Nota de oCaminho: Usamos em nossas pesquisas as
versões bíblicas Almeida Revista e Corrigida (ARA); a Bíblia Hebraica (VT -
SEFER); A Bíblia de Jerusalém (ICAR); a Novo Mundo (TJ); a B’rit Chadashá
(NT- NAZARENOS). Os textos aqui postado vem da Tradução Brasileira (TB)
eletrônica.
-o-o-o-o-o-o-o-
Quem são
os Gentios?
ATENTE PARA
ESTES TEXTOS:
Habitavam então em Jerusalém judeus, homens
piedosos, de todas as nações que há debaixo do céu... a Frígia e a Panfília,
o Egito e as partes da Líbia próximas a Cirene, e forasteiros romanos,
tanto judeus como prosélitos. Atos 2:5,10.
E, havendo um motim tanto dos gentios como dos
judeus, juntamente com as suas autoridades, para os ultrajarem e
apedrejarem... Sobrevieram, porém, judeus de Antioquia e de Icônio e,
havendo persuadido as multidões, apedrejaram a Paulo, e arrastaram-no para
fora da cidade, cuidando que estava morto. Atos 14:5,19.
AQUI LUKA FALOU DE JUDEUS E GENTIOS!!! AGORA...
1Tendo passado por
Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde havia uma
sinagoga dos judeus. 10E logo, de noite, os irmãos
enviaram Sha'ul e Silas para Beréia; tendo eles ali chegado, foram à sinagoga
dos judeus. 17Argumentava, portanto, na sinagoga com
os judeus e os gregos devotos, e na praça todos os dias com os
que se encontravam ali. Atos 17:1,10,17.
Ele discutia todos os sábados na sinagoga, e
persuadia a judeus e gregos. Atos 18:4. Durou isto por
dois anos; de maneira que todos os que habitavam na Ásia, TANTO
JUDEUS COMO GREGOS, ouviram a palavra do Mestre. Atos 19:10.
PORQUE AQUI ELE FALA DE JUDEUS E GREGOS [e não
Gentios]? CONTINUANDO...
...testificando, tanto a judeus como a gregos,
o arrependimento para com o ETERNO e a fé em nosso Mestre Yaohushua.
Atos 20:21.
MAS...
...e vindo ter conosco, tomou a cinta de Sha'ul e,
ligando os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Santo Espírito: Assim
os judeus ligarão em Yaosh'ua-oléym o homem a quem pertence esta cinta, e o
entregarão nas mãos dos gentios. Têm sido informados a teu respeito
que ensinas todos os judeus que estão entre os gentios a se apartarem
de Moisés, dizendo que não circuncidem seus filhos, nem andem segundo os
costumes da lei. Atos 21:11,21.
PORQUE NAS MÃOS E ENTRE OS GENTIOS; E, NÃO GREGOS?
Pois quê? Somos melhores do que eles? De maneira
nenhuma, pois já demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos
estão debaixo do pecado; É porventura o CRIADOR somente dos judeus? Não
é também dos gentios? Também dos gentios, certamente, Rom
3:9, 29.
AGORA "MISTUROU" JUDEUS, GREGOS E GENTIOS!
LEIA ESTE CAPÍTULO TODO (CONTEXTO) PARA VER QUE
SHA'UL FAZ DISTINÇÃO ENTRE JUDEUS, GENTIOS E GREGOS... RETROCEDAMOS
AOS EVANGELHOS:
A terra de Zabulom e a terra de Naftali, o caminho
do mar, além do Jordão, a Galiléia dos gentios, Mt 4:15 cf Is
9:1.
E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis
demais? não fazem os gentios também o mesmo? Mt 5:47. E,
orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam
que pelo seu muito falar serão ouvidos. Mt 6:7. A estes doze enviou
Yaohushua, e ordenou-lhes, dizendo: Não ireis aos gentios, nem
entrareis em cidade de samaritanos; Mt 10:5.
ONDE FICAVA A SAMARIA? E, SEGUNDO ISAÍAS 9:1, ONDE
ESTAVAM OS GENTIOS?
Eis aqui o meu servo que escolhi, o meu amado em
quem a minha alma se compraz; porei sobre ele o meu espírito, e Ele
anunciará aos gentios o juízo. Mt 12:18.
PORQUE NÃO AOS JUDEUS?
...luz para revelação aos gentios, e para
glória do teu povo Israel. Lc 2:32.
YAOHUSHUA, COMO GALILEU, ERA UM GENTIO (CASA DE ISRAEL
como um todo – Sua descendência é anterior à divisão em Casas). ELE VEIO
PARA LIBERTAR OS GENTIOS (israelitas provenientes das 10 tribos espalhadas
pelas nações) [do Pecado] e uni-los à Judá:
Mateus 10:6 ...mas, de preferência, procurai as
ovelhas perdidas da Casa de Israel;
Mateus 15:24 Mas Yaohushua respondeu: Não fui
enviado SENÃO às ovelhas perdidas da Casa de Israel.
Atos 2:36, 39 Esteja absolutamente certa, pois,
toda a Casa de Israel de que a este Yaohushua, que vós crucificastes,
YAOHUH UL’HIM o fez Mestre e Cristo. ...Porque a promessa vos pertence a
vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a
quantos o ETERNO nosso CRIADOR, chamar.
SOMENTE PARA A CASA DE ISRAEL [inclusive os
dispersos – desta Casa - por entre as nações]
Hebreus 8:8 E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis
aí vêm dias, diz o CRIADOR, e firmarei e renovarei a Aliança com a Casa
de Israel e com a Casa de Judá,
DUAS CASAS!!! CONFIRMANDO: QUEM ERA A CASA DE
ISRAEL? QUAL FOI A PROMESSA DADA À ESTA CASA?
Veio a mim a palavra do Criador, dizendo: Filho do
homem, quando a CASA DE ISRAEL habitava
na sua terra, então eles a contaminaram com os seus caminhos e com as suas
ações. Como a imundícia de uma mulher em sua separação, tal era o seu
caminho diante de Mim.
Derramei, pois, o Meu furor
sobre eles, por causa do sangue que derramaram sobre a terra, e porque a
contaminaram com os seus ídolos; e os espalhei entre as nações, e
foram dispersos pelas terras; conforme os seus caminhos, e
conforme os seus feitos, Eu os
julguei. E, chegando às nações para onde foram, profanaram o Meu Santo Nome, pois se dizia deles: São estes o povo do ETERNO, e
tiveram de sair da sua terra. Mas Eu
os poupei por amor do Meu Santo Nome, que a Casa de Israel profanou entre as nações para
onde foi. Dize portanto à Casa de Israel: Assim diz o
CRIADOR: Não é por amor de vós que Eu faço isto, ó Casa de Israel; mas em atenção ao Meu Santo Nome, que tendes profanado entre as nações para onde fostes;
e Eu santificarei o Meu
Grande Nome,
que foi profanado entre as nações, o qual profanastes no
meio delas; e as nações saberão que Eu Sou
o CRIADOR, diz o Todo-Poderoso, quando Eu
for santificado aos seus olhos. POIS VOS
TIRAREI DENTRE AS NAÇÕES, E VOS CONGREGAREI DE TODOS OS PAÍSES, E
VOS TRAREI PARA A VOSSA TERRA. Então aspergirei água pura
sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias, e de todos
os vossos ídolos, vos purificarei. Também vos darei um coração novo, e porei
dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra,
e vos darei um coração de carne. Ainda porei dentro de vós do Meu Espírito,
e farei que andeis nos Meus
estatutos, e guardeis as Minhas
ordenanças, e as observeis. E habitareis na terra que Eu
dei a vossos pais, e vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso UL [Criador].
Pois eu vos livrarei de todas as vossas imundícias; e chamarei o trigo, e o
multiplicarei, e não trarei fome sobre vós; mas multiplicarei o fruto das
árvores, e a novidade do campo, para que não mais recebais o opróbrio da
fome entre as nações. Então vos lembrareis dos vossos maus caminhos, e dos
vossos feitos que não foram bons; e tereis nojo em vós mesmos das vossas
iniquidades e das vossas abominações. Não é por amor de vós que eu faço
isto, diz o CRIADOR, notório vos seja; envergonhai-vos, e confundi-vos por
causa dos vossos caminhos, ó Casa de Israel. Assim diz o CRIADOR: No
dia em que Eu vos purificar de todas as vossas iniquidades, então farei com
que sejam habitadas as cidades e sejam edificados os lugares devastados. E a
terra que estava assolada será lavrada, em lugar de ser uma desolação aos
olhos de todos os que passavam. E dirão: Esta terra que estava assolada
tem-se tornado como Jardim do Eden; e as cidades solitárias, e assoladas, e
destruídas, estão fortalecidas e habitadas. Então as nações que
ficarem de resto em redor de vós saberão que eu, o Mestre, tenho reedificado
as cidades destruídas, e plantado o que estava devastado. Eu, o CRIADOR, o
disse, e o farei. Assim diz o CRIADOR: Ainda por isso serei consultado da
parte da Casa de Israel, que lho faça; multiplicá-los-ei como a um
rebanho. Como o rebanho para os sacrifícios, como o rebanho de
Yah'shua-oleym nas suas solenidades, assim as cidades desertas se encherão
de famílias; e saberão que eu sou o CRIADOR. Ez 36:16-38
O CRIADOR PROMETERIA ALGO QUE NÃO PUSESSE CUMPRIR?
AGORA OBSERVE ESTA PASSAGEM:
E ainda: Louvai ao CRIADOR, todos os gentios, E LOUVEM-NO, todos os povos. E outra vez, diz também
Isaías/Yashua'yah: Haverá a raiz de Yaoshái/Jessé, aquele que se
levanta para reger os gentios; nEle
os gentios esperarão. Rom 15:11,12.
O APOSTOLO NÃO ESTA SENDO REDUNDANTE? GENTIOS NÃO
SERIAM TODOS OS POVOS NÃO JUDEUS, [SEGUNDO SE CRÊEM]? VEJAMOS
MAIS UM TEXTO:
E, havendo grande discussão, levantou-se
Pedro/Kafós e disse-lhes: Irmãos, bem sabeis que já há muito tempo o
ETERNO me elegeu dentre vós, para que os gentios ouvissem
da minha boca a palavra do evangelho e cressem. Atos 15:7.
AFINAL, QUEM É O APOSTOLO DOS GENTIOS? SHA'UL OU
PEDRO? CONTINUANDO:
Disseram, pois, os judaicos uns aos outros: Para
onde irá ele, que não o acharemos? Irá, porventura, à Dispersão (a Casa de
Israel) entre os gregos, e ensinará os gregos? João
7:35.
QUE DISPERSÃO É ESTA? CERTAMENTE NÃO É A DISPERSÃO
QUE OCORREU NOS ANOS 70 OU A DO FIM DO SEGUNDO SÉCULO... NÃO!!! OS
DISCÍPULOS SE REFERIAM AOS GENTIOS (10 TRIBOS DISPERSAS, CITADAS EM ZACARIAS
E OUTROS TEXTOS PROFÉTICOS)...
Em Icônio entraram juntos na sinagoga dos judeus e
falaram de tal modo que creu uma grande multidão tanto de judeus como de
gregos. Atos 14:1. Argumentava, portanto, na sinagoga com os judeus e os
gregos devotos, e na praça todos os dias com os que se encontravam ali.
Atos 17:17. VEJA TAMBÉM ATOS 18:4; 19:10,17; 20:21; etc.
GENTIOS (PESSOAS DO MUNDO COMO SE CRÊEM) PODERIA
ESTAR PRESENTE DENTRO DAS SINAGOGAS? CERTAMENTE QUE NÃO, EXCETO SE
FOSSEM REMANESCENTES DAS 10 TRIBOS DA CASA DE ISRAEL!
E, PORQUE LUCAS DIZ GREGOS EM VEZ DE GENTIOS? E
PORQUE SHA'UL ESCREVENDO AOS ROMANOS, AOS CORINTIOS, AOS EFÉSIOS E OUTROS
POVOS, PASSA A DIZER: JUDEUS E GREGOS EM VEZ DE JUDEUS E GENTIOS? TAIS
GREGOS NÃO SÃO GENTIOS, COMO SE CRÊ? ENTÃO PORQUE A DISTINÇÃO? ORA GENTIO,
ORA GREGO... VEJA:
Porque não me envergonho do evangelho, pois é o
poder do ETERNO para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu,
e também do grego. Rom 1:16.
SHA'UL NÃO
ERA O APOSTOLO DOS GENTIOS? ENTÃO PORQUE GREGOS? REPETIMOS: PORQUE ELE FAZIA
DISTINÇÃO ENTRE JUDEUS (DA CASA DE JUDÁ) GENTIOS (DA CASA DE ISRAEL –
DISPERSOS POR ENTRE AS NAÇÕES) E GREGOS, AS NAÇÕES DE SEUS DIAS... SENDO
ASSIM, NÃO EXISTE A IGREJA GENTÍLICA [substituinte] NA CONCEPÇÃO QUE HOJE SE
CRÊ e ensina!!!
SOB ESTA ÓTICA
PASSAREMOS A EDITAR OS SEGUINTES ESTUDOS RETIRADOS DA NET:
JUDEUS E
GENTIOS
By Ensinando de
Sião
Edição de o Caminho
Nota de o Caminho: A nossa edição ateve-se
às palavras “gentio” e variações, as quais foram substituídas por “nações”
ou similar, respeitando o contexto ou mantendo-as se assim forem correto ou
em relação ao Nome do ETERNO (YAOHUH UL’HIM) assim como ao Nome de Seu
Filho, Yaohushua, o nosso Criador... Além disto, para facilitar não
substituímos os nomes dos profetas ou das nações para seus correspondentes
hebraicos, na medida do possível.
De Jerusalém/Yah'shua-oleym veio a salvação dos judeus,
e, por meio da rejeição deles, a salvação a todos os povos. O que não
significa que a igreja dispersa por entre as nações tenha tomado o lugar de
Israel (Casa de Judá) escolhido segundo os planos e as promessas do ETERNO.
Jamais! Somos a eles devedores (João 4:22)! Se por meio da sua queda
alcançamos a riqueza da salvação, quanto mais na sua plenitude, diz a
palavra. O ETERNO mesmo endureceu-lhes o coração (não de todo o povo) para
que não cressem, a fim de que, mais tarde, alcançassem misericórdia. Se os
judeus são nossos inimigos porque pregamos a Yaohushua e Seu Reino, também
são amados por nós, pois através de seus patriarcas veio a nossa fé. E eles,
primeiro do que nós, já se relacionavam com o Criador. Israel é a oliveira
do ETERNO [Zc 4], onde todos aqueles que recebem a Cristo são também
enxertados (Rm 11).
Como fruto deste enxerto, as nações (juntamente com os
gentios, à elas miscigenados) e judeus passam a conviver juntos, em amor e
comunhão, fazendo TODOS parte da Igreja de Yaohushua. Lamentavelmente, nos
dias de hoje, este relacionamento encontra-se muito deteriorado e fora dos
princípios e padrões que Yaohushua e seus apóstolos estipularam. Vejamos,
então, o que nos dizem as Escrituras em relação a este problema que também
existiu na Igreja do primeiro século.
