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SHEMA YSRAEL, YAOHUSHUA ELOHENU UL, YAOHUH  ECHAD! Dt 6:4.

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Os Dias entre o Rosh Hashaná e o Yom Kipur

 
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O Shabat Shuvá (entre Rosh Hashaná e Yom Kipur), quando lemos a Haftará Shuvá Yisrael (Retorna, Ó Yaoshor'ul), constitui-se num dos sábados mais importantes do ano. Até a chegada da véspera de Yom Kipur, o dia no qual nosso destino é selado para o ano todo.

No dia seguinte ao Rosh Hashaná, ocorre o jejum de Guedalyá, em lembrança ao assassinato do governador da Terra de Yaoshor'ul e à dispersão dos judaicos remanescentes (no ano 3339 após a Criação).

Edição de oCaminho

O mês de Elul é um tempo de arrependimento na preparação para as Grandes Festas de Rosh Hashaná e Yom Kipur. A tradição ensina que o mês de Elul é um momento particularmente propício para o arrependimento. Este estado de espírito de arrependimento constrói ao longo do mês de Elul para o período de Selichot, para Rosh Hashaná e, finalmente, o Yom Kippur.

O nome do mês (por extenso Alef-Lamed-Vav-Lamed) é dito ser um acrônimo de "Ani l'dodi v'dodi li", "Eu sou do meu amado e meu amado é meu", uma citação de Cantares de Cânticos 6:3, onde o amado é D'us e o "eu" é o povo judeu. Em aramaico (língua vernácula do povo judeu na época em que os nomes dos meses foram adotados), a palavra "Elul" significa "busca", que é apropriado, porque esta é uma época do ano quando buscamos nossos corações.

Segundo a tradição, o mês de Elul é o tempo que Mehushua passou no Monte Sinai preparando o segundo conjunto de tábuas após o incidente do bezerro de ouro (Ex 32; 34:27-28). Ele subiu em Rosh Chodesh Elul e desceu no dia 10 de Tishri, no final do Yom Kippur, quando o arrependimento foi completo. Outras fontes dizem que Elul é o início de um período de 40 dias que Mehushua rezou para D'us para perdoar as pessoas após o incidente do Bezerro de Ouro, após o qual a ordem para preparar o segundo conjunto de tábuas foi dada.

Durante o mês de Elul, a partir do segundo dia de Elul até o dia 28, o shofar (a escavado chifre de carneiro) é tocado após os serviços da manhã todos os dias úteis. O shofar não é tocado no Shabat. Também não é soprado no dia antes de Rosh Hashaná para fazer uma clara distinção entre a regra rabínica de soprar o shofar em Elul e a mitsvá bíblica para tocar o shofar em Rosh Hashaná. Quatro explosões são sopradas: Tekiá, Shevarim-teruah, Tekiá. O toque do shofar é um som muito agudo quando feito corretamente.

Elul é também um tempo para começar o processo de pedir perdão por erros cometidos a outras pessoas. Segundo a tradição judaica, D'us não pode nos perdoar os pecados cometidos contra outra pessoa até que tenhamos obtido o perdão da pessoa que ofendemos. Isto não é tão fácil uma tarefa como se poderia pensar, se você nunca fez isso. Este processo de busca do perdão continua até os dias de temor.
 

O temor ao CRIADOR

"Afinal, tudo já foi ouvido: teme ao CRIADOR e guarda Seus mandamentos, pois este é o [dever do] homem completo".

Não é de se estranhar que o conselho acima tenha sido dado pelo maior e mais poderoso rei que já existiu: o rei Shua'ólmoh. Nunca houve um rei mais glorioso e forte, que governou sobre o Reino de Yaoshor'ul. O CRIADOR lhe deu grande sabedoria quando, aos doze anos, herdou o trono de seu ilustre pai, o rei Daoud. Todos os segredos da Criação lhe foram revelados. Ele compreendia a linguagem de todas as criaturas: das árvores, dos pássaros, dos insetos e dos animais. Podia dominar o vento e os espíritos; os demônios o serviam conforme a sua vontade. Sua fama espalhou-se pelo mundo. Os mais poderosos reis e chefes dos confins da Terra, vieram oferecer-lhe respeito, ouvir sua sabedoria e pagar-lhe tributos.

Poder-se-ia imaginar um ser humano mais poderoso que o rei Shua'ólmoh? Normalmente, quanto mais poder e conhecimento, maior é a tendência de sermos orgulhosos e convencidos. Muitas pessoas perdem a cabeça por causa do sucesso e do poder. Frequentemente, esquecem que algum dia terão de prestar contas ao CRIADOR e responder por seus atos perante o Supremo Rei dos reis.

E, foi justamente isto que ocorreu com o rei Shua'ólmoh. O mais poderoso e o mais sábio de todos os homens,  temente ao CRIADOR, com o passar do tempo, deixou-se levar pelo paganismo! A sua principal característica [humildade] acabou sendo superada pelo poder e volúpia a ponto de aceitar que suas mulheres seguissem deuses próprio e ele mesmo acabou tornando-se seguido deles. Somente depois de muitas batalhas pessoais, acabou reconhecendo tudo havia sido "vaidades"...Foi preciso que a HUMILDADE suplantasse o seu egoísmo!

Ele, em seus tempos de sabedoria e humildade, lembra-nos muito Mehushua (Mehushua) o mais humilde de todos os homens. Mehushua tinha todos os motivos para se orgulhar: o CRIADOR o escolheu para libertar Seu povo da escravidão, para receber a Toráh e ele se tornou o líder da nação e seu irmão, Aharon (Arão) o Sumo Sacerdote. Mesmo assim, Mehushua foi o mais humilde de todos os homens que já viveram.

