INTRODUÇÃO
Há pelo menos dez
anos atrás, vivia-se a era da incredulidade. Naquela época, tudo o que
concernia ao metafísico, ao transcendente, ao espiritual, era rechaçado. O
“bonito” era ser cético quanto ao mundo religioso. Aliás, esta era a
“religião” da maioria. O precursor deste mundo incrédulo foi o marxismo que
influenciou todas as áreas da sociedade e, por incrível que pareça, também à
religião. E, os que tinham uma religião, a aceitavam como um cordeirinho
(sem contestar) tudo o que os seus líderes diziam e era uma “heresia”
duvidar da trindade!
Uma análise à luz das Escrituras
por Nelson Leite Galvão*
Edição de oCaminho
Nota Inicial de oCaminho: Neste estudo adotaremos os
nomes do Pai e de Seu Filho no Hebraico com o auxílio dos massoretas que
transliterados (nomes não se traduzem) são, respectivamente YAOHUH UL (o
Criador Eterno) e Yaohushua (a Salvação de YAOHUH). No entanto, quando se
tratar de citações bíblicas ou citações de autores diversos, manteremos como
ali está escrito...
...No entanto,
em nossos dias, com a virada do milênio, percebe-se uma
volta à espiritualização - muito semelhante à era medieval.
É tão notória esta mudança de cosmovisão que é possível
ver-se cientistas - outrora, a categoria que levava a
bandeira do ceticismo - com seus amuletos da sorte,
pirâmides na cintura ou em baixo da cama para atrair “bons
fluídos”, etc.
Como foi no
período do ceticismo, esta nova filosofia de vida, também
têm influenciado a muitas áreas da sociedade, inclusive a
religião. E nesta categoria, encontram-se os evangélicos.
No mundo
evangélico, nunca se viu tanta ventilação de novas doutrinas
como se tem visto em nossos dias. Entre as novas doutrinas,
encontra-se o Movimento de Batalha Espiritual. Este, oferece
uma nova cosmovisão sobre a esfera espiritual, especialmente
sobre os demônios, e como enfrentar este mundo dos
“espíritos” (Hb 1:14; Ap 12:4, 7-9).
Creio que o
Movimento de Batalha Espiritual é uma antítese da
cosmovisão, principalmente norte americana, de que o diabo
não existe. Porém, como antítese, tem-se exacerbado em
várias áreas, em seu afã por demônios, e, por isso, deixado
a desejar em muitas doutrinas bíblicas.
De início,
estaremos mostrando, biblicamente, a realidade da guerra
espiritual; em seguida, mostraremos as origens do Movimento
de Batalha Espiritual e seus ensinos, confrontando-os com as
Escrituras. Em seguida, veremos a proposta das Escrituras
sobre a guerra espiritual, e, por fim, veremos os prós e os
contra, do Movimento em questão.
A nossa
proposta é analisar doutrinariamente o Movimento de Batalha
Espiritual e não “atirar pedras” em quem está trabalhando,
como muitos possam crer. Nosso propósito, é ser “bereano”;
ou seja, analisar até que ponto o que está sendo pregado nos
púlpitos do Movimento de Batalha Espiritual, está de acordo
com a sã doutrina.
1. DEFININDO “BATALHA ESPIRITUAL”
1.1
A batalha espiritual nas Escrituras
A Bíblia está
repleta de relatos de batalhas, guerras, confrontos e todo
tipo de coisas que denotam conflitos. Só para termos uma
idéia de como este assunto é tratado em grande escala nas
Escrituras, a palavra “batalha” - assim como foi traduzida -
encontra-se em cinquenta trechos das Escrituras. A palavra
sinônima “guerra” encontra-se em duzentos e oito versículos.
São referências que descrevem a luta entre nações, pessoas
individuais, YAOHUH (o Criador Eterno) e o homem, o homem
cristão e a sua velha natureza, a Igreja e o mundo, a Igreja
e o diabo.
