
Cuidado! Não faça experiência para comprovar.
“Mas o que sai da boca procede do coração, e
isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus
pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos,
falsos testemunhos e blasfêmias. São estas coisas que
contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não
contamina o homem.” Mt 15: 18-20.
Observou? –
Lavar as mãos!

NUNCA ESQUEÇA:
o
Criador fez nosso corpo perfeito para nele morar. I Co 3:16.
Disse-me
alguém enfaticamente: “Eu
como caranguejo, siri, lagosta, camarão, peixe de couro, enfim,
tudo que Moisés proibiu, porque quem autorizou a comer, não
foi o homem, mas o próprio Messias”.
Depois,
aquele amigo querido, citou o verso 11 de Mateus/Matt'yaohuh
15, que diz: “O
que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que
sai da boca isso é o que contamina o homem”.
Este apetite
descontrolado está fundamentado em um verso isolado que
desfigura o contexto, fato que me proponho dissecar agora,
por amor a você!
Em primeiro
lugar, aquele irmão equivocou-se ao dizer que quem proibiu
comer carnes imundas foi Moisés/Mehushua. Não!
o Criador é
quem proibiu. Levíticos/Viyakró 11.
Em segundo
lugar, Yaohushua é o Criador [Jo 1:3; Hb 1:2], e como tal,
foi Quem proibiu as carnes imundas. Se as abonasse agora,
estaria Se contradizendo. As Escrituras revelam o caráter do
ETERNO e por consequência, a do nosso Criador, Yaohushua.
Veja:
“Eu,
o Criador, não mudo” – Ml 3:6.
“[Nele, o
Pai] Não há sombra nem variação” – Tg 1:17.
“[o Criador]
Não fará coisa alguma, sem antes ter revelado o Seu segredo
aos Seus servos, os profetas” – Am 3: 7
“[o Criador]
Não alterarei o que saiu dos Meus lábios” – Sl 89: 34
“A palavra
do nosso Criador subsiste eternamente” – Is 40:8.
Logicamente,
Yaohushua não poderá Se desdizer, ainda que o homem assim o
deseje (Tt 1:2).
Portanto,
para entender o que Yaohushua quer ensinar neste verso, é
preciso ler todo o capítulo 15 de Mateus/Matt'yaohuh, senão,
você vai descontextualizar e, como os ouvintes, ficar
boquiaberto. Veja: Mt 15:15-16 – “E Kafos, tomando a
palavra, disse-Lhe: explica-nos esta parábola. Yaohushua,
porém, disse-lhe: Até vós mesmos estais sem entender”?
Os
discípulos ficaram atônitos diante daquilo que eles julgavam
ser uma parábola. Sim, era a única conclusão. Só podia ser
uma parábola! Tal conjectura é cabível, pois que a lei
dietética de Levítico 11 era sagrada demais para todos os
judaicos, tanto para os discípulos, como para os judaicos
comuns, fariseus, irreligiosos, etc. O estonteamento dos
discípulos, por conseguinte é natural, dada a posição em
relação às coisas imundas condenadas e proibidas pelo
Criador; agora ali presente entre eles.
A diferença,
porém, é que para a solução do problema e consequente
esclarecimento, os discípulos foram humildemente suplicar a
Yaohushua e Ele os atendeu; clareando as nuvens negras que
envolveram as palavras divinas: “O que contamina o homem não
é o que entra na boca, mas o que sai da boca...”.
Hoje,
lamentavelmente, percebi em centenas de pessoas com quem
estudei a Bíblia que, havendo algo obscuro ou encoberto à
primeira vista, ao invés de ir a Yaohushua e com humildade
estudar Sua Palavra, comparando o texto; para se chegar à
Verdade que o versículo quer ensinar, simplesmente
concordavam com aquilo que, para elas, era mais conveniente.
Evidentemente, é muito mais fácil transgredir que
sacrificar. Ler que estudar. Consentir que renunciar.
Transigir que obedecer. Isso é próprio da natureza humana.
Mas... não é o correto!
Com os
discípulos foi diferente. Tomados que foram de estupefação
tal, pois para eles, apenas ver ou sentir algo imundo lhes
causava ojeriza (até de sua sombra corriam – ai deles pisar
ou ser cortado pela sombra de alguém, em pleno sanado),
quanto mais a idéia de comer carnes imundas, proibidas pelo
Criador. Era inconcebível! Por isso rogaram a Yaohushua – o
Criador - explicar-lhes tal versículo. E isso fez o Mestre,
com todo amor.
–
Solicitemos agora ao Maoro’he, que esclareça o assunto para
nós.
O título “A
Tradição dos Anciãos” do capítulo quinze de
Mateus/Matt'yaohuh, não é inspirado (foi acrescido pelo
tradutor conforme suas crenças pessoais) como se sabe;
porém, é de significado ímpar. Ouça a arguição dos fariseus
a Yaohushua: Mt
15:2 – “Por que transgridem os Teus discípulos a tradição
dos anciãos? Pois não lavam as mãos quando comem o pão”.
Observe que
o enredo começa com uma tradição. Entre as muitas,
infindáveis e enfadonhas tradições dos judaicos, tinha
preeminência aquela de, antes de qualquer refeição, lavar as
mãos ‘várias’ vezes (Mc 7:3), como se fora uma cerimônia
solene. Aliás, era de fato uma ablução imposta; um
cerimonial preceituado. Lavava-se tanto as mãos, não para
torná-las limpas, como é normal, antes de qualquer refeição!
Simplesmente
era um hábito para satisfazer uma tola tradição que mais
parecia um capricho dos anciãos, doutores da Lei. E ai de
quem não procedesse assim!
Ouça isso, e
veja se não dá para sorrir: “Não
se tratava simplesmente de lavar-se com sabão e água e
limpar-se. Não, não! Havia os movimentos certinhos que
deviam ser feitos, tudo direitinho. A quantidade mínima de
água que poderia ser usada devia caber pelo menos numa
metade da casca de ovo. Então era preciso derramar um pouco
d’água nos dedos e palmas da mão, primeiro uma, depois
outra, erguendo a mão o bastante para que a água escorresse
pelos punhos, mas não além deste ponto. Além disto a pessoa
tinha de cuidar que a água não escorresse pelas costas da
mão. E depois a pessoa deveria esfregar uma mão na outra,
indo e vindo, para lá e para cá. Se não houvesse água
nenhuma, poderia ser feita uma espécie de lavagem a seco,
simplesmente fazendo os movimentos como se com água. Mas de
modo algum a pessoa poderia sentar-se à mesa para comer sem
ter praticado esta cerimônia.” – S. Doward.
