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SHEMA YSRAEL, YAOHUSHUA ELOHENU UL, YAOHUH  ECHAD! Dt 6:4.

Escuta Yaoshor'u! Yaohushua é o nosso Criador; o Eterno é um Só!

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Voltando à oholyáo do 1º Século!

 
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Pergunto, pois: Acaso rejeitou o ETERNO ao Seu povo? De modo nenhum; por que eu também sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. O ETERNO não rejeitou ao Seu povo que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como ele fala ao ETERNO contra Yaoshor'ul, dizendo: Altíssimo, mataram os Teus profetas, e derribaram os Teus altares; e só eu fiquei, e procuraram tirar-me a vida? Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para Mim sete mil varões que não dobraram os joelhos diante de Baal. Assim, pois, também no tempo presente ficou um remanescente segundo a eleição da graça. Rm 11:1-5

Marcelo M. Guimarães

Edição do Caminho

 

Uma vez terminando uma ministração em uma oholyáo um "pastor" dirigiu-se a mim e disse: - Que boa mensagem o senhor nos trouxe. Com certeza nossa oholyáo caminhará agora para a frente. E eu o refutei, imediatamente: - para frente, não! Mas, sim para trás! Para trás? Sim, tudo o que eu aqui ministrei foi para que sua congregação voltasse a partir de hoje para trás, ou seja, voltar às raízes da oholyáo do 1° Século. Voltar aos princípios vividos e proclamados por Yaohushua e por seus discípulos. Este sim é o padrão de oholyáo a ser seguido por todos nós que procuramos uma oholyáo poderosa, justa e santa. Agora, qual era a literatura que eles seguiam? Em que eles criam? Em que contexto viviam? O que pregavam? Quem eram seus profetas? Por Quem davam suas vidas em defesa da fé?

Nunca foi fácil mudar conceitos. Imagino como Lutero sofreu com aqueles líderes religiosos e zelosos com toda a tradição e fiéis às suas ordens denominacionais. Creio que é necessário um momento de reflexão, de coragem, e de muita disposição para pagar um preço muito alto a fim de que a oholyáo volte às suas raízes. Lutero pagou com sua própria ex-comunhão da oholyáo Romana (para sorte dele). Muita coisa mudou com a Reforma protestante. Mas, será que esta reforma já não está precisando de uma outra reforma? Talvez, melhor dizendo, eu não creio em levar a oholyáo à mais uma reforma, mas com certeza, a oholyáo Moderna precisa passar por uma profunda...

RESTAURAÇÃO:

Não creio que uma segunda reforma traria à oholyáo transformações cruciais e, nem tão pouco, a um avivamento duradouro. Mas, com certeza, se a oholyáo voltar ao longo da história, consertar seus erros, se retratar diante do ETERNO, indubitavelmente, ela passará por uma grande e completa restauração. É preciso estar claro que a reforma já cumpriu bem o seu papel e que o ato de restaurar não é reformar. Restaurar algo é fazê-lo novamente do mesmo modo como era no original. Este é, creio eu, o problema maior da oholyáo: - Saber a hora e como voltar à sua base; à sua origem. É preciso voltar às suas raízes, aos seus conceitos básicos, à sua pureza original, vivida pelos profetas do Antigo Testamento, por Yaohushua e por todos os seus discípulos no contexto judaico do 1° Século. Uma vez que o nosso Salvado é judaico! Jo 4:22

Eu não disse voltar ao judaísmo ou às práticas judaizantes, não! Absolutamente, estaríamos em pior situação na qual já estamos, se isso fizesse [é oportuno aqui que se diga que judaicos (aqui inclui-se os gentios, os filhos da Casa de Yaoshor'ul ou como são mais conhecidos, Dez tribos do Norte, que profeticamente foram dispersos por entre as nações) e gregos (os das nações ou crentes-messiânicos - devem viver cada um segundo seu chamado}. Judaizar a oholyáo nunca traria a restauração, pois judaizar seria forçar um crente (no Messias) a viver ou a se portar como um judaico. Uma coisa completamente diferente é a oholyáo voltar aos princípios ou ao contexto judaico no qual as Escrituras foi escrita. Isto é, entender que o Novo Testamento é uma literatura da fé judaica do primeiro século.

Este contexto não era chinês, nem romano, nem grego, nem egípcio, mas era judaico, entendendo os princípios da Lei, segundo à Santa Lei (o Pentateuco) dado pelo próprio CRIADOR ao povo hebreu no Sinai. Por outro lado, não há como voltar aos princípios da oholyáo do 1° Século sem uma reconexão com Yaoshor'ul e com o povo judaico.

Nosso Criador é bom e quer que cumpramos o Seu propósito no tempo determinado por Ele. Eu creio e defendo o ponto de vista que Ele quer uma oholyáo Restaurada já! Ele deseja, como está escrito em Efésios (Ef 5:26), uma oholyáo pura, santa, sem defeito, sem ruga e sem mácula. YAOHUH UL quer para Seu Filho, Yaohushua, uma noiva que seja nova. Qual pai deseja para seu filho solteiro um casamento com uma noiva velha ou mesmo doente? Esta é uma grande e simples revelação. Não se trata de unir as denominações ou ajuntá-las numa só. Não! Pois somos um Corpo multimembrado e, por isso, com multifunções (I Co 12:27). E, afinal de que valeria ter um membro mutilado (paganizado ou judaizado)?

É importante frisar que a noiva é nova, pois ela não tem rugas e que temos que trabalhar para alcançar este estado. Isto me mostra que a oholyáo precisará passar por mudanças radicais, a começar pela restauração dos próprios líderes. A noiva do Messias é nova e nosso noivo é judaico e morreu antes dos 34 anos. Poucas pessoas atentam para isto. Yaohushua como judaico procuraria uma noiva pagã ou fora do contexto pregado, praticado e vivido por Ele próprio? Creio que não! A NOIVA é aquela que Ele fundou e não as suas concorrentes que se dizem oholyáos verdadeiras... (Rm 11:1-5).

Não quero também dizer que o movimento judaico-messiânico ou os messiânicos, como são denominados, trarão esta restauração efetiva para o Corpo do Messias, pois a grande maioria, adotaram práticas advindas do paganismo, tais como cobrir a cabeça e rezas... Poderá haver, como está havendo, uma melhor compreensão do contexto judaico da fé cristã e uma maior aproximação desta com o povo judaico e com o Estado de Yaoshor'ul. Mas, somente isto não trará também o avivamento desejado (como é difícil se livrar de suas convicções religiosas anti-escriturísticas)!.

