Sei que qualquer figura de linguagem para descrever o
inferno é inapropriada. Ainda que tentemos fazê-lo, não conseguiremos
descrever a realidade do “lago de fogo e enxofre”, para onde irão o diabo,
seus anjos e todos os que não estão escritos no livro da vida.
Mt 25:41.
É assim que você crê?
Uma clara declaração acerca do castigo eterno dos
ímpios, é a seguinte:
“Os quais [os ímpios], por castigo, padecerão
[sofrerão] eterna perdição [penalidade eterna], ante a face do CRIADOR e a
glória do seu poder...” (II Ts 1:9).
Daremos atenção à frase “padecerão eterna perdição”.
Qual a sua correta interpretação? Padecer eternamente significa sofrer
eternamente? Significa sofrer temporariamente para depois ser exterminado?
Significa extermínio puro e simples?
O verbo “padecer” (gr. tinõ), “pagar uma
penalidade”, é traduzido na passagem por “padecerão" (eterna perdição). Os
ímpios estarão sujeitos a uma penalidade. Porém, as crenças pessoais de seus
tradutores “influenciaram” a tradução, se bem que o castigo procede do
ETERNO; ou seja, procedência e não consequência, como veremos a seguir.
O termo “aiônios”, traduzido como eterno,
infinito, que não se acaba, contrasta com o termo proskairo,
literalmente traduzido como “durante uma temporada, uma estação, por algum
tempo”. É o que se vê em II Co 4:18: “Não atentando nós nas coisas que se
vêem, mas nas que se não vêem. Porque as que se vêem são temporais [proskairos],
e as que se não vêem são eternas [aiônios]”.
Também “aiônios” é usado acerca do pecado que
nunca obterá perdão (Mc 3:29). Ou seja, por todo o sempre, pelos séculos dos
séculos, NUNCA não haverá perdão para qualquer que blasfemar contra o Santo
Espírito, YAOHUH UL’HIM (Jo 4:24). Novamente em Marcus (ou Mt
12:31) crenças pessoais [trinitarianas] influenciaram na tradução...
A palavra grega “olethros”, - “ruína,
destruição” - foi traduzida nesse caso com o seu adequado significado, isto
é, “perdição”. Segundo o Dicionário Aurélio, PERDIÇÃO significa desgraça,
ruína, estrago, desastre, perda. Exemplos: a perdição da esquadra; a
perdição dos grevistas. E também significa condenação às penas do ETERNO;
danação; perdição das almas [vidas, pessoas]; desonra, descrédito,
imoralidade, desregramento. Exemplo: A perdição da filha o levou ao
suicídio. Não se pode entender que “perdição” aqui seja entendida como
extermínio ou morte. Se o fosse, o entendimento seria que o pai se suicidou
porque a filha morreu. Não. O pai tirou a própria vida porque a filha caiu
em desgraça, arruinou-se!
O mesmo termo usado em I Tm 6:9, tem o significado de
“ruína”: “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em
muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição
e ruína”. Os homens que querem ficar ricos não são destruídos, mas
arruinados, perdidos, separados do ETERNO; espiritualmente mortos.
De igual modo, também o substantivo apõleia é
traduzido como “perda de bem estar, de felicidade”. É usado para descrever (a)
coisas, significando desperdício ou ruína: de unguento (Mt 26:8; Mc 14:4); (b)
pessoas, significando sua perdição espiritual e eterna (Mt 7:13; Jo 17:12;
II Ts 2:3); metaforicamente, alude aos homens que persistem no mal (Rm
9:22); aos adversários do povo do CRIADOR (Fp 1:28, `perdição´); a cristãos
professos, mas, na verdade, inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.19,
`perdição´); aos falsos mestres (II Pe 2:1,3); aos descrentes (II Pe 3:7);
aos que torcem as Escrituras (II Pe 3:16), etc. (Fonte: Dic. VINE).
Portanto, as palavras perdidos e perdição não podem ser
invariavelmente interpretadas como aniquilamento, como querem alguns grupos
religiosos. Um exemplo: “E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão
às ovelhas perdidas [apollumi] da casa de Israel” (Mt 15.24).
