No mundo evangélico
quando tratamos de dons espirituais, não há unanimidade quanto ao seu uso e
validade para a igreja em nossos dias, e uma das teorias mais ferrenhas, que
exime a possibilidade dos dons estarem à disposição da Oholyáo hoje, é a
teoria “cessacionista”.
Dons de línguas [e outros
dons].
By José Lima de Jesus –
Edição de oCaminho
Existem outros
grupos que não são nem a favor nem contra a teoria dos evangélicos
históricos, porém podem ser denominados “intermediários”, que não tem uma
posição definida quanto à esse tema. Quero fazer uma análise procurando ser
imparcial, apesar de já ter minha convicção quanto ao referido tema. Veremos
alguns argumentos usados que vem confrontar a doutrina que podemos denominar
de Doutrina da Continuidade, isso em afirmação que os dons espirituais,
usados pela Oholyáo na era Apostólica ainda continua em vigor para os nossos
dias.
1 - Uma afirmação
baseada em I Co 13:8-13. É um argumento para o fim dos dons na era
Apostólica?
“O amor jamais
acaba, mas havendo profecias, desaparecerão, havendo línguas, cessarão,
havendo ciência, passará. Porque em parte conhecemos e em parte
profetizamos. Quando, porém vier o que é Perfeito, então o que é em parte
será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, pensava como
menino, quando cheguei a ser homem desisti das coisas próprias de menino.
Porque, agora vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a
face. Agora, conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, porém o maior
destes é o amor”.
O fato de o Apóstolo
colocar os dons de profecias, línguas e ciência como dons temporários, não
significa que esses dons já cessaram, pois isso só ocorrerá quando vier o
que é “Perfeito” (vs 10). O Argumento do Apóstolo é enfatizar que todos os
dons serão temporários, enquanto o amor irá continuar por toda a eternidade,
isso não quer dizer que os dons desaparecerão, mas que quando vier o que é
Perfeito não haverá necessidade da permanência desses dons.
Nota de oCaminho: Sha'ul escreveu suas cartas
cerca de 20 anos após a cruz; portanto, ao dizer "quando vier" está fazendo
uma clara referencia à Volta do Messias e não à Sua vinda em carne [já havia
vindo], quando morreu na cruz!!!
Wayne Grudem faz o
seguinte comentário sobre o fato do que é o Perfeito que dará fim a utilidade
dos dons: “(...) Isso significa que o tempo em que virá o que é “Perfeito”
deve ser o tempo da volta de Cristo. Portanto, podemos parafrasear o
versículo 10: “Mas quando Cristo voltar, profecia e língua (e outros dons
imperfeitos) desaparecerão”. Dessa forma, temos em I Co 13:10 uma
declaração definida acerca do tempo de desaparecimento dos dons imperfeitos
como a declaração definida acerca do tempo de desaparecimento dos dons
imperfeitos como profecia: eles vão “se tornar inúteis ou desaparecer”
quando o Messias voltar. E isso implica que eles vão existir e ser úteis à
igreja através dos tempos [incluindo HOJE] até o dia em que Cristo voltar
para estabelecer sobre a Terra o Seu Reino Messiânico e milenial”
É importante
observar que o Apóstolo fala que a ciência cessará, porém ninguém admite que
a ciência esteve somente na era apostólica, tão pouco que um dia deixaremos
de aprender, mas o que se entende é que essa ciência, será algo que não
haverá necessidade de a utilizarmos depois que vier o que é Perfeito. Mas o
que será esse Perfeito que há de vir? Os cessacionista, não admitem que esse
Perfeito que há de vir seja Yaohushua, pois se assim admitisse, não haveria
discordância com a teoria dos que crêem na continuidade dos dons na era
presente, façamos uma análise dessa teoria.
1.1 Cânon: “O
Perfeito” que já veio na seleção dos livros inspirados”
Há diversas teorias
incluindo o argumento que seria “a maturidade que a Oholyáo alcançaria”, ou
“o retorna da Casa de Israel [os gentios] na Oholyáo”, porém a mais
destacada, é a que afirma que o apóstolo estava “se referindo à conclusão
dos livros que seriam considerados inspirados, vejamos o silogismo desse
argumento do Dr. Reimond, citado por Waine Grudem:
(a) “As coisas
imperfeitas mencionadas nos versículos 9-10 - profecia, línguas e
conhecimento - são meios incompletos de revelação, “todos eles relacionados
com o ato pelo qual o ETERNO torna sua Vontade conhecida à sua igreja “.