As nações e a Lei dada a Moisés/Mehushua
Sha'ul declara às nações (gregos – Rom 3) que de nada
lhes vale passar a cumprir a lei com a intenção de serem justificados ou
salvos, ou com a intenção de fazerem parte do "povo do ETERNO", tornando-se
assim herdeiros das promessas. A única virtude ou meio pelo qual poderão ser
justificados é através da fé, que opera por meio do amor manifestado através
de Yaohushua (Gal 5:2-6). Em todo o capítulo 5 de sua carta aos Gálatas,
assim como no capítulo 4 a partir do verso 21, Sha'ul lida com o problema de
pessoas provenientes das nações que desejavam cumprir a Lei para se tornarem
merecedores das bênçãos e das promessas de Abraão/Abrul'han*, bem como para
alcançarem salvação...."aqueles (gregos) que tentam se justificar pela lei,
já estão separados de Cristo, e da graça tem se afastado. Porque nós,
judeus, apesar de cumprirmos a lei, não esperamos nela salvação, mas sim, no
espírito da fé." (Gal 5:4-5 - traduzido direto do grego). Se analisarmos bem
os ensinamentos de Sha'ul e dos Apóstolos com relação à conduta moral e
social dos gregos (arameus nas Escrituras), podemos ver que a lei dada a
Moisés serve como base para tais ensinamentos.
Nota de o Caminho: Na realidade, tais
“judaizantes” da carta de Sha'ul (e de outras) não são JUDEUS recém
convertidos ao Caminho... Judeus são circuncidados ao oitavo dia! Estes eram
pessoas comuns que querendo fugir das perseguições impostas pelos romanos,
queriam se declarar JUDEUS (circuncidando-se), pois havia uma lei (Lei
Domínia) que dava certa liberdade de culto a estes... Gal 6:12.
Temos o melhor exemplo disto quando Tiago/Yah'kof, em
Atos 15:20 estipula mandamentos ou leis às quais os arameus devem seguir
(São as chamadas leis noéticas, que foram dadas à humanidade antes da Lei
dada a Moisés/Mehushua)..."Mas escreve-lhes (aos gentios - goyins) que se
abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado,
e do sangue." Estas quatro observâncias para os gentios são nada mais que
uma síntese das leis, que são uma só, mas podem ser agrupadas em morais,
sociais e cerimoniais dadas a Moisés/Mehushua. É visto aqui que a Lei está
sendo claramente utilizada pelos apóstolos não para trazer a salvação aos
gentios, mas sim para sua santificação, como povo escolhido do ETERNO por
meio, agora, da graça de Seu Filho. Tiago/Yah'kof também, no verso 21,
demonstra que se o gentio quiser saber e aprender mais a respeito da Toráh,
que o mesmo vá onde a lei é ensinada aos judeus, ou seja, nas sinagogas, já
que Moisés/Mehushua tem quem o ensine desde os tempos antigos em cada cidade
em cada sinagoga: ..."Porque Mehushua , desde os tempos antigos, tem um
em cada cidade que o pregue, e cada Sábado, é lido nas sinagogas".
Isto faz a observação de outros aspectos da Lei uma
opção não pessoal para o gentio, já que Tiago aponta o restante da Lei aos
mesmos [Tg 2:10]. Ao contrário disto, ele ainda ensina o que o gentio deve
fazer o mesmo se quiser aprender mais a respeito da Lei, desde que isto não
seja feito com a intenção de justificação (salvação), mas sim de
entendimento, qualificação pessoal e santificação.
Nota de o Caminho: Observe que o assunto em Atos
15 é sobre os goyins (Gentios – israelitas provenientes das dez tribos e
espalhados por entre as nações)... Muitos deles, devido à apostasia, nem
mesmo eram circuncidados e por isto a discussão. Jamais os apóstolos
pensavam em circuncidar um arameu (gregos ou de outras nações). Estavam é
sendo zelosos com a lei que foi dada TANTO para judeus como para israelitas
(duas casas). Por isto, lugar de israelita aprender sobre a Lei é na
sinagoga! Nunca seria admitido que um pagão frequentasse tais locais...
Os judeus crentes e a Lei dada a Moisés
Notemos que o mesmo tratamento não é dado aos judeus. A
eles, Sha'ul ensina que, primeiro, não se deve obrigar o gentio a cumprir a
Lei, pois os mesmos fazem parte das promessas de Abraão não pela circuncisão
(lei), mas pela fé. "Ora tendo as Escrituras previsto que o ETERNO havia de
justificar os gentios pela fé, anunciou primeiro o evangelho para Abraão,
dizendo: todas as nações serão benditas em ti. De fato que, se são
justificados pela fé, são benditos (gentios) como o crente Abraão." (Efésios
3:8-9). Se voltarmos ao capítulo 15 de Atos, podemos verificar que os
chamados Mandamentos Universais foram feitos especificamente para os gentios
(não para os demais das nações), determinando o "mínimo" da Lei dada a
Moisés que os mesmo deveriam observar com o intuito de serem santificados e
qualificados. Por que não foram estabelecidos também mandamentos específicos
para os judeus da primeira igreja? A resposta é: porque a Lei dada a Moisés
era cumprida dentre os judeus da igreja primitiva, e o problema que estava
em questão era se os gentios [Casa de Israel da dispersão] também deveriam, primeiro,
cumpri-la como os judeus. Um outro exemplo que prova que os judeus crentes
continuavam a cumprir a Lei está em Atos 21:20, em que os anciãos da Igreja
de Yaosh'ua-oléym, argumentando com Sha'ul dizem:..."Bem vês, irmão, quanto
milhares de judeus há que crêem, e todos são zeladores da Lei."
Ao longo de todo o capítulo 21 do livro de Atos, vemos
Sha'ul sendo acusado de pregar aos judeus crentes que os mesmos não
precisariam cumprir a lei: ..."E já acerca de ti (Sha'ul) fomos
informados de que ensinas a todos os judeus que estão entre os gentios a
apartarem-se de Moisés, dizendo que não devem circuncidar seus filhos, nem
andar segundo o costume da Lei". (verso 21). Os anciãos (líderes) da
Igreja, então, orientam Sha'ul para realizar um cerimonial público de
purificação no Templo de quatro homens que haviam feito voto de nazireu*,
para que todos pudessem ver que os rumores a respeito dele eram falsos, e
que ele mesmo era observante da Lei: "...Tomas estes contigo, e
santifica-te com eles, e fazes com eles os gastos para que raspem a cabeça,
e todos ficarão sabendo que nada há daquilo que foram informados acerca de
ti, mas que também tu mesmo andas guardando a Lei" (verso 24). E foi
exatamente o que Sha'ul fez, mesmo sabendo que seria preso por isto: ..."Entrou
Sha'ul, tomando consigo aqueles varões, entrou no dia seguinte no templo já
santificado com eles, anunciando serem já cumpridos os dias da purificação,
e ficou ali até se oferecer por cada um deles a oferta!" (verso 26).
Nota de o Caminho: Certamente tais homens não
eram judeus [Casa de Judá] e muito menos gregos... Eram israelitas (goyins,
a Casa de Israel) que estavam procurando o Caminho de Casa
[Israel/Yaoshor’ul como um todo], senão não teriam feito o voto de nazirado
próprio dos hebreus!
Este exemplo da Igreja de Yah'shua-oleym e de Sha'ul
deixa claro que o judeu que aceita a Yaohushua como seu Mestre e Salvador,
não deve abandonar a observância da lei de Moisés (Dez Palavras). Como pode
um judeu deixar de ser judeu por acreditar que um outro judeu é o Filho do
ETERNO? Muitos crentes (judeus, gentios e arameus) argumentam contra
esta ordenação citando textos do próprio Sha'ul nas cartas aos Gálatas e aos
Efésios. Ora, aos que usam de tais textos para provar que os judeus em
Yaohushua não precisam cumprir mais a lei, eu lhes pergunto: Porventura o
ETERNO é um deus de confusão? Porventura o Santo Espírito (Yaohushua) é
falho por inspirar a mesma pessoa (Sha'ul) a ter duas opiniões diferentes
sobre um mesmo assunto? A resposta é: não! O que acontece é que tais
pessoas não entendem as diferentes situações [pessoas] às quais estes textos
foram escritos por Sha'ul.
Como exemplo, temos o capítulo 3 da carta aos Gálatas.
Devemos entender que Sha'ul estava argumentando diretamente com os judeus
[da Casa de...] que estavam obrigando os gentios ao cumprimento da lei, e
além de tudo, legalísticamente. Seus argumentos, então, seguem para provar a
tais judeus que a dádiva da salvação proveniente do Santo Espírito (Atos
20:28) não provém da Lei, mas sim da fé nEle [o Santo Espírito, Yaohushua].
Em vão, então, é para o gentio (espalhados por entre as nações até hoje –
Rom 11:25) o cumprimento da Lei para sua salvação. Ele tenta provar para os
judeus que a Lei não é importante para salvar, sendo assim, absurdo oprimir
o gentio à observância da mesma. Sha'ul, em momento algum, deseja que os
JUDEUS deixem de cumprir a Lei, mas sim, que não obriguem e oprimam os
gentios por causa da Lei*. Se ele assim o fizesse, estaria sendo falso e
hipócrita com base em seu testemunho em Atos, capítulo 21. Já no capítulo 4
de sua carta aos Gálatas (verso 21 e seguintes) e no capítulo 5, Sha'ul
argumenta com gentios que estavam pregando o guardar a lei com o intuito de
alcançarem a salvação e a justificação, para voltarem a fazer parte do "Povo
do ETERNO". Seguem-se, então, fortes argumentos para provar a tais gentios
que o importante para eles não é se colocarem sob o jugo da lei, mas sim
serem guiados pelo Espírito. Eles fazem parte das promessas de
Abraão/Abrul'han não pela observância da Lei, mas pela graça do Sangue de
Cristo. Sha'ul diz;..."Se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos
aproveitará" (capítulo 5:2).
Nota de o Caminho: A argumentação de Sha'ul é
contra a circuncisão (a lei das ordenanças) e não esta falando da Lei Moral.
Leia Gl 5:6. Veja que Sha'ul era totalmente contra a circuncisão no vs 11.
Além disto, dizia que não só a Lei, mas sim Cristo.
Hoje, algo semelhante ocorre: Pessoas que passaram a
aceitar o Nome, pregam exclusivamente o Nome, não se importando com as
demais doutrinas [trindade, imortalidade da alma, viver nos céus, dons de
língua, etc] que podem levá-los à perdição, independente de aceitarem o
Nome!!!
Em ambas situações, Sha'ul deixa claro para judeus e
gentios que a justificação dos pecados e a salvação do homem só é possível
através do Sangue do Cordeiro. E a Lei não tem poder em si mesma para
remissão. Mas ele jamais sugeriu que os judeus não precisariam mais observar
a Lei dos Mandamentos, como tentaram acusá-lo naquele tempo (em Atos 21 a
lei em discussão era a das ordenanças – nazirado – e como “juramento”, foi
cumprido) e muitos que se dizem cristãos, nos dias de hoje, tentam fazê-lo
novamente. Tanto para seus acusadores no passado, quanto para seus
acusadores nos dias atuais, Sha'ul deu testemunho público - como nos mostra
o capítulo 21 de Atos - de que o judeu não deve deixar de ser judeu (isto é,
deixar de cumprir a lei, uma vez que o ato da circuncisão é irreversível)
por crer em Yaohushua, estando debaixo da graça...
Nota de o Caminho: Justamente por esta confusão
(falta de entendimento) é que congregações que se dizem judaica-mesiânicas
são extremamente judaizantes (usando kipá, cobrindo a cabeça para orar e
guardando as tais de 613 leis – só falta voltarem a sacrificar, se bem que
algumas pregam a necessidade de se reerguer o templo) ao ponto de
inaugurarem sinagogas para judeus e congregações para o que eles chamam,
erroneamente de goyins.
A situação atual da Igreja
As Escrituras nos deixam claro que a Igreja de Cristo é
composta de judeus, gentios e arameus (das nações). Todos, fazendo parte do
mesmo Corpo, e tem como Salvador o mesmo Mestre: "...Há um só que é
ETERNO, Pai de todos (judeus, gentios e “gregos”), o qual é sobre
todos, por todos e em todos..."... Há um só Corpo e um só Espírito".
(Ef 4:4-6). Todas esta exortações de Sha'ul, ao longo de suas cartas, têm um
objetivo: manter unida a Igreja de Cristo em amor. Nos dias de hoje, a
Igreja de Cristo se defronta com os mesmos problemas da Igreja do primeiro
século:
- Pessoas pregando que judeus devem deixar a
Lei (aqui a dos Mandamentos, justamente pela “exigência” do 4º mandamento);
- Judeus pregando que as pessoas devem se
tornar judaicas, inclusive, circuncidando-se;
- Pessoas (das nações) desprezando os judaicos
e a Israel, dizendo que "a igreja substituiu Israel nos planos do
ETERNO”;
- Judeus desprezando tais pessoas assim como a
gentis, afirmando que os mesmo não são mais participantes dos planos do
ETERNO como Seu povo, e outros absurdos mais...
Minha pergunta é: Por que? Se estamos tendo os mesmo
problemas da Igreja Primitiva, temos, pois, acesso a todas as mesmas
soluções e explicações, pois assim nos ensinaram os apóstolos. Por que a
Igreja se fecha e se recusa a buscar na Palavra os verdadeiros ensinamentos?
Por que doutrinas de homens têm mais importância e valor do que a doutrina
dos apóstolos e dos profetas? Por que o povo que se diz cristão não checa na
Palavra aquilo que lhes é ensinado? Por que a Igreja dá mais importância a
interpretações pessoais [dizem “nossos sábios”] dos textos bíblicos do que
aos próprios textos bíblicos? Por que divergimos tanto entre nós, se temos a
mesma Bíblia? Por que???
Se nos conformarmos com esta situação, a Igreja
continuará distante dos ensinamentos de Cristo e sem comunhão. Os judaicos
continuarão esquecidos e desprezados pelos que se dizem "filhos do ETERNO".
Doutrinas de homens - e o famoso "eu acho" - continuarão a tomar o lugar da
doutrina dos apóstolos e dos profetas, e o Corpo continuará vivendo no "cada
um por si e ‘DEUS’ por nós!" Isto está errado! Essa não é a vontade do
ETERNO. Voltemos, meus irmãos, ao princípio! Façamos, novamente, da maneira
que era antes, da maneira como foi Criado, do modo como nos foi ensinado. A
Palavra do ETERNO é simples e eficaz. Comparemos a realidade de nossas
"igrejas" com o que nos foi ensinado por Yaohushua e Seus apóstolos. Era
assim (como hoje é), no início? Era assim, nas cartas de Sha'ul e no livro
de Atos? Não! O Corpo, atualmente, encontra-se contaminado com doutrinas e
tradições pagãs – principalmente a trindade e a imortalidade da “alma” – que
não provêm do ETERNO e de Seus ensinamentos. E parte d’queles que se dizem
"crentes", continuam ignorantes nas Escrituras
e recém-nascidos na fé (a grande maioria provenientes de um falso batismo –
trindade - ou em um falso nome). E, como a água que escorre, estes são
levados a acreditar em qualquer louco que lhes pregue qualquer absurdo!
Muitos buscam seus próprios intere$$e$ e se esquecem do maior de todos os
mandamentos: "Ama ao teu próximo como a ti mesmo..."