Yaohushua disse que foi enviado às ovelhas mortas? Não! Foi enviado às
ovelhas desviadas, em ruína espiritual. Se bem que neste caso, as tais
ovelhas da Casa de Israel/Yaoshor’ul estavam sofrendo as consequências de
seus erros passados – haviam aderido ao paganismo e por isto, tais tribos
haviam sido “espalhadas” por entre as nações. Porém, a promessa era de
restauração das DUAS Casas, missão dada a Sha’ul (Ef 2:14-16). Agora vejam
mais:
“E não temais os que matam [apokteinõ] o corpo e
não podem matar [apokteinõ ou apoktennõ] a alma [vida]; temei
antes aquele [CRIADOR] que pode fazer perecer [apollumi] no inferno a
alma [vida] e o corpo [matéria]” (Mt 10:28; v. Lc 12:5).
Notem que o verbo apokteinõ foi traduzido no seu
significado real quando se tratava de exterminar, isto é, as pessoas podem
matar o “corpo”, mas, não podem exterminar a vida que é inerente ao CRIADOR;
Porém, este [o CRIADOR] tem o poder para exterminar a vida, completamente
[1ª e 2ª morte]. Contudo, quando o significado é castigar, padecer e sofrer,
o verbo usado é apollumi. O evangelista soube muito bem fazer a
distinção entre exterminar e fazer padecer. Em todos os setenta e quatro
versículos em que foi usado o verbo apokteinõ o significado literal e
real foi o de exterminar, tirar a vida, extinguir: “Jerusalém, Jerusalém,
que matas [apokteinõ] os profetas, e apedrejas os que te são
enviados”! (Mt 23:37a).
Tais realidades se coadunam com a seguinte sequência:
Ap 19:20 – A besta e o falso profeta são
lançados vivos no lago de fogo.
Ap 20:2 – Satanás é amarrado por mil anos.
Ap 20:5 – Os outros mortos reviveram após os
mil anos.
Ap 20:7 – satanás será solto da sua prisão.
Ap 20:10 – O diabo foi lançado no lago de fogo
e enxofre, onde estavam [foi lançado] a besta e o falso profeta. De
dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.
Ap 20:15 – Serão lançados no lago de fogo todos
os não inscritos no livro da vida.
Observem que usando as traduções tendenciosas de
tradutores corruptos (em detrimento da imortalidade da alma, nas bíblias
trinitarianas), estes escrevem em Ap 20:10 a frase “onde estão a
Besta e o Falso Profeta”, para com isto, dizerem que a Besta e o Falso
Profeta ainda se encontravam vivos no lago de fogo (Ap 20:10) e
continuarão no mesmo eterno estado de ruína, sendo atormentados dia e
noite. E, complementam [inferência] que se a besta e o falso profeta não
foram exterminados no lago de fogo, também não o serão os ímpios ali
lançados. No entanto a gramática exige “foram lançados” não dizendo
com isto que estes CONTINUAM vivos... os quais sofrerão, como castigo, a
perdição eterna, banidos [definitivamente] da face do CRIADOR e da glória do
Seu poder (II Ts 1:9).
Yaohushua revelou que os justos ressuscitarão “para a
vida”, e os ímpios “para serem condenados” (Jo 5:29).
Mas, na carta aos romanos Sha’ul indica que “haverá
tribulação e angústia para todo ser humano que pratica o mal” (Rm 2:9) –
durante a condenação (execução da pena), mas não DIZ que esta “tribulação”
perdurará eternamente; em Dn 12:2 lê-se que os ímpios ressuscitarão
“para a vergonha e desprezo eterno”; Apocalipse 14:11 diz que não haverá
descanso “nem de dia nem de noite” para os adoradores da besta; Ap
20:10 anuncia que os que forem lançados no lago de fogo “serão atormentados
dia e noite, para todo o sempre”; Yaohushua declara que os insensatos e
hipócritas serão punidos severamente num lugar “onde haverá choro e ranger
de dentes” (Mt 8:12; 24:51; 25:30), e onde estarão amarrados, em trevas (Mt
22:13). Bem, são inúmeras passagens que “corroboram” com o tormento
eterno; mas, seria assim mesmo?