(b) “O que é
Perfeito” nesse contexto deve referir-se a algo na mesma categoria de “o que
é imperfeito”.
(c) Portanto, “o que
é Perfeito” nesse contexto deve referir-se a um meio de revelação, um meio
completo. E esse meio completo pelo qual o ETERNO dá a conhecer Sua vontade
à Kehiháh, é a Escritura.
(d) Conclusão:
“quando vier o que é Perfeito” refere-se ao tempo em que o cânon das
Escrituras estiver completo”.
Nota de oCaminho: Como é fácil “criar” uma doutrina...
Portanto, após o ano 100 d.Y (quando o cânon se encerrou), a CIÊNCIA deixou
de existir!!! E, antes disto - época em que faltava apenas algumas poucas
cartas - a Tanakh era imperfeita (sem as cartas do chamado NT)? E, o Messias
usava (citava) algo "imperfeito"???
Esse argumento
embora apresente uma lógica dedutiva coerente (porém duvidosa), perde sua força, na segunda
premissa quando afirma que o que é Perfeito “deve” referi-se a um meio de
revelação, mais completo, e que a Escritura seria esse meio completo, pois
teríamos que admitir que o apóstolo teria menor conhecimento do que temos
hoje, ver a bíblia face a face, e conhecê-la na sua plenitude não foi
possível ao próprio Shaul, tão pouco a nós hoje, destarte que também a
“Escritura” não poderá nos conhecer como a conhecemos. Assim, este texto exige que
sejamos o sujeito do conhecimento, e ela, o objeto do conhecimento.
O Dr. Martin
Lloyd-Jones, escreve sobre a dificuldade hermenêutica sobre essa teoria em
relação ao fechamento do cânon do Novo testamento como aquilo que é Perfeito
citado pelo apóstolo:
“Significa que você
e eu, que temos as Escrituras abertas diante de nós conhecemos a Verdade do
ETERNO muito mais que o apóstolo Shaul [...]. Significa que nós todos somos
superiores [...] até mesmo aos próprios apóstolos, incluindo o apóstolo Shaul;
pois JÁ temos as Escrituras completa! Significa que estamos agora numa posição em que [...] “conhecemos
como também somos conhecidos” pelo ETERNO [...]. Realmente, só existe uma
palavra para descrever tal ponto de vista: Absurdo [ventos de doutrinas]!!!
O Extremismo da
anti-continuidade dos dons leva ao contraditório, como reconheceu o doutor
Martin Lloyd Jones. Não crer numa doutrina é aceitável, assim como é
aceitável a contestação de qualquer ponto doutrinário defendido pelo homem,
porém contradizer as regras universais de hermenêutica é relativizar
qualquer tentativa de defender um ensino como verdade absoluta.
John MacArtur,
teólogo que defende a teoria cessacionista tenta criar uma tese* com
argumentos para aniquilar a possibilidade dos dons como línguas e milagres
na Oholyáo de hoje:
“O último milagre
documentado no Novo testamento aconteceu por volta do ano 58 com a cura do
pai de Públio (Atos 28:7-10). Dos anos 58 a 96, quando João/Yao'khanan
terminou o livro do Apocalipse, não há nenhuma documentação de milagre. Os
dons de milagres tais como línguas e curas só são mencionados nas epístolas
mais antigas, tal como I Coríntios. Quando chega a Efésios e Romanos, ambos
os quais discorrem sobre os dons do Espírito em detalhes, não há menção
alguma de dons de milagres. Até àquela época a ocorrência cotidiana dos
milagres já era considerada algo pertencente ao passado porque a Palavra do
ETERNO e a revelação já estava substancialmente confirmada e estabelecida”.
* Uma "doutrina" explica-se
por ela mesma, sem a necessidade de extensos estudos comprobatórios...
Observe, por exemplo, as dificuldades [e malabarismos para derrubar as
contradições bíblicas] que os arrebatatoristas (arrebatamento secreto) e os
trinitarianos têm para "comprovar" tais doutrinas advindas do paganismo!
