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SHEMA YSRAEL, YAOHUSHUA ELOHENU UL, YAOHUH ECHAD! Dt 6:4. Escuta Yaoshor'u! Yaohushua é o nosso Criador; o Eterno é um Só! |
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O flúor é um gás amarelo, venenoso e altamente corrosivo. É utilizado industrialmente para matar micróbios, mas também mata nossas células. O flúor é altamente reativo, por isso nunca se encontra puro na natureza, mas sempre combinado com outros elementos. Ele é tão reativo que pode corroer até o vidro, aço, ferro e alumínio. Juntamente com o mercúrio, o flúor encontra-se na lista das substâncias mais venenosas do planeta. O flúor, quando combinado a certos elementos químicos, é utilizado em várias áreas da atividade humana. O ácido fluorídrico (flúor e hidrogênio em água) é utilizado na indústria. Já o fluoreto de sódio encontra-se, em alta concentração, em venenos de rato e pesticidas; ao passo que em concentração mais baixa, ele é adicionado à sua pasta de dente. Outro composto de flúor, denominado hexafluorosilicato de sódio é adicionado à nossa água potável. Os especialistas afirmam, categoricamente, que a substância não é apenas segura, mas também previne cáries e melhora a saúde dos dentes. Por isso, a sua adição à água se tornou compulsória no Brasil! Os especialistas mencionam estudos comparando os índices de cáries em áreas fluoretadas versus não-fluoretadas, e que alegam demonstrar reduções dramáticas nas cáries em crianças, com diferenças de até 60%. Se isso fosse verdadeiro e se o flúor fosse, de fato, um composto seguro, estaríamos diante de uma substância milagrosa. Mas ainda assim, não se justificaria acrescentá-la compulsoriamente à água que bebemos. Nós estamos todos sendo medicados, sem o menor direito de opção. E como veremos a seguir, os indícios de que o flúor na água realmente diminui as cáries não são tão confiáveis. Além disso, diversos estudos demonstram, convincentemente, que a incidência de cáries é mais alta em regiões fluoretadas. No início do século 20, constatou-se, nos Estados Unidos, que crianças que habitavam certas regiões possuíam índices mais elevados de problema de manchas no esmalte dos dentes, que mais tarde passou a se chamar fluorose dentária. Estudos posteriores revelaram que a fluorose dentária era causada por altas concentrações de flúor que ocorriam naturalmente em alguns sistemas hídricos. Tais descobertas fizeram com que, em 1930, a Sociedade Odontológica Americana (American Dental Society) e o Departamento de Saúde Pública dos Estados Unidos, na pessoa do epidemiologista e dentista responsável, Dr. Trendley Dean, agissem em conjunto no sentido de retirar o flúor daquelas águas. Naquela mesma década, um outro personagem, o químico Gerald Cox, que trabalhava no Instituto Mellon (a família Mellon era proprietária da Aluminum Company of America, ALCOA), empunhou a bandeira de que uma pequena dose de flúor poderia não apenas evitar a fluorose dentária, mas também as cáries. Ele fez essas afirmações sem o embasamento de nenhum estudo sério - nem sequer em animais - e sugeriu que o suplemento de flúor poderia ser seguro e eficaz. Coincidentemente, um dos maiores dejetos da indústria de alumínio é o flúor. Devido à sua característica extremamente corrosiva e tóxica, a destinação do flúor era, na época, uma atividade perigosa e controversa, que custava milhões de dólares. Coincidentemente - mais uma vez - o fundador da ALCOA, Andrew Mellon, era também o Secretário do Tesouro dos Estados Unidos no início da década de 1930. E na época, o Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos era controlado pela Secretaria do Tesouro. Na segunda metade da mesma década de 1930, o Dr. Trendley Dean, aquele que retirou o flúor das águas contaminadas, acabou apoiando a adição de uma parte por milhão de flúor à água, como sendo um método eficaz de redução de cáries. Em 18 de setembro de 1943, a Associação Médica Americana (American Medical Association) advertiu que o flúor era um veneno poderoso, e que seu acúmulo na natureza poderia gerar conseqüências tóxicas, caso a água viesse a ser fluoretada. Em 1o. de outubro de 1944, o Journal of the American Dental Association também advertiu que "os potenciais danos pesavam mais que os potenciais benefícios". Naquele mesmo artigo, a Associação Odontológica Americana reconheceu que até mesmo concentrações de 1,2 a 3 ppm de flúor na água potável, poderiam estar associadas a "distúrbios do desenvolvimento dos ossos, como osteoesclerose, espondilose e osteoporose". Apesar de todas essas advertências, o Dr. Gerald Cox convenceu um dentista do estado de Wisconsin, Dr. J. J. Frisch, a promover ativamente a fluoretação da água potável, chegando a escrever um livro intitulado "A Luta Pela Fluoretação". Segundo os historiadores, o dentista levou a bandeira adiante com um fanatismo religioso, transformando a questão em uma cruzada política. Segundo os registros das Audiências do Comitê Norte-Americano de Comércio Interestadual e Estrangeiro ocorridas entre 25 e 27 de maio de 1954, a ALCOA