Convenhamos, defunto não chora, não se angustia,
não range dentes, não passa por tribulação, não se atormenta, não sente
vergonha ou desprezo (Ec 9:5; Pv 12:5). Logo, não deve prevalecer a idéia de
que os ímpios não serão exterminados. O CRIADOR não ressuscitaria os ímpios
para deixa-los VIVOS, sofrendo eternamente. Apocalipse 20:12-15 deixa claro:
recebem a sua pena diante do tribunal e vão para a execução da pena: o lago
de fogo; e, após TODOS terem sidos penalizados [extintos definitivamente]
até a própria MORTE [e o INFERNO (sepultura)] deixam de existir; perderam a
razão de serem...
O CRIADOR, agindo assim para que morram “conscientes”
da punição – vs 13 (cada um segundo suas obras)... Porém, os “crentes
pentecostais” dizem que isto é uma incoerência das escrituras, pois, seria
uma “impropriedade alegar que a ressurreição é um prelúdio da morte.
Reviver para morrer, sair da sepultura para, em seguida, ser exterminado é
uma tese que colide frontalmente com a Palavra”, segundo eles. Dizem
mais: “ressurreição do corpo é para que viva; não para que morra. Não fosse
assim, não haveria razões para ressuscitar os que já se acham mortos”.
Porém, note bem, caros irmãos, pessoas que assim pensam, estão RENEGANDO as
Escrituras que num claro “assim diz o CRIADOR” sobre o que este capítulo de
Apocalipse (20) descreve como sendo a Segunda Morte. Para estes, não
existiria a Segunda Morte; ou seja, a separação definitiva [eterna] do
pecador da presença da Glória do Criador – II Ts 1:9.
Por último, examinemos: “E, se o teu olho te
escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino do ETERNO com
um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno, onde
o seu bicho [verme] não morre, e o fogo nunca se apaga (Mc 9:47-48)”.
Notas:
(a) “A declaração “onde o seu bicho não morre, e
o fogo nunca apaga” significa a exclusão de esperança de restauração,
constituindo-se em castigo eterno” (Dic. VINE).
(b) Yaohushua não está falando de vermes da
terra, nem de nenhum outro tipo de animal. Ele está falando sobre o corpo
humano. Observe que ele não diz: “onde o verme não morre”, mas diz: “onde
não lhes morre o verme”. O termo “lhes” [ou seu] refere-se aos homens que
pecaram e morreram sem arrependimento (cf. 9:42-47). “Verme” [bicho] é
simplesmente um modo de referir-se ao “verme humano”, ou a esta carcaça,
conhecida como corpo. Isso está de acordo com o contexto, em que Yaohushua
está falando das partes do corpo, tais como “mãos” e “pés” (9.43-45).
(Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia, Norman
Geisler e Thomas Howe).
Com essas considerações, as passagens a seguir se
tornam mais claras:
“E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e
não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua
imagem, e aquele que receber o sinal do Seu nome” (Ap 14:11). “E o diabo,
que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e
o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”
(Ap 20:10).
ENTÃO, CASTIGO ETERNO (SEM FIM) PARA OS PECADORES?
“Porque, eis que Eu crio Céus novos e nova Terra, e
não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão.”
Isaías 65: 17. Não coaduna com o pensamento divino pecadores ficarem
queimando para todo o sempre em uma Terra renovada.
O CRIADOR disse para o homem: “CERTAMENTE MORRERÁS” –
Gn 2: 17. Satanás retrucou: “CERTAMENTE NÃO MORRERÁS” – Gn 3: 4.
Quem falou a verdade? Esta mentira satânica, de que “os
pecadores viverão para sempre, e que nem o fogo do inferno poderá extinguir
a centelha de vida”, tem sido pregada dos púlpitos, em acintosa rejeição à
Palavra do ETERNO. Dentro do éden
nasceu tanto o espiritismo (possessão demoníaca) quanto a ”imortalidade da
alma” pregada pelos pentecostais, filhos da ICAR [Ap 17:5] e pelos espíritas
de Alan Cardec.
Porém, veja, o castigo dos ímpios é por tempo limitado.
O galardão dos justos é para sempre!
A idéia medieval do inferno predomina ainda entre boa
parte da cristandade. Um inferno semelhante ao criado pela superstição
romana em que homens ficarão eternamente queimando, fustigados pelos
tridentes dos demônios que o habitam.
