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[GN] BERESHIYT 1
1 No princípio criou UL [o CRIADOR] os céus e a Terra.
2 A Terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas UL’HIM [o ETERNO], em espírito [rukhah], pairava sobre a face das águas.
3 Disse o Criador: haja luz. E houve luz.
4 Viu o Criador que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.
5 E o Criador chamou à luz dia, e às trevas noite. E foi a tarde e a manhã, o dia pri-meiro.
6 E disse o Criador: haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.
7 Fez, pois, o Criador a expansão, e separou as águas que estavam debaixo da ex-pansão das que estavam por cima da expansão. E assim foi.
8 Chamou o Criador à expansão, céu. E foi a tarde e a manhã, o dia segundo.
9 E disse o Criador: Ajuntem-se num só lugar as águas que estão debaixo do céu, e apareça o elemento seco. E assim foi.
10 Chamou o Criador ao elemento seco, terra; e ao ajuntamento das águas, mares. E viu UL’HIM que isso era bom.
11 E disse o Criador: Produza a terra relva, ervas que deem semente, e árvores fru-tíferas que, segundo as suas espécies, deem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a terra. E assim foi.
12 A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo as suas espé-cies, e árvores que davam fruto que tinha em si a sua semente, segundo as suas es-pécies. E viu UL’HIM que isso era bom.
13 E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.
14 E disse o Criador: haja luminares na expansão do céu, para fazerem separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais e para estações, e para dias e anos;
15 e sirvam de luminares na expansão do céu, para alumiar a terra. E assim foi.
16 O Criador, pois, fez os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; fez também as estrelas.
17 E o Criador os pôs na expansão do céu para alumiar a Terra,
18 para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas. E viu UL’HIM que isso era bom.
19 E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.
20 E disse o Criador: Produzam as águas cardumes de seres viventes; e voem as aves acima da terra na expansão do céu.
21 Criou, pois, o Criador os monstros marinhos, e todos os seres viventes que se ar-rastavam, os quais as águas produziram abundantemente segundo as suas espé-cies; e toda ave que voa, segundo a sua espécie. E viu UL’HIM que isso era bom.
22 Então o Criador os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas dos mares; e multipliquem-se as aves sobre a terra.
23 E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.
24 E disse o Criador: Produza a terra seres viventes segundo as suas espécies: ani-mais domésticos, répteis, e animais selvagens segundo as suas espécies. E assim foi.
25 o Criador, pois, fez os animais selvagens segundo as suas espécies, e os animais domésticos segundo as suas espécies, e todos os répteis da terra segundo as suas espécies. E viu UL’HIM que isso era bom.
26 E disse UL’HIM: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa seme-lhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra.
27 Criou, pois, o Criador o homem à sua imagem; à imagem de UL’HIM, o criou; ho-mem e mulher os criou.
28 Então o Criador os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre to-dos os animais que se arrastam sobre a terra.
29 Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento.
30 E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todo ser vivente que se arrasta sobre a terra, dou todas as ervas verdes como mantimento. E assim foi.
31 E viu o Criador tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a ma-nhã, o dia sexto.
[GN] BERESHIYT 2
1 Assim foram acabados os céus e a terra, com todo o seu exército.
2 Ora, havendo o Criador completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descan-sou nesse dia de toda a obra que fizera.
3 Abençoou o Criador o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera.
4 Eis as origens dos céus e da terra, quando foram criados. No dia em que YAOHUH ordenou que se fizesse a Terra e os céus,
5 não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois nenhuma erva do campo tinha ainda brotado; porque UL, o Criador, não tinha feito chover sobre a terra, nem havia homem para lavrar a terra.
6 Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra.
7 E formou UL, o Criador, o homem do pó da terra e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se uma alma vivente.
8 Então plantou UL, o Criador, um jardim, da banda do oriente, no Éden; e pôs ali o homem que tinha formado.
9 E UL, o Criador, fez brotar da terra toda qualidade de árvores agradáveis à vista e boas para comida, bem como a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do co-nhecimento do bem e do mal.
10 E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em qua-tro braços.
11 O nome do primeiro é Pisom: este é o que rodeia toda a terra de Havilah, onde há ouro;
12 e o ouro dessa terra é bom: ali há o bdélio, e a pedra de berilo.
13 O nome do segundo rio é Gion: este é o que rodeia toda a terra de Cuche.
14 O nome do terceiro rio é Tigre: este é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto rio é o Eufrates.
15 Tomou, pois, UL, o Criador, o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e guardar.
16 Ordenou UL, o Criador, ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes co-mer livremente;
17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
18 Disse mais UL, o Criador: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma aju-dadora que lhe seja idônea.
19 Da terra formou, pois, UL, o Criador, todos os animais o campo e todas as aves do céu, e os trouxe ao homem, para ver como lhes chamaria; e tudo o que o homem chamou a todo ser vivente, isso foi o seu nome.
20 Assim o homem deu nomes a todos os animais domésticos, às aves do céu e a todos os animais do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea.
21 Então UL, o Criador, fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então, uma das costelas, e fechou a carne em seu lugar;
22 e da costela que UL, o Criador, lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao ho-mem.
23 Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha car-ne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
24 Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e se-rão uma só carne.
25 E ambos estavam nus, o homem e sua mulher; e não se envergonhavam.
[GN] BERESHIYT 3
1 Ora, a serpente [Saraph] era o mais astuto de todos os animais do campo, que UL, o Criador, tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que o Criador disse: Não come-reis de toda árvore do jardim?
2 Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,
3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse o Criador: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.
4 Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis.
5 Porque o Criador sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como o Criador, conhecendo o bem e o mal.
6 Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.
7 Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; pelo que coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
8 E, ouvindo a voz de UL, o Criador, que passeava no jardim à tardinha, esconde-ram-se o homem e sua mulher da presença de UL, o Criador, entre as árvores do jardim.
9 Mas chamou UL, o Criador, ao homem, e perguntou-lhe: Onde estás?
10 Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me.
11 o Criador perguntou-lhe mais: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste da ár-vore de que te ordenei que não comesses?
12 Ao que respondeu o homem: A mulher que me deste por companheira deu-me a árvore, e eu comi.
13 Perguntou UL, o Criador, à mulher: Que é isto que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente enganou-me, e eu comi.
14 Então UL, o Criador, disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás tu dentre todos os animais domésticos, e dentre todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida.
15 Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descen-dência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
16 E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a dor da tua conceição; em dor da-rás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.
17 E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por tua cau-sa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida.
18 Ela te produzirá espinhos e abrolhos; e comerás das ervas do campo.
19 Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás.
20 Chamou Adan à sua mulher Khav’yah/Eva, porque era a mãe de todos os viven-tes.
21 E UL, o Criador, fez túnicas de peles para Adan e sua mulher, e os vestiu.
22 Então disse UL, o Criador: Eis que o homem se tem tornado como um de nós, co-nhecendo o bem e o mal. Ora, não suceda que estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente.
23 O UL, o Criador, pois, o lançou fora do jardim do Éden para lavrar a terra, de que fora tomado.
24 E havendo lançado fora o homem, pôs ao oriente do jardim do Éden os queru-bins, e uma espada flamejante que se volvia por todos os lados, para guardar o ca-minho da árvore da vida.
[GN] BERESHIYT 4
1 Conheceu (copulou) Adan a Khav’yah/Eva, sua mulher; ela concebeu e, tendo da-do à luz a Cain, disse: Alcancei do Criador um varão.
2 Tornou a dar à luz a um filho-a seu irmão Ab’ul/ Abel. Ab’ul/Abel foi pastor de ove-lhas, e Cain foi lavrador da terra.
3 Ao cabo de dias (anos) trouxe Cain do fruto da terra uma oferta a YAOHUH.
4 Ab’ul/Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura. Ora, atentou o Criador para Ab’ul/Abel e para a sua oferta,
5 mas para Cain e para a sua oferta não atentou. Pelo que irou-se Cain fortemente, e descaiu-lhe o semblante.
6 Então o Criador perguntou a Cain: Por que te iraste? e por que está descaído o teu semblante?
7 Porventura se procederes bem, não se há de levantar o teu semblante? e se não procederes bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo; mas sobre ele tu deves dominar.
8 Falou Cain com o seu irmão Ab’ul/Abel. E, estando eles no campo, Cain se levantou contra o seu irmão Ab’ul/Abel, e o matou.
9 Perguntou, pois, UL a Cain: Onde está Ab’ul/Abel, teu irmão? Respondeu ele: Não sei; sou eu o guarda do meu irmão?
10 E disse o Criador: Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão está clamando a mim desde a terra.
11 Agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para da tua mão receber o sangue de teu irmão.
12 Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e vagabundo se-rás na terra.
13 Então disse Cain ao Criador: É maior a minha punição do que a que eu possa su-portar.
14 Eis que hoje me lanças da face da terra; também da tua presença ficarei escon-dido; serei fugitivo e vagabundo na terra; e qualquer que me encontrar matar-me-á.
15 O Criador, porém, lhe disse: Portanto quem matar a Cain, sete vezes sobre ele cairá a vingança. E pôs o Criador um sinal em Cain, para que não o ferisse quem quer que o encontrasse.
16 Então saiu Cain da presença do Criador, e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden.
17 Conheceu (copulou) Cain a sua mulher, a qual concebeu, e deu à luz a Ka-noch/Enoque. Cain edificou uma cidade, e lhe deu o nome do filho, Kanoch/ Enoque.
18 A Kanoch/Enoque nasceu Irad, e Irad gerou a Mehuha’ul, e Mehuha’ul gerou a Methuselah, e Methuselah gerou a Lameque.
19 Lameque tomou para si duas mulheres: o nome duma era Ada, e o nome da outra Zila.
20 E Ada deu à luz a Yabal; este foi o pai dos que habitam em tendas e possuem ga-do.
21 O nome do seu irmão era Yubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta.
22 A Zila também nasceu um filho, Tubal-Cain, fabricante de todo instrumento cor-tante de cobre e de ferro; e a irmã de Tubal-Cain foi Naamah.
23 Disse Lameque a suas mulheres: Ada e Zila, ouvi a minha voz; escutai, mulheres de Lameque, as minhas palavras; pois matei um homem por me ferir, e um mancebo por me pisar.
24 Se Cain há de ser vingado sete vezes, com certeza Lameque o será setenta e se-te vezes.
25 Tornou Adan a conhecer sua mulher, e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Soth/Sete; porque, disse ela, o Criador me deu outro filho em lugar de Ab’ul/Abel; porquanto Cain o matou.
26 A Soth/Sete também nasceu um filho, a quem pôs o nome de Enosh/Enós. Foi nesse tempo, que os homens começaram a invocar o nome do Criador.
[GN] BERESHIYT 5
1 Este é o livro das gerações de Adan. No dia em que UL criou o homem, à seme-lhança de UL’HIM, o fez.
2 Homem e mulher os criou; e os abençoou, e os chamou pelo nome de homem, no dia em que foram criados.
3 Adan viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Soth/Sete.
4 E foram os dias de Adan, depois que gerou a Soth/Sete, oitocentos anos; e gerou filhos e filhas.
5 Todos os dias que Adan viveu foram novecentos e trinta anos; e morreu.
6 Soth/Sete viveu cento e cinco anos, e gerou a Enosh/Enós.
7 Viveu Soth/Sete, depois que gerou a Enosh/Enós, oitocentos e sete anos; e gerou filhos e filhas.
8 Todos os dias de Soth/Sete foram novecentos e doze anos; e morreu.
9 Enosh/Enós viveu noventa anos, e gerou a Quenan.
10 viveu Enosh/Enós, depois que gerou a Quenan, oitocentos e quinze anos; e gerou filhos e filhas.
11 Todos os dias de Enosh/Enós foram novecentos e cinco anos; e morreu.
12 Quenan viveu setenta anos, e gerou a Maalaul.
13 Viveu Quenan, depois que gerou a Maalaul, oitocentos e quarenta anos, e gerou filhos e filhas.
14 Todos os dias de Quenan foram novecentos e dez anos; e morreu.
15 Maalaul viveu sessenta e cinco anos, e gerou a Yared.
16 Viveu Maalaul, depois que gerou a Yared, oitocentos e trinta anos; e gerou filhos e filhas.
17 Todos os dias de Maalaul foram oitocentos e noventa e cinco anos; e morreu.
18 Yared viveu cento e sessenta e dois anos, e gerou a Kanoch/Enoque.
19 Viveu Yared, depois que gerou a Kanoch/Enoque, oitocentos anos; e gerou filhos e filhas.
20 Todos os dias de Yared foram novecentos e sessenta e dois anos; e morreu.
21 Kanoch/Enoque viveu sessenta e cinco anos, e gerou a Methuselah.
22 Andou Kanoch/Enoque com o Criador, depois que gerou a Methuselah, trezentos anos; e gerou filhos e filhas.
23 Todos os dias de Kanoch/Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos;
24 Kanoch/Enoque andou com o Criador; e não apareceu mais, porquanto o Criador o tomou.
25 Methuselah viveu cento e oitenta e sete anos, e gerou a Lameque.
26 Viveu Methuselah, depois que gerou a Lameque, setecentos e oitenta e dois anos; e gerou filhos e filhas.
27 Todos os dias de Methuselah foram novecentos e sessenta e nove anos; e mor-reu.
28 Lameque viveu cento e oitenta e dois anos, e gerou um filho,
29 a quem chamou Nokh/Noé, dizendo: Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, os quais provêm da terra que o Criador amaldiçoou.
30 Viveu Lameque, depois que gerou a Nokh/Noé, quinhentos e noventa e cinco anos; e gerou filhos e filhas.
31 Todos os dias de Lameque foram setecentos e setenta e sete anos; e morreu.
32 E era Nokh/Noé da idade de quinhentos anos; e gerou Nokh/Noé a Shen/Sem, Can/Cão e Yafet/Jafé.
[GN] BERESHIYT 6
1 Sucedeu que, quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra, e lhes nasceram filhas,
2 viram os filhos do Criador que as filhas do mundo eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.
3 Então disse o Criador: O meu Espírito não permanecerá para sempre no homem, porquanto ele é carne, mas os seus dias serão cento e vinte anos.
4 Naqueles dias haviam homens gigantes na terra, e também depois, quando os fi-lhos do Criador conheceram as filhas do mundo, as quais lhes deram filhos. Esses gigantes eram os valentes, os homens de renome, que houve na antiguidade.
5 Viu o Criador que era grande a maldade do homem na terra, e que toda a imagi-nação dos pensamentos de seu coração era má continuamente.
6 Então lastimou o Criador de haver feito o homem na terra, e isso lhe pesou no co-ração
7 E disse o Criador: Destruirei da face da terra o homem que criei, tanto o homem como o animal, os répteis e as aves do céu; porque lastimo dos haver feito.
8 Nokh/Noé, porém, achou graça aos olhos do Criador.
9 Estas são as gerações de Nokh/Noé. Era homem justo e perfeito em suas gera-ções, e andava com o Criador.
10 Gerou Nokh/Noé três filhos: Shen/Sem, Can/Cão e Yafet/Jafé.
11 A terra, porém, estava corrompida diante de YAOHUH, e cheia de violência.
12 Viu o Criador a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.
13 Então disse o Criador a Nokh/Noé: O fim de toda carne é chegado perante mim; porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os destruirei juntamente com a terra.
14 Faze para ti uma arca de madeira de gôfer: farás compartimentos na arca, e a revestirás de betume por dentro e por fora.
15 Desta maneira a farás: o comprimento da arca será de trezentos côvados, a sua largura de cinquenta e a sua altura de trinta.
16 Farás na arca uma janela e lhe darás um côvado de altura; e a porta da arca po-rás no seu lado; fá-la-ás com andares, baixo, segundo e terceiro.
17 Porque eis que eu trago o dilúvio sobre a terra, para destruir, de debaixo do céu, toda a carne em que há espírito de vida; tudo o que há na terra expirará.
18 Mas contigo estabelecerei a Minha Aliança; entrarás na arca, tu e contigo teus fi-lhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos.
19 De tudo o que vive, de toda a carne, dois de cada espécie, farás entrar na arca, para os conservares vivos contigo; macho e fêmea serão.
20 Das aves segundo as suas espécies, do gado segundo as suas espécies, de todo réptil da terra segundo as suas espécies, dois de cada espécie virão a ti, para os conservares em vida.
21 Leva contigo de tudo o que se come, e ajunta-o para ti; e te será para alimento, a ti e a eles.
22 Assim fez Nokh/Noé; segundo tudo o que o Criador lhe mandou, assim o fez.
[GN] BERESHIYT 7
1 Depois disse o Criador a Nokh/Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque te-nho visto que és justo diante de mim nesta geração.
2 De todos os animais limpos levarás contigo sete e sete, o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, o macho e sua fêmea;
3 também das aves do céu sete e sete, macho e fêmea, para se conservar em vida sua espécie sobre a face de toda a terra.
4 Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e qua-renta noites, e exterminarei da face da terra todas as criaturas que fiz.
5 E Nokh/Noé fez segundo tudo o que o Criador lhe ordenara.
6 Tinha Nokh/Noé seiscentos anos de idade, quando o dilúvio veio sobre a terra.
7 Nokh/Noé entrou na arca com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos, por causa das águas do dilúvio.
8 Dos animais limpos e dos que não são limpos, das aves, e de todo réptil sobre a terra,
9 entraram de dois a dois para junto de Nokh na arca, macho e fêmea, como o Cria-dor ordenara a Nokh.
10 Passados os sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio.
11 No ano seiscentos da vida de Nokh/Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as janelas do céu se abri-ram,
12 e caiu chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.
13 Nesse mesmo dia entrou Nokh/Noé na arca, e juntamente com ele seus filhos Shen/Sem, Can/Cão e Yafet/Jafé, como também sua mulher e as três mulheres de seus filhos,
14 e com eles todo animal segundo a sua espécie, todo o gado segundo a sua espé-cie, todo réptil que se arrasta sobre a terra segundo a sua espécie e toda ave se-gundo a sua espécie, pássaros de toda qualidade.
15 Entraram para junto de Nokh/Noé na arca, dois a dois de toda a carne em que havia espírito de vida.
16 E os que entraram eram macho e fêmea de toda a carne, como o Criador lhe ti-nha ordenado; e o Criador o fechou dentro.
17 Veio o dilúvio sobre a terra durante quarenta dias; e as águas cresceram e le-vantaram a arca, e ela se elevou por cima da terra.
18 Prevaleceram as águas e cresceram grandemente sobre a terra; e a arca vaga-va sobre as águas.
19 As águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo do céu foram cobertos.
20 Quinze côvados acima deles prevaleceram as águas; e assim foram cobertos.
21 Pereceu toda a carne que se movia sobre a terra, tanto ave como gado, animais selvagens, todo réptil que se arrasta sobre a terra, e todo homem.
22 Tudo que tinha fôlego do espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia na terra seca, morreu.
23 Assim foram exterminadas todas as criaturas que havia sobre a face da terra, tanto o homem como o gado, o réptil, e as aves do céu; todos foram exterminados da terra; ficou somente Nokh/Noé, e os que com ele estavam na arca.
24 E prevaleceram as águas sobre a terra cento e cinquenta dias.
[GN] BERESHIYT 8
1 UL/o Criador lembrou-se de Nokh/Noé, de todos os animais e de todo o gado, que estavam com ele na arca; e o Criador fez passar um vento sobre a terra, e as águas começaram a diminuir.
2 Cerraram-se as fontes do abismo e as janelas do céu, e a chuva do céu se deteve;
3 as águas se foram retirando de sobre a terra; no fim de cento e cinquenta dias começaram a minguar.
4 No sétimo mês, no dia dezessete do mês, repousou a arca sobre o monte Ararat.
5 E as águas foram minguando até o décimo mês; no décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes dos montes.
6 Ao cabo de quarenta dias, abriu Nokh/Noé a janela que havia feito na arca;
7 soltou um corvo que, saindo, ia e voltava até que as águas se secaram de sobre a terra.
8 Depois soltou uma pomba, para ver se as águas tinham minguado de sobre a face da terra;
9 mas a pomba não achou onde pousar a planta do pé, e voltou a ele para a arca; porque as águas ainda estavam sobre a face de toda a terra; e Nokh/ Noé, esten-dendo a mão, tomou-a e a recolheu consigo na arca.
10 Esperou ainda outros sete dias, e tornou a soltar a pomba fora da arca.
11 À tardinha a pomba voltou para ele, e eis no seu bico uma folha verde de oliveira; assim soube Nokh/ Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra.
12 Então esperou ainda outros sete dias e soltou a pomba; e esta não voltou mais.
13 No ano seiscentos e um, no mês primeiro, no primeiro dia do mês, secaram-se as águas de sobre a terra. Então Nokh/Noé tirou a cobertura da arca: e olhou, e eis que a face a terra estava enxuta.
14 No segundo mês, aos vinte e sete dias do mês, a terra estava seca.
15 Então falou o Criador a Nokh/Noé, dizendo:
16 Sai da arca, tu, e contigo tua mulher, teus filhos e as mulheres de teus filhos.
17 Todos os animais que estão contigo, de toda a carne, tanto aves como gado e todo réptil que se arrasta sobre a terra, traze-os para fora contigo; para que se re-produzam abundantemente na terra, frutifiquem e se multipliquem sobre a terra.
18-19 Então saiu Nokh/Noé, e com ele seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos; todo animal, todo réptil e toda ave, tudo o que se move sobre a terra, segundo as suas famílias, saiu da arca.
20 Edificou Nokh/Noé um altar ao Criador; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa, e ofereceu holocaustos sobre o altar.
21 Sentiu o Criador o suave cheiro e disse em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque o coração do homem é mal desde a sua meninice; nem tornarei mais a ferir todo vivente, como acabo de fazer.
22 Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, ve-rão e inverno, dia e noite.
[GN] BERESHIYT 9
1 Abençoou o Criador a Nokh/Noé e a seus filhos, e disse-lhes: Frutificai e multipli-cai-vos, e enchei a terra.
2 Terão medo e pavor de vós todo animal da terra, toda ave do céu, tudo o que se move sobre a terra e todos os peixes do mar; nas vossas mãos são entregues.
3 Tudo quanto se move e vive vos servirá de mantimento, bem como a erva verde; vos tenho dado.
4 A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis.
5 Certamente requererei o vosso sangue, o sangue das vossas vidas; de todo animal o requererei; como também do homem, sim, da mão do irmão de cada um requere-rei a vida do homem.
6 Quem derramar sangue de homem, pelo homem terá o seu sangue derramado; porque o Criador fez o homem à sua imagem.
7 Mas vós frutificai, e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra, e multiplicai-vos nela.
8 Disse também o Criador a Nokh/Noé, e a seus filhos com ele:
9 Eis que eu estabeleço a Minha Aliança convosco e com a vossa descendência de-pois de vós,
10 e com todo ser vivente que convosco está: com as aves, com o gado e com todo animal da terra; com todos os que saíram da arca, sim, com todo animal da terra.
11 Sim, estabeleço a Minha Aliança convosco; não será mais destruída toda a carne pelas águas do dilúvio; e não haverá mais dilúvio, para destruir a terra.
12 E disse o Criador: Este é o sinal do pacto que firmo entre mim e vós e todo ser vi-vente que está convosco, por gerações perpétuas:
13 O meu ARCO tenho posto nas nuvens, e ele será por sinal de haver um pacto en-tre mim e a terra.
14 E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, e aparecer o ARCO DE UL nas nuvens,
15 então me lembrarei da Minha Aliança, que está entre mim e vós e todo ser viven-te; e as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda a carne.
16 O arco estará nas nuvens, e olharei para ele a fim de me lembrar do pacto per-pétuo entre o Criador e todo ser vivente de toda a carne que está sobre a terra.
17 Disse o Criador a Nokh/Noé ainda: Esse é o sinal do pacto que tenho estabelecido entre mim e toda a carne que está sobre a terra.
18 Ora, os filhos de Nokh/Noé, que saíram da arca, foram Shen/Sem, Can/Cão e Ya-fet/Jafé; e Can/Cão é o pai de Kena’anu/Canaã.
19 Estes três foram os filhos de Nokh/Noé; e destes foi povoada toda a terra.
20 E começou Nokh/Noé a cultivar a terra e plantou uma vinha.
21 Bebeu do vinho, e embriagou-se; e achava-se nu dentro da sua tenda.
22 E Can/Cão, pai de Kena’anu/Canaã, abusou da nudez de seu pai, e o contou a seus dois irmãos que estavam fora.
23 Então tomaram Shen/Sem e Yafet/Jafé uma capa, e puseram-na sobre os seus ombros, e andando virados para trás, cobriram a nudez de seu pai, tendo os rostos virados, de maneira que não viram a nudez de seu pai.
24-25 Despertado que foi Nokh/Noé do seu vinho, soube o que seu filho mais moço lhe fizera; e disse: Maldito seja Kena’anu/Canaã; servo dos servos será de seus ir-mãos.
26 Disse mais: Bendito seja o Criador, o UL de Shen/ Sem; e seja-lhe Ke-na’anu/Canaã por servo.
27 Alargue o Criador a Yafet/Jafé, e habite Yafet/Jafé nas tendas de Shen/Sem; e se-ja-lhe Kena’anu/ Canaã por servo.
28 Viveu Nokh/Noé, depois do dilúvio, trezentos e cinquenta anos.
29 E foram todos os dias de Nokh/Noé novecentos e cinquenta anos; e morreu.
[GN] BERESHIYT 10
1 Estas, pois, são as gerações dos filhos de Nokh/ Noé: Shen/Sem, Can/Cão e Ya-fet/Jafé, aos quais nasceram filhos depois do dilúvio.
2 Os filhos de Yafet/Jafé: Gomer, Magog, Madai, Yavan, Tubal, Meseque e Tiras.
3 Os filhos de Gomer: Asquenaz, Rifat e Togarma.
4 Os filhos de Yavan: Ulisah, Tarshish, Quitim e Dodanim.
5 Por estes foram repartidas as ilhas das nações nas suas terras, cada qual segun-do a sua língua, segundo as suas famílias, entre as suas nações.
6 Os filhos de Can: Cuche, Mizraim, Pute e Kena’anu.
7 Os filhos de Cuche: Sheva, Havilah, Sabtah, Raamah e Sabtecah; e os filhos de Raamah são Sebah e Dedan.
8 Cuche também gerou a Nimrod, o qual foi o primeiro a ser poderoso na terra.
9 Era um grande caçador, indo de encontro ao Criador de tal forma que o povo cos-tumava dizer: Que UL te faça grande, não à maneira de Nimrod.
10 O princípio do seu reino foi Bavel, Ereque, Acade e Calneh, na terra de Shinar.
11 Desta mesma terra saiu ele para a Assíria e edificou Nínive, Reobote-Ir, Calah,
12 e Résem entre Nínive e Calah (esta é a grande cidade).
13 Mizraim gerou a Ludim, Anamim, Leabim, Naftuim,
14 Patrusim, Casluim (donde saíram os filisteus) e Caftorim.
15 Kena’anu gerou a Tsidon, seu primogênito, e Hete,
16 e ao yebuseu, o amorreu, o girgaseu,
17 o heveu, o arqueu, o sineu,
18 o arvadeu, o zemareu e o hamateu. Depois se espalharam as famílias dos cana-neus.
19 Foi o termo dos cananeus desde Tsidon, em direção a Guerar, até Gaza; e daí em direção a Sedoma, Amohah, Admah e Zeboim, até Lasa.
