Nenhum vestígio na historia : a isto se
resume uma suposta cidade chamada Nazaré. Antropólogos,
historiadores, pesquisadores , manuscritos , em lugar algum
há referência que teria existido uma cidade chamada Nazaré.
Mais que isto sabe-se hoje que tal cidade foi inventada em
Roma com um intuito de esconder o significado do termo
"nazareno", que era
uma denominação para a mais famosa seita judaica messiânica
de todos os tempos...
by Karls Eduardo
Edição de oCaminho
Sem vestígios
Nazaré não é mencionada nos registros históricos ou textos
bíblicos em tempo algum e não recebe nenhuma menção por
nenhum historiador contemporâneo. Nazaré não é mencionada no
Antigo Testamento, nem no Talmude (o código da lei judaica),
nem nos Apócrifos; não aparece em qualquer literatura
rabínica e nunca ouve qualquer achado arqueológico
[comprovado] de que teria existido tal cidade.
Nazaré não foi incluída na lista de localidades das tribos
de Zebulon (Js 19:10-16), que menciona doze cidades e seis
aldeias; e, Nazaré não está incluída entre as 45 cidades da
Galiléia mencionadas por Flavio Josefo (37a.Y-100d.Y).
Philon de Alexandria (judaico helenizado do século I) também
lista várias localidades e nunca menciona "Nazaré". O nome
também não consta dentre as 63 cidades da Galiléia
mencionadas no Talmude.
A primeira e única referência a uma cidade chamada "Nazaré"
consta no Novo Testamento (canone criado em Roma no século
IV/V - na Vulgata), onde aparece 29 vezes.
Sabemos que tal canone surgiu depois das "cartas" atribuídas
aos "primeiros cristãos"; porém, em escritos atribuídos a
"Paulo de Tarso" [Sha'ul] ele menciona o termo "Yaohushua"
221 vezes, mas nunca menciona qualquer cidade chamada
Nazaré.
A situação é tão complicada que até a "Enciclopédia
Bíblica", uma obra escrita por teólogos, e talvez a maior
obra de referência bíblica no idioma Inglês, assume: "Não
podemos nos aventurar a afirmar categoricamente que havia
uma cidade de Nazaré no tempo do Messias".
Não desistem...
Certamente eles não desistem de suas argumentações: Hoje
alguns grupos [trinitarianos] tentam desvirtuar afirmando
que Nazaré era na verdade um "vilarejo" e por isto nunca foi
mencionada em lugar algum. Porém um estudo aprofundado
mostra que isto é apenas um álibi. Principalmente porque a
"atual" Nazaré está em um vale onde não existem elevações
abismais - Lc 4.28-31. Além de que ali não exista um
"despenhadeiro", como uma simples e pequena "aldeia", não
haveria como existir uma sinagoga! E tem mais, a "Nazaré"
bíblica ficava além do Jordão (Galiléia - Is 9:1) e a
"atual" fica antes...
Tentam também usar os "mil e um" trocadilhos que nos oferece
a palavra "Nazaré", afirmando que pode ser isto, aquilo e
aquilo outro e que por ser muito complexo é melhor ficarmos
com a versão tradicional romana, a de que era uma cidade. Um
argumento pífio para tentar nos convencer de algo; como
fazem com a trindade [mais um mistério?].
Os Motivos
"Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de
sedições entre todos os judaicos, por todo o mundo, e
chefe da seita dos nazarenos" [Atos 24:5].
Eis ai acima, a verdade...
Mesmo não sendo aceito por historiadores e pesquisadores em
geral como "fonte histórica", o livro "atos" nos afirma
categoricamente que hoje quem chamamos de "jesus" [mais
uma corrupção romana] foi um líder de uma seita chamada
nazarenos e isto tem implicações seriíssimas.
Assim, nos evangelhos canonizados em Roma (no século IV),
Yaohushua é chamado de "nazareno" por ter vivido em tal
"pretensa cidade"; possivelmente a um erro de tradução feita
por teólogos trinitarianos... estão ai então os motivos para
inventar tal cidade:
"E, saindo para o alpendre, foi ele visto por outra criada,
a qual disse aos que ali estavam: Este também estava com
Yaohushua, o nazareno" [Mt 26:71]. E pior: "Chegando a
Nazaré, onde fora criado; entrou na sinagoga no
dia de sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para
ler" [Lc 4:16].
Mesmo na "famosa" aparição que "converteu" Sha'ul, Yaohushua
afirma: "Perguntei: quem és tu, Mestre? Ao que me respondeu:
Eu sou "jesus", o nazareno, a quem tu persegues". [Atos 22:8
- ARA].
Estranho que até em espírito, Yaohushua queira mencionar o
nome da sua "cidade" junto de Seu Nome... Porém, em uma
versão unitariana este problema não existe; veja:
Yaohushua rejeitado entre os seus
"Então Yaohushua voltou para a Galiléia, cheio do poder do
RÚKHA HOL’KODSHUA (YAOHUH, o Santo), e em breve era
conhecido em toda aquela região. Ensinava nas sinagogas e
todos o elogiavam. Quando foi aos nudtzoróthins, terra da
sua infância, dirigiu-se, como de costume, à sinagoga no
Shábbos e levantou-se para ler as Tanakh ... Estas palavras
provocaram a ira do auditório. Levantando-se, atacaram
Yaohushua e levaram-no à beira do monte, sobre o qual a
cidade se erguia, a fim de O empurrarem para o precipício.