contratou, em 1944, um grande advogado, Oscar Ewing, por um mega-salário anual de 750 mil dólares, apesar da empresa não estar enfrentando, à época, grandes processos judiciais. Em 1947, por mais uma dessas coincidências, o advogado deixou empresa para aceitar o cargo de Administrador da Agência Federal de Segurança Norte-Americana. Uma das subsidiárias dessa agência era o Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos, que na década de 1930 se encontrara sob o controle direto de Andrew Mellon da ALCOA. O advogado fez grande alarde sobre sua saída altruísta de um emprego tão bem pago, para servir o povo em um cargo público. E lançou, ao mesmo tempo, uma campanha nacional vigorosa no sentido de promover a fluoretação de todo o fornecimento de água dos Estados Unidos. A campanha de fluoretação era um desafio gigantesco, de modo que Oscar Ewing contratou o maior mestre em relações públicas dos Estados Unidos: Edward L. Bernays. Ele é conhecido, até hoje, como o "Pai das Relações Públicas". Viveu 104 anos, de 1891 a 1995. Austríaco de nascimento, ele era, entre outras coisas, sobrinho de Sigmund Freud, o pai da psicanálise. No seu mais importante livro, intitulado "Propaganda", Bernays afirma: "A manipulação consciente e inteligente da opinião e dos hábitos das massas é um elemento importante na sociedade democrática. Seus manipuladores constituem um governo invisível dono do verdadeiro poder de comando sobre o país. Nós somos governados, nossas mentes são moldadas, nossos gostos são formados, nossas idéias são sugeridas, na maioria das vezes, por pessoas que nunca ouvimos falar. (...) Em quase todos os momentos da nossa vida, quer na política, quer nos negócios, quer no nosso comportamento social ou pensamento ético, nós somos dominados pelo número relativamente pequeno de pessoas (...) que compreendem os processos mentais e padrões sociais das massas. São essas pessoas quem manipulam os botões que controlam a mente pública." Além de seu trabalho na campanha da fluoretação para o Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos, ele trabalhou para um presidente dos Estados Unidos, para a Procter & Gamble, a CBS, a General Electric e a Companhia Americana de Tabaco, entre outros. A rota que ele visualizou para o sucesso da campanha de fluoretação envolvia, necessariamente, a aprovação da área médica e odontológica. Uma vez conquistada tal aprovação, a opinião pública se tornaria favorável. Utilizando todo o seu poder e influência, a equipe de fluoretação do Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos convenceu a prefeitura da cidade de Grand Rapids, em Michigan, a permitir que se fluoretasse o seu suprimento de água. Uma outra cidade, chamada Muskegon, não fluoretada, serviria de controle para comparar o experimento. O projeto teve início às 4 horas da tarde do dia 25 de janeiro de 1945 (apenas 3 meses após a publicação das advertências no Journal of the American Dental Association) e assim, Grand Rapids seria a primeira cidade da história a adicionar flúor à água potável. É importante observar que o projeto foi levado a cabo na ausência de quaisquer estudos publicados sobre a segurança em se adicionar flúor ao suprimento hídrico daquela cidade. Os seus habitantes se tornaram cobaias involuntárias. Os opositores da fluoretação foram rapidamente rotulados pelos mestres em relações públicas como sendo radicais, extremistas e paranóicos. De repente, a American Dental Association e o Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos começaram a apoiar a fluoretação indiscriminada, até mesmo antes de um único estudo do experimento de Michigan haver sido completado, demonstrando a segurança do procedimento ou a redução da incidência de cáries. Certamente que havia uma ótima razão para não se esperar pelos resultados finais: os resultados iniciais já demonstravam claramente que a incidência de cáries de Muskegon (não fluoretada) caira tanto quanto a de Grand Rapids (fluoretada). Aliás, as estatísticas mundiais demonstram que as cáries já estavam diminuindo em todos os países industrializados, muito antes da fluoretação, devido às melhores condições de nutrição e higiene. As contradições acima foram reconhecidas e documentadas em 1952 por um Deputado Federal do estado de Nebraska, Arthur Lewis Miller, que também era presidente do Comitê Especial de Substâncias Químicas nos Alimentos. Ele registrou a estranheza pelo amplo apoio da alta hierarquia do Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos à fluoretação, apenas 3 meses após a publicação de advertências recomendando extrema cautela. Ele também comentou a posição extremamente conveniente de Oscar Ewing como Administrador da Segurança Federal e advogado da ALCOA, empresa ansiosa por se livrar do lixo tóxico que é o flúor. No livro que escreveu sobre esse assunto (Fluoride: The Aging Factor), o Dr. John Yiamouyannis (Ph.D. em bioquímica, membro da International Society of Fluoride Research, ex-membro do corpo editorial da revista Fluoride e descobridor da relação entre flúor e câncer) conta que os dentistas