Pecamos, meus irmãos, por não conhecermos ao Criador a
quem servimos! Achamos que estamos fazendo a vontade do ETERNO, e estamos
seguindo os Seus planos, mas Ele está longe de nós [Mt 7:21-23]. Ou melhor,
nós escolhemos estar longe dEle por não seguirmos o que diz a Sua
Palavra. Mas, o Pai, por misericórdia aos Seus, ainda assim nos abençoa e
transforma tudo o que é maldição em benção. Que esta eterna misericórdia do
ETERNO em nossas vidas não nos torne acomodados a ponto de aceitarmos a
situação em que vivemos; mas que ela nos abra os olhos, a fim de enxergarmos
a verdadeira vontade dEle para o Seu povo. Que a Igreja de Yaohushua se
arrependa, e se volte, novamente, para a Sua face; seguindo a Sua Palavra e
cumprindo os Seus propósitos. Que os ensinamentos para a Igreja contido no
livro de Atos e nas cartas de Sha'ul, e, principalmente, no Evangelho
do nosso Messias, sejam realidades em nossas vidas nos dias de hoje - com a
mesma unção, a mesma simplicidade, a mesma doutrina, o mesmo amor e,
principalmente, o mesmo YAOHUH UL’HIM – o ETERNO Pai!
..."E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na
comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda vida havia temor, e
muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam
estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e
fazendas, e repartiam com todos, segundo a necessidade de cada um. E
perseverando unânimes todos os dias no Templo, e partindo o pão em casa
[distribuindo], comiam juntos com alegria e singeleza de coração. Louvando
ao ETERNO, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o
Messias à Igreja aqueles que haviam de salvar." (Atos 2:42-47
ORIGEM DOS
HEBREUS
O que sabemos sobre o povo Hebreu deve-se, sobretudo às
informações da Bíblia, principalmente do chamado Antigo
Testamento [Tanakh]; mas
pesquisas arqueológicas e obras de historiadores judeus muito têm
esclarecido os estudos sobre os Hebreus.
Segundo o livro
Gênesis/Bereshit
do Antigo testamento, Turok [tataraneto de Heber, daí o termo hebreus – Gn
11], juntamente com sua família, abandonou a cidade de Ur, na Mesopotâmia
(atual Iraque), e desceu em direção ao sul, pelas margens do Eufrates. Turok
era membro de uma tribo semita, grupo étnico descendente de Shem (filho de
Noé/Nokh).
Hoje, os semitas compreendem dois importantes povos: os Hebreus (judeus) e
os árabes. Com a morte de Turok, a liderança dessa tribo nômade ficou com
Abrão/Abroan, que, segundo as Escrituras, recebeu inspirações divinas para
ir com seu povo até Canaã/Kena’anu (região da Palestina), a Terra prometida.
O povo Hebreu, também conhecido por judeus ou
israelitas, é o povo da antiguidade que possui o maior e mais fiel número de
registros históricos, sendo a Bíblia Sagrada (originada na Toráh) sua fonte
de informações mais precisa e auxiliadora no encontro de vários achados
arqueológicos. Como vimos acima, o princípio deste povo esta em Sem, pai dos
povos Semitas. Conforme a Bíblia, Sem teve por filhos: Elam, origem dos
islamitas, Assur, origem dos assírios, Arfaxade, origem dos caldeus, Lude e
Arã. Arfaxade gerou a HEBER,
origem da nomenclatura "hebreu" e também seu fundador, da descendência de
Heber veio Turok, pai de Abrão/Abroan, que nasceu na cidade de Ur dos
caldeus.
Inicialmente os hebreus viviam na Mesopotâmia.
Abrão/Abroan, porém, recebeu um chamado do CRIADOR e partiu com sua esposa,
Sorai e seus servos; Lot, sobrinho de Abroan incorporou-se à sua tribo.
Abroan chegou à região da Palestina, terra de ocupação
Cananéia, por volta de 2000 a.Y., nesta região viveram como semi-nômades.
Esta região, porém, foi assolada por grande fome. Abroan, rico e próspero
apascentador, tomou sua tribo e retirou-se para o Egito, onde permaneceram
por um breve período. Ao sair do Egito, Lot e Abroan separaram-se. Lot
instalou-se na região de pastagens do rio Jordão; mais tarde fixou-se na
região de Sedoma (hoje, Mar Morto). Abroan mudou-se para Canaã/Kena’anu,
nesta ocasião recebeu uma revelação do Criador: "Ergue os olhos e olha
desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente,
porque toda essa terra que vês, Eu
ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre." (Gn 13.14-15).
Abroan, agora Abraão/Abrul'han, mudou-se para a região
de Hebrom, onde levantou um altar ao ETERNO.
Quedorlaomer, rei do Elam, formou acordo com Anrafael
(nome que identifica Hamurabi – o mesmo do código...), rei de Sinear (região
que posteriormente veio a ser conhecida como Babilônia), Arioque, rei de
Elasar e Tibal, rei de Goim (termo que deu origem a goyins – qualquer pessoa
que habitava após o Jordão), e subjugou os cananeus por doze anos.
Quedorlaomer conquistou os Refains, os Zuzins e os Emins. Derrotou também os
Amalequitas e os Amorreus.
Os reis Bera de Sedoma, Birsa de Amorra, Sinabe de
Admá, Semeber de Zeboim e o rei de Zoar, colocaram-se contra Quedorlaomer e
seu aliados. O rei do Elam os venceu na batalha do vale de Sidim, os reis
vencidos fugiram para as montanhas, os vencedores tomaram em cativeiros os
povos vencidos e levaram as riquezas destes; Lot, sobrinho de Abrul'han, foi
levado juntamente em cativeiro. Abraão/Abrul'han, já muito próspero,
comandou 318 guerreiros de sua tribo, venceu Quedorlaomer e resgatou os
despojos de guerra e os cativos, incluindo seu sobrinho Lot.
Abraão/Abrul'han não possuía descendente, Sarai,
estéril, deu a Abrul'han sua escrava egípcia, Hagar, para que com esta
Abrul'han viesse a ter descendentes. Deste ajuntamento nasceu Ismael/Yshama’ul
dos quais, hoje, descendem os Árabes...
Abraão/Abrul'han, já com idade bastante avançada, gera
com sua esposa Sarai (agora Sara/Soro’ah), conforme promessa do ETERNO, um
filho ao qual chama de Isaac. Isaac Casa-se com Rebeca, sobrinha de Sara, e
tem dois filhos, os gêmeos Esaú/Essáv e
Jacó/Yao'kof,
este último tem mudado seu nome para Israel/Yaoshor’ul, nome ao qual seus
descendentes até o dia de hoje são conhecidos. Já de Essáv (Edom), hoje
descendem os palestinos... (Jr 49:8-10).
Entre 1700 e 1500 a.Y., mais povos penetraram na região
adaptando-se às condições sócio-econômicas locais. A ocupação da região
pelos hebreus foi sistematizada por Israel/Yaoshor’ul. O atual povo hebreu
descende desses patriarcas.
O Egito e o Êxodo
O Egito – delta do Nilo - oferecia melhores condições
de sobrevivência que a Palestina. Para lá rumou
Jacó/Yao'kof
(Yaoshor’ul), com parte da população dos hebreus. No Egito, os hebreus
permaneceram longos anos (profetizado nas Escrituras), trabalhando para o
faraó. Nos primeiros 100 anos não eram escravos, pois podia viver juntos,
criar seus filhos e preservar sua língua e seus costumes; após isto (sob
nova dinastia egípcia), tornaram-se escravos e pouco a pouco sofreram as
influencias do paganismo... Mesmo assim, alguns ocupavam importantes
posições no governo.
A permanência dos hebreus no Egito coincidiu com o
período de invasão dos Hicsos. Após a expulsão destes sob a liderança de
Moisés/Mehushua, os hebreus iniciaram a sua "retirada" em direção à
palestina (1270 a 1220 a.Y.) sob o poder de Yaohushua (Ex 23:21 cf I Co
10:1-4). Esse foi o lendário Êxodo pelo golfo de Ácaba rumo ao Sinai, na
Arábia – Gl 4:25. A partir daí, guiados pelas iluminações e visões de
Moisés/Mehushua, os hebreus voltaram a adorar somente ao ETERNO, YAOHUH
UL’HIM, dando os primeiros passos em direção ao monoteísmo (unitarianismo).
Organização Social
Após a morte de Moisés/Mehushua, os hebreus chegaram à
palestina e, sob a liderança de Josué (Yao’sh), conquistaram parte de
Canaã/Kena’anu. Nessa época, o povo hebreu estava dividido em 12 tribos ("os
doze filhos de Israel/Yaoshor’ul"). Viviam em clãs compostos pelos
patriarcas, seus filhos, mulheres e trabalhadores não livres. O poder e o
prestígio desses clãs eram personificados pelo patriarca (sempre o
primogênito), e os laços entre esses clãs eram muito frágeis.
Essa divisão em tribos dificultava a melhor condução
das lutas contra os antigos habitantes da região, que resistiam à penetração
dos israelitas/yaoshorul’itas. Com a invasão dos filisteus, a situação
tornou-se ainda mais difícil.
Política
Surgiram então, chefes (entre eles, algumas mulheres)
de sensíveis qualidades militares e políticas que ficaram conhecidos como
juízes: Otoni’ul, Deborah, Gideon, Sansão/Shamshon e
Samuel/Shamu’ul.
Esses juízes, além de combater os filisteus, tiveram que lutar contra os
amoritas, povos que se estabeleceram na Transjordânia. O governo dos juízes
perverteu-se e impulsionou os hebreus a se organizarem num sistema de
governo monárquico, isto, contra as orientações divinas...
Os Reis Hebreus:
Samu’ul (profeta e último juiz) centralizou
politicamente esse povo já unificado religiosamente pelo monoteísmo. Sha’ul
(a partir de 1010 a.Y.) foi o primeiro rei de Israel/Yaoshor’ul.
Com a unção de Davi/Daoud (1006 a 966 a.Y.) como rei
dos hebreus, iniciou-se uma fase marcada pelo expansionismo militar e pela
prosperidade, Durante esse reinado, foi conquistada Jerusalém/Yah'shua-oleym
para capital do Estado, o que simbolizou a unificação das tribos localizadas
no norte e no sul da palestina.
Salomão (906 a 926 a.Y.), filho de Davi/Daoud,
desenvolveu o comércio, aumentado a influência do reinado sem recorrer à
guerra. Construiu o templo de YAOHUH UL’HIM (o Criador ETERNO – YAOHUH é
como se lê o tetragrama YHWH, com o auxílio dos sinais massoréticos). No
entanto, o fausto e a riqueza que marcaram seu governo exigiam o constante
aumento de impostos, que empobreciam mais e mais o trabalhador, criando um
clima de insatisfação entre o povo hebreu. Além de que,
Salomão/Shua’olmoh deixou-se levar pelo paganismo de suas esposas
(perdendo assim aquela famosa sabedoria dada pelo Criador). Foi nestes dias
que surgiu o que hoje conhecemos como Maçonaria (construtores do templo
advindo do Egito)!
O Cisma Político-Religioso
Os Reinos (ou CASA) de Israel/Yaoshor’ul e
Judá/Yaohu’dah – Com a morte de Shua’olmoh
houve a divisão religiosa e política das tribos e o fim da monarquia
unificada.
Ao norte foi formado o reino de Yaoshor’ul, composto de
10 tribos que, após disputas internas, chegaram a um acordo em 878 a.Y., com
a escolha de Onri para rei. Apesar da veneração a YAOHUH persistir, foi
introduzido o culto a vários deuses.
Nota de o Caminho: Nas Escrituras, tanto no
Velho como no Novo Testamento, devemos discernir quando lemos ISRAEL,
pois o contexto pode estar se referindo à nação judaica como um todo
(unificado), mas, geralmente é uma referencia às dez tribos do norte que
fora espalhadas pelas nações e, biblicamente conhecida por gentios – Isa 9:1
– por habitarem após o Jordão/Yardayan. Como sabemos, o Messias viveu entre
os gentios (Galiléia)!
O culto e o fausto da corte pesavam sobre os
camponeses, que pagavam impostos sempre maiores. Nesse momento, o movimento
profético ganhou força. O profeta Elias/Uli'yah, por exemplo, defendia as
aspirações do campesinato pobre e liderava a oposição à dinastia dos
onridas.
Em 842 a.Y., Yehu, com o apoio da população oprimida,
deu um golpe de Estado e foi ungido rei por Elias/Uli'yah. Após um
período de confusão, foi novamente restabelecida a ordem, mas em 723-722
a.Y. o rei assírio Sargão II invadiu Israel/Yaoshor’ul [Reino do Norte] e
destruiu a capital Samaria/Shuamor’yah. Concretizavam-se assim as profecias
de Am’oz: Yaoshor’ul seria destruída por um invasor. Yaoshor’ul [o reino do
Norte – as dez tribos] tornou-se província assíria e grande parte de seus
habitantes foi transportada para a Mesopotâmia (Is 7:17).
Já, o reino de Judá/Yaohu’dah, composto de duas tribos
(Yaohu’dah e Menashe) e com capital em Yah'shua-oleym, permaneceu fiel ao
monoteísmo. Em meados do século VII a.Y., o rei Ezequias (725 a 697 a.Y.)
aliou-se ao Egito tentando evitar a invasão assíria; mesmo assim, grande
parte do território de Yaohu’dah foi tomada pelos assírios.
Josias/Yaosa’yah (639 a 609 a.Y.) conseguiu recuperar
parte da independência do reino de Yaohu’dah. Mas essa região passou então a
ser uma área de disputa entre o império babilônico e o egípcio.
Nabucodonossor/Nebuchadnezar II, rei da babilônia, invadiu o reino de
Yaohu’dah e destruiu Yah'shua-oleym e o templo, transferindo o rei e os mais
ilustres habitantes da região para a Babilônia. Este episódio é chamado de
cativeiro babilônico pela Bíblia, pois ali os hebreus permaneceram durante
cerca de 70 anos (profetizado por Is 39:9 e Jr 25:11).
Decadência e dispersão
Quando o Império babilônico foi vencido por Ciro, rei
dos persas, os hebreus foram libertados e boa parte deles, voltaram à região
da antiga Yah'shua-oleym. Ali ergueram novamente o templo. Paulatinamente,
foram eliminadas as diferenciações entre os filhos de Yaoshor’ul e os de
Yaohu’dah, que ficaram genericamente conhecidos como judeus ou judaicos
independentes de origens tribais.
NOTA de o Caminho: Durante o período do
cativeiro babilônico, os que restaram de Yaohu’dah (velhos, deficientes e
incapazes) se uniram aos que restaram do reino do Norte e durante este
período formaram o que as Escrituras chamam de Samaritanos (odiados pelos
judaicos)... Para aplainar as diferenças, a apostasia e, estarem preparados
para receberem ao Messias, foi profetizado a Daniel/Dayan’ul que teriam 490
anos – as setenta semanas de Dn 9:24-27 - para mudarem o seu procedimento.
