Tanto por
sua origem como pelo uso comum a palavra templo, quando
usada literalmente, tem um significado restrito e
específico. A idéia de templo é essencialmente a de um
lugar destinado especificamente às cerimônias
consideradas sagradas, seja o seu caráter sagrado real
ou suposto; num sentido mais restrito, os templos são
prédios construídos para a realização de cerimônias
sagradas e são utilizados exclusivamente para esse fim.
Tanto por sua origem como pelo uso comum
a palavra templo, quando usada literalmente, tem um
significado restrito e específico. A idéia de templo é
essencialmente a de um lugar destinado especificamente
às cerimônias consideradas sagradas, seja o seu caráter
sagrado real ou suposto; num sentido mais restrito, os
templos são prédios construídos para a realização de
cerimônias sagradas e são utilizados exclusivamente para
esse fim.
A História dos Templos
Em latim, a palavra Templum era
equivalente ao termo hebraico Beith Ul’him, e
significava a Casa da Divindade; portanto, como era
relacionada à adoração da Deidade, seu significado
literal era a
Casa do Criador ETERNO.
Em muitas épocas diversas, tanto os
adoradores de ídolos como os seguidores do Criador
verdadeiro e vivo construíram prédios dedicados
inteiramente como santuários ou que continham certas
áreas consideradas santuários. Os templos pagãos da
antiguidade recebiam o nome de ídolos mitológicos e eram
considerados como sendo a morada do ‘deus’ cujo nome
levavam. Os pátios externos desses templos eram
utilizados para assembléias gerais e cerimônias
públicas, mas sempre havia recintos interiores em que
somente os sacerdotes consagrados podiam entrar e onde,
dizia-se, a divindade manifestava sua presença. Uma
prova da exclusividade dos templos antigos, até dos
pagãos, é que vemos que o altar pagão [geralmente para
sacrifícios] não ficava dentro do templo em si; ficava
de frente para a entrada principal. Os templos nunca
foram vistos como locais de assembléias para o público
em geral, mas como recintos sagrados, consagrados às
cerimônias mais solenes de um sistema de adoração
específico (seja idólatra ou divino) e eram um símbolo
visível e uma imagem tangível desse sistema.
Na antiguidade, o povo de Yaoshor’ul
destacou-se entre as nações pela construção de
santuários dedicados ao nome do Criador vivo. Esse
serviço lhe era exigido especificamente por YAOHUH, a
quem o povo professava servir. A história de Yaoshor’ul
como nação data do êxodo. Durante os dois séculos de
escravidão no Egito, os filhos de Yah’kof
transformaram-se em um povo numeroso e forte; contudo,
estavam no cativeiro. No momento certo, porém, suas
aflições e súplicas chegaram ao CRIADOR, que os conduziu
com o braço de Seu poder. Assim que escaparam do
ambiente idólatra do Egito, foi-lhes exigido que
preparassem um santuário em que Ele manifestaria Sua
presença e comunicaria Sua vontade no papel de Rei e
CRIADOR a quem eles aceitaram...
O tabernáculo, que fora construído de
acordo com o projeto e as especificações recebidas por
revelação, era considerado por Yaoshor’ul como sendo
sagrado, o santuário de YAOHUH. Era uma estrutura
compacta e portátil, como exigiam as necessidades
migratórias. Apesar de o tabernáculo não passar de uma
tenda, era feito dos melhores materiais, os mais
valorizados e caros que o povo possuía. Esse grau de
excelência era a oferta da nação ao CRIADOR. Até os
mínimos detalhes da construção foram pré-determinados,
tanto na parte de projeto como na de materiais; era em
todos os aspectos o melhor que o povo tinha a ofertar e
UL’HIM (o ETERNO) santificou as dádivas que Lhe eram
oferecidas com Sua divina aceitação. Falando do assunto,
atentemos para o fato de que não importa se é um homem
ou uma nação que faz a oferta, se for feita de coração,
com pureza de intenção será excelente aos olhos do
Criador, por mais modesto que esse melhor seja quando
medido por outros padrões...