O Extremismo tem
deixado sua marca negativa na história, assim como a própria teologia
calvinista extrema do autor citado acima; que, num silogismo de decretos não
deixa espaço para o homem ser uma criatura moral diferente das demais que o
ETERNO mesmo fez questão de diferenciar ao outorgar-lhe a sua Imagem e
Semelhança, isso porque tenta resolver os mistérios paradoxais que um
CRIADOR
infinito, com certeza teria como marca de Sua infinitude. Como base para
mostrar que o uso ou não de um dom na história não é prova que ele existe ou
deixou de existir quero citar um trabalho apologético muito equilibrado, de
Allan Pieratti:
“[...] pouca coisa
pode ser dita sobre a era pós-apostólica imediata (70-110 d.Y.), pois do
período que abrange entre 30 e 50 anos posteriores à morte dos apóstolos não
existem registros escritos (isto determina que não houve milagres neste
período?). Portanto, é melhor abster-se de apresentar
argumentos baseados no silêncio [...], a completa falta de material desse
período não nos permite dizer que os sinais e maravilhas desapareceram ou
continuaram. Para fazer esse tipo de julgamento precisamos olhar para um
período posterior [...]. Os indícios do final do século II e do começo do
III (160-240 d.Y.), favorecem a existência, em alguns segmentos da Oholyáo,
tanto de dons de sinais miraculosos quanto de cura miraculosas. Nos textos
de Irineu, de Tertuliano e de Novaciano há referências suficientes para
confirmar a existência deles em pelo menos algumas congregações [...]“.
Alan Pieratt
continua sua análise histórica sobre os sinais e maravilhas desde a era dos
escritores pós-apostólicos até a reforma, destacando os prós e os contras da
teoria da continuidade e chega a conclusão de que não há argumentos que
possa definir a cessação dos dons após a conclusão do cânon; ele faz o
seguinte comentário:
“[...] mesmo que o
leitor chegue à conclusão baseada no registro histórico de que não existiam
sinais e maravilhas legítimos de qualquer espécie, na oholyáo do primeiro
século [após o livro de Atos], isso não significa a conclusão (teológica) de
que eles não devem existir hoje, porque é possível extrair mais de uma
interpretação desse desaparecimento. Sozinhos, os indícios da história não
tem condições de responder à pergunta que traz um “por que”: "Porque o poder
de operar sinais e maravilhas desapareceu” [...] ou, pode-se afirmar que o
desaparecimento desse poder deve-se à igreja, que não preservou seu fervor
espiritual e contrariou a vontade do ETERNO.
Os argumentos
históricos não podem ser o ponto final em qualquer discussão de questões
teológicas, pois eventos do passado não podem determinar totalmente o
presente nem o futuro. Se o argumento da teologia reformada se baseia na
história e condena os pentecostais, por firmar-se na experiência, surge
então a questão: Será que a base da teologia histórica reformada também não
baseia sua teologia na experiência de não ter a experiência [!]?
Os Protestantes
históricos [denominações tradicionais pós-reforma luterana] que defende o fim dos dons como o falar em línguas e milagres,
com base na sua “experiência de não ter experiência” usam a história como o
juiz determinante para sua teologia. Enquanto os pentecostais do outro lado
usam como base na sua “experiência de ter experiência”, usando a mesma
história como o fator determinante de apoio para a sua teologia. E,
interessante notar, que enquanto alguns extremistas da teologia tradicional
acusam os pentecostais de “pragmatismo”, que faz da experiência o fator
decisivo para aceitar o uso dos dons como válido para os dias atuais, a
própria tese usada como ataque, é justamente a antítese, pois, se por um
lado os pentecostais são acusados de “pragmáticos”, por fazer da experiência
a base para aceitar a continuidade dos dons, o mesmo “pragmatismo”, é
encontrado nos tradicionais, porém, um pragmatismo diferente, que podemos
denominar como pragmatismo passivo; não é a experiência do fazer, mas a
experiência do não fazer! Vejamos o comentário de Alan Pieratt corroborando
esse comentário:
“Os protestantes
modelam a interpretação que fazem da Escritura e da história para refletir
sua falta de experiência com sinais e maravilhas. Os pentecostais modelam
suas experiências com dons de sinais miraculosos e com manifestações “do
espírito”. Assim, chegar à verdade que está na raiz desse exame, qualquer
que seja ela, significa concentrar-nos no modo pelo qual nossa experiência
modela nossa teologia”. Seria algo semelhante ao que a ICAR faz com a
"sua tradição" acima das Escrituras!
