No
período que foi de 1844 a 1851 podemos constatar que
prevaleceu entre os adventistas do 7º dia certa euforia
mística que não só afetou a igreja, mas principalmente o
crescimento “da profeta”, a qual acabou por enveredar numa
atitude infantil e sofrer as suas consequências.
Edição de oCaminho
[Nota: Nas citações
manteremos os nomes pagãos tais como "deus, jesus e ou
senhor"; próprio dos trinitarianos]
Todavia quem
conhece o percurso de Ellen G. White pode confirmar como nela se operou um
dom de profecia e como cresceu pouco a pouco rumo à imaturidade
espiritual. Aqueles que pensam que profetas não erram ou que tudo o que
diz é absoluta verdade, equivocam-se e acabarão ou por cair no fanatismo ou
repudiar seus testemunhos [I Co 7:12]. Vamos, pois analisar esse período
inicial e atribulado [da IASD] em que se sustentaram doutrinas tão
absurdas como aquela que afirmava que o tempo da graça havia terminado e,
portanto qualquer esforço missionário era descartado, ou que a segunda vinda
de Cristo aconteceria em 1851 (Mt 24:36).
Devemos enfrentar
tais problemas e explicá-los, em vez de enfiar a cabeça na areia - qual
avestruz - e incorrer no pecado de negar conscientemente os fatos. Muitos
preferem não estudar estas coisas, mas o ETERNO requer de nós inquirição e
honestidade. Incluso certos “pastores” mentem descaradamente quando são
confrontados com questões deste tipo; quando deveriam ser os primeiros em
conhecê-las para poder “pastorear” o rebanho; especialmente prestar ajuda
àqueles que crescem na fé e fazem perguntas que demandam sempre uma resposta
espiritual, bíblica e jamais do tal de “Espírito de Profecia” já que a
Verdade está apenas na Palavra – as Santas Escrituras [Luz menor para
iluminar uma maior? Que faz a luz da chama de um fósforo em pleno
meio-dia?].
Não enxergam a tremenda responsabilidade que assumiram ao ser
“pastores”, continuando a agir como apenas tivessem que prestar contas de si
mesmos [à "Associação"?], apesar de serem, de fato (sublinhe-se) responsáveis por todo o
rebanho que está entregue ao seu cuidado - ora, isso é uma tremenda
responsabilidade, uma obra exigente e sagrada; uma tarefa que apenas
poderemos descrever com estas palavras de Jacob: terribilis est locus
iste [parafraseando: "Isto" merece muito respeito].
Depois do
desapontamento de 22 de Outubro de 1844 prevaleceu entre a comunidade de
Ellen certa expectação da vinda de Cristo. Não entraremos aqui em discussão
acerca do verdadeiro dia de expiação em 1844 [se bem que o ETERNO não
erraria em quase um mês uma data tão importante para o fundamento de “sua”
igreja, não é – Tg 1:17], mas registre-se que é necessário reconhecer que
houve um erro na sua identificação, pois nesse ano o Yon Kipur ocorreu no
dia 23 de setembro. Isto é problemático demais e deve aceitar-se que causa
prejuízos à sã doutrina, assim como também outros equívocos da mesma natureza.
Seja como exemplo, a contagem dos 1260 anos desde ano 538 d.Y. De fato, em
527 Justiniano ascendeu ao poder, em 531 intensificou a sujeição de toda a
igreja ao bispo de Roma (Papa), e em 533 conferiu-lhe o título de Rector
Ecclesiae, pelo que nessa data o papismo já estava estabelecido. E se
contarmos desde esta data (533), chegamos até 1793, quando começam os 3 anos
proféticos, os quais Ellen confundiu, ao escrever: "Segundo o profeta,
portanto, um pouco antes de 1798..." (CS, p. 134), quando o texto diz
exatamente o revés (depois de): "Quando acabarem o seu testemunho..." (Ap.
11:7), quer dizer, depois dos 1260 anos (segundo a cronologia
tradicional, depois de 1798, mas 1793 está antes!). Ora, nos Primeiros
Escritos, E.G.White mostra claramente como ao CRIADOR, essas
cronologias exatas de fato não lhe interessam muito, ao escrever: "Vi o
povo de DEUS, com alegria, em expectação, aguardando o seu senhor. Mas era
intento de DEUS prová-los. Sua mão ocultou um engano na contagem dos
períodos proféticos. Aqueles que estavam esperando pelo seu senhor não
descobriram este erro, e os homens mais doutos que se opunham ao tempo
também deixaram de o ver" (p.236).
Nota
de o Caminho:
Existem “textos inspirados” que textualmente afirmam que a data correta é 22
de outubro e para não deixar a profetiza (ou a igreja) em contradição com a
história que diz que naquele ano, o Yon Kippur deu-se em 23 de setembro;
alegam que a data é uma referencia tirada de um calendário que nunca existiu
– o dos caraítas! Além de que o ETERNO não erraria na data de tão importante
evento para a escatologia do fim... Assim, como pedras de dominó, uma derruba a
outra!
Estes erros refere-se aos
primeiros cálculos, que levavam a 1843, em vez de 1844, e muito certamente
também ao primeiro cômputo nesse ano (março de 1844) e obviamente podemos
considerar também 22 de outubro. Hoje, como foi dito na Nota
anterior, sabemos que o dia exato do Yon Kippur em 1844 foi 23 de setembro,
no outono. E isto deveria assumir-se, sem qualquer problema para
justificá-lo, até porque geralmente “a serva do Senhor” coloca a ênfase na
estação, mais do que no próprio dia e escreve: no outono de 1844;
evidentemente também ela não sabia que 22 de outubro não coincidia com o Dia
da Expiação, em 1844. Além do mais, saber o Dia de Expiação (Yon Kippur em
1844) naqueles dias, não era coisa fácil para eles [evidentemente isto
exclui o Criador, ao dar a profecia].Porém, alegar que o povo deveria passar
pela prova do desapontamento [Era essa a intenção do Pai celestial, como se pode ler no
texto supra atribuído a Apocalipse 10?!?]. Por outro lado, os eventos da
economia da salvação (soteriologia) são processos complexos, que não sucedem
in abrupto, mas onde o elemento temporal serve apenas de orientação
(são marcos ao longo da sequência profética), principalmente tratando-se de
eventos celestiais (no céu, na eternidade). Mas voltemos ao assunto
principal.
Depois do noivo
tardar, como se entendeu naqueles dias, prevaleceu a idéia de que o clamor da meia-noite
[aqui esquecem-se do pôr-do-sol como referência à mudança do dia] tinha
sucedido nessa ocasião e que o Esposo veio à "ceia das bodas" em 22 de
Outubro de 1844. O texto de Matt'yaohuhh reza: “E saindo elas (as virgens
insensatas) para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas
entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta"! Mt 25:10.
Sustentavam que
isso se cumpriu em 22 de Outubro de 1844, quando Cristo se levantou no
santuário celestial e passou do Lugar Santo ao Lugar Santíssimo, fechando-se
assim a Porta da Salvação para todos, exceto para "as virgens prudentes," ou
seja, os "crentes adventistas" que participaram no movimento de
Guilherme Miller em 1844; e, continuavam fiéis. O Messias agora
"encerrara Sua missão" com Seu povo especial, e a Sua tarefa consistia
- agora - em
prepará-los e purificá-los por meio de uma série de provas e tribulações
para que fossem dignos de receber o Seu reino. Cristo estava ministrando só
ao "israel espiritual" - os crentes adventistas!
Ensinavam que era
tempo de prova, o que envolvia certos pontos da verdade, como o sábado e
que, portanto, o ministério de Cristo em favor da salvação dos perdidos
tinha terminado. Ninguém mais se salvaria. O tempo da graça havia chegado ao
fim.
Nota
de o Caminho:
Este conceito de "israel espiritual" não tem apoio escriturístico, uma vez
que o ETERNO não erra e portanto, não errou ao escolher o Seu
Povo (Rm 11:1-5) a ponto de ser necessário "substituí-los". Além do mais, provação é uma doutrina pentecostal – Tg 1:13.
