A Festa dos Tabernáculos ou Sukkot
(em hebraico), para nós seguidores de Yaohushua dos últimos
dias, se reveste de um significado especialíssimo. Durante
séculos a igreja cristã institucional tem observado apenas a
festa da Páscoa - dentre as três grandes festas de
Yaoshor'ul - Páscoa, Pentecostes, Tabernáculos (Dt 16 e Lv
23).
Edição: o Caminho
Para nós, a Festa dos
Tabernáculos significa a habitação do Messias em nosso meio (II Co
6:16b-18), e também o fato de que estamos entrando na nossa Herança (de que
Canaã era uma figura). Na verdade, YAOHUH habitou em nosso meio na pessoa de
Yaohushua. Em Yaohukhánam 1:14, que diz: "E o verbo se fez carne, e habitou entre
nós", a palavra no original não é habitou, mas "tabernaculou" entre nós.
Isto
demonstra que Yaohushua era "YAOHUH conosco", ou seja, YAOHUH tabernaculando
conosco através de Seu Filho Unigênito. Por este motivo, temos visto os
estudiosos afirmarem que Yaohushua não nasceu no dia 25 de dezembro, mas
durante a Festa dos Tabernáculos. Isto é óbvio, se pensarmos que no dia em
que Yaohushua nasceu, "pastores... guardavam o seu rebanho durante as
vigílias da noite" (Lc 2:8). Se fosse na noite de 24 ou 25 de dezembro, isto
não seria possível, devido ao frio que faz naquela região, nessa época.
Neste caso, os rebanhos estariam bem guardados em seus apriscos fechados, e
não ao ar livre, como Lucas relata. Pode-se provar que Yaohushua nasceu em
setembro ou outubro, estudando-se em profundidade a data do nascimento de
Yaohukhánam, o Imersor, 6 meses antes do nascimento de Yaohushua (Lc 1:36), se
considerarmos que Zochar’yaohuh, pai de Yaohukhánam, era do turno de Abias (Lc 1:5).
Verificando-se a época em que esse turno funcionava no
tabernáculo (I Cr 24:10), conclui-se que somando-se o tempo necessário para o nascimento
de Yaohushua, este cairá durante a Festa dos Tabernáculos...
Significado profético:
Além disto, a
Festa dos Tabernáculos é uma Festa Profética. A sua mensagem nos fala da
nossa herança, isto é, "da medida da plenitude da estatura do Messias", a
mesma que a Palavra de YAOHUH nos promete que chegaremos em breve (Ef 4:11-16).
Fala da glória de YAOHUH a ser manifestada nesta "ultima casa" (Ag 2:8).
Fala não apenas do milagre da provisão de YAOHUH no meio do deserto, mas de
uma provisão superabundante na terra que é nossa herança, onde teremos não
apenas as "primícias" "do penhor da nossa herança" (Rm 8:23; Ef 1:13,14)
que é Yaohushua em rukha (espírito); mas, teremos a plenitude da herança, a
posse de tudo o que o Messias tem reservado para os Seus filhos.
Significado prático:
A Festa dos
Tabernáculos não é apenas algo que comemoramos uma vez por ano, em
setembro/outubro, relembrando o passado, mas significa, para nós, uma
EXPERIÊNCIA. Assim como a Pósqayao é para os salvos uma experiência
(libertação do pecado e da escravidão) também é o Pentecostes uma experiência
(presença espiritual de Yaohushua). Tabernáculos é uma experiência a ser
atingida pela Igreja Cristã além de apontar para o Seu breve retorno. É
certo que nesta festa nos reuniremos para estudar a Palavra e adorar ao
Messias. Mas a Festa não termina depois desta Santa Convocação. Ela continua
em nossos coração que anseiam pelo seu cumprimento, pela manifestação dos
seus frutos, dia após dias.
E, pouco a
pouco podemos sentir que o Corpo do Messias, a Kehiláh, esta chegando à
experiência da Festa dos Tabernáculos. Aleluia. Tabernáculos será uma
experiência em que todo o Corpo entrará ao mesmo tempo. Qual deve ser o
nosso interesse? Ajudar todos os membros do Corpo do Messias (Ohol
Yaohushua ou seja, as holyais locais) a entrar em todas as experiências que YAOHUH está revelando aos
Seus nestes últimos dias, para que em breve tudo se cumpra e cheguemos à
"restauração de todas as coisas" (At 3:21), e possa cumprir-se cabalmente, no
Corpo do Messias, a experiência da Festa dos Tabernáculos.
Como
observar a festa dos Tabernáculos:
1 - "Pois hoje é
um dia sagrado diante do ETERNO, o nosso UL’HIM - hoje é
um dia para ser comemorado com uma refeição gostosa e
bebidas suaves, e para mandar presentes às pessoas que
passam necessidade, porque a alegria do CRIADOR é a
força de vocês. Vocês não devem ficar desanimados e
tristes!" (Ne 8:10). Há muitas maneiras pelas quais
as ações de graça pelo Reino Milenial que Yaohu’shua nos
proporcionará, e que a Festa tipifica.