Este pensamento de que o pecador queimará para sempre,
é esposado por ilustres cristãos que o aceitam sempre associado com
suplício, terror, tormento e dor, intermináveis. Estes mesmo que deturpam a
palavra “apocalipse” associando-a a ”destruição” em contra-ponto a
“revelação, descrição, visão”... Para tal, baseiam-se em três textos
bíblicos, especialmente:
Mt 25: 46 – “E irão eles para o tormento eterno,
mas os justos para a vida eterna”.
Mc 9: 43,46 – “E, se a tua mão te escandalizar,
corta-a; melhor é para ti entrar na vida aleijado, do que, tendo duas mãos,
ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. Onde o seu bicho não
morre, e o fogo nunca se apaga”.
Mt 25: 41 – “Então dirá também aos que estiverem à
Sua esquerda: Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado
para o diabo e seus anjos”.
Qualquer irmão, com sinceridade, certamente lendo estas
passagens isoladas, irá crer nesse inferno que por aí é
propalado. Mas, na verdade, o que realmente ensina a Bíblia a respeito?
Consultemo-la.
Inferno quer dizer sepultura, lugar de silêncio, parte
inferior, lugar dos mortos. É traduzido da palavra hebraica sheol no
Antigo Testamento e da palavra grega hades no Novo Testamento. É para
lá que, após a morte, todos, tanto bons quanto maus, ricos e pobres, salvos
ou não, irão aguardar a ressurreição. Pois inferno é sepultura. Ouça:
Jn 2: 1-2 – “E orou Jonas/Yaohu’nah ao CRIADOR, o
seu CRIADOR, das entranhas do peixe, e disse: Na minha angústia clamei ao
CRIADOR, e Ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e Tu
ouviste a minha voz”.
Observe que, aqui, inferno não dá idéia de
suplício, nem de fogo, nem de punição, tormento ou agonia, mas simplesmente
de um lugar inferior – neste caso, as profundezas do Mar Mediterrâneo...
Sl 89:48 – “Que homem há, que viva, e não veja a
morte? Ou que livre a sua vida do poder do mundo invisível?”
Esclarece, pois, o salmista, que todos os seres humanos
morrerão, indo à sepultura (inferno), que denomina lugar invisível.
Jó 17:13 – “Se eu olhar a sepultura como a minha casa,
se nas trevas estender a minha cama”. O patriarca chama a sua casa de
sepultura (inferno), e Salomão assim afirma, veja:
Pv 5:5 – “Os seus pés descem à morte, os seus
passos firmam-se no inferno”.
Evidentemente, não há dúvida de que o inferno crido
pelos autores bíblicos é um lugar inferior, debaixo da terra, a sepultura,
lugar de todos os mortais. Chamo a atenção do irmão, agora, para o aspecto
mais contundente da verdade que desejo apresentar. Observe estes dois textos
da Escritura:
Sl 16:10 – “Pois não deixará a minha alma
[vida] no inferno, nem permitirá que o Teu Santo veja a
corrupção.”
At 2:27 – “Pois não deixarás a minha alma [vida] no
hades, nem permitirás que o Teu Santo veja a corrupção.”
Notou? Lucas troca a palavra inferno, que Daoud usou,
pelo vocábulo hades, e no verso 31 esclarece cristalinamente que quando se
reportava ao inferno, isto é, que Cristo não permaneceria no inferno,
estava se referindo ao inferno como sepultura, ao asseverar:
At 2:31 - “Nesta previsão disse da ressurreição de
Cristo que a Sua VIDA não foi deixada no hades...”. Portanto, nada mais
claro que o inferno é sepultura, assim demonstrado pelos textos lidos,
através da inspiração dos expositores bíblicos, patriarcas, profetas,
apóstolos e o médico Lucas. Mesmo assim,, os pentecostais distorcem o texto
de I Pe 3:19, afirmando que YAOHUSHUA foi ao inferno [dentro do conceito
deles] para salvar vidas perdidas... É evidente que mediante o Seu
testemunho, muitos [perdidos] se arrependeram e aceitaram-no!
Desta forma, nenhuma destas passagens que se referem ao
inferno quer dar a idéia de suplício, castigo ou fogo. Não ensina a Bíblia
em nenhuma de suas páginas que há um lugar especial no Cosmo ou na Terra [ou
um “triangulo das Bermudas”], sobre ela ou debaixo dela, que se tenha
transformado no inferno, com demônios, fogo e suplício.