Pois bem,
Yaohushua e os discípulos, embora primassem pela higiene,
não aceitavam nem concordavam com esse ritual, essa tradição
vazia [oca] e sem nexo. Por falar em tradição, há uma que
predomina em certa parte do cristianismo (eu a percebi
quando fui um fiel batista). Parece que o diploma de um
cristão sábio nas Escrituras é-lhe conferido pelo fato de
pertencer a uma igreja – 30, 40, 50 anos – ou ter lido a
Bíblia outras tantas vezes (o tal de Ano Bíblico). Ocorre
que, ler é uma coisa, estudar é outra bem diferente, e,
frequentar igreja décadas inteiras não quer dizer que tão
somente por isso, a palavra desta pessoa seja doutrina e
lei.
Lembra-se?
Yaohushua com apenas doze anos de idade deixou aturdidos
homens envelhecidos, com ensinamentos que jamais penetraram
em seus ouvidos, fazendo seus corações ferverem
maravilhados. (Leia também Jó 32:6,9).
Então,
estudando todo o capítulo 15 de Mateus/Matt'yaohuh,
depreendemos que aqueles anciãos transgrediam os mandamentos
do Criador, mas suas pessoais tradições eram intocáveis, e
colocavam-nas em lugar de destaque (Mt 15:3). Será que hoje
ocorre ao contrário? Veja: A voz corrente do moderno
cristianismo é adaptar-se ao mundo, fazendo o que a maioria
faz, do que ouvir e fazer o que diz a santa Bíblia.
Já li de um
escritor, líder da maior Igreja Evangélica do mundo, dizer
que guarda o domingo, porque todo o mundo o guarda. Sei que
você não concorda com isso, certo? Bem, ouça o que Yaohushua
respondeu àqueles “condutores cegos”: Mt
15:7-8 - “Hipócritas, bem profetizou Yahshua’yaohuh a vosso
respeito, dizendo: Este povo honra-Me com os lábios, mas o
seu coração está longe de Mim”.
Por
conseguinte, o problema suscitado naquela oportunidade não é
o da comida em si, mas a maneira de se comer, isso é muito
claro. O verso 2 informa cristalinamente que a dificuldade
residia em lavar ou NÃO lavar as mãos. Com relação à comida,
os próprios fariseus disseram: “comer o pão”.
Lavar as
mãos sete vezes era a tradição. Coisa que Yaohushua e os
discípulos não abonavam, tanto que comiam sem praticar
aquela ablução. Quanto à comida, era caso encerrado: os
judaicos possuíam verdadeira idiossincrasia (repulsa em grau
máximo) às carnes imundas, proibidas por YAOHUH UL’HIM,
através de Seu Filho – o nosso Criador, Yaohushua. E como
Yaohushua hol’Mehushkyah é o CRIADOR, autor da prudente, boa
e sábia lei dietética, nada mais fiel aceitar que, sobre
aquela mesa cercada de gente para comer, não havia comidas
proibidas por Ele!
Isso é tão
verdadeiro quanto comprobatório, pois tempos mais tarde após
este incidente, Pedro/Kafos
declarou, alto e bom som, muito dramaticamente, quando foi
pelo Criador ordenado a comer alimentos que estavam no
lençol de sua visão em Atos 10:14: “Nunca Maoro’he, comi
coisa comum ou imunda”.
Ora, não
estaria Pedro/Kafos
mentindo para o Criador agora, se naquele acontecimento onde
Ele estava presente em corpo, ou mesmo posteriormente,
tivesse comido carnes imundas?
Portanto,
está claro que, naquela oportunidade, quando Yaohushua
mencionou o verso que estamos estudando, não havia sobre
aquela mesa nenhuma carne proibida pelo Criador, e muito
menos houve autorização para o seu consumo, pois desde este
incidente de Mateus/Matt'yaohuh 15 até Atos 10, passaram-se
algumas décadas e
Pedro/Kafos disse categoricamente, diante do lençol
cheio de animais que descia do Céu: “Nunca, Maoro’he, comi
coisa... imunda”.
Bem, é
possível que alguém ainda questione esta Verdade,
agarrando-se cegamente na declaração de Yaohushua em Mateus
15:17: “Tudo o
que entra pela boca desce para o ventre, e é lançado fora”.
Meu amado,
Yaohushua sempre Se serviu de parábolas e expressões
metafóricas, para ilustrar Verdades eternas. Por isso que,
relativo a esse verso, não podemos fazer uma aplicação
literal, porque o Maoro’he Yaohushua nunca teve tal
intenção. Sabe por quê? Porque nem tudo o que entra pela
boca vai para o ventre e é lançado fora. Por exemplo:
arsênico, formicida, soda cáustica, etc. E... você acha que
Yaohushua não sabe disso? Não foi Ele que fez nosso
estômago?
(Em sã
consciência e usando o bom senso, também ninguém comeria
alguma coisa envenenada para pôr à prova este texto. Isto
seria tentar ao Maoro’he, o que é proibido por Ele mesmo).
– Dirá
alguém: Yaohushua errou? Não amados! Mil vezes não!
Yaohushua jamais erra. Claro como a luz solar, para os
filhos da luz, foi o fato de que Yaohushua queria ensinar,
com esta ilustração, não a autorização para consumir carnes
que Ele próprio proibiu a milênios, mas a verdade de que: Mt
15:18-19 - “O que sai da boca, procede do coração. E isso
contamina o homem. Porque do coração procedem os maus
pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos,
falsos testemunhos e blasfêmias”.
Yaohushua
usa o vocábulo “coração” para representar a faculdade que
planeja e decide. Na verdade a mente é a sede dos
pensamentos e decisões. É aí onde atua o santo Espírito, e
todos os atos e gestos são dirigidos por este comando motor
(sensório). Desta maneira, estas “coisas” procedem, não do
coração em si, mas, da mente!
O Mestre
conhecia aqueles corações farisaicos de sobejo. E era esta
relação de impurezas que povoava suas mentes [e continua a
povoar as mentes de hoje, ao “teimar” e não entender o
contexto desta passagem, somente para ter um “aval” para
seus apetites desenfreados]. Acrescente-se a isso a repulsa
que mantinham em não aceitar o humilde carpinteiro e Seus
ensinamentos.