Esta última a qual nos referimos, revela-nos uma espécie de
guerra que é bastante diferente da que estamos acostumados a
ver nos noticiários de TV, mas, não menos horrenda e, até
mais terrível: a Batalha Espiritual.
Em Ap 12:4, encontramos a referência à primeira batalha
espiritual que foi travada: “arrasta a terça parte das
estrelas do céu, as quais lançou para a terra”. Esta é uma
referência de Yaohukhanan a satanás que rebelou-se contra
YAOHUH
e arrastou consigo a terça parte dos anjos. Desde então, nós
vemos, através da Bíblia, satanás fazendo guerra contra
YAOHUH e o Seu
povo:
“Então ele me mostrou o sumo sacerdote Yao’sh, o qual estava
diante do anjo do Messias, e satanás estava à sua mão
direita, para se lhe opor”. (Zc 3:1).
Nota de oCaminho
– O Armagedom (a 6ª praga do Apocalipse) será uma batalha
física entre as nações onde de um lado estarão o Povo de
YAOHUH
e do outro, os seus oponentes... Nesta guerra, terrível,
teremos também a presença das hostes celestiais! Portanto,
será uma guerra civil-espiritual...
Encontramos, também, citações da batalha que o crente deve
fazer contra satanás: “...não deis lugar ao diabo” (Ef 4:7);
“Revesti-vos de toda armadura de YAOHUH para que possais
estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef 6:11).
Em Tg 4:7, está escrito: “Sujeitai-vos, portanto, a o
CRIADOR; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Esta
palavra “resisti”, a qual Tiago refere-se, no grego é “anqi
sthte”, ela é derivada de ”anqi sthmi”, que traduzido é
“colocar-se contra, opor-se, permanecer firme”. Esta palavra
é aplicada da mesma forma - o combate que o crente deve
fazer ao diabo - em, pelo menos, mais duas formas no Novo
Testamento: Ef 6:13 e I Pd 5:8,9. Isso denota, de forma
direta, uma luta espiritual que está e estará se travando
por volta dos dias da Volta de Yaohushua. Sobre isso, Paulo
Romeiro comenta de forma plausível: “A Bíblia fala muitas
vezes sobre tal conflito. Sim, existe uma contínua e intensa
batalha entre a luz e as trevas, entre Cristo e satanás,
entre a Igreja e o inferno”[1].
Para entendermos melhor esta batalha, precisamos tomar
conhecimento de como ela começou.
1.2
A origem da batalha espiritual
Procurar saber a origem desta guerra cósmica leva-nos a
indagar sobre a origem do mal. No entanto, não iremos nos
deter neste assunto. Aqui, é necessário sabermos que existe
uma origem para o mal e que esta, é identificada com o
diabo.
De acordo com as Escrituras, o diabo é o chefe da apostasia.
Em Is 14:12, ha’satan é identificado como sendo a Estrela da
Manhã e Filho da Alva. Isso quer dizer que houve um tempo em
que este ser angelical criado por
UL,
rebelou-se contra o seu Criador (Ez 28:12-19), querendo ser
igual a Ele e, consequentemente, foi expulso do céu
juntamente com os seus seguidores (Mt 25 41; 12:24; Ef 2:2;
Ap 12:7).
É aí que começa toda a guerra, com o propósito de satanás de
ser igual a
YAOHUH
e, por isso, opor-se a tudo o que o CRIADOR faz ou o que se
chama pelo Seu Nome (Mt 13: 24-30; Lc 22:3).
2. O MOVIMENTO “BATALHA ESPIRITUAL”
“Precisamos nos guardar contra dois perigos extremos. Não
podemos tratá-lo com muita leviandade, para não subestimar
seus perigos. Por outro lado, também não podemos nos
interessar demais por ele.”[2]
2.1
Sua origem
Na religião,
existem várias posições a respeito do assunto de demônios.