Em dezembro de
1844, Miller ainda escrevia que: "Ao advertir os pecadores e tentar
despertar uma igreja formal, cumprimos nossa obra. Em sua providência, Deus
fechou a porta; só podemos instar-nos mutuamente a ser pacientes". Advent Herald, 11 de dez. de 1844.
Em 19 de Fevereiro
de 1845, Miller escreve o seguinte: "Não vi nenhuma conversão legítima desde
então [22 de outubro de 1844]." Voice of Truth, 19 de fev. de 1845.
Pelo final de 1848
muitos dos crentes na Porta Fechada, incluindo Miller, haviam
abandonado essa doutrina estranha e herética; mas havia uns poucos
"adventistas" que persistiam na doutrina da ‘Porta Fechada’. Dentre os
quais destacava-se Joseph Bates [quem trouxe o sábado para dentro da IASD].
Ele ensinava que haveria um período de sete anos durante o qual Cristo
provaria Seus filhos (baseava-se no ritual das sete aspersões que pertencia
ao Yon Kippur e no futurismo: doutrina que coloca a última semana de Dayan'ul
para o futuro, com o consequente arrebatamento [secreto] que antecede à um
herético governo de um anti-cristo). Acreditava-se que no final desse
período, em 1851, aconteceria a segunda vinda de Cristo. Assim, em 1847
escreveu o seguinte: "A Porta Aberta de Paulo, então, era a pregação do
evangelho aos gentios. Feche-se esta Porta, e a pregação do evangelho não
terá nenhum efeito. Isto é exatamente o que dissemos que ocorreu. A mensagem
do evangelho terminou no tempo assinalado com a terminação dos 2300 dias [em
1844]; e quase todos os crentes honestos que estão observando os sinais dos
tempos o admitirão". Joseph Bates, Second Advent Waymarks, 1847, pp. 97-110.
Nota
de o Caminho:
A
real interpretação das 2.300 tardes... ocorrem DENTRO da última semana de
Daniel que cumpriu-se na cruz. Veja o link no fim deste estudo...
Também Tiago e
Ellen White eram ardentes partidários da doutrina da Porta Fechada.
De fato, em 1845, Ellen “recebeu visões” (nunca se esqueça disto!) que
mostravam que a Porta da Salvação estava fechada. Lucinda Burdick, também do
Maine, diz: "Ouvi falar pela primeira vez da Srta. Ellen G. Harmon (depois
Sra. Ellen G. White) em princípios do inverno (janeiro ou fevereiro) de
1845, quando meu tio Josiah Little veio à casa de meu pai e informou que
havia visto uma tal Ellen Harmon no ato de ter visões, que ela assegurava
receber de Deus. Meu tio disse que ela afirmava que Deus lhe
havia revelado que a porta da misericórdia tinha-se fechado para sempre,
e que de agora em diante não havia mais salvação para os pecadores. Isto me
causou grande inquietude e angústia mental, porque eu não havia sido
batizada e meu jovem coração se preocupou muito pelo que sucederia com a
minha salvação se a porta da misericórdia estivesse realmente
fechada". Carta de Lucinda Burdick, Bridgeport, Connecticut, 26 de set. de
1908.
Ela recorda que:
"Ellen estava tendo o que se conhecia como visões: Dizia que Deus lhe
havia mostrado em visão que Cristo se levantou no dia décimo do sétimo mês
de 1844 [para eles 22 de outubro] e fechou a porta da misericórdia; que
havia abandonado para sempre o trono mediador; que o mundo inteiro estava
condenado e perdido, e que jamais se salvaria qualquer outro pecador".
Miles Grant, An Examination of Mrs. Ellen White's
Visions, Boston: Advent Christian Publication Society, 1877.
Note que a mensagem
de Ellen White era de que não restava qualquer obra por fazer a favor dos
não-adventistas (selados apenas naquele 22 de outubro). O mundo estava irremediavelmente perdido.
O ministro
adventista Isaac Wellcome recorda o seguinte: "Amiúde, estive em reuniões
com Ellen G. Harmon e Tiago White em 1844 e 1845. Várias vezes a sustive
enquanto caía ao solo - às vezes quando desmaiava durante uma visão. Ouvi-a
relatar suas visões destas datas. Várias foram publicadas em panfletos,
dizendo que todos os que não apoiavam o movimento de 1844 estavam perdidos;
que Cristo havia abandonado o trono da misericórdia, que todos os que seriam
selados o haviam sido, e que ninguém mais se arrependeria. Ellen e Tiago
ensinaram isto por um ou dois anos. Recentemente, em suas visões publicadas,
chamadas 'Testemunhos,' suas visões diferem amplamente, e contradizem suas
visões anteriores direta e patentemente". Ibid.
Nota
de o Caminho:
Diga-se, manipularam “os Escritos”; pratica esta que persiste até hoje, na
IASD...
Não podemos
desconsiderar esses testemunhos da época. São deveras verdadeiros documentos
e qualquer investigador sério deve tê-los em linha de conta. Algumas
mentalidades tacanhas, incluindo “pastores”, têm o desplante de
manifestamente ignorar os fatos. Ora, essa atitude é infantil,
despropositada e desonesta. Sejamos prudentes e sinceros, senão viramos
pocilga de pecados, omissões, falso testemunho, etc.
Em 1846, Ellen
White escreveu algo que importa recordar, afirmando que a Porta da Salvação
estava realmente fechada: "Enquanto em Exeter, Maine, ao estar reunida com
Israel Dammon, Tiago, e vários outros, e muitos deles não criam numa
Porta Fechada. Eu sofria muito no início da reunião. A descrença parecia
estar por todo lado. Havia uma irmã ali que era considerada muito
espiritual. Tinha viajado e fora uma poderosa pregadora pela maior parte do
tempo durante vinte anos. Ela havia sido verdadeiramente uma mãe em Israel.
Mas uma divisão havia surgido no grupo sobre a questão da Porta Fechada.
Ela tinha tido grande misericórdia, e não podia crer que a Porta estava
fechada. (Eu nada soubera da diferença entre eles). A irmã Durben
levantou-se para falar. Sentia-me muito, muito triste. Minha alma parecia em
agonia o tempo todo, e enquanto ela falava, caí de minha cadeira ao chão.
Foi então que tive uma visão de Cristo erguendo-se de Seu trono de Mediador
e indo para o Lugar Santíssimo, como o Noivo indo receber o Seu reino. Todos
estavam profundamente interessados na visão. Todos disseram que era algo
inteiramente novo para eles. O Senhor operou com grande poder estabelecendo
a verdade em seus corações. A irmã Durben sabia o que era o poder do Senhor,
pois havia-o sentido muitas vezes; e pouco tempo depois que eu caí, ela foi
atingida, e caiu ao chão, clamando para que Deus tivesse misericórdia
dela. Quando eu saí da visão, meus ouvidos foram saudados com o cântico e
clamores da irmã Durben em alta voz. A maioria deles recebeu a visão, e
ficaram estabelecidos quanto à Porta Fechada". Ellen White, Manuscript Releases, Vol. 5, p. 97
Nota
de oCaminho:
Uma
autentica reunião pentecostal (diga-se, sessão espírita), onde TODOS foram
possuídos por ha'satã...
Muitos ainda não
estavam convencidos. Por isso e sentindo a responsabilidade, os White
começaram a viajar para anunciar e convencer os outros adventistas, como o
Irmão Stowell, de que a Porta da Salvação estava fechada. Ellen escreve: "O
primeiro sábado que passamos em Topsham [24 de Março] foi doce e
interessante. Parecia que Cristo mesmo passava pelo meio de nós e
espalhava sua luz e sua glória sobre nós. Todos bebemos um grande
sorvo do poço de Belém. O Espírito veio sobre mim e fui arrebatada em visão.
Vi muitas coisas importantes, algumas das quais as descreverei antes de
fechar esta carta. Vi que o irmão Stowell, de Paris, vacilava sobre a
questão da Porta Fechada. Pareceu-me que devia visitá-los. Embora o lugar
ficasse a cinquenta milhas de distância e o caminho estivesse em condições
muito críticas, cria que Deus me daria forças para fazer a viagem. Fomos
e encontramos a necessária força. Não tinha havido uma reunião no lugar por
mais de dois anos. Passamos uma semana com eles. Nossas reuniões foram muito
interessantes. Tinham fome da verdade presente. Tivemos com eles reuniões
livres e poderosas. Deus me deu duas visões enquanto estive ali, para
grande consolo e fortaleza dos irmãos e irmãs. O irmão Stowell foi firmado
na doutrina da Porta Fechada e em toda a verdade presente de que havia
duvidado". Ibid., p. 93.