Mas, então, para onde vamos? O que devemos restaurar? Por onde devemos começar? Confesso que não avocarei para mim nenhuma responsabilidade de como mudar, dando fórmulas ou modelos, etc. Creio que nosso único modelo já são a própria Escrituras. O problema é que precisamos entendê-la no contexto judaico no qual ela foi escrita. Lutero se estivesse vivo, estaria vendo a oholyáo católica se esforçando por mudanças, repensando suas Encíclicas e corrigindo erros em sua milenar história. Mas, também estaria vendo a oholyáo Evangélica se distanciando dos princípios da chamada “reforma protestante” e indo de encontra com a religião de satanás [o espiritismo] através do pentecostalismo.

Os evangélicos que teriam, no meu ver, talvez melhores condições e entendimentos escriturísticos trazidos pela Reforma, estão, na maioria das vezes, entretidos com outras “doutrinas”, como por exemplo, a do sucesso, da prosperidade financeira, da criação de sua própria rede (como se fosse uma empresa com suas inúmeras filiais) exercendo controle e centralização de poder, pontos esses que os distanciam ainda mais da oholyáo do 1° Século que era congregacional [oholyáo]. Algumas oholyáos evangélicas estão mais preocupadas em buscar novos membros do que crescer em qualidade de fé, formando discípulos verdadeiros. Aliás, alguns confundem “fazer discípulos” com meros e rápidos cursos de discipulados e evangelismo de massa com olho nos dízimos e não no Messias.

Claro que há o lado positivo das coisas também, homens santos do ETERNO, líderes, teólogos, até mesmo Conselhos de Anciãos, tentando promover a unidade do Corpo, afim de que a Palavra do ETERNO, a salvação pela fé no Messias, Yaohushua, alcance povos e nações. Mas, será que estamos na direção certa? Não devemos ser como um  navio que errando a sua rota, tenta acertá-la estando ele ainda nesta posição errada em vez de voltar ao seu ponto de origem e corrigir a proa (conversão)!

Creio que tentar consertar a oholyáo de Yaohushua sem voltar às suas origens, sobretudo ao contexto da Palavra, correremos o risco de distanciar ainda mais da Verdade. Será que isto já não está acontecendo com os diversos tipos de cristãos?

O que, então, é necessário fazer? Por onde começar? Como disse, eu também vivo procurando e tentando descobrir métodos revelados na Palavra que produzirão uma oholyáo nos padrões do 1° Século. Mas, alguns pontos de conduta poderíamos estabelecer como metas e prioridades, como por exemplo:

Primeiro, é necessário assumir uma atitude sincera e honesta que o tempo, o distanciamento da oholyáo de Yaosh’ua-oléym, as fraquezas e imperfeições dos líderes provocaram um afastamento dos princípios escriturísticos vividos e promulgados pelos apóstolos e discípulos no primeiro século;

Segundo, deve-se reconhecer que houve consequências devido a este distanciamento da Palavra e da genuína fé que permitiram uma grande gama de costumes e tradições pagãs (como o uso do kipá) ou judaizantes (como o cobrir a cabeça durante as orações) se infiltrassem na doutrina judaico-cristã. Deve ficar claro que as Escrituras é um conjunto de livros judaicos escritos conforme os princípios da tradição e da hermenêutica, não devendo ser interpretado fora deste contexto;

Terceiro, estar convencido que é necessário começar por um processo de mudança e que isto exigirá muito trabalho e tempo, até mesmo sofrimentos e renúncias, quando se quer realmente restaurar alguns pontos como:

- A oholyáo de Yaohushua deve se arrepender nos pontos em que se desvirtuou, revendo sua doutrina e sua teologia, tendo como único padrão, as Escrituras;

- Deve haver humildade em aceitar e reconhecer que o ETERNO, em espírito onipresente (que é Santo) tem a supremacia absoluta para restaurar o Corpo do Messias, a Kehiláh;

- Rever toda a Escritura, principalmente, o Novo Testamento, entendendo-o sob o prisma do rico contexto original;

- Redescobrir o Velho Testamento, suas leis, princípios e festas que foram vividos também por Yaohushua e seus discípulos na oholyáo do 1° Século;

- O entendimento da Aliança do Sinai cumprida no Gólgota precisa ser repensado como sendo um propósito do ETERNO; onde, aparentemente temos duas alianças na verdade trata-se da mesma aliança (eterna) e que se cumpre em Yaohushua (Mt 5:17; portanto o que costumamos ler Nova Aliança deve ser entendida como Renovada Aliança, em Yaohushua!

- Ser paciente e tolerante com aqueles que virão em resistência a nós.

Cremos que a restauração da oholyáo deva começar pela restauração do crente como membro individual do Corpo do Messias. Devemos procurar enfocar a restauração pela Palavra à nível do indivíduo, sendo que este indivíduo restaurado gerará uma família restaurada e um conjunto de famílias restauradas produzirão, consequentemente, uma oholyáo restaurada.

É de SUMA IMPORTÂNCIA FRISAR QUE NÃO PODEMOS TER NENHUMA INTENÇÃO DE CRITICAR ESTA OU AQUELA DENOMINAÇÃO, COMUNIDADES, ETC. PELO CONTRÁRIO, NOSSO PROPÓSITO E CONDUTA SÃO DE HUMILDADE E AJUDA MÚTUA PARA PRODUZIR A UNIDADE, QUALIDADE DE FÉ E SANTIDADE; PREPARANDO, ASSIM, A ”NOIVA DO CORDEIRO”, A KEHILÁH, PARA O ENCONTRO COM YAOHUSHUA, O MESSIAS.

Sucintamente, podemos visualizar com mais clareza estes três pilares básicos da Restauração, segundo nossa opinião:

A restauração do Indivíduo

A restauração da alma (vida) do indivíduo é bem conhecido por todos e por isso, dispensamos aqui maiores comentários, salvo que métodos psicológicos fora das Escrituras não produzem e nem podem produzir o que chamamos de restauração e cura pela Palavra viva do ETERNO (Sl 19:7).

A Restauração da Família

O mover do ETERNO, em espírito (que é Santo), tem nos levado a isto. É bem notório que quando tratamos a oholyáo em níveis de cura interior e restauração da alma, Yaohushua (Rúkha Yaohushua) nos conduz, a tratar a oholyáo como família. O ETERNO tem levantado em nosso meio, grandes ministérios que atuam nesta área. O partir do pão de casa em casa na celebração do santo Sábado - ao pôr-do-sol da sexta-feira - adotado em nossas congregações têm nos ensinando muito, aumentando nossa comunhão e dependência mútua em termos de discipulador e discipulado.