Quanto ao “fogo que nunca se apaga”, “nem o seu verme
morre”, aparentemente sugere o castigo interminável, mas... vamos examinar
estes textos à luz da Palavra do ETERNO, confrontando com a História
Universal, para que a verdade aflore e edifique a nossa fé.
Antes, porém, observe que o fogo não devora o
bicho!!! Ora, quem executa o juízo? O fogo ou o bicho? Também, se o bicho
não morresse, a destruição não seria completa, seria meia destruição, não é?
Havia ao redor dos muros de Jerusalém, um vale muito
grande onde os pagãos queimavam crianças vivas em honra ao deus Moloque, e
também eram ali lançados os detritos, cadáveres de malfeitores, supliciados,
corpos de animais e toda sorte de imundícies recolhidas na cidade.
Era um vazadouro de lixo (lixão público da cidade). Ali
era acendido um “fogo que nunca se apagava”, isto é, estava constantemente
aceso (constantemente realimentado) haja vista haver todos os dias despejo
de detritos e muita “carniça”.
Dessa forma, os dejetos que não eram consumidos pela
ação intermitente do fogo, o era pela ação devastadora dos “vermes”, que
proliferavam aos montes naquele amontoado de lixo. Digo-lhe, amado, aquele
fogo “que não se apagava” era essencial, sobretudo, para a preservação da
saúde do povo do lugar, daí ser reacendido a todo instante, para nunca se
apagar... Esse era o chamado Vale de Hinon ou Geena (Jr 7:31). Certamente a
cena impressionava os escritores bíblicos. Estando, pois, indelével em suas
mentes, fazem aplicação desse quadro no campo espiritual, tornando-o um
“simbolismo do fogo consumidor do último dia do julgamento e punição dos
ímpios”.
Muitos aplicam a expressão “fogo eterno” ao desejo
mórbido de ver pecadores (ainda que o sejam) queimando por toda a eternidade
sem fim, entre gritos alucinantes. Mas, isto não é certo, quer ver?
Responda-me: As cidades de Sodoma e Gomorra estão queimando até hoje? Não???
Então leia:
Jd 7 – “Assim, Sodoma e Gomorra... havendo-se
corrompido... foram postas como exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno”.
Não é gritante a clareza do texto? Foi posta como
EXEMPLO da pena do fogo eterno. Vale enfatizar que estas cidades
foram mencionadas pelo irmão de Yaohushua como sendo exemplo de quem
recebe o castigo do fogo eterno.
Mas, meu prezado irmão, embora tenham sofrido a pena do
fogo eterno, não estão essas ímpias cidades queimando até hoje, correto? A
eternidade daquele fogo devorador foi tão rápida, que durou apenas “um
momento”. Eis a prova:
Lm 4:6 – “Porque maior é a maldade da filha do
meu povo que o pecado de Sodoma e Gomorra, a qual se subverteu como num
momento...”
O CRIADOR tomou as providências para o esclarecimento
definitivo do fato. Sabe você o que existe no lugar dessas ímpias cidades?
Um mar! Sim, o Mar Morto. (85 km de água super salgada ao sul da Palestina).
E o fogo eterno, onde está? Debaixo d’água? Ainda há uma segura e abalizada
palavra profética sobre o assunto. Preste muita atenção:
Jr 17:27 – “Mas, se não Me derdes ouvido, para
santificardes o dia de Sábado, para não trazerdes carga alguma, quando
entrardes pelas portas de Jerusalém no dia de Sábado, então acenderei
fogo nas suas portas, o qual consumirá os palácios de Jerusalém, e não se
apagará...”
O profeta diz que tal fogo é semelhante a um fogo
eterno. Agora o irmão vai ver o cumprimento inloco dessa formidável
profecia:
II Cr 36:19-21 – “E queimaram a Casa do CRIADOR e
derrubaram os muros de Jerusalém, e todos os seus palácios queimaram a
fogo... para que se cumprisse a Palavra do CRIADOR, pela boca de
Jeremias, até que a Terra se agradasse dos Seus Sábados...”.