Leia outra vez o
texto atentamente. Só faltou o cunho: O SENHOR DISSE – Ez 13:7.
Veja o que Otis
Nichols escreveu a William Miller em Abril de 1846 elogiando E.G.White por
suas visões acerca da Porta Fechada: "Sua mensagem sempre era
acompanhada pelo “Espírito Santo”, e onde quer que fosse recebida como de
parte do Senhor, quebrantava e derretia seus corações como se fossem
criancinhas, e alimentava, consolava, e fortalecia os débeis, e os animava a
apegar-se à fé, e ao movimento do sétimo mês; e que nossa obra para a igreja
nominal e o mundo estava terminada, e o que restava fazer era a favor
da casa da fé". DF 105, de Otis Nichols para Guilherme Miller, 20 de abril
de 1846. (Extraída de The Early Years, Vol. 1, pp. 75-76).
Outro testemunho da
época provém de John Megquier, que vivia em Poland, Maine. Foi em sua casa
que Ellen teve muitas das suas primeiras experiências carismáticas
[pentecostal; denunciando a sua origem denominacional]. Ele disse:
"Conhecemos bem a trajetória de Ellen G. White, a vidente, enquanto esteve
no estado do Maine. Algumas das primeiras visões que teve ocorreram em minha
casa de Poland. Dizia que Deus lhe havia dito em visão que a Porta da
Misericórdia se havia fechado, que não havia mais oportunidade para o mundo;
que ela podia dizer quem tinha manchas em sua veste, e que essas manchas
eram obtidas pondo em dúvida se suas visões eram do Senhor ou não. Então ela
dizia o que fazer, o que cumprir, para recuperar outra vez o favor dd Deus. Então
Deus lhe mostrava, por meio de uma visão, quem estava
perdido, e quem estava salvo em diferentes partes do estado, segundo
houvessem aceitado ou rechaçado as visões" Ibid.
O sentimento e a
certeza dessa doutrina era tão forte que em 1847, Tiago publicou um
documento intitulado A Word to the Little Flock (Uma Palavra ao Pequeno
Rebanho), no qual ele e Ellen promoviam a doutrina da Porta Fechada.
Nesse livreto, Ellen descreve uma visão que muitos recordarão. O texto diz
assim: "Enquanto orava no altar da família, o “Espírito Santo” veio sobre
mim, e parecia que estava sendo transportada mais e mais para o alto, bem
acima do escuro mundo... Ergui os olhos, e vi um caminho reto e estreito que
se estendia muito acima do mundo. Nesse caminho o povo do Advento estava
viajando para a cidade, que se situava na sua extremidade. Tinham por detrás
e no princípio do caminho uma luz brilhante que um anjo me assegurou ser o
clamor da meia-noite. Essa luz brilhava ao longo do caminho inteiro e
fornecia luz para os seus pés de modo a que não tropeçassem. Se mantivessem
os olhos fixos em Cristo, que estava à frente deles, conduzindo-os para a
cidade, estariam seguros. Mas logo alguns... negaram grosseiramente a luz
atrás deles e disseram que não fora Deus quem os conduzira até tão
distante. A luz por detrás desses extinguiu-se deixando-lhes os pés em total
escuridão, e tropeçaram e perderam de vista o marco e ao Senhor, e caíram
para fora do caminho, mergulhando para o mundo escuro e ímpio em baixo. Era
tão impossível para eles alcançar o caminho novamente e seguir para a
cidade, como também para todo o mundo ímpio que Deus havia rejeitado". A
Word to the Little Flock, 1847.
Já leu isto em
Primeiros Escritos, não é verdade? Compare e veja se nota algo de diferente.
No mesmo documento,
Tiago acrescentou os seus próprios pensamentos sobre a doutrina da Porta
Fechada. Escreveu o seguinte: "O Senhor está claramente representado na
Bíblia em seus diferentes caracteres, ofícios, e obras. Na crucifixão, foi o
manso cordeiro que foi morto. Desde a ascensão até que a Porta se Fechou em
Outubro de 1844, Cristo continuou com seus braços de amor e
misericórdia abertos, pronto para receber e advogar a causa de cada pecador
que viesse a Deus por meio dEle. No dia décimo do mês sétimo de 1844,
entrou ao Lugar Santíssimo, onde desde então tem sido um misericordioso
'Sumo sacerdote sobre a casa de Deus'" Ibid., pp. 1-2.
Lá por volta de
1848 muitos começaram a discutir a veracidade da teoria, mas os White e
Bates continuaram insistindo e pregando a doutrina da Porta Fechada.
Tiago iniciou uma nova revista mensal intitulada Present Truth, onde o tema
central era o da Porta Fechada ou o fim da graça.
Ellen insistia com
zelo inaudito que o dia da salvação para os perdidos tinha terminado. Em
agosto, Ellen publica na Present Truth o que o “seu anjo” lhe tinha dito:
"Meu anjo acompanhante me convidou a buscar ver o trabalho pelas almas dos
pecadores, como antes existia. Olhei, mas não pude vê-lo, porque o tempo da
salvação deles havia passado". Present Truth, Ago., 1849.
A pregação daquele
tempo dizia que Cristo devia regressar no outono de 1851. Ora, em 1850
havia uma preocupação generalizada, a saber, que seus seguidores somavam
apenas centenas e eles necessitavam de 144.000 para o outono do próximo ano.
Numa carta escrita a alguns amigos em fevereiro, E.G.White anunciava alguns
novos conversos à mensagem adventista: "As almas estão encontrando a verdade
por toda parte aqui. São os que não ouviram a doutrina adventista, e alguns
deles são os que saíram a encontrar o Esposo em 1844, mas que desde esse
tempo foram enganados por falsos “pastores” até ao ponto de não saberem nem
onde estavam nem no que criam". Carta 4, 1850, pp. 1, 2.
Nota
de o Caminho:
Bem
conveniente, não é?
Eis aí o primeiro
indício de que os que não eram parte do movimento de 1844 podiam salvar-se.
Note, todavia como E.G.White cuida em dizer que essas pessoas eram cristãos
que nunca haviam ouvido falar da doutrina adventista. Nenhuma esperança para
os não cristãos e os cristãos que tinham rejeitado a mensagem de Miller de
1844.
Em abril de 1850
debateu-se o tema da conversão e salvação dos filhos dos santos. Tinham-se
passado quase seis anos desde o grande desapontamento, e muitas crianças
nasceram, entretanto. Poderiam salvar-se essas crianças apesar de não terem
participado do movimento de 1844? A questão foi decidida na revista Present
Truth: "Como elas estavam então (em 1844) num estado de inocência, tinham
tanto direito a que seus nomes fossem registrados no peitoral do juízo como
os que haviam pecado e tinham sido perdoados; portanto, estão sujeitos à
presente intercessão de nosso grande sumo-sacerdote". Present Truth, abril,
1850.
Nota
de o Caminho:
tenha em mente que procuravam a todo custo “contar” [ou somar] os 144.000...
Em maio de 1850
Tiago escreveu: "Mas o pecador, a quem o Senhor havia estendido seus braços
todo o dia, e que havia desprezado a oferta da salvação, ficou sem advogado
quando o Senhor saiu do Lugar Santo e fechou essa Porta em 1844". Present
Truth, maio, 1850.
Particularmente
interessante foi o que sucedeu pelo final de 1850. Herman Churchill, um
homem que havia sido inconfesso em 1844 foi admitido na Igreja, contrariando
a teoria. A decisão de Herman Churchill de unir-se aos crentes adventistas
em Agosto de 1850 causou tamanha comoção entre os crentes da Porta
Fechada, que Tiago escreveu estupefato: "Um irmão (Herman Churchill),
que não havia estado no Advento, e não havia feito profissão de religião até
1845, mostrava-se forte e claro na verdade inteira. Nunca se opusera ao
Advento, e é evidente que o Senhor lhe havia estado guiando, embora sua
experiência não tinha sido como a nossa. Os que, como ele, vêm para a
verdade à hora undécima, podem esperar grandes provas". Tiago White, AR,
Ago., 1850, Early Years, p. 191.