A resposta ao pedido de materiais para a
construção do tabernáculo foi tão liberal e de tão
boa-vontade que as doações excederam o necessário:
"Porque tinham material bastante para toda a obra que
havia de fazer-se, e ainda sobejava". (Ex 36:7)
Emitiu-se uma proclamação quanto ao assunto e impediu-se
o povo de levar mais doações. Os artífices e
trabalhadores que fizeram o tabernáculo foram designados
por revelação direta, ou escolhidos pela autoridade
divina designada, por causa de suas habilidades
especiais e devoção (que não dispunha de habilidades,
eram capacitados divinamente – Ex 35:30-31). Depois de
terminado, e considerando-se o lugar em que se
encontrava e a situação em que fora criado (no deserto),
o tabernáculo tornou-se imponente. A estrutura era de
madeira rara, as cortinas internas, de linho fino com
desenhos pré-determinados bordados trabalhosamente de
azul, púrpura e carmesim; as cortinas do meio as
externas eram de peles escolhidas; as partes de metal
eram de cobre, prata e ouro.
Fora do tabernáculo, mas no interior de
seu pátio, ficava o altar de sacrifícios e a pia. O
primeiro recinto do tabernáculo em si era uma sala
periférica fechada por um véu, ou o Lugar Santo; depois
dele, resguardado da vista por um outro véu, ficava o
santuário interno, o Lugar Santíssimo, chamado
especificamente de o Santo dos Santos. A entrada ao
recinto periférico só era permitida aos sacerdotes, na
ordem determinada; quanto ao recinto interior, o "santo
dos santos", a entrada só era permitida ao
sumo-sacerdote, e somente uma vez por ano seria feita a
purificação do santuário, por ele; e isto só depois de
um longo processo de purificação que durava 10 dias.
(Ver Hb 9:1–7; Lv 16.)
Um dos objetos mais sagrados do
tabernáculo era a Arca da Aliança. Ela era uma caixa ou
baú feito da melhor madeira disponível, forrada e
coberta de ouro puro e provida de quatro argolas de ouro
para passarem-se as varas utilizadas para carregá-la nas
viagens. A arca continha certos objetos de importância
sagrada, a exemplo do vaso com manah, preservado como
lembrança da restauração do santo sábado; a esses
objetos foram depois acrescentados a vara de Aharon, que
florescera, que permaneceria diante da Arca, e as Tábuas
da Lei, em pedra, com as inscrições feitas pela mão do
próprio Criador. Depois que o tabernáculo era montado no
arraial de Yaoshor’ul, a arca era colocada além do véu
interno, no Santo dos Santos. Sobre a arca, ficava o
propiciatório, coroado por um par de querubins de ouro
batido. Desse propiciatório o CRIADOR manifestaria a Sua
presença, conforme o prometido antes que a arca ou o
tabernáculo existissem: "E ali virei a ti, e falarei
contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois
querubins (que estão sobre a arca do testemunho), tudo o
que eu te ordenar para os filhos de Yaoshor’ul" Ex
25:22.
Aqui não tentaremos descrever
pormenorizadamente o tabernáculo, seus objetos ou móveis
(tipos do ministério de Yaohu’shua; para nossos
objetivos, basta saber que o arraial de Yaoshor’ul tinha
um santuário desses, construído de acordo com um plano
revelado, que representava o melhor que o povo tinha a
dar tanto em materiais como em mão-de-obra; que ele era
a oferta de um povo ao seu UL’HIM e que foi plenamente
aceito por Ele. (Ver Ex 40:3–38.) Como mostraremos
posteriormente, o tabernáculo era um protótipo de um
Templo mais estável e magnificente que, no transcurso do
tempo o substituiu!
Depois de Yaoshor’ul ter-se estabelecido
na terra prometida, após quatro décadas de peregrinação
no deserto, o povo do convênio, enfim, tomou posse de
sua Canaan e o tabernáculo passou a ter um lugar para
ficar em Siloah; e as tribos iam ali para ouvir e saber
da palavra e da vontade do Criador. (Ver Js 18:1; 19:51;
21:2; Js 18:31; I Sm 1:3, 24; 4:3–4.) Depois, foi levado
para Gideon (ver I Cr 21:29; II Cr 1:3) e,
posteriormente, para a Cidade de Da’oud, ou Tzayan
(Sião). Ver II Sm 6:12; II Cr 5:2.
Da’oud, o segundo rei de Yaoshor’ul,
queria construir uma casa para o CRIADOR e planejou
fazê-lo, dizendo que não era admissível que ele, o rei,
morasse em um palácio de cedro e o santuário de Criador
fosse somente uma tenda. (Ver II Sm 7:2.) O CRIADOR,
porém, falou pela boca do profeta Natan e recusou a
oferta, deixando claro que para ser aceitável aos Seus
olhos, não bastava que a dádiva fosse adequada: era
também necessário que quem a ofertava fosse digno.