A partir de então os judeus foram dominados por vários
povos em expansão e assim, sofrendo as influências do paganismo destas
nações – a própria língua sofreu destas contaminações onde o ídolo EL
(babilônico) e a palavra “senhor” (Baal) adentrou. Mas o domínio efetivo da
região deu-se em 63 a.Y., quando a Palestina foi incorporada a uma potência
que dominava quase todo o mundo da época: o império romano, o último reino
profetizado em Dn 2. De início, não houve interferência nas crenças
religiosas dos judeus. Mas, no ano 70 da nossa era, com a divinização do
imperador romano e a recusa dos judeus em reconhecê-lo como tal, foi
ordenada a destruição de Yah'shua-oleym. Seu povo dispersou-se pelo mundo. A
esse fenômeno deu-se o nome de Diáspora (a 2ª das três que ocorreriam, sendo
que a última foi a maior e mais nefasta).
Religião e Cultura
A história do povo hebreu não pode ser dissociada de
sua religião. Há uma ligação tão íntima que se torna difícil falar
separadamente de uma delas.
Nem sempre os hebreus foram monoteístas. No início de
sua história, YAOHUH era um "deus" entre muitos. Mas, com o desenvolvimento
histórico, YAOHUH foi-se sobrepondo às outras deidades (Ex 20:3). Os hebreus
foram um dos primeiros povos a sistematizar o monoteísmo. YAOHUH exigia
reverencia e sacrifícios substituintes, apontando para o Messias (Yaohushua)
e em troca, seria Ele, o Todo-Poderoso protetor do povo hebreu.
A primeira codificação do monoteísmo foi dada a
Mehushua (Decálogo ou Dez Mandamentos).
Os profetas desempenharam importante papel na religião judaica: reformadores
religiosos, pobres, mantiveram o povo de Yaoshor’ul (Jacó/Yao'kof)
fiel ao culto a YAOHUH UL’HIM. Os profetas mais importantes foram
Elias/Uli'yah, Oséias/Ho’shua e Am’oz, no reino de Yaoshor’ul;
Isaías/Yashua'yah e Jeremias/Yarmi'yah, no reino de Yaohu’dah.
Depois dos séculos III e II a.Y. começou a expectativa
da vinda de um profeta do mesmo porte de Moisés/Mehushua. Ele deveria ser um
ungido e tornar-se o Messias, isto é, aquEle que salvaria o povo de UL’HIM, libertando-os da escravidão
do pecado... Estava nascendo o messianismo em torno de Yaohushua, o Filho
de YAOHUH; mas, que sobre a
influencia de satanás, resultou no atual cristianismo, uma vertente
apostatada do judaísmo messiânico, e que se espalhou por grande parte do
globo terrestre, com deuses próprios (trino); numa clara contrafação à
Verdade – Ap 13:8...
Apesar da reforma luterana, muito do papismo continuou
presente dentro do protestantismo (principalmente a trindade) – Ap 17:5.
Mesmo assim, a produção cultural hebraica está ligada com sua vida
religiosa. Salomão/Shua’olmoh escreveu mais de
3000 provérbios; mais de um milhar de cânticos e emitiu opiniões sobre
Botânicas e Zoologia. O legado cultural hebreu foi importante para a
formação de vários traços da cultura ocidental.
Voltando na História: Abraão/Abrul'han e a Origem do
Conflito
Abrul'han é chamado de Pai de todos os que crêem. Mas
apenas através de Isaque/Yatzkh'aq,
Jacó/Yao'kof
e de seus descendentes é que o Criador prometeu cumprir a Sua
intenção de estabelecer o Reino do ETERNO, na Terra, e oferecer salvação à
humanidade. A seguir, veremos como os erros de Abraão/Abrul'han geraram um
grande conflito que chega até nossos dias, no Oriente Médio... Abrul'han
também é considerado o Pai dos árabes.
Abrul'han é o homem com quem esse conflito árabe/judeu
começou. Ele foi uma pessoa singular porque recebeu uma promessa muito
especial do CRIADOR. No capítulo 11 de Gênesis/Bereshit lemos a respeito da
tentativa malograda de conseguir uma unidade mundial através da Torre de
Babel, que supostamente deveria atingir os céus (um objetivo pagão que
continua até hoje a contaminar a crença das pessoas – Sl 115:16). Ali,
surgiu Babilônia, uma nação pagã. A solução divina foi confundir-lhes a
língua semita e a promessa divina foi dada a Sofonias... 3:9 - Pois então
darei uma língua pura aos povos, para que todos invoquem o Nome do CRIADOR,
e o sirvam com o mesmo
espírito (voltaremos a falar uma só língua sobre a terra).
Em Gn 12 lemos, então: "Ora, disse o Criador a
Abroan: Sai da tua terra, da tua parentela e da Casa de teu pai e vai para a
terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te
engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas TODAS as
famílias da terra" (vs 1-3).
Não se trata de uma bênção pronunciada por um
sacerdote, um profeta ou algum grande dignitário. Esta bênção foi confirmada
pela promessa quádrupla dada a Abraão/Abrul'han por ninguém menos do que o
próprio CRIADOR (UL) do céu e
da terra, o CRIADOR que sempre
foi, e que é, e sempre será!
Esse homem, Abrul'han, foi instruído pelo CRIADOR a
deixar tudo para trás e fazer uma jornada à terra Santa. Ele teve de deixar
seu país, sua parentela, até mesmo a Casa de seus pais, e viajar para um
lugar que lhe era desconhecido. E esse homem confiou no Ser vivo, UL, que
lhe havia falado e partiu.
Uma das características singulares de Abraão/Abrul'han
foi que ele obedeceu naquilo que foi instruído a fazer. Ele creu no CRIADOR
e imediatamente agiu. Por esse motivo, lemos no Novo Testamento: "...para
vir [Abrul'han] a ser o Pai de todos os que crêem" (Romanos 4:11).
Abrul'han era um admirável e fiel servo do Criador. Ele
creu no ETERNO mais do que em qualquer outra coisa. Todavia, em algumas
ocasiões, Abrul'han permitiu que a sua carne corresse em paralelo à sua vida
de fé. Por isso o conflito que vemos hoje no Oriente Médio remonta às
origens desse grande patriarca do povo de Yaoshor’ul e dos árabes.
Abrul'han e os árabes
Bereshiyt 16
Hagar e Yshma’ul
1Mas, Sorai e Abroam não tinham filhos.
Então Sorai, pensando que YAOHUH a tinha impedido de gerar, chamou uma
criada chamada Hagar que era egípcia, 2-3e deu-a a Abroam como
segunda mulher: Se ela tiver filhos serão meus. Isto aconteceu dez anos
depois de Abroam ter chegado pela primeira vez à terra de Kena’anu.
Abraão, que tinha (só) 86 anos de idade, teve um
momento de fraqueza. Ele se esqueceu do Criador e logicamente chegou ao
ponto onde também deve ter pensado: "Nós temos de fazer alguma coisa!"
Soluções humanas... Pode bem ser que ele tenha concordado com Sorai, julgado
ser essa a solução do Criador, e deste modo seguido o conselho de sua
esposa: "Ele concordou com aquilo, tomou Hagar e ela concebeu. A criada,
quando viu que ficou grávida, tornou-se muito arrogante para com a sua
patroa." (v. 4).
Obviamente, esse não era o Caminho
que o Criador planejara para dar uma descendência numerosa a Abrul'han.
Imediatamente começaram os problemas. Sorai, a legítima esposa, passou a ser
desprezada aos olhos de sua serva Hagar, que deu a Abrul'han um filho, o seu
primogênito, chamado Ismael/Yshama’ul.
Se Abrul'han e Soroáh reconheceram que aquilo que
fizeram estava errado, não há evidência disso nas Escrituras. Treze anos
mais tarde, entretanto, o Criador falou a Abrul'han, agora com 99 anos de
idade, repetindo novamente a promessa que Ele lhe fizera anos atrás. Foi
então que o Criador mudou o nome de Abrão/Abroan para Abraão/Abrul'han.
Abroan significa "pai das alturas" ou "pai exaltado", e Abrul'han significa
"pai de multidão".
Depois de receber outras instruções, Abrul'han
aparentemente começou a pensar que o CRIADOR estava confirmando Yshama’ul como Sua semente
escolhida. Ele orou: "...Tomara que viva Yshama’ul diante de ti!" (Gn
17:18). Mas o CRIADOR rapidamente
o corrigiu: "De fato, Sorai, tua mulher, te dará um filho, e lhe chamarás
Yatzkh'aq; estabelecerei com ELE a Minha
aliança. Aliança perpétua para a sua descendência" (v. 19).
Apesar disso, o CRIADOR afirmou muito especificamente que havia ouvido as
orações de Abrul'han a favor de Yshama’ul: "Quanto a Yshama’ul, Eu
te ouvi: abençoá-lo-ei, fá-lo-ei fecundo e o multiplicarei
extraordinariamente; gerará doze príncipes, e dele farei uma grande nação"
(v. 20 – os árabes). Mas o CRIADOR enfatizou
que Yshama’ul não era o portador da Aliança,
mas sim Isaque/Yatzkh'aq: "A minha Aliança,
porém, estabelecê-la-ei com Yatzkh'aq, o qual Sorai te dará à luz, neste
mesmo tempo, daqui a um ano" (v. 21).
A escolha de Yatzkh'aq, entretanto, não diminuiu a
tremenda bênção sobre Yshama’ul. Yshama’ul deveria ser abençoado, ser
frutífero, multiplicar-se, não apenas de maneira normal, mas
extraordinariamente. Ele seria pai de 12 príncipes e não se tornaria apenas
uma nação, mas "uma grande nação". O cumprimento dessa profecia encontra-se
em Gn 25. Lemos na genealogia de Yshama’ul que dele realmente descenderam 12
príncipes. Yshama’ul, portanto, não deve ser menosprezado ou rejeitado, pois
o Criador deu à ele e a seus descendentes grandiosas bênçãos e as promessas
que acabamos de citar. Entretanto, os descendentes de Yshama’ul tornaram-se
inimigos ferrenhos de Yaoshor’ul, descendentes de Yatzkh'aq, os árabes
(veja Sl 83). E permanecem assim até o dia de hoje...
Nota de o Caminho: Mesmo sendo posto “fora”,
tais descendentes podem muito bem serem enxertados à Árvore, pois as bênçãos
sempre contemporizaram os “estrangeiros” que O aceita!
Outros descendentes de Abrul'han
Sara/Soro’ah, a amada esposa de Abraão/Abrul'han, deu à
luz ao filho da promessa com 90 anos de idade e acabou morrendo aos 127
anos. Após Abraão/Abrul'han ter enviado o seu servo para procurar uma esposa
para Isaque/Yatzkh'aq, o que, incidentalmente, fornece-nos um quadro
profético da Noiva de Cristo, achou obviamente que o seu chamado estava
completado, que o seu ministério estava concluído.
Depois que Isaque/Yatzkh'aq se casou com
Rebeca/Ro’evka, Gn 25 diz: "Desposou Abrul'han outra mulher; chamava-se
Quetura. Ela lhe deu à luz a Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Isbaque e Suá. Yocsã
gerou a Seba e a Dedã; os filhos de Dedã foram: Assurim, Letusim e Leumim.
Os filhos de Midiã foram: Efá, Efer, Enoque, Abida e Elda. Todos estes foram
filhos de Quetura. Abrul'han deu tudo o que possuía a Isaque/Yatzkh'aq.
Porém, aos filhos das concubinas que tinha, deu ele presentes e, ainda em
vida, os separou de seu filho Isaque/Yatzkh'aq, enviando-os para a terra
oriental" (vs 1-6). Abrul'han, já em idade avançada, criou outra família!!!
Pesquisando sobre a genealogia dessa família,
descobrimos que os filhos de Abrul'han com Quetura também se tornaram
inimigos ferrenhos de Yaoshor’ul. Portanto, vemos claramente que os árabes
em geral, que reivindicam ter Abrul'han como pai, certamente pertencem à
mesma família e estão ligados a Yaoshor’ul via Hagar e Quetura...
Nota de o Caminho: Porém, de Esaú/Essáv
descendem os palestinos... Jr 49:8-10; Ob 1:18.
Nesse contexto, é extremamente interessante observar o
que mostrou uma pesquisa recente: Estudo de DNA comprova que judeus e árabes
são parentes próximos, como diz a Bíblia: (...) Com uma nova técnica baseada
no estudo da descendência masculina, biólogos concluíram que as várias
populações judaicas não apenas são parentes próximas umas das outras, mas
também de palestinos, libaneses e sírios. A descoberta significa que todos
são originários de uma mesma comunidade ancestral, que viveu no Oriente
Médio há 4.000 anos. Em termos genéticos significa parentesco bem próximo,
maior que o existente entre os judeus e a maioria das outras populações.
Quatro milênios representam apenas 200 gerações, tempo muito curto para
mudanças genéticas significativas. Impressiona como o resultado da pesquisa
é coerente com a versão expressa da Bíblia de que os árabes e judeus
descendem de um ancestral comum, o patriarca Abraão. Amnao!
A ORIGEM DAS
10 TRIBOS DISPERSAS DE ISRAEL
Por: Rav. Juda Ben
Haim
INTRODUÇÃO:
A separação das 12 Tribos está relatada no livro: I
Reis Cap. 12 Vers. 16 a 24. A Tribo de Yaohu’dah e Benjamim/Ben’Yamin
lutam para restituir o reino a Roboão, filho de
Shua’olmoh; daí se deu a quebra das 12 Tribos de Yaoshor’ul.
Com a morte do Rei Shua’olmoh,
Roboão seu filho, tomou o trono para governar em seu lugar, mas, Roboão não
aceitava os conselhos dos anciãos para tratar o povo com benevolência. Com a
insatisfação do povo com o Rei Roboão, seu filho tomou o trono em seu lugar.
Roboão fugiu para Yah'shua-oleym, juntando a Tribo de Yaohu’dah e Bem’Yamin
para lutar contra as demais tribos, que já era governada por seu irmão
Yeroboão.
Assim, 10 Tribos ficaram ao lado de Yeroboão, e 2
ficaram ao lado de Roboão, (a Tribo de Yaohu’dah e Bem’Yamin). A partir do
Cap. 12 em diante do livro de I Reis, já se consegue compreender como a
separação das 12 Tribos afetou o povo de Israel/Yaoshor’ul.
Portanto, o povo de Ul é formado por doze tribos, que
descendem dos doze filhos de Jacó/Yao'kof. Porém, sabe-se que a maioria
dos judeus de hoje, em todo o mundo, descendem da tribo de Yaohu’dah e
Bem’Yamin, o caçula dos filhos de Jacó/Yao'kof. A grande pergunta que
acompanha o povo judeu ao longo dos séculos é: o que aconteceu com as dez
tribos restantes?
As Dez Tribos foram exiladas durante a Era do
Primeiro Templo - aproximadamente há 2500 anos, e estão separadas do
restante do judaísmo desde então. Mas ao final, serão redimidas, e
juntar-se-ão ao restante do judaísmo?