Notemos que se
trata do primeiro converso, em quase seis anos depois de 1844. Os
adventistas ficaram deveras surpreendidos de que alguém, que não era parte
do movimento de 1844, estivesse interessado em unir-se a eles. Naquele tempo
isso foi qualquer coisa de inédito. Talvez seja conveniente citar aqui a
George Butler, presidente da Associação Geral. Ele escreveu na Review and
Herald de 7 de abril de 1885 sobre a conversão de Churchill: "O seu foi um
dos primeiros casos de conversão do mundo à verdade presente, que ocorreram
depois de 1844... Lembro me bem quando chegou a Waterbury, Vermont, e
assistiu às reuniões na casa de meu pai, onde uns poucos se reuniam de
quando em quando. A princípio, ficaram bastante surpresos de que alguém que
havia sido incrédulo manifestasse interesse na doutrina adventista. Não foi
rejeitado, mas bem acolhido. Era fervoroso e zeloso, e ao discernir sua
sinceridade, aceitaram-no como a um verdadeiro converso". George Butler,
Review and Herald, 7 de Abril de 1885.
Agora bem, em 1851
começou a ser mais e mais evidente para todos, que Cristo não iria regressar
nesse ano. Por fim, não houve mais remédio do que repudiar a crença
estapafúrdia e esdrúxula que até aí haviam defendidos com tanto empenho.
Ellen havia caído
na trama e com a infantilidade de uma criança [ou não] subscreveu
precipitadamente essa doutrina herética. Com o tempo foi caminhando rumo à
maturidade - a serviço de ha'satã, o SENHOR dela - e já via as coisas não
como menina, mas com certo sentido de adulta ciente de seus poderes de
manipular mentes; além do mais sabemos que na época as reuniões eram
barulhentas, com muitas manifestações desorientadas e atrevidas, excessos e
extremismos próprios da infantilidade espiritual (onde se gritava, andavam
gatinhando, proferiam sons e imitações
esquisitas). Sobre isto falaremos abaixo.
Ellen teve então
uma atitude “sensata” e mudou-se de região. Assim, em meados da década de
1850, os White foram para o Michigan. Lucinda Burdick escreve acerca da
perda da influência deles na área da Nova Inglaterra: "Pouco tempo depois
disso, a confiança e o interesse nesse fanático casal desapareceu, pois as
visões, não só eram infantis e vazias de sentido, como absolutamente
contraditórias... Havendo perdido tanto sua influência quanto seu campo de
trabalho no Maine, logo partiram para o oeste, onde tiveram êxito em
despertar considerável interesse e levantar um grande número de seguidores
por meio de seus ensinos relativos ao sábado". Carta de Lucinda Burdick, Bridgeport, Connecticut, 26 de set. de 1908.
Deveras os crentes
não souberam encaixar tanta insensatez e tomaram novo rumo. Não perceberam
que junto aos dons espirituais, os crentes, estão sujeitos ao crescimento e ao
desenvolvimento. Que diria Paulo dessas coisas? Leia o que se disse acerca
do que aconteceu em Corinto, em suas cartas...
A coisa agora complica-se, pois Tiago influenciou Ellen e sub-repticiamente
exerceu o direito do escrutínio revisando e retendo o que era bom [para
eles] dos escritos e experiências visionárias anteriores. Sendo assim,
cometeu a insensatez e a desonestidade de o fazer às ocultas, e tão bem o
realizou, que, como veremos abaixo, mais tarde o presidente George Butler
incorre num erro gravíssimo mas sem ter culpa no cartório. Tiago revisou
todos os artigos de sua esposa e eliminou as partes objetáveis que tratavam
da doutrina da Porta Fechada. Acabou com a publicação da revista
Present Truth e iniciou uma nova, chamada "Advent Review and Sabbath
Herald". Voltou a imprimir a versão das visões de Ellen em 1851 num folheto
de 64 páginas intitulado A Sketch of the Christian Experience and Views of
Mrs. E. G. White; mas, já amputado, manipulado e depurado - o que não está
mal em si mesmo, senão o modo fraudulento em que o fez, mascarando e
enganando seus seguidores, conscientemente, como se verá.
Isso não foi do
agrado de todos os irmãos; e quando saiu o novo folheto, faltava 19% do
texto original. Muitos membros horrorizados protestaram e demandaram
explicações, mas infelizmente só responderam com mentiras (falsas
promessas). E.G.White descreve como Tiago acalmou a perigosa crise: "Certa
ocasião nos primeiros dias da mensagem, o Pai Butler e o Ancião Hart se
sentiram confusos em relação com os testemunhos. Muito angustiados, gemeram
e choraram, mas durante algum tempo não quiseram dar as razões de sua
perplexidade. Todavia, pressionados para que explicassem a causa de sua
conversação e comportamento sem fé, o Ancião Hart se referiu a um pequeno
folheto que havia sido publicado com as visões da Irmã White [o
verdadeiro Primeiros Escritos], no qual, disse ele que sabia com
certeza, que algumas visões não tinham sido incluídas. Diante de um grande
auditório, estes irmãos falaram vigorosamente dizendo que haviam perdido a
confiança na obra. Meu esposo entregou o folhetinho ao Ancião Hart, e lhe
pediu que lesse o que estava impresso na página do título.
'A
Sketch of the Christian Experience and Views of Mrs. E. G. White' [Um
Bosquejo da Experiência Cristã e Visões da Sra. E. G. White], leu!
Por um
momento, houve silêncio, e a seguir meu esposo explicou que havíamos estado
muito destituídos de meios econômicos, e que a princípio só pudemos imprimir
um pequeno folheto [grande economia com menos 15/20 páginas do original
que era composto de cerca de 80 páginas], e
prometeu aos irmãos que quando levantássemos os meios suficientes, as visões
seriam publicadas de modo completo, em forma de livro. O Ancião Butler
ficou profundamente comovido, e depois de que se havia dado a explicação,
disse: inclinemo-nos diante do Senhor'. Seguiram-se orações, pranto, e
confissões, como raras vezes temos ouvido. O Pai Butler disse: 'Irmão White,
perdoe-me; temia que nos estivesse ocultando algo da luz que devíamos ter.
Perdoe-me, Irmã White'. Então o poder do ETERNO desceu sobre a reunião de
uma maneira maravilhosa". Mensagens Escolhidas, Vol. 1, p. 53.
O problema é que
Tiago nunca cumpriu a sua promessa de imprimir todas as visões –
incluído as da Porta Fechada - quando tivessem mais dinheiro disponível.
Não só mentiu, mas induziu Ellen a mentir para sustentar a “verdade” de seu
esposo. A verdade é que nunca mais se esclareceram essas questões e se não
tivesse sido pelos acontecimentos da década de 1880, ainda hoje estariam
ocultos e enterrados, forever.
Ainda sobre a
Porta Fechada lemos em carta de 2 de outubro de 1848 escrita por Tiago
ao casal Hasting: "Os principais pontos sobre que nos fixamos como verdade
presente são o sábado do sétimo dia e a Porta Fechada". Confirma-o
também Joseph Bates em 1850 no livreto An Explanation of the Typical and
Anti-Typical Sanctuary, by the Scriptures: "O sábado e a Porta Fechada
constituem, pois, a 'Verdade Presente' desta terceira mensagem angélica".
(p.16).
Sumiram todos os
escritos inoportunos de Ellen White publicados no Word to the Little Flock e
Present Truth. Por muitos anos a Igreja permaneceu na ignorância dessas
coisas. Tão bem feito tinha sido a trafulhice (de Tiago White e de sua
esposa, a profetisa do Senhor), que ninguém questionava nada, salvo uns quantos.
Assim, em 1866,
dois ministros adventistas de Iowa imprimiram um livro polêmico. Isto causou
uma divisão na igreja de Iowa e esses ministros foram criticados severamente
pelos White (notem que escrevemos no plural, pois Ellen sempre agia de comum
acordo com Tiago).