A Restauração da oholyáo

Percebemos que no mundo todo, estão surgindo ministérios específicos de ensino mais do que em todos os tempos até então. O ETERNO agindo, progressivamente, está preparando a noiva de Yaohushua, a sua KEHILÁH para a grande festa de Bodas. Sempre que voltamos à Kehiláh do 1° Século encontramos exemplos e experiências, como se fossem modelos que estão à nossa disposição para levarmos a oholyáo a produzir frutos.

É perfeitamente notório e eficaz trabalhar com grupos de pessoas específicos, como exemplo, criar grupos de casados, solteiros, jovens, crianças, ou grupo da 3ª idade e outros, discipulando-os, separadamente e, ao mesmo tempo, promovendo a interação desses grupos no contexto da própria oholyáo local.

Para restaurar a oholyáo, a existência de um ancionato forte é essencial e fundamental. Os membros conhecem e diferem aqueles anciãos que atuam como apóstolos, profetas, evangelistas, líderes e mestres. Da mesma forma, um corpo de diaconato forte ajuda no estabelecimento deste organismo vivo, a oholyáo nos moldes do 1° Século.

Yaohushua concluirá Seu plano de salvação para com as nações (gregos), para com o povo judaico (judaicos e gentios) e para com a Sua nação, Yaoshor'ul (Rm 11:26) e, implantará Seu reino (Ap 3:21) com Seus eleitos [judaicos e gentios (144.000) assim como os integrantes das nações (a Grande Multidão)], formando a família do ETERNO (Ef 2:19), ambos (Yaoshor'ul e nações), justificados pela fé no Messias Yaohushua.

Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém; vem, Yaohushua hol'Mehushkháy. (Marah n´atá!).

 

O QUE E COMO RESTAURAR EM RELAÇÃO À IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO?

Não é fácil mudar conceitos. Imagino como Lutero sofreu com aqueles padres religiosos e zelosos com toda a tradição e sua fidelidade à sua ordem. Creio que é necessário momentos de reflexão, coragem, e muita disposição para pagar um preço muito alto. Muita coisa mudou, mas ainda precisa mudar mais.

Nosso Criador ETERNO é bom e eu já percebi que Ele gosta, na maioria das vezes, trabalhar com lógica e no tempo determinado. Tudo precisa estar no Seu tempo. Ele também nos trata assim: devagar! A verdade é que nós não estamos preparados para uma mudança radical, voltando para nossos próprios erros. Confesso que não sei o que acontecerá, mas sinto uma força interna dentro de mim que me impulsiona para frente, para ver, para gerar uma oholyáo pura, santa e sem defeito, sem ruga e sem mácula, pois a noiva, como já disse, é nova! Esta é a grande revelação que recebi do Messias: A noiva é nova, pois ela não tem rugas (Efe 5:27). Isto me mostra que esta oholyáo que está aí liderada por santos homens do ETERNO precisará também passar por mudanças radicais. A noiva do Messias é nova e nosso noivo é judaico. Poucas pessoas atentam para isto. Yaohushua como judaico procura uma noiva de judaicos (Judá e gentios/10 tribos) e gregos (nações), mas ambos no coração e no contexto judaico (Efe 2:11-22). O movimento judaico messiânico que tenho visto em geral está fraco e ausente desta responsabilidade de conexão a Yaoshor'ul, pois eles pensam, na sua maioria, que "tornando-se" judaicos, já está quase tudo pronto. Isto também os levará a um engano enorme...

É duro ser profeta, mas precisaremos urgente de grandes profetas. O Messias me revela isto de uma forma brutal. É necessário treinar líderes e fortes líderes. Os GELs na minha opinião não servem para este trabalho, porque vai exigir gente apta e em tempo integral, pois a batalha se trava mesmo é no mundo espiritual. Teremos que enfrentar principados e potestades jamais visto. E para isto estes homens terão que estar certíssimos de seu chamado divino, capacitados, adestrados, destemidos para a guerra em tempo integral - o CTA pode ser esta ferramenta, mas o chamado tem que vir de Cima àqueles que abrem o seu coração ao Messias - ouça o Seu chamado! É o tempo do Messias que se aproxima num clima de perdição quase total do mundo em trevas, onde a grande maioria insiste em permanecer no Egito.

Revendo:

1- Primeiro, é necessário assumir uma atitude sincera e honesta que o tempo, o sistema de Roma, as fraquezas e imperfeições dos líderes da oholyáo provocaram um afastamento dos princípios escriturísticos vividos e promulgados pelos apóstolos no primeiro século;

2- Segundo, deve-se reconhecer também que houve um distanciamento do contexto judaico do Novo Testamento e que uma grande gama de costumes e tradições pagãs infiltraram na doutrina cristã, inclusive muitas sob o disfarce de judaísmo;

3- Terceiro, estar convencido que é necessário começar um processo de mudança;

4- A oholyáo de Yaohushua deve se arrepender nos pontos em que se desvirtuou [doutrinas pagãs], revendo sua doutrina e sua teologia, tendo como único padrão, as Escrituras;

5- Deve ter a humildade de aceitar e reconhecer que o ETERNO, em espírito (que é Santo) tem feito no Corpo do Messias (a Kehiláh);

6- Rever todo o Novo Testamento, destacando o contexto judaico dos livros de Atos, Romanos, Gálatas, e outros;

7- Ser paciente e tolerante com aqueles que virão em resistência, negando-se a cortarem o cordão umbilical que os une à oholyáo mãe ou filhas (suas origens). A doutrina do Nome tem este poder e por isto é tão combatida, justamente como se tem feito com o santo sábado, no meio pentecostal.

 

O QUE RESTAURAR DO SISTEMA ATUAL?

Serão mencionados abaixo alguns tópicos de cunho pessoal do que podem ser feitos já, agora, no sentido de busca de um avivamento duradouro para a oholyáo. Muitos rabinos messiânicos tem dedicado suas vidas escrevendo algo sobre o tema “restauração das raízes judaicas”. Mas, infelizmente não se tem quase nada em português, por enquanto; e, muito do paganismo estão presentes nestes "estudos". Por isso, o que vou relatar aqui é muito mais algo de cunho pessoal e muito próprio, não representando em grande parte a opinião de outros pensadores. No Brasil, o messianismo tem dados seus primeiros passos. Existem já ministérios judaico-messiânicos sendo bem estruturados, enquanto outros tentam entrar no modismo da coisa.

