II Sm 19:24 -
Mephibosheth, neto de Sha’ul, saiu de Yah’shua-oleym para ir
encontrar-se com o rei. Não tinha lavado os pés, nem a roupa
que vestia, nem feito a barba, desde o dia em que o monarca
deixara Yah’shua-oleym.
INTRODUÇÃO
Atualmente se tem discutido muito sobre o uso
da barba no rosto do homem Cristão, por um lado como sendo pecado ou algo
contrário à vontade do CRIADOR; e, no outro extremo, como sendo uma
transgressão [pecado] raspar ou não deixar a barba crescer...
[Um rabino antes com a barba e depois sem a barba]
A HUMANIDADE E A BARBA
Nos tempos Bíblicos o simbolismo natural da barba era:
-
Força e potência
masculina;
-
Soberania do homem
livre e maduro, pois aos jovens e aos escravos era proibido o uso da
barba;
-
Um atributo (sinal
distintivo) conferido a Reis e Profetas;
-
Sinal de não estar
emasculado (eunuco) ou privado de força física.
Os Pagãos nos tempos bíblicos raspavam a barba e
aparavam as pontas do cabelo. Por esta razão o CRIADOR orientou os
yaoshorul’itas e para os sacerdotes proibiu rasparem a barba e os cantos do
cabelo. (Lv. 19:2; 21:5 – veja o contexto).
Os Egípcios raspavam a cabeça e tiravam a barba. E em
sinal de tristeza as deixavam crescer. Os judaicos em caso de tristeza
arrancavam a barba e os cabelos. (Ed 9:3; Is 15:2; Jr 12:5).
A BÍBLIA E A BARBA
A barba (e os pelos sobre o corpo) teve sua origem na
Criação [genética do ser humano]. Assim como cada membro do corpo tem seu
lugar certo no corpo por uma razão definida pelo CRIADOR, a barba está no
corpo do homem por um propósito definido por Ele; e, sempre cumpriram uma
necessidade fisiológica, ou seja, funções de proteção a regiões necessárias
de calor – observe que pelos podem ter duas funções: reter ou repelir
o calor, mantendo o equilíbrio térmico. (Gn 1:26, 31; 2:7, I Co 12:18).
Porém, não podemos dizer que Adão possuía barba (o
clima do Éden era extremamente equilibrado e pelos certamente não eram
necessários)! Como o primeiro homem foi chamado de Adan (significado
vermelho), temos que ele seria de estilo indígena e uma das características
indígenas é não ter pelos sobre o corpo. No entanto, como esta é apenas uma
suposição – baseada na etimologia do nome – da mesma forma não podemos dizer
que ele tinha pelos sobre o corpo, portanto não podemos andar sobre
esse terreno.
Sabemos, mais tarde a humanidade foi dividida em três
ramos genéticos, ou seja, a partir de Shem, Cam e Yafet. Cada um destes
ramos povoou uma região do planeta [veja abaixo um link sobre os
descendentes de Noak] e, cada um levou uma característica genética para uma
região. De Shem, surgiram os “povos semíticos” cuja característica é ter
barba...
Por isto, dizer que a falta de barba ou existência seja
normativo de homem e não homem há raças – origem nos demais
filhos de Noak - que não as possuem geneticamente falando, nem por isso
deixam de ser homem. Também não poderíamos dizer que isso teria sido
uma degradação do genoma humano.
• Atualmente, os membros de muitas congregações
religiosas católicas, sobretudo de origem franciscana, usam a barba como um
sinal de sua vocação.
• No cristianismo que se chama “ortodoxo”, do
leste europeu, os membros do clero frequentemente usam barbas, e elas por
vezes têm sido recomendadas para todos os fiéis.
• Muitos cristãos sírios procedentes de Kerala, na
Índia, usavam barbas compridas.
• Os homens das seitas menonitas de Amman e de
Hutter nos EUA raspam a barba até se casarem, depois deixam crescer a barba,
e nunca a tiram mais, tratando-se de uma forma especial de barba.
• Algumas igrejas presbiterianas proíbem raspar a
barba completamente.
A maioria das igrejas “protestantes” considera o uso da
barba como matéria para livre escolha de cada membro e muitos grandes
verdadeiros ensinadores cristãos do passado, como W. E. Vine eram bem
barbudos; C. H. Spurgeon não somente ostentava uma barba luxuriante, mas
consta que encorajava os outros homens da sua igreja a deixar crescer a
barba porque "é um hábito muito natural, bíblico, masculino e benéfico".
