Brincando de ser Ul'him...
Hawking: Acelerador de Partículas não
ameaça a Terra
09 de setembro de 2008 • 18h42 • atualizado às
19h36
Notícias
- Simulação de um buraco negro feita pela Cern
O físico britânico Stephen Hawking afirma que não há perigo de que, ao ser
acionado nesta quarta-feira, um gigantesco acelerador de partículas
construído sob os Alpes suíços possa criar um buraco negro capaz de engolir
o planeta (e o resto do sistema solar) em questão de minutos - como temem
alguns cientistas.
O acelerador, construído pela Organização Européia para Pesquisa Nuclear (Cern,
na sigla em francês) em um laboratório subterrâneo na fronteira franco-suíça,
perto de Genebra, foi batizado de LHC (sigla em inglês de Large Hadron
Collider - Grande Colisor de Hádrons).
O equipamento é o maior e mais complexo instrumento científico já
construído, e também o mais caro - com um custo estimado em US$ 8 bilhões.
O LHC foi projetado para atirar partículas de prótons umas contra as outras
quase à velocidade da luz. Os cientistas esperam que a liberação maciça de
energia causada pelo choque das partículas seja capaz de recriar as
condições que existiam no universo imediatamente após o Big Bang.
Buraco negro
Temerosos, grupos de cientistas foram duas
vezes a tribunais europeus tentar impedir o acionamento do aparelho. Mas, em
entrevista à BBC, Hawking - um dos físicos mais respeitados do mundo -
afirma que o experimento não representa perigo: "Se as colisões no LHC
criarem um micro buraco negro, e isso é pouco provável, ele apenas evaporará
novamente, produzindo padrões característicos de partículas", disse o
físico. "Colisões com essas, e ainda maiores, quantidades de energia ocorrem
milhões de vezes por dia na atmosfera da Terra e nada terrível acontece",
acrescentou. Físicos esperam que o LHC ajude a resolver algumas das questões
mais fundamentais sobre a natureza do mundo, revelando os segredos da
chamada matéria escura.
"Partícula Deus"
Uma das questões que despertam maior
expectativa diz respeito à partícula de Higgs, também conhecida como
"partícula Deus", a mais procurada pelos físicos. Cientistas acreditam que
ela dê massa a tudo o que existe, e encontrá-la seria crucial para a nossa
compreensão do universo. Hawking, no entanto, diz ter apostado cem libras
(cerca de US$ 170) que o acelerador não vai encontrá-la. "Acho que vai ser
muito mais interessante se não encontrarmos (a partícula de) Higgs. Isso vai
mostrar que algo está errado, e que precisamos pensar de novo", afirmou.
"Fiz uma aposta de cem libras que não vamos encontrar a Higgs."
Na opinião de Hawking, o LHC também pode ajudar na identificação de
partículas que os físicos chamam de "super-parceiros", ou "parceiros
supersimétricos" para as partículas que conhecemos hoje. "Sua existência
seria uma confirmação importante da Teoria da Corda, e elas podem compor a
misteriosa matéria escura que mantém as galáxias juntas", afirma o físico
britânico. "O que quer que o LCH encontre, ou não encontre, os resultados
vão nos dizer muito sobre a estrutura do universo", acrescentou. "O LHC vai
aumentar quatro vezes a energia com que podemos estudar interações entre
partículas."
Altos custos
Na entrevista à BBC, Stephen Hawking também
rebateu as críticas dos que reclamam dos altos custos do projeto. "Ao longo
da história, as pessoas têm estudado ciência pura por causa de um desejo de
conhecer o universo, mais do que por aplicações práticas, ou ganhos
comerciais", afirma o físico. "Mas suas descobertas mais tarde trouxeram
grandes benefícios práticos". "É difícil ver um retorno econômico da
pesquisa do LHC, mas isso não significa que não haverá algum", acrescentou.
Quando perguntado se seria capaz de escolher entre o LHC ou o programa
espacial, Hawking disse que seria o mesmo que escolher "qual dos filhos
escolher para o sacrifício". "Tanto o LHC como o programa espacial são
vitais para que a raça humana não se embruteça e, finalmente, morra", afirma
o físico. "Juntos, eles custam menos do que 0,1% do PIB mundial". "Se a raça
humana não puder sustentar isso, não merece o epíteto 'humana'", comparou
Hawking.