A discussão começou
a aquecer e em princípios da década de 1880, o presidente da Associação
Geral, George Butler pretendia encarar o tema honestamente e resolver a
questão de uma vez por todas. O ministro adventista D. M. Canright conta
como Butler se acercou dele e de Tiago White e falaram acerca de voltar a
publicar os primeiros escritos da Sra. White: "Por esse tempo Butler era
presidente da Associação Geral, presidente da Associação Publicadora, etc.
Um dia em 1880, veio ao escritório onde estávamos o Ancião Smith e eu. Com
muita alegria, disse: 'Esses rebeldes do Oeste dizem que suprimimos algumas
das primeiras visões da Irmã White. Vou fechar-lhes a boca, voltando a
publicar tudo o quanto ela escreveu naquelas visões O Pr. White se inclinou
para a frente, baixou bastante a voz, e disse: 'Butler, é melhor ir um pouco
devagar nisso.' Foi tudo. Não entendi o que significava essa advertência,
tampouco Butler. Pouco depois falecia o Pr. White - em Agosto de 1881.
Butler então seguiu adiante com o projeto, e em 1882 emitiu a edição atual
de Primeiros Escritos; porém, baseado no "folheto editado de T. White" D.M. Canright, The Life of Ellen White, cap. 8,
1919.
Note a advertência
de Tiago, meia velada e nada explícita. Deveras, Tiago calou-se e manteve-se
na retaguarda. Butler animado de um bom sentimento foi em frente e publicou
Primeiros Escritos para silenciar os críticos de Ellen White. Depois que
publicou o livro, Butler escreveu um artigo anunciando-o nos seguintes
termos: "Estes são os exatos primeiros escritos da Irmã White publicados...
Muitos desejaram grandemente ter em sua posse tudo o que ela escreveu para
publicação... Tão forte era o interesse em ter esses primeiros escritos
reproduzidos que há vários anos a Associação Geral recomendou por voto que
fossem republicados. O exemplar sob consideração é o resultado desse
interesse. Vem ao encontro de um desejo há muito sentido... Os inimigos
desta causa, que não pouparam esforços por despedaçar a fé de nosso povo nos
testemunhos do Espírito de Deus e no interesse manifesto pelos escritos da
Irmã White, tiraram o maior proveito possível do fato de que seus primeiros
escritos não estavam disponíveis. Eles falaram muitas coisas a respeito de
termos "suprimido" esses escritos, como se nos envergonhássemos deles.
Alguns tentaram fazer parecer que haveria algo objetável nesses primeiros
escritos, que temíamos que viessem à luz do dia, e que cuidadosamente os
mantivemos às ocultas. Essas insinuações mentirosas serviram ao propósito de
enganar algumas almas desprevenidas. Eles agora aparecem em seu caráter
verdadeiro com a publicação de vários milhares de exemplares deste livro
"suprimido", sobre o qual nossos inimigos insinuam termos estado ansiosos
por ocultar. Alegavam estarem muito ansiosos por obter esses escritos para
revelar seu suposto erro. Agora eles têm a oportunidade disso". Advent
Review, 26 de dez. de 1882.
Como George Butler
disse mais acima, o livro foi escrito para silenciar os críticos de Ellen
White. Butler não sabia da veracidade das acusações dos críticos, pois Tiago
não teve a honestidade de contar para ele o que havia feito. Butler
acreditava que estava verdadeiramente publicando os primeiríssimos
escritos (daí a escolha do título). Também no prefácio, os publicadores
afirmam: "Tem-se despertado um grande interesse em todas as suas obras,
especialmente nestas primeiras visões, e o clamor para que se publique uma
segunda edição é imperativo". "Nenhuma alteração da obra original foi feita
na edição atual, exceto o emprego ocasional de uma palavra nova, ou uma
mudança na construção de alguma sentença, para melhor expressar a idéia, e
nenhuma porção da obra foi omitida. Nenhuma sombra de mudança foi feita em
qualquer idéia ou sentimento da obra original, e as alterações verbais foram
realizadas sob as vistas da autora, e com sua plena aprovação".
Esta trafulhice
carente de intencionalidade por parte de Butler, envolve a hipocrisia de
Ellen, agora sem as influencias de seu esposo, Tiago. Ellen foi
responsável porque sabia o que se tinha passado, e anuiu e foi
conivente. O livro, portanto, causou controvérsias como não seria de
esperar outra coisa.
Imediatamente
depois de que se publicou “Primeiros Escritos”, o Pr. A. C. Long publicou um
tratado de dezesseis páginas intitulado "Comparison of the Primeiros
Escritos of Mrs. White with Later Publications" (Comparação dos Primeiros
Escritos da Sra. White com Publicações Posteriores). O Pr. Long mostra,
linha após linha, que partes dos escritos da irmã White foram eliminadas. Os
Primeiros Escritos contém apenas os escritos de Ellen White tomados do
folheto publicado por Tiago em 1851 (uma trafulhice) e intitulado
"Experience and Views". A publicação de 1851, repetimos, não continha
os
primeiros escritos de Ellen White. A publicação de 1851 suprime todas as
embaraçosas afirmações acerca da Porta Fechada. Na realidade, os
primeiros escritos foram A Word to the Little Flock e os artigos de Present
Truth publicados entre 1847 e 1850. Essa é a verdade. Tudo o resto, é
preciso admiti-lo, são falcatruas, mentiras, omissões, manipulação, fraude,
vigarice e desonestidade para se dar credito à uma falsa profetisa – Ex
13:7.
Considere-se este
exemplo tirado do atual Primeiros Escritos (as palavras suprimidas estão em
maiúsculas): "Enquanto orava no altar da família, o “Espírito Santo” veio
sobre mim, e parecia que estava sendo transportada mais e mais para o alto,
bem acima do escuro mundo... Ergui os olhos, e vi um caminho reto e estreito
que se estendia muito acima do mundo. Nesse caminho o povo do Advento estava
viajando para a cidade, que se situava na sua extremidade. Tinham por detrás
e no princípio do caminho uma luz brilhante que um anjo me assegurou ser o
clamor da meia-noite. Essa luz brilhava ao longo do caminho inteiro e
fornecia luz para os seus pés de modo a que não tropeçassem. Se mantivessem
os olhos fixos em Cristo, que estava à frente deles, conduzindo-os para a
cidade, estariam seguros. Mas logo alguns... negaram grosseiramente a luz
atrás deles e disseram que não fora Deus quem os conduzira até tão
distante. A luz por detrás desses extinguiu-se deixando-lhes os pés em total
escuridão, e tropeçaram e perderam de vista o marco e ao Senhor, e caíram
para fora do caminho, mergulhando para o mundo escuro e ímpio em baixo.
Era
tão impossível para eles alcançar o caminho novamente e seguir para a
cidade, como também para todo o mundo ímpio que Deus havia rejeitado.
Logo ouvimos a voz do Senhor como muitas águas..." Primeiros Escritos, & Word for the Little
Flock).
Imaginem a surpresa
de Butler. Agora ele entendia a advertência hipócrita (velada) de Tiago, o
falsificador e o silêncio de Ellen, a falsa profetiza!
Ellen, em 1884
incorre no erro de escrever aquilo que alguém lhe sussurrou aos ouvidos e
mente descaradamente: "Durante algum tempo após o desapontamento de 1844
eu de fato mantive, em comum com o corpo de adventistas, que a porta
da misericórdia fora então para sempre fechada para o mundo. Esta
posição foi assumida ANTES de minha primeira visão ter-me sido dada.
Foi a luz concedida a mim por Deus que havia corrigido o nosso erro, e
nos capacitou a ver a verdadeira posição". Ellen G. White, Mensagens
Escolhidas, Vol. 1, p. 63.
A verdade é que
Ellen tivera as "visões" antes de propagar esta falsa doutrina. E isso qualquer adventista ilustrado no Espírito de
Profecia e na História da Igreja o sabe. Ellen estava mentindo (o que não
nos choca quando consideramos que era mortal e pecadora e, portanto sujeita
a "puxar a brasa para a sua sardinha").