20 São esses os filhos de Can segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações.
21 A Shen, que foi o pai de todos os filhos de Eber e irmão mais velho de Yafet/Jafé, a ele também nasceram filhos.
22 Os filhos de Shen foram: Ul’on, Assur, Arfaxade, Lude e Aran.
23 Os filhos de Aran: Uz, Hul, Geter e Mahs.
24 Arfaxade gerou a Selah; e Selah gerou a Eber.
25 A Eber nasceram dois filhos: o nome de um foi Poleg, porque nos seus dias foi di-vidida a terra; e o nome de seu irmão foi Yoctan.
26-29 Yoctan gerou a Almodah, Selefe, Hazarmaveh, Yerah, Hadoron, Usal, Dicla, Obal, Ab’maul, Sebah, Ofir, Havilah e Yobat: todos esses foram filhos de Yoctan.
30 E foi a sua habitação desde Messa até Sefar, montanha do oriente.
31 Esses são os filhos de Shen segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, segundo as suas nações.
32 Essas são as famílias dos filhos de Nokh/Noé segundo as suas gerações, em suas nações; e delas foram disseminadas as nações na terra depois do dilúvio.
[GN] BERESHIYT 11
1 Ora, toda a terra tinha uma só língua e um só idioma.
2 E deslocando-se os homens para o oriente, acharam um vale na terra de Shinar; e ali habitaram.
3 Disseram uns aos outros: Eia, pois, façamos tijolos, e queimemo-los bem. Os tijolos lhes serviram de pedras e o betume de argamassa.
4 Disseram mais: Eia, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo cume to-que no céu, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
5 Então desceu UL para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
6 e disse: Eis que o povo é um e todos têm uma só língua; e isto é o que começam a fazer; agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.
7 Eia, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem, para que não entenda um a língua do outro.
8 Assim o Criador os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edi-ficar a cidade.
9 Por isso se chamou o seu nome Bavel [Babel], porquanto ali confundiu o Criador a linguagem de toda a terra, e dali o Criador os espalhou sobre a face de toda a terra.
10 Estas são as gerações de Shen/Sem. Tinha ele cem anos, quando gerou a Arfa-xade, dois anos depois do dilúvio.
11 E viveu Shen/Sem, depois que gerou a Arfaxade, quinhentos anos; e gerou filhos e filhas.
12 Arfaxade viveu trinta e cinco anos, e gerou a Selah.
13 Viveu Arfaxade, depois que gerou a Selah, quatrocentos e três anos; e gerou fi-lhos e filhas.
14 Selah viveu trinta anos, e gerou a Eber.
15 Viveu Selah, depois que gerou a Eber, quatrocentos e três anos; e gerou filhos e filhas.
16 Eber viveu trinta e quatro anos, e gerou a Poleg.
17 Viveu Eber, depois que gerou a Poleg, quatrocentos e trinta anos; e gerou filhos e filhas.
18 Poleg viveu trinta anos, e gerou a Ro’uh.
19 Viveu Poleg, depois que gerou a Ro’uh, duzentos e nove anos; e gerou filhos e fi-lhas.
20 Ro’uh viveu trinta e dois anos, e gerou a Serugue.
21 Viveu Ro’uh, depois que gerou a Serugue, duzentos e sete anos; e gerou filhos e filhas.
22 Serugue viveu trinta anos, e gerou a Naohr.
23 Viveu Serugue, depois que gerou a Naohr, duzentos anos; e gerou filhos e filhas.
24 Naohr viveu vinte e nove anos, e gerou a Terah.
25 Viveu Naohr, depois que gerou a Terah, cento e dezenove anos; e gerou filhos e filhas.
26 Terah viveu setenta anos, e gerou a Abro’han, a Naohr e a Haran.
27 Estas são as gerações de Terah: Terah gerou a Abro’han, a Naohr e a Haran; e Haran gerou a Lot.
28 Haran morreu antes de seu pai Terah, na terra do seu nascimento, em Ur dos Caldeus.
29 Abro’han e Naohr tomaram mulheres para si: o nome da mulher de Abro’han era Sorai, e o nome da mulher do Naohr era Milca, filha de Haran, que foi pai de Milca e de Iscah.
30 Sorai era estéril; não tinha filhos.
31 Tomou Terah a Abro’han seu filho, e a Lot filho de Haran, filho de seu filho, e a Sorai sua nora, mulher de seu filho Abro’han, e saiu com eles de Ur dos Caldeus, a fim de ir para a terra de Kena’anu/Canaã; e vieram até Haran, e ali habitaram.
32 Foram os dias de Terah duzentos e cinco anos; e morreu Terah em Haran.
[GN] BERESHIYT 12
1 Ora, o Criador disse a Abro’han: Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2 Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção.
3 Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
4 Partiu, pois Abro’han, como o Criador lhe ordenara, e Lot foi com ele. Tinha Abro’han setenta e cinco anos quando saiu de Haran.
5 Abro’han levou consigo a Sorai, sua mulher, e a Lot, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as vidas que lhes acresceram em Haran; e saíram a fim de irem à terra de Kena’anu; e à terra de Kena’anu/Canaã chegaram.
6 Passou Abro’han pela terra até o lugar de She’hem, até o carvalho de Moreh. Nes-se tempo estavam os cananeus na terra.
7 Apareceu, porém, o Criador a Abro’han, e disse: À tua semente darei esta terra. Abro’han, pois, edificou ali um altar ao Criador, que lhe aparecera.
8 Então passou dali para o monte ao oriente de Bohay’ul (Beit’ul/Betel), e armou a sua tenda, ficando-lhe Bohay’ul (Beit’ul/Betel) ao ocidente, e Ai ao oriente; também ali edificou um altar ao Criador, e invocou o nome do Criador.
9 Depois continuou Abro’han o seu caminho, seguindo ainda para o sul.
10 Ora, havia fome naquela terra; Abro’han, pois, desceu ao Egypto, para peregri-nar ali, porquanto era grande a fome na terra.
11-12 Quando ele estava prestes a entrar no Egypto, disse a Sorai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher formosa à vista; e acontecerá que, quando os egípcios te vi-rem, dirão: Esta é mulher dele. E me matarão a mim, mas a ti te guardarão em vida.
13 Dize, peço-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua causa, e pouparão a minha vida em atenção a ti.
14 E aconteceu que, entrando Abro’han no Egypto, viram os egípcios que a mulher era mui formosa.
15 Até os príncipes de Faraoh a viram e gabaram-na diante dele; e foi levada a mu-lher para a casa de Faraoh.
16 E ele tratou bem a Abro’han por causa dela; e este veio a ter ovelhas, bois e ju-mentos, servos e servas, jumentas e camelos.
17 Feriu, porém, o Criador ao Faraoh e a sua casa com grandes pragas, por causa de Sorai, mulher de Abro’han.
18 Então chamou Faraoh a Abro’han, e disse: Que é isto que me fizeste? por que não me disseste que ela era tua mulher?
19 Por que disseste: E minha irmã? de maneira que a tomei para ser minha mulher. Agora, pois, eis aqui tua mulher; toma-a e vai-te.
20 E Faraoh deu ordens aos seus guardas a respeito dele, os quais o despediram a ele, e a sua mulher, e a tudo o que tinha.
[GN] BERESHIYT 13
1 Subiu, pois, Abro’han do Egypto para o Negev, levando sua mulher e tudo o que ti-nha, e Lot o acompanhava.
2 Abro’han era muito rico em gado, em prata e em ouro.
3 Nas suas jornadas subiu do Negev para Bohay’ul (Beit’ul/Betel), até o lugar onde outrora estivera a sua tenda, entre Bohay’ul (Beit’ul/Betel) e Ai,
4 até o lugar do altar, que dantes ali fizera; e ali invocou Abro’han o nome do Cria-dor.
5 E também Lot, que ia com Abro’han, tinha rebanhos, gado e tendas.
6 Ora, a terra não podia sustentá-los, para eles habitarem juntos; porque os seus bens eram muitos; de modo que não podiam habitar juntos.
7 Pelo que houve contenda entre os pastores do gado de Abro’han, e os pastores do gado de Lot. E nesse tempo os cananeus e os perizeus habitavam na terra.
8 Disse, pois, Abro’han a Lot: Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos.
9 Porventura não está toda a terra diante de ti? Rogo-te que te apartes de mim. Se tu escolheres a esquerda, irei para a direita; e se a direita escolheres, irei eu para a esquerda.
10 Então Lot levantou os olhos, e viu toda a planície do Yardayan (o rio), que era to-da bem regada (antes de haver o Criador destruído Sedoma e Amohah), e era como o jardim do Criador, como a terra do Egypto, até chegar a Zoar.
11 E Lot escolheu para si toda a planície do Yardayan (o rio), e partiu para o oriente; assim se apartaram um do outro.
12 Habitou Abro’han na terra de Kena’anu/Canaã, e Lot habitou nas cidades da pla-nície, e foi armando as suas tendas até chegar a Sedoma.
13 Ora, os homens de Sedoma eram maus e grandes pecadores contra UL.
14 E disse o Criador a Abro’han, depois que Lot se apartou dele: Levanta agora os olhos, e olha desde o lugar onde estás, para o norte, para o sul, para o oriente e pa-ra o oriente;
15 porque toda esta terra que vês, a darei, a ti e à tua descendência, para sempre.
16 E farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que se puder ser con-tado o pó da terra, então também poderá ser contada a tua descendência.
17 Levanta-te, percorre esta terra, no seu comprimento e na sua largura; porque a darei a ti.
18 Então mudou Abro’han as suas tendas, e foi habitar junto dos carvalhos de Mam-re, em Hebrom; e ali edificou um altar ao Criador.
[GN] BERESHIYT 14
1 Aconteceu nos dias de Anraful, rei de Shinar, Arioque, rei de Elasar, Quedorlao-mer, rei de Ul’on, e Tidal, rei de Goiim,
2 que estes fizeram guerra a Bera, rei de Sedoma, a Birsa, rei de Amohah, a Sinabe, rei de Admah, a Semeber, rei de Zeboim, e ao rei de Belah (esta é Zoar).
3 Todos estes se ajuntaram no vale de Sidim (que hoje é o Mar Salgado).
4 Doze anos haviam servido a Quedorlaomer, mas ao décimo terceiro ano rebela-ram-se.
5 Por isso, ao décimo quarto ano veio Quedorlaomer, e os reis que estavam com ele, e feriram aos refains em Asterote-Carnaim, aos zuzins em Hon, aos emins em Sa-veh-Quiriataim,
6 e aos horeus no seu monte Seir, até Ul-Paran, que está junto ao deserto.
7 Depois voltaram e vieram a En-Mispate (que é Cades), e feriram toda a terra dos amelequitas, e também dos amorreus, que habitavam em Hazazom-Tamar.
8 Então saíram os reis de Sedoma, de Amohah, de Admah, de Zeboim e de Belah (es-ta é Zoar), e ordenaram batalha contra eles no vale de Sidim,
9 contra Quedorlaomer, rei de Ul’on, Tidal, rei de Goiim, Anraful, rei de Shinar, e Ari-oque, rei de Elasar; quatro reis contra cinco.
10 Ora, o vale de Sidim estava cheio de poços de betume; e fugiram os reis de Se-doma e de Amohah, e caíram ali; e os restantes fugiram para o monte.
11 Tomaram, então, todos os bens de Sedoma e de Amohah com todo o seu manti-mento, e se foram.
12 Tomaram também a Lot, filho do irmão de Abro’han, que habitava em Sedoma, e os bens dele, e partiram.
13 Então veio um que escapara, e o contou a Abro’han, o hebreu. Ora, este habitava junto dos carvalhos de Mamre, o amorreu, irmão de Eshkol e de Aner; estes eram aliados de Abro’han.
14 Ouvindo, pois, Abro’han que seu irmão estava preso, levou os seus homens trei-nados, nascidos em sua casa, em número de trezentos e dezoito, e perseguiu os reis até Dayan/Dan.
15 Dividiu-se contra eles de noite, ele e os seus servos, e os feriu, perseguindo-os até Hobah, que fica à esquerda de Damasco.
16 Assim tornou a trazer todos os bens, e tornou a trazer também a Lot, seu irmão, e os bens dele, e também as mulheres e o povo.
17 Depois que Abro’han voltou de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele, saiu-lhe ao encontro o rei de Sedoma, no vale de Saveh (que é o vale do rei).
18 Ora, Molkhi’Tzaodok, rei de Salen [paz] (Yashua’oleym/Jerusalém), trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do Criador Altíssimo;
19 e abençoou a Abro’han, dizendo: bendito seja Abro’han pelo o Criador Altíssimo, o Criador dos céus e da terra!
20 E bendito seja o UL Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abro’han deu-lhe o dízimo de tudo.
21 Então o rei de Sedoma disse a Abro’han: Dá-me a mim as pessoas; e os bens to-ma-os para ti.
22 Abro’han, porém, respondeu ao rei de Sedoma: Levanto minha mão ao Criador, o UL Altíssimo, o Criador dos céus e da terra,
23 jurando que não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu, nem um fio, nem uma correia de sapato, para que não digas: Eu enriqueci a Abro’han;
24 salvo tão somente o que os mancebos comeram, e a parte que toca aos homens Aner, Eshkol e Mamre, que foram comigo; que estes tomem a sua parte.
[GN] BERESHIYT 15
1 Depois destas coisas veio a palavra do Criador a Abro’han numa visão, dizendo: Não temas, Abro’han; Eu sou o teu escudo, o teu galardão será grandíssimo.
2 Então disse Abro’han: Ó UL, Criador, que me darás, visto que morro sem filhos, e o herdeiro de minha casa é o damasceno Ul’ozor?
3 Disse mais Abro’han: A mim não me tens dado filhos; eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro.
4 Ao que lhe veio a palavra do Criador, dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que sair das tuas entranhas, esse será o teu herdeiro.
5 Então o levou para fora, e disse: Olha agora para o céu, e conta as estrelas, se as podes contar; e acrescentou-lhe: Assim será a tua descendência.
6 E creu Abro’han no Criador, e o Criador imputou-lhe isto como justiça.
7 Disse-lhe mais: Eu sou o Criador, que te tirei de Ur dos caldeus, para te dar esta terra em herança.
8 Ao que lhe perguntou Abro’han: Ó UL, Criador, como saberei que hei de herdá-la?
9 Respondeu-lhe: Toma-me uma novilha de três anos, uma cabra de três anos, um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho.
10 Ele, pois, lhe trouxe todos estes animais, partiu-os pelo meio, e pôs cada parte deles em frente da outra; mas as aves não partiu.
11 E as aves de rapina desciam sobre os cadáveres; Abro’han, porém, as enxotava.
12 Ora, ao pôr do sol, caiu um profundo sono sobre Abro’han; e eis que lhe sobrevi-eram grande pavor e densas trevas.
13 Então disse o Criador a Abro’han: Sabe com certeza que a tua descendência se-rá peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por qua-trocentos anos;
14 sabe também que eu julgarei a nação a qual ela tem de servir; e depois sairá com muitos bens.
15 Tu, porém, irás em paz para teus pais; em boa velhice serás sepultado.
16 Na quarta geração, porém, voltarão para cá; porque a medida da iniquidade dos amorreus não está ainda cheia.
17 Quando o sol já estava posto, e era escuro, eis um fogo fumegante e uma tocha de fogo, que passaram por entre aquelas metades.
18 Naquele mesmo dia fez o Criador um pacto com Abro’han, dizendo: À tua des-cendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egypto até o grande rio Eufrates;
19 e o queneu, o quenizeu, o cadmoneu,
20 o heteu, o perizeu, os refains,
21 o amorreu, o kena’anu, o girgaseu e o yebuseu.
[GN] BERESHIYT 16
1 Ora, Sorai, mulher de Abro’han, não lhe dava filhos. Tinha ela uma serva egípcia, que se chamava Hagar.
2 Disse Sorai a Abro’han: Eis que o Criador me tem impedido de ter filhos; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos por meio dela. E ouviu Abro’han a voz de Sorai.
3 Assim Sorai, mulher de Abro’han, tomou a Hagar a egípcia, sua serva, e a deu por mulher a Abro’han seu marido, depois de Abro’han ter habitado dez anos na terra de Kena’anu/Canaã.
4 E ele deitou-se com Hagar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua ama desprezada aos seus olhos.
5 Então disse Sorai a Abro’han: Sobre ti seja a afronta que me é dirigida a mim; pus a minha serva em teu regaço; vendo ela agora que concebeu, sou desprezada aos seus olhos; UL julgue entre mim e ti.
6 Ao que disse Abro’han a Sorai: Eis que tua serva está nas tuas mãos; faze-lhe co-mo bem te parecer. E Sorai maltratou-a, e ela fugiu de sua face.
7 Então o Molaok/Anjo de Ul’him, achando-a junto a uma fonte no deserto, a fonte que está no caminho de Sur,
8 perguntou-lhe: Hagar, serva de Sorai, donde vieste, e para onde vais? Respondeu ela: Da presença de Sorai, minha ama, vou fugindo.
9 Disse-lhe o Molaok/Anjo de Ul’him: Torna-te para tua ama, e humilha-te debaixo das suas mãos.
10 Disse-lhe mais o Molaok/Anjo de Ul’him: Multiplicarei sobremaneira a tua descen-dência, de modo que não será contada, por numerosa que será.
11 Disse-lhe ainda o Molaok/Anjo de Ul’him: Eis que concebeste, e terás um filho, a quem chamarás Yshma’ul/Ismael; porquanto o Criador ouviu a tua aflição.
12 Ele será como um jumento selvagem entre os homens; a sua mão será contra to-dos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos.
13 E ela chamou, o nome do Criador, que com ela falava, UL’ROI; pois disse: Não te-nho eu também olhado neste lugar para aquEle que me vê?
14 Pelo que se chamou aquele poço Beer-Laai-Roi; ele está entre Cades e Berede.
15 E Hagar deu um filho a Abro’han; e Abro’han pôs o nome de Yshma’ul/Ismael no seu filho que tivera de Hagar.
16 Ora, tinha Abro’han oitenta e seis anos, quando Hagar lhe deu Yshma’ul/Ismael.
[GN] BERESHIYT 17
1 Quando Abro’han tinha noventa e nove anos, apareceu-lhe o Criador e lhe disse: Eu sou UL SHUODDAY (o UL Todo-Poderoso); anda em minha presença, e sê perfei-to;
2 e firmarei a Minha Aliança contigo, e sobremaneira te multiplicarei.
3 Ao que Abro’han se prostrou com o rosto em terra, e o Criador falou-lhe, dizendo:
4 Quanto a mim, eis que a Minha Aliança é contigo, e serás pai de muitas nações;
5 não mais serás chamado Abro’han, mas Abrul’han será o teu nome; pois por pai de muitas nações te hei posto;
6 far-te-ei frutificar sobremaneira, e de ti farei nações, e reis sairão de ti;
7 estabelecerei a Minha Aliança contigo e com a tua descendência depois de ti em suas gerações, como pacto perpétuo, para te ser pelo Criador a ti e à tua descen-dência depois de ti.
8 Dar-te-ei a ti e à tua descendência depois de ti a terra de tuas peregrinações, to-da a terra de Kena’anu/Canaã, em perpétua possessão; e serei o seu UL.
9 Disse mais o Criador a Abrul’han: Ora, quanto a ti, guardarás a Minha Aliança, tu e a tua descendência depois de ti, nas suas gerações.
10 Este é a Minha Aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti: todo varão dentre vós, será separado e circundado
11 Circuncidar-vos-eis na carne do prepúcio; e isto será por sinal de pacto entre mim e vós.
12 À idade de oito dias, todo varão dentre vós será circuncidado, por todas as vos-sas gerações, tanto o nascido em casa como o comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que não for da tua linhagem.
13 Com efeito será circuncidado o nascido em tua casa, e o comprado por teu di-nheiro; assim estará a Minha Aliança na vossa carne como pacto perpétuo.
14 Mas o incircunciso, que não se circuncidar na carne do prepúcio, essa vida será extirpada do seu povo; violou a Minha Aliança.
15 Disse o Criador a Abrul’han: Quanto a Sorai, tua, mulher, não lhe chamarás mais Sorai, porem Soro’ah será o seu nome.
16 Abençoá-la-ei, e também dela te darei um filho; sim, abençoá-la-ei, e ela será mãe de nações; reis de povos sairão dela.
17 Ao que se prostrou Abrul’han com o rosto em terra, e riu-se, e disse no seu cora-ção: A um homem de cem anos há de nascer um filho? Dará à luz Soro’ah, que tem noventa anos?
18 Depois disse Abrul’han ao Criador: Tomara que viva Yshma’ul/Ismael diante de ti!
19 E o Criador lhe respondeu: Na verdade, Soro’ah, tua mulher, te dará à luz um fi-lho, e lhe chamarás Yatzh’aq/Isaque; com ele estabelecerei a Minha Aliança como pacto perpétuo para a sua descendência depois dele.
20 E quanto a Yshma’ul/Ismael, também te tenho ouvido; eis que o tenho abençoado, e fá-lo-ei frutificar, e multiplicá-lo-ei grandissimamente; doze príncipes gerará, e de-le farei uma grande nação.
21 O meu pacto, porém, estabelecerei com Yatzkh’aq/Isaque, que Soro’ah te dará à luz neste tempo determinado, no ano vindouro.
22 Ao acabar de falar com Abrul’han, subiu o Criador diante dele.
23 Logo tomou Abrul’han a seu filho Yshma’ul/Ismael, e a todos os nascidos na sua casa e a todos os comprados por seu dinheiro, todo varão entre os da casa de Abrul’han, e lhes circuncidou a carne do prepúcio, naquele mesmo dia, como o Cri-ador lhe ordenara.
24 Abrul’han tinha noventa e nove anos, quando lhe foi circuncidada a carne do prepúcio;
25 E Yshma’ul/Ismael, seu filho, tinha treze anos, quando lhe foi circuncidada a car-ne do prepúcio.
26 No mesmo dia foram circuncidados Abrul’han e seu filho Yshma’ul/Ismael.
27 E todos os homens da sua casa, assim os nascidos em casa, como os comprados por dinheiro ao estrangeiro, foram circuncidados com ele.
[GN] BERESHIYT 18
1 Depois apareceu o Criador a Abrul’han junto aos carvalhos de Mamre, estando ele sentado à porta da tenda, no maior calor do dia.
2 Levantando Abrul’han os olhos, olhou e eis três homens de pé em frente dele. Quando os viu, correu da porta da tenda ao seu encontro, e prostrou-se em terra,
3 e disse: Meu UL, se agora tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que não passes de teu servo.
4 Eia, traga-se um pouco d'água, e lavai os pés e recostai-vos debaixo da árvore;
5 e trarei um bocado de pão; refazei as vossas forças, e depois passareis adiante; porquanto por isso chegastes ate o vosso servo. Responderam-lhe: Faze assim co-mo disseste.
6 Abrul’han, pois, apressou-se em ir ter com Soro’ah na tenda, e disse-lhe: Amassa depressa três medidas de flor de farinha e faze bolos.
7 Em seguida correu ao gado, apanhou um bezerro tenro e bom e deu-o ao criado, que se apressou em prepará-lo.
8 Então tomou queijo fresco, e leite, e o bezerro que mandara preparar, e pôs tudo diante deles, ficando em pé ao lado deles debaixo da árvore, enquanto comiam.
9 Perguntaram-lhe eles: Onde está Soro’ah, tua mulher? Ele respondeu: Está ali na tenda.
10 E um deles lhe disse: certamente tornarei a ti no ano vindouro; e eis que Soro’ah tua mulher terá um filho. E Soro’ah estava escutando à porta da tenda, que estava atrás dele.
11 Ora, Abrul’han e Soro’ah eram já velhos, e avançados em idade; e a Soro’ah ha-via cessado o incômodo das mulheres.
12 Soro’ah então riu-se consigo, dizendo: Terei ainda deleite depois de haver enve-lhecido, sendo também o meu Maoro’eh já velho?
13 Perguntou o Criador a Abrul’han: Por que se riu Soro’ah, dizendo: É verdade que eu, que sou velha, darei à luz um filho?
14 Há, porventura, alguma coisa difícil ao Criador? Ao tempo determinado, no ano vindouro, tornarei a ti, e Soro’ah terá um filho.
15 Então Soro’ah negou, dizendo: Não me ri; porquanto ela teve medo. Ao que ele respondeu: Não é assim; porque te riste.
16 E levantaram-se aqueles homens dali e olharam para a banda de Sedoma; e Abrul’han ia com eles, para os encaminhar.
17 E disse o Criador: Ocultarei eu a Abrul’han o que faço,
18 visto que Abrul’han certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e por meio dele serão benditas todas as nações da terra?
19 Porque Eu o tenho escolhido, a fim de que ele ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o Caminho de UL, para praticarem retidão e justiça; a fim de que UL faça vir sobre Abrul’han o que a respeito dele tem falado.
20 Disse mais o Criador: Porquanto o clamor de Sedoma e Amohah se tem multipli-cado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito,
21 descerei agora, e verei se em tudo têm praticado segundo o seu clamor, que a mim tem chegado; e se não, sabê-lo-ei.
22 Então os homens, virando os seus rostos dali, foram-se em direção a Sedoma; mas Abrul’han ficou ainda em pé diante do Criador.
23 E chegando-se Abrul’han, disse: Destruirás também o justo com o ímpio?
24 Se porventura houver cinquenta justos na cidade, destruirás e não pouparás o lugar por causa dos cinquenta justos que ali estão?
25 Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio, de modo que o justo seja como o ímpio; esteja isto longe de ti. Não fará justiça o juiz de toda a ter-ra?
26 Então disse o Criador: Se eu achar em Sedoma cinquenta justos dentro da cida-de, pouparei o lugar todo por causa deles.
27 Tornou-lhe Abrul’han, dizendo: Eis que agora me atrevi a falar ao Criador, ainda que sou pó e cinza.
26 Se porventura de cinquenta justos faltarem cinco, destruirás toda a cidade por causa dos cinco? Respondeu ele: Não a destruirei, se eu achar ali quarenta e cinco.
29 Continuou Abrul’han ainda a falar-lhe, e disse: Se porventura se acharem ali qua-renta? Mais uma vez assentiu: Por causa dos quarenta não o farei.
30 Disse Abrul’han: Ora, não se ire UL, se eu ainda falar. Se porventura se acharem ali trinta? De novo assentiu: Não o farei, se achar ali trinta.
31 Tornou Abrul’han: Eis que outra vez me a atrevi a falar ao Criador. Se porventura se acharem ali vinte? Respondeu-lhe: Por causa dos vinte não a destruirei.
32 Disse ainda Abrul’han: Ora, não se ire UL, pois só mais esta vez falarei. Se por-ventura se acharem ali dez? Ainda assentiu o Criador: Por causa dos dez não a des-truirei.
33 E foi-se o Criador, logo que acabou de falar com Abrul’han; e Abrul’han voltou para o seu lugar.
[GN] BERESHIYT 19
1 À tarde chegaram os dois Molaok’him/Anjos a Sedoma. Lot estava sentado à porta de Sedoma e, vendo-os, levantou-se para os receber; prostrou-se com o rosto em terra,
2 e disse: Eis agora, meus amos, entrai, peço-vos em casa de vosso servo, e passai nela a noite, e lavai os pés; de madrugada vos levantareis e ireis vosso caminho. Responderam eles: Não; antes na praça passaremos a noite.
3 Entretanto, Lot insistiu muito com eles, pelo que foram com ele e entraram em sua casa; e ele lhes deu um banquete, assando-lhes pães ázimos, e eles comeram.