Voltando ao ensino bíblico, o princípio geral que deve
nos orientar foi dado pelo apóstolo Sha’ul para resolver o que convém ao
crente: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o
que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”
(Fl 4:8).
O uso ou não de barba realmente é matéria para livre
escolha de cada membro de uma congregação. Ele deve considerar se a maneira
como se apresenta é condizente com o seu testemunho cristão, que deve
glorificar unicamente a Cristo e não a sua própria vaidade e ter cuidado
para não se destacar como se pertencesse a um grupo incongruente que se
distingue por usar – ou não – a barba de uma certa forma. Não cabe à igreja
local estabelecer normas sobre aquilo em que a Bíblia silencia.
PORÉM:
• Alguns judaicos messiânicos usam a barba com o
fim de mostrar seu cumprimento do Velho Testamento.
"Não cortareis o cabelo, arredondando os cantos da
vossa cabeça, nem desfigurareis os cantos da vossa barba". Lv 19:27.
"Não farão os sacerdotes calva na cabeça, e
não raparão os cantos da barba, nem farão lacerações na sua carne". Lv
21:5.
Sabemos que muitos irmãos ainda crêem que hoje os
cristãos devem usar barba e não a podem cortar. Porém, não é esse o ensino
das Escrituras. Pode-se usar barba, por opção pessoal ou outro motivo, porém
não porque a bíblia ordene [o VT ordena aos sacerdotes e o NT silencia sobre
o assunto]. Há muitos exemplos bíblicos como o de José/Yao'saf que podem
clarear o assunto:
Gn 41:14 – "Então Faraó mandou chamar a Yao'saf, e
o fizeram sair apressadamente da masmorra. Ele se barbeou, mudou de roupa e
apresentou-se a Faraó".
Outra evidência de que o uso da barba não é uma
exigência divina para os homens dentre Seu povo é o fato de que no próprio
livro de Levíticos/Viyakró o CRIADOR recomenda que a barba seja raspada em
alguns casos por razões de saúde:
Lv 13:29 – "E quando homem (ou mulher) tiver praga
na cabeça ou na barba, o sacerdote examinará a praga, e se ela parecer mais
profunda que a pele, e nela houver pêlo fino amarelo, o sacerdote o
declarará imundo; é tinha, é lepra da cabeça ou da barba”.
Lv 14:1-3, 8-9 – "Depois disse o CRIADOR a
Moisés/Mehushua: Esta será a lei do leproso no dia da sua purificação: será
levado ao sacerdote, e este sairá para fora do arraial, e o examinará; se a
praga do leproso tiver sarado... Aquele que se há de purificar lavará as
suas vestes, rapará todo o seu pêlo e se lavará em água; assim será limpo.
Depois entrará no arraial, mas ficará fora da sua tenda por sete dias. Ao
sétimo dia rapará todo o seu pêlo, tanto a cabeça como a barba e as
sobrancelhas, sim, rapará todo o pêlo; também lavará as suas vestes, e
banhará o seu corpo em água; assim será limpo".
Lembramos que a purificação dos levitas ordenada pelo
CRIADOR a Moisés/Mehushua incluiu a retirada da barba e de todos os pêlos do
corpo: "Disse mais o CRIADOR a Moisés/Mehushua: Toma os levitas do meio
dos filhos de Israel/Yaoshor’ul, e purifica-os; e assim lhes farás, para os
purificar: esparge sobre eles a água da purificação; e eles farão passar a
navalha sobre todo o seu corpo, e lavarão os seus vestidos, e se purificarão”.
Nn 8:5-7.
Mas o argumento mais importante é que o contexto
de Lv 19:27 inclui o versículo 28 e o contexto de Lv 21:5 inclui os versos
de 1 a 6. Assim, através de uma leitura contextualizada, percebe-se que a
ordem levítica visava coibir costumes pagãos [dos egípcios]
praticados por ocasião da morte de alguém próximo. Veja:
Lv 19:27-28 – "Não cortareis o cabelo, arredondando
os cantos da vossa cabeça, nem desfigurareis os cantos da vossa barba. Não
fareis lacerações na vossa carne pelos mortos; nem no vosso corpo
imprimireis qualquer marca. Eu sou o CRIADOR".