Mas, você,
meu amado irmão, agora já conhece toda a história deste
texto bíblico, e pode compreender com clareza que Yaohushua
não está abonando o consumo de carnes proibidas por Ele
mesmo, mas sim que é o “coração” (mente) o centro de tudo,
no que tange aos sentimentos e, por isso diz a Bíblia: Pv
4:23 - “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu
coração, porque dele procedem as saídas da vida”.
Por
conseguinte, irmão tenha sempre uma mente pura e demonstre
seu amor ao querido Yaohushua não comendo o que Ele proibiu;
afinal, Ele conhece o nosso corpo e por isto preparou a
lista de Lv 11 para nos instruir. Certo? Além do mais,
observe que os “animais imundos” foram criados como lixeiros
para consumir os dejetos; produtos da morte!
“COMEI DE TUDO QUANTO SE VENDE NO AÇOUGUE”
Há pessoas
tão endurecidas que não têm sequer consciência dos seus
erros; outras são tão sensíveis que a cada momento estão se
policiando e choram com o pensamento de que podem ou tenham
cometido algum pecado.
Textos
acessórios: I Co 8:9; 10:28 e 29; 8:7, 10-13.
Os
princípios dietéticos de Levítico 11, juntamente com outros
regulamentos sanitários e de saúde, foram planejados por um
sábio Criador, a fim de promover saúde e longevidade.
Baseados
como são na natureza e nas necessidades do corpo humano,
tais princípios de modo algum poderiam ser afetados pela
cruz ou ser exclusivo de uma nação (Yaoshor’ul). Princípios
que contribuíram para a saúde 3.500 anos atrás, produzirão
HOJE, os mesmos resultados hoje.
Antes do
dilúvio, a média de vida foi de 900 anos (ainda sobre o
efeito residual do fruto da Árvore da Vida), e após o
dilúvio não superou os 200. Terá sido influência do regime
alimentar?
• Comida dos
homens antes do dilúvio: Cereais,
legumes, frutas e nozes (Gn 1:29); além do fruto da
Árvore...
• Comida dos
animais antes do dilúvio: Ervas verdes (Gn 1:30). Nestes
dias não haviam animais ferozes (carnívoros); além de que,
os dentes dos seres humanos nunca ter sidos feitos para o
consumo de carnes, já que para isto, tem-se que matar!
ANIMAIS QUE ENTRARAM NA ARCA DE NOÉ:
Limpos = 7
casais (Gn 7:2)
-
Para se oferecer sacrifícios (Gn 8:19 e 20).
-
Para alimento do homem – Gn 9:2-4 (Lv 11; Dt 14).
Imundos = 1
casal (Gn7:2).
-
Apenas para preservação da espécie, que é o suficiente no
desempenho da função para que foi criado.
Antes do
dilúvio, Noé já conhecia a distinção entre animais limpos e
imundos (Gn 7:2, 3 e 8; 8:20). Daí o pressuposto que tal
conhecimento provém de tempos bastantes remotos, bem como
nos dá a certeza absoluta de que só os animais limpos eram
oferecidos em sacrifício.
Agora,
estudaremos um verso que, isolado do contexto, tem trazido
uma mensagem equivocada e muitos dissabores. É da lavra
paulina e diz: I Co 10: 25 – “Comei de tudo quanto se vende
no açougue (mercado)...”.
Assim,
aqueles que não comparam os textos a fim de descobrir a
verdade que o
apóstolo queria ensinar retiram de lá este verso [como que
com o auxílio de uma pinça], fecham a Bíblia, e pronto.
Estão, segundo pensam, livres para comer tudo que
exista no açougue: Batráquio, molusco gastrópode, ofídios,
répteis, etc. E nessa disposição intolerável, pensam ficar
com a consciência tranquila, pois quem autorizou foi
Paulo/Sha’ul.
Alto lá!
Paulo/Sha’ul jamais poderia ensinar tal aberração, pois se
assim agisse, lançaria por terra a própria Palavra do
Criador [Yaohushua – aquEle que o comissionou], e ele mesmo
estaria cometendo tremenda contradição, haja vista ter
advertido aos coríntios também: I Co 10:20 - “Antes digo que
as coisas que os gentios* sacrificam, as sacrificam
aos demônios, e não quero que sejais participantes com os
demônios”.
Nota de o
Caminho:
Gentios - Yaoshorul’itas, ou seja, os da Casa de
Yaoshor’ul, o Reino do Norte, espalhado por entre as nações,
aos quase Sha’ul foi chamado para resgata-los...
Então,
deve-se escrupular a compra do açougue? Certamente que sim!
A
discrepância no aparente sincretismo paulino não está na
letra, mas no apetite desregrado de muitos cristãos que
estão se preparando para a Vida Eterna.
Sim, porque
na realidade, só a primeira parte de I Co 10:25 é focada no
sentido da pseudo-autorização para se consumir animais
imundos, proibidos pelo Criador; porém, ater-se apenas a
esta parte do verso, sem concluí-lo, desfigura-se a mensagem
do apóstolo. O verso 25 de I Co 10 diz na sua segunda parte:
“...Sem perguntar nada, por causa da consciência”.
Observe a
enfática paulina: “Por causa da consciência”. A
partir daí, as coisas mudam de figura e o soar da buzina já
tem mais notas. O problema, portanto, não é o da comida em
si, mas da consciência de alguém. Antes de
prosseguirmos, convidemos o apóstolo Paulo a se apresentar
para nós: At 22:3; Fl 3:5 e 6; At 26:4 e 5 - “Quanto a mim,
sou varão yaoshorul’itas, nascido em Tarso da Cilícia, e
nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme
a verdade da lei
de nossos pais, zelador do Criador, como todos vós hoje
sois... circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de
Yaoshor’ul, da tribo de Ben’Yamin, hebreu de hebreus,
segundo a Lei fui fariseu, segundo o zelo, perseguidor da
igreja, segundo a justiça que há na Lei, irrepreensível... A
minha vida pois, desde a mocidade, qual haja sido, desde o
princípio, em Yah'shua-oleym, entre os da minha nação, todos
os judaicos o sabem, sabendo de mim desde o princípio (se o
quiserem testificar), que, conforme a mais severa seita de
nossa religião, vivi fariseu”.