dissidentes recebiam censuras ou até chegavam a perder o seu registro pela Associação Americana de Odontologia. Conta também que os cientistas da área eram controlados pelas verbas de pesquisa do Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos, e todos aqueles que criticavam a fluoretação viam suas verbas secarem. Essa tática, por sinal muito eficiente, ainda é utilizada em muitas outras áreas da ciência totalmente politizada dos dias de hoje. Na década de 1960, o Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos contratou um especialista em fluoretação chamado John Small, cujo trabalho era cortar pela raíz toda e qualquer crítica com relação à fluoretação, nem que para isso precisasse perturbar a vida, intimidar e até destruir a carreira profissional de qualquer um que falasse publicamente sobre os perigos da fluoretação. O próprio Dr. John Yamouyannis, à época editor do maior serviço mundial de informações químicas, o Chemical Abstracts Service, conta em seu livro que, após escrever revisões científicas contendo críticas à fluoretação, o Dr. John Small entrou em contato com o seu superior, que por sua vez o advertiu que estaria ameaçada uma verba federal de 1 milhão e cem mil dólares, caso ele não cessasse suas críticas à fluoretação. Após diversas advertências, e não tendo diminuído a divulgação da verdade sobre os perigos da fluoretação, o Dr. Yamouyannis foi forçado a pedir demissão. Em 1978, seus testemunhos perante os tribunais do estado da Pensilvânia convenceram o juiz a proibir a fluoretação de todo o suprimento de água da região. Imediatamente em seguida, em 1979, a Associação Americana de Odontologia publicou um artigo, conhecido como "White Paper on Fluoridation", uma espécie de bíblia que estabeleceu os parâmetros sobre como lidar com inimigos da fluoretação dali por diante. Os opositores seriam oficialmente rotulados como não qualificados para opinar sobre o assunto. Diz o artigo: "Os dentistas, individualmente, devem se convencer de que não precisam estar a par dos relatos científicos sobre fluoretação, para que se tornem participantes ativos da mesma; sendo que a não-participação configura flagrante negligência". Em outras palavras, feche os olhos para o que diz a ciência e faça como nós mandamos. O artigo sugere aos dentistas que convençam seus pacientes que atuam na política, durante as consultas, a respeito das virtudes e eficácia da fluoretação. E sugere que a Agência de Proteção Ambiental, o Centro de Controle de Doenças, os Centros Nacionais de Estatísticas de Saúde, o Instituto Nacional de Pesquisas Odontológicas e as sociedades odontológicas estaduais americanas trabalhem em conjunto na implementação da fluoretação. O mesmo artigo contém até uma sugestão de como traçar o perfil de comportamento dos opositores, de modo a lidar melhor com eles. Os debates públicos sobre a segurança da fluoretação deveriam ficar a cargo do Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos e dos departamentos de saúde dos estados, os quais assegurariam ao público que não existem estudos indicando problemas com a adição de pequenas quantidades de flúor à água. Obviamente, isso não é verdade. Desde a década de 1960, há estudos científicos mostrando que a substância pode ser tóxica até mesmo dentro das baixas concentrações propostas. Em 1974, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos estipulou a concentração máxima permissível de flúor como sendo de 1,4 ppm para regiões de clima mais quente e 2,4 ppm para regiões mais frias. A razão da disparidade se deve ao acúmulo da substância tóxica, a qual permanece no organismo por muito tempo após a ingestão. No caso do flúor, a preocupação é com acúmulos nos ossos. Pessoas que moram em regiões mais quentes bebem mais água e, portanto, ingerem e armazenam quantidades maiores de flúor, em comparação aos habitantes de regiões mais frias. A Associação Odontológica Americana (American Dental Association) não se conformou com o fato da Agência de Proteção Ambiental considerar como sendo quase tóxicos os níveis de flúor adicionados à água potável, e pediu a ela que elevasse os critérios de concentração tóxica para 8 ppm, a fim de diminuir eventuais temores com relação ao programa de fluoretação. Em resposta, a Agência de Proteção Ambiental instaurou uma comissão de inquérito, convidando representantes da Associação Odontológica para depor. Durante as audiências, foi exibida a foto de uma criança com os dentes horrivelmente quebrados e repletos de erosões causadas pela fluorose, após exposição a 4 ppm de flúor proveniente de uma fonte natural. A representante da Associação Odontológica, Dra. Lisa Watson, em seu depoimento, declarou que tal caso não se tratava de um problema de saúde significativo, mas apenas de um problema meramente cosmético. O inquérito colheu, também, um relatório do governo americano afirmando que a fluorose dentária jamais ocorria com níveis de flúor abaixo de 2 ppm - o que não é verdade. Ao final do inquérito, a Agência de Proteção ambiental não se convenceu e recusou-se, por 10 votos a 2, a