Existem aqueles que se mantêm céticos a respeito da crença
em demônios e, categoricamente, afirmam que isto é coisa da
idade média ou superstição. O teólogo católico, especialista
em demoniologia e parapsicologia, Oscar Quevedo, disse o
seguinte sobre o diabo:
Tudo o que foi dito sobre ele está no paganismo... Falar em
línguas, ter uma força descomunal e outras atitudes que
indicam que alguém está possuído pelo demônio, tudo isso
pode ser explicado pela psicologia ou pela parapsicologia.[3]
Existem outros
que crêem na existência dos demônios, mas mantêm indiferença
a respeito do assunto.
Aqui no Brasil,
principalmente, está havendo uma super-valorização deste
tema. Na novela global: “suave veneno”, está uma
curiosidade: o diabo, personagem vivido pelo autor Aguinaldo
Silva. Para vencê-lo, tem o paranormal Uálber, personagem
vivido pelo autor Diogo Vilela.
Os autores do trama, apostaram no “carisma” do diabo, no
meio brasileiro. Aguinaldo Silva, chegou a dizer o seguinte:
“No Brasil, as pessoas acreditam que o diabo realmente
interfere em nossa vida, mais até do que os santos.”[4]
Sim, esta é uma
realidade brasileira, o espiritualismo. No entanto, também
nos círculos evangélicos, atravessa-se uma onda de
super-valorização de anjos (e santos) e demônios. Estão
sendo promovidas reuniões de guerra, libertação, “poder”.
Seminários sobre batalha espiritual são comuns.
As livrarias
foram invadidas por uma série de livros que tratam deste
tema. Livros que têm exercido grande influência no meio
evangélico como o de Frank Peretti, Este Mundo Tenebroso
(Ed. Vida).
A esta ênfase
dada aos demônios, pelo menos aqui no Brasil, atribuímos a
responsabilidade a um pastor norte americano chamado C.
Peter Wagner. Ele é autor de trinta livros e é a atual
“autoridade” no campo de guerra espiritual. Em seu livro
intitulado Oração de Guerra (Ed. Unilit), ele nos conta como
foi originado este movimento de guerra espiritual.
Peter Wagner é representante do Movimento de Crescimento da
Igreja, fundado por Donald MacGavran, em 1955. Em 1980
começou a interessar-se sobre as dimensões espirituais do
crescimento eclesiástico. Em 1989, percebeu que o
evangelismo funciona melhor quando é realizado através de
oração e que “o CRIADOR” tem dotado certos indivíduos que se
mostram incomumente poderosos no ministério da intercessão.
Pensando sobre a idéia de como conciliar evangelismo e
intercessão, Peter Wagner reuniu um grupo de cinquenta
intercessores para orarem em um hotel, localizado em frente
do local onde seria o segundo congresso de Lausanne.
Durante esta intercessão, Peter Wagner diz que recebeu de “o
CRIADOR” o que denominou de “parábola viva”. Ele deu esse
nome a um acontecimento durante a intercessão. Uma das
intercessoras, Juana Francisco, foi acometida de uma crise
asmática, rapidamente levaram-na às pressas para o hospital.
Esperando a recuperação da amiga no hospital, outras duas
intercessoras, Mary Lance e Cidy Jacobs, tiveram uma
mensagem que logo identificaram como sendo de “o CRIADOR”.
Juana Francisco havia sido atacada por um espírito da
“macumba”. Recebendo a revelação, as duas intercessoras
fizeram uma oração quebrando o poder do demônio enquanto, no
mesmo momento, Bill Bright, estava com a enferma orando em
prol da cura. O que aconteceu foi que no mesmo momento a
mulher ficou boa.
Peter Wagner interpretou este episódio como sendo uma lição
de
YAOHUH ao Seu povo. A
partir daí ele tomou para si os seguintes princípios:
(1) A evangelização do mundo é uma questão de vida ou morte;
(2) A chave para a evangelização do mundo consiste em
ouvirmos a
YAOHUH
e obedecermos àquilo que tivermos ouvido. “Elas sabiam que
“o CRIADOR” queria que a maldição fosse anulada, pelo que
entraram em ação”[5];
(3) “o CRIADOR” usará a totalidade do corpo de Cristo para
completar a tarefa da evangelização do mundo.