4 Mas antes que se deitassem, cercaram a casa os homens da cidade, isto é, os homens de Sedoma, tanto os moços como os velhos, sim, todo o povo de todos os lados;
5 e, chamando a Lot, perguntaram-lhe: Onde estão os homens que entraram esta noite em tua casa? Traze-os cá fora a nós, para que os conheçamos.
6 Então Lot saiu-lhes à porta, fechando-a atrás de si,
7 e disse: Meus irmãos, rogo-vos que não procedais tão perversamente;
8 eis aqui, tenho duas filhas que ainda não conheceram varão; eu vo-las trarei para fora, e lhes fareis como bem vos parecer: somente nada façais a estes homens, porquanto entraram debaixo da sombra do meu telhado.
9 Eles, porém, disseram: Sai daí. Disseram mais: Esse indivíduo, como estrangeiro veio aqui habitar, e quer se arvorar em juiz! Agora te faremos mais mal a ti do que a eles. E arremessaram-se sobre o homem, isto é, sobre Lot, e aproximavam-se para arrombar a porta.
10 Aqueles homens, porém, estendendo as mãos, fizeram Lot entrar para dentro da casa, e fecharam a porta;
11 e feriram de cegueira os que estavam do lado de fora, tanto pequenos como grandes, de maneira que cansaram de procurar a porta.
12 Então disseram os homens a Lot: Tens mais alguém aqui? Teu genro, e teus fi-lhos, e tuas filhas, e todos quantos tens na cidade, tira-os para fora deste lugar;
13 porque nós vamos destruir este lugar, porquanto o seu clamor se tem avolumado diante de YAOHUH, e o Criador nos enviou a destruí-lo.
14 Tendo saído Lot, falou com seus genros, que haviam de casar com suas filhas, e disse-lhes: Levantai-vos, saí deste lugar, porque o Criador há de destruir a cidade. Mas ele pareceu aos seus genros como quem estava zombando.
15 E ao amanhecer os Molaok’him/Anjos apressavam Lot, dizendo: levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas que aqui estão, para que não pereças no castigo da cidade.
16 Ele, porém, se demorava; pelo que os homens pegaram-lhe pela mão a ele, à sua mulher, e às suas filhas, sendo-lhe misericordioso o Criador. Assim o tiraram e o pu-seram fora da cidade.
17 Quando os tinham tirado para fora, disse um deles: Escapa-te, salva tua vida; não olhes para trás de ti, nem te detenhas em toda esta planície; escapa-te lá para o monte, para que não pereças.
18 Respondeu-lhe Lot: Ah, assim não, meu Criador!
19 Eis que agora o teu servo tem achado graça aos teus olhos, e tens engrandecido a tua misericórdia que a mim me fizeste, salvando-me a vida; mas eu não posso es-capar-me para o monte; não seja caso me apanhe antes este mal, e eu morra.
20 Eis ali perto aquela cidade, para a qual eu posso fugir, e é pequena. Permite que eu me escape para lá (porventura não é pequena?), e viverei.
21 Disse-lhe: Quanto a isso também te hei atendido, para não subverter a cidade de que acabas de falar.
22 Apressa-te, escapa-te para lá; porque nada poderei fazer enquanto não tiveres ali chegado. Por isso se chamou o nome da cidade Zoar.
23 Tinha saído o sol sobre a terra, quando Lot entrou em Zoar.
24 Então o Criador, da sua parte, fez chover do céu enxofre e fogo sobre Sedoma e Amohah.
25 E subverteu aquelas cidades e toda a planície, e todos os moradores das cida-des, e o que nascia da terra.
26 Mas a mulher de Lot olhou para trás e ficou convertida em uma estátua de sal.
27 E Abrul’han levantou-se de madrugada, e foi ao lugar onde estivera em pé diante de YAOHUH;
28 e, contemplando Sedoma e Amohah e toda a terra da planície, viu que subia da terra fumaça como a de uma fornalha.
29 Ora, aconteceu que, destruindo o Criador as cidades da planície, lembrou-se de Abrul’han, e tirou Lot do meio da destruição, ao subverter aquelas cidades em que Lot habitara.
30 E subiu Lot de Zoar, e habitou no monte, e as suas duas filhas com ele; porque temia habitar em Zoar; e habitou numa caverna, ele e as suas duas filhas.
31 Então a primogênita disse à menor: Nosso pai é já velho, e não há varão na terra que entre a nós, segundo o costume de toda a terra;
32 vem, demos a nosso pai vinho a beber, e deitemo-nos com ele, para que conser-vemos a descendência de nosso pai.
33 Deram, pois, a seu pai vinho a beber naquela noite; e, entrando a primogênita, deitou-se com seu pai; e não percebeu ele quando ela se deitou, nem quando se le-vantou.
34 No dia seguinte disse a primogênita à menor: Eis que eu ontem à noite me deitei com meu pai; demos-lhe vinho a beber também esta noite; e então, entrando tu, dei-ta-te com ele, para que conservemos a descendência de nosso pai.
35 Tornaram, pois, a dar a seu pai vinho a beber também naquela noite; e, levantan-do-se a menor, deitou-se com ele; e não percebeu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou.
36 Assim as duas filhas de Lot conceberam de seu pai.
37 A primogênita deu a luz a um filho, e chamou-lhe Moab; este é o pai dos moabitas de hoje.
38 A menor também deu à luz um filho, e chamou-lhe Ben-Ami; este é o pai dos amonitas de hoje.
[Gn] BERESHIYT 20
1 Partiu Abrul’han dali para a terra do Negev, e habitou entre Cades e Sur; e pere-grinou em Guerar.
2 E havendo Abrul’han dito de Soro’ah, sua mulher: É minha irmã; enviou Ab’melech, rei de Guerar, e tomou a Soro’ah.
3 UL, porém, veio a Ab’melech, em sonhos, de noite, e disse-lhe: Eis que estás para morrer por causa da mulher que tomaste; porque ela tem marido.
4 Ora, Ab’melech ainda não se havia chegado a ela: perguntou, pois: Criador mata-rás porventura também uma nação justa?
5 Não me disse ele mesmo: É minha irmã? e ela mesma me disse: Ele é meu irmão; na sinceridade do meu coração e na inocência das minhas mãos fiz isto.
6 Ao que o Criador lhe respondeu em sonhos: Bem sei eu que na sinceridade do teu coração fizeste isto; e também eu te tenho impedido de pecar contra mim; por isso não te permiti tocá-la;
7 agora, pois, restitui a mulher a seu marido, porque ele é profeta, e intercederá por ti, e viverás; se, porém, não lha restituíres, sabe que certamente morrerás, tu e tudo o que é teu.
8 Levantou-se Ab’melech de manhã cedo e, chamando a todos os seus servos, fa-lou-lhes aos ouvidos todas estas palavras; e os homens temeram muito.
9 Então chamou Ab’melech a Abrul’han e lhe perguntou: Que é que nos fizeste? e em que pequei contra ti, para trazeres sobre mim o sobre o meu reino tamanho pe-cado? Tu me fizeste o que não se deve fazer.
10 Perguntou mais Ab’melech a Abrul’han: Com que intenção fizeste isto?
11 Respondeu Abrul’han: Porque pensei: Certamente não há temor do Criador neste lugar; matar-me-ão por causa da minha mulher.
12 Além disso ela é realmente minha irmã, filha de meu pai, ainda que não de minha mãe; e veio a ser minha mulher.
13 Quando o Criador me fez sair errante da casa de meu pai, eu lhe disse a ela: Esta é a graça que me farás: em todo lugar aonde formos, dize de mim: Ele é meu irmão.
14 Então tomou Ab’melech ovelhas e bois, e servos e servas, e os deu a Abrul’han; e lhe restituiu Soro’ah, sua mulher;
15 e disse-lhe Ab’melech: Eis que a minha terra está diante de ti; habita onde bem te parecer.
16 E a Soro’ah disse: Eis que tenho dado a teu irmão mil moedas de prata; isso te se-ja por véu dos olhos a todos os que estão contigo; e perante todos estás reabilitada.
17 Orou Abrul’han ao Criador, e o Criador sarou Ab’melech, e a sua mulher e as su-as servas; de maneira que tiveram filhos;
18 porque o Criador havia fechado totalmente todas as madres da casa de Ab’melech, por causa de Soro’ah, mulher de Abrul’han.
[GN] BERESHIYT 21
1 O Criador visitou a Soro’ah, como tinha dito, e lhe fez como havia prometido.
2 Soro’ah concebeu, e deu a Abrul’han um filho na sua velhice, ao tempo determi-nado, de que o Criador lhe falara;
3 e, Abrul’han pôs no filho que lhe nascera, que Soro’ah lhe dera, o nome de Yatzh’aq/Isaque.
4 E Abrul’han circuncidou a seu filho Yatzh’aq/Isaque, quando tinha oito dias, con-forme o Criador lhe ordenara.
5 Ora, Abrul’han tinha cem anos, quando lhe nasceu Yatzh’aq/Isaque, seu filho.
6 Pelo que disse Soro’ah: o Criador preparou riso para mim; todo aquele que o ouvir, se rirá comigo.
7 E acrescentou: Quem diria a Abrul’han que Soro’ah havia de amamentar filhos? no entanto lhe dei um filho na sua velhice.
8 cresceu o menino, e foi desmamado; e Abrul’han fez um grande banquete no dia em que Yatzh’aq/ Isaque foi desmamado.
9 Ora, Soro’ah viu brincando o filho de Hagar, a egípcia, que esta dera à luz a Abrul’han.
10 Pelo que disse a Abrul’han: Deita fora esta serva e o seu filho; porque o filho des-ta serva não será herdeiro com meu filho, com Yatzh’aq/Isaque.
11 Pareceu isto bem duro aos olhos de Abrul’han, por causa de seu filho.
12 o Criador, porém, disse a Abrul’han: Não pareça isso duro aos teus olhos por causa do moço e por causa da tua serva; em tudo o que Soro’ah te diz, ouve a sua voz; porque em Yatzh’aq/Isaque será chamada a tua descendência.
13 Mas também do filho desta serva farei uma nação, porquanto ele é da tua linha-gem.
14 Então se levantou Abrul’han de manhã cedo e, tomando pão e um odre de água, os deu a Hagar, pondo-os sobre o ombro dela; também lhe deu o menino e despe-diu-a; e ela partiu e foi andando errante pelo deserto de Beer’Sheva.
15 E consumida a água do odre, Hagar deitou o menino debaixo de um dos arbustos,
16 e foi assentar-se em frente dele, a boa distância, como a de um tiro de arco; por-que dizia: Que não veja eu morrer o menino. Assim sentada em frente dele, levantou a sua voz e chorou.
17 Mas o Criador ouviu a voz do menino; e o Molaok/Anjo de Ul’him, bradando a Ha-gar desde o céu, disse-lhe: Que tens, Hagar? não temas, porque o Criador ouviu a voz do menino desde o lugar onde está.
18 Ergue-te, levanta o menino e toma-o pela mão, porque dele farei uma grande na-ção.
19 E abriu-lhe o Criador os olhos, e ela viu um poço; e foi encher de água o odre e deu de beber ao menino.
20 o Criador estava com o menino, que cresceu e, morando no deserto, tornou-se flecheiro.
21 Ele habitou no deserto de Paran; e sua mãe tomou-lhe uma mulher da terra do Egypto.
22 Naquele mesmo tempo Ab’melech, com Ficol, o chefe do seu exército, falou a Abrul’han, dizendo: o Criador é contigo em tudo o que fazes;
23 agora, pois, jura-me aqui pelo Criador que não te haverás falsamente comigo, nem com meu filho, nem com o filho do meu filho; mas segundo a beneficência que te fiz, me farás a mim, e à terra onde peregrinaste.
24 Respondeu Abrul’han: Eu jurarei.
25 Abrul’han, porém, repreendeu a Ab’melech, por causa de um poço de água, que os servos de Ab’melech haviam tomado à força.
26 Respondeu-lhe Ab’melech: Não sei quem fez isso; nem tu mo fizeste saber, nem tampouco ouvi eu falar nisso, senão hoje.
27 Tomou, pois, Abrul’han ovelhas e bois, e os deu a Ab’melech; assim fizeram en-tre, si um pacto.
28 Pôs Abrul’han, porém, à parte sete cordeiras do rebanho.
29 E perguntou Ab’melech a Abrul’han: Que significam estas sete cordeiras que pu-seste à parte?
30 Respondeu Abrul’han: Estas sete cordeiras receberás da minha mão para que me sirvam de testemunho de que eu cavei este poço.
31 Pelo que chamou aquele lugar Beer’Sheva, porque ali os dois juraram.
32 Assim fizeram uma pacto em Beer’Sheva. Depois se levantaram Ab’melech e Fi-col, o chefe do seu exército, e tornaram para a terra dos filisteus.
33 Abrul’han plantou uma tamargueira em Beer’Sheva, e invocou ali o nome do Cri-ador, o UL eterno.
34 E peregrinou Abrul’han na terra dos filisteus muitos dias.
[GN] BERESHIYT 22
1 Sucedeu, depois destas coisas, que o Criador provou a Abrul’han, dizendo-lhe: Abrul’han! E este respondeu: Eis-me aqui.
2 Prosseguiu o Criador: Toma agora teu filho; o teu único filho, Yatzh’aq/Isaque, a quem amas; vai à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um dos mon-tes que te hei de mostrar.
3 Levantou-se, pois, Abrul’han de manhã cedo, albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Yatzh’aq/Isaque, seu filho; e, tendo cortado lenha pa-ra o holocausto, partiu para ir ao lugar que o Criador lhe dissera.
4 Ao terceiro dia levantou Abrul’han os olhos, e viu o lugar de longe.
5 E disse Abrul’han a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o mancebo iremos até lá; depois de adorarmos, voltaremos a vós.
6 Tomou, pois, Abrul’han a lenha do holocausto e a pôs sobre Yatzh’aq/Isaque, seu filho; tomou também na mão o fogo e o cutelo, e foram caminhando juntos.
7 Então disse Yatzh’aq/Isaque a Abrul’han, seu pai: Meu pai! Respondeu Abrul’han: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Yatzh’aq/Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas on-de está o cordeiro para o holocausto?
8 Respondeu Abrul’han: o Criador proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. E os dois iam caminhando juntos.
9 Havendo eles chegado ao lugar que o Criador lhe dissera, edificou Abrul’han ali o altar e pôs a lenha em ordem; o amarrou, a Yatzh’aq/Isaque, seu filho, e o deitou so-bre o altar em cima da lenha.
10 E, estendendo a mão, pegou no cutelo para imolar a seu filho.
11 Mas o Molaok/Anjo de Ul’him lhe bradou desde o céu, e disse: Abrul’han, Abrul’ han! Ele respondeu: Eis-me aqui.
12 Então disse o Molaok/Anjo: Não estendas a mão sobre o mancebo, e não lhe fa-ças nada; porquanto agora sei que temes ao Criador, visto que não me negaste teu filho, o teu único filho.
13 Nisso levantou Abrul’han os olhos e olhou, e eis atrás de si um carneiro embara-çado pelos chifres no mato; e foi Abrul’han, tomou o carneiro e o ofereceu em holo-causto em lugar de seu filho.
14 Pelo que chamou Abrul’han àquele lugar UL-YR’RÊ; donde se diz até o dia de ho-je: No monte do Criador se proverá.
15 Então o Molaok/Anjo de Ul’him bradou a Abrul’han pela segunda vez desde o céu,
16 e disse: Por mim mesmo jurei, diz o Criador, porquanto fizeste isto, e não me ne-gaste teu filho, o teu único filho,
17 que deveras te abençoarei, e grandemente multiplicarei a tua descendência, como as estrelas do céu e como a areia que está na praia do mar; e a tua descen-dência possuirá a porta dos seus inimigos;
18 e em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz.
19 Então voltou Abrul’han aos seus moços e, levantando-se, foram juntos a Beer’ Sheva; e Abrul’han habitou em Beer’Sheva.
20 Depois destas coisas anunciaram a Abrul’han, dizendo: Eis que também Milca tem dado à luz filhos a Naohr, teu irmão:
21 Uz o seu primogênito, e Buz seu irmão, e Quemu’ul, pai de Aran,
22 e Quesede, Hazo, Pildas, Yidlaf e Betu’ul.
23 E Betu’ul gerou a Ro’evka/Rebeca. Esses oito deu à luz Milca a Naohr, irmão de Abrul’han.
24 E a sua concubina, que se chamava Reumah, também deu à luz a Teba, Gaon, Taas e Maacah.
[GN] BERESHIYT 23
1 Ora, os anos da vida de Soro’ah foram cento e vinte e sete.
2 E morreu Soro’ah em Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra de Kena’anu/Canaã; e veio Abrul’han lamentá-la e chorar por ela:
3 Depois se levantou Abrul’han de diante do seu morto, e falou aos filhos de Hete, dizendo:
4 Estrangeiro e peregrino sou eu entre vós; dai-me o direito de um lugar de sepultu-ra entre vós, para que eu sepulte o meu morto, removendo-o de diante da minha fa-ce.
5 Responderam-lhe os filhos de Hete:
6 Ouve-nos; príncipe do Criador és tu entre nós; enterra o teu morto na mais esco-lhida de nossas sepulturas; nenhum de nós te vedará a sua sepultura, para enterra-res o teu morto.
7 Então se levantou Abrul’han e, inclinando-se diante do povo da terra, diante dos fi-lhos de Hete,
8 falou-lhes, dizendo: Se é de vossa vontade que eu sepulte o meu morto de diante de minha face, ouvi-me e intercedei por mim junto a Efron, filho de Zoar,
9 para que ele me dê a cova de Macpela, que possui no fim do seu campo; que ma dê pelo devido preço em posse de sepulcro no meio de vós.
10 Ora, Efron estava sentado no meio dos filhos de Hete; e respondeu Efron, o he-teu, a Abrul’han, aos ouvidos dos filhos de Hete, isto é, de todos os que entravam pe-la porta da sua cidade, dizendo:
11 Não, meu Maoro’eh (mestre); ouve-me. O campo te dou, também te dou a cova que nele está; na presença dos filhos do meu povo te dou; sepulta o teu morto.
12 Então Abrul’han se inclinou diante do povo da terra,
13 e falou a Efron, aos ouvidos do povo da terra, dizendo: Se te agrada, peço-te que me ouças. Darei o preço do campo; toma-o de mim, e sepultarei ali o meu morto.
14 Respondeu Efron a Abrul’han:
15 Meu Maoro’eh (mestre), ouve-me. Um terreno do valor de quatrocentos siclos de prata! que é isto entre mim e ti? Sepulta, pois, o teu morto.
16 E Abrul’han ouviu a Efron, e pesou-lhe a prata de que este tinha falado aos ouvi-dos dos filhos de Hete, quatrocentos siclos de prata, moeda corrente entre os mer-cadores.
17 Assim o campo de Efron, que estava em Macpela, em frente de Mamre, o campo e a cova que nele estava, e todo o arvoredo que havia nele, por todos os seus limi-tes ao redor, se confirmaram
18 a Abrul’han em possessão na presença dos filhos de Hete, isto é, de todos os que entravam pela porta da sua cidade.
19 Depois sepultou Abrul’han a Soro’ah sua mulher na cova do campo de Macpela, em frente de Mamre, que é Hebrom, na terra de Kena’anu/Canaã.
20 Assim o campo e a cova que nele estava foram confirmados a Abrul’han pelos fi-lhos de Hete em possessão de sepultura.
[GN] BERESHIYT 24
1 Ora, Abrul’han era já velho e de idade avançada; e em tudo o Criador o havia abençoado.
2 E disse Abrul’han ao seu servo, o mais antigo da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía: Põe a tua mão debaixo da minha coxa,
3 para que eu te faça jurar pelo Criador, o UL do céu e da terra, que não tomarás para meu filho mulher dentre as filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito;
4 mas que irás à minha terra e à minha parentela, e dali tomarás mulher para meu filho Yatzh’aq.
5 Perguntou-lhe o servo: Se porventura a mulher não quiser seguir-me a esta terra, farei, então, tornar teu filho à terra donde saíste?
6 Respondeu-lhe Abrul’han: Guarda-te de fazeres tornar para lá meu filho.
7 UL, o Criador do céu, que me tirou da casa de meu pai e da terra da minha paren-tela, e que me falou, e que me jurou, dizendo: À tua o semente darei esta terra; ele enviará o seu Molaok/Anjo diante de si, para que tomes de lá mulher para meu filho.
8 Se a mulher, porém, não quiser seguir-te, serás livre deste meu juramento; somen-te não farás meu filho tornar para lá.
9 Então pôs o servo a sua mão debaixo da coxa de Abrul’han seu Maoro’eh (amo), e jurou-lhe sobre este negócio.
10 Tomou, pois, o servo dez dos camelos do seu amo, porquanto todos os bens de seu amo estavam em sua mão; e, partindo, foi para a Mesopotâmia, à cidade de Na-ohr.
11 Fez ajoelhar os camelos fora da cidade, junto ao poço de água, pela tarde, à ho-ra em que as mulheres saíam a tirar água.
12 E disse: Ó UL, o Criador de meu Maoro’eh (amo) Abrul’han, dá-me hoje, peço-te, bom êxito, e usa de benevolência para com o meu Maoro’eh (amo) Abrul’han.
13 Eis que eu estou em pé junto à fonte, e as filhas dos homens desta cidade vêm saindo para tirar água;
14 faze, pois, que a donzela a quem eu disser: Abaixa o teu cântaro, peço-te, para que eu beba; e ela responder: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos; se-ja aquela que designaste para o teu servo Yatzh’aq/Isaque. Assim conhecerei que usaste de benevolência para com o meu Criador.
15 Antes que ele acabasse de falar, eis que Ro’evka/Rebeca, filha de Betu’ul, filho de Milca, mulher de Naohr, irmão de Abrul’han, saía com o seu cântaro sobre o om-bro.
16 A donzela era muito formosa à vista, virgem, a quem varão não havia conhecido; ela desceu à fonte, encheu o seu cântaro e subiu.
17 Então o servo correu-lhe ao encontro, e disse: Deixa-me beber, peço-te, um pou-co de água do teu cântaro.
18 Respondeu ela: Bebe, meu Criador. Então com presteza abaixou o seu cântaro sobre a mão e deu-lhe de beber.
19 E quando acabou de lhe dar de beber, disse: Tirarei também água para os teus camelos, até que acabem de beber.
20 Também com presteza despejou o seu cântaro no bebedouro e, correndo outra vez ao poço, tirou água para todos os camelos dele.
21 E o homem a contemplava atentamente, em silêncio, para saber se o Criador ha-via tornado próspera a sua jornada, ou não.
22 Depois que os camelos acabaram de beber, tomou o homem um pendente de ou-ro, de meio siclo de peso, e duas pulseiras para as mãos dela, do peso de dez siclos de ouro;
23 e perguntou: De quem és filha? dize-mo, peço-te. Há lugar em casa de teu pai pa-ra nós pousarmos?
24 Ela lhe respondeu: Eu sou filha de Betu’ul, filho de Milca, o qual ela deu a Naohr.
25 Disse-lhe mais: Temos palha e forragem bastante, e lugar para pousar.
26 Então inclinou-se o homem e adorou ao Criador;
27 e disse: Bendito seja UL, o Criador, de meu Maoro’eh (amo) Abrul’han, que não retirou do meu Maoro’eh (amo) a sua benevolência e a sua verdade; quanto a mim, o Criador me guiou no caminho à casa dos irmãos de meu Maoro’eh (amo).
28 A donzela correu, e relatou estas coisas aos da casa de sua mãe.
29 Ora, Ro’evka/Rebeca tinha um irmão, cujo nome era Lavan/Labão, o qual saiu correndo ao encontro daquele homem até a fonte;
30 porquanto tinha visto o pendente, e as pulseiras sobre as mãos de sua irmã, e ouvido as palavras de sua irmã Ro’evka/Rebeca, que dizia: Assim me falou aquele homem; e foi ter com o homem, que estava em pé junto aos camelos ao lado da fon-te.
31 E disse: Entra, bendito de UL; por que estás aqui fora? pois eu já preparei a casa, e lugar para os camelos.
32 Então veio o homem à casa, e desarreou os camelos; deram palha e forragem para os camelos e água para lavar os pés dele e dos homens que estavam com ele.
33 Depois puseram comida diante dele. Ele, porém, disse: Não comerei, até que te-nha exposto a minha incumbência. Respondeu-lhe Lavan/Labão: Fala.
34 Então disse: Eu sou o servo de Abrul’han.
35 O Criador tem abençoado muito ao meu Maoro’eh (amo), o qual se tem engran-decido; deu-lhe rebanhos e gado, prata e ouro, escravos e escravas, camelos e ju-mentos.
36 E Soro’ah, a mulher do meu Maoro’eh (amo), mesmo depois de velha deu um filho a meu Maoro’eh (amo); e o pai lhe deu todos os seus bens.
37 Ora, o meu Maoro’eh me fez jurar, dizendo: Não tomarás mulher para meu filho das filhas dos cananeus, em cuja terra habito;
38 irás, porém, à casa de meu pai, e à minha parentela, e tomarás mulher para meu filho.
39 Então respondi ao meu Maoro’eh (mestre): Porventura não me seguirá a mulher.
40 Ao que ele me disse: O Criador, em cuja presença tenho andado, enviará o seu Molaok/Anjo contigo, e prosperará o teu caminho; e da minha parentela e da casa de meu pai tomarás mulher para meu filho;
41 então serás livre do meu juramento, quando chegares à minha parentela; e se não te derem, livre serás do meu juramento.
42 E hoje cheguei à fonte, e disse: Criador, o UL de meu Maoro’eh (amo)Abrul’han, se é que agora prosperas o meu caminho, o qual venho seguindo,
43 eis que estou junto à fonte; faze, pois, que a donzela que sair para tirar água, a quem eu disser: Dá-me, peço-te, de beber um pouco de água do teu cântaro,
44 e ela me responder: Bebe tu, e também tirarei água para os teus camelos; seja a mulher que o Criador designou para o filho de meu Maoro’eh (amo).
45 Ora, antes que eu acabasse de falar no meu coração, eis que Ro’evka/Rebeca saía com o seu cântaro sobre o ombro, desceu à fonte e tirou água; e eu lhe disse: Dá-me de beber, peço-te.
46 E ela, com presteza, abaixou o seu cântaro do ombro, e disse: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos; assim bebi, e ela deu também de beber aos came-los.
47 Então lhe perguntei: De quem és filha? E ela disse: Filha de Betu’ul, filho de Na-ohr, que Milca lhe deu. Então eu lhe pus o pendente no nariz e as pulseiras sobre as mãos;
48 e, inclinando-me, adorei e bendisse ao Criador, o UL do meu Maoro’eh (amo) Abrul’han, que me havia conduzido pelo caminho direito para tomar para seu filho a filha do irmão do meu Criador.
49 Agora, pois, se vós haveis de usar de benevolência e de verdade para com o meu Criador, declarai-mo; e se não, também mo declarai, para que eu vá ou para a direi-ta ou para a esquerda.
50 Então responderam Lavan/Labão e Betu’ul: Do Criador procede este negócio; nós não podemos falar-te mal ou bem.
51 Eis que Ro’evka/Rebeca está diante de ti, toma-a e vai-te; seja ela a mulher do fi-lho de teu Criador, como tem dito o Criador.