Eu, pessoalmente vejo, que o messianismo poderia servir de “ponte” entre a oholyáo de hoje e o judaísmo tradicional (escriturístico, não ortodoxo), pelo menos em termos teológicos, pois esta união ainda se encontra bem distante devido os laços que mantém com as suas denominações de origens...

Não temos nenhuma “fórmula” ou “know-how” para rotular o que seria restauração e, tão pouco, temos essa intenção. Nosso propósito é chamar atenção do Corpo do Messias para a necessidade de voltarmos só para as Escrituras. Portanto, os pontos sugeridos abaixo são meras observações de cunho como já disse, e de experiência pessoal, não representando, assim, nenhum ponto exclusivo, doutrinário ou teológico do movimento messiânico, o qual também necessita de restauração, livrando-se do paganismo presente...

Assim, listaremos apenas alguns tópicos que deveriam merecer uma meditação, sendo que o propósito, repito, não é resolver o problema desta ou daquela oholyáo. É muito simples nosso pensamento: O Messias, Yaohushua, está voltando e Ele próprio prepara sua noiva para o grande encontro; como devemos, então, estar e nos apresentar? Qual o padrão escriturístico proposto além da santidade e de uma vida íntegra com o ETERNO? Meditemos, então, em alguns tópicos:

1- Devemos checar com base exclusivamente nas Escrituras os vários dogmas advindo dos Concílios de Roma, principalmente, aqueles do concílio de Nicéia, como por exemplo, o credo, a palavra e o conceito de trindade, o rompimento de certas tradições judaicas, etc. (II Te 2:15 diz:..” Assim, pois, irmãos, estais firmes e conservai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra (oral), seja por epístola nossa...”). Ao ler esta passagem de Shaúl tenha em consideração que o Novo Testamento nos dias de Shaúl ainda não estava totalmente escrito e que era através das TRADIÇÕES que a Palavra era passada de pessoa a pessoa e, portanto, ele não está falando do mesmo assunto que Kafós, em sua carta (I Pe 1:18)...

2- Idem, aqueles itens advindo dos pais da Reforma, Lutero, Calvino e outros. Por exemplo, as atitudes anti-semitas de Lutero, a teologia da substituição, etc.

3- O exagero e abuso trazidos pelos movimentos americanos da “ Palavra da Fé”, como por exemplo, o exagerado e incompleto conceito de prosperidade, vida fácil para aqueles que se convertem, sucessos financeiros pela fé, mercantilismo da fé, etc.

4- Buscar no Antigo Testamento outras bênçãos além das "oferecidas" pelos dízimos e prosperidade [pentecostais], como por exemplo, conhecer  os princípios divinos sobre alimentação (não impondo à oholyáo - exceto Lev 11), qualidade de vida, etc.

5- Entender no contexto judaico os princípios vividos e promulgados pelos apóstolos no primeiro século, como por exemplo, o conceito de unidade, comunhão, costumes e forma de estudar semanalmente a Palavra dentro da Escola Sabática, (aqui entram o estudo das porções e das lições em porções semanais, como eram feitos na época de Yaohushua), etc.

6- Eliminar de vez o comércio em nome da fé. Vendas de bênçãos, promessas, costumes pagãos que tentam materializar a fé através de objetos, líquidos, etc.

7- Combater todo tipo de competição [jogos, competições, etc] entre irmãos e entre denominações, mesmo dentro dos programas jovens... Na Vida Eterna não haverá "primeiros lugares"!

8- Expurgar todo mundanismo dentro da oholyáo, como por exemplo, festas pagãs (25 de dezembro, aniversários, páscoas de chocolate ou comemoradas fora do calendário escriturístico, etc), shows, comércios (CDs, literatura), etc;

9- Rever toda a estrutura da liderança da oholyáo. Por exemplo, os papéis dos líderes (roshs) e anciãos e diáconos; incluindo suas funções ministeriais de líderes, mestres, profetas, evangelistas, apóstolos.

10- Deve ser revisto o conceito de oholyáo matriz centralizando controle sobre as congregações ou filiais em várias cidades e estados; o princípio da oholyáo local deve ser respeitado, mas isto não impede a ação apostolar onde um credo único os une.

11- Deve-se voltar para a obra missionária e social. As oholyáos evangélicas tem feito muito pouco nestas áreas, principalmente, no aspecto social de ajuda aos carentes e pobres, quer sejam eles crentes ou não crentes. Grandes investimentos são feitos em prédios, acampamentos e outros bens, enquanto outras áreas importantes com base escriturísticas são esquecidas; por exemplo, em nossa congregação tem funcionado muito bem o serviço assistencial odontológico, onde todos podem receber tratamento dentário. O que pode pagar, paga barato, pois os dentistas são também irmãos voluntários, e aqueles que não podem pagar, não pagam. Por que não poderíamos ampliar este tipo de assistência para a área médica, jurídica, social, e outras? Outra área que DEVE ser implementada com urgência é o setor anti-drogas com clinicas (spas) especializadas em descontaminação através da Palavra (Yaohukhánam 8:32).

12- Envolvimento dos líderes da oholyáo com o Estado e com a política devem ser avaliados; do jeito que está não está havendo unidade no meio evangélico. É necessário sobretudo amor e unidade. As desavenças entre eles envergonham a todos os crentes, independente da denominação religiosa;

13- Voltar para as pequenas comunidades, bairros, ruas, desenvolvendo a pregação das boas novas e estudos escriturísticos nas casas (GELs);

14- Rever nosso modo de louvor e adoração, incluindo a qualidade das músicas que são cantadas e tocadas em nossas oholyáos; Será que o samba, o forro, etc. foram criados com a intenção de louvar ao ETERNO? Será que tomando ritmos profanos os mesmos são santificados através de letras evangélicas?