Yah'shua-oleym – A Cidade querida; promessa para os homens:
Yah'shua-oleym está edificada nas colinas da Judéia/Yaohu’dáh, a cerca de 70
Km do Mar Mediterrâneo, no centro de Yaoshor’ul. O nome da cidade é
mencionado centenas de vezes nas Escrituras Sagradas. Yah'shua-oleym, do rei
Melquisedeque/Molkhi’Tzaodóq e do Monte Moriá, onde o patriarca Abrul'han
esteve pronto para sacrificar o seu filho; Yah'shua-oleym, da capital do
reino de Davi/Daoud, do primeiro templo de
Salomão/Shua’olmoh e do segundo templo, restaurado por Herodes;
Yah'shua-oleym, palco dos profetas Isaías/Yashua'yah e
Jeremias/Yarmi'yah, cujas pregações influenciaram atitudes morais e
religiosas da humanidade; Yah'shua-oleym, onde o Mehushkyah [Messias]
Yaohushua peregrinou, foi crucificado e ressuscitou. Yah'shua-oleym, sinal
dos tempos, relógio do ETERNO!
A história judaica começou com o patriarca Abrul'han,
seu filho Yatzkh'aq e seu neto Yao'kof.
Êxodo/Shemot - Após 400 anos de servidão, os
israelitas/yaoshorul’itas foram conduzidos à liberdade por Mehushua que,
segundo a narrativa bíblica, foi escolhido pelo CRIADOR para
tirar Seu povo do Egito e retornar à Palestina; prometida a seus
antepassados. Durante 40 anos eles vagaram no deserto do Sinai, tornando-se
uma nação; lá receberam a Toráh (o Pentateuco, que inclui os Dez
Mandamentos). O êxodo do Egito deixou uma marca indelével na memória
nacional do povo judeu, e tornou-se um símbolo universal de liberdade e
independência. Todo ano os judeus celebram as festas de Posqa’yao (a Páscoa
judaica), Shavuot (Pentecostes) e Sukot (Festa dos Tabernáculos) relembrando
os eventos ocorridos naquela época e prefigurando o Reino do Messias sobre a
terra!
A Monarquia: O rei Davi/Daoud fez de Yaoshor’ul
uma região bem sucedida, assim como as alianças políticas com os reinos
vizinhos. Ele organizou as doze tribos israelitas/yaoshorul’itas num só
reino e estabeleceu sua capital, Yah'shua-oleym. Daoud foi sucedido por seu
filho Salomão/Shua’olmoh que consolidou ainda mais
o reino. Shua’olmoh garantiu a paz para seu reino,
tornando-o uma das grandes potências da época. O auge do seu governo foi a
construção do Templo de Yah'shua-oleym.
A Monarquia dividida: Após a morte de
Shua’olmoh uma insurreição aberta provocou a cisão
das tribos do norte e a divisão do país em dois reinos: O reino foi dividido
em dois: Norte (Casa de Yaoshor’ul) e Sul (Casa de Yaohu’dah).O reino
setentrional de Yaoshor’ul, formado pelas dez tribos do norte, e o
reino meridional de Yaohu’dah, no território das tribos de Yaohu’dah e
Ben’Yamin.
Em 722 a.Y.; os Assírios tomam Samaria/Shuamor’yah
(capital do Reino do Norte) e dispersa as dez tribos por entre as nações e
passam a habitar esta região; restando apenas o reino do Sul.
Anos depois, em 587 a.Y., os babilônios invadiram o
reino do sul e destruíram o Templo de Yah'shua-oleym. A maior parte da
população foi deportada para o exílio na Babilônia, e somente em 539 a.Y.,
puderam retornar à sua terra. Passaram a ser conhecidos como judeus (palavra
derivada de Judá e Judéia) enquanto que os do Reino do Norte (poucos
remanescentes) são conhecidos por samaritanos e tornam-se inimigos de
Judá/Yaohu’dah!
Mais tarde, em 516 a.Y., o Templo foi reerguido. Porém,
uma revolta contra os romanos, em 70 d.Y., resultou novamente na destruição
deste Templo. O judaísmo passou a ser centrado nas sinagogas e os judaicos
se dispersaram pelo Mediterrâneo (2a diáspora).
DESCOBRINDO AS TRIBOS PERDIDAS: ATRAVESSANDO O RIO
SAMBATION
Por James Scott Trimm
Traduzido por Sha'ul
Bentsion
Edição de o Caminho
O que aconteceu com as Dez Tribos Perdidas? De acordo
com o Midrash Rabá [interpretações], as Dez Tribos migraram para além de um
rio conhecido como "Sambation" (Midrash Rabá, Sh'lach 16) A identidade deste
rio até então é um mistério. A primeira dica com relação à identidade do
misterioso rio Sambation é também encontrada no Midrash Rabá, que cita Rabi
Akiva dizendo:
"... o rio Sambation carrega pedras a semana toda, mas
permite que elas descansem no Shabat." (Gênesis Rabá 11:5).
É claro que não há nenhum rio conhecido na terra que
descansa no Sábado/Shaboos. Contudo, existe um corpo d'água que de fato
parece pelo menos ser a origem para a lenda de um rio que descanse no
Sábado/Shaboos. O estreito de Bósforo pode servir como a base para esta
lenda pouco usual. O estreito de Bósforo conecta o mar Mediterrâneo com o
mar Negro. Esta fina passagem de água era frequentemente chamada por
escritores antigos de "rio". Mais importante ainda, por causa das mudanças
de corrente entre o mar Mediterrâneo e o mar Negro, a corrente do Bósforo
reverte a sua direção, ou até mesmo permanece parada, numa média de uma vez
a cada sete dias (fases da lua). Além disto, o efeito deste fenômeno pode
durar um dia ou dois.
Este fenômeno pouco usual foi mencionado pelo escritor
do primeiro século Strabo: "...o estreito em Bizantio... como Hiparcus
reporta, até fica parado algumas vezes..." (Geografia 1:3:12).
Agora, este fenômeno não é regular e não ocorre sempre
no Sábado/Shaboos, mas tal fenômeno pode certamente ter dado origem à lenda
de um rio que descansa no Sábado/Shaboos. Além disto, a corrente do Bósforo
é suficiente para carregar pequenas pedras.
Se as Dez Tribos cruzaram o estreito de Bósforo, então
isto indicaria uma migração do Oriente Médio para a Europa.
Tribo de Israel/Yaoshor’ul:
As doze tribos teriam o nome de dez dos filhos de Jacó/Yao'kof. As outras
duas tribos restantes receberam os nomes dos filhos de José/Yao'saf,
abençoados por Jacó/Yao'kof como seus próprios filhos. Os nomes
aportuguesados, das tribos, são: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Zebulom, Issacar,
Dã, Gade, Aser, Naftali, Benjamim, Manasses e Efraim. Apesar desta suposta
irmandade as tribos não teriam sido sempre aliadas, o que ficaria manifesto
na cisão do reino após a morte do rei
Salomão/Shua’olmoh. Com a extinção do Reino de
Yaoshor’ul ao norte, dez das tribos desapareceriam e a determinação do seu
destino até hoje é objeto de debate. As outras tribos restantes (Judá,
Benjamin e Levi constituiriam o que hoje chama-se judeus e serviria de base
para sua divisão comunitária (Yisrael, Levi e Cohen).
NAVIOS DE TÁRSIS!
By beithnazarenos@hotmail.org
Edição de o Caminho
Em estudos históricos sobre as promessas messiânicas,
sabemos em detalhes o que aconteceu com as doze tribos de Israel/Yaoshor’ul
após a morte de Salomão/Shua’olmoh; fazendo um
resumo temos o seguinte panorama histórico:
1- As dez tribos do norte chamadas de
Israel/Yaoshor’ul, herdaram esse nome "Israel' em cumprimento da
profecia de Jacó/Yao'kof em Gn 48:16 na qual o novo "nome" do patriarca é
transferido para os filhos de José/Yao'saf.
2- O primeiro rei de Yaoshor’ul, depois da separação da
Casa de Yaohu’dah (I Rs 12:19-20, 21, 23), foi Yaoro’éboam (I Rs 11:29-32).
3- Yaoro’éboam era da tribo de Efraim (l
Rs 11:26), estando de acordo com a profecia de Jacó/Yao'kof em Gn
48:13-14, na qual Efraim recebe a bênção da primogenitura porque é
colocado na frente de Manassés/Menashe. A partir disto, Israel/Yaoshor’ul é
chamado na profecia como Efraim.
4- Por causa de seus pecados, Israel/Yaoshor’ul é
afastado da terra prometida; na Palestina ficou somente a tribo de
Judá/Yaohu’dah (judeus) [Ben’Yamin e parte de Levi] (II Reis 17:18).
Israel foi transportado e exilado para a Assíria (II Rs 17:23-24). Nos anos
722 - 718 antes da era comum, pelo rei Sargão da Assíria.
5- Esse afastamento da terra prometida (Palestina) já
tinha sido profetizado em Dt 32:26.
6- As dez tribos do norte, ou seja, Yaoshor’ul (ou
Efraim), perderam sua identidade; perderam seu território e sua língua
materna (Is 28:11).
7- A Casa de Yaoshor’ul foi sacudida (joeirada) entre
todas nações, ou seja, Yaoshor’ul foi dispersa entre as nações depois que
foram levados cativos para a Assíria devido ao seu paganismo (Am 9:8-9).
Israel/Yaoshor’ul (Efraim) se misturaria com os povos (Os 7:8, 8:8 e 9:17),
perdendo dessa maneira, sua identidade. (O cristianismo costuma chamá-los de
dez tribos perdidas*). Estes são os verdadeiros goyns (gentios – Is
9:1).
8 – Porém, sabemos, muitos destas tribos foram viver
entre as tribos do sul, tornado-se assim, seus remanescentes...
Nota de o Caminho: Muitos usam tal argumento de
que nos dias de Yaohushua já não mais existiam tais tribos por estarem
“misturadas” por entre as nações ou entre os de Yaohu’dah! Isto não é
verdade; o próprio Sha'ul conhecia a sua origem tribal – Rm 11:1.
Tiago/Yah'kof escreve para as 12
tribos – Tg 1:1. Apocalipse nos revela que os 144.000 (provenientes das
12 tribos) foram selados nos dias de Yaohushua!
Estes oito pontos devem ser salientados e devem ser
estudados novamente para que possamos agora entender o que realmente
aconteceu após o exílio das dez tribos e principalmente o que aconteceu
nessa mistura de Israel/Yaoshor’ul com os outros povos.
Nosso estudo é uma análise profunda da matéria e uma
apreciação equilibrada e franca dos fatos. Fatos históricos que ainda hoje
os estudiosos da Bíblia se negam a ensinar. É sem sombra de dúvida, urgente
compreender especialmente para onde as dez tribos se dirigiram após o exílio
ou dispersão. Veremos que as dez tribos do norte NÃO SE PERDERAM! O
surpreendente, porém, é que as dez tribos de Israel estão bem perto de nós!
Exilados na Assíria (II Rs 17:22-23), ficaram "muitos
anos sem rei" (Os 3:4). Quando o império Assírio foi destruído, esse exílio
terminou. Para onde eles foram após terminar o exílio? Certamente não
voltaram para a Palestina, pois os samaritanos (remanescentes) tinham
ocupado suas cidades, (II Rs 17:24). Portanto, o Exílio Assírio de Israel/Yaoshor’ul
não deve ser confundido com o exílio Babilônico de Judá/Yaohu’dah que
ocorreu cerca de 200 anos mais tarde.
Se pudermos compreender para onde foram as dez tribos,
entenderemos a razão pela quais muitos brasileiros têm sangue
israelitas/yaoshorul’itas.
A Viagem das Dez Tribos
Em Os 12:1 encontramos que após ter ficado na Assíria,
Yaoshor’ul (não os judaicos) tomou o rumo oeste, pois seguia o vento que
sopra desde o leste para o oeste...
Quando se fala de Davi/Daoud, no Salmo 89, se diz que
ele estabeleceria seu domínio também sobre o mar; a promessa era: "Porei a
sua mão sobre o mar'' (Sl 89:25). Lendo atentamente Jeremias/Yarmi'yah
capítulo 31, percebemos que existe uma gloriosa promessa de restauração para
Israel/Yaoshor’ul (verso 2); ainda que espalhado por entre as nações (verso
10) ele será congregado de novo, e voltarão para o Pai ETERNO,
com choro e com súplicas (verso 9), pois o Criador os
congregará [juntará] de novo trazendo-os das extremidades da terra (verso
8). Por isto, notamos que Yaoshor’ul voltará de novo de onde ele foi ficar,
ou seja, voltará das "TERRAS LONGÍNQUAS DO MAR" (Jr 31:1-10).
Sim! É verdade! Israel/Yaoshor’ul, ou seja, as dez
tribos do norte, após seu exílio:
1- Seguiram o vento leste indo na direção do oeste.
Usaram navios!
2- Se estabeleceram nas terras longínquas do mar.
Tornaram-se nações marítimas.
3- Essas terras do mar ficavam nas extremidades da
terra.
Veja no mapa a Viagem
das dez tribos de Israel.
Quando se diz que seguiram "o vento oeste" (Os 12:1)
está indicando que usariam o vento; portanto, navios, que na época eram
todos à velas, guiados pelo vento. Estava bem claro que eles não retornariam
para a Palestina, mesmo que algumas das dez tribos voltassem para a Egito.
"Na terra do ETERNO UL’HIM, não permanecerão; mas
Efraim tornará ao Egito..." (Os 9:3 - Veja também Os 7:11).
Portanto, saindo da Assíria embarcaram nos navios de
Társis, chegando à ilha de Chipre. Os “navios de Társis" já faziam o
percurso da Palestina até a atual Espanha e Portugal desde os tempos de
Salomão/Shua’olmoh: "Porque o rei
Shua’olmoh tinha navios que iam a Társis, com os
servos de Hirão; de três em três anos, voltavam os navios de Társis,
trazendo ouro e prata, marfim, bugios e pavões”. (II Cr 9:21 - texto
repetido de I Rs 10:22).
Isto significava que
Salomão/Shua’olmoh conhecia os reis de Társis e ainda mais, sabia que
seguindo o percurso para o norte, saindo de Társis, se chagava às "ilhas",
ou seja, ao que hoje são as ilhas Britânicas. O salmo 72 é um
Salmo escrito por Salomão/Shua’olmoh; nele ele
disse: "Paguem-lhe tributos os reis de Társis e das ilhas...” Salmo
72:10.
No tempo do rei Josafá/Yaohu’shuafát de Yaohu’dah,
junto com o rei Acazias/Ahoz’yaohuh de Yaoshor’ul, houve uma tentativa de
construir navios para viajar até Társis (Espanha e Portugal), tentativa essa
que fracassou (II Cr 20:35-37). A destruição desses navios está também
relatada no Salmo 48:7. No tempo do profeta Isaías/Yashua'yah também se
conheciam os navios de Társis (Is 2:16). Com certeza esses navios ancoravam
no porto de Tiro e faziam escala na ilha de Chipre (Is 23:1 - veja também
Atos 27:4 e 7). Portanto, está bem claro que seguindo o vento oeste,
embarcando nos navios de Társis, estas dez tribos chegaram, primeiro a
Chipre, de onde algumas tribos desceram para o Egito e se estabelecem nas
cidades de Put e Lude, pois era costume viajar de Tiro para
Chipre e de Chipre para o Egito (Is 23:56). [Veja o mapa acima]. Tenha em
mente estas duas cidades no Egito: Pul e Lude,
pois serão importantes na profecia relacionada com a promessa e com o fim.