Seria
portanto inacreditável achar que Paulo/Sha’ul, zeloso como
se diz, hebreu de hebreus, fariseu de fariseus, consumisse
ou autorizasse alguém a comer carnes imundas. Jamais!
Isso nunca passou em sua cabeça. Então, como entender tal
verso? Simples. A própria Bíblia traz a solução para o
problema, quando comparados os textos no sentido de se ver
aflorar a verdade
ensinada.
Uma coisa
que não é mistério para nenhum cristão é que, ao ser criado
o homem, sua comida era puramente vegetal. Antes do dilúvio,
dentro do plano original do Criador, nenhum animal
destruiria o outro para sua manutenção. E pelo menos durante
1650 anos aproximadamente, o homem não teve autorização para
comer carne. Vindo, porém o dilúvio, as águas, que levaram
um ano e dez dias para baixarem (Gn 7:11 e 24; 8:3-14),
exterminaram toda a vegetação; consequentemente o homem
ficou sem alimento, e até que novamente plantasse para
colher, o que comeria? Portanto, dadas as condições
prevalecentes na Terra, o Criador, como Lhe aprouve, decidiu
permitir o homem alimentar-se de carne, porém, em Sua
onisciência especificou quais deveriam ou não comer; os
animais limpos agora TAMBÉM fariam parte da alimentação do
ser humano!
Em Levítico
11, o Maoro’he ensinou que os animais que não tivessem unhas
fendidas e não remoessem deveriam ser evitados. Por outro
lado, o Criador mencionou os nomes de alguns que jamais
deveriam ser comidos pelo homem, entre eles, o porco
(Suínos e seus derivados - verso 7). Se houve a preocupação
divina com este animal, é porque, sem contestação, ele é
nocivo e tem que ser evitado.
A verdade é
que Paulo/Sha’ul, ao afirmar – “comei de tudo quanto se
vende no açougue” – tinha absoluta certeza que a carne ali
vendida era limpa, embora oferecida aos ídolos, fato
que para o apóstolo não tinha relevância, pois seu conceito
era de, o ídolo, nada ser (I Co 10:19), como de fato, nada
é! Entretanto, é inegável que o escrúpulo por animais
sacrificados não foi perdido quando o cristianismo foi
introduzido aos estrangeiros (nós).
Por
conseguinte, havia irmãos que não tinham uma fé sedimentada,
e tais cristãos se escandalizavam quando outros comiam
aquela carne. Por isso frisou Paulo/Sha’ul com clareza
meridiana: “por causa da consciência”. Que consciência?
Lógico, a consciência do irmão mais fraco na fé. Assim,
todos os cristãos poderiam comprar qualquer carne no açougue
[mercado], porque ali só era vendida carne limpa, desde que,
esta atitude, não ofendesse a consciência de um irmão de
débil fé, que é nosso dever respeitar e conservar. A
liberdade espiritual de um cristão esclarecido não pode
tornar-se pedra de tropeço para os que são fracos na fé. I
Co 8:9.
A prova
insofismável que os idólatras sacrificavam animais limpos
está no incidente ocorrido com Paulo/Sha’ul e Barnabé na
cidade de Listra, quando após ter Paulo/Sha’ul curado um
paralítico, o povo achou serem as divindades por eles
adoradas, Júpiter e Mercúrio, e queriam sacrificar-lhes
touros (At 14:12 e 13). E touro é limpo. Lv 11:3.
Um dos
sábios daqueles tempos – Plutarco (46-120 d.C.), morador em
Corinto, relatou este fato de um jantar privativo, usando
carne limpa: “O cozinheiro de Ariston fez sucesso entre os
convidados do jantar não só por causa de sua habilidade
geral, mas porque o galo servido aos comensais, embora
recém-abatido como sacrifício a Hercules, era tão macio como
se fosse de um dia.” – Citado por Jerome Murphy – O’Connor,
St. Paul’s Corinth, pág. 101.
De uma coisa
não duvidemos: Paulo/Sha’ul não deixa implícito neste texto
(I Co 10:25), que a distinção entre carnes limpas e imundas
tenha sido abolida. Tal assunto não está sob consideração.
Na pauta está a debilidade da fé de alguém super-escrupuloso
que, sendo um ser humano, também é alvo do sacrifício de
Cristo, e assim merecia todo respeito e amor. Quando
Paulo/Sha’ul focaliza neste assunto a consciência
super-escrupulosa, ele sabe que tal consciência evita
constantemente fazer algo errado. Por isso deve-se respeitar
o irmão e recebê-lo em comunhão, apesar de sua
super-escrupulosidade. Consequentemente, o assunto sob
análise é específicamente o “comer carnes que possam ter
sido sacrificadas aos ídolos” e não SOBRE alimentos
imundos!!!
Muitos dos
israelitas/yaoshorul’itas convertidos estavam vivendo entre
pessoas ignorantes e supersticiosas, que faziam frequentes
sacrifícios e ofertas a ídolos. Os sacerdotes deste culto
pagão mercadejavam extensamente com as ofertas a eles
trazidas; e os judaicos temiam que novos conversos pudessem
levar descrédito ao cristianismo por comprar aquilo que
tinha sido sacrificado aos ídolos, sancionando assim, em
certa medida, costumes idólatras. Por isso o Concílio de
Jerusalém/Yah'shua-oleym (Atos 15), determinou que os
cristãos se abstivessem das carnes sacrificadas aos ídolos
(At 15:29).
Por
conseguinte, à luz da razão, para entender o significado de
tais problemas, há que se conceber em que ponto os cristãos
israelitas/yaoshorul’itas (Casa de Israel/Yaoshor’ul) e
judaicos/yaohul’itas (Casa de Judá/Yaohu’dah) estariam aptos
a concordar em assuntos de consciência. “Alguns, como
Paulo/Sha’ul, puderam rapidamente mudar da ‘escravidão’
cerimonial do judaísmo para a ‘liberdade cristã’. Outros não
puderam abandonar assim tão rapidamente as convicções e
práticas de uma vida inteira”. Paulo/Sha’ul absorveu de tal
modo o cristianismo que, em certas ocasiões, dá a entender
uma ampla liberdade, a ponto de chocar-se com o pensamento
dos demais apóstolos. II Pd 3:15 e 16.