Nota
de o Caminho:
A infalibilidade papal foi atribuída, também a E.G.White?!?
Afirma que deixara
de assim pensar por divina iluminação, e isso é possível, mas não constitui
motivo para negar as visões anteriores. No trecho omitido de sua primeira
visão (como lemos acima) Ellen viu que Deus tinha "rejeitado todo o mundo
ímpio", além dos adventistas que "tropeçaram" ao renunciarem a sua fé no
nascente movimento.
Igualmente já se
citou aqui textos daquele tempo, onde Ellen confirma o contrário do que aqui
nos diz. Quem a manipulava? Dado que existem provas (veja ut supra) que
Tiago influiu nessa decisão; cabe ponderar certa manipulação de Ellen (nesse
e noutros assuntos). Acima vimos como Tiago tinha prometido repor o material
em falta, mas isso foi coisa que ele [ou eles] jamais fez. Por chocante que
possa parecer, Ellen foi de fato conivente e o que escrevia, era controlado
para proveito próprio... Não é à toa que ela morreu rica e HOJE, sua família
é extremamente bilionária, graças às "visões e escritos" que, segundo ela,
fora dada à igreja; mas que ela se apossou, cobrando os famigerados direitos
autorais...
Recentemente, um
estudante de um Seminário Adventista fez uma descoberta espantosa sobre o
famoso caso Israel Dammon, que dissipou qualquer dúvida sobre a sua
veracidade. Vejamos os fatos que lançam nova luz sobre os primórdios do
adventismo. Para a discussão crítica da credibilidade e fidelidade deste
tema leia The Camden Vision Genuine de Gilbert Valentine. Aconteceu em março
de 1986. Bruce Weaver, estudante de pós-graduação do Seminário da
Universidade Andrews descobriu um informe jornalístico (no Piscataquis
Farmer) acerca da detenção e julgamento de Israel Dammon, um dos adventistas
e amigos de Ellen White. Ele descobriu que o artigo do jornal divergia da
versão dada pela irmã White. Ellen tinha dado uma perspectiva adaptada dos
acontecimentos, uma leitura parcial, omitindo muitos detalhes. É, portanto,
possível que propositadamente tenha calado muitos pormenores. Vamos
reconstituir os fatos.
Regressemos a
1845.
Logo após o desapontamento gerou-se entre os adventistas grande confusão
religiosa, o fanatismo e o culto emocional [pentecostal]. O culto era
principalmente doméstico (em lares privados), e as reuniões incluíam
fenomenologia "carismática", onde se destacavam o "ósculo santo" como
saudação, gritos, latidos e cantos em voz alta, prostrações físicas
(rebolar-se pelo chão, gatinhar, dar pulos, arrastar-se, etc.), batismos
múltiplos por imersão, visões (principalmente eram as mulheres que as
experimentavam).
Sucedeu que no
sábado, 16 de Fevereiro, Ellen chega à cidade, procedente de uma reunião em
Exeter, no Maine, onde suas visões ajudaram a convencer a Irmã Durben de que
aceitasse a doutrina da Porta Fechada (como já se referiu acima). Na
tarde de sábado, os crentes adventistas reuniram-se na casa de Ayer em
Atkinson, Maine. Israel Dammon dirigiu a reunião. Estavam presentes as
visionárias Dorinda Baker e Ellen Harmon. O Pr. Tiago White também estava
presente. O que aconteceu nessa tarde de sábado?
Privilegiamos in
limine o depoimento de William Crosby, um advogado de 37 anos, o qual no
tribunal dois dias mais tarde disse: "Às vezes falavam todos de uma vez,
gritando a todo pulmão... uma mulher jazia de costas no solo, com uma
almofada sob a cabeça; de quando em quando se levantava, e contava uma visão
que lhe havia sido revelada... Foi a reunião mais ruidosa a que jamais
assisti - não havia ordem nem regularidade, nem nada que se parecesse com
alguma outra reunião que eu tivesse frequentado...
"
Piscataquis Farmer, 7 de mar. de 1845 (in Bruce Weaver, Adventist Currents,
"The Arrest and Trial of Israel Dammon", Vol. 3, No. 1, 1988).
Outro testemunho é
o do diácono Tiago Rowe: "Estava na casa de Ayer por um pouco no domingo
passado à noite ... Fui jovem, e agora sou velho, e em todos os lugares em
que estive, nunca vi tal confusão, nem sequer numa farra de bêbados". Ibid.
Loton Lambert, que
esteve presente na reunião deu o seguinte testemunho juramentado no
tribunal: "Estavam cantando quando eu cheguei - depois de cantar sentaram-se
no solo - Dammon disse que uma irmã tinha uma visão para contar - então uma
mulher no solo relatou sua visão. Dammon disse que todas as denominações
eram de ímpios - mentirosos, libertinos, assassinos, etc.; também criticou a
todos os que não eram crentes como ele. Ordenou que saíssemos. Ficamos.
Dammon e outros chamavam Imagem de Cristo à mulher que jazia no solo
relatando visões. Dammon nos chamou de porcos e diabos, e disse que se fosse
o dono da casa nos expulsaria - a mulher a quem chamavam Imagem de Cristo
disse à Sra. Woodbury e a outros que deviam abandonar todos os seus amigos
ou ir para o inferno [!?!]. Imagem de Cristo, como a chamavam,
permanecia no solo um pouco, depois levantava-se, chamava
alguém, e dizia que tinha uma visão para contar-lhe, o que então fazia.
Havia uma garota que diziam dever ser batizada naquela noite ou iria para
o inferno [!?!]. Ela chorava amargamente, e queria ver primeiro a mãe;
disseram-lhe que tinha que abandonar sua mãe ou iria para o inferno -
uma voz disse: Deixem que se vá para o inferno. Ela finalmente foi
batizada. Imagem de Cristo contou sua visão a uma prima minha, de que devia
ser batizada naquela noite ou iria para o inferno - ela objetou
porque já havia sido batizada uma vez. Diziam que Imagem de Cristo era uma
mulher de Portland". Ibid.
Nota
de o Caminho:
Hoje,
a doutrina do inferno, não consta mais das crenças fundamentais da IASD,
acertadamente; negando a crença pessoal de sua profetiza mor...
Tiago Ayer,
confirmou ante o tribunal que a visionária a quem Lambert se referia como
"Imagem de Cristo" era Ellen Harmon: "Vi a mulher com uma almofada sob a
cabeça - o seu nome é Srta. Ellen Harmon, de Portland. Não a ouvi nem a
qualquer outra pessoa dizer algo acerca de Imagem de Cristo". Ibid.
A outra visionária
era Dorinda Baker, a qual tinha uma saúde muito precária (como Ellen). A
testemunha Joshua Burnham diz acerca dela: "Conheço a Srta. Dorinda Baker
desde que ela tinha cinco anos - tem bom caráter - agora tem vinte e três ou
vinte e quatro anos de idade. É uma moça muito doentia, seu pai gastou
U$1.000 com médicos. Eu estive na reunião do sábado à noite - foi convocada
para que a jovem contasse suas visões". Ibid.
Tão desmesurado era
o ruído, o caos e o barulho infernal da reunião, que a vizinhança ofendida
com o evento decidiu chamar as autoridades para que a interrompessem. Vamos
ler o que escreveu sobre isso Ellen White, quer dizer, a sua versão do que
sucedeu quando o delegado chegou para deter a Israel Dammon: "... enquanto
eu falava, dois homens espiavam pela janela. Estávamos seguros de suas
intenções. Entraram e passaram rapidamente a meu lado até alcançar o Ancião
Damman [sic]. O Espírito do Senhor posou sobre ele, e sua força desapareceu,
e caiu ao solo indefeso. O oficial exclamou: 'Em nome do Estado do Maine,
agarrem este homem!' Dois homens o agarraram pelos braços, e outros dois
pelos pés, e tentaram tirá-lo da habitação arrastado. Só o moveram uns
poucos centímetros e logo saíram da casa. O poder de Deus estava nessa
habitação, e os servos do Senhor, com seus semblantes iluminados por sua
glória, não ofereciam resistência. Os esforços para tirar o Ancião D. se
repetiam com o mesmo resultado. Os homens não podiam suportar o poder do
Senhor, e era um alívio para eles sair da casa. O número deles aumentou até
doze, e ainda o Ancião D. foi retido pelo poder do Senhor por uns quarenta
minutos, e nem sequer toda a força daqueles homens podia movê-lo do piso
onde jazia indefeso. No mesmo momento, todos sentimos que o Ancião D. tinha
que ir-se, que Deus havia manifestado seu poder para sua glória, e que o
nome do Senhor seria glorificado mais se deixássemos que fosse levado dentre
nós. E aqueles homens o levantaram tão facilmente como se levanta uma
criança, e o levaram". Ellen White, Spiritual Gifts, Vol. 2, pp. 40-41,
1860.