Da’oud, o rei de Yaoshor’ul, que em muitos aspectos era
um homem conforme o coração do Criador, pecara e seu
pecado não fora perdoado! Estas foram as palavras do
rei: "em meu coração propus eu edificar uma casa de
repouso para a Arca da Aliança do ETERNO e para o
estrado dos pés do nosso Criador, e eu tinha feito o
preparo para a edificar. Porém o Criador me disse: Não
edificarás casa ao meu Nome, porque és homem de guerra,
e derramaste muito sangue". (I Cr 28:2–3; ver também II
Sm 7:1–13.) Contudo, a Da’oud foi permitido reunir o
material para a casa do CRIADOR, edifício que não seria
construído por ele, mas por seu filho,
Salomão/Shua’olmoh.
Pouco depois de subir ao trono,
Shua’olmoh iniciou o trabalho que herdara como uma honra
juntamente com a coroa. Preparou os alicerces no quarto
ano de seu reinado e a construção foi terminada em sete
anos e meio. A grande riqueza que o rei, seu pai,
acumulara e reservara para a construção do templo,
possibilitou a Shua’olmoh fazer do mundo então conhecido
seu tributário e arregimentar a cooperação de outras
nações nessa tarefa grandiosa. Muitos milhares de
trabalhadores foram empregados na obra e havia um
artífice chefe encarregado de cada setor da obra. Era
uma honra trabalhar em qualquer atividade nessa
construção e o trabalho passou a ter uma dignidade que
não lhe era atribuída anteriormente. A alvenaria
transformou-se em profissão e os ofícios que a
constituem foram estabelecidos e perduram até hoje. A
edificação do Templo de Shua’olmoh marcou época, não só
na história de Yaoshor’ul, mas na história do mundo.
De acordo com a cronologia comumente
aceita, o templo foi concluído aproximadamente em 1005
a.Y. No que se refere à arquitetura e construção,
projeto e custo, é considerado um dos prédios mais
notáveis da história. A cerimônia dedicatória durou sete
dias: uma semana de alegria santa em Yaoshor’ul. Com a
devida cerimônia, o tabernáculo da congregação e a Arca
sagrada da Aliança foram levadas para o templo e ela foi
colocada no santuário interior: o Santo dos Santos. O
CRIADOR manifestou sua aceitação benevolente por meio da
nuvem que encheu as câmaras sagradas enquanto os
sacerdotes se retiravam: "E os sacerdotes não podiam
permanecer em pé, para ministrar, por causa da nuvem;
porque a glória do CRIADOR encheu a Casa de UL’HIM". (II
Cr 5:14; ver também II Cr 7:1–2; e Ex 40:35.) Dessa
forma, o templo superou, substitui e assimilou o
tabernáculo, do qual, na verdade, era um magnificente
sucessor.
A comparação do projeto do Templo de
Shua’olmoh com o do Tabernáculo que o precedeu demonstra
que, em todos os elementos essenciais, a disposição e a
proporção dos dois era tão semelhante que eram
praticamente idênticos. É verdade que o tabernáculo
tinha só uma câmara, enquanto o templo era rodeado de
átrios, mas a estrutura interna em si, o templo
propriamente dito, seguia de perto o projeto anterior.
As dimensões do Santo dos Santos, do Santuário e do
alpendre do templo eram exatamente o dobro das partes
correspondentes do tabernáculo.
A grandiosidade gloriosa desse edifício
magnífico durou pouco. Trinta e quatro anos depois da
dedicação e apenas cinco anos após a morte de
Shua’olmoh, o seu declínio teve início; esse declínio
logo transformou-se em espoliação generalizada e, por
fim, passou à profanação em si. O rei Shua’olmoh, o
grande construtor, fora desencaminhado pelos ardis das
mulheres idólatras e os hábitos perversos do rei
incentivaram a iniquidade em Yaoshor’ul. A nação deixou
de ser unida: havia facções, partidos e seitas; umas
adoravam no alto das colinas; outras, sob as árvores
verdes, e todas alegavam a superioridade de seu próprio
ídolo. O templo logo deixou de ser sagrado. A dádiva
perdeu o valor por causa da perfídia de quem a oferecera
e YAOHUH retirou a Sua presença protetora desse lugar
que deixara de ser sagrado.