O tempo
gradualmente se encarregaria de esclarecer a mente do irmão
super-escrupuloso, porém, não lhe lancemos pedras, porque,
para situar-se dentro de sua consciência, neste fato, basta
que alguém compre uma galinha que foi apanhada de um
sacrifício de macumba na encruzilhada, mande cozinhá-la e
coma.
Experimente:
Se você conseguir comer, conforme I Co 8: 4: 10: 31, você é
um cristão forte. Por outro lado, se esta carne não descer
ao seu estômago, você é um cristão fraco e débil na fé. Eu
jamais farei isso, porque sou um aficcionado radical do
naturalismo. E você, mesmo não sendo vegetariano,
conseguiria comer?
Portanto,
“fraqueza” ou “debilidade” na fé, inseridas neste contexto,
e em toda esta narrativa, será medida pelo grau de
conhecimento e maturidade cristã, estribando-se na afirmação
de que o ídolo nada é.
Assim sendo,
a preocupação paulina não era que fosse imunda ou limpa a
carne, mas sim a consciência do cristão, porque é errado
violar a consciência de alguém, principalmente quando ela
está em desenvolvimento espiritual, ou se trata de uma
consciência super-escrupulosa.
Pois bem,
agora vamos falar de algo bem sério. Aceitar que
Paulo/Sha’ul não admite a separação de carne limpa e imunda,
é concluir que o Criador fala uma coisa no Antigo Testamento
e outra no Novo Testamento, o que jamais pode ser crido.
O Criador é
coerente: O que disse nas primeiras páginas do Gênesis,
reafirmou em todo o Pentateuco e nos demais profetas,
confirmou nos evangelhos e ratificou nas epístolas e no
Apocalipse. O profeta Isaías/Yahshua’yaohuh diz claramente
que quem come carne de porco (imunda) não será salvo (Is
66:17; 65:4). É chocante ler tal afirmação, porém está na
Escritura, e mais: a escatologia bíblica indica claramente
neste capítulo que ele é extensivo à Nova Terra, fato que se
depreende dos versos 20 a 24, razão porque, confirma o
profeta Isaías/Yahshua’yaohuh, lá não entrarão os que comem
carnes imundas.
Yaohushua
disse que há peixes imundos (Mt 13: 47-48), e finalmente no
livro de Apocalipse 18:2 lemos que a grande Babilônia “se
tornou morada de demônios... e coito de toda ave imunda e
aborrecível”. Por conseguinte, a lei dietética de Levítico
11 é ampla, abrangente e clara em toda a Bíblia Sagrada,
salientando que em cima, sobre e sob a Terra, existem
“seres” imundos que não devem ser consumidos. Outrossim, não
se pode proibir ninguém de comê-los, desde que o indivíduo
decidiu comer. Uma coisa, porém é certa: o Criador proibiu.
Pode-se até
citar outros versículos isolados, onde se queira crer que há
liberdade de comer as carnes proibidas; mas cuidado, pensar
assim é dizer que o Criador Se desdiz.
o Criador não
é um rei terreno ou um ser limitado. Há perigo em contestar
a vontade divina.
Tal
disposição leva-nos à admitir que o homem do Antigo
Testamento possuía uma composição biológica diferente da do
homem do Novo Testamento. Pois que lá era proibido comer
carnes imundas, e franqueado no Novo Testamento!
Sofreu
mutações fisiológicas o organismo humano? Jamais! Não há
problema de ordem genética com o homem, ele é o mesmo desde
a sua gênese, quando saiu das mãos do Criador, composto de
todos os elementos da terra; lá (Antigo Testamento) e aqui
(Novo Testamento).
Se tivesse
havido evoluções ou mutações no sistema digestivo humano,
ele não teria sido criado, como cremos, por um Criador sábio
e santo; mas, admitindo que tal aberração tivesse ocorrido,
esta foi ao inverso, porque os homens do Antigo Testamento
foram sempre mais longevos que os do Novo Testamento.
Certamente isto é devido ao seu regrado regime alimentar,
evitando as carnes proibidas pelo Criador.
Sabe, irmão,
para que não haja dúvidas, convidemos a maior autoridade
deste Universo para resolver esta questão – Yaohushua
hol’Mehushkyah. Preste atenção: – Andava o Maoro’he pelas
pradarias de Gadara (Mc 5: 1-20 – além do Jordão/Yardayan),
quando com Ele deparou-se uma legião de demônios. Estes
rogaram a Yaohushua que os enviassem para uma manada de
porcos que por ali andava (vv. 12-13). O Mestre ordenou
lançarem-se ao mar, e assim, dois mil porcos foram
destruídos. Imagine, se cada porco pesasse, por exemplo, 40
kgs; multiplicados pelos 2.000, teremos 80 toneladas de
“carne” que daria, sem dúvidas, para matar a fome de
milhares de pobres da região.
De outra
feita, o Maoro’he encontrava-se perto de Betsaida (Jo 6:
1-5), quando os discípulos se deram conta que a multidão que
durante todo o dia estivera com o Mestre, nada comera.
Yaohushua então multiplicou 5 pães e dois peixes (João 6:
11), saciou a fome de 5.000 pessoas, e depois ordenou: João
6:12 – “...recolhei os pedaços que sobraram, para que nada
se perca”.
Como é isso?
Quem se atreveria a contestar o Salvador? Em uma ocasião
ordena estragar 80 toneladas de carne, e noutra, manda
recolher restos de pães e peixes, para não se estragarem?
Sim, não é uma incoerência? Não, mil vezes não! Amados, o
que temos de admitir é que porco nunca foi alimento.
o Criador
criou o porco para uma função específica: Limpar a terra de
sujeiras e imundícies, como fazem o urubu sobre a terra e o
camarão, o siri, o caranguejo, mexilhões, a lagosta e os
peixes de couro sob as águas. Nada mais!
Dessa forma,
ninguém poderá contestar o Maoro’he Yaohushua, se Ele deixa
claro que há animais puros e imundos. É nosso dever, pois,
aceitar e praticar, deixando de consumi-los, advertindo
também os demais, pois afinal, somos guardadores de nossos
irmãos. Outro incidente na vida do Mestre que mostra a
discriminação entre o imundo e o puro está nestas límpidas
palavras: Mt 13:
47-48 – “Igualmente o Reino dos Céus é semelhante a uma rede
lançada ao mar, e que apanha toda qualidade de peixes. E
estando cheia, puxam para a praia; e, assentando-se, apanham
para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora”.