elevar os limites tóxicos para 8 ppm, mantendo os limites em 1,4 a 2,4. Porém, mais tarde, graças a influências da indústria e do governo, e sem o conhecimento nem o consentimento da comissão de inquérito, acabou-se por elevar o limite de toxicidade para 4 ppm. Conforme vimos até agora, iniciou-se, cerca de 60 anos atrás, um grande movimento, por parte das autoridades americanas, no sentido de se adicionar o flúor à água potável de toda a população. O Brasil acabou aderindo a esse movimento. Hoje, a adição do flúor à água é obrigatória. No entanto, uma série de documentos que foram mantidos em sigilo por mais de 50 anos pelo governo dos Estados Unidos, sob a alegação de "segurança nacional", foram liberados, descobertos e levados ao conhecimento público em 1998 pelos jornalistas norte-americanos Joel Griffiths (especializado em assuntos médicos, radicado em Nova York, autor de trabalhos sobre os primeiros experimentos com radiação em seres humanos) e Chris Brighton (detentor de mestrado em jornalismo e repórter independente para uma série de emissoras, como o canal público de televisão de Nova York, a ABC-TV e a rádio BBC). Como veremos abaixo, tais documentos trazem um novo enfoque às origens das medidas até hoje controversas, no sentido de fluoretar compulsoriamente a água da população. Ao mesmo tempo, revelam a conexão entre a fluoretação e o início da era nuclear. As alegações de que a fluoretação é segura e, principalmente, a obrigatoriedade da mesma, precisam ser revistas em função de documentos do Projeto Manhattan - programa militar ultra-secreto dos Estados Unidos, da época da 2a Guerra Mundial, e que resultou na fabricação da primeira bomba atômica. Segundo essa documentação, cientistas envolvidos no programa nuclear dirigiram e moldaram, secretamente, os primeiros experimentos de fluoretação. De acordo com tais documentos, o flúor era, um componente-chave para a produção da Bomba. Quantidades imensas da substância, da ordem de milhões de toneladas, eram e continuaram sendo necessárias para a fabricação de urânio e plutônio, durante todo o período da guerra fria. O flúor, substância entre as mais tóxicas conhecidas pelo homem, acabou despontando, na época, como sendo a principal ameaça à saúde em conseqüência do programa da bomba atômica, tanto para as pessoas envolvidas em sua fabricação, quanto para as populações vizinhas. Coincidentemente, o s documentos revelam que a maioria das "provas" de que o flúor seria seguro em baixas doses, foi gerada por cientistas envolvidos no Projeto Manhattan, e que receberam, secretamente, ordens para providenciar "evidências úteis em caso de litígio" da população contra empresas emissoras de flúor na atmosfera. Por incrível que pareça, segundo tais documentos, os primeiros processos judiciais contra o programa nuclear americano não foram por causa da radiação, mas sim do flúor! Era preciso que se realizassem estudos em seres humanos. Os pesquisadores do programa nuclear lideraram a implementação do mais extenso de todos os estudos sobre os efeitos da fluoretação da água potável, na cidade de Newburgh, estado de Nova York, entre 1945 e 1955. Em uma operação ultra-secreta que recebeu o codinome "Programa F", eles analizaram, secretamente, o sangue dos habitantes, com a cooperação da Secretaria Estadual da Saúde de Nova York. A versão original (e que foi mantida sigilosa por 50 anos) de um estudo realizado por esses cientistas e publicado na edição de agosto de 1948 do Journal of the American Dental Association (vol. 37, no. 2, págs. 131-140), revela que a divulgação dos efeitos adversos do flúor foi censurados pela Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos por razões de "segurança nacional". Os estudos da segurança do flúor foram conduzidos na Faculdade de Medicina da Universidade de Rochester - a mesma onde ocorreu um dos mais notórios experimentos de radiação do período da Guerra Fria, no qual pacientes receberam, sem seu conhecimento, injeções de plutônio radioativo - com os mesmos padrões éticos, em que prevalecia a "segurança nacional". O conflito de interesses do governo dos Estados Unidos, bem como a sua motivação no sentido de comprovar a segurança do flúor em meio ao furioso debate sobre o assunto, iniciado na década de 1950, somente veio à tona há pouco tempo. O conteúdo dos documentos, liberados do sigilo, começa a se tornar conhecido por profissionais de saúde, pela mídia e pela população mundial, gerando grandes dúvidas a respeito dos efeitos do flúor no ambiente. A ingestão do flúor vem aumentando nas últimas décadas, não apenas por causa da água e das pastas de dentes fluoretadas, mas também pela poluição industrial. O impacto pode ser visto nos sorrisos das pessoas. De acordo com dados do Conselho Nacional de Pesquisa dos Estados Unidos, a fluorose dentária, cujo primeiro sinal visível são manchas ou listras esbranquiçadas nos dentes da frente, chega a atingir 80% das crianças em algumas cidades. Um problema menos divulgado é que o flúor também se acumula nos ossos. Ortopedistas pediátricos vêm manifestando