Pois bem, a profecia de Jeremias/Yarmi’yaohuh
cumpriu-se religiosamente, demonstrando ao mundo a sacrossantidade
do Sábado; apenas o fogo que ele mencionou que não se apagaria;
apagou-se! E agora: O profeta mentiu? Não foi ele inspirado pelo
CRIADOR? Veja! Os edomitas estavam sob a indignação do CRIADOR e
Isaías/Yahshua’yaohuh então preconizou:
Is 34: 9-10 – “E os seus ribeiros se transformarão
em pez (piche), e o seu pó em enxofre, e a sua terra em pez ardente. Nem
de noite nem de dia se apagará, para sempre o seu fumo subirá...”
Sim, amado, foi profetizado que os rios da cidade de
Edom se transformariam em piche ardente e sua fumaça subiria ao Céu para
sempre, e nunca se apagaria. Mas, pergunto-lhe: Onde estão os edomitas? Já
desapareceram há milênios e na sua terra o fumo não está subindo nem
queimando e muito menos o piche (matéria prima do asfalto) está ardendo até
hoje (Ez 25: 13-14). O CRIADOR, então, teve limitações? – Sim, teve,
com sinceridade devemos crer. Grave esta declaração:
“Para qualquer pessoa isenta de preconceitos, as
palavras que se traduzem por ‘eterno’ e ‘todo o sempre’ não significam
necessariamente que nunca terão fim. No Novo Testamento, vem do grego
aión, ou do adjetivo aiónios. É impossível forçar este radical
grego significar sempre um período que não tem fim. Quando aplicado a coisas
terrenas tem sentido restrito de duração enquanto durar a coisa a que se
liga; quando junto a CRIADOR ou coisas derivadas do ETERNO, então, sim,
exprime duração sem fim.” – Subtilezas do Erro, págs. 236/7, A.B.
Cristianini.
Compreendeu? Que haverá o “castigo eterno” dos
pecadores, através do “fogo eterno”, não se pode duvidar. É inegável! Porém,
o fogo eterno [combustão] é enquanto existir “matéria” [combustível]
para queimar – Ap 20:12; Mt 16:27; Rm 2:6. Porém, acabando os elementos
[combustível], seja animal ou vegetal, o fogo apagará, assim como apagou-se
nas cidades de Sodoma e Gomorra, nas portas de Jerusalém e nas cidades de
Edom.
Certamente o castigo que CRIADOR infligirá aos
pecadores será de acordo com o grau de pecado cometido. Os pecadores pagarão
até o “útimo ceitil” (Mt 5:26). Logicamente se um pecou mais que o outro,
esse queimará mais que aquele (tem mais “combustível”), mas terá fim, por
três razões fundamentais e simples:
Primeira: Desejar que seres humanos, ainda que
pecadores fiquem queimando por toda uma eternidade, entre gritos lancinantes
de dor, é um desejo mórbido, inconcebível no cristão e estranho para
CRIADOR.
Segunda: O CRIADOR, através do profeta
Malaquias/Malaokhí, deixa claro que o aniquilamento do pecador seguir-se-á
imediatamente após haver pago todos os seus pecados, na ressurreição dos
ímpios, após o Milênio. Vamos ler:
Ml 4:1-3 – “Porque eis que aquele dia vem
ardendo como forno; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade,
serão como a palha, e o dia que está para vir os abrasará, diz o CRIADOR dos
Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo. E pisareis os
ímpios, porque se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés, naquele
dia que farei, diz o CRIADOR dos Exércitos”.
ESCLARECENDO:
“Raiz”: satanás. “Ramos”: Todos os que lhe deram
ouvidos. Todos serão extirpados da face da Terra. “Naquele dia” – o Grande
julgamento do Trono Branco. Note que MUITOS, neste dia dirão: Mas,
Criador!!! Mt 2:21.
Terceira: A erradicação de todo resquício do mal
é “essencial ao bem-estar de toda a criação”. O profeta
Isaías/Yaoshua’yaohuh consolida o assunto afirmando que CRIADOR “aniquilará
a morte para sempre...” (Is 25:8). Eu não duvido, e você?