Considere o que disse o Salvador do mundo: “Peixe ruim”.
Sabe, este peixe é aquele considerado imundo e proibido
através da lei dietética de Levítico 11 versos 9 a12, o
peixe de couro! – Quem negará? Esta Verdade, foi negado por
“tradutores” corruptos; desonestos!
Ora, meu
irmão, hoje há uma volúpia de desejo para se comer as carnes
que o Criador proibiu! No entanto, até as que Ele franqueou
já é perigoso consumi-las; devido ao uso extremo de
hormônios*.
Nota de o
Caminho:
Hoje, os hormônios – principalmente nas carnes de frango –
estão “adiantando” a puberdade feminina (as meninas entram
em período fértil cada vez mais cedo) e “alterando” a
puberdade masculina... Como tais hormônios são femininos,
alteram o equilíbrio hormonal do home e assim, o que eles
chamam de Liberdade de escolha sexual (GLS) na realidade é o
hormônio feminino falando mais alto!
Quem pode
garantir que o bife bovino que você comeu ontem não estava
doente? Sim,
embora a Saúde Pública aja no pleno exercício de suas
funções higiênico-sanitárias na fiscalização aos animais de
abate, o açougue, bem como os grandes frigoríficos não estão
livres de serem ludibriados, e assim são enviados para as
cidades animais com doenças de toda espécie, para serem
consumidos por aqueles que, escravos do apetite, sequer põem
em pauta o valor da saúde, o maior bem e dom do Criador.
Por fim,
você poderá dizer: “Não é da conta de ninguém o que eu
como”. Sim, pode ser certo que não seja da conta do irmão
forte ou super-escrupuloso, mas é da conta de Cristo, pois
foi Ele quem o criou; e por você morreu de braços abertos
numa cruz (I Co 6: 19-20). Portanto, considere esses fatos!
PENSE: –
Você nunca considerou com “seus botões” por que não come os
doces dedicados a Cosme e Damião, distribuídos no dia 27 de
setembro, nos EUA? E no Brasil, você não sendo católico,
comeria um frango assado adquirido em um lance de leilão,
nas festas em prol de algum santo? Que há de mal nos doces?
Que mal há no frango? Há ou não há?
– Há
para os frágeis na fé! I Co 8: 13.
–
Não há, para os fortes, de fé amadurecida. I Co 8: 13.
Por causa
dessa consciência débil, escrupulosa, para não levá-la a
escandalizar-se, deve-se evitar coisas oferecidas a ídolos.
Na Nova
Terra não haverá mais morte (Ap 21: 4); consequentemente, os
animais não serão mortos também. Vivos, não os comeremos;
qual será, então, a nossa alimentação?
O
LENÇOL ZOOLÓGICO DE ATOS 10
Durante Seu
ministério terrestre Cristo deu início à obra de derrubar o
muro de separação entre judaicos e israelitas e apregoou a
salvação a toda a humanidade. Ef 2:14.
Além da
união entre as duas Casas (Israel/Yaoshor’ul e
Judá/Yaohu’dah), basta estudar a Palavra do Criador para se
descobrir a singela
verdade de que é repudiada a discriminação racial,
pelo fato de que Yaohushua morreria até por uma única
pessoa. Por conseguinte, não deve haver racismo entre os
homens.
A Bíblia
comprova que o pecado alcançou a todos, daí não haver uma
raça de elite, separada, isenta de pecado. Da mesma maneira,
foi por todos indiscriminadamente que o Salvador depôs Sua
vida em uma ignominiosa cruz, cujo sangue imaculado pode
justificar a mais degradada e pobre criatura da selva, como
a mais bem preparada de qualquer Continente. Todos de igual
maneira merecem a oportunidade de conhecer e viver o
evangelho que restaura e salva; todos podem tornar-se
cidadãos da família celestial. Nesta família não pode haver
homens separados por quaisquer status ou nacionalidade.
Assim, a Lei sempre foi válida para todos, yaoshorul’itas
(Israel/Yaoshor’u como sendo a união entre as dias Casas,
objeto de Yaohushua – Mt 10:5) e estrangeiros (nós)!
No Templo de
Jerusalém/Yah'shua-oleym, devido ao legalismo, havia um
limite para os estrangeiros. Uma placa indicativa dizia:
“Nenhum estrangeiro pode passar além da balaustrada e da
parede que cercam o lugar santo. Quem quer que seja apanhado
violando este regulamento será responsável pela sua morte,
que se seguirá”.
A visão de
Pedro/Kafos do lençol
repleto de animais, puros e imundos, relatada em Atos 10,
tem sido utilizada para provar a liberação divina para se
comer as carnes que foram proibidas ao homem, deixando os
que assim crêem de consciência tranquila. Será, entretanto
que essa tranquilidade continuará, ao descobrirmos agora
exatamente o contrário?
A expressão
divina – “Levanta-te, Kafos,
mata e come” (Atos 10:13), isolada de seu contexto,
tornou-se a mola mestra da engrenagem dos que se conformam
com a superfície do versículo, mas a você, apelo outra vez:
nunca se satisfaça com um texto isolado. Não é bom nem
correto.
É preciso
estudá-lo junto ao contexto, e, necessariamente, comparando
com outras escrituras.
Descubramos, portanto, como deve ser estudado este capítulo
maravilhoso de Atos 10:
Verso 1
“E havia em
Cesaréia um varão por nome Cornélio, centurião da corte
chamada italiana”.
Cesaréia era um “porto marítimo de Saron, construído por
Herodes, o grande, em 13 a.Y. Residência dos procuradores
romanos”. Por conseguinte, trata-se, possivelmente de um
homem romano o bom Cornélio, pois além de um cargo militar
altamente importante, servia em uma base radicalmente
romana. Em última análise, uma coisa é líquida e certa, não
esqueça, ele não era judaico, era um estrangeiro (JAMAIS
diga: era um gentio, pois como temos deixado claro,
gentio era como se dizia aos
israelitas/yaoshorul’itas – a Casa de Israel/Yaoshor’ul, o
Reino do Norte, espalhado por entre as nações – Is 9:1).
Você por acaso sabe o que um judeu pensava a respeito de um
gentio por essa ocasião?
Verso 2
“Piedoso e
temente ao Criador, com toda a sua casa, o qual fazia muitas
esmolas ao povo, e de contínuo orava ao Criador.”