52 Quando o servo de Abrul’han ouviu as palavras deles, prostrou-se em terra dian-te de YAOHUH:
53 e tirou o servo jóias de prata, e jóias de ouro, e vestidos, e deu-os a Ro’e-vka/Rebeca; também deu coisas preciosas a seu irmão e a sua mãe.
54 Então comeram e beberam, ele e os homens que com ele estavam, e passaram a noite. Quando se levantaram de manhã, disse o servo: Deixai-me ir ao meu Maoro’eh (amo).
55 Disseram o irmão e a mãe da donzela: Fique ela conosco alguns dias, pelo menos dez dias; e depois irá.
56 Ele, porém, lhes respondeu: Não me detenhas, visto que o Criador me tem pros-perado o caminho; deixai-me partir, para que eu volte a meu Maoro’eh (amo).
57 Disseram-lhe: chamaremos a donzela, e perguntaremos a ela mesma.
58 Chamaram, pois, a Ro’evka/Rebeca, e lhe perguntaram: Irás tu com este homem; Respondeu ela: Irei.
59 Então despediram a Ro’evka/Rebeca, sua irmã, e à sua ama e ao servo de Abrul’ han e a seus homens;
60 e abençoaram a Ro’evka/Rebeca, e disseram-lhe: Irmã nossa, sê tu a mãe de mi-lhares de miríades, e possua a tua descendência a porta de seus aborrecedores!
61 Assim Ro’evka/Rebeca se levantou com as suas moças e, montando nos came-los, seguiram o homem; e o servo, tomando a Ro’evka/Rebeca, partiu.
62 Ora, Yatzh’aq/Isaque tinha vindo do caminho de Beer-Laai-Roi; pois habitava na terra do Negev.
63 Saíra Yatzh’aq/Isaque ao campo à tarde, para meditar; e levantando os olhos, viu, e eis que vinham camelos.
64 Ro’evka/Rebeca também levantou os olhos e, vendo a Yatzh’aq/Isaque, saltou do camelo
65 e perguntou ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso en-contro? respondeu o servo: É meu Maoro’eh (amo). Então ela tomou o véu e se co-briu.
66 Depois o servo contou a Yatzh’aq/Isaque tudo o que fizera.
67 Yatzh’aq/Isaque, pois, trouxe Ro’evka/Rebeca para a tenda de Soro’ah, sua mãe; tomou-a e ela lhe foi por mulher; e ele a amou. Assim Yatzh’aq/Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe.
[GN] BERESHIYT 25
1 Ora, Abrul’han tomou outra mulher, que se chamava Quetura.
2 Ela lhe deu à luz a Zinran, Yocsan, Medan, Midian, Isbaque e Suah.
3 Yocsan gerou a Sheva e Dedan. Os filhos de Dedan foram Assurim, Letusim e Leumim.
4 Os filhos de Midian foram Efah, Efer, Hanoque, Abidá e Uldah; todos estes foram fi-lhos de Quetura.
5 Abrul’han, porém, deu tudo quanto possuía a Yatzkh’aq/Isaque;
6 no entanto aos filhos das concubinas que Abrul’han tinha, deu ele dádivas; e, ain-da em vida, os separou de seu filho Yatzh’aq/Isaque, enviando-os ao Oriente, para a terra oriental.
7 Estes, pois, são os dias dos anos da vida de Abrul’han, que ele viveu: cento e se-tenta e, cinco anos.
8 E Abrul’han expirou, morrendo em boa velhice, velho e cheio de dias; e foi con-gregado ao seu povo.
9-10 Então Yatzh’aq/Isaque e Yshma’ul/Ismael, seus filhos, o sepultaram na cova de Macpela, no campo de Efron, filho de Zoar, o heteu, que estava em frente de Mamre, o campo que Abrul’han comprara aos filhos de Hete. Ali foi sepultado Abrul’han, e Soro’ah, sua mulher.
11 Depois da morte de Abrul’han, o Criador abençoou a Yatzh’aq/Isaque, seu filho; e habitava Yatzh’aq/Isaque junto a Beer-Laai-Roi.
12 Estas são as gerações de Yshma’ul/Ismael, filho de Abrul’han, que Hagar, a egíp-cia, serva de Soro’ah, lhe deu;
13 e estes são os nomes dos filhos de Yshma’ul/Ismael pela sua ordem, segundo as suas gerações: o primogênito de Yshma’ul/Ismael era Nebaiote, depois Quedar, Awod’ul, Mibson,
14 Misma, Dumah, Massah,
15 Hadad, Tema, Yetur, Nafis e Quedemah.
16 Estes são os filhos de Yshma’ul/Ismael, e estes são os seus nomes pelas suas vi-las e pelos seus acampamentos: doze príncipes segundo as suas tribos.
17 E estes são os anos da vida de Yshma’ul/Ismael, cento e trinta e sete anos; e ele expirou e, morrendo, foi congregado ao seu povo.
18 Eles então habitaram desde Havilah até Sur, que está em frente do Egypto, como quem vai em direção da Assíria; assim Yshma’ul/Ismael se estabeleceu diante da fa-ce de todos os seus irmãos.
19 E estas são as gerações de Yatzh’aq/Isaque, filho de Abrul’han: Abrul’han gerou a Yatzh’aq/Isaque;
20 e Yatzh’aq/Isaque tinha quarenta anos quando tomou por mulher a Ro’evka/Re-beca, filha de Betu’ul, arameu de Padan’Aran, e irmã de Lavan/Labão, arameu.
21 Ora, Yatzh’aq/Isaque orou insistentemente ao Criador por sua mulher, porquanto ela era estéril; e o Criador ouviu as suas orações, e Ro’evka/Rebeca, sua mulher, concebeu.
22 E os filhos lutavam no ventre dela; então ela disse: Por que estou eu assim? E foi consultar ao Criador.
23 Respondeu-lhe o Criador: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividi-rão das tuas estranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o mais ve-lho servirá ao mais moço.
24 Cumpridos que foram os dias para ela dar à luz, eis que havia gêmeos no seu ventre.
25 Saiu o primeiro, ruivo, todo ele como um vestido de pelo; e chamaram-lhe Es-sav/Esaú.
26 Depois saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Essav/Esaú; pelo que foi chamado Yah’kof/Jacó. E Yatzh’aq/Isaque tinha sessenta anos quando Ro’evka/ Rebeca os deu à luz.
27 Cresceram os meninos; e Essav/Esaú tornou-se perito caçador, homem do cam-po; mas Yah’kof/Jacó, homem sossegado, que habitava em tendas.
28 Yatzh’aq/Isaque amava a Essav/Esaú, porque comia da sua caça; mas Ro’evka/ Rebeca amava a Yah’kof/Jacó.
29-30 Yah’kof/Jacó havia feito um guisado, quando Essav/Esaú chegou do campo, muito cansado; e disse Essav/Esaú a Yah’kof/Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou muito cansado. Por isso se chamou Edon.
31 Respondeu Yah’kof/Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura.
32 Então replicou Essav/Esaú: Eis que estou a ponto e morrer; logo, para que me servirá o direito de primogenitura?
33 Ao que disse Yah’kof/Jacó: Jura-me primeiro. Jurou-lhe, pois; e vendeu o seu di-reito de primogenitura a Yah’kof/Jacó.
34 Yah’kof/Jacó deu a Essav/Esaú pão e o guisado e lentilhas; e ele comeu e bebeu; e, levantando-se, seguiu seu caminho. Assim desprezou Essav/Esaú o seu direito de primogenitura.
[GN] BERESHIYT 26
1 Sobreveio à terra uma fome, além da primeira, que ocorreu nos dias de Abrul’han. Por isso foi Yatzh’aq/Isaque a Ab’melech, rei dos filisteus, em Guerar.
2 E apareceu-lhe o Criador e disse: Não desças ao Egypto; habita na terra que eu te disser;
3 peregrina nesta terra, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti, e aos que des-cenderem de ti, darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que fiz a Abrul’han teu pai;
4 e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu, e lhe darei todas es-tas terras; e por meio dela serão benditas todas as nações da terra;
5 porquanto Abrul’han obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.
6 Assim habitou Yatzh’aq/Isaque em Guerar.
7 Então os homens do lugar perguntaram-lhe acerca de sua mulher, e ele respon-deu: É minha irmã; porque temia dizer: É minha mulher; para que porventura, dizia ele, não me matassem os homens daquele lugar por amor de Ro’evka/Rebeca; por-que era ela formosa à vista.
8 Ora, depois que ele se demorara ali muito tempo, Ab’melech, rei dos filisteus, olhou por uma janela, e viu, e eis que Yatzh’aq/Isaque estava brincando com Ro’evka/Re-beca, sua mulher.
9 Então chamou Ab’melech a Yatzh’aq/Isaque, e disse: Eis que na verdade é tua mu-lher; como pois disseste: E minha irmã? Respondeu-lhe Yatzh’aq/Isaque: Porque eu dizia: Para que eu porventura não morra por sua causa.
10 Replicou Ab’melech: Que é isso que nos fizeste? Facilmente se teria deitado al-guém deste povo com tua mulher, e tu terias trazido culpa sobre nós.
11 E Ab’melech ordenou a todo o povo, dizendo: Qualquer que tocar neste homem ou em sua mulher, certamente morrerá.
12 Yatzh’aq semeou naquela terra, e no mesmo ano colheu o cêntuplo; e o Criador o abençoou.
13 E engrandeceu-se o homem; e foi-se enriquecendo até que se tornou mui pode-roso;
14 e tinha possessões de rebanhos e de gado, e muita gente de serviço; de modo que os filisteus o invejavam.
15 Ora, todos os poços, que os servos de seu pai tinham cavado nos dias de seu pai Abrul’han, os filisteus entulharam e encheram de terra.
16 E Ab’melech disse a Yatzh’aq/Isaque: Aparta-te de nós; porque muito mais pode-roso te tens feito do que nós.
17 Então Yatzh’aq/Isaque partiu dali e, acampando no vale de Guerar, lá habitou.
18 E Yatzh’aq/Isaque tornou a cavar os poços que se haviam cavado nos dias de Abrul’han seu pai, pois os filisteus os haviam entulhado depois da morte de Abrul’ han; e deu-lhes os nomes que seu pai lhes dera.
19 Cavaram, pois, os servos de Yatzh’aq/Isaque naquele vale, e acharam ali um po-ço de águas vivas.
20 E os pastores de Guerar contenderam com os pastores de Yatzh’aq/Isaque, di-zendo: Esta água é nossa. E ele chamou ao poço Eseque (poço da Discussão), por-que contenderam com ele.
21 Então cavaram outro poço, pelo qual também contenderam; por isso chamou-lhe Sitna (poço da Desavença).
22 E partiu dali, e cavou ainda outro poço; por este não contenderam; pelo que chamou-lhe Reobote (poço da Largueza), dizendo: Pois agora o Criador nos deu largueza, e havemos de crescer na terra.
23 Depois subiu dali a Beer’Sheva.
24 E apareceu-lhe o Criador na mesma noite e disse: Eu sou o UL de Abrul’han, teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e te abençoarei e multiplicarei a tua des-cendência por amor do meu servo Abrul’han.
25 Yatzh’aq/Isaque, pois, edificou ali um altar e invocou o nome do Criador; então armou ali a sua tenda, e os seus servos cavaram um poço.
26 Então Ab’melech veio a ele de Guerar, com Auzate, seu amigo, e Ficol, o chefe do seu exército.
27 E perguntou-lhes Yatzh’aq/Isaque: Por que viestes ter comigo, visto que me odi-ais, e me repelistes de vós?
28 Responderam eles: Temos visto claramente que o Criador é contigo, pelo que dissemos: Haja agora juramento entre nós, entre nós e ti; e façamos um pacto con-tigo,
29 que não nos farás mal, assim como nós não te havemos tocado, e te fizemos so-mente o bem, e te deixamos ir em paz. Agora tu és o bendito do Criador.
30 Então Yatzh’aq/Isaque lhes deu um banquete, e comeram e beberam.
31 E levantaram-se de manhã cedo e juraram de parte a parte; depois Yatzh’aq/Isa-que os despediu, e eles se despediram dele em paz.
32 Nesse mesmo dia vieram os servos de Yatzh’aq/Isaque e deram-lhe notícias acerca do poço que haviam cavado, dizendo-lhe: Temos achado água.
33 E ele chamou o poço Sheva; por isso é o nome da cidade Beer’Sheva até o dia de hoje.
34 Ora, quando Essav/Esaú tinha quarenta anos, tomou por mulher a Yudite, filha de Beeri, o heteu e a Basemat, filha de Ul’on, o heteu.
35 E estas foram para Yatzh’aq e Ro’evka/Rebeca uma amargura de espírito.
[GN] BERESHIYT 26
1 Sobreveio à terra uma fome, além da primeira, que ocorreu nos dias de Abrul’han. Por isso foi Yatzh’aq/Isaque a Ab’melech, rei dos filisteus, em Guerar.
2 E apareceu-lhe o Criador e disse: Não desças ao Egypto; habita na terra que eu te disser;
3 peregrina nesta terra, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti, e aos que des-cenderem de ti, darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que fiz a Abrul’han teu pai;
4 e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu, e lhe darei todas es-tas terras; e por meio dela serão benditas todas as nações da terra;
5 porquanto Abrul’han obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.
6 Assim habitou Yatzh’aq/Isaque em Guerar.
7 Então os homens do lugar perguntaram-lhe acerca de sua mulher, e ele respon-deu: É minha irmã; porque temia dizer: É minha mulher; para que porventura, dizia ele, não me matassem os homens daquele lugar por amor de Ro’evka/Rebeca; por-que era ela formosa à vista.
8 Ora, depois que ele se demorara ali muito tempo, Ab’melech, rei dos filisteus, olhou por uma janela, e viu, e eis que Yatzh’aq/Isaque estava brincando com Ro’evka/Re-beca, sua mulher.
9 Então chamou Ab’melech a Yatzh’aq/Isaque, e disse: Eis que na verdade é tua mu-lher; como pois disseste: E minha irmã? Respondeu-lhe Yatzh’aq/Isaque: Porque eu dizia: Para que eu porventura não morra por sua causa.
10 Replicou Ab’melech: Que é isso que nos fizeste? Facilmente se teria deitado al-guém deste povo com tua mulher, e tu terias trazido culpa sobre nós.
11 E Ab’melech ordenou a todo o povo, dizendo: Qualquer que tocar neste homem ou em sua mulher, certamente morrerá.
12 Yatzh’aq semeou naquela terra, e no mesmo ano colheu o cêntuplo; e o Criador o abençoou.
13 E engrandeceu-se o homem; e foi-se enriquecendo até que se tornou mui pode-roso;
14 e tinha possessões de rebanhos e de gado, e muita gente de serviço; de modo que os filisteus o invejavam.
15 Ora, todos os poços, que os servos de seu pai tinham cavado nos dias de seu pai Abrul’han, os filisteus entulharam e encheram de terra.
16 E Ab’melech disse a Yatzh’aq/Isaque: Aparta-te de nós; porque muito mais pode-roso te tens feito do que nós.
17 Então Yatzh’aq/Isaque partiu dali e, acampando no vale de Guerar, lá habitou.
18 E Yatzh’aq/Isaque tornou a cavar os poços que se haviam cavado nos dias de Abrul’han seu pai, pois os filisteus os haviam entulhado depois da morte de Abrul’ han; e deu-lhes os nomes que seu pai lhes dera.
19 Cavaram, pois, os servos de Yatzh’aq/Isaque naquele vale, e acharam ali um po-ço de águas vivas.
20 E os pastores de Guerar contenderam com os pastores de Yatzh’aq/Isaque, di-zendo: Esta água é nossa. E ele chamou ao poço Eseque (poço da Discussão), por-que contenderam com ele.
21 Então cavaram outro poço, pelo qual também contenderam; por isso chamou-lhe Sitna (poço da Desavença).
22 E partiu dali, e cavou ainda outro poço; por este não contenderam; pelo que chamou-lhe Reobote (poço da Largueza), dizendo: Pois agora o Criador nos deu largueza, e havemos de crescer na terra.
23 Depois subiu dali a Beer’Sheva.
24 E apareceu-lhe o Criador na mesma noite e disse: Eu sou o UL de Abrul’han, teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e te abençoarei e multiplicarei a tua des-cendência por amor do meu servo Abrul’han.
25 Yatzh’aq/Isaque, pois, edificou ali um altar e invocou o nome do Criador; então armou ali a sua tenda, e os seus servos cavaram um poço.
26 Então Ab’melech veio a ele de Guerar, com Auzate, seu amigo, e Ficol, o chefe do seu exército.
27 E perguntou-lhes Yatzh’aq/Isaque: Por que viestes ter comigo, visto que me odi-ais, e me repelistes de vós?
28 Responderam eles: Temos visto claramente que o Criador é contigo, pelo que dissemos: Haja agora juramento entre nós, entre nós e ti; e façamos um pacto con-tigo,
29 que não nos farás mal, assim como nós não te havemos tocado, e te fizemos so-mente o bem, e te deixamos ir em paz. Agora tu és o bendito do Criador.
30 Então Yatzh’aq/Isaque lhes deu um banquete, e comeram e beberam.
31 E levantaram-se de manhã cedo e juraram de parte a parte; depois Yatzh’aq/Isa-que os despediu, e eles se despediram dele em paz.
32 Nesse mesmo dia vieram os servos de Yatzh’aq/Isaque e deram-lhe notícias acerca do poço que haviam cavado, dizendo-lhe: Temos achado água.
33 E ele chamou o poço Sheva; por isso é o nome da cidade Beer’Sheva até o dia de hoje.
34 Ora, quando Essav/Esaú tinha quarenta anos, tomou por mulher a Yudite, filha de Beeri, o heteu e a Basemat, filha de Ul’on, o heteu.
35 E estas foram para Yatzh’aq e Ro’evka/Rebeca uma amargura de espírito.
[GN] BERESHIYT 28
1 Yatzh’aq/Isaque, pois, chamou Yah’kof/Jacó, e o abençoou, e ordenou-lhe, dizen-do: Não tomes mulher dentre as filhas de Kena’anu/Canaã.
2 Levanta-te, vai a Padan’Aran, à casa de Betu’ul, pai de tua mãe, e toma de lá uma mulher dentre as filhas de Lavan/Labão, irmão de tua mãe.
3 o UL, Todo Poderoso te abençoe, te faça frutificar e te multiplique, para que ve-nhas a ser uma multidão de povos; seu
4 e te dê a bênção de Abrul’han, a ti e à tua descendência contigo, para que herdes a terra de tuas peregrinações, que o Criador deu a Abrul’han.
5 Assim despediu Yatzh’aq/Isaque a Yah’kof/Jacó, o qual foi a Padan’Aran, a La-van/Labão, filho de Betu’ul, arameu, irmão de Ro’evka/Rebeca, mãe de Yah’kof/Jacó e de Essav/Esaú.
6 Ora, viu Essav/Esaú que Yatzh’aq/Isaque abençoara a Yah’kof/Jacó, e o enviara a Padan’Aran, para tomar de lá mulher para si, e que, abençoando-o, lhe ordenara, dizendo: Não tomes mulher dentre as filhas de Kena’anu/Canaã,
7 e que Yah’kof/Jacó, obedecendo a seu pai e a sua mãe, fora a Padan’Aran;
8 vendo também Essav/Esaú que as filhas de Kena’anu/Canaã eram más aos olhos de Yatzh’aq/ Isaque seu pai,
9 foi-se Essav/Esaú a Yshma’ul/Ismael e, além das mulheres que já tinha, tomou por mulher a Maalate, filha de Yshma’ul/Ismael, filho de Abrul’han, irmã de Nebaiote.
10 Partiu, pois, Yah’kof/Jacó de Beer’Sheva e se foi em direção a Haran;
11 e chegou a um lugar onde passou a noite, porque o sol já se havia posto; e, to-mando uma das pedras do lugar e pondo-a debaixo da cabeça, deitou-se ali para dormir.
12 Então sonhou: estava posta sobre a terra uma escada, cujo topo chegava ao céu; e eis que os Molaok’him/Anjos do Criador subiam e desciam por ela;
13 por cima dela estava o Criador, que disse: Eu sou o Criador, o UL de Abrul’han teu pai, e o UL de Yatzh’aq/Isaque; esta terra em que estás deitado, eu a darei a ti e à tua descendência;
14 e a tua descendência será como o pó da terra; dilatar-te-ás para o ocidente, pa-ra o oriente, para o norte e para o sul; por meio de ti e da tua descendência serão benditas todas as famílias da terra.
15 Eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; pois não te deixarei até que haja cumprido aquilo de que te tenho falado.
16 Ao acordar Yah’kof/Jacó do seu sono, disse: Realmente o Criador está neste lu-gar; e eu não o sabia.
17 E temeu, e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a Casa de UL’HIM; e esta é a porta dos céus.
18 Yah’kof/Jacó levantou-se de manhã cedo, tomou a pedra que pusera debaixo da cabeça, e a pôs como coluna; e derramou-lhe azeite em cima.
19 E chamou aquele lugar Bohay’ul (Beit’ul/Betel); porém o nome da cidade antes era Luz.
20 Fez também Yah’kof/Jacó um voto, dizendo: Se o Criador for comigo e me guar-dar neste caminho que vou seguindo, e me der pão para comer e vestes para vestir,
21 de modo que eu volte em paz à casa de meu pai, e se o Criador for o meu Cria-dor,
22 então esta pedra que tenho posto como coluna será Casa de UL’HIM; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.
[GN] BERESHIYT 29
1 Então pôs-se Yah’kof/Jacó a caminho e chegou à terra dos filhos do Oriente.
2 E olhando, viu ali um poço no campo, e três rebanhos de ovelhas deitadas junto dele; pois desse poço se dava de beber aos rebanhos; e havia uma grande pedra sobre a boca do poço.
3 Ajuntavam-se ali todos os rebanhos; os pastores removiam a pedra da boca do poço, davam de beber às ovelhas e tornavam a pôr a pedra no seu lugar sobre a boca do poço.
4 Perguntou-lhes Yah’kof/Jacó: Meus irmãos, donde sois? Responderam eles: Somos de Haran.
5 Perguntou-lhes mais: Conheceis a Lavan/Labão, filho de Naohr; Responderam: Conhecemos.
6 Perguntou-lhes ainda: vai ele bem? Responderam: Vai bem; e eis ali Roqa’ul/Ra-quel, sua filha, que vem chegando com as ovelhas.
7 Disse ele: Eis que ainda vai alto o dia; não é hora de se ajuntar o gado; dai de be-ber às ovelhas, e ide apascentá-las.
8 Responderam: Não podemos, até que todos os rebanhos se ajuntem, e seja remo-vida a pedra da boca do poço; assim é que damos de beber às ovelhas.
9 Enquanto Yah’kof/Jacó ainda lhes falava, chegou Roqa’ul/Raquel com as ovelhas de seu pai; porquanto era ela quem as apascentava.
10 Quando Yah’kof/Jacó viu a Roqa’ul/Raquel, filha de Lavan/Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas de Lavan/Labão, irmão de sua mãe, chegou-se, revolveu a pedra da boca do poço e deu de beber às ovelhas de Lavan/Labão, irmão de sua mãe.
11 Então Yah’kof/Jacó beijou a Roqa’ul/Raquel e, levantando a voz, chorou.
12 E Yah’kof/Jacó anunciou a Roqa’ul/Raquel que ele era irmão de seu pai, e que era filho de Ro’evka/Re-beca. Roqa’ul/Raquel, pois foi correndo para anunciá-lo a, seu pai.
13 Quando Lavan/Labão ouviu essas novas de Yah’kof/Jacó, filho de sua irmã, cor-reu-lhe ao encontro, abraçou-o, beijou-o e o levou à sua casa. E Yah’kof/Jacó rela-tou a Lavan/Labão todas essas, coisas.
14 Disse-lhe Lavan/Labão: Verdadeiramente tu és meu osso e minha carne. E Yah’kof/Jacó ficou com ele um mês inteiro.
15 Depois perguntou Lavan/Labão a Yah’kof/Jacó: Por seres meu irmão hás de ser-vir-me de graça? Declara-me, qual será o teu salário?
16 Ora, Lavan/Labão tinha duas filhas; o nome da mais velha era Le’yah/Léia, e o da mais moça Roqa’ul/Raquel.
17 Le’yah/Léia tinha olhar terno, enquanto que Roqa’ul/Raquel era formosa de porte e de semblante.
18 Yah’kof/Jacó, porquanto amava a Roqa’ul/Raquel, disse: Sete anos te servirei pa-ra ter a Roqa’ul/Raquel, tua filha mais moça.
19 Respondeu Lavan/Labão: Melhor é que eu a dê a ti do que a outro; fica comigo.
20 Assim serviu Yah’kof/Jacó sete anos por causa de Roqa’ul/Raquel; e estes lhe pa-reciam como poucos dias, pelo muito que a amava.
21 Então Yah’kof/Jacó disse a Lavan/Labão: Dá-me minha mulher, porque o tempo já está cumprido; para que eu a tome por mulher.
22 Reuniu, pois, Lavan/Labão todos os homens do lugar, e fez um banquete.
23 À tarde tomou a Le’yah/Léia, sua filha e a trouxe a Yah’kof/Jacó, que esteve com ela.
24 E Lavan/Labão deu sua serva Zilpa por serva a Le’yah/Léia, sua filha.
25 Quando amanheceu, eis que era Le’yah/Léia; pelo que perguntou Yah’kof/Jacó a Lavan/Labão: Que é isto que me fizeste? Porventura não te servi em troca de Ro-qa’ul/Raquel? Por que, então, me enganaste?
26 Respondeu Lavan/Labão: Não se faz assim em nossa terra; não se dá a menor antes da primogênita.
27 Cumpre a semana desta; então te daremos também a outra, pelo trabalho de ou-tros sete anos que ainda me servirás.
28 Assim fez Yah’kof/Jacó, e cumpriu a semana de Le’yah/Léia; depois Lavan/Labão lhe deu por mulher sua filha Roqa’ul/Raquel.
29 E Lavan/Labão deu sua serva Bila por serva a Roqa’ul/Raquel, sua filha.
30 Então Yah’kof/Jacó esteve também com Roqa’ul/ Raquel; e amou a Ro-qa’ul/Raquel muito mais do que a Le’yah/Léia; e serviu com Lavan/Labão ainda ou-tros sete anos.
31 Viu, pois, o Criador que Le’yah/Léia era desprezada e tornou-lhe fecunda a ma-dre; Roqa’ul/Raquel, porém, era estéril.
32 E Le’yah/Léia concebeu e deu à luz um filho, a quem chamou Roul’iben/Rúben; pois disse: Porque o Criador atendeu à minha aflição; agora me amará meu marido.
33 Concebeu outra vez, e deu à luz um filho; e disse: Porquanto o Criador ouviu que eu era desprezada, deu-me também este. E lhe chamou Shami’ul/Simeão.
34 Concebeu ainda outra vez e deu à luz um filho e disse: Agora esta vez se unirá meu marido a mim, porque três filhos lhe tenho dado. Portanto lhe chamou Levih.
35 De novo concebeu e deu à luz um filho; e disse: Esta vez louvarei ao Criador. Por isso lhe chamou Yaohu’dah/Judá. E cessou de ter filhos.
[GN] BERESHIYT 30
1 Vendo Roqa’ul/Raquel que não dava filhos a Yah’kof/Jacó, teve inveja de sua irmã, e disse a Yah’kof/Jacó: Dá-me filhos, senão eu morro.
2 Então se acendeu a ira de Yah’kof/Jacó contra Roqa’ul/Raquel; e disse: Porventura estou eu no lugar do Criador que te impediu o fruto do ventre?