Naquela mesma conferência de Lausanne, em Manila, foram
abordados os temas de espíritos territoriais e da
intercessão espiritual em nível estratégico.
O interesse sobre o assunto cresceu e foi organizado um
grupo de pessoas que se interessavam por guerra espiritual.
Peter Wagner tornou-se o líder deste grupo que
posteriormente foi denominado de “Rede de Guerra
Espiritual”. Entre os membros deste grupo podemos mencionar
Larry Lea, John Dawson, Cindy Jacobs e Edgardo Silvoso.
2.2. Seus
ensinos
2.2.1. Duas forças contrárias:
UL
X
diabo
O termo “dualismo” é uma transliteração da palavra latina “dualis”,
que quer dizer aquilo que contém dois. Esta expressão foi
cunhada para transmitir a idéia do zoroastrismo, que é a
crença em um poder bom, chamado Ormazd, e um poder mal,
chamado Ahriman. Neste sistema, acredita-se que existem duas
forças opostas: a boa e a má. Estes poderes estão sempre em
conflito entre si, podendo resultar em vitórias temporárias,
de um lado ou de outro. Apesar destas vitórias, nunca nenhum
dos dois deixarão de existir.
Agora que sabemos o que é dualismo, vejamos algumas
declarações:
“Estamos em guerra! É a guerra de todas as guerras... a
grande batalha espiritual entre o CRIADOR e o diabo no campo
de batalha de nossas almas, com a eternidade toda pendendo
na balança.”[6]
...e
também:
“Pai celestial, eu me ajoelho em adoração e louvor diante de
ti. Eu me cubro com sangue do Messias Yaohushua para me
proteger durante este período de oração. Eu me submeto a ti
completamente e sem reservas em todos os setores de minha
vida. Eu tomo posição contra toda operação de satanás que
possa me impedir neste período de oração e me dirijo
exclusivamente ao CRIADOR vivo e verdadeiro, recusando-me a
qualquer envolvimento com satanás em minha oração.”
[7]
Ainda podemos citar esta:
“Quando satanás e suas tropas interferem com a obra do
CRIADOR na terra, então você sabe que é hora de entrar em
ação. A guerra espiritual está rugindo em um nível cósmico.
E talvez você seja convocado para participar da mesma.”
[8]
Diante de tais citações podemos pensar que elas vem da boca
de adeptos do zoroastrismo ou de alguém que prega as idéias
do Yin e Yang, do Neo-confucionismo ou do Taoísmo. No
entanto, quem pensa isso está redondamente enganado, estas
declarações vêm da boca de pregadores cristãos propagadores
do Movimento de Batalha Espiritual.
Quando começamos a estudar sobre “batalha espiritual”, o
ensino com que logo nos deparamos é o de que existem duas
forças - ainda que não iguais em poder - lutando entre si
para ganhar a posse das almas dos mortais.
Embora entre os pregadores do Movimento de Batalha
Espiritual se negue o dualismo em seus ensinos, podemos ver
a realidade da doutrina dualista de
YAOHUH
X diabo, entre declarações como vimos acima.
No cristianismo não existe lugar para o dualismo, ou o
cristão crê que
YAOHUH
é soberano sobre todas as coisas - e isso inclui a natureza,
o coração humano, os governos e o diabo - ou vive em
angústia temendo o demônio.
Nota de oCaminho
– Admitir esta “eterna luta” demonstra não crer no poder de
Yaohuh... O
que mantém a luta é o livre arbítrio respeitado por Ul e
ignorado pelo diabo!
2.2.2 Espíritos Territoriais
De acordo com o ensino do Movimento de Batalha Espiritual, o
Diabo designou um demônio, ou vários deles, para controlarem
cidades, regiões e países. O objetivo destes “governantes
espirituais” seria impedir a glorificação de
YAOHUH UL
em seus respectivos territórios.