Abrindo um parêntesis lembramos que Jonas/Yao’nah,
tentando fugir do ETERNO embarcou para Társis (Jn 1:3). A Bíblia Sagrada,
versão dos monges Maredsous (Bélgica) 106a Edição Claretiana,
1996, explica que Társis refere-se à Espanha, portanto, à península Ibérica,
incluindo o atual Portugal...
Olhando atentamente o mapa citado, comprovamos que,
partindo de Chipre, um outro grupo das dez tribos, na sua viagem para
Társis, decidem não continuar e vão para o norte, se estabelecendo nas
cidades de Tubal e Java, na região
que hoje conhecemos como Grécia. Guarde na memória estes dois nomes, pois
assim, como Pul e Lude no Egito, serão importantes no
entendimento posterior de surpreendentes profecias. Profecias estas que
nunca chegaram ao conhecimento dos estudantes das Escrituras, mas que agora
são reveladas aos sinceros de coração.
Soprados para a Itália
Seguindo sua viagem para Társis, outras tribos, de
entre as dez, ficaram na península itálica, e ali se estabeleceram,
especialmente a tribo de Naftali. É interessante notar que a palavra Naftali
pode ser dividida por uma raiz: NâPhâH (lê-se: Nafa) que significa: soprar,
como faz o vento; o vento que sopra as velas de um navio, e outra palavra
que seria: Itali, que deu origem ao nome Itália. Acreditavam os habitantes
desta região que literalmente eles foram “soprados para a Itália”
(NâPhâH-ITaLi). Portanto, a verdade é que todos os italianos têm sangue
israelita.
NOTA: Quando um dos generais de Alexandre foi
para esta região, ali já existia um povo próspero!
Yaoshor’ul chega a Társis
Após deixarem a tribo de Naftali na atual Itália, o
resto das tribos continuou sua viagem para Társis (atual Espanha e
Portugal), atravessando o estreito de Gibraltar se estabelecendo no porto
de Cádiz [Veja o mapa abaixo]. É interessante notar que o nome deste
lugar tem sua origem na palavra hebraica KâDheSh (lê-se: Cadech) e é um
verbo que na sua modalidade Qal, significa: ser santo. Acreditavam os
israelitas/yaoshorul’itas que nessa nova terra seriam ainda o povo santo (Ex
19:5). Note-se ainda que perto de Cádiz está a cidade de Jeres, nome também
de origem hebraica, pois é um verbo hebraico cuja raiz YâRaSh, e YeReSh,
que significa: herdar, tomar posse de, fazer herdar.
Acreditavam as tribos exiladas que agora estavam herdando uma nova terra
para tomar posse.
Seguindo o curso do rio Guadalquivir, chegamos na
cidade de Sevilha (Sevilla) que antes desse nome tinha o nome de Itálica.
Nome, sem dúvida, que foi colocado em homenagem à tribo de Naftali que tinha
ficado na Itália.
Pescadores recolhem um barco na praia portuguesa de Nazaré |
O próprio rio Guadalquivir tem sua
origem em GhâDhôL-QeBheR (significado = grande sepultura, pois o
rio lhes lembrava o Mar Vermelho, no deserto, que tornou-se
"grande sepultura" para seus inimigos. (Ex 14:28-31). Poderíamos
nos estender explicando as origens hebraicas de muitos outros
lugares na Espanha e Portugal, mas acreditamos que para os puros
de coração estes exemplos são suficientes para entender que
parte das dez tribos de Israel/Yaoshor’ul se estabeleceram nessa
região. |
Região que nas
Escrituras Hebraicas é Conhecida como Társis
Comprovado; os navios de Társis levaram os filhos de
Israel/Yaoshor’ul para a região que hoje conhecemos como Espanha e
Portugal. Portanto, podemos concluir com toda certeza que muitos dos
descendentes dessas localidades tem sangue israelitas/yaoshorul’itas.
Sabemos que a profecia que foi dada a José/Yao'saf
incluía a colonização, pois ele “como ramo frutífero junto à fonte; seus
galhos se estendem sobre o muro” (Gn 49:22). Essa é a razão pela qual
Espanha e Portugal “estenderam” seus territórios para a colonização da
América, criando várias colônias “alem de seus muros” (fronteiras).
Portanto, de Portugal e Espanha, vieram para o Brasil (e Missões do Sul) e
do Brasil, devido à Inquisição,
para os EUA (Nova York).
Os Filhos de Yaoshor’ul chegam às “Ilhas”
Os navios de Társis levaram os filhos de
Israel/Yaoshor’ul ainda mais para o norte, seguindo a costa de Társis
chegaram algumas das tribos até "as ilhas''. Um fato significativo é a
origem do nome inglês British: (Inglaterra). A palavra hebraica para aliança
é BeRîTh (lê-se: Brith). A Casa de
Israel/Yaoshor’ul é o povo da aliança. Em Jz 8:33 e 9:4 se usa a palavra "aliança"
como nome próprio unido ao nome "Baal". Na Bíblia da Sociedade Bíblica
do Brasil, 2a Edição, 1993, encontramos este nome aportuguesado,
mas não traduzido: “Baal-berit" e significa: "ídolo da aliança".
A palavra hebraica para homem é ‘îSh (lê-se: Ich), em
inglês a terminação "ish', significa "de" ou "pertencente a" (uma
nação ou pessoa). A palavra para indicar "homem da aliança" seria, portanto,
"Brit-ish" que em inglês corresponde ao gentílico Britânico. Será que
é só uma coincidência? Ou será uma verdade que o original povo da aliança
seja o gentílico British e viva hoje nas British Isles (ilhas
Britânicas).
A Casa de Israel/Yaoshor’ul, ou as dez tribos,
que muitos acreditam estarem "perdidas" na verdade estão ali, presentes,
porém misturadas! Vejamos outros exemplos: Em Gn 21:12 é narrado que "por
Yatzkh'aq será chamada a tua descendência". Como se cumpre essa
profecia? Em Am 7:16, os yaoshorul’itas são chamados "Casa de
Isaque/Yatzkh'aq". Como descendentes de Yatzkh'aq são filhos de
Isaque/Yatzkh'aq (em inglês, Isaac's sons), Tirando o “I” inicial fica o
nome moderno Saac's sons ou em escritura aportuguesada: Saxões. Muitos
confundem os anglo-saxões com os antigos saxões ou germanos que ainda vivem
na Alemanha; mas, os saxões alemães derivam seu nome de uma palavra antiga
do idioma alto-alemão, Sahs que significa: "espada".
Falando de Efraim, o ETERNO disse em Jr 31:20-21, para
estabelecer sinais, marcas ou "marcos", fincando pontes, pelo
caminho por onde passar, certamente uma tribo de Yaoshor’ul, após o seu
exílio na Assíria deixou sua marca junto ao caminho. Essa tribo foi a de Dã
(em hebraico: Dan). Um país chamado: Dan-mark = “a marca de Dan”, ou seja,
Dinamarca (aportuguesado). Portanto, podemos encontrar as dez tribos
cumprindo exatamente a surpreendente profecia que encontramos em Os 7:8-9 –
“Efraim (Israel/Yaoshor’ul) se mistura com os povos e é um pão que não foi
virado. Estrangeiros lhe comem à força e ELE NÃO O SABE”. Muitos, por não
dizer quase todos, NÃO SABEM que
são descendentes de yaoshorul’itas, tanto italianos, espanhóis, portugueses,
alemães, dinamarqueses, ingleses, irlandeses, e outros, ignoram que de uma
maneira ou outra chegará um dia, e esse dia chegou, em que serão chamados a
prestar conta de seu sangue yaoshorul’itas, pois o CRIADOR tem
um projeto, ou plano de restauração para esses povos e seus descendentes. Ap
7:1-4.
A Promessa de Restauração para os Filhos de
Yaoshor’ul
O Salvador não voltará antes de cumprir-se uma profecia
que fala em RESTAURAÇÃO. É verdade! Confira na leitura de Atos
3:20-21 [cf. Rm 11:25]. Note-se que a restauração é "de todas as coisas", e,
salientamos este ponto importante que se encontra no verso 21. Essa
restauração foi profetizada "pelos santos profetas desde a antiguidade".
Quando o Salvador comissionou aqueles que Ele escolheu, lhes
recomendou que procurassem de preferência as "ovelhas perdidas
de Israel/Yaoshor’ul" (Mt 10:6). Lembremos que Yaoshor’ul era as dez tribos,
que tinham como capital Samaria/ Shuamor’yah, que foram exilados para a
Assíria. Yaoshor’ul era diferente do outro reino, diferente dos judeus (descendentes
da tribo de Judá/Yaohu’dah, ou reino do sul, com capital em Yah'shua-oleym).
No tempo do Messias as dez tribos já estavam dispersas entre as nações, por
essa razão, Yaohushua as chama de "perdidas" (literalmente, devido à
apostasia). Os apóstolos deveriam, portanto, cumprir essa missão indo "até
os confins da Terra" (Atos 1:8
– Sha'ul, mais do que ninguém cumpriu esta missão) - Por que? Porque era lá,
nos confins da Terra que se
encontravam, e ainda se encontram, os descendentes das dez tribos,
espalhadas pela Espanha, Portugal, Inglaterra, Dinamarca, Alemanha Itália,
Egito, Grécia, Américas, etc. Era nestes países que se encontravam as
"ovelhas perdidas de Yaoshor’ul". O que ninguém compreende é que ainda estão
lá. Esta é mais uma razão para entendermos que os 144.000 são os
israelitas/yaoshorul’itas dos dias de Yaohushua, resgatados pelos apóstolos,
como primícias!!!
Como a Restauração foi Profetizada
Voltemos nossa atenção "para os santos profetas que
falaram desde a antiguidade" sobre a Restauração (Atos 3:21).
Usaremos o texto: Bíblia Sagrada, revista
e atualizada no Brasil,
Sociedade Bíblica do Brasil, edição de 1993. Vejamos o que falou o profeta Jeremias/Yarmi'yah no capítulo
31. Confira na sua própria Bíblia.
Versículo 1 - "Naquele tempo", ou seja, no tempo do fim
ou tempo de Restauração a promessa disse que nesse tempo, "YAOHUH será DEUS"
para TODAS as tribos de Israel que voltarão a ser Seu povo".
Ele será Pai, não só dos judeus, descendentes de uma única tribo (Judá),
porém de "TODAS AS TRIBOS DE ISRAEL (aqui Jacó)", incluindo as tribos
dispersas.
Versículo 2 - Fala de um "resto" "que logrou (alcançou)
graça no deserto" - Quem são eles? São as tribos que foram para o Egito e se
estabeleceram em Pul e Lude (Is 66:18-20).
Versículo 7 - Certamente o Pai YAOHUH salvará Seu
povo, porém, salvará somente o remanescente (restante – Rm 11:1-5,
25-26), o que sobrou, ou seja, os eleitos entre os descendentes (nos
dias de hoje) das tribos que uma vez tinham morado nas regiões montanhosas
de Efraim, antes de ser exilados para a Assíria (versículo 6).
Versículo 8 - O Criador vai trazer de volta até aqueles
que ficaram na "terra do norte" “nas extremidades da terra” (norte da
Palestina) - Quem são eles? São aqueles que se estabeleceram na Alemanha e
Dinamarca. O texto esclarece que é um convite divino, o mesmo último convite
que encontramos em Mt 22:9-10.
Versículo 9 - Notamos que as nações, que devem ouvir a
mensagem de Restauração são aquelas que estão "nas terras longínquas do
mar" para onde Yaoshor’ul e seus descendentes foram "espalhados". Agora,
neste tempo, o Criador deseja ser o Seu HOSH. Como descendente dos
israelitas/yaoshorul’itas, você está disposto a ouvir esta mensagem? Está
disposto a aceitar o último convite divino?
Versículo 19 - Notamos a necessidade urgente de ensino,
de instrução, de educação, pois sem este elemento fundamental
(sem ensino) não poderá haver conversão, nem arrependimento. Portanto, o
alicerce da restauração é a instrução; devemos educar para que haja uma
conversão realmente verdadeira. Qual é então o apelo?
Versículo 22 - "Até quando andarás errante...?" Chegou
à hora de deixar de andar errante, procurando APENAS religiões de emoções,
sem ensino, sem instrução. Está na hora de se voltar para a Restauração
prometida que educa para uma verdadeira conversão. O desejo do Criador é
"restaurar" (palavra encontrada neste texto). Será que você aceitará este
apelo? Ou ficará indiferente, ou até rebelde, contra a vontade divina?
Versículo 25 - Ele, YAOHUSHUA, depois que você aceitou
a Restauração, só Ele, então "satisfaz a alma cansada, e conforta a alma
desfalecida"
Versículo 31 - A Restauração traz a compreensão correta
da RENOVADA ALIANÇA. Aliança que foi feita com Yaoshor’ul,
isto é com seus descendentes eleitos, Aliança
na qual você está incluído se for um eleito de Israel (versos
31, 35, 36, 37) – ou mesmo um estrangeiro, caso o seja. Veja também Isaías
41:1-6.
Is 66:18-22 - Note-se com especial atenção que o ETERNO deseja
"ajuntar (unificar) as nações e línguas" dentro do Seu Reino;
e o fará através de Seu Filho, nosso Criador e Redentor, durante o milênio
terreal. Para fazer isso o Eterno Pai, YAOHUH UL’HIM, colocou, a tempo um SINAL (NOTA)
entre elas. Porém, o mais importante é que "ALGUNS DOS QUE FORAM
SALVOS" entrarão em contato com os descendentes de israelitas/yaoshorul’itas
espalhados pelo mundo, para anunciar a GLÓRIA DO ETERNO.
Iniciar-se-á, então, a:
RESTAURAÇÃO!
Percebemos que a região de Társis é a primeira a
ser mencionada. Porque? Devido à importância que essa região tem na
profecia, o que significa que a restauração deveria iniciar-se com os
descendentes dos povos da região de Társis (Espanha e Portugal). Dai a
importância do Brasil na profecia, pois somos descendentes em sua maioria,
dessas regiões colonizadoras. O CRIADOR tem
um plano todo especial, para iniciar a Restauração profetizada entre os
descendentes de Társis. Assim, Ele escolheu primeiro, os descendentes
israelitas/ya-oshorul’itas da Espanha e de Portugal [note que a Doutrina do
Nome chegou até nós, via Portugal] até finalmente atingir os "confins da
terra" (Atos 1:8). É você descendente de Társis (goym)? Está você disposto a
participar desta sagrada missão; está disposto a ser instruído e educado na
verdade do ETERNO para levar aos filhos de Israel/Yaoshor’ul a mensagem de
Restauração final? Aceita você o último convite divino? (Mt 22:9-10). Se a
sua resposta é afirmativa, então, que o ETERNO Pai, YAOHUH UL’HIM lhe
abençoe.
(nota) O SINAL entre
as nações é claramente identificado em Is 19:18-20, como sendo a "Língua de
Canaã" ou seja, o hebraico (Sf 3:9). Língua em que foram escritas as
profecias mais importantes das Escrituras. A GLÓRIA DO ETERNO é
Identificada em muitas passagens das Escrituras
como sendo SEU NOME que nas Escrituras vem na forma do tetragrama
YHWH – presente na maioria dos nomes dos Profetas e principalmente no Nome
do Messias – e que, com o auxílio dos sinais massoréticos, sabemos ser YAOHUH
– Jo 17:22 cf. vs 11-12. Solicite este estudo sobre o Nome!!!