3 Respondeu ela: Eis aqui minha serva Bila; recebe-a por mulher, para que ela dê à luz sobre os meus joelhos, e eu deste modo tenha filhos por ela.
4 Assim lhe deu a Bila, sua serva, por mulher; e Yah’kof/Jacó a conheceu (copulou).
5 Bila concebeu e deu à luz um filho a Yah’kof/Jacó.
6 Então disse Roqa’ul/Raquel: Julgou-me o Criador; ouviu a minha voz e me deu um filho; pelo que lhe chamou Dayan/Dan.
7 E Bila, serva de Roqa’ul/Raquel, concebeu outra vez e deu à luz um segundo filho a Yah’kof/Jacó.
8 Então disse Roqa’ul/Raquel: Com grandes lutas tenho lutado com minha irmã, e tenho vencido; e chamou-lhe Neftali.
9 Também Le’yah/Léia, vendo que cessara de ter filhos, tomou a Zilpa, sua serva, e a deu a Yah’kof/Ja-có por mulher.
10 E Zilpa, serva de Le’yah/Léia, deu à luz um filho a Yah’kof/Jacó.
11 Então disse Le’yah/Léia: Afortunada! e chamou-lhe Ga’old/Gade.
12 Depois Zilpa, serva de Le’yah/Léia, deu à luz um segundo filho a Yah’kof/Jacó.
13 Então disse Le’yah/Léia: Feliz sou eu! porque as filhas me chamarão feliz; e cha-mou-lhe Oshor/Aser.
14 Ora, saiu Roul’iben/Rúben nos dias da ceifa do trigo e achou mandrágoras no campo, e as trouxe a Le’yah/Léia, sua mãe. Então disse Roqa’ul/Raquel a Le’yah/ Léia: Dá-me, peço, das mandrágoras de teu filho.
15 Ao que lhe respondeu Le’yah/Léia: É já pouco que me hajas tirado meu marido? queres tirar também as mandrágoras de meu filho? Prosseguiu Roqa’ul/Ra-quel: Por isso ele se deitará contigo esta noite pelas mandrágoras de teu filho.
16 Quando, pois, Yah’kof/Jacó veio à tarde do campo, saiu-lhe Le’yah/Léia ao en-contro e disse: Hás de estar comigo, porque certamente te aluguei pelas mandrágo-ras de meu filho. E com ela deitou-se Yah’kof/Jacó aquela noite.
17 E ouviu o Criador a Le’yah/Léia, e ela concebeu e deu a Yah’kof/Jacó um quinto filho.
18 Então disse Le’yah/Léia: o Criador me tem dado o meu galardão, porquanto dei minha serva a meu marido. E chamou ao filho Ishochar/Issacar.
19 Concebendo Le’yah outra vez, deu a Yah’kof/Jacó um sexto filho;
20 e disse: o Criador me deu um excelente dote; agora morará comigo meu marido, porque lhe tenho dado seis filhos. E chamou-lhe Zabulon.
21 Depois disto deu à luz uma filha, e chamou-lhe Dinah.
22 Também lembrou-se o Criador de Roqa’ul/Raquel, ouviu-a e a tornou fecunda.
23 De modo que ela concebeu e deu à luz um filho, e disse: Tirou-me o Criador o opróbrio.
24 E chamou-lhe Yao’saf/José, dizendo: Acrescente-me o Criador ainda outro filho.
25 Depois que Roqa’ul/Raquel deu à luz a Yao’saf/ José, disse Yah’kof/Jacó a La-van/Labão: Despede-me a fim de que eu vá para meu lugar e para minha terra.
26 Dá-me as minhas mulheres, e os meus filhos, pelas quais te tenho servido, e dei-xa-me ir; pois tu sabes o serviço que te prestei.
27 Lavan/Labão lhe respondeu: Se tenho achado graça aos teus olhos, fica comigo; pois tenho percebido que o Criador me abençoou por amor de ti.
28 E disse mais: Determina-me o teu salário, que to darei.
29 Ao que lhe respondeu Yah’kof/Jacó: Tu sabes como te hei servido, e como tem passado o teu gado comigo.
30 Porque o pouco que tinhas antes da minha vinda tem se multiplicado abundan-temente; e o Criador te tem abençoado por onde quer que eu fui. Agora, pois, quan-do hei de trabalhar também por minha casa?
31 Insistiu Lavan/Labão: Que te darei? Então respondeu Yah’kof/Jacó: Não me darás nada; tornarei a apascentar e a guardar o teu rebanho se me fizeres isto:
32 Passarei hoje por todo o teu rebanho, separando dele todos os salpicados e ma-lhados, e todos os escuros entre as ovelhas, e os malhados e salpicados entre as cabras; e isto será o meu salário.
33 De modo que responderá por mim a minha justiça no dia de amanhã, quando vie-res ver o meu salário assim exposto diante de ti: tudo o que não for salpicado e ma-lhado entre as cabras e escuro entre as ovelhas, esse, se for achado comigo, será tido por furtado.
34 Concordou Lavan/Labão, dizendo: Seja conforme a tua palavra.
35 E separou naquele mesmo dia os bodes listrados e malhados e todas as cabras salpicadas e malhadas, tudo em que havia algum branco, e todos os escuros entre os cordeiros e os deu nas mãos de seus filhos;
36 e pôs três dias de caminho entre si e Yah’kof/Jacó; e Yah’kof/Jacó apascentava o restante dos rebanhos de Lavan/Labão.
37 Então tomou Yah’kof/Jacó varas verdes de estoraque, de amendoeira e de pláta-no e, descascando nelas riscas brancas, descobriu o branco que nelas havia;
38 e as varas que descascara pôs em frente dos rebanhos, nos cochos, isto é, nos bebedouros, onde os rebanhos bebiam; e conceberam quando vinham beber.
39 Os rebanhos concebiam diante das varas, e as ovelhas davam crias listradas, salpicadas e malhadas.
40 Então separou Yah’kof/Jacó os cordeiros, e fez os rebanhos olhar para os listra-dos e para todos os escuros no rebanho de Lavan/Labão; e pôs seu rebanho à par-te, e não pôs com o rebanho de Lavan.
41 e todas as vezes que concebiam as ovelhas fortes, punha Yah’kof/Jacó as varas nos bebedouros, diante dos olhos do rebanho, para que concebessem diante das varas;
42 mas quando era fraco o rebanho, ele não as punha. Assim as fracas eram de La-van/Labão, e as fortes de Yah’kof/Jacó.
43 E o homem se enriqueceu sobremaneira, e teve grandes rebanhos, servas e ser-vos, camelos e jumentos.
[GN] BERESHIYT 31
1 Yah’kof/Jacó, entretanto, ouviu as palavras dos filhos de Lavan/Labão, que diziam: Yah’kof/Jacó tem levado tudo o que era de nosso pai, e do que era de nosso pai ad-quiriu ele todas estas, riquezas.
2 Viu também Yah’kof/Jacó o rosto de Lavan/Labão, e eis que não era para com ele como dantes.
3 Disse o Criador, então, a Yah’kof/Jacó: Volta para a terra de teus pais e para a tua parentela; e Eu serei contigo.
4 Pelo que Yah’kof/Jacó mandou chamar a Roqa’ul/ Raquel e a Le’yah/Léia ao cam-po, onde estava o seu rebanho,
5 e lhes disse: vejo que o rosto de vosso pai para comigo não é como anteriormente; porém o UL de meu pai tem estado comigo.
6 Ora, vós mesmas sabeis que com todas as minhas forças tenho servido a vosso pai.
7 Mas vosso pai me tem enganado, e dez vezes mudou o meu salário; o Criador, po-rém, não lhe permitiu que me fizesse mal.
8 Quando ele dizia assim: Os salpicados serão o teu salário; então todo o rebanho dava salpicados. E quando ele dizia assim: Os listrados serão o teu salário, então todo o rebanho dava listrados.
9 De modo que o Criador tem tirado o gado de vosso pai, e mo tem dado a mim.
10 Pois sucedeu que, ao tempo em que o rebanho concebia, levantei os olhos e num sonho vi que os bodes que cobriam o rebanho eram listrados, salpicados e malha-dos.
11 Disse-me o Molaok/Anjo de Ul’him no sonho: Yah’kof/Jacó! Eu respondi: Eis-me aqui.
12 Prosseguiu o Molaok/Anjo: Levanta os teus olhos e vê que todos os bodes que cobrem o rebanho são listrados, salpicados e malhados; porque tenho visto tudo o que Lavan/Labão te vem fazendo.
13 Eu sou o UL de Bohay’ul (Beit’ul/Betel), onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto; levanta-te, pois, sai-te desta terra e volta para a terra da tua parentela.
14 Então lhe responderam Roqa’ul/Raquel e Le’yah/ Léia: Temos nós ainda parte ou herança na casa de nosso pai?
15 Não somos tidas por ele como estrangeiras? pois nos vendeu, e consumiu todo o nosso preço.
16 Toda a riqueza que o Criador tirou de nosso pai é nossa e de nossos filhos; por-tanto, faze tudo o que o Criador te mandou.
17 Levantou-se, pois, Yah’kof/Jacó e fez montar seus filhos e suas mulheres sobre os camelos;
18 e levou todo o seu gado, e toda a sua fazenda, que havia adquirido, o gado que possuía, que havia adquirido em Padan’Aran, a fim de ir ter com Yatzkh’aq/Isaque, seu pai, à terra de Kena’anu.
19 Ora, tendo Lavan/Labão ido tosquiar as suas ovelhas, Roqa’ul/Raquel furtou os ídolos que pertenciam a seu pai.
20 Yah’kof/Jacó iludiu a Lavan/Labão, o arameu, não lhe fazendo saber que fugia;
21 e fugiu com tudo o que era seu; e, levantando-se, passou o Rio, e foi em direção à montanha de Gaul’iod/Gileade.
22 Ao terceiro dia foi Lavan/Labão avisado de que Yah’kof/Jacó havia fugido.
23 Então, tomando consigo seus irmãos, seguiu atrás de Yah’kof/Jacó jornada de sete dias; e alcançou-o na montanha de Gaul’iod/Gileade.
24 Mas o Criador apareceu de noite em sonho a Lavan, o arameu, e disse-lhe: Guar-da-te, que não fales a Yah’kof/Jacó nem bem nem mal.
25 Alcançou, pois, Lavan/Labão a Yah’kof/Jacó. Ora, Yah’kof/Jacó tinha armado a sua tenda na montanha; armou também Lavan/Labão com os seus irmãos a sua tenda na montanha de Gaul’iod/Gileade.
26 Então disse Lavan/Labão a Yah’kof/Jacó: Que fizeste, que me iludiste e levaste minhas filhas como cativas da espada?
27 Por que fizeste ocultamente, e me iludiste e não mo fizeste saber, para que eu te enviasse com alegria e com cânticos, ao som de tambores e de harpas;
28 Por que não me permitiste beijar meus filhos e minhas filhas? Ora, assim proce-deste nesciamente.
29 Está no poder da minha mão fazer-vos o mal, mas o UL de vosso pai falou-me on-tem à noite, dizendo: Guarda-te, que não fales a Yah’kof/Jacó nem bem nem mal.
30 Mas ainda que quiseste ir embora, porquanto tinhas saudades da casa de teu pai, por que furtaste os meus ídolos?
31 Respondeu-lhe Yah’kof/Jacó: Porque tive medo; pois dizia comigo que tu me ar-rebatarias as tuas filhas.
32 Com quem achares os teus ídolos, porém, esse não viverá; diante de nossos ir-mãos descobre o que é teu do que está comigo, e leva-o contigo. Pois Yah’kof/Jacó não sabia que Roqa’ul/Raquel os tinha furtado.
33 Entrou, pois, Lavan/Labão na tenda de Yah’kof/Jacó, na tenda de Le’yah/Léia e na tenda das duas servas, e não os achou; e, saindo da tenda de Le’yah/Léia, entrou na tenda de Roqa’ul/Raquel.
34 Ora, Roqa’ul/Raquel havia tomado os ídolos e os havia metido na albarda do ca-melo, e se assentara em cima deles. Lavan/Labão apalpou toda a tenda, mas não os achou.
35 E ela disse a seu pai: Não se acenda a ira nos olhos de meu Criador, por eu não me poder levantar na tua presença, pois estou com o incômodo das mulheres. As-sim ele procurou, mas não achou os ídolos.
36 Então irou-se Yah’kof/Jacó e contendeu com Lavan/Labão, dizendo: Qual é a mi-nha transgressão? qual é o meu pecado, que tão furiosamente me tens perseguido?
37 Depois de teres apalpado todos os meus móveis, que achaste de todos os móveis da tua casar. Põe-no aqui diante de meus irmãos e de teus irmãos, para que eles julguem entre nós ambos.
38 Estes vinte anos estive eu contigo; as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca abor-taram, e não comi os carneiros do teu rebanho.
39 Não te trouxe eu o despedaçado; eu sofri o dano; da minha mão requerias tanto o furtado de dia como o furtado de noite.
40 Assim andava eu; de dia me consumia o calor, e de noite a geada; e o sono me fugia dos olhos.
41 Estive vinte anos em tua casa; catorze anos te servi por tuas duas filhas, e seis anos por teu rebanho; dez vezes mudaste o meu salário.
42 Se o UL de meu pai, o UL de Abrul’han e o Temor de Yatzh’aq/Isaque não fora por mim, certamente hoje me mandarias embora vazio. Mas o Criador tem visto a minha aflição e o trabalho das minhas mãos, e repreendeu-te ontem à noite.
43 Respondeu-lhe Lavan/Labão: Estas filhas são minhas filhas, e estes filhos são meus filhos, e este rebanho é meu rebanho, e tudo o que vês é meu; e que farei hoje a estas minhas filhas, ou aos filhos que elas tiveram?
44 Agora pois vem, e façamos um pacto, eu e tu; e sirva ele de testemunha entre mim e ti.
45 Então tomou Yah’kof/Jacó uma pedra, e a erigiu como coluna.
46 E disse a seus irmãos: Ajuntai pedras. Tomaram, pois, pedras e fizeram um mon-tão, e ali junto ao montão comeram.
47 Lavan/Labão lhe chamou Yeger-Saaduta, e Yah’kof/Jacó chamou-lhe Galeede.
48 Disse, pois, Lavan/Labão: Este montão é hoje testemunha entre mim e ti. Por isso foi chamado Galeede;
49 e também Mizpah, porquanto disse: Vigie o Criador entre mim e ti, quando esti-vermos apartados um do outro.
50 Se afligires as minhas filhas, e se tomares outras mulheres além das minhas fi-lhas, embora ninguém esteja conosco, lembra-te de que o Criador é testemunha en-tre mim e ti.
51 Disse ainda Lavan/Labão a Yah’kof/Jacó: Eis aqui este montão, e eis aqui a colu-na que levantei entre mim e ti.
52 Seja este montão testemunha, e seja esta coluna testemunha de que, para mal, nem passarei eu deste montão a ti, nem passarás tu deste montão e desta coluna a mim.
53 O UL de Abrul’han e o UL de Naohr, o UL do pai deles, julgue entre nós. E jurou Yah’kof/Jacó pelo Temor de seu pai Yatzh’aq/Isaque.
54 Então Yah’kof/Jacó ofereceu um sacrifício na montanha, e convidou seus irmãos para comerem pão; e, tendo comido, passaram a noite na montanha.
55 Levantou-se Lavan/Labão de manhã cedo, beijou seus filhos e suas filhas e os abençoou; e, partindo, voltou para o seu lugar.
[GN] BERESHIYT 32
1 Yah’kof/Jacó também seguiu o seu caminho; e encontraram-no os Molaok’ him/Anjos do Criador.
2 Quando Yah’kof/Jacó os viu, disse: Este é o exército do Criador. E chamou àquele lugar Maanaim.
3 Então enviou Yah’kof/Jacó mensageiros diante de si a Essav/Esaú, seu irmão, à terra de Seir, o território de Edon,
4 tendo-lhes ordenado: Deste modo falareis a meu Criador Essav/Esaú: Assim diz Yah’kof/Jacó, teu servo: Como peregrino morei com Lavan/Labão, e com ele fiquei até agora;
5 e tenho bois e jumentos, rebanhos, servos e servas; e mando comunicar isso a meu Criador, para achar graça aos teus olhos.
6 Depois os mensageiros voltaram a Yah’kof/Jacó, dizendo: Fomos ter com teu ir-mão Essav/Esaú; e, em verdade, vem ele para encontrar-te, e quatrocentos homens com ele.
7 Yah’kof/Jacó teve muito medo e ficou aflito; dividiu em dois bandos o povo que es-tava com ele, bem como os rebanhos, os bois e os camelos;
8 pois dizia: Se Essav/Esaú vier a um bando e o ferir, o outro bando escapará.
9 Disse mais Yah’kof: Óh Criador, o UL do meu avô Abrul’han e Criador do meu pai Yatzh’aq, óh UL, o Criador que me disseste tu mesmo para voltar à terra dos meus parentes e me garantiste que me farias bem!
10 Não sou digno da menor de todas as tuas beneficências e de toda a fidelidade que tens usado para com teu servo; porque com o meu cajado passei este Yardayan (o rio), e agora volto em dois bandos.
11 Livra-me, peço-te, da mão de meu irmão, da mão de Essav/Esaú, porque eu o te-mo; acaso não venha ele matar-me, e a mãe com os filhos.
12 Pois tu mesmo disseste: Certamente te farei bem, e farei a tua descendência como a areia do mar, que pela multidão não se pode contar.
13 Passou ali aquela noite; e do que tinha tomou um presente para seu irmão Es-sav/Esaú:
14 duzentas cabras e vinte bodes, duzentas ovelhas e vinte carneiros,
15 trinta camelas de leite com suas crias, quarenta vacas e dez touros, vinte jumen-tas e dez jumentinhos.
16 Então os entregou nas mãos dos seus servos, cada manada em separado; e dis-se a seus servos: Passai adiante de mim e ponde espaço entre manada e manada.
17 E ordenou ao primeiro, dizendo: Quando Essav/ Esaú, meu irmão, te encontrar e te perguntar: De quem és, e para onde vais, e de quem são estes diante de ti?
18 Então responderás: São de teu servo Yah’kof/Jacó, presente que envia a meu Criador, a Essav/Esaú, e eis que ele vem também atrás de nos.
19 Ordenou igualmente ao segundo, e ao terceiro, e a todos os que vinham atrás das manadas, dizendo: Desta maneira falareis a Essav/Esaú quando o achardes.
20 E direis também: Eis que o teu servo Yah’kof/Jacó vem atrás de nós. Porque dizia: Aplacá-lo-ei com o presente, que vai adiante de mim, e depois verei a sua face; por-ventura ele me aceitará.
21 Foi, pois, o presente adiante dele; ele, porém, passou aquela noite no arraial.
22 Naquela mesma noite levantou-se e, tomando suas duas mulheres, suas duas servas e seus onze filhos, passou o vau de Yaboque.
23 Tomou-os, e fê-los passar o ribeiro, e fez passar tudo o que tinha.
24 Yah’kof/Jacó, porém, ficou só; e lutava com ele um HOMEM até o romper do dia.
25 Quando Este viu que não prevalecia contra ele, tocou-lhe a juntura da coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Yah’kof/Jacó, enquanto lutava com ele.
26 Disse o HOMEM: Deixa-me ir, porque já vem rompendo o dia. Yah’kof/Jacó, porém, respondeu: Não te deixarei ir, se me não abençoares.
27 Perguntou-lhe, pois: Qual é o teu nome? E ele respondeu: Yah’kof/Jacó.
28 Então disse: Não te chamarás mais Yah’kof/Jacó, mas Yaoshor’ul/Israel; porque tens lutado com o Criador e com os homens e tens prevalecido.
29 Perguntou-lhe Yah’kof/Jacó: Dize-me, peço-te, o teu nome. Respondeu o homem: Por que perguntas pelo meu Nome? E ali o abençoou.
30 Pelo que Yah’kof chamou ao lugar Phani’ul/Peniel, dizendo: Porque tenho visto UL [Ul-Ul’lhe-Yaoshor’ul – a Face de UL, o Criador de Yaoshor’ul] face a face, e a minha vida foi preservada.
31 E nascia o sol, quando ele passou de Phani’ul/ Peniel; e coxeava de uma perna.
32 Por isso os filhos de Yaoshor’ul/Israel não comem até o dia de hoje o nervo do quadril, que está sobre a juntura da coxa, porquanto o HOMEM tocou a juntura da coxa de Yah’kof/Jacó no nervo do quadril.
[GN] BERESHIYT 33
1 Levantou Yah’kof/Jacó os olhos, e olhou, e eis que vinha Essav/Esaú, e quatrocen-tos homens com ele. Então repartiu os filhos entre Le’yah, e Roqa’ul, e as duas ser-vas.
2 Pôs as servas e seus filhos na frente, Le’yah/Léia e seus filhos atrás destes, e Ro-qa’ul/Raquel e Yao’saf/José por últimos.
3 Mas ele mesmo passou adiante deles, e inclinou-se em terra sete vezes, até che-gar perto de seu irmão.
4 Então Essav/Esaú correu-lhe ao encontro, abraçou-o, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou; e eles choraram.
5 E levantando Essav/Esaú os olhos, viu as mulheres e os meninos, e perguntou: Quem são estes contigo? Respondeu-lhe Yah’kof/Jacó: Os filhos que o Criador bon-dosamente tem dado a teu servo.
6 Então chegaram-se as servas, elas e seus filhos, e inclinaram-se.
7 Chegaram-se também Le’yah/Léia e seus filhos, e inclinaram-se; depois chega-ram-se Yao’saf/José e Roqa’ul/Raquel e se inclinaram.
8 Perguntou Essav/Esaú: Que queres dizer com todo este bando que tenho encon-trado? Respondeu Yah’kof/Jacó: Para achar graça aos olhos de meu UL.
9 Mas Essav/Esaú disse: Tenho bastante, meu irmão; seja teu o que tens.
10 Replicou-lhe Yah’kof/Jacó: Não, mas se agora tenho achado graça aos teus olhos, aceita o presente da minha mão; porquanto tenho visto o teu rosto, como se tivesse visto o rosto do Criador, e tu te agradaste de mim.
11 Aceita, peço-te, o meu presente, que eu te trouxe; porque o Criador tem sido bondoso para comigo, e porque tenho de tudo. E insistiu com ele, e ele o aceitou.
12 Então Essav/Esaú disse: Ponhamo-nos a caminho e vamos; eu irei adiante de ti.
13 Respondeu-lhe Yah’kof/Jacó: Meu Criador sabe que estes filhos são tenros, e que tenho comigo ovelhas e vacas de leite; se forem obrigadas a caminhar demais por um só dia, todo o rebanho morrerá.
14 Passe o meu Maoro’eh adiante de seu servo; e eu seguirei, conduzindo-os cal-mamente, conforme o passo do gado que está diante de mim, e conforme o passo dos meninos, até que chegue a meu Criador em Seir.
15 Ao que disse Essav/Esaú: Permite ao menos que eu deixe contigo alguns da mi-nha gente. Replicou Yah’kof/Jacó: Para que? Basta que eu ache graça aos olhos de meu Criador.
16 Assim tornou Essav/Esaú aquele dia pelo seu ca-minho em direção a Seir.
17 Yah’kof/Jacó, porém, partiu para Sukkos, e edificou para si uma casa, e fez bar-racas para o seu gado; por isso o lugar se chama Sukkos.
18 Depois chegou Yah’kof/Jacó em paz à cidade de She’hem, que está na terra de Kena’anu/Canaã, quando veio de Padan’Aran; e armou a sua tenda diante da cida-de.
19 E comprou a parte do campo, em que estendera a sua tenda, dos filhos de Ha-mor, pai de She’hem, por cem peças de dinheiro.
20 Então levantou ali um altar, e chamou-lhe o UL’ULHIM-YAOSHOR’UL/Ul’him, o Cri-ador de Yaoshor’ul.
[GN] BERESHIYT 34
1 Dinah, filha de Le’yah/Léia, que esta tivera de Yah’kof/Jacó, saiu para ver as filhas da terra.
2 Viu-a She’hem, filho de Hamor o heveu, príncipe da terra; e, tomando-a, deitou-se com ela e humilhou-a.
3 Assim se apegou a sua vida a Dinah, filha de Yah’kof/Jacó, e, amando a donzela, falou-lhe afetuosamente.
4 Então disse She’hem a Hamor seu pai: Consegue-me esta donzela por mulher.
5 Ora, Yah’kof/Jacó ouviu que She’hem havia contaminado a Dinah sua filha. Entre-tanto, estando seus filhos no campo com o gado, calou-se Yah’kof/ Jacó até que vi-essem.
6 Hamor, pai de She’hem, saiu a fim de falar com Yah’kof/Jacó.
7 Os filhos de Yah’kof/Jacó, pois, vieram do campo logo que souberam do caso; e entristeceram-se e iraram-se muito, porque She’hem havia cometido uma insensa-tez em Yaoshor’ul, deitando-se com a filha de Yah’kof/Jacó, coisa que não se devia fazer.
8 Então falou Hamor com eles, dizendo: A vida de meu filho She’hem afeiçoou-se fortemente a vossa filha; dai-lha, peço-vos, por mulher.
9 Também aparentai-vos conosco; dai-nos as vossas filhas e recebei as nossas.
10 Assim habitareis conosco; a terra estará diante de vós; habitai e negociai nela, e nela adquiri propriedades.
11 Depois disse She’hem ao pai e aos irmãos dela: Ache eu graça aos vossos olhos, e darei o que me disserdes;
12 exigi de mim o que quiserdes em dote e presentes, e darei o que me pedirdes; somente dai-me a donzela por mulher.
13 Então os filhos de Yah’kof/Jacó, respondendo, falaram enganosamente a She’hem e a Hamor, seu pai, porque She’hem havia contaminado a Dinah, sua irmã,
14 e lhes disseram: Não podemos fazer p isto, dar a nossa irmã a um homem incir-cunciso; porque isso seria uma vergonha para nós.
15 Sob esta única condição consentiremos; se vos tornardes como nós, circunci-dando-se todo varão entre vós;
16 então vos daremos nossas filhas a vós, e receberemos vossas filhas para nós; assim habitaremos convosco e nos tornaremos um só povo.
17 Mas se não nos ouvirdes, e não vos circuncidardes, levaremos nossa filha e nos iremos embora.
18 E suas palavras agradaram a Hamor e a She’hem, seu filho.
19 Não tardou, pois, o mancebo em fazer isso, porque se agradava da filha de Yah’kof/Jacó. Era ele o mais honrado de toda a casa de seu pai.
20 Vieram, pois, Hamor e She’hem, seu filho, à porta da sua cidade, e falaram aos homens da cidade, dizendo:
21 Estes homens são pacíficos para conosco; portanto habitem na terra e negociem nela, pois é bastante espaçosa para eles. Recebamos por mulheres as suas filhas, e lhes demos as nossas.
22 Mas sob uma única condição é que consentirão aqueles homens em habitar co-nosco para nos tornarmos um só povo: se todo varão entre nós se circuncidar, co-mo eles são circuncidados.
23 O seu gado, as suas aquisições, e todos os seus animais, não serão nossos? con-sintamos somente com eles, e habitarão conosco.
24 E deram ouvidos a Hamor e a She’hem, seu filho, todos os que saíam da porta da cidade; e foi circuncidado todo varão, todos os que saíam pela porta da sua cidade.