preocupação quanto ao aumento das chamadas fraturas de stress em crianças e adolescentes nos Estados Unidos. Fraturas de stress são aquelas que os ossos se quebram expontaneamente, pelo simples ato de pular ou correr. A Dra. Phyllis Mullenix, ex-chefe de toxicologia do Forsyth Dental Center em Boston, realizou pesquisas com animais e concluiu, no início da década de 1990, que o flúor poderia possuir um efeito muito tóxico para o sistema nervoso central e interferir na função do cérebro, mesmo quando administrado em baixas dosagens. Seu estudo, intitulado "Neurotoxicidade do Fluoreto de Sódio em Ratos, foi publicado em uma revista científica (Neurotoxicology and Teratology, vol. 17, no. 2, págs. 169-177). Espantada com a incrível escassez de estudos científicos sobre esse assunto, a pesquisadora solicitou verbas dos Institutos Nacionais de Saúde (National Institutes of Health) no sentido de dar continuidade às suas pesquisas. Qual foi a surpresa dela, quando seu pedido foi recusado, sob a alegação de que "o flúor não possui efeitos negativos no sistema nervoso central". Os documentos desarquivados do Projeto Manhattan mostram o contrário. Lê-se, em um memorando carimbado com a palavra "SECRETO", datado de 29 de abril de 1944: "Evidências clínicas sugerem que o hexafluoreto de urânio pode ter um efeito marcante no sistema nervoso central (...) Parece mais provável que o fator causador de tais efeitos seja o componente F [símbolo do flúor]". O memorando foi escrito por um capitão do corpo médico, para o chefe da área médica do Projeto Manhattan, Coronel Stafford Warren. Lê-se, também, no memorando, um pedido para que seja aprovada uma certa proposta, em anexo, para pesquisa em animais. Tal proposta, anexada ao memorando, fora feita pelo chefe dos estudos de toxicologia do flúor da universidade de Rochester, Dr. Harold C. Hodge. A proposta em si não se encontra à disposição do público, portanto deve estar sendo mantida em sigilo até hoje. Diz o memorando, referindo-se a ela: "Sendo essencial o manuseio desses compostos químicos, torna-se necessário conhecer, de antemão, os possíveis efeitos mentais após a exposição (...) Isso se aplica não apenas para proteger um dado indivíduo, mas também para evitar que um operário com sintomas de confusão mental venha a causar danos a outros, graças ao cumprimento inadequado de suas funções". No mesmo dia, a proposta foi aprovada. O ano era 1944. A 2a. Guerra Mundial estava no auge e os esforços para a construção da bomba atômica eram totais. Para que fossem aprovadas, naquele momento, pesquisas sobre os efeitos do flúor no sistema nervoso, o que quer que estivesse escrito naquela proposta deveria ter sido muito convincente. Porém, apenas o memorando, e não a proposta, se tornou público. Interessante observar que a Dra. Mullenix teve sua proposta de pesquisa recusada em 1995 por um órgão governamental que tinha posse de tais documentos, e ainda assim alegou a ausência de efeitos do flúor no sistema nervoso central. Meio século após o memorando, a Dra. Mullenix foi apresentada a um cientista que serviria de consultor para suas pesquisas com o flúor. O nome dele era Harold C. Hodge. Declara a Dra. Mullenix em sua entrevista aos jornalistas Joel Griffiths e Cris Bryson: "Embora devesse estar me ajudando, ele jamais mencionou a pesquisa realizada por ele mesmo para o Projeto Manhattan". Em 1944, uma emissão particularmente severa de vapores de flúor ocorreu próximo a uma indústria química (E. I. DuPont de Nemours), que estava produzindo toneladas da substância para o projeto Manhattan, na cidade de Deepwater, em Nova Jersey. As fazendas das proximidades, conhecidas pela boa qualidade de seus produtos, começaram a ter sérios problemas: seus pêssegos e tomates queimaram. Seus frangos morreram após um temporal. Seus cavalos adoeceram e se tornaram enrijecidos. Suas vacas não tinham forças sequer para se levantar. Um memorando datado de 27 de agosto de 1945, assinado pelo chefe do Projeto Manhattan, o general Leslie R. Groves, e endereçado ao Comando Geral do Exército no Pentágono, trata sobre a investigação de danos às plantações em uma cidade de Nova Jersey, e diz: "Mediante à solicitação do Secretário de Guerra, o Departamento de Agricultura [equivalente ao nosso Ministério da Agricultura] concordou em cooperar na investigação de queixas de danos às plantações atribuídas (...) a gases emitidos por uma fábrica que opera em conexão com o Projeto Manhattan". Após o fim da guerra, o Dr. Harold Hodge, chefe das pesquisas de toxicologia do flúor do Projeto Manhattan, escreveu um memorando secreto (que somente veio ao conhecimento público na metade da década de 1990), datado de 1o. de março de 1946, para seu superior, o Coronel Stafford L. Warren, a respeito de "problemas associados à questão da contaminação da atmosfera pelo flúor, em uma certa região de Nova Jersey". "Parecem existir quatro problemas distintos, embora relacionados entre si: 1. A questão dos danos à safra de pêssegos de 1944; 2. Um relato de concentrações extraordinariamente altas de flúor nos