PROFECIAS A RESPEITO DAS TRIBOS DISPERSAS:
Ez 36:17-27 Filho do homem, quando a Casa de
Yaoshor’ul habitava na sua terra, então eles a contaminaram com os seus
caminhos e com as suas ações. Como a imundícia de uma mulher em sua
separação, tal era o seu caminho diante de mim. Derramei, pois, o meu furor
sobre eles, por causa do sangue que derramaram sobre a terra, e porque a
contaminaram com os seus ídolos; e os espalhei entre as nações, e foram
dispersos pelas terras; conforme os seus caminhos, e conforme os seus
feitos, eu os julguei. E, chegando às nações para onde foram, profanaram o
meu santo nome, pois se dizia deles: São estes o povo do Eterno, e tiveram
de sair da sua terra. Mas eu os poupei por amor do Meu Santo Nome, que a
Casa de Yaoshor’ul profanou entre as nações para onde foi. Dize portanto à
Casa de Yaoshor’ul: Assim diz o Criador: Não é por amor de vós que eu faço
isto, ó Casa de Yaoshor’ul; mas em atenção ao Meu Santo Nome, que tendes
profanado entre as nações para onde fostes; e eu santificarei o Meu Grande
Nome, que foi profanado entre as nações, o qual profanastes no meio delas; e
as nações saberão que eu sou o Criador, diz UL, quando eu for santificado
aos seus olhos. Pois vos tirarei dentre as nações, e vos congregarei de
todos os países, e vos trarei para a vossa terra. Então aspergirei água pura
sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias, e de todos
os vossos ídolos, vos purificarei. Também vos darei um coração novo, e porei
dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra,
e vos darei um coração de carne. Ainda porei dentro de vós do Meu espírito,
e farei que andeis nos meus
estatutos, e guardeis as minhas
ordenanças, e as observeis.
Jr 31:10 - Ouvi a palavra do Criador, ó
nações, e anunciai-a nas longínquas terras marítimas, e dizei: Aquele que
espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor ao seu rebanho.
Miquéias 2:12 - Certamente te ajuntarei todo
inteiro, ó Yao'kof; certamente congregarei o restante de Yaoshor’ul;
pô-los-ei todos juntos, como ovelhas de Bozra; como rebanho no meio do seu
curral, farão estrondo por causa da multidão dos homens.
Miquéias 4:6- 7 Naquele dia, diz o Criador,
congregarei a que coxeava e recolherei a que eu tinha expulsado e a que eu
tinha maltratado. E da que coxeava farei a parte restante, e da que tinha
sido arrojada para longe, uma nação poderosa; e o Criador reinará sobre eles
no monte Sião, desde agora e para sempre.
Será que nós, que estamos sendo chamados pelo Criador
para a restauração de Yaoshor’ul; somos essa parte restante !?!
Resumo sobre as Dez Tribos perdidas: As Dez
Tribos foram exiladas durante a Era do Primeiro Templo - aproximadamente há
2500 anos - e estão separadas do restante do judaísmo desde então. Mas ao
final, serão redimidas, e juntar-se-ão ao restante do judaísmo – antecedendo
a era vindoura do Reino do Mehushkyah [Messias] – Rm 11:25 cf At 15:16.
Este ensaio dirige-se às várias opiniões no Talmud a
respeito do destino das Dez Tribos, e a grande dúvida: As Dez Tribos
realmente voltarão?
Retornemos ao início: Mais de 1000 anos antes
das Dez Tribos serem exiladas, o amado filho de Jacó/Yao'kof –
José/Yao'saf – foi raptado pelos irmãos e vendido
como escravo aos ismaelitas/yshamaul’itas. Finalmente, após muitos anos de
separação, reuniu-se novamente com seu pai e irmãos. A Toráh descreve como
Yao'saf revelou sua identidade a seus irmãos: "Yao'saf
não conseguiu se refrear... e ele chorou em alta voz" (Gn 45:1-2).
Este fenômeno se repetiria em escala muito maior - com
os filhos de Yao'saf juntamente com outras tribos.
Yao'saf representa as Dez Tribos, pois a capital das
Dez Tribos era no Monte de Efraim (Jr 31:5), e Efraim era filho de
Yao'saf.
Esta reunião será triste: "Com choro eles virão, e com
misericórdia eu os levarei" (Jr 31:8). O profeta Ezequiel/Kozoqi’ul
(37:19-22) fala sobre esta reunião:
"Estou levando o bastão de Yossef, que está na mão de
Efraim, e as tribos de Israel - seus amigos, e os colocarei no bastão de
Yaohu’dah, e os transformarei em um só bastão, e serão um na minha mão...
Estou levando os filhos de Yaoshor’ul das nações às quais eles foram, e os
reunirei de toda parte e os trarei à terra deles. E os transformarei em uma
só nação, na terra, nas montanhas de Yaoshor’ul. E um rei reinará sobre
eles, e não serão mais duas nações, e não mais se separarão em dois
reinos."; i.e., até agora, tem havido separação dentro do judaísmo. A
princípio, na forma de dois reinos e mais tarde foram completamente
separados. Quando hol’Mehushkyah [o Messias] chegar, o ETERNO nos
transformará "em uma só nação e não mais seremos divididos em duas nações".
Opiniões dentro do judaísmo:
Rabi Akiva – As Dez Tribos não voltarão: Embora
aparentemente seja claro que as Dez tribos retornarão, quando consultamos
estas fontes, vemos que não é tão simples como parece. Citemos o Mishná em
Sanhedrin (110b): "As Dez Tribos não retornarão como foi dito (Nitsavim
29:27) 'E Ele os jogou a uma terra diferente como este dia'. Assim como o
dia passa e jamais voltará, eles também serão exilados para nunca mais
voltarem". Estas são as palavras de Rabi Akiva.
"Rabi Eliezer disse: 'Assim como o dia é seguido
pela escuridão, e a luz mais tarde retorna, assim também ficará 'escuro'
para as Dez Tribos. O ETERNO por fim os tirará de suas trevas.'"
Dessa maneira, temos duas opiniões a respeito do
destino das Dez Tribos. O Talmud menciona um ponto de vista adicional, que
afirma que o destino das Tribos depende de seu comportamento. "Rabi Shimon
ben Yehudá de Kfar Ako diz em nome de Rabi Shimon: 'Se seu comportamento
continuar da maneira que é hoje (este dia) eles não retornarão. Se eles se
arrependerem, na certa retornarão'".
Representantes de cada Tribo: Comecemos com uma
análise da opinião de Rabi Akiva, de que as Dez Tribos ficarão perdidas para
sempre. Tal opinião exige uma explicação: se o judaísmo consiste
inteiramente de duas tribos remanescentes (Yehudá e Binyamin), como podem os
versículos referirem-se à união da "Árvore de Yehudá" e da Árvore de
Yossef". Além disso, o profeta Yechezkel falou em dividir a Terra de Israel
entre 12 Tribos.
Abarbanel explica (Yeshuot Meshicho 1:4): Na época de
Rabi Akiva, as Dez Tribos tinham estado perdidas por mais de 600 anos, e não
havia a mínima pista sobre se ainda existiam.
Considere: Se as Dez Tribos tivessem ainda permanecido
leais ao judaísmo, por que não teriam enviado pelo menos um mensageiro a
Yah'shua-oleym durante a Era do Segundo Templo - para verificar os rumores
de que os judeus tinham retornado ao seu país e reconstruído o Templo?
Este argumento convenceu Rabi Akiva de que as Dez
Tribos devem ter se assimilado às nações pagãs e não seriam mais
consideradas como parte do povo judeu (os goyns).
E a respeito das profecias que implicam que todas as
tribos existirão na Era Messiânica, Rabi Akiva poderia argumentar que,
enquanto a maioria das Dez Tribos foi exilada e jamais retornará, algumas
podem ter escapado e hoje vivem entre nós. Dessa maneira, teremos
representantes de todas as Tribos Perdidas, e as profecias serão realizadas
através deles.
As Dez Tribos voltarão: Após discutir a opinião
de Rabi Akiva, discutiremos o ponto de vista oposto de Rabi Eliezer (que é
aceito pela lei judaica) - de que as Dez Tribos retornarão.
O Talmud explica que esta opinião é baseada no
versículo (Yeshayáhu 27:13) "e será naquele dia, um grande shofar será
tocado, e os desgarrados virão da terra de Ashur" - este versículo refere-se
às Dez Tribos que foram exiladas para a terra de Ashur (Assíria).
Resta um ponto ainda a ser esclarecido: Amos (5:1-2)
disse em referência às Dez Tribos: "Escute isso, sobre o qual estou
pranteando: A Virgem de Israel caiu, e jamais se levantará". Como Rabi
Eliezer explicaria as palavras "e jamais se levantará"?
Uma explicação possível é que "não se levantará" como
uma entidade independente, mas se levantará como uma entidade totalmente
dependente do reino de Yehudá; absorvida por Yehudá.
Túneis subterrâneos e o Monte das Oliveiras: O
Midrash nos diz que as Dez Tribos foram exiladas em três locais: algumas
foram exiladas para o país atrás do Rio Sambation (como vimos
anteriormente). Outro grupo foi exilado para uma terra "distante" atrás do
Rio (este país tinha o dobro da distância para Israel que o primeiro país; o
terceiro grupo foi "engolido” em Rabesla).
O Midrash descreve então o modo pelo qual alguns do
Terceiro Grupo, que foram engolidos, retornarão: "O ETERNO lhes fará túneis
subterrâneos e viajarão através deles, até chegarem ao Monte das Oliveiras
em Yah'shua-oleym. O Mashiah estará no Monte fazendo com que se parta, e as
Dez Tribos emergirão do seu interior". (Yalkut Shimoni, Yeshayáhu 469).
Utopia à parte, obviamente, o Midrash não deve ser
entendido ao pé-da-letra, ao contrário, está se referindo ao exílio
espiritual que este grupo agora suporta, e a transformação espiritual pela
qual passarão quando o Mashiah [o Messias, deles] chegar:
As Dez Tribos foram levadas ao exílio e "engolidas",
i.e., esqueceram-se totalmente de sua identidade judaica, como se tivessem
sido "engolidos" por alguma força externa. Sua energia permanece apenas na
forma potencial. Quando o Mashiah [o Messias, deles] vier, o ETERNO os
levará través de "túneis", simbolizando o processo de refinamento, e os
levará até o Monte das Oliveiras - uma montanha que fora originalmente
dedicada ao cultivo de frutas - um símbolo de energia potencial. Finalmente
a montanha se partirá, e eles emergirão - sua identidade judaica re-emergirá
do atual estado de "potencial" e será plenamente realizada, espiritualmente.
Os judeus do Afeganistão: A Toráh menciona a
cidade de Meda como uma das localizações do exílio assírio das Dez Tribos de
Israel. A maioria entende esta área como sendo a região ao noroeste do Irã
chamada Kurdistão.
Quando se considera a possibilidade do povo deste
exílio vagando para o Norte e Leste, então isto se aplicaria às Tribos de
Israel que viviam nas Montanhas do Cáucaso, entre o Mar Cáspio e o Mar
Negro, o que inclui as áreas da Armênia, Geórgia, Azerbaidjão e Daguistão
(áreas de Khazar nos tempos antigos). Uma expansão a leste além do Mar
Cáspio inclui as áreas do Usbequistão, Bukara e Turkmenistão. Partindo
destas áreas, é muito fácil deslocar-se no rumo Sul até o Afeganistão,
Índia, Paquistão, bem como chegar até a China.
Se alguém viajar da área de Meda ou Hamadã, ainda mais
longe no rumo Leste, cruzando as Montanhas do Passo Khayber, chegará à
fronteira do atual Afeganistão. Lá, deparamos com uma vista assombrosa. Há
muitos homens numa tribo com nomes como Yusuf: Yusufzai, Yusufuzi, Yusufzad,
etc., que se dizem oriundos das Tribos Perdidas.
Yusuf significa Yossef e Yusufzai quer dizer filhos de
Yossef. As tribos de Yossef são as tribos de Efraim e Menashe, que são uma
parte das Dez Tribos Perdidas de Israel. Também chamam a si mesmos Bnei
Israel, que significa filhos de Israel. Diz sua tradição que foram levados
para longe de seu antigo país de origem. Anteriormente foram pastores, em
busca de pasto para os animais, mas desistiram da vida nômade e
assentaram-se em aldeias comunitárias. Os yusufzai - que vivem no
Afeganistão têm costumes dos antigos israelitas e os pathans - que também
vivem no Afeganistão e no Paquistão, mantêm a tradição da circuncisão no 8º
dia, têm franjas nas túnicas, respeitam o sábado, observam a kashrut (leis
sobre dieta alimentar) e usam tfilin (filactérios), etc.
Tradição yaoshorul’itas na família real afegã: Não
apenas os pathans, mas também a Família Real afegã tem uma tradição muito
conhecida, reportando a sua origem no Yaoshor’ul antigo, vindos da tribo de
Benjamim/Ben’Yamin.
Esta tradição foi primeiramente publicada em
1635, num livro chamado Mahsan-I-Afghani e é freqüentemente mencionado na
literatura de pesquisa. De acordo com esta tradição, o rei Sha’ul tinha um
filho chamado Yarmi'yah, que tinha um filho chamado Afghana. Yarmi'yah
morreu na mesma época da morte do rei Shaul e Afghana foi criado pelo rei
Daoud, e permaneceu na corte real durante o reinado do rei
Shua’olmoh.
Aproximadamente 400 anos mais tarde, numa época de
desordem em Yaoshor’ul, a família de Afghana fugiu para um país chamado Gur,
na parte central do Afeganistão. Eles estabeleceram-se lá e fizeram negócios
com o povo da região, e no ano 662, com o advento do Islã, os filhos de
Yaoshor’ul em Gur converteram-se ao profeta com sete representantes de
Afghan, O líder dos filhos de Yaoshor’ul era Kish, como o nome do pai de
Sha’ul.]
De acordo com esta tradição, Maomé os
recompensou e o nome hebraico Kish foi mudado para Arab-A-Rashid, recebendo
a incumbência de divulgar o Islã entre seu povo. Estas são as raízes da
Família Real Afegã. Assim, a Família Real Afegã tem a tradição do Yaoshor’ul
antigo - a tribo de Ben’Yamin.
Judeus afegãos: Embora a maioria dos integrantes
do oficialmente extinto Talebã jamais tenha visto um judeu, o Afeganistão
tinha, até pouco tempo, uma florescente comunidade judaica.
Em época tão recente quanto o início do século 20, mais
de 40 mil judeus na verdade ali viviam em paz, afirma Ken Blady, um educador
judeu, escritor e conferencista sobre o tema de judeus em áreas remotas do
mundo.
Hoje, porém, diz o presidente de Berkeley e autor de
Comunidades Judaicas em Locais Exóticos, existem lá apenas dois judeus
remanescentes. Quando o Talebã subiu ao poder em meados dos anos 90, o
Afeganistão - que certa vez fornecera imunidade aos judeus contra os
muçulmanos xiitas da Pérsia - carecia muito de judeus.