15- Avaliar se o sistema de “departamentos” funciona interligado ministério/oholyáo;

16- Restaurar a palavra Kehiláh ou IGREJA e a palavra oholyáo [congregação local]. A palavra Kehiláh, no hebraico kahal, é a mesma usada em Atos 2. No entanto, a Kehiláh do ETERNO começou no Sinai e não em Atos:

a) No Monte Sinai no dia de Shavuot foi entregue a Toráh como contrato de casamento entre o ETERNO e os “chamados para fora” = Kehiláh, ou no grego, ekklesia, com o mesmo sentido. São chamados de Yaoshor'ul, o Povo do ETERNO (Ex 19:3), a oliveira do Messias (Rm 11);

b) Esta Kehiláh formada no Sinai é chamada de nação santa, reino sacerdotal (Ex 19:5);

c) Esta Kehiláh é formada pela descendência natural de Abraão, mas também pelos estrangeiros que creram no Ul de Yaoshor'ul e quiseram sair do Egito (Ex 12:38);

d) Mas, esta Kehiláh quebrou o contrato de casamento (LEI) por causa do coração de pedra (Jr 31:32; Zc 7:11-12);

e) Com a Renovada Aliança no sangue do Cordeiro, Yaohushua (profecia de Jr 31:33) vista no Pentecostes, foi renovado este contrato do Sinai com a Kehiláh a fim de que todos agora (israelitas e não israelitas/yaoshorul'itas) possam obedecer a LEI e o Evangelho de Yaohushua. (Ez 36:26-27).

(Gen 17:16-18) ...Te abençoarei, e grandemente multiplicarei a tua descendência, como as ESTRELAS DO CÉU e como a AREIA QUE ESTÁ NA PRAIA DO MAR.

Podemos interpretar “areia do mar” como sendo aqueles que estão na terra, ou seja, os descendentes naturais de Abraão [Judá e gentios (Efraim)] e aqueles que são crentes [gregos = nações] em Yaohushua (o Povo do ETERNO) - Gen 12:3.

17- É necessário descontextualizar o evangelho que foi pregado às nações, tornando-o contextualizado judaicamente conforme os princípios vividos e proclamados pelos apóstolos no primeiro século; por outro lado, os judaicos crentes que foram descontextualizados para várias denominações, devem procurar voltar ao contexto judaico do evangelho;

18- Querendo ou não o cristianismo é judaico. Rm 1:16; Jo 1:11.

19- O anti-semitismo é anti-cristão (o judaísmo escriturístico é a base do cristianismo; há promessas para Yaoshor'ul e Seu povo judaico, ser salvo. A oliveira, a família do ETERNO, é constituída de judaicos e estrangeiros - Efe 2; Rm 11; Gen 17...)

20- Deixar de levar as boas novas aos judaicos é uma forma de anti-semitismo. Porém, judaico [ortodoxo] não se evangeliza com panfletos jogados em sua janela. Pois eles nunca vão ler nada que vem dos "cristãos". É necessário amá-los e aproximar deles, não impondo sua fé “cristã” à eles, porque na verdade ela é uma fé judaica. Mas, mostrando com base no Novo Testamento a pessoa do Messias, Yaohushua, judaico, não o deus (2º) dos cristãos (trindade). Nunca tentar desconverter o judaico do judaísmo escriturístico e querer transformá-lo como membro de sua congregação (paganizada). Ele é judaico, crê na mesmas Escrituras (Antigo Testamento; no único ETERNO; etc) que você crê, então, basta apresentar a ele a Pessoa do Messias, filho de José/Yaohu'saf, e que veio morrer para salvar a humanidade e que este Yaohushua, como Filho de Dáoud, o Rei dos Reis ainda não voltou, mas está vindo [Atos 15:16]... São inúmeras as passagens escriturísticas no Antigo Testamento que nos ensinam comparar o Yaohushua como filho de José e Yaohushua como filho de David, quando voltará para estabelecer um reino de paz e poder (Atos 15:16);

21- Como será abençoada a oholyáo?

“Te abençoarei os que te abençoarem (bênçãos espirituais e materiais)”- Gênesis 12:3; Romanos 15:27;

Como já foi dito acima, levando as Boas Novas aos judaicos você estará colaborando para a vinda do Messias em Glória. (Rm 11:15): “Orai pela paz de Yaosh’ua-oléym; prosperem aquele que te amam”. A oholyáo esquece muitas vezes que o inferno (sepultura) não prevalece contra ela, e por isso, ela pode gerar a conversão de Yaoshor'ul, orando por Yaosh’ua-oléym. Orar por Yaosh’ua-oléym nos traz prosperidade. Por que não podemos ter o hábito de orar pela cidade em todos os cultos e encontros que se tem na oholyáo? Pouco crentes sabem que o fato dos árabes quererem Yaosh’ua-oléym como capital da Palestina é uma questão puramente espiritual e diabólica para atrasar o plano do ETERNO. Pois Yaohushua volta para Yaosh’ua-oléym e não para Paris, Roma ou São Shaúl!!!

22- Como será abençoado o povo judaico?

- Pela oholyáo das nações enxertada na verdadeira oliveira, levando para eles a seiva de Yaohushua;

- A oholyáo irá colocar ciúmes no coração de Yaoshor'ul e nos judaicos não crentes. Mas pelo amor e misericórdia para com eles todos serão alcançados; Rm 9:11,26

23- O ETERNO concluirá Seu plano de salvação para com os judaicos e a nação de Yaoshor'ul (Rm 11:26) e implantará o reino messiânico sobre a Terra, com seus eleitos, israelitas (judaicos e gentios) e crentes (estrangeiros das nações), justificados pela pessoa de Yaohushua, o Messias;

24- ...” Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém; vem, Yaohushua hol"Mehushkháy. (Marah n´atá!). A graça do Messias Yaohushua seja com todos.”

Está claro que estamos começando a levantar este assunto da restauração, mas creio que dentro de pouco tempo, saberemos do próprio ETERNO, muito mais sobre Sua vontade para os dias vindouros.

 

RESTAURANDO ALGUNS COSTUMES BÍBLICOS E JUDAICOS

Abordamos acima uma série de pensamentos, atitudes, tradições que nos aproximariam mais da Kehiláh de Yaohushua (Yaohushua), no primeiro século. Mas, em termos de costumes o que poderíamos questionar?

É bom ressaltar que numa comunidade judaico-messiânica, parte do Corpo do Messias, todos os tópicos que serão mencionados abaixo são comuns e de uso constante. Pois, partimos do pré-suposto que um judaico ou seu descendente quando reconhece Yaohushua como o seu Messias, eles não deixam de ser judaicos. Eles continuam judaicos, porém agora crentes em Yaohushua. Da mesma forma que um não judaico quando se converte a Yaohushua, ele não deixa de ser estrangeiro, continua estrangeiro (em Paris, eu deixo de ser brasileiro?). Conforme Efésios capítulo 2, todos são agora da Família do ETERNO: israelitas e estrangeiros, no Messias.