25 Ao terceiro dia, quando os homens estavam doridos, dois filhos de Yah’kof/Jacó, Shami’ul/Simeão e Levih, irmãos de Dinah, tomaram cada um a sua espada, entra-ram na cidade com toda a segurança e mataram todo varão.
26 Mataram também ao fio da espada a Hamor e a She’hem, seu filho; e, tirando Di-nah da casa de She’hem, saíram.
27 Vieram os filhos de Yah’kof/Jacó aos mortos e saquearam a cidade; porquanto haviam contaminado a sua irmã.
28 Tomaram-lhes os rebanhos, os bois, os jumentos, e o que havia tanto na cidade como no campo;
29 e todos os seus bens, e todos os seus pequeninos, e as suas mulheres, levaram por presa; e despojando as casas, levaram tudo o que havia nelas.
30 Então disse Yah’kof/Jacó a Shami’ul/Simeão e a Levih: Tendes-me perturbado, fa-zendo-me odioso aos habitantes da terra, aos cananeus e perizeus. Tendo eu pouca gente, eles se ajuntarão e me ferirão; e serei destruído, eu com minha casa.
31 Ao que responderam: Devia ele tratar a nossa irmã como a uma prostituta?
[GN] BERESHIYT 35
1 Depois disse o Criador a Yah’kof/Jacó: Levanta-te, sobe a Bohay’ul (Beit’ul/Betel) e habita ali; e faze ali um altar ao UL que te apareceu quando fugias da face de Es-sav/Esaú, teu irmão.
2 Então disse Yah’kof/Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os ídolos estranhos que há no meio de vós, e purificai-vos e mudai as vossas vestes.
3 Levantemo-nos, e subamos a Bohay’ul; ali farei um altar ao UL que me respondeu no dia da minha angústia, e que foi comigo no caminho por onde andei.
4 Entregaram, pois, a Yah’kof/Jacó todos os ídolos estranhos, que tinham nas mãos, e as arrecadas que pendiam das suas orelhas; e Yah’kof/Jacó os esco ndeu debaixo do carvalho que está junto a She’hem.
5 Então partiram; e o terror do Criador sobreveio às cidades que lhes estavam ao redor, de modo que não perseguiram os filhos de Yah’kof/Jacó.
6 Assim chegou Yah’kof/Jacó à Luz, que está na terra de Kena’anu/Canaã (esta é Bohay’ul - Beit’ul/ Betel), ele e todo o povo que estava com ele.
7 Edificou ali um altar, e chamou ao lugar UL Bohay’ul (Morada de UL/Beit’ul/Betel); porque ali o Criador se lhe tinha manifestado quando fugia da face de seu irmão.
8 Morreu Débora, a ama de Ro’evka/Rebeca, e foi sepultada ao pé de Bohay’ul (Beit’ul/Betel), debaixo do carvalho, ao qual se chamou Alom-Bahut.
9 Apareceu o Criador outra vez a Yah’kof/Jacó, quando ele voltou de Padan’Aran, e o abençoou.
10 E disse-lhe o Criador: O teu nome é Yah’kof/Jacó; não te chamarás mais Yah’ kof/Jacó, mas Yaoshor’ul/Israel será o teu nome. Chamou-lhe Yaoshor’ul.
11 Disse-lhe mais: Eu sou o UL, Todo Poderoso; frutifica e multiplica-te; uma nação, sim, uma multidão de nações sairá de ti, e reis procederão dos teus lombos;
12 a terra que dei a Abrul’han e a Yatzh’aq/Isaque, a ti a darei; também à tua des-cendência depois de ti a darei.
13 E o Criador subiu dele, do lugar onde lhe falara.
14 Então Yah’kof/Jacó erigiu uma coluna no lugar onde o Criador lhe falara, uma co-luna de pedra; e sobre ela derramou uma libação e deitou-lhe também azeite;
15 e Yah’kof/Jacó chamou Bohay’ul (Beit’ul/Betel) ao lugar onde o Criador lhe falara.
16 Depois partiram de Bohay’ul (Beit’ul/Betel); e, faltando ainda um trecho pequeno para chegar a Efrata (Beit’lekhem/Belém), Roqa’ul/Raquel começou a sentir dores de parto, e custou-lhe o dar à luz.
17 Quando ela estava nas dores do parto, disse-lhe a parteira: Não temas, pois ain-da terás este filho.
18 Então Roqa’ul/Raquel, ao sair-lhe a vida (porque morreu), chamou ao filho Ben’oni (filho de minha dor); mas seu pai chamou-lhe Ben’yamin (filho da felicidade).
19 Assim morreu Roqa’ul/Raquel, e foi sepultada no caminho de Efrata (esta é Beit’lekhem).
20 E Yah’kof/Jacó erigiu uma coluna sobre a sua sepultura; esta é a coluna da se-pultura de Roqa’ul/ Raquel até o dia de hoje.
21 Então partiu Yaoshor’ul, e armou a sua tenda além de Migdal-Eder (torre de Eder).
22 Quando Yaoshor’ul/Israel habitava naquela terra, foi Roul’iben/Rúben e deitou-se com Bila, concubina de seu pai; e Yaoshor’ul/Israel o soube. Eram doze os filhos de Yah’kof/Jacó:
23 Os filhos de Le’yah/Léia: Roul’iben/Rúben o primogênito de Yah’kof/Jacó, depois Shami’ul/Simeão, Levih, Yaohu’dah/Judá, Ishochar/Issacar e Zabulon;
24 os filhos de Roqa’ul: Yao’saf/José e Ben’yamin;
25 os filhos de Bila, serva de Roqa’ul/Raquel: Dayan/Dan e Neftali;
26 os filhos de Zilpa, serva de Le’yah/Léia: Ga’old/ Gade e Oshor/Aser. Estes são os filhos de Yah’kof/ Jacó, que lhe nasceram em Padan’Aran.
27 Yah’kof/Jacó veio a seu pai Yatzh’aq/Isaque, a Mamre, a Quiriate-Arba (esta é Hebrom), onde peregrinaram Abrul’han e Yatzh’aq/Isaque.
28 Foram os dias de Yatzh’aq/Isaque cento e oitenta anos;
29 e, exalando o espírito, morreu e foi congregado ao seu povo, velho e cheio de di-as; e Essav/Esaú e Yah’kof/Jacó, seus filhos, o sepultaram.
[GN] BERESHIYT 36
1 Estas são as gerações de Essav/Esaú (este é Edon/vermelho):
2 Essav/Esaú tomou dentre as filhas de Kena’anu/ Canaã suas mulheres: Ada, filha de Ul’on o heteu, e Aolibama, filha de Hannah, filha de Zibeon o heveu,
3 e Basemat, filha de Yshma’ul/Ismael, irmã de Nebaiote.
4 Ada teve de Essav/Esaú a Ulifaz, e Basemat teve a Roe’ul/Rouel; e Aolibama teve a Yeus, Yalon e Coreh; estes são os filhos de Essav/Esaú, que lhe nasceram na terra de Kena’anu/Canaã.
6 Depois Essav/Esaú tomou suas mulheres, seus filhos, suas filhas e todas as pesso-as de sua casa, seu gado, todos os seus animais e todos os seus bens, que havia adquirido na terra de Kena’anu/ Canaã, e foi-se para outra terra, apartando-se de seu irmão Yah’kof/Jacó.
7 Porque os seus bens eram abundantes demais para habitarem juntos; e a terra de suas peregrinações não os podia sustentar por causa do seu gado.
8 Portanto Essav/Esaú habitou no monte de Seir; Essav/Esaú é Edon (vermelho).
9 Estas, pois, são as gerações de Essav/Esaú, pai dos edomeus, no monte de Seir:
10 Estes são os nomes dos filhos de Essav/Esaú: Ulifaz, filho de Ada, mulher de Es-sav/Esaú; Roe’ul/ Rouel, filho de Basemat, mulher de Essav/Esaú.
11 E os filhos de Ulifaz foram: Teman, Omar, Zefoo, Gatan e Quenaz.
12 Timna era concubina de Ulifaz, filho de Essav/ Esaú, e teve de Ulifaz a Ameleq. São esses os filhos de Ada, mulher de Essav/Esaú.
13 Foram estes os filhos de Roe’ul/Rouel: Naate e Zerah, Sama e Mizah. Foram esses os filhos de Basemat, mulher de Essav/Esaú.
14 Estes foram os filhos de Aolibama, filha de Hannah, filha de Zibeon, mulher de Es-sav/Esaú: ela teve de Essav/Esaú Yeus, Yalon e Coreh.
15 São estes os chefes dos filhos de Essav/Esaú: dos filhos de Ulifaz, o primogênito de Essav/Esaú, os chefes Teman, Omar, Zefoo, Quenaz,
16 Coreh, Gatan e Ameleq. São esses os chefes que nasceram a Ulifaz na terra de Edon; esses são os filhos de Ada.
17 Estes são os filhos de Roe’ul/Rouel, filho de Essav/Esaú: os chefes Naate, Zerah, Sama e Mizah; esses são os chefes que nasceram a Roe’ul/Rouel na terra de Edon; esses são os filhos de Basemat, mulher de Essav/Esaú.
18 Estes são os filhos de Aolibama, mulher de Essav/Esaú: os chefes Yeus, Yalon e Coreh; esses são os chefes que nasceram a Libama, filha de Hannah, mulher de Es-sav/Esaú.
19 Esses são os filhos de Essav/Esaú, e esses seus príncipes: ele é Edon.
20 São estes os filhos de Seir, o horeu, moradores da terra: Lotan, Sobal, Zibeon, Anahs,
21 Dison, Eser e Disan; esses são os chefes dos horeus, filhos de Seir, na terra de Edon.
22 Os filhos de Lotan foram: Hori e Heman; e a irmã de Lotan era Timna.
23 Estes são os filhos de Sobal: Alvan, Manaate, Ebal, Sefô e Onon.
24 Estes são os filhos de Zibeon: Aias e Anahs; este é o Anahs que achou as fontes termais no deserto, quando apascentava os jumentos de Zibeon, seu pai.
25 São estes os filhos de Hannah: Dison e Aolibama, filha de Hannah.
26 São estes os filhos de Dison: Hendan, Esban, Itran e Queran.
27 Estes são os filhos de Eser: Bilan, Zaavan e Acan.
28 Estes são os filhos de Disan: Uz e Aran.
29 Estes são os chefes dos horeus: Lotan, Sobal, Zibeon, Anahs,
30 Dison, Eser e Disan; esses são os chefes dos horeus que governaram na terra de Seir.
31 São estes os reis que reinaram na terra de Edon, antes que reinasse rei algum sobre os filhos de Yaoshor’ul/Israel.
32 Reinou, pois, em Edon Belah, filho de Beor; e o nome da sua cidade era Dinabah.
33 Morreu Belah; e Yobat, filho de Zerah de Bozra, reinou em seu lugar.
34 Morreu Yobat; e Huson, da terra dos temanitas, reinou em seu lugar.
35 Morreu Huson; e em seu lugar reinou Hadad, filho de Bedade, que feriu a Midian no campo de Moab; e o nome da sua cidade era Avite.
36 Morreu Hadad; e Sâmela de Masreca reinou em seu lugar.
37 Morreu Sâmela; e Sha’ul de Reobote junto ao rio reinou em seu lugar.
38 Morreu Sha’ul; e Baal-Hanan, filho de Acbor, reinou em seu lugar.
39 Morreu Baal-Hanan, filho de Acbor; e Hadar reinou em seu lugar; e o nome da sua cidade era Paú; e o nome de sua mulher era Meetabul, filha de Matrede, filha de Me’Zaab.
40 Estes são os nomes dos chefes dos filhos de Essav/Esaú, segundo as suas famí-lias, segundo os seus lugares, pelos seus nomes: os chefes Timna, Alva, Yetete,
41 Aolibama, Ulah, Pinom,
42 Quenaz, Teman, Mibzar,
43 Magdiul e Iron; esses são os chefes de Edon, segundo as suas habitações, na ter-ra da sua possessão. Este é Essav/Esaú, pai dos edomeus.
[GN] BERESHIYT 37
1 Yah’kof/Jacó habitava na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Ke-na’anu/Canaã.
2 Estas são as gerações de Yah’kof/Jacó. Yao’saf/José, aos dezessete anos de ida-de, estava com seus irmãos apascentando os rebanhos; sendo ainda jovem, andava com os filhos de Bila, e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e Yao’saf/José trazia a seu pai más notícias a respeito deles.
3 Yaoshor’ul/Israel amava mais a Yao’saf/José do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores.
4 Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiavam-no, e não lhe podiam falar pacificamente.
5 Yao’saf/José teve um sonho, que contou a seus irmãos; por isso o odiaram ainda mais.
6 Pois ele lhes disse: Ouvi, peço-vos, este sonho que tive:
7 Estávamos nós atando molhos no campo, e eis que o meu molho, levantando-se, ficou em pé; e os vossos molhos o rodeavam, e se inclinavam ao meu molho.
8 Responderam-lhe seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por isso ainda mais o odiavam por causa dos seus sonhos e das suas palavras.
9 Teve Yao’saf/José outro sonho, e o contou a seus irmãos, dizendo: Tive ainda ou-tro sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam perante mim.
10 Quando o contou a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai, e disse-lhe: Que sonho é esse que tiveste? Porventura viremos, eu e tua mãe, e teus irmãos, a inclinar-nos com o rosto em terra diante de ti?
11 Seus irmãos, pois, o invejavam; mas seu pai guardava o caso no seu coração.
12 Ora, foram seus irmãos apascentar o rebanho de seu pai, em She’hem.
13 Disse, pois, Yaoshor’ul/Israel a Yao’saf/José: Não apascentam teus irmãos o re-banho em She’hem? Vem, e enviar-te-ei a eles. Respondeu-lhe Yao’saf/ José: Eis-me aqui.
14 Disse-lhe Yaoshor’ul/Israel: Vai, vê se vão bem teus irmãos, e o rebanho; e traze-me resposta. Assim o enviou do vale de Hebrom; e Yao’saf/José foi a She’hem.
15 E um homem encontrou a Yao’saf/José, que andava errante pelo campo, e per-guntou-lhe: Que procuras?
16 Respondeu ele: Estou procurando meus irmãos; dize-me, peço-te, onde apascen-tam eles o rebanho.
17 Disse o homem: Foram-se daqui; pois ouvi-lhes dizer: Vamos a Dotan. Yao’saf/Jo-sé, pois, seguiu seus irmãos, e os achou em Dotan.
18 Eles o viram de longe e, antes que chegasse aonde estavam, conspiraram contra ele, para o matarem,
19 dizendo uns aos outros: Eis que lá vem o sonhador!
20 Vinde pois agora, matemo-lo e lancemo-lo numa das covas; e diremos: uma bes-ta-fera o devorou. Veremos, então, o que será dos seus sonhos.
21 Mas Roul’iben/Rúben, ouvindo isso, livrou-o das mãos deles, dizendo: Não lhe ti-remos a vida.
22 Também lhes disse Roul’iben/Rúben: Não derrameis sangue; lançai-o nesta cova, que está no deserto, e não lanceis mão nele. Disse isto para livrá-lo das mãos deles, a fim de restituí-lo a seu pai.
23 Logo que Yao’saf/José chegou a seus irmãos, estes o despiram da sua túnica, a túnica de várias cores, que ele trazia;
24 e tomando-o, lançaram-no na cova; mas a cova estava vazia, não havia água ne-la.
25 Depois sentaram-se para comer; e, levantando os olhos, viram uma caravana de yshmaul’itas/is-maelitas que vinha de Gaul’iod/Gileade; nos seus camelos traziam arômatas, bálsamo e mirra, que iam levar ao Egypto.
26 Disse Yaohu’dah/Judá a seus irmãos: De que nos aproveita matar nosso irmão e encobrir o seu sangue?
27 Vinde, vendamo-lo a esses yshmaul’itas/isma-elitas, e não seja nossa mão sobre ele; porque é nosso irmão, nossa carne. E escutaram-no seus irmãos.
28 Ao passarem os negociantes yshmaul’itas (ou midianitas), tiraram Yao’saf/José, alçando-o da cova, e venderam-no por vinte siclos de prata aos yshmaul’itas/isma-elitas, os quais o levaram para o Egypto.
29 Ora, Roul’iben/Rúben voltou à cova, e eis que Yao’saf/José não estava na cova; pelo que rasgou as suas vestes
30 e, tornando a seus irmãos, disse: O menino não aparece; e eu, aonde irei?
31 Tomaram, então, a túnica de Yao’saf/José, mataram um cabrito, e tingiram a tú-nica no sangue.
32 Enviaram a túnica de várias cores, mandando levá-la a seu pai e dizer-lhe: Achamos esta túnica; vê se é a túnica de teu filho, ou não.
33 Ele a reconheceu e exclamou: A túnica de meu filho! uma besta-fera o devorou; certamente Yao’saf/José foi despedaçado.
34 Então Yah’kof/Jacó rasgou as suas vestes, e pôs saco sobre os seus lombos e lamentou seu filho por muitos dias.
35 E levantaram-se todos os seus filhos e todas as suas filhas, para o consolarem; ele, porém, recusou ser consolado, e disse: Na verdade, com choro hei de descer para meu filho até o Sheol (sepultura). Assim o chorou seu pai.
36 Os midianitas venderam Yao’saf/José no Egypto a Potifar, oficial de Faraoh, capi-tão da guarda.
[GN] BERESHIYT 38
1 Nesse tempo Yaohu’dah/Judá desceu de entre seus irmãos e entrou na casa dum adulamita, que se chamava Hira,
2 e viu Yaohu’dah/Judá ali a filha de um kena’anu, que se chamava Suah; tomou-a por mulher, e esteve com ela.
3 Ela concebeu e teve um filho, e o pai chamou-lhe Er.
4 Tornou ela a conceber e teve um filho, a quem ela chamou Onan.
5 Teve ainda mais um filho, e chamou-lhe Selah. Estava Yaohu’dah/Judá em Quezi-be, quando ela o teve.
6 Depois Yaohu’dah/Judá tomou para Er, o seu primogênito, uma mulher, por nome Tamar.
7 Ora, Er, o primogênito de Yaohu’dah/Judá, era mau aos olhos do Criador, pelo que o Criador o matou.
8 Então disse Yaohu’dah/Judá a Onan: Toma a mulher de teu irmão, e cumprindo-lhe o dever de cunhado, suscita descendência a teu irmão.
9 Onan, porém, sabia que tal descendência não havia de ser para ele; de modo que, toda vez que se unia à mulher de seu irmão, derramava o sêmen no chão para não dar descendência a seu irmão.
10 E o que ele fazia era mau aos olhos do Criador, pelo que o matou também a ele.
11 Então disse Yaohu’dah/Judá a Tamar sua nora: Conserva-te viúva em casa de teu pai, até que Selah, meu filho, venha a ser homem; porquanto disse ele: Para que porventura não morra também este, como seus irmãos. Assim se foi Tamar e morou em casa de seu pai.
12 Com o correr do tempo, morreu a filha de Suah, mulher de Yaohu’dah/Judá. De-pois de consolado, Yaohu’dah/Judá subiu a Timnate para ir ter com os tosquiadores das suas ovelhas, ele e Hira seu amigo, o adulamita.
13 E deram aviso a Tamar, dizendo: Eis que o teu sogro sobe a Timnate para tosqui-ar as suas ovelhas.
14 Então ela se despiu dos vestidos da sua viuvez e se cobriu com o véu, e assim envolvida, assentou-se à porta de Enaim que está no caminho de Timnate; porque via que Selah já era homem, e ela lhe não fora dada por mulher.
15 Ao vê-la, Yaohu’dah/Judá julgou que era uma prostituta, porque ela havia cober-to o rosto.
16 E dirigiu-se para ela no caminho, e disse: Vem, deixa-me estar contigo; porquan-to não sabia que era sua nora. Perguntou-lhe ela: Que me darás, para estares comi-go?
17 Respondeu ele: Eu te enviarei um cabrito do rebanho. Perguntou ela ainda: Dar-me-ás um penhor até que o envies?
18 Então ele respondeu: Que penhor é o que te darei? Disse ela: O teu selo com a corda, e o cajado que está em tua mão. Ele, pois, lhos deu, e esteve com ela, e ela concebeu dele.
19 E ela se levantou e se foi; tirou de si o véu e vestiu os vestidos da sua viuvez.
20 Depois Yaohu’dah/Judá enviou o cabrito por mão do seu amigo o adulamita, para receber o penhor da mão da mulher; porém ele não a encontrou.
21 Pelo que perguntou aos homens daquele lugar: Onde está a prostituta que esta-va em Enaim junto ao caminho? E disseram: Aqui não esteve prostituta alguma.
22 Voltou, pois, a Yaohu’dah/Judá e disse: Não a achei; e também os homens daque-le lugar disseram: Aqui não esteve prostituta alguma.
23 Então disse Yaohu’dah/Judá: Deixa-a ficar com o penhor, para que não caiamos em desprezo; eis que enviei este cabrito, mas tu não a achaste.
24 Passados quase três meses, disseram a Yaohu’dah/Judá: Tamar, tua nora, se prostituiu e eis que está grávida da sua prostituição. Então disse Yaohu’dah/Judá: Tirai-a para fora, e seja ela queimada.
25 Quando ela estava sendo tirada para fora, mandou dizer a seu sogro: Do homem a quem pertencem estas coisas eu concebi. Disse mais: Reconhece, peço-te, de quem são estes, o selo com o cordão, e o cajado.
26 Reconheceu-os, pois, Yaohu’dah/Judá, e disse: Ela é mais justa do que eu, por-quanto não a dei a meu filho Selah. E nunca mais a conheceu.
27 Sucedeu que, ao tempo de ela dar à luz, havia gêmeos em seu ventre;
28 e dando ela à luz, um pôs fora a mão, e a parteira tomou um fio encarnado e o atou em sua mão, dizendo: Este saiu primeiro.
29 Mas recolheu ele a mão, e eis que seu irmão saiu; pelo que ela disse: Como tens tu rompido! Portanto foi chamado Peretz/Péres; que quer dizer Brecha.
30 Depois saiu o seu irmão, em cuja mão estava o fio encarnado; e foi chamado Ze-rah; que quer dizer Luz Nascente.
[GN] BERESHIYT 39
1 Yao’saf/José foi levado ao Egypto; e Potifar, oficial de Faraoh, capitão da guarda, egípcio, comprou-o da mão dos yshmaul’itas/ismaelitas que o haviam levado para lá.
2 Mas o Criador era com Yao’saf/José, e ele tornou-se próspero; e estava na casa do seu amo, o egípcio.
3 E viu o seu amo que o Criador era com ele, e que fazia prosperar em sua mão tudo quanto ele empreendia.
4 Assim Yao’saf/José achou graça aos olhos dele, e o servia; de modo que o fez mordomo da sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha.
5 Desde que o pôs como mordomo sobre a sua casa e sobre todos os seus bens, o Criador abençoou a casa do egípcio por amor de Yao’saf/José; e a bênção do Cria-dor estava sobre tudo o que tinha, tanto na casa como no campo.
6 Potifar deixou tudo na mão de Yao’saf/José, de maneira que nada sabia do que es-tava com ele, a não ser do pão que comia. Ora, Yao’saf/José era formoso de porte e de semblante.
7 E aconteceu depois destas coisas que a mulher do seu amo pôs os olhos em Yao’saf/José, e lhe disse: Deita-te comigo.
8 Mas ele recusou, e disse à mulher do seu amo: Eis que o meu amo não sabe o que está comigo na sua casa, e entregou em minha mão tudo o que tem;
9 ele não é maior do que eu nesta casa; e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, por-quanto és sua mulher. Como, pois, posso eu cometer este grande mal, e pecar con-tra o Criador?
10 Entretanto, ela instava com Yao’saf/José dia após dia; ele, porém, não lhe dava ouvidos, para se deitar com ela, ou estar com ela.
11 Mas sucedeu, certo dia, que entrou na casa para fazer o seu serviço; e nenhum dos homens da casa estava lá dentro.
12 Então ela, pegando-o pela capa, lhe disse: Deita-te comigo! Mas ele, deixando a capa na mão dela, fugiu, escapando para fora.
13 Quando ela viu que ele deixara a capa na mão dela e fugira para fora,
14 chamou pelos homens de sua casa, e disse-lhes: Vede! meu marido trouxe-nos um hebreu para nos insultar; veio a mim para se deitar comigo, e eu gritei em alta voz;
15 e ouvindo ele que eu levantava a vos, fugiu-se pelo caminho, deixando aqui a sua capa.
16 Ela guardou a capa consigo, até que o amo dele voltou a casa.
17 Então falou-lhe conforme as mesmas palavras, dizendo: O servo hebreu, que nos trouxeste, veio a mim para me insultar;
18 mas, levantando eu a voz e gritando, ele deixou comigo a capa e fugiu para fora.
19 Tendo o seu amo ouvido as palavras de sua mulher, que lhe falava, dizendo: Des-ta maneira me fez teu servo, a sua ira se acendeu.
20 Então o amo de Yao’saf/José o tomou, e o lançou no cárcere, no lugar em que os presos do rei estavam encarcerados; e ele ficou ali no cárcere.
21 O Criador, porém, era com Yao’saf/José, estendendo sobre ele a sua benignida-de e dando-lhe graça aos olhos do carcereiro,
22 o qual entregou na mão de Yao’saf/José todos os presos que estavam no cárce-re; e era Yao’saf/José quem ordenava tudo o que se fazia ali.
23 E o carcereiro não tinha cuidado de coisa alguma que estava na mão de Yao’saf/José, porquanto o Criador era com ele, fazendo prosperar tudo quanto ele empreendia.
[GN] BERESHIYT 40
1 Depois destas coisas o copeiro do rei do Egypto e o seu padeiro ofenderam o seu amo, o rei do Egypto.
2 Pelo que se indignou Faraoh contra os seus dois oficiais, contra o copeiro-mor e contra o padeiro-mor;
3 e mandou detê-los na casa do capitão da guarda, no cárcere onde Yao’saf/José estava preso;
4 e o capitão da guarda pô-los a cargo de Yao’saf, que os servia. Assim estiveram por algum tempo em detenção.
5 Ora, tiveram ambos um sonho, cada um seu sonho na mesma noite, cada um con-forme a interpretação do seu sonho, o copeiro e o padeiro do rei do Egypto, que se achavam presos no cárcere:
6 Quando Yao’saf/José veio a eles pela manhã, viu que estavam perturbados:
7 Perguntou, pois, a esses oficiais de Faraoh, que com ele estavam no cárcere da casa de seu amo, dizendo: Por que estão os vossos semblantes tão tristes hoje?
8 Responderam-lhe: Tivemos um sonho e ninguém há que o interprete. Pelo que lhes disse Yao’saf/José: Porventura não pertencem ao Criador as interpretações? Con-tai-mo, peço-vos.
9 Então contou o copeiro-mor o seu sonho a Yao’saf/José, dizendo-lhe: Eis que em meu sonho havia uma vide diante de mim,
10 e na vide três sarmentos; e, tendo a vide brotado, saíam as suas flores, e os seus cachos produziam uvas maduras.
11 O copo de Faraoh estava na minha mão; e, tomando as uvas, eu as espremia no copo de Faraoh e entregava o copo na mão de Faraoh.
12 Então disse-lhe Yao’saf/José: Esta é a sua interpretação: Os três sarmentos são três dias;
13 dentro de três dias Faraoh levantará a tua cabeça, e te restaurará ao teu cargo; e darás o copo de Faraoh na sua mão, conforme o costume antigo, quando eras seu copeiro.