C. Peter Wagner diz em seu livro Oração de guerra:
“As estruturas sociais não são, por si mesmas, demoníacas,
embora possam ser e com frequência sejam endemoninhadas por
alguma personalidade demoníaca extremamente perniciosa e
dominante, às quais tenho chamado de espíritos
territoriais”, e “Grande parte do antigo
Testamento alicerça-se sobre a suposição que os seres
espirituais sobrenaturais exercem domínio sobre esferas
geopolíticas.”
[9]
Dr. Neuza Itioka em seu livro A Igreja e a Batalha
espiritual, diz:
“Estes poderes (principados e potestades) exercem controle
não apenas sobre vidas, mas também estruturas sociais,
eclesiásticas e políticas de comarcas, cidades e regiões
geográficas... Quando analisamos determinadas estruturas
sociais ou econômicas, o que podemos concluir? O sistema
social e econômico injusto que o Brasil vive, não estaria
ligado com o principado e a potestade do escravagismo que
ainda se perpetua, estendendo os seus tentáculos para
aprisionar a nossa sociedade? ...Atrás da incapacidade dos
governantes arrumarem a casa, contornarem a economia
e estabelecerem a justiça social, o que podemos discernir?
Apenas o espírito corrupto dos governantes? Apenas o
espírito sem escrúpulo dos que estão sem poder? Não estariam
eles ligados a algo mais?”. [10]
Neuza Itioka também disse o seguinte em um curso sobre
Batalha Espiritual:
“A nossa luta deve se dirigir mais e mais contra os grandes
príncipes demoníacos das regiões, nações e cidades. São eles
que presidem a corrupção e fraude, por exemplo, perpetuam um
estilo de vida e comportamento por trás da repartição
pública, do marajá que preside a corrupção da orfandade; do
aborto; perpetua a violência; a miséria; a pobreza; a
sensualidade e a perversidade, que originam a morte e o
suicídio.” [11]
Ainda argumentando sobre os Espíritos Territoriais, o
Movimento de Batalha Espiritual cita alguns textos bíblicos
para fundamentar sua idéia. Os mais comuns são: Dn 10:13,
20; 12; Mt 4:8,9; Mc 5:10; Ef 6:12.
2.2.2.1. “Espíritos territoriais” à luz das Escrituras
Nossa preocupação é analisar o que nos tem sido pregado. Já
que tomamos as Escrituras como única autoridade de fé e
prática, queremos invocar o seu testemunho à respeito de tal
ensino.
Por isso queremos analisar os textos bíblicos que,
supostamente, falam do assunto, intencionando chegar a uma
conclusão bíblica.
O texto mais usado para defender a idéia de territorialidade
de espíritos é Dn 10:13 e 20:
“Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e
um dias: porém Mika’ul, um dos príncipes, veio para
ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia.”
“...e ele disse: Sabes porque eu vim a ti? Eu tornarei a
pelejar contra o príncipe dos persas; e, saindo eu, eis que
virá o príncipe da Grécia.”
O que este texto quer dizer ao referir-se ao príncipe da
Pérsia e príncipe da Grécia? Não poderíamos chegar à outra
conclusão além da que estes eram espíritos angelicais que
atuavam nos reinos da Pérsia e Grécia.
Halley diz em seu livro “Manual Bíblico”:
“o CRIADOR
levantou o véu e mostrou a Dayan’ul algumas realidades do
mundo invisível - a existência de conflitos entre
inteligências super-humanas, boas e más, num esforço por
controlar os movimentos das nações, algumas das quais
procurando proteger o povo do CRIADOR. Mika’ul era o anjo
guardião de Israel, vv. 13,21. Outro anjo, anônimo, falou
com Dayan’ul. A Grécia tinha seu anjo, v. 20; e igualmente a
Pérsia, vv. 13, 20. Parece que o CRIADOR mostrava a Dayan’ul
alguns de Seus agentes secretos em operação para levar a
efeito a volta de Israel.” [12]
Nota de oCaminho:
O contexto nos mostra que este anjo “anônimo” é Gabriel e o
anjo de Israel, Mika’ul, é nada menos do que Yaohushua!