Mas, Shaúl, Kafós e todos os discípulos judaicos quando converteram-se a Yaohushua, eles também não deixaram de ser judaicos e continuaram vivendo como Israelitas. Vemos isto muito claro em Atos capítulo 21:20. Mas, por outro lado, vemos Shaúl em Gálatas exortando os judaicos que queriam judaizar os gentios (os da Casa de Yaoshor'ul e não os estrangeiros, como se ensina) dentro do peso da lei, no legalismo da lei. Sabemos pelas Escrituras, que o gentio [assim como nós, os estrangeiros, também o somos] foi enxertado na Oliveira que é Yaoshor'ul e que agora faz parte dele, participando da mesma seiva, das mesmas bênçãos.

Mas, a pergunta que se faz agora é se a oholyáo de Yaohushua, ou se um membro do Corpo do Messias, não judaico, poderia participar ou praticar certos costumes dados somente aos judaicos? Vemos claramente nas Escrituras que um judaico crente não deve viver como os gentio [paganizados] e assim, deve viver como judaico, guardando seus mandamentos, estatutos e ordenanças dadas perpetuamente à eles. Mas, vemos no Antigo Testamento em várias passagens que todos os estrangeiros que se juntavam aos judaicos podiam viver como judaicos, abraçando suas doutrinas (Exemplo: Exo 20:9). No Novo Testamento, não lemos sobre esta "obrigatoriedade", mas o estrangeiro crente deve, sob a graça do ETERNO, seguir qualquer estatuto ou ordenanças dadas ao povo judaico, como por exemplo, a adoção das regras alimentares de Levítico 11. Como já deixamos bem claro anteriormente, o gentio convertido [assim como os estrangeiros, portanto] devem cumprir tanto as quatro leis noéticas [aquelas registradas em Atos 15:20 ou Atos 21:25:...”aos gentios que tem crido já escrevemos, dando o parecer que se abstenham do que é sacrificado aos ídolos, do sangue, do sufocado e da prostituição...”] quanto a Lei (vs 21 de Atos 15. Evidente, além de Moisés, estes tinham absorvidos costumes pagãos e destes costumes, tinha que se livrar para abraçar a Fé em Yaohushua!

Seria judaizar a oholyáo ou seus membros não judaicos observar certos costumes abaixo? Por acaso, imergir em Nome do Messias, participar da ceia pascal (anual), celebrar casamentos, recolher ofertas, apresentar crianças na oholyáo, etc. não seriam cerimônias judaicas? Qual seria, então, o limite de julgamento que deveríamos ter? Creio, eu, não a tradição dos pagãos e nem tão pouco o legalismo, mas sim, o princípio escriturístico que está por trás de cada costume (se assim o for).


A língua Hebraica

A língua Hebraica é realmente a língua das Escrituras, considerando também o aramaico que deu origem ao atual hebraico, que fez parte de alguns textos escriturísticos. Assim, a língua das Escrituras não foi o latim de Roma e nem também o grego da Grécia. O fato do Novo (?) testamento e Antigo testamento terem sido traduzidos para a língua grega na versão Septuaginta não elimina a língua hebraica como a língua original das Escrituras. Quem tem acesso a esta língua, sabe o que eu estou querendo dizer. Há algo divino em suas frases e expressões. Ao mesmo tempo que ela é uma língua concisa, ela é profunda. Afinal, foi a língua que o ETERNO escolheu e nela também escreveu Sua Lei. Seria isto por acaso? Yaohushua falou tanto o aramaico quanto o hebraico e lia as Escrituras em hebraico, nas sinagogas. Seria errado, o gentio e o estrangeiro crente, cantar em hebraico? Louvar ao ETERNO na língua de Yaohushua? Se por acaso Yaohushua fosse francês não seria natural que todos os crentes saberiam cantar em francês, conhecer as comidas francesas, suas roupas, seus costumes? Além de que a confusão da Língua foi uma consequencia do pecado (Gen 11) e você imagina que após a Restauração da Terra ainda existirá tantas "línguas"? Lendo Sof 3:9 (principalmente em uma Escritura Hebraica) vemos que, já no governo messiânico voltaremos, paulatinamente, a ter uma só língua!

O costume de cantar a palavra:

A cada Sábado nas sinagogas até nos dias de hoje uma parte do texto escriturístico é cantado. Haveria mal se a oholyáo voltasse a ler cantando ou cantarolando a Palavra do ETERNO, como mesmo Shaúl recomenda Ef. 5:19, diz: falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Messias, no vosso coração..., que uns tragam hinos, cânticos de louvores? Seria errado, se o louvor saísse do espírito para engrandecer ao Pai ETERNO, na pessoa do Seu Filho Yaohushua”?

O ato de Cantar o Shemáh durante o Sábado

A cada Pôr-do-sol de Sexta-feira cantamos o Shemáh (Deut 6:4) e recitamos muitos salmos, louvando a Yaohushua e ao ETERNO. O Shemá é a oração e o cântico mais importante para o judaico. O Texto citado diz: SHEMÁH YAOSHORÚL, YAOHUSHUA ELOHENU UL, YAOHUH ECHAD! - Escuta Yaoshorúl! Yaohushua é o nosso Criador; o ETERNO é um só!


Símbolos escriturísticos e judaicos

Será que ter uma Menorah (candelabro de 7 velas, usado no Templo e nas sinagogas) seria um pecado de idolatria? Será que nosso ETERNO não é tão grande que não achamos palavras para expressá-lo em verdade e amor, e aí, nos valemos dos símbolos? Por exemplo, a Menorah nos lembra os 7 espíritos do ETERNO vistos em Isaías 11:1-2... “e então brotará um rebento do toco de Jessé, e das suas raízes um renovo ( Yaohushua) frutificará. E repousará sobre Ele o Espírito do Messias (Yaohushua), o espírito de entendimento e conhecimento, o espírito de conselho e fortalecimento, o espírito de sabedoria e temor do Messias...”(versão original do hebraico).

A Menorah está definida em Zacarias 4:2-6 que diz...”e eis que vi um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite em cima, com sete lâmpadas, há sete canudos que se unem às lâmpadas que estão em cima dele... Esta é a palavra do Messias a Zorobabel, dizendo: Não por força, não por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Criador dos Exércitos.”