14 Mas lembra-te de mim, quando te for bem; usa, peço-te, de compaixão para co-migo e faze menção de mim ao Faraoh e tira-me desta casa;
15 porque, na verdade, fui roubado da terra dos hebreus; e aqui também nada te-nho feito para que me pusessem na masmorra.
16 Quando o padeiro-mor viu que a interpretação era boa, disse a Yao’saf/José: Eu também sonhei, e eis que três cestos de pão branco estavam sobre a minha cabe-ça.
17 E no cesto mais alto havia para o Faraoh manjares de todas as qualidades que fazem os padeiros; e as aves os comiam do cesto que estava sobre a minha cabeça.
18 Então respondeu Yao’saf/José: Esta é a interpretação do sonho: Os três cestos são três dias;
19 dentro de três dias tirará Faraoh a tua cabeça, e te pendurará num madeiro, e as aves comerão a tua carne de sobre ti.
20 E aconteceu ao terceiro dia, o dia natalício de Faraoh, que este deu um banque-te a todos os seus servos; e levantou a cabeça do copeiro-mor, e a cabeça do pa-deiro-mor no meio dos seus servos;
21 e restaurou o copeiro-mor ao seu cargo de copeiro, e este deu o copo na mão de Faraoh;
22 mas ao padeiro-mor enforcou, como Yao’saf/José lhes havia interpretado.
23 O copeiro-mor, porém, não se lembrou de Yao’saf/José, antes se esqueceu dele.
[GN] BERESHIYT 41
1 Passados dois anos inteiros, Faraoh sonhou que estava em pé junto ao rio Nilo;
2 e eis que subiam do rio sete vacas, formosas à vista e gordas de carne, e pasta-vam no prado.
3 Após elas subiam do rio outras sete vacas, feias à vista e magras de carne; e pa-ravam junto às outras vacas à beira do Nilo.
4 E as vacas feias à vista e magras de carne devoravam as sete formosas à vista e gordas. Então Faraoh acordou.
5 Depois dormiu e tornou a sonhar; e eis que brotavam dum mesmo pé sete espigas cheias e boas.
6 Após elas brotavam sete espigas miúdas e queimadas do vento oriental;
7 e as espigas miúdas devoravam as sete espigas grandes e cheias. Então Faraoh acordou, e eis que era um sonho.
8 Pela manhã o seu espírito estava perturbado; pelo que mandou chamar todos os adivinhadores do Egypto, e todos os seus sábios. Faraoh contou-lhes os seus so-nhos, mas não havia quem lhos interpretasse. Estavam no cárcere da casa de seu amo, dizendo vossos semblantes tão tristes hoje?
9 Então disse o copeiro-mor ao Faraoh: Das minhas faltas me lembro hoje:
10 Faraoh estava muito indignado contra os seus servos, e entregou-me à prisão na casa do capitão da guarda, a mim e ao padeiro chefe.
11 Então tivemos um sonho na mesma noite, eu e ele, e cada sonho com sua própria interpretação.
12 Estava ali conosco um moço hebreu, servo do capitão da guarda, e contamos-lhe os sonhos, e ele interpretou os nossos sonhos, a cada um interpretou conforme o seu sonho.
13 E conforme a sua interpretação, assim mesmo aconteceu: eu fui restituído ao meu cargo, e ele foi enforcado.
14 Então Faraoh mandou chamar a Yao’saf/José, e o fizeram sair apressadamente da masmorra. Ele se barbeou, mudou de roupa e apresentou-se ao Faraoh.
15 Disse Faraoh a Yao’saf/José: Eu tive um sonho e não há quem o interprete. Mas de ti ouvi dizer que, ouvindo contar um sonho, podes interpretá-lo.
16 Respondeu Yao’saf/José ao Faraoh: Isso não está em mim, mas o Criador é que dará uma resposta de paz ao Faraoh.
17 Então disse Faraoh a Yao’saf/José: Em meu sonho eu estava em pé à beira do rio Nilo,
18 e subiam do rio sete vacas gordas e formosas à vista, e pastavam entre os jun-cos.
19 Após elas subiam outras sete vacas, fracas, muito feias à vista e magras de car-ne, tão feias quais nunca vi em toda terra do Egypto.
20 As vacas magras e feias devoravam as primeiras sete vacas gordas.
21 Mas depois de as terem consumido, não se podia reconhecer que as houvessem consumido; a sua aparência era tão feia como no princípio. Então acordei.
22 Depois vi, em meu sonho, que de um mesmo pé subiam sete espigas cheias e bo-as.
23 Após elas brotavam sete espigas secas, miúdas e queimadas do vento oriental.
24 As sete espigas miúdas devoravam as sete espigas boas. Contei-o aos magos, mas não houve quem o interpretasse.
25 Então disse Yao’saf/José ao Faraoh: O sonho de Faraoh é um só. O que o Criador há de fazer, notificou-o ao Faraoh.
26 As sete vacas boas são sete anos, e as sete espigas boas também são sete anos; o sonho é um só.
27 As sete vacas magras e feias que subiam após as primeiras, são sete anos, como as sete espigas miúdas e queimadas do vento oriental: são sete anos de fome.
28 Esta é a palavra que eu disse ao Faraoh: o que o Criador há de fazer mostro-o ao Faraoh.
29 Vêm sete anos de grande fartura em toda terra do Egypto.
30 Depois deles levantar-se-ão sete anos de fome, e toda aquela fartura será es-quecida na terra do Egypto, e a fome consumirá a terra.
31 Não será conhecida a abundância na terra, por causa daquela fome que seguirá; porquanto será gravíssima.
32 Ora, se o sonho foi duplicado ao Faraoh, é porque esta coisa é determinada pelo Criador, e ele brevemente a fará.
33 Portanto, proveja-se agora o Faraoh de um homem entendido e sábio, e o ponha sobre a terra do Egypto.
34 Faça isto Faraoh: nomeie administradores sobre a terra, que tomem a quinta parte dos produtos da terra do Egypto nos sete anos de fartura;
35 e ajuntem eles todo o mantimento destes bons anos que vêm, e amontoem trigo debaixo da mão de Faraoh, para mantimento nas cidades e o guardem;
36 assim será o mantimento para provimento da terra, para os sete anos de fome, que haverá na terra do Egypto; para que a terra não pereça de fome.
37 Esse parecer foi bom aos olhos de Faraoh, e aos olhos de todos os seus servos.
38 Perguntou, pois, Faraoh a seus servos: Poderíamos achar um homem como este, em quem haja o espírito do Criador?
39 Depois disse Faraoh a Yao’saf/José: Porquanto o Criador te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu.
40 Tu estarás sobre a minha casa, e por tua voz se governará todo o meu povo; so-mente no trono eu serei maior que tu.
41 Disse mais Faraoh a Yao’saf/José: Vê, eu te hei posto sobre toda a terra do Egyp-to.
42 E Faraoh tirou da mão o seu anel-sinete e pô-lo na mão de Yao’saf/José, vestiu-o de traje de linho fino, e lhe pôs ao pescoço um colar de ouro.
43 Ademais, fê-lo subir ao seu segundo carro, e clamavam diante dele: Ajoelhai-vos. Assim Faraoh o constituiu sobre toda a terra do Egypto.
44 Ainda disse Faraoh a Yao’saf/José: Eu sou Faraoh; sem ti, pois, ninguém levanta-rá a mão ou o pé em toda a terra do Egypto.
45 Faraoh chamou a Yao’saf/José de Zafnate-Pa-nean (Aquele que tem como UL o poder de interpretar mistérios), e deu-lhe por mulher Asenate (Asnat bat), filha de Potih Ferah, sacerdote de On, em Heliópolis. Depois saiu Yao’saf/José por toda a terra do Egypto.
46 Ora, Yao’saf/José era da idade de trinta anos, quando se apresentou ao Faraoh, rei do Egypto. E saiu Yao’saf/José da presença de Faraoh e passou por toda a terra do Egypto.
47 Durante os sete anos de fartura a terra produziu com abundância;
48 e Yao’saf ajuntou todo o mantimento dos sete anos, que houve na terra do Egyp-to, e o guardou nas cidades; o mantimento do campo que estava ao redor de cada cidade, guardou-o dentro da mesma.
49 Assim Yao’saf/José ajuntou muitíssimo trigo, como a areia do mar, até que ces-sou de contar; porque não se podia mais contá-lo.
50 Antes que viesse o ano da fome, nasceram a Yao’saf/José dois filhos, que lhe deu Asenate, filha de Potih Ferah, sacerdote de On.
51 E chamou Yao’saf/José ao primogênito Menashe/Manassés; porque disse: UL me fez esquecer de todo o meu trabalho, e de toda a Casa de meu pai.
52 Ao segundo chamou Efrohim; porque disse: UL me fez crescer na terra da minha aflição.
53 Acabaram-se, então, os sete anos de fartura que houve na terra do Egypto;
54 e começaram a vir os sete anos de fome, como Yao’saf/José tinha dito; e havia fome em todas as terras; porém, em toda a terra do Egypto havia pão.
55 Depois toda a terra do Egypto teve fome, e o povo clamou ao Faraoh por pão; e Faraoh disse a todos os egípcios: Ide a Yao’saf/José; o que ele vos disser, fazei.
56 De modo que, havendo fome sobre toda a terra, abriu Yao’saf/José todos os de-pósitos, e vendia aos egípcios; porque a fome prevaleceu na terra do Egypto.
57 Também de todas as terras vinham ao Egypto, para comprarem de Yao’saf/José; porquanto a fome prevaleceu em todas as terras.
[GN] BERESHIYT 42
1 Ora, Yah’kof/Jacó soube que havia trigo no Egypto, e disse a seus filhos: Por que estais olhando uns para os outros?
2 Disse mais: Tenho ouvido que há trigo no Egypto; descei até lá, e de lá comprai-o para nós, a fim de que vivamos e não morramos.
3 Então desceram os dez irmãos de Yao’saf/José, para comprarem trigo no Egypto.
4 Mas a Ben’yamin, irmão de Yao’saf/José, não enviou Yah’kof/Jacó com os seus ir-mãos, pois disse: Para que, porventura, não lhe suceda algum desastre.
5 Assim entre os que iam lá, foram os filhos de Yaoshor’ul/Israel para comprar, por-que havia fome na terra de Kena’anu/Canaã.
6 Yao’saf era o governador da terra; era ele quem vendia a todo o povo da terra; e vindo os irmãos de Yao’saf/José, prostraram-se diante dele com o rosto em terra.
7 Yao’saf/José, vendo seus irmãos, reconheceu-os; mas portou-se como estranho para com eles, falou-lhes asperamente e perguntou-lhes: Donde vindes? Responde-ram eles: Da terra de Kena’anu/Canaã, para comprarmos mantimento.
8 Yao’saf/José, pois, reconheceu seus irmãos, mas eles não o reconheceram.
9 Lembrou-se então Yao’saf/José dos sonhos que tivera a respeito deles, e disse-lhes: Vós sois espias, e viestes para ver a nudez da terra.
10 Responderam-lhe eles: Não, amo meu; mas teus servos vieram comprar manti-mento.
11 Nós somos todos filhos de um mesmo homem; somos homens de retidão; os teus servos não são espias.
12 Replicou-lhes: Não; antes viestes para ver a nudez da terra.
13 Mas eles disseram: Nós, teus servos, somos doze irmãos, filhos de um homem da terra de Kena’anu/Canaã; o mais novo está hoje com nosso pai, e outro já não exis-te.
14 Respondeu-lhe Yao’saf/José: É assim como vos disse; sois espias.
15 Nisto sereis provados: Pela vida de Faraoh, não saireis daqui, a menos que venha para cá vosso irmão mais novo.
16 Enviai um dentre vós, que traga vosso irmão, mas vós ficareis presos, a fim de serem provadas as vossas palavras, se há verdade convosco; e se não, pela vida de Faraoh, vós sois espias.
17 E colocou-os juntos na prisão por três dias.
18 Ao terceiro dia disse-lhes Yao’saf/José: Fazei isso, e vivereis; porque eu temo ao Criador.
19 Se sois homens de retidão, que fique um dos irmãos preso na casa da vossa pri-são; mas ide vós, levai trigo para a fome de vossas casas,
20 e trazei-me o vosso irmão mais novo; assim serão verificadas vossas palavras, e não morrereis. E eles assim fizeram.
21 Então disseram uns aos outros: Nós, na verdade, somos culpados no tocante a nosso irmão, porquanto vimos a angústia da sua vida, quando nos rogava, e não o quisemos atender; é por isso que vem sobre nós esta angústia.
22 Respondeu-lhes Roul’iben/Rúben: Não vos dizia eu: Não pequeis contra o menino; Mas não quisestes ouvir; por isso agora é requerido de nós o seu sangue.
23 E eles não sabiam que Yao’saf/José os entendia, porque havia intérprete entre eles.
24 Nisto Yao’saf/José se retirou deles e chorou. Depois tornou a eles, falou-lhes, e tomou a Shami’ul/ Simeão dentre eles, e o amarrou perante os seus olhos.
25 Então ordenou Yao’saf/José que lhes enchessem de trigo os sacos, que lhes res-tituíssem o dinheiro a cada um no seu saco, e lhes dessem provisões para o cami-nho. E assim lhes foi feito.
26 Eles, pois, carregaram o trigo sobre os seus jumentos, e partiram dali.
27 Quando um deles abriu o saco, para dar forragem ao seu jumento na estalagem, viu o seu dinheiro, pois estava na boca do saco.
28 E disse a seus irmãos: Meu dinheiro foi-me devolvido; ei-lo aqui no saco. Então lhes desfaleceu o coração e, tremendo, viravam-se uns para os outros, dizendo: Que é isto que o Criador nos tem feito?
29 Depois vieram para Yah’kof/Jacó, seu pai, na terra de Kena’anu/Canaã, e conta-ram-lhe tudo o que lhes acontecera, dizendo:
30 O homem, o dono da terra, falou-nos asperamente, e tratou-nos como espias;
31 mas dissemos-lhe: Somos homens de retidão; não somos espias;
32 somos doze irmãos, filhos de nosso pai; um já não existe e o mais novo está hoje com nosso pai na terra de Kena’anu/Canaã.
33 Respondeu-nos o homem, o amo da terra: Nisto conhecerei que vós sois homens de retidão: Deixai comigo um de vossos irmãos, levai trigo para a fome de vossas casas, e parti,
34 e trazei-me vosso irmão mais novo; assim saberei que não sois espias, mas ho-mens de retidão; então vos entregarei o vosso irmão e negociareis na terra.
35 E aconteceu que, despejando eles os sacos, eis que o pacote de dinheiro de ca-da um estava no seu saco; quando eles e seu pai viram os seus pacotes de dinheiro, tiveram medo.
36 Então Yah’kof/Jacó, seu pai, disse-lhes: Tendes-me desfilhado; Yao’saf/José já não existe, e não existe Shami’ul/Simeão, e haveis de levar Ben’yamin! Todas estas coisas vieram sobre mim.
37 Mas Roul’iben/Rúben falou a seu pai, dizendo: Mata os meus dois filhos, se eu to não tornar a trazer; entrega-o em minha mão, e to tornarei a trazer.
38 Ele porém disse: Não descerá meu filho convosco; porquanto o seu irmão é mor-to, e só ele ficou. Se lhe suceder algum desastre pelo caminho em que fordes, fareis descer minhas cãs com tristeza ao Sheol (sepultura).
[GN] BERESHIYT 43
1 Ora, a fome era gravíssima na terra.
2 Tendo eles acabado de comer o mantimento que trouxeram do Egypto, disse-lhes seu pai: voltai, comprai-nos um pouco de alimento.
3 Mas respondeu-lhe Yaohu’dah/Judá: Expressamente nos advertiu o homem, dizen-do: Não vereis a minha face, se vosso irmão não estiver convosco.
4 Se queres enviar conosco o nosso irmão, desceremos e te compraremos alimen-to; mas se não queres enviá-lo, não desceremos, porquanto o homem nos disse: Não vereis a minha face, se vosso irmão não estiver convosco.
6 Perguntou Yaoshor’ul/Israel: Por que me fizeste este mal, fazendo saber ao ho-mem que tínheis ainda outro irmão?
7 Responderam eles: O homem perguntou particularmente por nós, e pela nossa parentela, dizendo: vive ainda vosso pai? tendes mais um irmão? e respondemos-lhe segundo o teor destas palavras. Podíamos acaso saber que ele diria: Trazei vosso irmão?
8 Então disse Yaohu’dah/Judá a Yaoshor’ul/Israel, seu pai: Envia o mancebo comigo, e levantar-nos-emos e iremos, para que vivamos e não morramos, nem nós, nem tu, nem nossos filhinhos.
9 Eu serei fiador por ele; da minha mão o requererás. Se eu to não trouxer, e o não puser diante de ti, serei réu de crime para contigo para sempre.
10 E se não nos tivéssemos demorado, certamente já segunda vez estaríamos de volta.
11 Então disse-lhes Yaoshor’ul/Israel seu pai: Se é sim, fazei isto: tomai os melhores produtos da terra nas vossas vasilhas, e levai ao homem um presente: um pouco de bálsamo e um pouco de mel, arômatas e mirra, nozes de pistache e amêndoas;
12 levai em vossas mãos dinheiro em dobro; e o dinheiro que foi devolvido na boca dos vossos sacos, tornai a levá-lo em vossas mãos; bem pode ser que fosse engano.
13 Levai também vosso irmão; levantai-vos e voltai ao homem;
14 e o UL, Todo Poderoso vos dê misericórdia diante do homem, para que ele deixe vir convosco vosso outro irmão e Ben’yamin; e eu, se for desfilhado, desfilhado fica-rei.
15 Tomaram, pois, os homens aquele presente, e dinheiro em dobro nas mãos, e a Ben’yamin; e, levantando-se desceram ao Egypto e apresentaram-se diante de Yao’saf/José.
16 Quando Yao’saf/José viu Ben’yamin com eles, disse ao despenseiro de sua casa: Leva os homens à casa, mata reses, e apronta tudo; pois eles comerão comigo ao meio-dia.
17 E o homem fez como Yao’saf/José ordenara, e levou-os à casa de Yao’saf/José.
18 Então os homens tiveram medo, por terem sido levados à casa de Yao’saf/José; e diziam: por causa do dinheiro que da outra vez foi devolvido nos nossos sacos que somos trazidos aqui, para nos criminar e cair sobre nós, para que nos tome por ser-vos, tanto a nós como a nossos jumentos.
19 Por isso eles se chegaram ao despenseiro da casa de Yao’saf, e falaram com ele à porta da casa,
20 e disseram: Ai! amo meu, na verdade descemos dantes a comprar mantimento;
21 e quando chegamos à estalagem, abrimos os nossos sacos, e eis que o dinheiro de cada um estava na boca do seu saco, nosso dinheiro por seu peso; e tornamos a trazê-lo em nossas mãos;
22 também trouxemos outro dinheiro em nossas mãos, para comprar mantimento; não sabemos quem tenha posto o dinheiro em nossos sacos.
23 Respondeu ele: Paz seja convosco, não temais; o vosso Criador, e o UL de vosso pai, deu-vos um tesouro nos vossos sacos; o vosso dinheiro chegou-me às mãos. E trouxe-lhes fora Shami’ul/Simeão.
24 Depois levou os homens à casa de Yao’saf/José, e deu-lhes água, e eles lavaram os pés; também deu forragem aos seus jumentos.
25 Então eles prepararam o presente para quando Yao’saf/José viesse ao meio-dia; porque tinham ouvido que ali haviam de comer.
26 Quando Yao’saf/José chegou em casa, trouxeram-lhe ali o presente que guarda-vam junto de si; e inclinaram-se a ele até a terra.
27 Então ele lhes perguntou como estavam; e prosseguiu: vosso pai, o ancião de quem falastes, está bem? ainda vive?
28 Responderam eles: O teu servo, nosso pai, está bem; ele ainda vive. E abaixaram a cabeça, e inclinaram-se.
29 Levantando os olhos, Yao’saf viu a Ben’yamin, seu irmão, filho de sua mãe, e per-guntou: É este o vosso irmão mais novo de quem me falastes? E disse: o Criador seja benévolo para contigo, meu filho.
30 E Yao’saf/José apressou-se, porque se lhe comoveram as entranhas por causa de seu irmão, e procurou onde chorar; e, entrando na sua câmara, chorou ali.
31 Depois lavou o rosto, e saiu; e se conteve e disse: Servi a comida.
32 Serviram-lhe, pois, a ele à parte, e a eles também à parte, e à parte aos egípcios que comiam com ele; porque os egípcios não podiam comer com os hebreus, por-quanto é isso abominação aos egípcios.
33 Sentaram-se diante dele, o primogênito segundo a sua primogenitura, e o menor segundo a sua menoridade; do que os homens se maravilhavam entre si.
34 Então ele lhes apresentou as porções que estavam diante dele; mas a porção de Ben’yamin era cinco vezes maior do que a de qualquer deles. E eles beberam, e se regalaram com ele.
[GN] BERESHIYT 44
1 Depois Yao’saf/José deu ordem ao despenseiro de sua casa, dizendo: Enche de mantimento os sacos dos homens, quanto puderem levar, e põe o dinheiro de cada um na boca do seu saco.
2 E a minha taça de prata porás na boca do saco do mais novo, com o dinheiro do seu trigo. Assim fez ele conforme a palavra que Yao’saf/José havia dito.
3 Logo que veio a luz da manhã, foram despedidos os homens, eles com os seus ju-mentos.
4 Havendo eles saído da cidade, mas não se tendo distanciado muito, disse Yao’saf ao seu despenseiro: Levanta-te e segue os homens; e, alcançando-os, dize-lhes: Por que tornastes o mal pelo bem?
5 Não é esta a taça por que bebe meu amo, e de que se serve para adivinhar? Fizes-tes mal no que fizestes.
6 Então ele, tendo-os alcançado, lhes falou essas mesmas palavras.
7 Responderam-lhe eles: Por que falo meu amo tais palavras? Longe estejam teus servos de fazerem semelhante coisa.
8 Eis que o dinheiro, que achamos nas bocas dos nossos sacos, to tornamos a tra-zer desde a terra de Kena’anu/Canaã; como, pois, furtaríamos da casa do teu amo prata ou ouro?
9 Aquele dos teus servos com quem a taça for encontrada, morra; e ainda nós se-remos escravos do meu amo.
10 Ao que disse ele: Seja conforme as vossas palavras; aquele com quem a taça for encontrada será meu escravo; mas vós sereis inocentes.
11 Então eles se apressaram cada um a pôr em terra o seu saco, e cada um a abri-lo.
12 E o despenseiro buscou, começando pelo maior, e acabando pelo mais novo; e achou-se a taça no saco de Ben’yamin.
13 Então rasgaram os seus vestidos e, tendo cada um carregado o seu jumento, vol-taram à cidade.
14 E veio Yaohu’dah/Judá com seus irmãos à casa de Yao’saf/José, pois ele ainda estava ali; e prostraram-se em terra diante dele.
15 Logo lhes perguntou Yao’saf/José: Que ação é esta que praticastes? não sabeis vós que um homem como eu pode, muito bem, adivinhar?
16 Respondeu Yaohu’dah/Judá: Que diremos ao meu amo? que falaremos? e como nos justificaremos? Descobriu o amo a iniquidade de teus servos; eis que somos es-cravos de meu amo, tanto nós como aquele em cuja mão foi achada a taça.
17 Disse Yao’saf/José: Longe esteja eu de fazer isto; o homem em cuja mão a taça foi achada, aquele será meu servo; porém, quanto a vós, subi em paz para vosso pai.
18 Então Yaohu’dah/Judá se chegou a ele, e disse: Ai! amo meu, deixa, peço-te, o teu servo dizer uma palavra aos ouvidos de meu amo; e não se acenda a tua ira contra o teu servo; porque tu és como Faraoh.
19 Meu amo perguntou a seus servos, dizendo: Tendes vós pai, ou irmão?
20 E respondemos a meu amo: Temos pai, já velho, e há um filho da sua velhice, um menino pequeno; o irmão deste é morto, e ele ficou o único de sua mãe; e seu pai o ama.
21 Então tu disseste a teus servos: Trazei-mo, para que eu ponha os olhos sobre ele.
22 E quando respondemos a meu amo: O menino não pode deixar o seu pai; pois se ele deixasse o seu pai, este morreria;
23 replicaste a teus servos: A menos que desça convosco vosso irmão mais novo, nunca mais vereis a minha face.
24 Então subimos a teu servo, meu pai, e lhe contamos as palavras de meu amo.
25 Depois disse nosso pai: Tornai, comprai-nos um pouco de mantimento;
26 e lhe respondemos: Não podemos descer; mas, se nosso irmão menor for conos-co, desceremos; pois não podemos ver a face do homem, se nosso irmão menor não estiver conosco.
27 Então nos disse teu servo, meu pai: Vós sabeis que minha mulher me deu dois fi-lhos;
28 um saiu de minha casa e eu disse: certamente foi despedaçado, e não o tenho visto mais;
29 se também me tirardes a este, e lhe acontecer algum desastre, fareis descer as minhas cãs com tristeza ao Sheol (sepultura).
30 Agora, pois, se eu for ter com o teu servo, meu pai, e o menino não estiver co-nosco, como a sua vida está ligada com a vida dele,
31 acontecerá que, vendo ele que o menino ali não está, morrerá; e teus servos fa-rão descer as cãs de teu servo, nosso pai com tristeza ao Sheol (sepultura).
32 Porque teu servo se deu como fiador pelo menino para com meu pai, dizendo: Se eu to não trouxer de volta, serei culpado, para com meu pai para sempre.
33 Agora, pois, fique teu servo em lugar do menino como escravo de meu amo, e que suba o menino com seus irmãos.
34 Porque, como subirei eu a meu pai, se o menino não for comigo? para que não veja eu o mal que sobrevirá a meu pai.
[GN] BERESHIYT 45
1 Então Yao’saf/José não se podia conter diante de todos os que estavam com ele; e clamou: Fazei a todos sair da minha presença; e ninguém ficou com ele, quando se deu a conhecer a seus irmãos.
2 E levantou a voz em choro, de maneira que os egípcios o ouviram, bem como a casa de Faraoh.
3 Disse, então, Yao’saf/José a seus irmãos: Eu sou Yao’saf/José; vive ainda meu pai? E seus irmãos não lhe puderam responder, pois estavam pasmados diante dele.
4 Yao’saf/José disse mais a seus irmãos: Chegai-vos a mim, peço-vos. E eles se che-garam. Então ele prosseguiu: Eu sou Yao’saf/José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egypto.
5 Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos aborreçais por me haverdes vendido para cá; porque para preservar vida é que o amo me enviou adiante de vós.
6-8 Porque já houve dois anos de fome na terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega. o amo enviou-me adiante de vós, para conservar-vos descendência na terra, e para guardar-vos em vida por um grande livramento.
8 Assim não fostes vós que me enviastes para cá, senão o amo, que me tem posto por pai de Faraoh, e por amo de toda a sua casa, e como governador sobre toda a terra do Egypto.
9 Apressai-vos, subi a meu pai, e dizei-lhe: Assim disse teu filho Yao’saf: o amo me tem posto por dono de toda a terra do Egypto; desce a mim, e não te demores;
10 habitarás na terra de Goshen e estarás perto de mim, tu e os teus filhos e os fi-lhos de teus filhos, e os teus rebanhos, o teu gado e tudo quanto tens;
11 ali te sustentarei, porque ainda haverá cinco anos de fome, para que não sejas reduzido à pobreza, tu e tua casa, e tudo o que tens.