Não sou
anti-tradicional, pelo contrário agradeço ao ETERNO pelos teólogos
reformadores, que com muito zelo, nos deixaram uma herança bendita; que foi
o início da purificação doutrinária [Reformaram tudo! Será? Porque então
continuaram com a trindade; nascimento virginal e uma data natalícia
inconcebível, pagã? E o ir para o céu??? Quantos paganismos advindo da ICAR,
estes mantiveram... Na realidade, os reformadores apenas se livraram
das imagens, continuaram "católicos"], através da reforma, no entanto temos de
reconhecer que a revelação do ETERNO não pode ser empacotada com premissas
que achamos que são absolutas, que nesse “absolutizar” da nossa teologia,
paga-se o preço de relativizar [ou diminuir] o poder do ETERNO.
Devemos aprender
lições através da história; temos conceitos que não devemos abrir mão, porém
não devemos esquecer uma relevante advertência sobre a nossa Teologia:
“...Não se deve refletir teologicamente para monopolizar a Verdade, mas para
conscientizar homens das Verdades que lhes são reveladas”.
O Dom de Língua
[escriturístico], especificamente...
Dom de
Línguas Estranhas Influente no Meio Pentecostal
By Rubens
Nisio
Edição de oCaminho
Ultimamente
esta doutrina está se infiltrando no seio de todas as denominações
históricas, metodistas, presbiterianos, episcopais, luteranos e até mesmo no
catolicismo romano. Uma doutrina estranha de fundo ecumênico, dando ênfase
especial às curas milagrosas e ao falar LÍNGUAS ESTRANHAS, afirmando serem
estas últimas o sinal evidente e necessário do batismo “no Espírito Santo”.
Essa doutrina
é propagada por movimentos interdenominacionais conhecidos pelos nomes de
Renovação ou Reavivamento Carismático, Novo Pentecostalismo ou
Pentecostalismo, Nova Penetração ou ainda Movimento Moderno de Línguas.
Utilizando-se de todos os meios de comunicação para difundir as suas idéias,
seja promovendo reuniões ecumênicas, seja através da imprensa, rádio, TV,
etc. Partindo de falsos conceitos da doutrina Escriturística sobre o
assunto, os seus adeptos, incitam os crentes a procurarem essa experiência
por todos os meios. Em consequência, as reuniões que promovem geralmente são
caracterizadas por um aparente e ruidoso "fervor espiritual", motivados pelo
desejo de participarem de novas e excitantes experiências religiosas.
Se bem que o
fervor e avivamento da nossa fé sejam qualidades sempre recomendáveis,
devemos considerar que os aparentes resultados de uma experiência espiritual
não constituem a prova da sua autenticidade divina. Todas as experiências
devem ser julgadas à luz da Palavra de YAOHUH UL'HIM, e não vice-versa, pois os
fins não justificam os meios. Somente Ela [a Palavra ou o "está escrito"], deve ser a nossa única e final
autoridade para julgarmos se uma experiência é de origem divina, humana ou
diabólica. I Jo 4:1.
Complementando essa matéria, destacamos a seguir, resumidamente, alguns
pontos em que as idéias e práticas propaladas pelos referidos movimentos
contrariam os claros ensinos da palavra de YAOHUH UL'HIM, permitindo que cada
membro possa compreender a natureza básica dos mesmos e avaliar a origem
[SATÂNICAS] daquelas experiências:
O Que é o
Dom de Variedade de Línguas
1.
Segundo o conceito Bíblico, o verdadeiro "DOM DE
LÍNGUAS", (ou xenoglossia) é a faculdade sobrenatural de falar em línguas
estrangeiras [das nações] sem tê-las aprendido. I Co 14:11, 21. Consiste,
portanto, em se expressar em formas definidas de linguagem, peculiares a
povos e nações deste mundo. Convém observar que em certas edições das
Escrituras Sagradas na versão Almeida, consta a expressão imprópria LÍNGUA
ESTRANHA, por infeliz inserção [satânica] do adjetivo "estranhas" feita
pelos tradutores [paganizados e influenciados por suas crenças pessoais]. Nota-se, porém que esta palavra está
impressa em tipo diferente (itálico), para significar que ela não se acha no
texto original (grego). Em edições mais recentes, da mesma versão, esta
palavra foi suprimida, sendo a expressão corrigida para "outras línguas".
Consultem Atos 2:1-13; I Co 12:10, 28; 14:6-11, 18, 21.
Ao contrário,
os adeptos dos citados movimentos pretendem que o dom de língua consiste no
balbuciar desconexo de uma espécie de palavras e sons incoerentes e sem
sentido (glossolalia), proferidas em estado de êxtase espiritual, como se fossem línguas
estranhas, misteriosas e completamente desconhecidas pelos homens; somente
inteligíveis, segundo eles, por quem esteja carismáticamente preparado para
sua interpretação.