Que quadro
lindo! Solenemente espetacular! Um proscrito para os
judaicos amava e servia ao Criador (dos judaicos), e este
amor era à prova de crítica. Vestido com roupa de trabalho,
pois diz a Bíblia que ele auxiliava, socorria com seus bens
os menos favorecidos, e dentre os tais, quem sabe, muitos
judaicos. Era desprendida sua devoção, sincera, partia de um
coração anelante por conhecer mais o Criador de
Israel/Yaoshor’ul; talvez até mais que muitos judaicos
legalistas. E o mais maravilhoso é que o Criador “atentou”
para aquele que aos olhos dos judaicos não merecia sequer
conhecê-Lo.
Da leitura
dos versos
3 a 8, concluímos que o amor do Criador
envolveu Cornélio e o prestigiou com a comissão de um anjo
que trazia do Céu, a aprovação para seu gesto caridoso e
amante, orientando-o a ir em busca do apóstolo
Pedro/Kafos,
dando-lhe para tanto as indicações, como: cidade, rua, casa
e nº, etc.
Versos 9 e 10
“E no dia
seguinte, indo eles em seu caminho, e estando já perto da
cidade, subiu Pedro/Kafos
ao terraço para orar, quase à hora sexta (1/2 dia). E tendo
fome, quis comer; e enquanto lho preparavam, sobreveio-lhe
um arrebatamento de sentido”.
Caro irmão,
imploro agora sua esmerada atenção, para que você alcance a
sabedoria do Criador que eu e você amamos. Toda vez que Ele
queria ensinar alguma coisa ao homem, utilizava algo que lhe
fosse peculiar. Como por exemplo: Ao lavrador, a terra. Ao
boiadeiro, o gado. Ao apascentador, a ovelha; ao pescador,
a rede; etc. Como o Criador desejava transmitir algo sublime
e maravilhoso a Pedro/Kafos,
que melhor ilustração utilizaria senão aquilo que estivesse
mais intimamente ligado à sua condição no momento, isto é:
comida? (Pedro/Kafos
estava com fome, diz o teto).
O Maoro’he
estava assim, preparando
Pedro/Kafos para a grande mensagem. Assim, conforme
dizem os versos
11 e 12, o Criador mostrou-lhe em visão, o
famoso lençol zoológico, e pateticamente declarou:
Verso 13
“...
levanta-te Pedro, mata e come.”
Tal ordem
suscitou imediatamente do obediente apóstolo a dramática,
sincera e inolvidável declaração:
Verso 14
“...De modo
nenhum, Maoro’he. Porque nunca comi... coisa imunda.”
Observe o
irmão, a magnitude do acontecimento, que se repetiu por três
vezes, voltando a se recolher ao Céu, conforme os versos
15 e 16.
Os versos
17 e 18 relatam
que Pedro/Kafos
estava desconcertado com aquela visão, e, tentando chegar a
uma conclusão razoável; pôr em ordem os seus desencontrados
pensamentos, quando – pasme – batem à porta. Eram os homens
que o bom Cornélio enviara, conforme instrução do Criador.
Atenção agora para o verso seguinte:
Verso 19
“...Eis que
três varões te buscam.”
Em meio ao
aturdimento de Pedro/Kafos,
o Criador avisa-o que “três varões” o procuravam e que ele,
sem demora, deveria descer e se apresentar aos estrangeiros,
pois fora enviados por Ele. Observe, prezado irmão, as
nuanças da visão, os detalhes divinos...
• A
visão apareceu a Pedro/Kafos
três vezes.
•
Também três varões apareceram-lhe, enviados por
Cornélio, com a indicação do anjo do Maoro’he.
.•
o Criador lhe
deu a visão exatamente na hora em que
Pedro/Kafos estava
com fome, para melhor aguçar a lição que desejava ensinar ao
apóstolo. O apetite é um grande teste. Tudo é maravilhoso,
não acha? No verso
22, os varões falaram a
Pedro/Kafos a
respeito de Cornélio; da aprovação do Criador para com ele e
do anjo que os enviou à sua procura.
Pedro então,
imediatamente recebeu-os em casa, e no dia seguinte, tomando
alguns irmãos de Jope, rumou para Cesaréia, a fim de
realizar um grandioso trabalho missionário, conforme a
leitura do verso
23. Um dia depois, chegam ao seu destino, e
maravilhados contemplam um grupo de estrangeiros, sedentos
do evangelho, almejando a salvação bem como trilhar os
caminhos do Criador, segundo se depreende da leitura dos versos
24-27.
Diante deste
quadro, Pedro/Kafos
reprime as lágrimas, cumprimenta os estrangeiros
afetuosamente, e se prepara para lhes anunciar as
boas
novas da
salvação.
Sinceridade,
submissão e humildade são características daqueles que de
fato almejam fazer a vontade do Criador e preparam-se para o
Seu Reino terreal; sob essa bandeira que deve ser a minha e
a sua atitude para com a Bíblia, ouçamos o apóstolo
Pedro/Kafos:
Verso 28
“E
disse-lhes: vós bem sabeis que não é lícito a um varão judeu
ajuntar-se ou achegar-se a estrangeiros: mas o Criador
mostrou-me que A
NENHUM HOMEM CHAME COMUM OU IMUNDO.”
Os judaicos
achavam-se os únicos dignos da graça do Criador, e por isso
consideravam todos os demais como imundos, na pura
acepção da palavra. Entretanto o evangelho não é exclusivo
de grupos privilegiados ou nação isolada (embora
Israel/Yaoshor’ul FOI e CONTINUA sendo o Seu Povo Eleito –
Rm 11:1-4 – foram cortados da Árvore após a morte de Esteban
e enquanto não aceitarem ao Messias, não serão
reenxertados); e, como a mensagem do Evangelho Eterno
deveria alcançar todas as pessoas, aprouve ao Criador forjar
um encontro entre o judeu e o estrangeiro [para que se
cumpra o último sinal do Fim dos tempos – pregação do
evangelho a todo o mundo], isso por meio do apóstolo
Pedro/Kafos, que
entre todos, parecia ser o mais apegado às tradições e ao
exclusivismo nacional e espiritual.
Do verso
29 a 33, Cornélio, o estrangeiro a quem o Criador amava
e queria que ouvisse do evangelho que vem dos judaicos,
relata a visão que tivera e como tomara a decisão de mandar
buscar a Pedro/Kafos,
declarando:
Verso 33
“...Agora,
pois, estamos todos diante do Criador para ouvir tudo quanto
pelo Criador te é mandado”.