vegetais cultivados nessa região; 3. Um relato de altas concentrações de flúor no sangue de seres humanos residentes dessa região; 4. Um relato sobre sério envenenamento de cavalos e gado nessa região." Os fazendeiros de Nova Jersey, por sua vez, começaram a processar a DuPont e o Projeto Manhattan, após o fim da Guerra, pelas perdas e danos causados causados pelo flúor. Estes são, documentadamente, os primeiros processos contra o programa nuclear dos Estados Unidos. Embora aparentemente triviais, estes processos causaram grande preocupação na esfera governamental - pelo menos é assim que revelam os documentos que permaneceram secretos até os anos 1990: uma série de reuniões secretas aconteceram em Washington entre o chefe do Projeto Manhattan, General Leslie R. Groves e cientistas, representantes do Departamento de Guerra dos Estados Unidos, do Projeto Manhattan, do FDA (Food and Drug Administration, órgão regulamentador dos alimentos e remédios), dos ministérios da Agricultura e da Justiça, do Serviço de Guerras Químicas, do Arsenal Edgewood e também advogados da DuPont. Os memorandos dessas reuniõess, revelam uma mobilização ampla e secreta de toda uma força governamental no sentido de ganhar os processos abertos pelos fazendeiros de Nova Jersey. Em um memorando datado de 2 de maio de 1946, lê-se que as agências governamentais "estão realizando investigações científicas a fim de obter indícios que possam ser utilizados para proteger os interesses do governo no julgamento dos processos gerados pelos proprietários de plantações de pêssegos em Nova Jersey". No tocante aos mesmos processos, o general Leslie R. Groves escreveu um memorando datado de 28 de maio de 1946, ao Comitê Especial de Energia Atômica do Senado dos Estados Unidos, declarando que "o Ministério da Justiça está cooperando na defesa desses processos". Qual a causa de tamanho rebuliço sobre alguns poucos processos abertos por meia dúzia de fazendeiros de Nova Jersey? Em 1946, os Estados Unidos iniciaram a produção em larga escala de bombas atômicas, e os processos envolvendo o flúor constituíam um sério bloqueio à sua estratégia. De acordo com o livro Day of Trinity, sobre a história do Projeto Manhattan, escrito por Lansing Lamont, "A ameaça de um número infinito de processos pairava como uma assombração sobre o exército". Em outras palavras, se os fazendeiros ganhassem, o caminho estaria aberto para muitos outros processos, que poderiam acabar por impedir a utilização do flúor pelo programa de energia nuclear. Além das enormes indenizações, haveria um sério problema de relações públicas. Nesse aspecto, de acordo com um memorando de 1o. de março de 1946, a DuPont encontrava-se particularmente preocupada com "possíveis reações psicológicas" do incidente de Nova Jersey: temendo um embargo do FDA (Food and Drug Administration, órgão regulador dos alimentos e remédios nos Estados Unidos) à safra daquela região devido ao "alto conteúdo de flúor", a DuPont enviou seu advogado aos escritórios do FDA em Washington, para uma reunião. De acordo com um memorando datado do dia seguinte (2 de março), o advogado da DuPont argumentou que "em vista dos processos pendentes (...) qualquer ação por parte do FDA (...) poderia acarretar sérios efeitos sobre a DuPont e criar uma situação ruim de relações públicas". Após essa reunião, o Capitão John Davies, do Projeto Manhattan, abordou o chefe da divisão de alimentos do FDA e comunicou o "substancial interesse que o governo possui em reclamações que possam surgir como resultado de uma possível ação por parte do FDA". Não houve embargo. Ao invés disso, de acordo com um memorando de 27 de agosto de 1946 assinado pelo General Leslie R. Groves, novos testes seriam realizados com o flúor na região de Nova Jersey, não pelo Departamento de Agricultura, mas pelo Serviço de Guerra Química do exército dos Estados Unidos (CWS: Chemical Warfare Service), pois "o trabalho realizado pelo CWS traria provas de maior peso, caso (...) processos fossem iniciados pelos reclamantes". No entanto, o problema de relações públicas permanecia, pelo menos com relação aos fazendeiros e cidadãos das áreas acometidas de Nova Jersey. O portador da solução mais ampla para esse problema foi o toxicologista-chefe do Projeto Manhattan, Dr. Harold C. Hodge. Em um memorando para o chefe do setor médico, Coronel Stafford Warren, datado de 1o. de maio de 1946, ele escreve: "Haveria alguma utilidade em se tentar contra-atacar o medo do flúor por parte dos moradores de Salem e Gloucester, através de palestras sobre a toxicologia do flúor, e quem sabe a utilidade do flúor na saúde dos dentes?" Tais palestras de fato ocorreram, não apenas em Nova Jersey, mas em todos os Estados Unidos, durante todo o período de duração da Guerra Fria. Enquanto isso, os processos foram bloqueados pela recusa do governo em revelar a informação-chave, de quanto flúor teria sido despejado na atmosfera durante a Segunda Grande Guerra. De acordo com um memorando datado de 24 de setembro de 1945 e escrito pelo Major C. A. Taney Jr., do Projeto