Universos Paralelos
Cientistas tem comentado, embora com
cautela, que os experimentos da Cern estão se aventurando pelo terreno da
ficção científica especulativa: universos múltiplos, mundos paralelos e
buracos negros no espaço funcionando como elos entre esferas diferentes de
existência.
Hawking afirma que um universo paralelo pode ser muito diferente do que o
que conhecemos. "De acordo com a idéia da soma de histórias, de Richard
Feynman, o universo não apenas tem uma única história, como poderíamos
pensar, mas tem todas as histórias possíveis, cada uma com seu proprio
peso", diz o físico. "Algumas dessas histórias conterão criaturas como eu,
fazendo coisas diferentes, mas a vasta maioria das histórias será muito
diferente."
Prêmio Nobel
Em 1974, Stephen Hawking defendeu a idéia de
que devido a efeitos quânticos, buracos negros primordiais criados durante o
Big Bang poderiam "evaporar" por um processo hoje chamado de Radiação
Hawking, em que partículas de matéria seriam emitidas. De acordo com esta
teoria, quanto menor o tamanho do micro buraco negro, mais rápido o índice
de evaporação, resultando em explosões repentinas de partículas.
No passado, Hawking fez piadas e chegou a dizer que se o LHC realmente
criasse buracos negros, e mesmo se eles durassem muito pouco tempo, isso
poderia lhe valer um prêmio Nobel. Hoje, no entanto, o físico britânico diz
não acreditar que isso seja iminente. "Se
o
LHC produzisse pequenos buracos negros, não penso que haja qualquer dúvida
de que eu ganharia um prêmio Nobel, se eles mostrassem as propriedades que
eu prevejo", afirma Hawking. "No entanto, acho que a probabilidade de que o
LHC tenha energia suficiente para criar buracos negros é menor do que 1%",
acrescentou. "Então, não estou contando com isso."

Review 2012-13
Large Hadron Collider (LHC)
O Large Hadron Collider (LHC) é o mais
poderoso acelerador de partículas já construído. Com base no laboratório de
física de partículas europeu CERN , perto de Genebra, na Suíça, é o maior
laboratório do mundo e dedica-se à busca da ciência fundamental.
O LHC permite aos cientistas reproduzir as condições que existiam dentro de
um bilionésimo de segundo depois do Big Bang*.
Este é o momento, cerca de 14 bilhões de anos, quando acredita-se, que o
Universo tenha começado com uma explosão de energia e matéria. Durante este
primeiro momento do tempo as partículas e as forças que moldaram o nosso
Universo veio à existência.
Nota de oCaminho:
Como criacionistas, cremos que, primeiro, TUDO (a Criação) aconteceu não a
milhões de anos como quer a "ciência" e, segundo, não há um lapso de tempo
entre o "antes " e o "depois" da Criação, já que o tempo só foi criado no
quarto dia da criação; sendo assim, a narrativa de primeiro, segundo dias...
só seguiram os parâmetros instituídos pela criação descrita no relato do
terceiro dia... Portanto, o Verbo ordenou a Tudo passou a existir! Gn
1:14-19.
Cientistas recriam essas condições por colidir
feixes de prótons de alta energia ou íons de perto da velocidade da luz.
Isso ocorre dentro de 27 km circular 100m acelerador do LHC abaixo do solo.
Em 4 de julho de 2012, dois dos experimentos no LHC, ATLAS e CMS ,
anunciaram que tinham detectado um Higgs Boson-like . Novos anúncios desde
então confirmaram que ele é o bóson que os físicos têm procurado desde que
foi previsto há 50 anos. Esta é uma das maiores descobertas de nosso tempo
possibilitada pelas condições únicas do LHC.
Principais fatos
O LHC é exatamente o que seu nome sugere - um grande colisor de hádrons. A
rigor, LHC refere-se ao colisor; uma máquina que merece ser chamado
'grande', ele não só pesa mais de 38.000 toneladas, mas é executado por 27
km (16,5 m) em um túnel circular de 100 metros abaixo da fronteira francesa,
na Suíça em Genebra.
No entanto, o colisor é apenas uma das três partes essenciais do projeto do
LHC. Os outros dois são os seguintes:
- Os detectores, que ficam em 4 câmaras enormes em pontos ao redor
do túnel do LHC
- O GRID, que é uma rede mundial de
computadores e software essencial para o processamento dos dados registrados
pelos detectores do LHC
O Loop de 27 quilômetros do LHC em certo
sentido circunda o mundo, porque o projeto LHC é apoiada por uma enorme
comunidade internacional de cientistas e engenheiros. Trabalhando em equipes
multinacionais, no CERN e ao redor do mundo, eles estão construindo e
testando equipamentos e software LHC, participando de experimentos e análise
de dados. O Reino Unido tem um papel importante na condução do projeto e tem
cientistas e engenheiros trabalhando em todas as principais experiências.