Deixou-se que os egípcios, de cujo
cativeiro o povo fora libertado, voltassem a oprimir
Yaoshor’ul. Sisaque, o rei do Egito, tomou
Yah’shua-oleym, a Cidade de Da’oud, onde ficava o templo
"e tomou os tesouros da Casa do CRIADOR (...)" I Rs
14:25–26. Os egípcios não levaram toda a mobília, que
anteriormente era sagrada; outros levaram parte do que
sobrara e as dedicaram aos ídolos. (Ver II Cr 24:7.) Os
atos de profanação prosseguiram durante séculos.
Duzentos e dezesseis anos depois dos egípcios saquearem
o lugar, Acaz, roubou alguns dos tesouros que restavam
no templo e enviou parte do ouro e prata que restara
como presente a um rei pagão a quem queria agradar. Além
disso, retirou o altar e a pia e deixou somente uma casa
no lugar onde anteriormente ficava o templo. (Ver II Rs
16:7–9, 17–18; ver também II Cr 28:24–25.)
Posteriormente, Nabucodonosor, rei de Bavel, terminou de
saquear o templo e levar o pouco que restara de seus
tesouros. Depois, ele destruiu o prédio a fogo. (Ver II
Cr 36:18–19; II Rs 24:13; 25:9).
Foi assim que cerca de 600 anos antes do
nascimento do Redentor, Yaoshor’ul ficou sem templo. O
povo dividira-se: havia agora dois reinos (Yaoshor’ul e
Yaohu’dah) inimigos um do outro. O povo tornara-se
idólatra e totalmente iníquo, e o CRIADOR rejeitara a
ele e ao seu santuário. A Casa de Yaoshor’ul (o Reino do
Norte), formado aproximadamente por 10 das 12 tribos,
fora subjugado pela Assíria por volta de 721 a.Y.
[espalhados por entre as nações viriam a ser os
“gentios”]; e, cem anos depois, Bavel conquistou o reino
de Yaohu’dah. Durante 70 anos, o povo de Yaohu’dah, que
passou a ser chamado de judaicos, permaneceu na
servidão, exatamente como fora predito. Ver Jr 25:11–12;
29:10.
Então, durante o reinado favorável de
Ciro (ver Esdras 1, 2) e de Dario (Ver Esdras 6) os
judaicos receberam permissão de voltar a Yah’shua-oleym
e voltar a edificar um templo como prescreviam suas
crenças. Em homenagem ao diretor da obra, o templo
restaurado ficou historicamente conhecido como o Templo
de Zerubab’ul. O alicerce foi colocado com uma cerimônia
solene e, nessa ocasião, as pessoas mais velhas que
sobreviveram e lembravam-se do antigo templo choraram de
alegria. Ed 3:12–13. A despeito das formalidades legais,
(ver Ed 4:4–24) e outros obstáculos, o trabalho
continuou e 20 anos depois de voltarem do cativeiro, os
judaicos estavam com o templo pronto para a dedicação. O
Templo de Zerubab’ul foi terminado em 515 a.Y.,
exatamente no terceiro dia do mês de Adar, no sexto ano
do reinado de Dario. A cerimônia dedicatória foi
realizada em seguida. Ed 6:15–22. É verdade que, no que
se refere à riqueza do acabamento e da mobília, esse
templo era bem inferior ao Templo de Shua’olmoh, mas era
o melhor que o povo podia construir e o CRIADOR
aceitou-o como a oferta que simbolizava o amor e devoção
de Seus filhos segundo o convênio. O fato de que
profetas como Zacarias/Zochar’yah, Ageu/Khag’gai e
Malaquias/Malaok’hi ministraram entre as paredes desse
templo são prova desta aceitação divina.
Cerca de 16 anos antes do nascimento de
Cristo, Herodes I, o rei da Yaohu’dah, começou a
reconstrução do Templo de Zerubab’ul, que estava
deteriorado e, de modo geral, em ruínas. Ele já estava
de pé havia cinco séculos e, sem dúvida, grande parte
dele havia sido destruída pelo tempo.