Lv 21:1-6 – "Depois disse o CRIADOR a Moisés: Fala
aos sacerdotes, filhos de Arão, e dize-lhes: O sacerdote não se contaminará
por causa dum morto entre o seu povo, salvo por um seu parente mais chegado:
por sua mãe ou por seu pai, por seu filho ou por sua filha, por seu irmão,
ou por sua irmã virgem, que lhe é chegada, que ainda não tem marido; por ela
também pode contaminar-se. O sacerdote, sendo homem principal entre o
seu povo, não se profanará, assim contaminando-se. Não farão os
sacerdotes calva na cabeça, e não raparão os cantos da barba, nem farão
lacerações na sua carne. santos serão para seu O CRIADOR, e não profanarão o
nome do seu O CRIADOR; porque oferecem as ofertas queimadas do CRIADOR, que
são o pão do seu O CRIADOR; portanto serão santos". Perguntamos: Somos
todos sacerdotes?
CONCLUSÃO
Doutrina Bíblica sobre um determinado assunto, é
formada por princípios, que estão contidos não só na Lei, mas também nos
Evangelhos e nas Cartas do Testamento Cristão. Doutrinas Bíblicas são
aceitas sem questionar; Costume humano ou doutrinas de homens (também
chamada por Cristo de tradição Mt. 15:1-9) questiona-se antes de aceitar...
Porém, apesar de sua aparente irrelevância, o
tratamento dado a essa característica natural do homem tem sido levado a
sério através dos tempos não só por religiões humanas, mas infelizmente
também por algumas igrejas cristãs através dos tempos, mesmo sem respaldo
bíblico.
Como vimos, a primeira menção da barba na Palavra do
CRIADOR se encontra em Gênesis/Bereshit 41:14... “Então enviou Faraó, e
chamou a Yao'saf, e o fizeram sair logo da cova; e barbeou-se e mudou os
seus vestidos, e veio a Faraó”. Isto nos diz que José/Yao'saf tinha
barba, mas barbeou-se para se apresentar ao rei dos egípcios. Talvez o
estudo das antiguidades nos possam ajudar aqui: em seus monumentos
antiquíssimos, os egípcios não têm barba [e muitos sacerdotes usam a kipá],
mas seus inimigos se vêem barbudos. Por tradição cultural os egípcios usavam
cabelo curto e se barbeavam [por uma questão de higiene, inclusive para
evitar piolhos]. Yao'saf então se barbeou para ter boa apresentação, com
roupa limpa e adequada, diante de Faraó.
Como os outros povos, os yaoshorul’itas usavam barba, e
com isso se arriscavam às doenças da pele e parasitas. A Lei dada a
Mehushua, portanto, ensinava como deviam ser curados: “...ao sétimo dia
rapará todo o seu pelo, tanto a cabeça como a barba e as sobrancelhas, sim,
rapará todo o pelo; também lavará as suas vestes, e banhará o seu corpo em
água; assim será limpo” (Lv 14:9). Os egípcios tinham razão em se
precaver...
Mas a lei não proibia o uso de barba, tanto que mais
adiante lemos: “Não cortareis o cabelo, arredondando os cantos da vossa
cabeça, nem desfigurareis os cantos da vossa barba... Não farão os
sacerdotes calva na cabeça, e não raparão os cantos da barba, nem farão
lacerações na sua carne” (Lv 19:27, 21:5). Estas proibições tinham em
vista os costumes dos sacerdotes cananeus pagãos que, como classe, se
distinguiam do resto do seu povo desta forma; proibida, portanto, aos
levitas.
Daoúd, o homem “cujo coração foi perfeito para com o
CRIADOR, o seu CRIADOR” (I Rs 15:3), usava barba como todos os outros (I Sm
21:13). A barba do sumo sacerdote era tal que o óleo precioso de sua unção
descia por ela sobre a gola das suas vestes (Sl 133:2). Os homens se sentiam
envergonhados se não tivessem barba (II Sm 10:5), e não cuidar, rapar ou
arrancar a própria barba era sinal de grande amargura (II Sm 19:24, Ed 9:3,
Is 15:2, 50:6, Jr 41:5, 48:37); fazer isso com os outros era castigo (I Cr
19:4, Is 7:20). Ezequiel/Kozoqi’ul usava barba, pois o CRIADOR mandou que a
raspasse, com os seus cabelos, para ilustrar uma profecia (Ez 5:1).
Os Evangelhos nos contam muitas coisas sobre os hábitos
dos tempos em que foram escritos, mas nem eles, nem as epístolas e profecias
da Renovada Aliança [em Yaohushua] tocam no assunto de “barba”. Temos que
nos voltar a uma profecia de Isaías/Yaoshua’yaohuh para confirmar – já que
Ele tinha origem semita, certamente o teria – que o CRIADOR também tinha
barba como todos os yaoshorul’itas do seu tempo (Is 50:6), e ela lhe foi
arrancada como parte do Seu martírio e vergonha.