"Os judeus podiam ser encontrados no Afeganistão desde
os primeiros tempos bíblicos", afirma Blady, um estudioso e aficionado da
história que conduziu grande parte de sua pesquisa em Israel, através de
entrevistas com eruditos. Visitar o Afeganistão sob o governo do Talebã não
serviria para esclarecer muita coisa, acrescenta ele. "É possível que tenham
chegado ali com a dispersão das Dez Tribos de Israel, em 722 a.Y. Muitos
acabaram indo para lá após a destruição do Primeiro Templo”.
Quando Genghis Khan invadiu o Afeganistão no início do
século 13, e "demoliu totalmente aquele que era um país adiantado com
universidades liberais e de prestígio", também aniquilou uma grande parte
dos judeus que lá viviam. Porém, mais tarde, eles começaram a retornar aos
poucos, principalmente no século 19, quando os xiitas tentaram convertê-los
à força.
"Na Pérsia eles tiveram uma opção, entre a espada e a
conversão ao Islã", diz Blady. "O Afeganistão não era tão intolerante. Os
judeus não podiam ser convertidos à força". Entretanto, os judeus, cristãos
e zoroastristas eram constantemente lembrados de sua inferioridade. Não
tinham permissão de construir uma sinagoga mais alta que uma mesquita, e não
podiam montar cavalos, "que estavam reservados para as classes superiores."
A maioria dos judeus trabalhava em artesanato, tingindo
tapetes, ou como ambulantes, importadores e exportadores. "Tinham um lugar
rígido na sociedade, e geralmente eram protegidos pela lei. Assim como você
não chutaria um cachorro, não chutaria um judeu", observa o pesquisador.
Com a antiga e longa conexão dos judeus ao Afeganistão,
não é surpresa total que os colonizadores britânicos certa vez notassem
"algo invulgarmente judaico nos afegãos," diz Blady. "Eles usavam cachos e
xales, e diz-se mesmo que acendiam velas nas sextas-feiras à noite". Dezenas
de nomes e costumes pashtuns parecem judaicos, desde os nomes das tribos
pashtuns, Naftali e Asheri, até o costume pashtun de uma chupá (pálio)
nupcial e a circuncisão dos filhos no oitavo dia após o nascimento.
Mas apesar desta amálgama de tradição judaica, Blady
afirma ser falsa a alegação de algumas das tribos afegãs muçulmanas, de que
são descendentes das Dez Tribos Perdidas. O povo pashtun, do qual o Talebã
fazia parte, por exemplo, alega que eram judeus que foram convertidos ao
Islã por conselho de um outro judeu convertido ao Islã, um discípulo de
Maomé, durante o século oitavo, diz ele. Afirmam que a cidade de Cabul
"simboliza Caim e Abel" e que o nome Afeganistão é derivado do neto do Rei
Sha’ul da tribo de Ben’Yamin, Afghana.
Blady diz que isso é mitologia. "Eles são arianos,
curdos, iranianos, e de forma alguma são semíticos," afirma ele. Eles
criaram esta mitologia sobre si mesmos para dominar outros povos - para
dizer que, quando todos os outros eram primitivos e bárbaros, eles já eram
monoteístas". Blady diz que esta ascendência ariana deve-se em parte à época
em que os nazistas tentaram estabelecer solidariedade com os afegãos durante
a Segunda Guerra. "Eles começaram a jogar panfletos dos aviões para criar
inimizade e tensão para com os judeus." Muitos foram massacrados. Outros
fugiram para Bombaim, ou para Israel (antes de sua independência), para a
Itália, Inglaterra e os Estados Unidos, com a ajuda de várias organizações
judaicas. As poucas centenas de judeus remanescentes no Afeganistão depois
da 2ª Guerra Mundial saíram quando os soviéticos invadiram o país em 1979.
"Quando o Talebã chegou ao poder, havia apenas uma família judia restante.
Então, há mais ou menos dois anos, eles também conseguiram sair". Teria
então restado apenas dois judeus ali...
Este material foi pesquisado e coletado dos sites do
Beit Chabad do Brasil (www.chabad.org.br), uma instituição religiosa judaica
mundial, de Arimasa Kubo, um estudioso cristão japonês (www.new-tradition.org/)
e no artigo escrito por Aleza Goldsmith no Boletim Judaico do Norte da
Califórnia - EUA.
...Eu sou o bom apascentador; conheço as minhas
ovelhas, e elas Me conhecem, Jo
10:14.
JUDEUS NO BRASIL
Depois do Batismo Forçado em Portugal, no ano de 1497,
foi permitido aos cristãos-novos (os judeus recém-batizados) permanecerem em
Portugal, pois, oficialmente, já não eram mais judeus; eram agora católicos.
Muitos continuaram a praticar o judaísmo secretamente, o que constituiu uma
heresia. Em 1531, com a nomeação do primeiro Inquisidor de Portugal,
estabeleceu-se a Inquisição Portuguesa. Essa instituição tinha por
finalidade identificar e punir os indivíduos que traziam a heresia para
dentro da Igreja Católica e contaminavam os seus correligionários. Nesse
grupo de indivíduos se enquadravam os praticantes de feitiçaria, de crimes
de natureza sexual (bigamia e sodomia), protestantes e, principalmente,
judaizantes.
Com a descoberta do Brasil, uma grande leva de
cristãos-novos estabeleceu-se nas terras recém-descobertas. O historiador
Egon Wolf diz: “Não há dúvida que cristãos-novos – como foram designados os
recém-convertidos – começaram a chegar ao Brasil a partir de 1507, quando a
sua emigração do reino foi permitida”. (WOLF, Egon e Frieda.Fatos
Históricos e Mitos da História dos Judeus no Brasil. p. 16) Esses
imigrantes trouxeram consigo crenças e costumes judaicos, os quais seriam
transmitidos a seus descendentes..
Assim, preocupado com a disseminação de práticas
judaicas e com o estado espiritual dos habitantes da Colônia, o Santo
Ofício, enviou em 1591 um Visitador, um oficial encarregado de recolher
indícios, depoimentos, acusações e até suspeitos de judaísmo.
Egon Wolf, explica que “o fato de terem passado quase
cem anos desde o batismo forçado até a chegada do primeiro Visitador e a
falta de rabinos e conhecedores das leis judaicas – nem existiam mais livros
a respeito – explica que os conhecimentos de cerimônias e práticas do
judaísmo se tornavam bastante rudimentares. Sabia-se algo sobre o shabat,
sobre feriados, proibição de comer carne de porco ou peixes sem escamas, mas
a maior parte dos preceitos já eram esquecidos ou foi observado até
erradamente”. (ob. cit. p. 16) Como exemplo disso, o mesmo autor cita a
celebração do Yom Kipur, o Guijpur ou Dia Puro, que era comemorada por
alguns no 11o. dia após a lua nova de agosto e por outros no de
setembro. Isso se devia ao fato de desconhecerem um calendário judaico.
Entre os costumes criptojudaicos denunciados estava o
hábito de “fazer esnoga”, isto é, de se reunirem para celebrações religiosas
judaicas. “Esnoga” é a palavra em português arcaico para “sinagoga”, templo
religioso judaico. No engenho de Camarajibe, em Pernambuco, a três léguas de
Olinda, se reunia para essas celebrações um grande número de cristãos-novos.
O sinal convocando os membros dessa comunidade secreta para o ajuntamento
era uma pessoa que passava pela vila com um pé descalço e um pano amarrado
ao dedão do pé. Essa pessoa era chamada de “o campainha”. Foram denunciados
como campainhas Tomás Lopes, alfaiate; João Nunes, mercador; e Jorge Dias
Caia, calceteiro. Este último foi identificado pelos denunciantes como sendo
o sacerdote dos judeus.
Em Salvador, um grupo de mais de dez pessoas – que
formava um minian, o número de homens adultos necessário para o
início das rezas – costumava se reunir nas noites de sextas-feiras na Casa
de Gonçalo Nunes. Uma outra “esnoga secreta” se protegia bem: enquanto uns
membros rezavam em seu interior, outros vigiavam à porta para informar se
estranhos se aproximavam. Uma acusação revelou que nessa sinagoga chegou-se
inclusive a celebrar um casamento segundo a tradição judaica.
Em uma outra Casa, criptojudeus se reuniam nas
sextas-feiras à noite teoricamente para jogos de cartas, mas de fato para
rezas. A guarda do Shabat (ou Sábado) era um dos costumes mais comuns e
fáceis de observar. Entre os que o faziam estão: Bento Teixeira, o autor da
Prosopopéia, cristão-novo, homem muito culto, que ensinava leitura e
escrita, foi acusado de que “em todos os sábados o dito mestre não fazia
escola”; Branca Dias, que além de não trabalhar aos sábados, vestia nesses
dias a melhor vestimenta que tinha, jantava mais cedo, e comia um prato
diferente do que comia nos demais dias da semana.
Muitos dos costumes judaicos que se perpetuaram eram
referentes ao cotidiano das pessoas, aos usos domésticos, o que permitia que
eles passassem de uma geração a outra com tal naturalidade que sequer os
indivíduos se davam conta da origem deles. Foi esse o caso, por exemplo, das
irmãs Isabel, Luíza e Maria Casal, que não comiam coelho nem enguia, o que
constitui um preceito judaico que lhes fora ensinado pela mãe, a meia
cristã-nova, Grácia Fernandes. O uso de azeite, ao invés da banha de porco,
era considerado também uma prática de judaísmo. Branca Dias e Beatriz Mendes
foram acusadas por usarem azeite no preparo de seus alimentos.
Eram comuns as denúncias de que quando algumas pessoas
houvessem jogado fora toda a água dos potes de suas casas quando alguém
havia falecido nelas. Quando uma cristã-nova de nome Violante Dias faleceu,
sua enteada cortou-lhe as unhas das mãos e dos pés, lavou-a e em seguida lhe
amortalhou. Sua família, nos oito dias seguintes, não comeu carne, somente
peixe. Foram comuns as acusações de amortalhamento e de pedido dos
moribundos que fossem enterrados em terra virgem. A esposa de Gaspar Dias da
Vidigueira, residente em Porto Seguro, na Bahia, foi acusada em 1591 de ter
levado sua filha a uma ermida abandonada e oferecido dois pombos, passados
quarenta dias do nascimento desta. A Lei dada a Moisés prescreve que a
mulher, quarenta dias depois de dar à luz, deve ir ao templo e mandar
sacrificar animais para se purificar.
Esses são alguns casos de indivíduos do povo judeu e
praticantes do judaísmo no Brasil que foram delatados ao Santo Ofício. Citar
todos seria no mínimo uma tarefa extensa e desgastante, pois são dezenas de
milhares…
MANHATTAN
PODERIA TER SIDO NO BRASIL
Por Fábio Altman
Em que outra cidade do planeta alguém abre uma firma
com o nome de “Shleppers” (carregadores, em tradução do idiche) e todo mundo
sabe que se trata de uma empresa de mudança? Henri Sobel, presidente do
rabinato da Congregação Israelita Paulista, costuma recorrer a essa troça
para definir a influência dos 2 milhões de judeus em Nova York. Os milhões,
lá atrás, há exatos 350 anos, eram apenas 23 que tinham sido expulsos de
Recife. Em 7 de setembro de 1654, esses excluídos desembarcaram em Nova
Amsterdã, então entreposto da Companhia das Índias Holandesas na Ilha de
Manhattan – ali ajudariam a erguer a metrópole, a fundar a Bolsa de Valores,
a dar nova cara ao comércio. Tinham deixado o Brasil em 16 naus, rumo a
Amsterdã. No caminho, um dos navios foi saqueado. Detidos na Jamaica, os
viajantes foram resgatados por um pirata francês. Os quatro casais, duas
viúvas e treze crianças chegaram aos EUA sem nada. Fugiam dos portugueses
que, em Pernambuco, venceram os 24 anos de domínio holandês e impuseram a
perseguição a uma comunidade que abrira a primeira sinagoga das Américas num
pedaço de chão que chamaram Rua dos Judeus, entre 1636 e 1654, e hoje é a
Rua do Bom Jesus.
Sem espaço no Brasil para exercer o judaísmo – apenas
os marranos, como eram chamados aqueles judeus que se declaravam conversos
ao cristianismo, poderiam sobreviver – os 23 sefarditas decidiram enfrentar
o mar e o futuro. Em Nova York, fundaram uma sinagoga e, de certo modo, um
modo de vida na cidade. Ajudaram, sem exagero, a inaugurar também o
capitalismo americano. Esses três séculos e meio de história começam a ser
celebrados com pompa nos EUA. É um pouco de Brasil numa porção fundamental
da sociedade americana. O Centro de História Judaica de Nova York abrigará,
até dezembro, a mostra “Pernambuco: Gateway to New York” (Pernambuco: Portão
para Nova York), com fotos e montagens em 3-D, organizada pelo Arquivo
Histórico Judaico de Pernambuco. A Biblioteca do Congresso, em Washington,
apresentará uma coletânea de documentos raros de seu acervo a respeito
desses 350 anos dos judeus na América. Um livro, já lançado no Brasil, A
Ilha no Centro do Mundo, de Russell Shorto, narra a épica trajetória da
Manhattan holandesa.
Há mais: do lado de cá dessa conexão, a cineasta
pernambucana Kátia Mesel dá os retoques finais no longa O Rochedo e a
Estrela. Rochedo de Israel é o nome, em português, da primeira sinagoga
do Novo Mundo, a Zur Israel, no centro de Recife. O filme relata os anos de
judeus e cristãos-novos durante o governo do holandês Maurício de Nassau,
até a reconquista portuguesa e o exílio semita. Kátia tem um aforismo
curioso no cruzamento dos dois mundos, o de ontem
e o de hoje: “No século XVII, o Recife estava para Nova York assim como Nova
York está para o Recife no século XXI”. A capital pernambucana era a cidade
mais importante do continente, devido ao seu porto acolhedor e seguro, a
proximidade com a Europa e ao comércio de açúcar e pau-brasil, por meio da
poderosa Companhia das Índias Ocidentais.
“A saga desses judeus brasileiros rumo a Manhattan é um
drama de intolerância”, diz a historiadora paulista nascida na Polônia,
Anita Novinsky, do Laboratório de Estudos da Intolerância da USP. “Foram
expulsos pelo anti-semitismo português, tiveram vida dura com o governador
de Nova Amsterdã, a Nova York de então, Peter Stuyvesant, e só venceram
porque transformaram suas vidas em sinônimo de luta pelos direitos humanos,
pela liberdade da palavra e pela liberdade do comércio.” Fundaram a
Congregação Shearit Israel, a primeira estabelecida nos EUA, e a
transformaram num centro de idéias revolucionárias. Muitos dos membros da
comunidade, é verdade, passaram a traficar escravos da África negra – muitos
outros, cabe ressaltar, gritaram pela abolição. Há, entre eles, heróis da
guerra de independência de 1776. Além dos três mercadores, descendentes
daquele grupo pioneiro – Benjamin Mendes Seixas, Ephraim Hart e Alexander
Zuntz – que foram os pais da Bolsa de Valores de Nova York. “Os judeus
expulsos do Brasil abriram uma sinagoga nos EUA, difundiram idéias de livre
pensar e, no limite, inventaram uma metrópole”, diz Henri Sobel. “Pode-se
dizer que a coragem deles diante da adversidade foi a gênese da moderna Nova
York.”
FONTE: Isto
é - dinheiro 15/09/2004.
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