O Universo começou com um Big Bang - mas nós não entendemos completamente
como ou por que ela se desenvolveu da maneira que fez. O LHC permite-nos ver
como a matéria se comportou em uma minúscula fração de segundo após o Big
Bang. Os pesquisadores têm algumas idéias sobre o que esperar - mas também
esperar o inesperado!
As pessoas às vezes se referem ao LHC
querer recriar o Big Bang, mas isso é enganoso. O que eles realmente querem
dizer é:
- Recriar as condições e energias que existiam logo após o início do Big
Bang, não o momento em que o Big Bang teve seu início.
- Recriando as condições em uma
microescala, não na mesma escala que o original Big Bang.
Estamos
recriando energias que estão sendo continuamente produzidos naturalmente
(por raios cósmicos de alta energia que atingem a atmosfera da Terra), mas
controladas e no interior de detectores sofisticados que monitoram o que
está acontecendo no instante - assim não há possibilidade de criação de um
novo Universo.
10 de setembro de 2013 • 07h17
LHC completa 5 anos com "partícula de Deus" e
teorias apocalípticas
No dia 10 de setembro de 2008, o maior
acelerador de partículas já concluído pelo ser humano ligava seus motores.
Ou melhor, seus 1.624 eletroímãs. Em cinco anos, o Grande Colisor de Hádrons
(LHC, na sigla em inglês) foi palco de uma das mais importantes descobertas
científicas, mas também de teorias apocalípticas.
A grande descoberta
O objetivo inicial do LHC era confirmar a
existência da "partícula de Deus" (ou "partícula deus"), como é chamado o
bóson de Higgs. Em 4 de julho de 2012, a Organização Européia para a
Pesquisa Nuclear, o Cern, anunciou a descoberta de uma partícula de 5
sigmas. Isso significa que havia uma chance em 3 milhões de não ser o bóson
de Higgs. Depois, a descoberta foi confirmada.
A partícula, que leva o nome do físico escocês Peter Higgs, um dos físicos
que teorizaram sua existência, era a última peça no quebra-cabeça do Modelo
Padrão, a teoria que descreve as partículas elementares. Conforme essa
teoria, os bósons são partículas que interagem com outras e criam as forças
fundamentais – forte e fraca, que atuam no núcleo atômico, e eletromagnética
(há ainda a gravidade, para a qual alguns teóricos defendem existir o
gráviton, ainda não comprovado). No caso do bóson de Higgs, as partículas
interagiriam com este e ficariam mais lentas – o que lhes daria massa.
Algumas partículas interagiriam mais – e teriam mais massa – e outras menos,
ou até nada, como no caso daquelas que são pura energia (por exemplo, o
fóton). O investimento no gigantesco acelerador de partículas alcançava seu
primeiro objetivo. Falta saber o que reserva o futuro.
Teorias apocalípticas
Nas
vésperas do acionamento do LHC, cientistas foram a tribunais europeus para
tentar evitar que o equipamento fosse ligado. O maior temor era de que a
colisão de partículas a altas energias criasse um buraco negro. O
astrofísico britânico Stephen Hawking teve que fazer declarações de que não
havia essa possibilidade. "Se as colisões no LHC criarem um micro buraco
negro, e isso é pouco provável, ele apenas evaporará novamente, produzindo
padrões característicos das partículas", disse o físico.
"Colisões como essas, e ainda maiores quantidades de energia ocorrem milhões
de vezes por dia na atmosfera da Terra e nada terrível acontece",
acrescentou. Em 2012, cientistas confirmaram a descoberta da partícula de
Deus...
Como funciona o LHC
O Grande Colisor de Hádrons é considerado o
maior instrumento científico já criado. Seu custo foi estimado em US$ 8
bilhões na época da inauguração. O LHC consiste em um túnel de 27
quilômetros de supercondutores magnéticos que aceleram partículas. Elas
percorrem tubos separados, próximo da velocidade da luz e em direções
opostas, para colidirem.