Ellen “entendeu”
tudo como uma impressionante intervenção sobrenatural, mas é bem provável
que na altura, no meio da confusão, e estando ela própria sob influências
espúrias “entendesse” as coisas desse modo. Ela não foi uma testemunha
idônea do sucedido, pois, repetimos, estava no momento “influenciada” pelo
caos [satânico] e a desordem ali instaladas. O “seu dom espiritual” estava
descontrolado e repetia coisas insensatas.
Quando lemos pela
primeira vez os testemunhos idôneos daqueles que testemunharam perante o
tribunal da época, imediatamente percebemos que se tratava de uma situação
muito semelhante ao que sucedera nos dias de Paulo com os crentes de
Coríntio. Se não entendermos que até mesmo o exercício dos dons dependem da
maturidade dos sujeitos que os experimentam, que se exige um auto-controle,
certo domínio e portanto aprendizagem, como vamos entender aquilo que Paulo
disse sobre situação similar aos coríntios? É lamentavelmente certo que a
maioria dos crentes e até (e isto sim que arrepia!) muitos “pastores” (mas
muitos mesmo) são absolutamente ignorantes destas coisas ou incapazes desta
análise teológica, e contudo incorrem no erro de omitir, esconder, suprimir,
negar, solapar, sonegar e deturpar os fatos; mas semelhante atitude é
infantil, despropositada, desonesta, tacanha, ignorante, desmiolada e
esdrúxula. O grande problema reside numa apreciação incorreta dos dons, os
quais são encarados como algo de sobrenatural, cuja origem seja SOMENTE
divina. Ora, não é nada disso. Existe o elemento divino, mas através do
instrumento humano e pecador, limitado e patológico (patos), este ser humano
[falível] pode e por diversas vezes é usado pelo inimigo! Com Kafos
aconteceu isto, não foi? Mt 16:16-19; 23.
O conselho do
apóstolo é para reter o bem e que a Igreja julgue, exerça o escrutínio à luz
da Bíblia. Lamentavelmente essa tarefa importantíssima tem sido mal assumida
pela Igreja Adventista, a qual tem cometido todo o tipo de atropelos e agido
como um hipócrita (com letra grande) sempre que transparece uma coisa e faz
outra, nomeadamente a manipulação dos assuntos, doutrinas, textos (pois tudo
isso ela já praticou e pratica). Para não falar das suas duas caras, quando
perante o mundo evangélico se transfigura, para dar uma outra face de si
mesma, não importando sequer que tal implique a traição doutrinal.
Neste contexto, que
fez a Igreja com as doutrinas da natureza de Cristo e da expiação? Enrolar o
mundo evangélico e ocultar dos crentes adventistas essas coisas. Nós até
admitimos que as doutrinas possam ser analisadas e superadas, mas façam-no
em diálogo com os crentes, com o seu conhecimento e jamais às escondidas. O
pecado que isso envolve é enormíssimo. Foi cristão o modo como trataram o
Pr. Andreasen? Um adventista dedicado; um teólogo benquisto e reconhecido,
que não merecia o desprezo que lhe deram, por se manter fiel às doutrinas
[dos pioneiros], reconhecidamente adventistas. Que respondam os responsáveis, esses fariseus
hipócritas que frequentam a "sinagoga" em dia de Sábado, que falam do
Messias e dos mandamentos, mas na prática são pocilgas imundas!
O testemunho de
Joseph Moulton, o delegado encarregado de prender Dammon, também é digno de
nota [e credibilidade e lógica]. Ele disse no tribunal: "Quando fui prender
o prisioneiro, fecharam-me a porta. Vendo que não podia alcançá-lo desde
fora, forcei a porta. Cheguei até onde estava o prisioneiro, o tomei pela
mão, e lhe informei a que viera. Várias mulheres saltaram e o rodearam -
elas se agarraram a ele, e ele a elas. Tão grande foi a resistência que eu e
três ajudantes não pudemos tirá-lo. Permaneci na casa e pedi mais ajuda;
depois que esta chegou, fizemos uma segunda tentativa, com o mesmo resultado
- novamente pedi reforço - depois que chegou, os vencemos e o tiramos
detido. Tanto os homens como as mulheres ofereceram resistência. Não posso
descrever o lugar - era uma gritaria constante".
Piscataquis Farmer, 7 de mar. de 1845 (citado in Bruce Weaver, Adventist
Currents, "The Arrest and Trial of Israel Dammon", Vol. 3, No. 1, 1988).
O testemunho
juramentado de Moulton indica claramente que foram as mulheres e os homens
que saltaram para ajudar a Dammon e o retiveram - e não o poder de Deus
como “salientou” Ellen. E os testemunhos são unânimes nesta apreciação, pelo
que não restam dúvidas sobre o que deveras ocorreu. Se fosse o poder de Deus a cena não teria acabado como terminou.
Depois de passar o
fim de semana na cárcere, Dammon compareceu a juízo na segunda-feira.
E.G.White diz o seguinte acerca de Dammon no julgamento: "Na hora do
julgamento, o ancião D estava presente. Um advogado ofereceu seus serviços.
A acusação contra o ancião D era de que havia alterado a ordem. Muitas
testemunhas foram trazidas para sustentar a acusação, mas em seguida seus
testemunhos foram desmentidos pelos dos conhecidos do ancião D que estavam
presentes e que também foram chamados a depor. Havia muita curiosidade por
saber no que criam o ancião D e seus amigos, e se lhes pediu para apresentar
um resumo de sua fé. Então ele lhes falou em tom claro de sua crença a
partir das Escrituras. Também sugeriu-se que cantassem algum de seus hinos,
e a ele foi pedido que cantasse um. Havia um bom número de vigorosos irmãos
presentes que o haviam apoiado durante o julgamento, e o acompanharam a
cantar 'When I was down in Egypt's land, I heard my Savior was at hand.'
[Quando eu estava na terra do Egito, ouvi que meu Salvador estava perto].
Foi indagado ao ancião D se tinha uma esposa vidente. Ele respondeu que
tinha uma esposa legal, e que podia dar graças a Deus de que ela havia
sido uma mulher muito espiritual desde que a havia conhecido. Creio que as
custas do processo lhe foram cobradas e foi posto em liberdade". Spiritual
Gifts, Vol. 2, pp. 41-42, 1860.
NOTA:
Quem paga as custas é sempre
quem perde a causa!
O jornal
Piscataquis Farmer apresenta uma versão do processo um pouco diferente: foi
Dammon que "pediu permissão" para cantar. Durante a etapa de sentença do
juízo, foi permitido a Dammon falar em sua defesa. Note o que ele disse e
sublinhe bem as crendices daquela época (que foram igualmente as de Ellen
White como já se viu): "Ele [Dammon] argumentou que o dia de graça
havia passado, que o número de crentes era reduzido, mas que havia muitos
ainda, e que o fim do mundo se daria dentro de uma semana. Depois de
consultar, o tribunal sentenciou ao prisioneiro passar dez dias na Casa de
Correção..." Piscataquis Farmer, 7 de mar. de 1845.
Israel Dammon, pelo
final de 1846 abandonou sua crença na Porta Fechada: "Estivemos
relacionados com o Sr. e a Sra. White, e por um tempo tivemos confiança nas
visões dela, mas por muitos anos não a temos tido em absoluto. Quando vimos
que se contradiziam entre si, renunciamos a elas por completo, e nos
aplicamos à Palavra de Deus. Passaram-se vinte anos ou mais desde que
estivemos associados com a Sra. White. Recordamos perfeitamente, porém, que
suas primeiras visões ou sua primeira visão foi contada tanto por ela mesma
como por outros (especialmente pelo Sr. White) em relação com a prédica da 'Porta
Fechada,' e a fomos respaldar. Enquanto estava sob essa influência, e
pregando as visões, ela, em visão, viu N. G. Reed e I. Dammon em estado
imortal, coroados, no reino. Depois disso, ela os viu finalmente perdidos.