2 - "e para mandar
presentes às pessoas que passam necessidade" (Ne
8:10). Rejeitemos a troca de presentes comum na época de
natal (falsa data do nascimento de Yaohushua), em favor
do "enviar porções" (alimentos e subsídios). Não é uma
troca interesseira, mas "presentes aos que nada têm
preparado para si". Nisto consiste o amor. Esta é uma
boa saída para o comercialismo do natal e um digno
substituto cristão para o ambiente pagão da época
natalina.
3 - "Dia após dia leu
Esdras no livro da lei de UL desde o primeiro dia até o
último; e celebraram a Festa por sete dias" (Ne 8:18). O
estudo e meditação na Palavra de UL’HIM é uma
característica do "espírito" da Festa dos Tabernáculos.
Procure ler a Palavra com a família e mais outras
pessoas, se possível, nestes dias, sabendo que
aguardamos o sétimo dia, a Sua Volta para
definitivamente restabelecer o Seu Reino Milenial!
4 - "Saí ao monte, e
trazei ramos... para fazer cabanas" (Ne 8:15,16). Faça
uma pequena cabana [maquete - presépio] para lembrar o
significado da Festa, tipificando a estrebaria em que
YAOHUH veio tabernacular conosco, na pessoa de Yaohushua.
Essa cabana pode ser uma bela ilustração da Verdade,
especialmente para as crianças.
Além de tudo, estamos
esperando que o Messias, nestes últimos dias, revelará
algo completamente novo em seu coração, ao comemorar a
Sua da Festa (Sukkot). Comece seguindo os princípios da
Palavra de YAOHUH [Sua Lei Moral], que as demais coisas
o Espírito (Yaohushua – Ap 3:20) revelará ao Seu tempo.
Amnao!
A
REPRESENTAÇÃO PROFÉTICA DA FESTA DE SUKKOT:
A festa de
Sukot é rica em significados e simbolismos, que como nos diz a Bíblia, as
Festas estão
sempre apontando para algo que haveria de vir - eram sombra das coisas
futuras - e assim é com Sukot.
O primeiro
fator relembrado nesta festa é o fato de que os hebreus estavam sempre
viajando - as cabanas eram simples para poderem ser montadas e desmontadas a
qualquer momento - e isso é uma representação do "peregrinar" do homem sobre
a terra. Sabemos que o mundo não é nosso lugar. Yaohushua quando falou
disso, disse o seguinte: "...não são do mundo, como eu do mundo não sou" (Jo
17.16), demonstrando que nossa verdadeira cidadania não é nesta terra
contaminada pelo pecado, pois apenas "estamos" no mundo, porém não "somos"
do mundo (de pecados)!
Outro fator
importante é que as cabanas eram frágeis, mas independente disso o povo
viveu por quarenta anos no deserto sob a proteção de YAOHUH. Isso nos faz
lembrar o cuidado de YAOHUH para conosco e que mesmo em meio às provações há
a provisão, o livramento, a proteção que, apesar da fragilidade de nossa
vida, manifestam-se desta forma dando-nos a certeza de que Ele está com
todas as coisas sob controle! Durante os quarenta anos de peregrinação do
povo de Yaoshor'ul não lhes faltou coisa alguma, quer no sentido material, quer
no sentido espiritual. I Cor 10:1-4.
A provisão
material abrangia duas áreas principais: a provisão da alimentação em meio a
um deserto e a manutenção daquilo que eles já tinham quando saíram do Egito.
Isso só foi possível graças a uma época de intensos milagres - a primeira
grande era dos milagres bíblicos -, pois quando da peregrinação YAOHUH
proveu comida e água suficientes para alimentar todos os integrantes do
povo. Levando-se em consideração que os que saíram do Egito foram 600.000
(seiscentos mil homens) e fazendo-se uma média de quatro (4) pessoas por
família - o que é pouco para os orientais, que costumam ter famílias
numerosas -, teremos um total aproximado de 2.400.000 (dois milhões e
quatrocentos mil pessoas) no deserto pedindo água e comida e sendo supridos
plenamente por YAOHUH por 40 anos... não seria isso um grande milagre?
Quando se fez
necessário YAOHUH abriu rochas e fez que delas brotassem fontes de água e
até mesmo fez "chover" carne do céu, enviando ao povo codornizes para que
eles pudessem ter seu suprimento de proteínas adequado para a viagem. Mas o
mais impressionante disso é o manáh. Está escrito que YAOHUH deu ao povo "pão
dos anjos" (Sl 78.25 – não significa isto que os anjos precisem deste
alimento) para comer! Imagino o que deve ter acontecido. O Messias dá uma
ordem e os próprios anjos levavam este "pão" para alimentar ao povo, e mesmo
assim eles ainda reclamaram, pois sentiram-se enjoados por comerem o manáh,
diariamente!