Muitos acontecimentos da vida terrena do
Salvador estão ligados ao Templo de Herodes. As
escrituras deixam claro que ainda que Se opusesse aos
fins vis e comerciais a que o templo havia sido
entregue, Cristo reconhecia a santidade dos recintos do
templo. O Templo de Herodes era um prédio sagrado; fosse
qual fosse o nome que lhe dessem, para Ele, essa era a
Casa de UL’HIM. Depois, com o epílogo tristonho da
grande tragédia do Calvário, quando, enfim, da cruz
alçou-se o agonizante brado "está consumado", o véu do
templo rasgou-se e o que antes era o Santo dos Santos
ficou descoberto; perdeu-se a utilidade. Mt 27:51. A
destruição total do Templo fora predita pelo CRIADOR
quando ele ainda vivia segundo a carne (Ver Mt 24:1–2;
Mc 13:1–2; Lc 21:6.) No ano 70 d.Y., o Templo foi
totalmente destruído pelo fogo quando os Romanos, sob o
comando de Tito, tomaram Yah’shua-oleym.
O Templo de Herodes foi o último templo
edificado no hemisfério oriental na antiguidade. Desde a
destruição desse edifício grandioso, deixaram de existir
templos pouco depois da Apostasia e até o conceito de
templo, no sentido específico, desapareceu.
Por muitos séculos não se ofereceu nenhum
santuário ao CRIADOR; na verdade, parece que não se via
a necessidade disso. A igreja apóstata declarou que a
comunicação direta com Criador cessara e, em vez da
administração divina, um governo auto-constituído
reclamou o poder supremo, o papado, em 536 d.Y. Fica
claro que, no que se refere à igreja, a voz do CRIADOR
fora silenciada, que o povo não estava mais disposto a
dar ouvidos às palavras reveladas e que o governo da
igreja fora suprimido pelas instituições humanas...
Quando no reinado de Constantino, o
cristianismo desvirtuado tornou-se a religião do Estado,
a necessidade de um lugar em que Criador Se revelasse,
continuou totalmente despercebida ou foi ignorada. É
verdade que se construíram muitos edifícios, a maioria
caros e grandiosos. Alguns deles foram dedicados a
‘Pedro’ e a ‘Sha’ul’, a ‘Tiago’ e a ‘Yao’khanan’; outros
a ‘Madalena e à “virgem”; mas não se construiu um
edifício sequer com autoridade nem em homenagem a
Yaohu’shua, hol’Mehushkyah (o Messias). Entre a
infinidade de capelas e santuários, igrejas e catedrais,
não havia lugar algum que o Filho do Homem pudesse
chamar de Seu. Decretou-se que o papa, em Roma, era o
vigário de Cristo e que, sem receber revelação, tinha
autoridade para declarar a vontade do Criador.
Pelo que dissemos, fica claro que o
Templo era mais que uma capela ou igreja, mais que uma
sinagoga ou catedral: era um edifício erigido para ser a
Casa do CRIADOR, consagrada à comunhão mais íntima entre
o CRIADOR e o santo sacerdócio, e dedicada às ordenanças
mais elevadas e sagradas da era ou dispensação a que
determinado templo pertencera. Além disso, para que o
templo fosse verdadeiramente sagrado (aceito pelo
Criador e por Ele reconhecido como Sua casa), a dádiva -
tanto ela como quem a oferecesse – deveriam ser dignos.
Onde a Igreja primitiva se reunia?
Vejamos: Sha’ul quando quis perseguir os
crentes foi nas casas...
Atos 8:3 - E Sha’ul assolava a igreja,
entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres,
os encerrava na prisão.
- Sha’ul faz diversas saudações às
igrejas nas CASAS:
I Co 16:19 - As igrejas da Ásia vos
saúdam. Saúdam-vos afetuosamente no CRIADOR Áquila e
Priscila, com a igreja que está em sua casa.
Cl 4:15 - Saudai aos irmãos que estão em
Laodicéia e a Ninfa e à igreja que está em sua casa.
Rm 16:5 - Saudai também a igreja que está
em sua casa. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as
primícias da Acáia em Cristo. ]
Fl 1:2 - E à nossa amada Áfia, e a
Arquipo, nosso camarada, e à igreja que está em tua
casa:
- Kafos estava preso e NA CASA DE
MAORO’HEM a igreja orava:
Atos 12:12 - E, considerando ele nisto,
foi à casa de Maoro’hem, mãe de Yao’khanan, que tinha
por sobrenome Marcus, onde muitos estavam reunidos e
oravam.
- Na descida de Yaohu’shua, em ESPÍRITO,
no pentecostes, a igreja estava em UMA CASA:
Atos 2:2 - E de repente veio do céu um
som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu
toda a casa em que estavam assentados.
Atos 5:42 - E todos os dias, no templo e
nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a
Yaohu’shua hol’Mehushkyah.