Ao longo da história, aos homens com pelo facial
crescido têm sido atribuída qualidades como sabedoria, virilidade,
masculinidade ou um status mais elevado; mas também tem sido uma indicação
de falta de limpeza e perda de requinte, conforme a cultura destas.
Alexandre, o Grande, introduziu o costume de barbear na
Europa. Relata-se que ele obrigou todos os homens do seu exército a rasparem
as suas barbas, para que os inimigos não as pudessem segurar para
degolá-los. Esse costume foi introduzido no império romano pelo grande
general Scipio Africanus no terceiro século antes de Cristo. Continuou até o
princípio do segundo século depois de Cristo, quando o imperador Adriano
liderou a volta ao uso da barba. Mas o imperador Constantino o reintroduziu,
e ao fazer-se “sumo pontífice” da igreja em Roma e das outras que subjugou,
a moda pegou entre os “cristianizados” do seu império.
Depois disso, na Europa houve constantes variações e
maneiras mais aprimoradas de fazer a barba, cortar os bigodes e os
cavanhaques, mas entre os povos orientais, fora das grandes metrópoles, o
uso da barba tem prevalecido através do tempo.
Atualmente, entre os muçulmanos, uma barba grande e
desordenada é um sinal de religiosidade, pois assim é a dos xeques, e mesmo
sendo cristão quem a usa, eles o consideram piedoso e religioso. Por outro
lado, muitos cristãos que vivem entre eles tratam de reduzir ou raspar a
barba para mostrar que não são muçulmanos.
Os homens mórmons modernos são fortemente incentivados
a se barbearem completamente, em conformidade com os requisitos do código de
honra do seu sistema educativo. Os jovens que entram no seu serviço
missionário de dois anos são proibidos de deixar crescer seu pelo facial.
Através da história do cristianismo, a atitude com
relação à barba tem sido surpreendentemente variada e de certa forma reflete
o grau de incompreensão que diferentes grupos têm dos genuínos valores
espirituais. Por exemplo:
Em momentos diferentes da sua história e em função das
diversas circunstâncias, a Igreja Católica autorizou ou proibiu o pelo
facial (barbae nutritio) do clero. A grande maioria do clero romano
ou do rito latino raspa a barba.
No século 11 um abade francês (Burchardus) escreveu um
tratado sobre a barba. Foi seu parecer que as barbas eram adequadas para
irmãos leigos, mas não para os sacerdotes entre os monges.
Lutero abriu um precedente deixando a barba crescer, e
praticamente todos os reformadores europeus deliberadamente cultivaram suas
barbas como sinal de rejeição da antiga igreja, passando a barba clerical a
ser um gesto agressivo anticatólico reconhecido na Inglaterra daquele tempo.
Atualmente, os membros de muitas congregações
religiosas católicas, sobretudo de origem franciscana, usam a barba como um
sinal de sua vocação.
No cristianismo que se chama “ortodoxo”, do leste
europeu, os membros do clero frequentemente usam barbas, e elas por vezes
têm sido recomendadas para todos os fiéis.
Muitos cristãos sírios procedentes de Kerala, na Índia,
usavam barbas compridas. Os homens das seitas menonitas de Amman e de Hutter
nos EUA raspam a barba até se casarem, depois deixam crescer a barba, e
nunca a tiram mais, tratando-se de uma forma especial de barba.
Algumas igrejas presbiterianas proíbem raspar a barba
completamente. A maioria das igrejas “protestantes” considera o uso da barba
como matéria para livre escolha de cada membro e muitos grandes verdadeiros
ensinadores cristãos do passado, como W. E. Vine eram bem barbudos; C. H.
Spurgeon não somente ostentava uma barba luxuriante, mas consta que
encorajava os outros homens da sua igreja a deixar crescer a barba porque "é
um hábito muito natural, bíblico, masculino e benéfico".
Voltando ao ensino bíblico, o princípio geral que deve
nos orientar foi dado pelo apóstolo Paulo para resolver o que convém ao
crente: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o
que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”
(Fl 4:8).
O uso ou não de barba realmente é matéria para livre
escolha de cada membro de uma congregação. Ele deve considerar se a maneira
como se apresenta é condizente com o seu testemunho cristão, que deve
glorificar unicamente a Cristo e não a sua própria vaidade e ter cuidado
para não se destacar como se pertencesse a um grupo incongruente que se
distingue por usar – ou não – a barba desta forma ou daquela. Não cabe à
igreja local estabelecer normas sobre aquilo em que a Bíblia silencia; e,
quando o faz, faz para prevenir o paganismo – das nações em seus entornos –
e NUNCA como ordenança de santificação!
Amnao!
VEJA:
A Origem dos Negros
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