Diante de
fatos tão sublimes, vendo a operação maravilhosa do santo
Espírito [Yaohushua, onipresente em espírito, desde o
Pentecostes] naqueles corações; observando como o Maoro’he
estava demonstrando Seu amor por pessoas de outra raça,
Pedro/Kafos deixa
cair por terra sua tradição e preconceito de que os
estrangeiros não eram dignos da salvação nem do favor do
Criador, e, exclamando com toda veemência, quedado diante da
Onipotência divina, diz:
Versos 34 e 35
“...Reconheço por verdade que o Criador não faz acepção de
pessoas; mas que Lhe é agradável aquele que, em qualquer
nação, O teme e obra o que é justo”.
Como é clara
a verdade divina ensinada ao apóstolo
Pedro/Kafos!
o Criador ama
a todos os homens; quer salvar a todos indistintamente.
Morreu por todos: judaicos, israelitas e estrangeiros. A
cruz atrai todas as raças e une todos os povos.
Dos versos
36 a 48, é relatada a convicção de
Pedro/Kafos de que
aqueles estrangeiros foram aceitos pelo Criador, e assim não
hesitou em pregar-lhes com poder as
boas
novas da
salvação. E nesta oportunidade, para sedimentar Sua
aprovação por aquele sincero grupo de crentes estrangeiros,
revelando publicamente Seu agrado, o Criador veio em
Espírito (que é Santo), causando espanto geral. Era a
aprovação total. O amor do Criador alcança a todos, judaicos
e estrangeiros, em todos os lugares, graças ao Criador!
O episódio
não termina aqui. Quando a igreja em
Jerusalém/Yah'shua-oleym soube do ocorrido, levantou-se
contra Pedro/Kafos,
com a prerrogativa de haver-se misturado com gente tão
repelente e imunda, os estrangeiros. Intima-o a retratar-se.
O apóstolo então, cheio do Espírito, apresenta-se diante da
oholyao-sede; e, relata como o Criador lhe mostrara, através
de uma visão de animais [imundos & limpos] em um lençol, que
todas as pessoas, de toda tribo, raça e língua, desde que O
tema e guarde Seus mandamentos, são dignas do amor, da Graça
e da salvação pelo sacrifício eterno de Yaohushua.
E muito
mais! o
Criador não somente revelou Seu amor pelos estrangeiros como
os agraciou com o derramamento do Seu poder (Leia Atos
11:1-17).
Contra este
argumento não houve reação; e, portanto a posição da
oholyao-sede não poderia ser diferente. Leiamos:
Atos
11:18
“E ouvindo
estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram ao Criador,
dizendo: Na verdade até aos estrangeiros deu o Criador o
arrependimento para a vida”.
Como vê,
irmão amado, é simples, puro e cristalino como água na folha
de inhame. Não há aqui interpretação humana. Não há
necessidade de torcer nada e muito menos adaptar-se a
qualquer tipo de conveniência. É uma verdade clara que brota
como luz da aurora no coração sincero. A oholyáo de
Jerusalém/Yah'shua-oleym não mudou a Bíblia; mudou sim, sua
posição em relação aos estrangeiros pelo testemunho de
Pedro/Kafos, que por
sua vez mudou sua opinião através do ensino do Criador por
meio de um lençol de animais “imundos” associados a animais
“limpos”.
Hoje,
lamentavelmente ocorre o contrário. Muitos preferem mudar a
Bíblia, tentam adaptá-la à sua opinião. Que não seja esta
sua atitude, meu querido irmão. Pois bem, fica determinado
pela Bíblia, sem nenhuma dúvida, que o Criador utilizou um
lençol de animais puros e imundos para ensinar a Pedro,
quando este estava com fome, que “nenhum homem é comum ou
imundo” e “que o Criador não faz acepção de pessoas”; pois,
todos de igual modo, merecem a oportunidade de conhecer e
viver o evangelho que restaura e salva. Todos podem
tornar-se cidadãos da família celestial, mas..., se não
acontecesse essa visão, jamais Cornélio e sua família
ouviriam de Pedro/Kafos
esta mensagem que salva, dada sua posição contra os pobres
estrangeiros.
Isto sim,
mas nunca para autorizar a comer carnes imundas. Irmão,
a oholyáo de Jerusalém/Yah'shua-oleym foi humilde e sincera.
Você também decidirá pela Verdade? Decisão envolve coragem!
Você é um forte, pois Cristo lhe dá poder. Ele estava
levando Seu apóstolo a sentir “FOME” pela salvação de todas
as pessoas; de todas as raças, em todos os lugares do
Planeta Terra!
“Essa visão
tanto serviu para repreender a
Pedro/Kafos como para
instruí-lo. Revelou-lhe o propósito do ETERNO – de que pela
morte de Cristo os estrangeiros deviam tornar-se
co-herdeiros dos judaicos, nas bênçãos da salvação. Até
então nenhum dos discípulos pregara o evangelho aos
estrangeiros...
PENSE NISSO:
A visão do
lençol de Atos 10 foi uma prédica divina para mostrar a
Pedro/Kafos que todos
são iguais e, simultaneamente, prepará-lo para o
derramamento do santo Espírito sobre Cornélio, semelhante ao
Pentecostes (Atos 10:44-47). E isto foi a comprovação
ipso-facto, de que o Criador não faz acepção de pessoa,
mesmo! Agora ouça Paulo/Sha’ul, escrevendo aos
Romanos 10:12-13:
“Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um
mesmo é o Maoro’he de todos, rico para com todos os que O
invocam. Porque todo aquele que invocar o Nome do Maoro’he
será salvo.”
CURIOSIDADE
Atos 11: 12
– Disse Pedro/Kafos:
“...e também
estes SEIS irmãos foram comigo, e entramos em casa daquele
varão (Cornélio)”.
Na lei
egípcia que os judaicos conheciam bem, eram preciso SETE
testemunhas para provar completamente um caso judicial ou
qualquer outro.
Na lei
romana também; e, eram necessários SETE selos para
autenticar um documento que fosse realmente importante como
um testemunho, para os hebraicos.
Portanto,
havia SETE testemunhas deste fato.
Pedro/Kafos + 6 = 7.
Amnao!
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