LEMBRANDO que, esse Templo citado em Atos
5:42 acima, é um templo judaico e não cristão (eles, os
judaicos, não O aceitaram); nesse templo os não judaicos
não podiam entrar, entravam apenas os judaicos...
- O apóstolo Sha’ul quando vai para
Cesaréia, vai para a CASA DE FYLYP:
Atos 21:8 - E no dia seguinte, partindo
dali Sha’ul, e nós que com ele estávamos, chegamos a
Cesaréia; e, entrando em casa de Fylyp, o evangelista,
que era um dos sete, ficamos com ele.
Ou seja, AS REUNIÕES DA IGREJA sempre
foram, na época dos apóstolos, NAS CASAS, e quando eles
iam no templo JUDAICO era para pregar o Cristo para
eles, visto que eles não aceitaram o CRIADOR...
Atos 17:24 - O Criador que fez o mundo e
tudo que nele há, sendo CRIADOR do céu e da terra, não
habita em templos feitos por mãos de homens;
Quem é a Igreja e ou quem é o Templo
do Crisdor?
I Co 3:16-17 - Vocês não se dão conta de
que constituem o Templo de UL, e que o RUK’HA-UL’HIM (UL’HIM,
em Espírito onipresente), vive em vocês? Se alguém
estragar a casa de UL, YAOHUH o destruirá. Porque a
habitação de UL é santa; e cada um de vocês é o seu
Templo!
Nota de oCaminho:
Tanto o Pai, quanto o Filho, em Espírito, habitam em nós
– Jo 14:21, 23 (Mt 18:20).
II Co 6:16 - Que aliança poderia
estabelecer-se entre o Templo de UL e os ídolos? Porque
vocês é o Templo de UL, vivo. Tal como UL disse: Neles
habitarei, e andarei no meio deles. Eu serei o seu UL e
eles será o Meu povo.
- Já sabemos o que é o Templo; e a
IGREJA/KEHILAH?
Definição de igreja:
Assembléia; pessoas reunidas...
LOGO, não podemos chamar “paredes” de
IGREJA; igreja são os nomes dos filhos do Criador, que
podem se reunir em qualquer lugar. Os membros formam a
Kehilah,
o LUGAR NÃO!
O LUGAR não pode ser chamado de igreja,
pois igreja é o ajuntamento [nomes arrolados] e não o
lugar, amnao!
O CRIADOR quando vier resgatar a IGREJA,
virá buscar pessoas e não o lugar onde elas estão ou se
reúnem...
A vida da Igreja de Casa em Casa
At 20:17-21- Por isso, quando
desembarcamos em Mileto, mandou recado aos anciãos da
oholyao de Efsiyah, pedindo-lhes para virem ter com ele.
Quando chegaram, disse-lhes: Sabem que desde que
desembarquei na província da Ásia até agora, tenho
realizado humildemente o trabalho de UL, no meio de
lágrimas, e grandes perigos, devido às conspirações dos
yaohu’dins contra a minha vida. No entanto nunca fugi
dizendo-vos tudo o que pudesse ajudar-vos, quer
publicamente quer em vossas casas. A minha mensagem para
yaohu’dins e gentiles tem sido a mesma: que é preciso
deixar o pecado, converter-se a YAOHUH e crerem no nosso
Maoro’eh Yaohu'shua hol’Mehushkyah.
- Sha’ul relata, de maneira breve, o que
ele fazia naquele lugar. Ele chama os presbíteros e
lideres da igreja e fala sobre a importância de pregar o
Evangelho de cidade em cidade. Ele era alguém que se
empenhava e se dedicava a levar o Evangelho.
O vs 20 descreve uma expressão de Sha’ul
muito interessante. “pelas casas”. Ao falar do livro de
Atos, pretendemos que o coração de todos se abram. Como
a Igreja de Atos vivia, no seu dia-a-dia, e como se
comportava diante das situações diárias é mesma forma de
viver que queremos que todos entendam e pratiquem.
Esta Igreja, segundo capitulo 2 do livro
de Atos se reunia de Casa em Casa. 120 pessoas receberam
[dons] do Santo Espírito quando estavam em uma casa; não
em alguma sinagoga ou outro local que seja!
Atos 8:3 diz que Sha’ul perseguia a
Igreja, entrando nas casas...
Atos 9:11 – Sha’ul estava na casa de
Yau’dah, orando ao Criador. Da mesma forma, na sua casa,
Ananias é levado pelo CRIADOR a orar pela vida de
Sha’ul.