Manhattan, "Tal revelação seria prejudicial à segurança militar dos Estados Unidos". Os fazendeiros acabaram concordando em fazer acordos financeiros, e as queixas foram esquecidas. Um memorando de 2 de maio de 1946, do General Leslie R. Groves, diz: "Devido às queixas de danos causados pelos vapores de fluoreto de hidrogênio a seres humanos e animais na região de Nova Jersey, (...) a Universidade de Rochester está conduzindo experimentos para determinar o efeito tóxico do flúor". Muitas das "comprovações" alegando a segurança do flúor em baixas doses, saíram dos experimentos realizados pela Universidade de Rochester no período pós-Guerra. O envolvimento de universidades particulares em pesquisas de larga escala patrocinadas pelo governo federal dos Estados Unidos, data da 2a Guerra Mundial. Naquela época, o New York College abrigou uma divisão do Projeto Manhattan, que estudou os efeitos de "materiais especiais", como urânio, plutônio, berílio e flúor, utilizados na fabricação da bomba atômica. Essas pesquisas continuaram no pós-Guerra, sob os auspícios da Comissão de Energia Atômica, sucessora do Projeto Manhattan. De acordo com o livro The Cold War and the University, de Noam Chomsky, entre o final da década de 1940 e da década de 1950, até 90% de todas as verbas federais para pesquisas em universidades partiram ou do Departamento de Defesa, ou da Comissão de Energia Atômica. A Faculdade de Medicina da Universidade de Rochester passou, durante essa época, a ser freqüentada por un grande número de cientistas do programa nuclear. Faziam parte do corpo docente o Dr. Stafford Warren, principal oficial médico do Projeto Manhattan, e o Dr. Harold C. Hodge, toxicologista e chefe das pesquisas com o fluor do programa da bomba atômica. Os estudos secretos do flúor realizados pela Universidade de Rochester, que receberam o nome-código de Programa F, iniciaram-se durante a Guerra e continuaram até o início dos anos 1950. Esses experimentos foram conduzidos no mesmo local (Strong Memorial Hospital) em que ocorrera um dos mais notórios experimentos de radiação em seres humanos de toda a Guerra Fria. Naquele insuspeito hospital, pacientes receberam, sem seu conhecimento, injeções de plutônio radioativo. A revelação desses experimentos em uma série de matérias publicadas em um minúsculo jornal do Colorado (tiragem de 35 mil exemplares) rendeu à jornalista Eileen Welsome o Prêmio Pulitzer em 1994, além de uma indenização multimilionária às famílias das vítimas. O objetivo do Programa F não era a saúde dos dentes das crianças, mas sim fornecer munição científica para uso do governo e empresas particulares envolvidas no programa nuclear, em casos de processos relacionados ao flúor. Tal objetivo encontra-se explícito em um relatório de 1948: "O fornecimento de evidências úteis nos litígios gerados pelos alegados danos a plantações de frutas há vários anos, deixou uma série de problemas em aberto. Dado que níveis excessivos de flúor foram relatados em seres humanos, moradores da mesma região, nosso principal esforço tem sido de descrever a relação da concentração sangüínea do flúor com os seus efeitos tóxicos". O problema é que as pesquisas estavam sendo realizadas por uma parte envolvida: os acusados! O conflito de interesses é muito claro! Infelizmente, muitos dos estudos comprovando a segurança do flúor resultaram de pesquisas realizadas por cientistas do Programa F, na Universidade de Rochester. O próprio diretor do Programa F era ninguém menos que o Dr. Harold C. Hodge, aquele mesmo que havia levado a cabo as investigações do Projeto Manhattan sobre a toxicidade do flúor na região de Nova Jersey. A Universidade de Rochester emergiu, no período pós-Guerra, como a instituição acadêmica líder na pesquisa da segurança do flúor, bem como da sua eficácia contra as cáries. O Dr. Harold C. Hodge tornou-se, ao mesmo tempo, um dos principais proponentes da fluoretação da água. Da mesma forma que o programa da bomba atômica requereu experiências com plutônio em seres humanos, ele também requereu estudos com o flúor. A adição dessa substância à água potável forneceria justamente uma oportunidade neste sentido. Os cientistas do programa nuclear exerceram um papel fundamental no primeiro experimento de fluoretação da água ocorrido na cidade de Newburgh, estado de Nova York. O assim chamado Projeto-Demonstração de Newburgh é considerado o estudo mais abrangente sobre os efeitos da fluoretação na saúde, e fornece muitas das provas originais da segurança da utilização de baixas doses da substância, para os ossos, assim como sua eficácia dentária. O planejamento do Projeto iniciou-se em 1943, com a nomeação de um Comitê Especial da Secretaria da Saúde do Estado de Nova York, cuja missão era a de estudar o quão prudente seria a adição do flúor à água potável daquela cidade. Detalhe: o chefe do comitê era ele - de novo - o Dr. Harold C. Hodge. Entre os demais membros do Comitê, estavam o médico e Capitão Henry L. Barnett, da divisão médica do Projeto Manhattan, e John W. Fertig, que em 1944 pertenceu ao Office of Scientific