Após
minuciosos e exaustivos estudos realizados sobre gravações dessa fala
atabalhoada, eruditos linguísticos chegaram à conclusão que ela não tem
qualquer base de linguagem, pois não apresentam nenhuma estrutura ou regra
gramatical, características de um idioma [exceto pelos imitadores que
pretendem fazer uma repetição de alguma palavras mal interpretadas por
Yaohushua, na cruz - não entendida pelas pessoas presente; Mt 27:46]. Por conseguinte, as chamadas
"línguas estranhas" apregoadas pelos modernos glossolalistas como sendo
línguas desconhecidas (língua dos anjos), são apenas uma forma de "fala
extática", formada pela emissão confusa e repetida de sílabas e sons em
estado de êxtase, porém totalmente desconexos e ininteligíveis. I Co 14:9.
Muitas vezes esses fenômenos são acompanhados de gritos, piados, grunhidos,
uivos, batidas de pé, tremores, convulsões e outras manifestações físicas
anormais e completamente descontroladas, que também não se harmonizam com as
normas Escriturísticas de decência, ordem e auto-controle. I Co 14:28, 30,
32, 33, 40; Gl 5:22, 23.
Nota de oCaminho: Que "anjos" são estes que não
possuem poder suficiente para falar em nossa própria língua a ponto de ser
necessário "interpretes"?
2.
Segundo as Escrituras Sagradas, os dons
espirituais, inclusive o de línguas, são dados por Yaohushua hol'Mehushkyak
espontaneamente, a cada um como ele
quer e para o que for útil à Sua Kehiláh, segundo a sua soberana vontade e
seus propósitos e não segundo o desejo do homem. I Co 12:7-11, 18, 28-31 ;
Ef 4:8, 11. Ele dispõe os membros do Seu Corpo - a
sua Kehiláh - de forma
conveniente, como lhe apraz, dotando-os com dons espirituais que se fizerem
necessários para o perfeito e harmonioso funcionamento de todo o organismo.
I Co 12:11-13; Rm 12:4-8; Ef 4:3-6.
Os modernos
pentecostalistas, pelo contrário, procuram avidamente falar nas chamadas
"línguas estranhas" (como faziam os de Coríntios, motivo pelo qual
foi
escrita a carta), porquanto as consideram ser o sinal evidente do batismo
“do Espírito Santo”, o terceiro deus desta triade pagã. Persuadidos por falsos conceitos a esse respeito, eles
tomam a iniciativa para alcançar essa tão almejada experiência espiritual,
chegando até a formular instruções e recomendar métodos de auto-sugestão
para facilitar a sua realização, contrariando assim os critérios
Escriturísticos. Procuram todos possuir o mesmo dom de falar “línguas
estranhas" e, portanto, ter a mesma função no corpo; também em contraposição
aos ensinos. I Co 12:17-20, 29, 30.
3. As
Escrituras Sagradas ensinam que o homem deve amar a YAOHUH UL'HIM de todo o
coração, de toda a alma de todas as forças e de todo o entendimento [Dt
11:13]. Ou
seja, deve orar com o entendimento, cantar com o entendimento e falar à
oholyao com entendimento, pronunciando palavras bem inteligíveis. Em suma,
ele deve adorar e louvar a YAOHUH UL'HIM em sua plena consciência (lembre-se que
o ETERNO marca apenas na TESTA). Isto envolve o homem todo, suas faculdades
emocionais, espirituais, físicas e mentais. Lc 10:27; I Co 14:7, 9, 15, 19,
32; Ef 1:17, 18.
UL (o
Criador, Yaohushua)
criou o homem com inteligência e deu-lhe o livre-arbítrio para decidir livre
e conscientemente o que fazer, e certamente, o PAI - UL'HIM - só aceitará a sua adoração e o
seu louvor quando prestado espontaneamente, no pleno domínio de suas
faculdades mentais, e não "fora de si" em estado de histeria, hipnose ou
êxtase espiritual, dirigido por forças ou poderes estranhos, malignos, sem saber o que
faz ou o que diz.
Segundo o
conceito pentecostalista, aquele que estiver falando em "línguas estranhas",
a sua mente, seu intelecto e sua compreensão permanecem aquiescentes, em
estado de transe, sem entender [ou saber] o que está dizendo ou fazendo, sob
o domínio de “uma força estranha”, à semelhança de um "médium espírita"
(esperando, talvez, que mais tarde um irmão lhe diga o que aconteceu).