- Atos capítulo 11 relata sobre a ida de
Kafos à casa de Cornélio.
- Atos 12:12 – novamente nas casas
aconteciam reuniões de oração.
- Atos 16:15 – Sha’ul é convencido a ir
até a casa de Lídia e sua família.
- Atos 16:34 – a casa e família do
carcereiro são visitados pelo CRIADOR.
Ao longo do livro de Atos e de outros
livros do Novo Testamento encontramos a Kehilah, nas
casas das pessoas.
Leia: Rm 16:5; I Co 16:19; Cl 4:15; Fl
4:22
Houve um momento na História que foi
proibido as reuniões dos cristãos em locais específicos.
As pessoas deixaram as casas... Passaram a se reunir em
locais clandestinos e, após o termino das perseguições
com a pretensa conversão de Constantino, reuniram-se em
basílicas e ou igrejas. Toda construção apontava para o
leste, segundo uma ordem de Constantino que adorava o
Sol, inclusive a cátedra, lugar onde se assentava o
líder religioso, era iluminado pelo sol, como sinal de
iluminação e autoridade. A partir daí, igrejas e templos
de estrutura complexa começaram a ser construídos.
Helena (santa, para a ICAR), mãe de Constantino foi a
pessoa que deturpou o principio da igreja reunida de
Casa em Casa!
Ela começou erguer monumentos e mais
tarde templos magníficos nos lugares onde morriam
cristãos martirizados. Cada local, de acordo com sua
capacidade financeira e de acordo com os sofrimentos de
casa mártir, tinham seus templos com um nível de riqueza
e luxo.
Tudo aconteceu assim até o tempo em que
Helena disse ao filho sobre a necessidade da construção
de templos também em Yah’shua-oleym. Em 300 d.Y
perdeu-se o princípio da igreja simples e funcional,
reunida de Casa em Casa, para os grandes monumentos e
imagens para adoração, em sinal de tributo.
Estamos vivendo um tempo diferente e
específico. Yaohu’shua vem buscar aquilo que Ele fundou
(Mt 16:18 cf. At 20:28). Ele não vem buscar estruturas,
mas a Igreja que Ele mesmo formou, com o Seu sangue
derramado na cruz.
Fylyp era apóstolo? Não, apenas um
evangelista. Ao falar com o oficial da rainha (não um
eunuco como aparece nas paganizadas do tipo “almeidas” –
veja, um ‘eunuco’ indo ao Templo?), ele explicava tudo o
que ele lia e não entendia. Sabe quanto tempo levou da
conversão ao batismo do oficial? Foi imediato... Ele
chamou algum apóstolo, como Kafos? Não! Fylyp mesmo fez
tudo o que foi preciso. Atualmente temos vários
requisitos a serem preenchidos para sermos batizados;
inclusive a necessidade – extra bíblica – de que o
oficiante seja “ordenado”!
Dizemos que a Igreja de Atos era
radicalmente oposta às igrejas de hoje. Pois bem o
oficial da rainha, não precisou preencher formulários e
mais formulários. A igreja de Atos, de Casa em Casa, não
tinha complicação. A vida da Igreja está na simplicidade
da sua casa, da sua célula [oholyao/congregação] e nas
pequenas reuniões.
O segredo do crescimento está nestas
reuniões que antes de mais nada, são evangelísticas! Na
sua oração e ministração; o Criador sempre presente (Mt
18:20). O que o diabo tentou fazer com a “igreja” foi
regulamentar, colocar regras e ensinar que teremso que
ir ao Pai, mediante um “padre” ou mesmo um “pastor”.
Diz: iremos reunir aqui, neste endereço, sempre que for
possível... Mas a vida da igreja, o que dá sustentação,
está na sua célula, no seu reunir semanalmente, nas
casas! Apenas assim conquistaremos mais e mais vidas e
frutificaremos cada vez mais.
Igreja em Casa – O que é?
O que é uma igreja em casa? Estamos
habituados a imaginar a igreja como um edifício, mas
como é que a Bíblia descreve a igreja? É interessante
que a Bíblia nunca use a palavra “igreja” para descrever
um edifício; antes, retrata-nos a igreja como uma
família. Tal como numa família, há mães espirituais,
pais, irmãs e irmãos em Cristo. A igreja é chamada de a
“Casa do Criador” (I Tm 3:15). Compartilhavam refeições
(At 2:46; I Co 11:20-21). Viviam juntos (At 2:44-46) e,
tal como uma família, cuidavam uns dos outros e
amavam-se ardentemente (I Pd 1:22). Não é, portanto,
surpreendente que as igrejas do Novo Testamento se
reunissem tipicamente nas Casas dos crentes...