A modéstia de uma pessoa pobre e simples não impressiona; mas a humildade de Mehushua é digna de reverência. Da mesma forma, não ficaríamos impressionados por uma pessoa frágil e humilde pregar a submissão ao CRIADOR. Mas é algo maravilhoso ouvir um homem como o rei Shua'ólmoh - em plena sabedoria restaurada - dizer que todo seu poder e riqueza não lhe dizem nada e que a única coisa importante é o temor ao CRIADOR e somente a Ele.

Como podemos adquirir a grande virtude de temor ao CRIADOR? Pensando constantemente na majestade Divina e Seu poder ilimitado e, ao mesmo tempo, reconhecendo nossa insignificância e limitação de poderes.

Achamos que somos grandes arquitetos: podemos construir pontes imensas, arranha-céus altíssimos. Mas o que é isto comparado com o Arquiteto de todo o Universo? Acreditamos ser grandes engenheiros: podemos fazer uma máquina capaz de fornecer luz para toda uma cidade! Mas o que é isto perante a criação do Sol, que fornece luz, calor e energia para o mundo inteiro? Julgamos ser grandes químicos: podemos fazer coisas impressionantes em nossos laboratórios! Mas, como disse certa vez um grande cientista, uma folha de capim nunca poderá ser igualada.

Na realidade, somos ínfimos e insignificantes. Nossos poderes são limitados da mesma forma como nossa vida o é nesta terra. Somente o CRIADOR sabe tudo, pode tudo fazer e está em todos os lugares. Tudo o que possuímos é d'Ele. O CRIADOR criou todo o Universo e o homem para um determinado propósito. A finalidade é que o ser humano reconheça que o CRIADOR é o Criador e o Mestre; portanto, deve ser reverenciado. Isto significa que devemos servi-Lo, cumprindo as leis e mandamentos que Ele nos deu na Toráh e fazer tudo o que for possível para sermos justos, honestos e corretos, pois o CRIADOR não aprecia iniquidades. Ele sabe tudo o que fazemos, dizemos e até pensamos. O temor ao CRIADOR é a base da vida, é o primeiro passo para um Caminho correto.

 

Os três pilares

A base do serviço ao CRIADOR durante estes dias se formam por meio de três pilares: Teshuvá (penitência, arrependimento, retorno), Tefilá (prece) e Tsedacá (caridade). A tradução habitual de "arrependimento, prece e caridade" não expressa, contudo, os verdadeiros conceitos judaicos de Teshuvá, Tefilá e Tsedacá.

Teshuvá é comumente interpretada como arrependimento. No entanto, a palavra exata em hebraico para arrependimento é Charatá. Charatá e Teshuvá são conceitos praticamente opostos. Charatá enfatiza a tomada de uma nova conduta, arrependendo-se por ter cometido uma ação má ou deixado de praticar uma boa ação e desejando se comportar de uma forma nova a partir deste momento.

Teshuvá significa um retorno. O ser humano é essencialmente bom e seu mais profundo desejo é praticar o bem. Porém, devido a várias circunstâncias, completa ou parcialmente fora de seu controle, ele erra. Este é o conceito judaico de Teshuvá - um retorno às raízes, ao seu mais íntimo ser.

Tefilá é geralmente traduzida como prece. No entanto, a palavra correta para prece em hebraico é bacashá. As conotações das duas palavras são contraditórias. O significado de bacashá é solicitação ou pedido e Tefilá quer dizer uma ligação. Bacashá enfatiza o pedido ao Todo Poderoso para que conceda nossas solicitações. Contudo, quando não necessitamos ou não desejamos coisa alguma, então o pedido se torna supérfluo.

Tefilá denota a ligação [união] com o CRIADOR; e isto é importante para todos e em todas as ocasiões. Todo ser humano tem uma vida ligada e presa ao CRIADOR; afinal,, Ele nos criou. Entretanto, os laços que atam a nossa vida ao Todo Poderoso podem se enfraquecer. Para corrigir esta debilidade, há durante o dia ocasiões específicas para a Tefilá, para renovar e tornar mais forte o elo com o CRIADOR. O conceito da Tefilá, o desejo de chegar mais perto do CRIADOR, existe mesmo para aqueles que não necessitam de nada material. É o modo de fortalecer o apego e os vínculos entre os homens e seu CRIADOR.

Tsedacá é normalmente interpretada como caridade. Mas a palavra exata para caridade em hebraico é Chessed. Não é usado o termo Chessed e sim Tsedacá porque, novamente, os conceitos são antagônicos. Chessed ressalta a generosidade daquele que dá. Porém, aquele que recebe pode não ser necessariamente merecedor, nem o doador obrigado a dar, praticando o ato de bondade devido a sua generosidade.

Tsedacá, por sua vez, origina-se da palavra hebraica justiça, ressaltando que a justiça exige do ser humano - que pretende associar-se ao povo do ETERNO -  o cumprimento da caridade por dois motivos: primeiro, porque não está dando o que é seu e sim o que lhe foi confiado pelo CRIADOR para dar aos outros; segundo, uma vez que todos dependem do Todo Poderoso para prover suas necessidades - embora o CRIADOR certamente não tenha obrigações para com ninguém - somos obrigados a retribuir "medida por medida" e dar aos outros, muito embora não devamos nada a eles:

Lembrem-se disto: o que semeia pouco, pouco também ceifará; o que semeia em abundância, abundância também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração. Não como uma obrigação, porque UL ama quem dá com alegria. YAOHUH pode bem abençoar-vos de tal maneira que tendo sempre, em tudo, aquilo que vos é preciso, possam ainda ajudar generosamente os outros. É como dizem as Tanakh: Repartiu liberalmente os seus bens com os necessitados. A generosidade que ele praticou terá efeitos que nunca mais passarão. II Co 9:6-9.

AMNAO!

 

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