Nota de o
Caminho: Esta força
estranha provém de satanás, transvertido de um “terceiro deus”, o E.S.
da tríade - Mt
7:21-23.
4. Sempre
ligado ao dom de línguas, está o dom de "interpretação de línguas". I Co
12:10, 30; 14:5, 26, 28, que é a capacidade divinamente dada de traduzir
para o idioma da congregação o que fora dito em idioma estrangeiro. I Co
14:9-11. Porém, nestes cultos", raramente se vê um interprete, todos querem
falar em línguas; e isto, todos ao mesmo tempo!!!
As Escrituras
Sagradas proíbe que se fale em outra língua na congregação, se não houver um
intérprete presente. I Co 14:28, pois ninguém entenderia o que se dissesse,
consequentemente, a ordem "não proibais" do versículo 39 está sujeita
à condição anteriormente estabelecida no versículo 28. É evidente que não há
necessidade de intérprete quando se fala em idioma estrangeiro, porém
peculiar aos ouvintes, pois todos o entenderiam. Isto é como se
eu, falando o português, estivesse participando de um culto na Inglaterra,
por exemplo; mas para brasileiros!
Isto não se
faz pelo moderno movimento de línguas porque a grande maioria de sua fala é
constituída de sons desconhecidos, que não podem ser traduzidos,
contrariando assim a norma Escriturística. Em experiências realizadas por
estudiosos desses fenômenos, foi constatado que a mesma fala extática teve
interpretações diferentes, o que invalida a sua autenticidade.
5. O
regulamento Bíblico que diz: "não havendo intérprete, fique calado na
igreja", I Co 14:28, indica que o genuíno dom de línguas é controlável pela
pessoa que o possui, pois só o exerce em plena consciência, no
momento oportuno e quando tem conhecimento de que há um intérprete presente
capaz de traduzir as suas palavras para o idioma compreensível pela
congregação. E, para se estar consciente, exige-se que a pessoa esteja de
"olhos abertos" - Nm 24:15 - coisa rara nestas manifestações...
O movimento moderno de línguas tem violado continuamente esse regulamento
que é mandamento do Criador. I Co 14:37. Porquanto a fala extática é
ininteligível e, portanto, sem interpretação!
6. Segundo as
Escrituras Sagradas, quando uma pessoa crê em Cristo para a salvação,
naquele mesmo momento ela é "batizado no Espírito Santo". I Co 12:13; Ef
1:13. O verdadeiro cristão tem deste santo Espírito, Yaohu'shua, porque creu
nEle e foi
chamado. Rm 8:9-11. Não há nenhum período entre a conversão e o
recebimento do “Espírito Santo”. Leia-se ainda I Co 12:3-6; Rm 6:3, 4; Ef
4:1-5; Gl 3:27-29; Cl 2:12.
Nota de o
Caminho: Este “batismo”
(quando necessário) pode vir antes [Atos 10:44-48] ou depois do batismo
[Atos 19:5-6] por imersão...
Ninguém pode
aceitar a Cristo como Salvador sem ao mesmo tempo ter o Pai, em Espírito, que
é Santo (Jo 4:24). Ef 4:4-6; 3:14-21; I Jo 2:23, 24; 5:6,
10-12. No momento que ouvimos e cremos na palavra de YAOHUH UL'HIM, fomos
selados neste Espírito [Ef 1:13] e cada crente coloca-se no corpo de
Cristo, com um dom que Ele [o Messias] lhe deu para capacitá-lo a funcionar nesse corpo.
Isso não depende de experiências visíveis ou de seu subsequente
"revestimento do Espírito". I Co 12:12-14, 18, 27; Rm 12:4-8; Jo 3:8.
Não há um
sinal distintivo como falar línguas para evidenciar a presença ou o batismo
do “Espírito Santo”. Exigir evidência física é andar pela "vista" em vez de
pela "fé". Gl 3:14; Ef 3:17-20; I Jo 3:24; 4:13; Ef 1:13.
Os fenômenos
de falar línguas estrangeiras, constantes dos relatos Bíblicos, destinam-se
a marcar o cumprimento de profecias e da promessa de Yaohushua aos seus
discípulos capacitando-os para poderem disseminar o Evangelho naquela
localidade específica [Jo 14:16, 17,
26; Lc 24:49; I Co 14:21, 22]. Não constituem um padrão permanente de
experiência a ser procurado pelos cristãos para evidenciar a presença ou “o
batismo do Espírito Santo”, como pretende os adeptos do movimento moderno de
línguas; porquanto os fenômenos relatados no livro de
atos apresentam-se com
características diferentes entre si. Assim, eles erram tanto na compreensão
da natureza como dos propósitos desse dom [Mt 22:29; II Pe 3:17, 18].