12 Eis que os vossos olhos, e os de meu irmão Ben’yamin, veem que é minha boca que vos fala.
13 Fareis, pois, saber a meu pai toda a minha glória no Egypto; e tudo o que tendes visto; e apressar-vos-eis a fazer descer meu pai para cá.
14 Então se lançou ao pescoço de Ben’yamin seu irmão, e chorou; e Ben’yamin cho-rou também ao pescoço dele.
15 E Yao’saf/José beijou a todos os seus irmãos, chorando sobre eles; depois seus irmãos falaram com ele.
16 Esta nova se fez ouvir na casa de Faraoh: São vindos os irmãos de Yao’saf/José; o que agradou ao Faraoh e a seus servos.
17 Ordenou Faraoh a Yao’saf/José: Dize a teus irmãos: Fazei isto: carregai os vos-sos animais e parti, tornai à terra de Kena’anu/Canaã;
18 tomai o vosso pai e as vossas famílias e vinde a mim; e eu vos darei o melhor da terra do Egypto, e comereis da fartura da terra.
19 A ti, pois, é ordenado dizer-lhes: Fazei isto: levai vós da terra do Egypto carros para vossos meninos e para vossas mulheres; trazei vosso pai, e vinde.
20 E não vos pese coisa alguma das vossas alfaias; porque o melhor de toda a terra do Egypto será vosso.
21 Assim fizeram os filhos de Yaoshor’ul/Israel. Yao’saf/José lhes deu carros, con-forme o mandado de Faraoh, e deu-lhes também provisão para o caminho.
22 A todos eles deu, a cada um, mudas de roupa; mas a Ben’yamin deu trezentas peças de prata, e cinco mudas de roupa.
23 E a seu pai enviou o seguinte: dez jumentos carregados do melhor do Egypto, e dez jumentas carregadas de trigo, pão e provisão para seu pai, para o caminho.
24 Assim despediu seus irmãos e, ao partirem eles, disse-lhes: Não contendais pelo caminho.
25-26 Então subiram do Egypto, vieram à terra de Kena’anu/Canaã, a Yah’kof/Jacó seu pai, e lhe anunciaram, dizendo: Yao’saf/José ainda vive, e é governador de toda a terra do Egypto. E o seu coração desmaiou, porque não os acreditava.
27-28 Quando, porém, eles lhe contaram todas as palavras que Yao’saf/José lhes fa-lara, e vendo Yah’kof/Jacó, seu pai, os carros que Yao’saf/José enviara para levá-lo, reanimou-se-lhe o espírito; e disse Yaoshor’ul/Israel: Basta; ainda vive meu filho Yao’saf/José; eu irei e o verei antes que morra.
[GN] BERESHIYT 46
1 Partiu, pois, Yaoshor’ul com tudo quanto tinha e veio a Beer’Sheva, onde ofereceu sacrifícios ao UL de seu pai, Yatzh’aq.
2 Falou UL a Yaoshor’ul em visões de noite, e disse: Yah’kof, Yah’kof! Respondeu Yah’kof: Eis-me aqui.
3 E UL disse: Eu sou o Criador, o UL de teu pai; não temas descer para o Egypto; porque Eu te farei ali uma grande nação.
4 Eu descerei contigo para o Egypto, e certamente te farei tornar a subir; e Yao’saf porá a sua mão sobre os teus olhos.
5 Então Yah’kof se levantou de Beer’Sheva; e os filhos de Yaoshor’ul levaram seu pai Yah’kof, e seus meninos, e as suas mulheres, nos carros que Faraoh enviara para o levar.
6 Também tomaram o seu gado e os seus bens que tinham adquirido na terra de Kena’anu, e vieram para o Egypto, Yah’kof e toda a sua descendência com ele.
7 Os seus filhos e os filhos de seus filhos com ele, as suas filhas e as filhas de seus filhos, e toda a sua descendência, levou-os consigo para o Egypto.
8 São estes os nomes dos filhos de Yaoshor’ul/Israel, que vieram para o Egypto, Yah’kof e seus filhos: Roul’iben, o primogênito de Yah’kof.
9 E os filhos de Roul’iben: Hanoque, Palu, Hezrom e Carmi.
10 E os filhos de Shami’ul: Yemu’ul, Yamin, Oade, Yaquin, Zoar, e Sha’ul, filho de uma mulher kena’anuia.
11 E os filhos de Levih: Guershon/Gérsom, Coate e Merari.
12 E os filhos de Yaohu’dah: Er, Onan, Selah, Peretz/Péres e Zerah. Er e Onan, po-rém, morreram na terra de Kena’anu. E os filhos de Peretz/Péres foram Hezrom e Hamul,
13 E os filhos de Ishochar: Tola, Puva, Iobe e Sinrom.
14 E os filhos de Zabulon: Serede, Ul’on e Yale’ul.
15 Estes são os filhos de Le’yah, que ela deu a Yah’kof em Padan’Aran, além de Di-nah, sua filha; todas a gente de seus filhos e de suas filhas eram trinta e três.
16 E os filhos de Ga’old: Zifiom, Hagui, Suni, Ezbom, Eri, Arodi e Areli.
17 E os filhos de Oshor: Imnah, Isvah, Isvi e Beria, e Sera, a irmã deles; e os filhos de Beria: Heber e Molk’ul.
18 Estes são os filhos de Zilpa, a qual Lavan deu à sua filha Le’yah; e estes ela deu a Yah’kof, ao todo dezesseis vidas.
19 Os filhos de Roqa’ul, mulher de Yah’kof: Yao’saf e Ben’yamin.
20 E nasceram a Yao’saf na terra do Egypto Menashe e Efrohim, que lhe deu Asena-te, filha de Potih Ferah, sacerdote de On.
21 E os filhos de Ben’yamin: Belah, Bequer, Asbul, Geera, Naaman, Eí, Ros, Mupim, Hupim e Arde.
22 Estes são os filhos de Roqa’ul, que nasceram a Yah’kof/Jacó, ao todo catorze vi-das.
23 E os filhos de Dayan: Husim.
24 E os filhos de Neftali: Yaze’ul, Guni, Yezer e Silém.
25 Estes são os filhos de Bila, a qual Lavan deu à sua filha Roqa’ul; e estes deu ela a Yah’kof, ao todo sete pessoas.
26 Todas as vidas que vieram com Yah’kof para o Egypto e que saíram da sua coxa, fora as mulheres dos filhos de Yah’kof, eram todas sessenta e seis pessoas;
27 e os filhos de Yao’saf/José, que lhe nasceram no Egypto, eram duas vidas. Todas as gentes da Casa de Yah’kof, que vieram para o Egypto eram setenta.
28 Ora, Yah’kof/Jacó enviou Yaohu’dah/Judá adiante de si a Yao’saf/José, para o encaminhar a Goshen; e chegaram à terra de Goshen.
29 Então Yao’saf/José aprontou o seu carro, e subiu ao encontro de Yaoshor’ ul/Israel, seu pai, a Goshen; e tendo-se-lhe apresentado, lançou-se ao seu pescoço, e chorou sobre o seu pescoço longo tempo.
30 E Yaoshor’ul/Israel disse a Yao’saf/José: Morra eu agora, já que tenho visto o teu rosto, pois que ainda vives.
31 Depois disse Yao’saf/José a seus irmãos, e à casa de seu pai: Eu subirei e infor-marei ao Faraoh, e lhe direi: Meus irmãos e a casa de meu pai, que estavam na terra de Kena’anu/Canaã, vieram para mim.
32 Os homens são pastores, que se ocupam em apascentar gado; e trouxeram os seus rebanhos, o seu gado e tudo o que têm.
33 Quando, pois, Faraoh vos chamar e vos perguntar: Que ocupação é a vossa?
34 respondereis: Nós, teus servos, temos sido pastores de gado desde a nossa mo-cidade até agora, tanto nós como nossos pais. Isso direis para que habiteis na terra de Goshen; porque todo pastor de ovelhas é abominação para os egípcios.
[GN] BERESHIYT 47
1 Então veio Yao’saf/José, e informou ao Faraoh, dizendo: Meu pai e meus irmãos, com seus rebanhos e seu gado, e tudo o que têm, chegaram da terra de Ke-na’anu/Canaã e estão na terra de Goshen.
2 E tomou dentre seus irmãos cinco homens e os apresentou ao Faraoh.
3 Então perguntou Faraoh a esses irmãos de Yao’saf/José: Que ocupação é a vossa; Responderam-lhe: Nós, teus servos, somos pastores de ovelhas, tanto nós como nossos pais.
4 Disseram mais ao Faraoh: Viemos para peregrinar nesta terra; porque não há pas-to para os rebanhos de teus servos, porquanto a fome é grave na terra de Ke-na’anu/Canaã; agora, pois, rogamos-te permitas que teus servos habitem na terra de Goshen.
5 Então falou Faraoh a Yao’saf/José, dizendo: Teu pai e teus irmãos vieram a ti;
6 a terra do Egypto está diante de ti; no melhor da terra faze habitar teu pai e teus irmãos; habitem na terra de Goshen. E se sabes que entre eles há homens capazes, põe-nos sobre os pastores do meu gado.
7 Também Yao’saf/José introduziu a Yah’kof/Jacó, seu pai, e o apresentou ao Fara-oh; e Yah’kof/Jacó abençoou ao Faraoh.
8 Então perguntou Faraoh a Yah’kof/Jacó: Quantos são os dias dos anos da tua vi-da?
9 Respondeu-lhe Yah’kof/Jacó: Os dias dos anos das minhas peregrinações são cento e trinta anos; poucos e maus têm sido os dias dos anos da minha vida, e não chegaram aos dias dos anos da vida de meus pais nos dias das suas peregrinações.
10 E Yah’kof/Jacó abençoou ao Faraoh, e saiu da sua presença.
11 Yao’saf/José, pois, estabeleceu a seu pai e seus irmãos, dando-lhes possessão na terra do Egypto, no melhor da terra, na terra de Ramses, como Faraoh ordenara.
12 E Yao’saf/José sustentou de pão seu pai, seus irmãos e toda a casa de seu pai, segundo o número de seus filhos.
13 Ora, não havia pão em toda a terra, porque a fome era mui grave; de modo que a terra do Egypto e a terra de Kena’anu/Canaã desfaleciam por causa da fome.
14 Então Yao’saf/José recolheu todo o dinheiro que se achou na terra do Egypto, e na terra de Kena’anu/Canaã, pelo trigo que compravam; e Yao’saf/ José trouxe o di-nheiro à casa de Faraoh.
15 Quando se acabou o dinheiro na terra do Egypto, e na terra de Kena’anu/Canaã, vieram todos os egípcios a Yao’saf/José, dizendo: Dá-nos pão; por que morreremos na tua presença? porquanto o dinheiro nos falta.
16 Respondeu Yao’saf/José: Trazei o vosso gado, e vo-lo darei por vosso gado, se falta o dinheiro.
17 Então trouxeram o seu gado a Yao’saf/José; e Yao’saf/José deu-lhes pão em tro-ca dos cavalos, e das ovelhas, e dos bois, e dos jumentos; e os sustentou de pão aquele ano em troca de todo o seu gado.
18 Findo aquele ano, vieram a Yao’saf/José no ano seguinte e disseram-lhe: Não ocultaremos ao meu amo que o nosso dinheiro está todo gasto; as manadas de ga-do já pertencem a meu amo; e nada resta diante de meu amo, senão o nosso corpo e a nossa terra;
19 por que morreremos diante dos teus olhos, tanto nós como a nossa terra? Com-pra-nos a nós e a nossa terra em troca de pão, e nós e a nossa terra seremos ser-vos de Faraoh; dá-nos também semente, para que vivamos e não morramos, e para que a terra não fique desolada.
20 Assim Yao’saf/José comprou toda a terra do Egypto para o Faraoh; porque os egípcios venderam cada um o seu campo, porquanto a fome lhes era grave em ex-tremo; e a terra ficou sendo de Faraoh.
21 Quanto ao povo, Yao’saf/José fê-lo passar às cidades, desde uma até a outra ex-tremidade dos confins do Egypto.
22 Somente a terra dos sacerdotes não a comprou, porquanto os sacerdotes ti-nham rações de Faraoh, e eles comiam as suas rações que Faraoh lhes havia dado; por isso não venderam a sua terra.
23 Então disse Yao’saf/José ao povo: Hoje vos tenho comprado a vós e a vossa terra para o Faraoh; eis aí tendes semente para vós, para que semeeis a terra.
24 Há de ser, porém, que no tempo as colheitas dareis a quinta parte ao Faraoh, e quatro partes serão vossas, para semente do campo, e para o vosso mantimento e dos que estão nas vossas casas, e para o mantimento de vossos filhinho.
25 Responderam eles: Tu nos tens conservado a vida! achemos graça aos olhos de meu amo, e seremos servos de Faraoh.
26 Yao’saf/José, pois, estabeleceu isto por estatuto quanto ao solo do Egypto, até o dia de hoje, que ao Faraoh coubesse o quinto a produção; somente a terra dos sa-cerdotes não ficou sendo de Faraoh.
27 Assim habitou Yaoshor’ul/Israel na terra do Egypto, na terra de Goshen; e nela adquiriram propriedades, e frutificaram e multiplicaram-se muito.
28 E Yah’kof/Jacó viveu na terra do Egypto dezessete anos; de modo que os dias de Yah’kof/Jacó, os anos da sua vida, foram cento e quarenta e sete anos.
29 Quando se aproximava o tempo da morte de Yaoshor’ul/Israel, chamou ele a Yao’saf/José, seu filho, e disse-lhe: Se tenho achado graça aos teus olhos, põe a mão debaixo da minha coxa, e usa para comigo de benevolência e de verdade: ro-go-te que não me enterres no Egypto;
30 mas quando eu dormir com os meus pais, levar-me-ás do Egypto e enterrar-me-ás junto à sepultura deles. Respondeu Yao’saf/José: Farei conforme a tua palavra.
31 E Yah’kof/Jacó disse: Jura-me; e ele lhe jurou. Então Yaoshor’ul/Israel inclinou-se sobre a cabeceira da cama.
[GN] BERESHIYT 48
1 Depois destas coisas disseram a Yao’saf/José: Eis que teu pai está enfermo. Então Yao’saf/José tomou consigo os seus dois filhos, Menashe/Manassés e Efrohim.
2 Disse alguém a Yah’kof/Jacó: Eis que Yao’saf/José, teu olho, vem ter contigo. E es-forçando-se Yaoshor’ul/Israel, sentou-se sobre a cama.
3 E disse Yah’kof/Jacó a Yao’saf/José: O UL TODO-PODEROSO me apareceu em Luz, na terra de Kena’anu/Canaã, e me abençoou,
4 e me disse: Eis que te farei frutificar e te multiplicarei; tornar-te-ei uma multidão de povos e darei esta terra à tua descendência depois de ti, em possessão perpé-tua.
5 Agora, pois, os teus dois filhos, que nasceram na terra do Egypto antes que eu vi-esse a ti no Egypto, são meus: Efrohim e Menashe/Manassés serão meus, como Roul’iben/Rúben e Shami’ul/Simeão;
6 mas a prole que tiveres depois deles será tua; segundo o nome de seus irmãos se-rão eles chamados na sua herança.
7 Quando eu vinha de Padan, morreu-me Roqa’ul/ Raquel no caminho, na terra de Kena’anu/Canaã, quando ainda faltava alguma distância para chegar a Efrata; se-pultei-a ali no caminho que vai dar a Efrata, isto é, Beit’lekhem/Belém.
8 Quando Yaoshor’ul/Israel viu os filhos de Yao’saf/ José, perguntou: Quem são es-tes?
9 Respondeu Yao’saf/José a seu pai: Eles são meus filhos, que o Criador me tem da-do aqui. Continuou Yaoshor’ul/Israel: Traze-mos aqui, e eu os abençoarei.
10 Os olhos de Yaoshor’ul/Israel, porém, se tinham escurecido por causa da velhice, de modo que não podia ver. Yao’saf/José, pois, fê-los chegar a ele; e ele os beijou e os abraçou.
11 E Yaoshor’ul/Israel disse a Yao’saf/José: Eu não cuidara ver o teu rosto; e eis que o Criador me fez ver também a tua descendência.
12 Então Yao’saf/José os tirou dos joelhos de seu pai; e inclinou-se à terra diante da sua face.
13 E Yao’saf/José tomou os dois, a Efrohim com a sua mão direita, à esquerda de Yaoshor’ul/Israel, e a Menashe/Manassés com a sua mão esquerda, à direita de Ya-oshor’ul/Israel, e assim os fez chegar a ele.
14 Mas Yaoshor’ul/Israel, estendendo a mão direita, colocou-a sobre a cabeça de Efrohim, que era o menor, e a esquerda sobre a cabeça de Menashe/ Manassés, di-rigindo as mãos assim propositadamente, sendo embora este o primogênito.
15 E abençoou a Yao’saf/José, dizendo: O UL em cuja presença andaram os meus pais Abrul’han e Yatzh’aq/Isaque, o UL que tem sido o meu pastor durante toda a minha vida até este dia,
16 o Molaok/Anjo que me tem livrado de todo o mal, abençoe estes mancebos, e seja chamado neles o meu Nome, e o nome de meus pois Abrul’han e Yatzh’aq/Isaque; e multipliquem-se abundantemente no meio da terra.
17 Vendo Yao’saf/José que seu pai colocava a mão direita sobre a cabeça de Efrohim, foi-lhe isso desagradável; levantou, pois, a mão de seu pai, para a transpor da cabeça de Efrohim para a cabeça de Menashe/Manassés.
18 E Yao’saf/José disse a seu pai: Não assim, meu pai, porque este é o primogênito; põe a mão direita sobre a sua cabeça.
19 Mas seu pai, recusando, disse: Eu o sei, meu filho, eu o sei; ele também se torna-rá um povo, ele também será grande; contudo o seu irmão menor será maior do que ele, e a sua descendência se tornará uma multidão de nações.
20 Assim os abençoou naquele dia, dizendo: Por ti Yaoshor’ul/Israel abençoará e di-rá: o Criador te faça como Efrohim e como Menashe/Manassés. E pôs a Efrohim di-ante de Menashe/Manassés.
21 Depois disse Yaoshor’ul/Israel a Yao’saf/José: Eis que eu morro; mas o Criador será convosco, e vos fará tornar para a terra de vossos pais.
22 E eu te dou um pedaço de terra a mais do que a teus irmãos, o qual tomei com a minha espada e com o meu arco da mão dos amorreus.
[GN] BERESHIYT 49
1 Depois chamou Yah’kof/Jacó a seus filhos, e disse: Ajuntai-vos para que eu vos anuncie o que vos há de acontecer nos dias vindouros.
2 Ajuntai-vos, e ouvi, filhos de Yah’kof/Jacó; ouvi a Yaoshor’ul/Israel vosso pai:
3 Roul’iben/Rúben, tu és meu primogênito, minha força e as primícias do meu vigor, preeminente em dignidade e preeminente em poder.
4 Descomedido como a água, não reterás a preeminência; porquanto subiste ao lei-to de teu pai; então o contaminaste. Sim, ele subiu à minha cama.
5 Shami’ul/Simeão e Levih são irmãos; as suas espadas são instrumentos de violên-cia.
6 No seu concílio não entres, ó minha vida! com a sua assembleia não te ajuntes, ó minha glória! porque no seu furor mataram homens, e na sua teima jarretaram bois.
7 Maldito o seu furor, porque era forte! maldita a sua ira, porque era cruel! Dividi-los-ei em Yah’kof/ Jacó, e os espalharei em Yaoshor’ul/Israel.
8 Yaohu’dah/Judá, a ti te louvarão teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos: diante de ti se prostrarão os filhos de teu pai.
9 Yaohu’dah/Judá é um leãozinho. Subiste da presa, meu filho. Ele se encurva e se deita como um leão, e como uma leoa; quem o despertará?
10 O cetro não se arredará de Yaohu’dah/Judá, nem o bastão de autoridade dentre seus pés, até que venha aquele a quem pertence; e a ele obedecerão os povos.
11 Atando ele o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à videira seleta, lava as suas roupas em vinho e a sua vestidura em sangue de uvas.
12 Os olhos serão escurecidos pelo vinho, e os dentes brancos de leite.
13 Zabulon habitará no litoral; será ele ancoradouro de navios; e o seu termo es-tender-se-á até Tsidon.
14 Ishochar/Issacar é jumento forte, deitado entre dois fardos.
15 Viu ele que o descanso era bom, e que a terra era agradável. Sujeitou os seus ombros à carga e entregou-se ao serviço forçado de um escravo.
16 Dayan/Dan julgará o seu povo, como uma das tribos de Yaoshor’ul/Israel.
17 Dayan/Dan será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que mor-de os calcanhares do cavalo, de modo que caia o seu cavaleiro para trás.
18 A tua salvação tenho esperado, ó Criador!
19 Quanto a Ga’old/Gade, guerrilheiros o acometerão; mas ele, por sua vez, os acometerá.
20 De Oshor/Aser, o seu pão será gordo; ele produzirá delícias reais.
21 Neftali é uma gazela solta; ele profere palavras formosas.
22 Yao’saf/José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto a uma fonte; seus raminhos se estendem sobre o muro.
23 Os flecheiros lhe deram amargura, e o flecharam e perseguiram,
24 mas o seu arco permaneceu firme, e os seus braços foram fortalecidos pelas mãos do Poderoso de Yah’kof/Jacó, o Pastor, o Rochedo de Yaoshor’ul/ Israel,
25 pelo o Criador de teu pai, o qual te ajudará, e pelo TODO-PODEROSO, o qual te abençoara, com bênçãos dos céus em cima, com bênçãos do abismo que jaz em-baixo, com bênçãos dos seios e da madre.
26 As bênçãos de teu pai excedem as bênçãos dos montes eternos, as coisas dese-jadas dos eternos outeiros; sejam elas sobre a cabeça de Yao’saf/José, e sobre o al-to da cabeça daquele que foi separado de seus irmãos.
27 Ben’yamin é lobo que despedaça; pela manhã devorará a presa, e à tarde repar-tirá o despojo.
28 Todas estas são as doze tribos de Yaoshor’ul/Israel: e isto é o que lhes falou seu pai quando os abençoou; a cada um deles abençoou segundo a sua bênção.
29 Depois lhes deu ordem, dizendo-lhes: Eu estou para ser congregado ao meu po-vo; sepultai-me com meus pais, na cova que está no campo de Efron, o heteu,
30 na cova que está no campo de Macpela, que está em frente de Mamre, na terra de Kena’anu/Canaã, cova esta que Abrul’han comprou de Efron, o heteu, juntamen-te com o respectivo campo, como propriedade de sepultura.
31 Ali sepultaram a Abrul’han e a Soro’ah, sua mulher; ali sepultaram a Yatzh’aq/Isa-que e a Ro’evka/ Rebeca, sua mulher; e ali eu sepultei a Le’yah/Léia.
32 O campo e a cova que está nele foram comprados aos filhos de Hete.
33 Acabando Yah’kof/Jacó de dar estas instruções a seus filhos, encolheu os seus pés na cama, expirou e foi congregado ao seu povo.
[GN] BERESHIYT 50
1 Então Yao’saf/José se lançou sobre o rosto de seu pai, chorou sobre ele e o bei-jou.
2 E Yao’saf/José ordenou a seus servos, os médicos, que embalsamassem a seu pai; e os médicos embalsamaram a Yaoshor’ul/Israel.
3 Cumpriram-se-lhe quarenta dias, porque assim se cumprem os dias de embalsa-mação; e os egípcios o choraram setenta dias.
4 Passados, pois, os dias de seu choro, disse Yao’saf/José à casa de Faraoh: Se agora tenho achado graça aos vossos olhos, rogo-vos que faleis aos ouvidos de Fa-raoh, dizendo:
5 Meu pai me fez jurar, dizendo: Eis que eu morro; em meu sepulcro, que cavei para mim na terra de Kena’anu/Canaã, ali me sepultarás. Agora, pois, deixa-me subir, pe-ço-te, e sepultar meu pai; então voltarei.
6 Respondeu Faraoh: Sobe, e sepulta teu pai, como ele te fez jurar.
7 Subiu, pois, Yao’saf/José para sepultar a seu pai; e com ele subiram todos os ser-vos de Faraoh, os anciãos da sua casa, e todos os anciãos da terra do Egypto,
8 como também toda a casa de Yao’saf/José, e seus irmãos, e a casa de seu pai; somente deixaram na terra de Goshen os seus pequeninos, os seus rebanhos e o seu gado.
9 E subiram com ele tanto carros como gente a cavalo; de modo que o concurso foi mui grande.
10 Chegando eles à eira de Atad, que está além do Yardayan (o rio), fizeram ali um grande e forte pranto; assim fez Yao’saf/José por seu pai um grande pranto por sete dias.
11 Os moradores da terra, os cananeus, vendo o pranto na eira de Atad, disseram: Grande pranto é este dos egípcios; pelo que o lugar foi chamado Ab’ul/Abel-Mizraim, o qual está além do Yardayan.
12 Assim os filhos de Yah’kof/Jacó lhe fizeram como ele lhes ordenara;
13 pois o levaram para a terra de Kena’anu/Canaã, e o sepultaram na cova do cam-po de Macpela, que Abrul’han tinha comprado com o campo, como propriedade de sepultura, a Efron, o heteu, em frente de Mamre.
14 Depois de haver sepultado seu pai, Yao’saf/José voltou para o Egypto, ele, seus irmãos, e todos os que com ele haviam subido para sepultar seu pai.
15 Vendo os irmãos de Yao’saf/José que seu pai estava morto, disseram: Porventura Yao’saf/José nos odiará e nos retribuirá todo o mal que lhe fizemos.
16 Então mandaram dizer a Yao’saf/José: Teu pai, antes da sua morte, nos ordenou:
17 Assim direis a Yao’saf/José: Perdoa a transgressão de teus irmãos, e o seu peca-do, porque te fizeram mal. Agora, pois, rogamos-te que perdoes a transgressão dos servos do Criador de teu pai. E Yao’saf/José chorou quando eles lhe falavam.
18 Depois vieram também seus irmãos, prostraram-se diante dele e disseram: Eis que nós somos teus servos.
19 Respondeu-lhes Yao’saf/José: Não temais; acaso estou eu em lugar do Criador?
20 Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; o Criador, porém, o intentou para o bem, para fazer o que se vê neste dia, isto é, conservar muita gente com vida.
21 Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei, a vós e a vossos filhinhos. Assim ele os consolou, e lhes falou ao coração.
22 Yao’saf/José, pois, habitou no Egypto, ele e a casa de seu pai; e viveu cento e dez anos.
23 E viu Yao’saf/José os filhos de Efrohim, da terceira geração; também os filhos de Maquir, filho de Menashe/Manassés, nasceram sobre os joelhos de Yao’saf/José.
24 Depois disse Yao’saf/José a seus irmãos: Eu morro; mas o Criador certamente vos visitará, e vos fará subir desta terra para a terra que jurou a Abrul’han, a Yatzh’aq/ Isaque e a Yah’kof/Jacó.
25 E Yao’saf/José fez jurar os filhos de Yaoshor’ul/ Israel, dizendo: Certamente o Criador vos visitará, e fareis transportar daqui os meus ossos.
26 Assim morreu Yao’saf/José, tendo cento e dez anos de idade; e o embalsamaram e o puseram num caixão no Egypto.
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