Ele, porém, atravessando a multidão, deixou-os" [Lc
4:15-30]. ESN - Escrituras Sagradas segundo o Nome; EUC -
Edição Unitariana Corrigida by CYC.
Na "guerra das traduções", algumas para tentar nos convencer
da versão romana tentam nos apresentar o fictício termo
"Yaohushua de Nazaré" que obviamente não existe, o termo é
"Yaohushua, o nazareno" ou "dos nazarenos"!
O que é "nazaré" então?
Uma vez comprovado que Nazaré (como cidade) nunca existiu
nos "tempos bíblicos", sendo criada por teólogos romanos no
século IV [na Vulgata] e reconhecida pela ONU como centro da
fé católica [cultuado pelos crentes trinitarianos] dentro do
atual estado da palestina/israel, chegou a hora de revelar
um pouco da verdade.
"Nazareno" a qual Yaohushua e outros são chamados não tem
nada haver com uma cidade (que, repito, nunca existiu),
antes, porém, Nazarenos era uma denominação religiosa
baseada num voto de religiosidade e um dos nomes da mais
famosa seita judaica messiânica que existiu.
Da mesma forma que os evangélicos são chamados de: crentes,
protestantes, pentecostais, neo-pentecostais, etc. diversos
grupos religiosos tem vários nomes para se referir a eles...
Com o grupo que era chamado de "nazarenos" era assim,
nazarenos era um dos nomes deles; e, havia muitos outros
como "Renovada Aliança (termo mais tarde traduzido,
erroneamente de 'Nova Aliança', daí 'Novo Testamento')". "Ordem de
Molkhi’Tzaodoq" (Tzaodoq
era o titulo do líder deles, significa o justo); "oCaminho";
"hassidim" (os santos) "ebion" (os pobres;
daí 'ebionitas') e mais tarde "chrestianos"
(cristãos), o qual são chamados até hoje. Mas, o nome mais
famoso do grupo era "Essênios", do aramaico "assayian", que
significa "milagreiros/curandeiros" justamente porque o
grupo afirmava fazer milagres físicos a partir do contato
espiritual - mediante um rigoroso ritual asséptico - com o
ETERNO. Portanto o cego enxergava, o deficiente físico
andava, o surdo ouvia; literalmente falando o grupo afirmava
fazer diversos milagres físicos, crença mantida por eles até
hoje. Eles se dividiam em 12 grupos e eram arqui-rivais,
teológicos, dos fariseus.
Tudo começa com o voto "nazir", o voto em que a pessoa
passava a deixar o cabelo crescer, não ingerir vinho (e uva)
e vivia uma vida monástica (voto que foi pego em parte pela
igreja romana). Shamshon e Shamu’ul fizeram tal voto
segundo o antigo-testamento. Nazir, traduzido significa
"consagrado"; mais abaixo veremos que tal termo pode gerar
vários significados com o termo "rebento" e dá para fazer
vários trocadilhos com isto.
Mas "nazir" não é "nazareno"; são dois termos diferentes.
Nazarenos era os Essênios (essênes) que faziam o voto
"nazir"; a junção disto formava a palavra "nazarene" ou
"nazareno". O ultimo super líder deles foi um homem chamado
Yah'kof (corrompido como Tiago) que tinha o titulo de
líder do grupo "Tzadoq" (o justo - At 18:7 fala de outro
essênio); o termo completo era "mestre da justiça" ou
simplesmente chamados de "mestre". "Yah'kof, o justo", foi
assassino brutalmente nos anos 60, do século I.
A santa ceia
Os Essênios tinham uma ceia sagrada em que os 12 lideres do
grupo eram sempre chefiados por alguém que assumia a posição
de "nasi" (lider) dentro desta ceia e que representava o
messias que eles acreditavam já ter vindo ao mundo; e assim,
mantinha contato com eles através de visões. Neste "festival
religioso" era permitido ao "nazi" beber vinho; uma única
vez.
Conclusão
Assim, você pode entender porque Roma criou a fictícia
cidade de Nazaré. Porém, é sempre bom lembrar que nem todos
os cristãos do mundo aceitam tal historia... No oriente,
existem vários cristãos como os ebionitas (que foram
perseguidos no passado e ainda hoje, detém os Escritos
Nazarenos) que assumem que nazareno era uma denominação
religiosa e negam a existência de tão enigmática cidade.
PS: O Messias
não era um "nazir" apesar de ter vivido entre eles... Se tal
fosse, teria cabelos compridos (veementemente discriminado
por Sha'ul - I Co 11:11); não poderia beber vinho (suco da
uva), tocar em cadáveres, etc... Nem era loiro, de olhos
azuis como ensina a ICAR e aceito pelos crentes!
Amnao! |