Finalizando, digo-lhe amado, os ímpios desaparecerão
sob a ação do fogo do ETERNO, junto com satanás e suas hostes de maldade, e
com esse fogo, que os destruirá para sempre, o CRIADOR purificará toda a
Terra, para receber de volta o Jardim do Éden e posteriormente doando-a em
possessão eterna aos salvos (Mt 5:5 cf. Ap 21:1-3.
Seria desconcertante habitar uma Terra nova e pura,
restaurada, repleta de gozo, felicidade e paz, ouvindo gritos horríveis de
pecadores queimando, não é? Claro que sim!
Que acha você seja melhor: Gozar as delícias eternas,
sabendo que, em algum lugar, estão pecadores, parentes e amigos, queimando,
entre gritos de desespero, ou o prazer do salvo será melhor sabendo ele que
o pecador já recebeu seu castigo, pagou o que devia, e desapareceu
completamente? Não disse Ele que “toda mágoa” seria apagada?
Leiamos Ap 21:4 – “Ele enxugará de seus olhos toda
lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem
dor; porque já as primeiras coisas são passadas”. Repito, nem dor, nem
lágrima!!!
Os Atributos do Caráter do Eterno [por consequência, de
Seu Filho, o nosso Criador] São: Amor, Justiça e Misericórdia. Nenhum dos
atos divinos pode estar dissociado destes elementos.
AMOR: O CRIADOR não quer que o homem se perca
(perdendo-se, será por sua exclusiva vontade, porque CRIADOR perdoa a todo
pecador e qualquer pecado, desde que confessado e abandonado – At 17:30 a
despeito da má interpretação trinitariana de Mt 12:32), mas não pode
interferir em sua vontade, o Livre arbítrio [Dt 30:19]. Se ele rejeita a
salvação, o CRIADOR tem que executar a justiça.
JUSTIÇA: Erradicar o mal completamente da Terra.
Destruir satanás, seus anjos maus e os pecadores que recusaram a salvação,
ficando agarrados ao pecado.
MISERICÓRDIA: A morte do pecador, conquanto
pareça um ato estranho da divindade, é um gesto de misericórdia do ETERNO,
pois que, seria um suplício para o ímpio estar em um ambiente onde não
tivesse os prazeres e deleites que amou e decidiu não renunciar, em toda a
sua vida.
Caso o pecador, de livre escolha, recusasse a vida
eterna e assim fosse condenado ao inferno para ser devorado pelas chamas,
padecendo sem nunca morrer, caracterizaria a justiça sem misericórdia,
e assim o amor do ETERNO estaria posto em dúvida.
CONSIDERE: Se o pecador ficar queimando para sempre, é
uma prova de que ele tem vida eterna, razão por que não morre, não é? Mas a
Bíblia afirma que o dom da vida eterna é para os justos e salvos, apenas! A
morte, por conseguinte, faz cessar a vida, e não continuar; é a paga [2ª
morte] para os ímpios; recebera a mesma pena de seu tutor – satanás!
Se o pecador vai ficar queimando em sofrimento, como
conciliar com a afirmação bíblica de que o sofrimento será erradicado
da Terra? (Ap 21:4). A Nova Terra também não pode abrigar coisas velhas,
principalmente pecadores queimando.
Pense, a mãe é a mais preciosa dádiva divina.
Você, como um filho amoroso, suponhamos, tem uma mãe que recusa aceitar o
evangelho. Você insiste, apela, pois quer vê-la na Vida Eterna. Ela recusa,
se mostra indiferente, e então, com profunda tristeza e pesar, você percebe
que ela não foi salva! Isto não interfere no seu amor de filho. Embora
“perdida” você jamais desejaria vê-la no fogo para sempre, certo? O amor
filial explodiria em seu peito e faria você recusar esta idéia profundamente
cruel... Pelo menos isto seria o lógico, não é?
Se a relação de filho para com a mãe, é assim, como não
será de pai (o Pai do Céu) para filho? Este amor tem o Pai Celestial pelos
pecadores. Ainda que, como tais, pereçam, o amor do ETERNO não permitirá que
fiquem sofrendo no fogo para todo o sempre.
– Simplesmente desaparecerão, após pagar –
conscientemente – todos seus pecados! Repetimos, esta é a razão da
ressurreição dos ímpios, do julgamento do Trono Branco e da 2ª morte!!!