Biblicamente, a certeza da salvação decorre simplesmente de se crer na
Palavra de YAOHUH UL'HIM [Jo 1:12; 3:16]; do testemunho interior do santo
Espírito [Yaohushua hol'Mehushkyak) cf. Rm 8:16; Ef 3:14-17] e da vida
modificada resultante, [Tt 3:5; I Jo 2:4; 3:14; 5:2, 3].
Assim, a
segurança de uma vida cheia do espírito provem de uma vida de testemunhos,
[Atos 1:8; Ef 5:18-21] e da frutificação do caráter cristão, [Jo 15:1-8; Gl
5:22, 23].
As Escrituras
Sagradas afirma que todos os salvos foram “batizados no Espírito Santo” [I
Co 12:13, Ef 1:13], mas que nem todos falam línguas – I Co 12:30. Há
inúmeros exemplos de personagens escriturísticos que foram “cheios do
Espírito Santo” e não falaram línguas [Sl 51:11; Is 61:1; Mq 3:8; Lc 1:41;
2:25-27; Atos 6:5-8; 11:24; etc]. O próprio Yaohushua não falou em “línguas
estranhas”. Será que Ele não possuía do Santo Espírito, Rúkha-YAOHUH?
O
novo
testamento relata 18 casos de
derramamento do “Espírito Santo”, mas em 14 deles não menciona que o dom de
línguas tenha sido concedido. As passagens Escriturísticas referentes ao
revestimento, enchimento ou plenitude do “Espírito Santo”, que devemos
almejar continuamente, não indicam a glossolalia como a sua evidência
necessária, mas outros resultados e qualidades espirituais que manifestam
aquele estado. Ef 5:18-21; 4:11-13; Gl 5:22, 23; I Co 6:11; Atos 4:31; 5:32;
Jo 14:16, 17; 16:13;
Assim, a
pretensão do moderno movimento de línguas, de que a glossolalia é a
evidência do “batismo do Espírito Santo” tem a ser considerada como
anti-escriturística.
7. As
Escrituras Sagradas declara que o “Espírito Santo” é o Espírito da Verdade e
que Ele nos guia a toda a Verdade – Jo 14:16, 17; 16:13; I Jo 2:27; At 5:32;
Pv 28:9. Toda doutrina Escriturística se resume em três verdades
fundamentais: Cristo – Jo 14:6; a Palavra - Jo 17:17 e a Santa Lei - Sl 119:142; I Jo 5:2, 3.
Nota de o
Caminho: Após o
Pentecostes o Pai e o Filho passaram a habitar em quem os aceitaram como
redentores - Jo 14:21, 23.
O moderno
movimento de línguas reflete a confusão e a ignorância quanto à doutrina
Escriturística. Os seus seguidores pertencem às mais variadas correntes
religiosas, professam diferentes e antagônicos princípios de fé, de doutrina
e de prática, porém se consideram batizados “no Espírito Santo” só porque
falam "línguas estranhas". Todas as espécies de fundamentos doutrinários são
aceito, conquanto que a pessoa tenha tido essa experiência. Como admitir-se
a sábia e ordenada direção “do Espírito Santo” nesse aglomerado heterogêneo
de idéias contraditórias (anti-escriturística, como a trindade) que negligenciam a doutrina
Escriturística e desprezam os Mandamentos de YAOHUH UL'HIM...
Nota de o
Caminho: Afrontam o
Mandamento não guardando o 4º; ignoram a lei dos alimentos e,
principalmente, crêem em um terceiro deus (que não perdoa)! Como pode o
ETERNO habitar entre incrédulos???
Até mesmo a Igreja Católica Apostólica Romana [ICAR] que de igreja Cristã
não tem absolutamente nada, pois é pagã (adoram todos os tipos de santos e
tem a Maria como intercessora [e mãe de “deus”], quando as Escrituras
Sagradas diz que não há salvação em nenhum outro Nome* [At 4:11, 12; Rm
5:10, 18, 19; Ef 2:22-22; I Pe 3:18; II Co 5:21] estão recebendo o dom de
"LÍNGUAS ESTRANHAS" (o ETERNO entre eles?).