Research and Development, criado em 1940 e precursor do Projeto Manhattan. As ligações destes indivíduos com as forças armadas foram mantidas em sigilo. O Dr. Harold C. Hodge era "farmacologista", e o Dr. Henry L. Barnett, "pediatra". Por fim, o Comitê - como seria de se esperar - recomendou que a água da cidade de Newburgh fosse fluoretada, selecionou os tipos de estudos médicos que seriam realizados, e forneceu a "orientação de peritos no assunto" durante toda a duração dos estudos. O chefe do Projeto-Demonstração de Newburgh era o Dr. David B. Ast, dentista-chefe da Secretaria de Saúde de Nova York. De acordo com memorandos que deixaram de ser secretos após 50 anos, o Dr. Ast participou de uma conferência secreta do Projeto Manhattan sobre o flúor em janeiro de 1944, e mais tarde trabalhou lado a lado com o Dr. Harold C. Hodge nas investigações do incidente de Nova Jersey. A questão principal a ser respondida pelo Projeto-Demonstração de Newburgh era: "Existem quaisquer efeitos cumulativos, benéficos ou não, nos órgãos e tecidos que não os dentes, advindos da exposição continuada e a longo prazo ao flúor em baixas concentrações?" Essa também era a questão de interesse fundamental para o programa de energia nuclear, uma vez que a fabricação da bomba atômica requeria uma exposição longa e continuada não apenas de trabalhadores, mas também de comunidades próximas a locais de emissão de flúor, durante toda a Guerra Fria. Em maio de 1945 a água de Newburgh foi fluoretada, e durante os 10 anos seguintes, seus habitantes foram estudados pela Secretaria da Saúde do Estado de Nova York, e também - secretamente - pelo Programa F. Os estudos enfocavam a quantidade de flúor retida no sangue e tecidos. Amostras de sangue e placenta foram coletadas pelo Dr. David B. Overton, e enviados pela equipe do Programa F à Universidade de Rochester. O relatório final do Projeto-Demonstração de Newburgh foi publicado em março do ano de 1956, no Journal of the American Dental Association, volume 52 (Hodge, HC: Fluoride metabolism: its significance in water fluoridation, em Newburgh-Kingston caries-fluorine study: final report). A conclusão: Em "baixas concentrações", o flúor é seguro à população. A comprovação biológica, "baseada nos trabalhos realizados (...) na Universidade de Rochester", foi fornecida pelo Dr. Harold C. Hodge. Teriam os estudos de Newburgh, assim como outros estudos de larga escala que se sucederam, com a participação de cientistas envolvidos no programa nuclear durante todo o período da Guerra Fria, suprimido resultados de efeitos adversos à saúde? Todos os estudos patrocinados pela Comissão de Energia Atômica tiveram de receber versões liberadas do sigilo antes de serem publicados em revistas científicas civis. Onde se encontram as versões originais sigilosas? Os anais de uma das mais secretas conferências científicas do período da 2a Grande Guerra, sobre o "metabolismo do flúor", encontram-se ausentes, até hoje, dos Arquivos Nacionais dos Estados Unidos. Alguns dos participantes desta conferência, datada de janeiro de 1944, foram personagens importantes na promoção da fluoretação da água e da segurança do uso do flúor: Harold C. Hodge, David B. Ast, e o dentista Trendley Dean, mais conhecido como o "pai da fluoretação". Encontra-se indisponível, também, um relatório sobre fluoretação do Projeto Manhattan, datado de 25 de julho de 1944. Os quatro documentos numericamente consecutivos a este também se encontram ausentes, de acordo com a pesquisa dos jornalistas Joel Griffiths e Chris Bryson, que desvendaram a conexão entre o flúor e o programa da bomba atômica dos Estados Unidos. Sete páginas foram suprimidas de um livro de anotações do programa nuclear, em Rochester, denominado "Litígio DuPont". Os jornalistas acima descobriram a versão original, sigilosa, de um artigo que fora publicado em agosto de 1948 no Journal of the American Dental Association. A comparação dessa versão com a versão publicada indicou que a Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos censurou uma série de informações sobre danos causados pelo fluor, de um modo que seria cômico se não fosse trágico. O estudo era sobre a saúde geral e dos dentes de trabalhadores de uma fábrica de flúor para o programa da bomba atômica, e a conclusão da versão publicada foi que tais indivíduos apresentaram menos cáries. No entanto, a versão sigilosa relata que eles haviam perdido os dentes. Menos dentes, menos cáries! A versão sigilosa diz que os trabalhadores tinham de utilizar botas de borracha na fábrica, pois caso calçassem sapatos, tinham as unhas de seus pés desintegradas pelo vapor do flúor. A versão publicada não menciona tal fato. A versão secreta conclui que o flúor pode ter exercido ação semelhante sobre os dentes, contribuindo para que esses trabalhadores se tornassem desdentados. A versão publicada omite tal observação, e conclui que "os homens se encontravam excepcionalmente saudáveis, a julgar pelo ponto de vista médico e dentário". Cuide-se!!! |
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