Além dos 1624 eletroímãs que aceleram e direcionam, outros são usados
para "aglutinar" as partículas e aumentar as chances de colisão. Segundo o
Cern, colidir duas partículas é como atirar duas agulhas a 10 quilômetros
uma da outra fazendo com que as duas batam no meio do caminho. "É agradável
ter razão", diz Higgs, autor de teoria da partícula de Deus
Para funcionar efetivamente, os eletroímãs
devem ser resfriados a -274,3°C (mais frio que no espaço). Por causa disso,
boa parte do acelerador consiste em um sistema de resfriamento que distribui
hélio líquido pelo túnel. O LHC é composto ainda por quatro
gigantescos
detectores – Atlas, CMS, Alice e LHCb. São nesses espaços que as partículas
colidem e deixam os rastros para os cientistas analizá-los. Cada detector é
composto de subdetectores, cada um para registrar uma característica (como
velocidade, massa e carga).
Alguns subdetectores são desenvolvidos para detectar tipos específicos de
partículas. Os múons, por exemplo, interagem muito pouco com a massa – podem
atravessar metros de material denso sem parar. Por isso, subdetectores de
múons compõem a camada mais externas dos detectores.
07/02/2014 - 18:01
Novo acelerador de partículas será sete vezes mais
potente
Organização
Europeia para a Pesquisa Nuclear pretende construir um novo colisor de
partículas circular para substituir o LHC, usado na descoberta do Bóson de
Higgs
A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear
(CERN) afirmou nesta quinta-feira que pretende construir um colisor de
partículas circular sete vezes mais potente do que o famoso LHC (sigla em
inglês para o Grande Colisor de Hádrons), que foi usado para a descoberta do
Bóson de Higgs, a chamada "partícula de Deus". Constituídos de grandes
túneis no interior dos quais partículas são aceleradas até quase atingir a
velocidade da luz, esses aparelhos ajudam a responder questões sobre a
criação do universo, a natureza da matéria e fenômenos exóticos observados
no espaço.
BÓSON DE HIGGS
]O bóson de Higgs é uma partícula subatômica
prevista há quase 50 anos. Descoberto em 2012, o bóson rendeu no ano
seguinte o Prêmio Nobel de Física ao britânico Peter Higgs e ao belga
François Englert. Trata-se de um elemento-chave da estrutura fundamental da
matéria.
LHC
O Grande Colisor de Hádrons (do inglês Large
Hadron Collider, LHC) é o maior acelerador de partículas do mundo, com 27
quilômetros de circunferência. Ele pertence ao CERN, o centro europeu de
pesquisas nucleares e está instalado na fronteira franco-suíça. Em seu
interior, partículas são aceleradas em até 99,9% da velocidade da luz. Os
experimentos ajudam a responder questões sobre a criação do universo, a
natureza da matéria e fenômenos exóticos observados no espaço.
As estimativas do CERN são de que o LHC
tenha mais vinte anos de vida útil. Como o desenvolvimento de um sucessor é
um processo demorado, eles já anunciaram que pretendem construir um anel de
100 quilômetros de circunferência entre a França e a Suíça, possivelmente no
mesmo local do LHC, aproveitando a estrutura de túneis já existente, de 27
quilômetros. Denominado FFC (Futuro Colisor Circular), o novo anel poderá
ter até 100 teraelétron-volts (TeV) de energia nas colisões, enquanto a do
LHC fica em 14 TeV.
ELÉTRON-VOLT (eV)
O elétron-volt (eV) é uma unidade de medida
que representa a quantidade de energia que um elétron ganha ao ser acelerado
com a ajuda de 1 volt, no vácuo. A massa das partículas pode ser expressa em
termos de elétron-volt. A relação se dá pela equação de Albert Einstein em
que a energia é igual à massa vezes a velocidade da luz ao quadrado.
Uma centena de pesquisadores vindos de todo
o mundo se reuniu entre os dias 11 a 13 de Fev/14, na Universidade de
Genebra, para
lançar
o programa e começar os estudos. Esta pesquisa se somará a outra, iniciada
há vários anos, de um colisor linear compacto (CLC), um acelerador retilíneo
de 80 quilômetros que poderia também passar sob a Suíça e a França.
O objetivo desses dois trabalhos é examinar a viabilidade das diversas
máquinas e avaliar os custos para 2018/2019, quando será atualizada a
estratégia européia sobre a questão. "Somente os próximos resultados do LHC
poderão nos indicar o tipo de acelerador mais adaptado", afirmou Sergio
Bertolucci, diretor de pesquisas informáticas no CERN.
Nota de oCaminho: Quem viver, verá!!! |