Até hoje, tenho o costume de ter uma Menorah sobre minha mesa. O dia inteiro olho para ela e penso nos sete espíritos [facetas - Is 11:1-2] do ETERNO (Apoc 1:4) operando em minha vida. E, no momento de tribulação, me conforto, pois a Menorah significa: não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito! Será que estou idolatrando a Menorah? Será que ela está ocupando o espaço do ETERNO. Tudo depende da maneira com que olhamos as coisas. Para mim a Menorah é um simples símbolo que fala ao meu espírito algo profundo do caráter do ETERNO. Cada um sinta-se livre para relacionar-se com o ETERNO, claro sem pecado ou idolatria. No entanto, a Menorah, ao contrario da estrela de Davi que veio do paganismo, verdadeiramente representa Iaoshor'ul!

 

A Arca Aron Ha Kodesh

Nós judaicos messiânicos temos uma arca (um armário grande) junto à mesa do Altar. Ela se chama Aron Há Kodesh. Lá guardamos o rolo da Toráh, ou as Escrituras, a Palavra do ETERNO, a qual fazemos uma cerimônia todos os sábados chamada “O serviço da Toráh”, onde cantamos e lemos a Palavra do ETERNO. Depois, vamos estudá-la versículo por versículo. Para os judaicos messiânicos não há problema nenhum. Pois como falamos, judaico se converte, continua judaico. Ele não precisa deixar de praticar suas tradições escriturísticas.

Mas, se uma oholyáo Evangélica quiser colocar junto do altar uma arca com as Escrituras aberta, haveria pecado? Estaria ela judaizando? Cada um deve ser sentir livre para adorar e expressar o  ETERNO, desde que não peque.

 

A oholyáo "cristã" poderia celebrar as Festas Fixas e Escriturísticas?

Todas as oito festas fixas de Levítico 23, começando com a Festa do Sábado, são escriturísticas (Estatutos Perpétuos) e falam exclusivamente da pessoa do Messias Yaohushua, que veio e que voltará. Sim, os judaicos não crentes a celebram também, mas de outros modo, pois eles estão na sombra (Cl. 2:16); mas nós, crentes em Yaohushua, não estamos na sombra e todas estas festas, são reais para nós. Yaohushua é real para nós e celebramos sua morte e libertação na Páscoa, celebramos a Sua presença em Rúkha, a partir do Pentecostes; celebramos sua Breve Vinda em glória na Festa dos Tabernáculos. Dançamos, cantamos e nos alegramos... Mas, é coisa muita séria e fazemos com muito temor, não como show, não cobrando ingressos, não convidando artistas famosos para dar show, não, não! As Festas são proféticas e por isso, ou celebramo-la internamente em nossas congregações, ou convidamos solenemente o Corpo do Messias, como diz a Palavra, e a celebramos NA DATA CERTA (seguindo o Calendário judaico e não o romano), pois há um tempo determinado pelo ETERNO e há um ciclo agrícola, onde o ETERNO nos ensina algo. Todas as festas escriturísticas podem ser encontradas no Novo Testamento.

 

As comidas escriturísticas de Levítico 11

Nós "cristãos" renovados, procuramos seguir o cardápio escriturístico. As vezes dizemos no nosso meio: a comida “Kasher”. Mas, nem toda comida kasher que um judaico ortodoxo come é escriturística. Pois, os rabinos exageraram bastante nesta área e ultrapassaram os princípios escriturísticos. Portanto, nos restringimos apenas as recomendações escriturísticas de Levíticos 11. Fazemos por fé e o ETERNO nos abençoa e recebemos a saúde do ETERNO, pois, foi o próprio Messias que escreveu sobre alimentação. Afinal, Ele como Criador do nosso corpo, sabe o que nos faz bem e o que não faz. Por isso, Shaúl fala em Colossenses 2:26 aos gentios e judaicos que moravam em Colosso...” Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados ...que são sombras das coisas vindouras; mas o Corpo é do Messias...” Como já disse, não estamos na sombra sem o Messias, pelo contrário, nós estamos nEle. Ele é real para nós e tudo que fazemos, fazemos por fé, nEle.

Por exemplo, se um judaico, um gentio ou um estrangeiro crente, comer a comida de Levítico 11, eu pergunto: Quem sai ganhando? A saúde dele, é claro! Costumamos fazer uma brincadeira dizendo: Se um não crente [em Yaohushua] quiser comer todos os “bichos” e coisas que não se podem comer de acordo com as Escrituras, ele pode? Sim, pode, respondemos. Só que irá para a  morte mais cedo! O ETERNO sabe nossa química e nossa constituição física, nosso metabolismo, etc. Tudo é uma questão de fé; O Pensamento judaico diz: o ETERNO falou? Então, faça e não discuta! Shaúl, também em Romanos 14:3 tem uma boa recomendação acerca da comida. 

 

O uso do Talit, Mezuzá e Kipá

Talit

O uso do talit, conhecido também como xale de oração, é escriturístico. (Num 15:38-40)...” Fala aos filhos de Yaoshor'ul (judaicos) e dize-lhes que façam para si franjas nas bordas das suas vestes, pelas suas gerações...Tê-lo-eis nas franjas, para que os vejais e vos lembreis de todos os mandamentos do Messias e os observeis, e para que não vos deixeis arrastar à infidelidade pelo vosso coração ou pela vossa vista, como o fazíeis antes... [sejais isso] para vosso ETERNO.”

É um símbolo de submissão ao ETERNO e lembrança para que todos os mandamentos do Messias seja guardado. É um sinal para vigiar as vistas e não pecar contra o Messias. Isto é um estatuto para os da casa de Yaoshor'ul. O Crente não judaico tem obrigação de usá-lo? Lembre-se, é um princípio de fé e obediência ao Messias. Os judaicos usavam talit com grandes franjas (Mt 23:5), Yaohushua até os repreendeu que eles deviam prestar mais atenção para as coisas do coração do que alongar as franjas para serrem vistos pelas pessoas. Yaohushua também usava talit, veja em Mt 9:20 quando aquela mulher portadora de uma doença de fluxo tocou na orla do manto de Yaohushua. No original esta palavra no hebraico é Tzitzit que significa “as cordinhas trançadas) que caem do talit. No Judaísmo isto é símbolo de autoridade. Naquela época os pais costumam passar de pai para filho o nó (das tranças) para os filhos. Ou seja, cada família possuía seu próprio [tipo] nó. Quando a mulher tocou nas tranças (cordinhas) do Talit ela sabia que estava tocando na autoridade do Filho de Davi, Yaohushua hol'Mehushkháy... No entanto, números "corretos" de franjas ou fios, já é "tradição pagã" e o ato de cobrir a cabeça com ele para a oração, também é um habito advindo do paganismo! No culto, quem vai ministrar a Palavra deve ter um talit sobre os ombros...