Reveja a seguir alguns exemplos bíblicos
de congregações do Novo Testamento que se reuniam em
casa:
A Casa de Lídia - At 16:40.
Um Cenáculo - At 20:8.
A casa de Priscila e Áquila - Rm 16:3-5,
I Co 16:19.
A casa de Ninfa em Laodiceia - Cl 4:15.
A casa de Arquipo – Fl 2.
Hoje, muitos consideram as igrejas em
Casa, um novo fenômeno; quando, na realidade, as igrejas
em Casa existem desde o dia de Pentecostes (At 2:42-47).
Muitas igrejas cresceram a partir de pequenas reuniões
de grupo, nas casas de crentes. Na China, por exemplo, a
igreja em casa é um dos instrumentos que o Criador usou
para multiplicar o número de discípulos chineses de umas
poucas centenas na década de 1930 para, estima-se, mais
de 80 milhões de crentes atualmente...
Igreja em Casa – Imensas Vantagens
Há muitas boas razões para se considerar
começar uma igreja em casa:
- É um modelo bíblico.
- É orientada pela família; pais e filhos
participam da forma mais adequada.
- As pessoas conseguem se conhecer mais
facilmente num grupo pequeno.
- Grupos menores são mais propícios à
prestação de contas uns para com os outros.
- Todos participam e servem, crescendo
juntos ao usar os seus dons espirituais.
- Não são necessários líderes muito
qualificados.
- Não são necessários programas caros e
que tomam muito tempo.
- As igrejas em casa orientam as suas
finanças – provenientes de ofertas, não de dízimos (algo
que se tornou antibíblico cf. II Co 9:7) - para o
evangelismo, serviço comunitário, ou para suprir as
necessidades de um membro, em vez de comprar edifícios
dispendiosos.
- São discretas e, por isso, aguentam
mais facilmente a opressão e a perseguição.
O que é que as pessoas fazem em igrejas
em Casa? At 2:42-47 esboça o que deve acontecer numa
igreja em casa. Os crentes dedicam-se a…
- Ensino apostólico: ler, estudar e
debater a Palavra do Criador.
- Comunhão: passar tempo uns com os
outros, desfrutar da companhia uns dos outros e
encorajar-se mutuamente.
- Partir o pão: compartilhar refeições e
participar do culto sabático (entrada do santo sábado,
no por do sol da sexta feira).
- Oração: orar pelas necessidades uns dos
outros e pelo progresso do Reino do Criador.
- Estar juntos: passar tempo juntos e
viver em harmonia uns com os outros.
- Dar: para suprir as necessidades entre
si e para intervenção comunitária.
- Adoração: louvar e glorificar ao ETERNO
YAOHUH UL’HIM e ao Seu Filho, o nosso Criador [UL] e
Redentor [Mehushkyah], com palavras e músicas.
Nota de oCaminho:
Mesmo agindo de forma local (congregacional),
independente, estas devem estar atentas às necessidades
de uma liderança central de onde provem as doutrinas em
comum e objetivos amplos de evangelismo; isto é, de uma
Oholyao Sede – Rm 15:26-27.
Igreja em Casa – Uma Forma de Alcançar
uma Nova Geração?
Estamos dizendo que igrejas em Casa é a
única forma legítima de “fazer” uma igreja? Não, mas é
um modelo bíblico de igrejas “verdadeiras”, que
apresentam muitas vantagens. Assim como existem muitos
sabores de sorvete, assim também as igrejas têm muitos
sabores diferentes. A igreja em Casa pode não cativar
toda as pessoas, mas podem ser uma ótima alternativa
para alcançar e fazer discípulos de novas gerações que
não estão familiarizadas com ou não se sentem à vontade
no cenário de uma igreja tradicional devido às
exigências (doutrinas de homens) que uma igreja
“tradicional (denominacional) tem... Ela – a Igreja nas
Casas - certamente é a célula de futuras congregações [oholyao];
e, com o decorrer do tempo, certamente um prédio
(alugado ou próprio) poderá ser necessário devido ao
número de membros. Alem disto, um culto sabático e
reuniões das células [GEL – Grupos de estudos
Leigos] para culto e ou participar da Escola Sabática,
imersões, casamentos e principalmente da Ceia anual (posqayao),
sempre serão necessárias...
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