catan
Tratando-se de homem solteiro que não veste talit gadol, deve-se vestir o
talit catan, recitar a berachá, segurando e movendo os tsitsiyot antes de
pronunciá-la.
BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KIDESHÁNU
BEMITSVOTÁV VETSIVÁNU AL MITSVAT TSITSIT.
"Bendito és Tu, ó CRIADOR, nosso
UL'HIM,
Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou sobre
a mitsvá de tsitsit ."
Nota de o Caminho: Mais
paganismo, ou seja: REZAS...
Talit Gadol
Antes de envolver-se no talit gadol, coloca-se o talit dobrado no ombro
direito. Procede-se a verificação dos tsitsiyot enquanto recitam-se os
seguintes versículos:
BARECHI NAFSHI ET A-DO-NAI. A-DO-NAI E-LO-HAI GADALTA MEOD, HOD
VEHADAR LAVASHTA. OTÉ OR CASSALMÁ, NOTÉ SHAMAYIM CAYERIA. (Salmos CIV:1-2)
"Abençoe, ó minha alma, ao Criador. Ó
Criador, meu UL'HIM. Tu és magnificamente exaltado. Tu Te vestiste de majestade
e esplendor. Tu Te envolves de luz como um manto. Tu expandes os céus como
uma cortina."
Depois abre-se o talit completamente. Antes de se envolver no talit,
recita-se a seguinte berachá:
BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLÁM ASHER KIDESHÁNU
BEMITSVOTÁV VETSIVÁNU LEHIT ‘ATÊF BETSITSIT.
"Bendito és Tu, ó Criador, nosso UL'HIM, Rei do Universo, que nos santificou
com Seus mandamentos e nos ordenou envolver-se em tsitsit."
Após a berachá cobre-se a cabeça até
(inclusive) os olhos com o talit permanecendo assim (por um curto espaço de
tempo) envolvido à moda árabe, tomando as duas extremidades do lado direito
e jogando-as ao ombro esquerdo (por trás). Enquanto envolto no talit
recitam-se os seguintes versos:
MA YACAR CHASDECHÁ E-LO-HIM, UVENEI ADAM BETSEL. KENAFECHÁ
YECHESSAYUN. YIRVEYUN MIDESHEN BETECHA, VENACHAL ADANECHA TASHKÊM, KI IMECHÁ
MECOR CHAYIM, BEORECHÁ NIR‘É OR. MESHOCH CHASDECHÁ LEVODEECHÁ, VETSIDCATÊCHA
LEYISHREI LEV.
(Salmos XXXVI:8-11)
"Como é preciosa Tua bondade, ó o
ETERNO;
os filhos dos homens se refugiam na sombra de Tuas asas. Eles se saciarão
com a delícia de Tua Casa e Tu lhes darás de beber do rio da Tua
bem-aventurança. Pois Contigo está a Fonte da Vida, na Tua Luz veremos luz.
Concede Tua Bondade para Teus conhecedores e Tua Justiça para os de coração
reto".
Durante as orações é nosso costume permanecer com o talit cobrindo a cabeça...
OBS: No entanto, segundo Sha'ul
[I Co 11:4],
não devemos nos cobrir durante a oração...
NOTA FINAL de o CAMINHO: O xale
sacerdotal (talit) deve e pode ser usado pelos homens envolvido no
ministério evangelístico, porém sem este ritual todo de rezas (Mt
6:7)... Cobrir a cabeça, durante as orações, então é FATAL para quem aceitou
o sacrifício do Redentor! I Cor 11:4, 7.
PS: Manipular as
Escrituras (com traduções sem base Escriturística, segundo conceitos
próprios) para dizer que I Cor 11 está falando sobre véu [e não sobre cobrir
a cabeça, genericamente] é uma blasfêmia
contra o Criador uma vez que o assunto ali é COBRIR a cabeça (seja com o que
for). Quanto à mulher, ela foi provida com um véu natural, mas na presença
do ETERNO, deve salientar sua submissão à Ele, com um segundo véu... Amnao!
Saiba Mais: O Uso do Véu e do
Kipá!!! |