Apresentando certa vez este tema a um querido irmão
observador do domingo, disse ele enfático: “Se o pecador não ficar queimando
no inferno, então comamos e bebamos que amanhã morreremos.” (Is 22:13 fora
de seu contexto, como sempre).
Ele deixou transparecer que, sem inferno e suplício
eterno, melhor seria viver no gozo do pecado hoje. Este é um preconceito que
surge imperceptivelmente até mesmo em corações muito sinceros, todavia, este
sentimento em relação ao ímpio de exigir que fique queimando para sempre, é
estranho à Bíblia e não encontra eco no coração do CRIADOR.
Você, meu dileto irmão, jamais esqueça: É o amor que
nos deve constranger a obediência e não o terror do castigo. Na Obra
Católica “A Luz do Inferno”, há esta descrição infernal:
“Escutai a tremenda, horrível gritaria de milhões e
milhões de criaturas atormentadas e enlouquecidas de fúria no inferno. Oh,
os gritos de terror, os gemidos de dor, os brados de agonia, os guinchos de
desespero de milhões e milhões! Escutai-os ali bramirem como leões,
sibilarem como serpentes, latirem como cães; lamúrias de dragões. Ouvi ali o
ranger de dentes e as terríveis blasfêmias dos demônios. Acima de tudo,
ouvis o troar dos raios da ira divina, que abalam o inferno até as
profundezas. Mas, há outro som... é o som dos oceanos de lágrimas que vertem
os incontáveis milhões de olhos”.
E quantas “visões” circulam pela internet sobre pessoas
“sofrendo no limbo”.. Visões estas que partem tanto de “católicos” quanto de
“crentes” (diga-se pentecostais, possuídos pelo demônio transvertido de luz,
na pessoa de um pretenso 3º deus – Mt 24:24). Até a parábola do Rico e de
Lázaro é usada [fora do seu contexto, repito] para corroborar com esta idéia
advinda do paganismo!
Ufa! Este tipo de inferno foi o que, por muitos anos,
ofuscou a crença em um CRIADOR justo. Esta doutrina diabólica trouxe
descrédito ao caráter do ETERNO e criou milhões de ateus: Um inferno ardendo
eternamente, pregado do púlpito e conservado diante do povo, é uma injustiça
ao benévolo caráter do ETERNO. Isto O apresenta como o maior tirano do
universo. Este dogma tem encaminhado milhares ao universalismo, à
infidelidade e ao ateísmo.
Mas,temos ainda uma outra passagem que deixamos para o
fim, por saber que agora – depois das considerações acima – ficará mais
fácil de entende-la:
Is 66:23-24 – “E acontecerá que desde uma lua nova
até a outra, e desde um sábado até o outro, virá toda a carne a
adorar perante mim, diz o CRIADOR. E sairão, e verão os cadáveres dos homens
que transgrediram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu
fogo se apagará; e eles serão um horror para toda a carne”. Primeiro,
lembre-se que Is 65, 66 fala do governo terreal do nosso Messias, durante o
Milênio. Ali haverá salvos que ressuscitaram em Sua Vinda e muitos vivos
[salvos ou alguns poucos ímpios que sobreviveram à grande Tribulação que
precedeu a Vinda do Messias], que presenciaram o Armagedom... É na memória
destes que se cumpre o vs 24. Veja, é fácil de entender se você já esteve
envolvido em algum tipo de acidente... Cada vez que você passar pelo local
do ocorrido, péssimas lembranças aflorarão em sua mente. Porém, após o
milênio – quando a terra estiver sido refeita das máculas do pecado – TODA
má lembrança será apagada!
MEDITE NISTO:
• Se CRIADOR “não tem prazer na morte do ímpio” (Ez
33:11), quanto mais vê-lo sofrer para sempre, depois que a história
do pecado acabar!
• Imagine, o CRIADOR exigir de uma pessoa que pecou
durante 70, 80 ou 90 anos que fique queimando milhões e milhões de anos na
eternidade sem fim. Não tem sequer lógica, não é?
Querido irmão, a vida é decisão constante. Se você crê
na doutrina do “castigo eterno”, continue a vivê-la e ensiná-la aos que
ainda a desconhecem; mas, lembre-se, o Caminho é amplo e poucos são os que
entram pela Porta [Lc 13:24; cf. Mt 5:19]. Amnao!
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