Como podiam ser verdade as duas coisas? Penso que uma era tão verdade quanto
a outra, e que Deus nunca lhe disse tal coisa".
Miles
Grant, An Examination of Mrs. Ellen White's Visions, Boston: Advent
Christian Publication Society, 1877.
Ellen White não
menciona que ele usou a "Porta Fechada" e o iminente regresso de
Cristo como parte de sua defesa. Dammon foi encarcerado. Ellen não refere
nada acerca da gritaria, das prostrações físicas, das demonstrações de
humildade voluntária (arrastar-se, latidos), etc. Sabemos, porém que esse
era o ambiente das reuniões naqueles dias. Lucinda Burdick foi testemunha de
muitas dessas reuniões ou cultos. Ela diz-nos: "Quando os conheci pela
primeira vez [Ellen e Tiago White], eram exageradamente fanáticos -
costumavam sentar-se no solo em vez de em cadeiras, engatinhar pelo piso
como criancinhas.
Tais
extravagâncias eram consideradas sinais de humildade". Miles Grant, An
Examination of Mrs. Ellen White's Visions, Boston: Advent Christian
Publication Society, 1877.
Lamentavelmente a
IASD tampouco tem uma postura clara, honrada e digna sobre o tema, pelo que
muitos bons crentes descarrilam – Ap 18:4 – ao aperceber-se de tudo isto.
Incluso os críticos privam-se de atitudes mais moderadas porque a Igreja tem
atitudes infantis, pouco éticas e desonradas.
John Doore
testemunhou no tribunal que tinha "visto homens e mulheres gatinhar pelo
solo sobre mãos e pés". George S. Woodbury disse: "Minha esposa e Dammon
passaram pelo piso gatinhando sobre mãos e pés".
O irmão Bruce
Weaver explica o que se passava nesses primeiros cultos adventistas: "Um
correspondente do Norway Advertiser oferece uma descrição do engatinhar que
teve lugar na casa do capitão John Megquier em Poland, Maine: 'Raras vezes
se sentam em qualquer posição que não seja sobre o piso desnudo... na
reunião a que ele assistiu, uma mulher se pôs sobre as mãos e pés, e
engatinhou por todo o piso como uma criança. Um homem, na mesma posição, a
seguiu, chocando-se cabeça com cabeça várias vezes. Outro homem se estendeu
de costas sobre a cama em toda sua extensão, e três mulheres o cruzaram
com seus corpos". Bruce Weaver, Adventist Currents.
Compare agora este
texto que acabou de ler com este outro escrito por Ellen em 1894, e repare
na "maturidade" desta última apreciação do culto cristão: "Cada parte do
serviço de Cristo se caracterizará pelo decoro e a reverência. A verdade de
Cristo não pode limitar-se a um certo âmbito, mas será ativa na criação do
ambiente, da conduta, dos hábitos, e das práticas que estarão em harmonia
com seu Autor. Tudo se fará decentemente e com ordem. Os métodos
descontrolados, os caprichos estranhos, e a confusão não estão autorizados
pelo Deus de Ordem".
Ellen
White, Signs of the Times, 27 de ago. de 1894.
Eis aí uma Ellen
mais madura! Crescida, longe da infantilidade daqueles dias, mais perto do
modelo bíblico; porém, já rica pelos frutos de seus livros plagiados.
Neste assunto, porque noutros continuava defeituosa como pecadora que era.
Tal é o caso das comidas e bebidas, em que mostrava um zelo excessivo, uma
vontade enorme, e contudo manducava arenque, galinha, veado e especialmente
ostras (carne impura) e o vício do vinagre (bomba alcoólica).
No princípio de sua
carreira prevalecia a crença de que gritar era um método eficaz para lutar
contra o diabo. Assim, em 1850, Ellen escreveu: "Vi que cantar amiúde afasta
o inimigo, e gritar o faz retroceder". Ellen White, Manuscript 5a,
1850; julho 1850, de East Hamilton, N.Y. Mas, mais tarde, por volta de 1900,
E.G.White “já tem” [convenientemente] um pensamento mais maduro e cristão
acerca das reuniões ruidosas e escreve o seguinte: "Dou meu testemunho,
declarando que esses movimentos fanáticos, esse barulho e confusão, foram
inspirados pelo espírito de satanás, que estava operando milagres para
enganar, se possível, os próprios escolhidos". Ellen White ao Irmão e Irmã
Haskell, 10 de out. de 1900. Vê como ela "evoluiu"?
Este assunto abarca
muito mais do que aquilo que à primeira vista transparece. De fato, ao
vasculharmos o Espírito de Profecia verificamos que o relato que fora
escrito por Ellen, acerca da detenção e julgamento de Dammon, foi publicado
em 1860 no livro Spiritual Gifts.
Contudo, quando esse livro tornou a ser publicado em 1877 com o título de
Spirit of Prophecy, o incidente Dammon foi suprimido sem qualquer
explicação, sub-repticiamente e de modo atrevido (tal como outros
escritos, como já referimos; por “falta de verbas”). Ora, isso não é
trabalho sério, mas sujo, abominável, diabólico, uma vez que foi feito no
escuro, às escondidas. O mais curioso deste "romance" é que E.G.White viu a
Dammon no céu e mais tarde o viu perdido.
Conclusão
Os problemas
levantados pelos críticos não são obviamente assuntos fantasma, mas temas
reais e bem fundamentados. Referimo-nos àquela crítica que é feita com
seriedade, credibilidade e fidelidade. Todavia parece-nos que tão absortos
estavam em derrubar que acabaram por deixar prevalecer o preconceito e certo
entendimento inadequado do papel dos dons espirituais na Igreja, bem como a
autoridade e o dever desta proceder ao seu escrutínio apelando à Sola
Scriptura, e quando não, ao bom senso.
Sucede, porém que a
Igreja [IASD] tem desempenhado muito mal a sua função de supervisora e o que é mais
grave, solapado, escondido, ocultado, manipulado, falsificado e omitido a
torto e a direito. Tem feito tudo à merveille sem informar os seus
membros, esquecendo que é um só corpo. Lamentável!
Por outro lado,
para ler convenientemente o “Espírito de Profecia” [proveniente de plágios e
mais plágios] urge aplicar certas
regras básicas da hermenêutica e considerar o paradigma bíblico para
entendermos os dons espirituais ou carismas. Omitir como fazem alguns, negar
a veracidade dos documentos (ignorantes!), serpentear as dificuldades
(sofistas!), solapar os dilemas (hipócritas!), engrazular, falsificar e
manipular os fatos é atitude de vigarista e de mentiroso (algo diabólico!).
O lastimável é que existem muitas cabeças onde serve estas carapuças!
Nesse período
pretérito e inicial, digamos sem temer: infantil; cometeram-se muitos
excessos e Ellen esteve envolvida nisso, evidenciando falta de controle do
pretenso dom de profecia [satânico?]; aflorado em publicações futuras
que, pela necessidade [egoísta] de fazê-las, acorreu a manipulações e principalmente a
plágios...
Nota de oCaminho:
EGW cresceu em sua inspiração para terminar os seus
dias com livros apócrifos (cópias e manipulações em seu nome) para provar
que mudara o seu conceito sobre a divindade... Perguntamos:
como O ETERNO a usou se cria
em mentiras tais como o unitarianismo, já que, como a igreja atual diz, a
trindade é a verdade? COMO O ETERNO permitiu que a igreja seguisse por
mais de um século – em pleno período da profecia – sem ter uma revelação de
que a trindade é a verdade? Porque
O ETERNO esperou que a profetiza morresse para então “mostrar” que a ICAR
estava "correta" em relação à trindade, fato este que esta já sabia [!?! a
mais de 17 séculos?
Leia Ez 13 na integra...
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