Mezuzá

É um pedaço de madeira ôca por dentro. Esta caixinha contém dentro dela escrito em hebraico o texto de Deuteronômio 6:4-9, que diz: “Ouve, Yaoshorúl: Só YAOHUH é o nosso Criador Eterno, YAOHUH apenas. Deverás amá-lo de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento. Estas palavras que hoje vos dou deverão estar constantemente gravadas nas vossas mentes. Ensinem-nas aos vossos filhos; falem nelas quando estiverem em casa ou fora dela, ou caminhando. Que seja isso a última coisa que fazem ao deitar, e a primeira ao levantar no dia seguinte. Que elas vos acompanhem como um sinal que se atam a um dedo, como uma marca que esteja inscrita nas vossas testas. Que os vossos lares sejam conhecidos como que tendo-as escritas à entrada, essas leis”.

No entanto este texto é colocado dentro da Mezuzá e pregado em cada porta de entrada da casa de um judaico. Como um amuleto para dar sorte e vão além, colocam-no amarrados em sua testas. Vão além do texto, o qual o ETERNO apenas nos pede que lembremos que Ele é único, e não pode ser substituído por outro e nem por coisas. Uma lembrança que TODOS nós deveríamos sempre ter em mente e não literalmente como os judaicos ortodoxos o fazem...

Tefilim ou Filactérios

São tiras de couro que se enrolam no braço esquerdo, o braço do coração. No final desta fita de couro tem uma caixinha também de couro, onde o texto de Deuteronômio 6:4-9 também está escrito. No entanto, esta caixinha, os ortodoxos a  colocam bem perto do coração e segundo eles, isto induz a lembrança de que os mandamentos do Criador tem que estar dentro do coração, dentro do ser. Já, o filactério que põe a caixinha com o texto acima, sobre a cabeça, entre os olhos, "apontam" para a mesma coisa, ou seja, "a palavra do ETERNO tem que estar também na minha mente, frente aos meus olhos para que eu não me desvie dos mandamentos do CRIADOR e nem seja atraído pelos desejos da visão, me afastando do ETERNO"> Porém, também este item deixou de ser uma LEMBRANÇA espiritual para tornar-se algo "legalista", perdendo assim a sua validade... (Mat 23:5).

Kipá

O kipá não é escriturístico. É simplesmente uma tradição judaica - os sacerdotes egípcios o usava - sistematizada a partir do século XIX como sinal de submissão ao ETERNO e usado para os diferenciar dos demais das nações.

No entanto, para Shaúl, a ordem das funções entre os sexos opostos, já determinada na criação, não foi abolida pela salvação em Yaohushua. Ele afirma que todo homem que ora ou profetiza com a cabeça coberta desonra (envergonha) a sua cabeça (cabeça espiritual = o Messias). No versículo sete (7) ele mostra a razão pela qual o homem não deve cobrir a cabeça ao afirmar que ele "é a imagem e a glória do ETERNO"  – isto desaconselha o uso do kipá que além de não ser escriturístico, foi usado pela primeira vez [como auto-exaltação] pela ICAR.

Como o ponto culminante da criação foi o homem, este demonstra pela sua submissão, a glória do ETERNO. Sendo assim, ao cobrir a sua cabeça, ele estaria desprezando o lugar de dignidade que lhe foi dado pelo ETERNO na ordem da criação. Por este motivo não é apropriado que a glória do ETERNO (o homem) se apresente com a cabeça coberta perante Ele, na oholyáo.

O Véu

Por outro lado, a mulher que ora ou profetiza sem usar cobertura desonra a sua cabeça que é o homem e, por extensão, o Messias. É então empregada uma linguagem bastante forte afirmando que é tão vergonhoso a mulher orar com a cabeça descoberta quanto seria se tivesse a cabeleira rapada. Dizem alguns historiadores que, no contexto da cidade de Corinto, ter o cabelo tosquiado era identificar-se como uma das prostitutas cultuais da cidade. Shaúl queria que as irmãs entendessem que era tão vergonhoso orar com a cabeça descoberta quanto seria ser identificada como uma prostituta de um culto pagão.

O motivo pelo qual a mulher deve cobrir a cabeça é por ser ela a glória do homem (pois ela foi feita para o homem - cf. v. 9). A argumentação que se segue então é: se a glória do ETERNO (o homem) não deve apresentar-se perante Ele, na oholyáo, com a cabeça coberta, a glória do homem (a mulher) não deve apresentar-se diante do ETERNO, na oholyáo, com a cabeça descoberta (cf. v. 10).

Já dissemos que, num certo sentido, na ordem da criação do ETERNO a mulher é subordinada ao homem. Pois bem, assim como na criação há uma ordem, também na oholyáo ela deve ser reconhecida e manifestada através da cobertura que a mulher usa na cabeça.

Repetimos, o uso de cobertura [véu] na cabeça indica submissão por parte da mulher à ordem estabelecida pelo ETERNO na criação. Portanto, assim como o homem por ser ponto culminante da criação e que não está subordinado a nenhuma outra criatura, não deve trazer sinal de subordinação sobre a cabeça, assim também, a mulher que foi feita do homem e por causa dele, deve trazer sobre sua cabeça um sinal de submissão. Indicando assim que aceita de bom grado a ordem hierárquica estabelecida pelo ETERNO.

ETERNO => Yaohushua       HOMEM => Mulher

O versículo 15 diz que a glória da mulher é o seu cabelo. Assim como o ETERNO tem a sua glória (o homem), assim como o homem tem a sua glória (a mulher), também a mulher tem a sua glória que é o seu cabelo. Talvez possamos entender com isso que assim como a glória do homem (a mulher) deve apresentar-se na oholyáo coberta, assim também, a gloria da mulher (o seu cabelo) deve, por sua vez apresentar-se coberta com o véu, durante as orações; mas este não é um mandamento para que a Mulher não possa aparar [cuidar] da sua glória, o cabelo!

Amnao!
 

Saiba mais sobre o uso do Véu e do Kipá...

Leia também: Oholyaos Concorrentes à Kehilah que o Messias fundou.

 

 

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