Nota de o
Caminho: Até em um
falso NOME [jesus – AP 13:8] eles crêem, ignorando o Nome!!!
Haveria ainda
outros aspectos a considerar sobre a natureza desses movimentos, porém
cremos que os enumerados acima são suficientes para demonstrar que as
experiências que eles defendem não podem ser de YAOHUH e de Seu Filho,
Yaohushua, porque contrariam
os preceitos das Sagradas Escrituras, a nossa única e final autoridade para
se determinar a fonte atual de qualquer experiência espiritual.
É provável
que algumas dessas manifestações seja de origem psicológica, motivadas pela
intensa excitação dos sentimentos, por um ambiente fortemente emotivo, capaz
de atuar em maior grau, de acordo com a compleição psíquica de cada
indivíduo. Há casos em que essas manifestações são artificiais, simuladas
por pessoas que apenas querem acompanhar os outros, por questão de prestígio
ou de constrangimento. No entanto, a grande maioria dos fenômenos são
realizados sob a influência ou possessão demoníaca, conforme admitem os
próprios defensores desses movimentos. Pois o crente coloca-se numa posição
particularmente vulnerável quando é persuadido a suspender toda a atividade
mental (hipnose) e a entregar a sua vontade - Livre Arbítrio - à uma inteligência invisível,
que presume ser o “deus Espírito Santo”.
Mas, de
qualquer forma essas falsas manifestações do "dom de línguas" serão
eliminadas se forem aplicadas rigidamente as normas Escriturísticas sobre o
assunto, quanto a sua natureza, finalidade e prática. Jo 8:32.
Naturalmente
que Yaohushua hol'Mehushkyak tem o poder de fazer hoje em
sua Oholyáo o que fez no
passado, nos tempos apostólicos, quando a mesma estava incipiente,
outorgando-lhe os dons conforme as suas necessidades. Porém Ele o fará
somente quando lhe aprouver, de acordo com os
seus propósitos oniscientes,
e não segundo a vontade do homem [At 8:20], ainda que sinceramente convicto, mas
baseado na má interpretação da sua
Palavra. Novamente Mt 7:21-23.
Resumindo:
1.
O dom de línguas é um dos dons espirituais
distribuídos por Yaohushua hol'Mehushkyak na Oholyáo. I Co 12: 1-31; 14:1-5,
12, 39, 40; Ef 4:7, 8, 11, 12.
2.
Esse dom consiste na capacidade de falar idiomas
estrangeiros [xenoglossia] sem antes tê-los aprendido, concedida por obra e vontade do
Espírito Santo (Rúkha-Yaohushua) [Atos 2:11]. Trata-se, portanto, de falar
línguas reais, faladas por outros povos deste mundo e não de simples emissão
de sons incompreensíveis e sem sentido, como se fossem línguas
desconhecidas, misteriosas ou celestiais. At 2:1-13; I Co 12:7; 14:6-11,
18, 19.
Nota de o
Caminho: Repito, os anjos não
teriam poder suficiente para falar a nós em nossa própria língua, precisando
valer-se de interprete, conforme Sha'ul sugere?
3.
A finalidade primordial desse dom era evangelizar
o mundo descrente. At 2:1-13, 17, 18; 10:44-46; 19:1-6; I Co 14:3, 24, 25;
Mc 16:15, 17.
4.
A sua manifestação dentro da Oholyáo, nas
reuniões cristãs, somente é permitida se houver intérprete, pois, se ninguém
entende o que se dissesse não haveria nenhum proveito para a edificação
espiritual da mesma; além disso, a sua eventual apresentação deve estar
sujeita à ordem e disciplina, para evitar a confusão e o
barulho que a ninguém
edifica. I Co 12:7; 14:1-23, 27, 28, 32, 33, 39, 40.
5. Falar em
“outra língua” não representa a prova evidente ou necessária de recebimento
do Rúkha-YAOHUH ou o Seu selo, ou o Seu batismo. Somente aplicando os
critérios escriturísticos poderemos distinguir entre as verdadeiras
manifestações do Verdadeiro santo Espírito (Jo 4:24; At 20:28) e as suas falsificações, disseminadas em muitas
igrejas contemporâneas – Jo 14:15, 16; 16:13; At 2:4, 6-8, 38, 39; 4:31;
5:32; 11:24; I Co 3:16; 6:11; 12:4-7, 28-30; Gl 3:14; 5:22, 23; Ef 4:11-13.
Amnao!
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