Não somos nós assim? Vivemos de uma forma que, às vezes, YAOHUH envia seus
anjos para nos alimentar e mesmo assim reclamamos! Sem falar que o próprio
manáh era um símbolo do resgate da Lei de YAOHUH UL, relembrando-os (e a nós)
de como guardar o 4º mandamento!
Há também a
questão das roupas e calçados: não haviam condições de terem-se fábricas de
calçados e tecelagens no deserto, porém os calçados e as roupas não
envelheceram nem desgastaram-se durante a época da peregrinação. Temos aqui
duas hipóteses: a primeira é a de que YAOHUH "conservou" as roupas e
calçados do povo de Yaoshor'ul de forma a não se desgastarem. A segunda é de que
além disso, as roupas e calçados "cresceram" com o povo, pois na época da
saída do Egito muitas crianças e jovens saíram no meio do povo, e eles
cresceram e se desenvolveram durante aqueles quarenta anos de caminhada!
YAOHUH UL'HIM provê!
Em nossas
vidas também acontecem tais milagres - provisão para o corpo e no corpo -
nossas roupas e alimentos - o que nos mantém durante nossa peregrinação
firmes e convictos de que tudo não passa de um contínuo milagre, pois somos
continuamente livrados por YAOHUH em nosso dia-a-dia e não o percebemos!
Nossa saúde é mantida por YAOHUH (sempre através do Verbo, Yaohushua) - e consequentemente a vida - apesar de
nossa fragilidade! O próprio acordar, diariamente, é uma amostra da
ressurreição do último dia!
Outro fator
muito importante e também esquecido por nós é que Yaohushua (I Cor 10:1-4)
andava em meio à Seu povo no deserto e isso foi visto claramente por eles,
pois durante o dia havia uma nuvem que cobria todo o povo, evitando assim
que o calor do sol os fizesse perecer no deserto.
Esta
cobertura simboliza o cuidado de YAOHUH para conosco e faz-nos lembrar que,
do alto vem nosso livramento e que também nós temos uma "cobertura" muito
competente, pois o Criador dos céus e da terra é aquele que é autoridade
(cobertura) sobre nós e assim gerencia nossos passos, para que não sejamos
consumidos pelo calor do sol no deserto. Isso durante o dia, pois à noite a
coisa é ainda pior! À noite temos a ausência de luz, e no deserto sopra um
vento muito frio, além de haverem os animais que saem de seus esconderijos
para poderem se alimentar e ali está o povo, totalmente entregue às
condições do tempo e aos perigos daquele lugar.
Mas até para
isso o Messias providenciou solução. No deserto havia uma "coluna de fogo"
que guarnecia o povo (em hebraico, literalmente "algo que se punha em pé"),
lembrando-nos de que quando chegam os momentos "obscuros e tenebrosos" da
vida (ou como diz Daoud: "Ainda que eu andasse pelo vale da sobra da morte
não temeria mal algum, porque Tu estás comigo" Sl 23.4). YAOHUH se faz
presente em nossa vida como um "fogo consumidor" que além de nos esquentar
durante o rigoroso frio do deserto também espanta os animais perigosos que
poderiam nos atacar, além de providenciar a direção correta em meio à
escuridão!
O motivo da
Festa de Sukot é basicamente um: relembrarmos os atos de YAOHUH na história
do povo de Yaoshor'ul e também sabermos que isso acontece hoje conosco -
enxertados neste mesmo Povo - e, por
isso celebramos à Ele por tudo! Os judeus messiânicos crêem que o Messias
virá numa festa de Tabernáculos, pois de acordo com Yaohukhánam capítulo 7,
Yaohushua foi para a Festa de Tabernáculos (7.2), porém, só Se manifestou no
último dia da Festa dizendo: "E no último dia da festa, Yaohushua pôs-se em
pé e clamou dizendo: Se alguém tem sede venha a mim e beba". Naquele dia,
Yaohushua fez uma das declarações mais importantes já feitas ao homem: "Se
alguém tem sede..."
Naquele dia
Yaohushua revela-se aos judaicos como sendo ele a fonte de água - a
principal necessidade, no deserto (da vida) - que pode
saciar a sede de todos os que se acheguem a Ele... A condição é sempre a fé!
Está escrito: "Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva
correrão do seu ventre". O Messias, segundo cremos, virá justamente no
último dia de Sukot, pois foi justamente neste dia que Yaohushua se
manifestou aos seus... Esperamos pois que, quer seja em Sukot ou não,
possamos estar atentos para o momento em que Yaohushua hol'Mehushkháy nos levará para junto de
si definitivamente para estabelecer o Seu Reino Messiânico e Milenar sobre a
Terra... Que assim seja e cumpra-se!
Baruch seja
YAOHU UL, baruch seja Yaohushua que tabernaculou entre nós; amnao!
Rh
Mário Moreno
Edição de oCaminho
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