Baldiwin em seu livro “Dayan’ul: Introdução e Comentário”,
diz o seguinte:
“Pensa-se aqui
num representante da Pérsia nas regiões celestiais; a Grécia
igualmente tem um correlativo angélico (20), e Mika’ul, um
dos primeiros príncipes, pertence a Israel.”
[13]
Caio Fábio em seu livro “Batalha Espiritual”, também faz um
comentário sobre este texto:
“...as manifestações espirituais se relacionavam com o mundo
visível e suas expressões políticas... O princípio que fica
é este. Por mais estranho que isso possa parecer a algumas
mentes teológicas sofisticadas, a Bíblia é clara quanto à
atuação dos principados e potestades no seio da história,
agindo sobre nações, de maneira tão íntima, tão intrínseca
que a Bíblia os especifica, referindo-se à área de atuação
deles, como o príncipe da Nações.”
[14]
O Dr. Russell Shedd também tem algo a nos falar sobre isso
em seu comentário na Bíblia Shedd: “O príncipe do reino da
Pérsia. O poder espiritual satânico manifesto através do
culto pagão dos persas...” [15]
Portanto, creio que este texto, realmente, fala de espíritos
malignos que influenciam um sistema social.
Um outro texto que se usa para apoiar a idéia de
territorialidade espiritual é Mt 4:8,9 diz: “Levou-o ainda o
diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do
mundo e a glória deles e lhe disse: “Tudo isto te darei se,
prostrado, me adorares”.
Parece, aqui, que o próprio satanás estava reclamando um
domínio sobre o mundo, o qual Yaohushua não questionou.
Neste texto, podemos ver que satanás exerce de influência
sobre os reinos do mundo (Jo 12:31 - planeta Terra), através
da ordem má das coisas. No entanto, não encontramos
explícita no texto a idéia de que cada nação tem o seu
espírito maligno.
Outro texto que, casualmente, podemos enxergar o pensamento
de Espíritos Territoriais é Mc 5:10:
“E rogou-lhes encarecidamente que os não mandasse para fora
do país.”
Observando este texto, a pergunta que nos salta à mente é: o
que eles quiseram dizer com “fora do país”? A palavra no
original grego significa “região”. Este problema pode ser
selecionado com o texto correspondente, Lc 8:31:
“Rogavam-lhe que não os mandasse sair para o abismo”.
Não se trata, aqui, de territorialismo de demônios, mas,
sim, que os demônios não queriam ir para o abismo, mas ficar
nesta região, ou seja, nesta esfera espiritual.
Um outro texto bem conhecido é Ef 6:12: “porque a nossa luta
não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados
e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso,
contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.”
O apóstolo Sha’ul fala de quatro expressões que podemos
estar destacando: (1) Principados e potestades - aqui
inferindo a uma hierarquia espiritual; (2) Príncipes do
mundo. Esta expressão significa “governante mundial”; foi
usada por Sha’ul para descrever a ação dos demônios sobre a
esfera da existência humana; (3) Forças espirituais do mal.
Esta expressão indica uma força opositora ao bem. Uma
espécie de exército do mal; (4) Regiões celestiais. Esse
termo é usado por Sha’ul cinco vezes na carta aos Efésios.
Denota a esfera espiritual em que os espíritos, maus ou
bons, operam.
Analisando estes termos, podemos ver que o diabo é ordenado,
possuindo hierarquia entre os seus subordinados, e atua, nas
regiões espirituais, influenciando as nações. Porém, a
partir deste texto, não podemos ter a crença na
territorialidade dos demônios. O próprio Peter Wagner
comenta sobre este texto em seu livro “Oração de Guerra”:
“Coisa alguma, neste versículo, indica que uma ou mais
dessas categorias ajustam-se à descrição de espíritos
territoriais.” [16]
Analisando, sinceramente, estes textos e observando a
crítica que fazem alguns autores sobre o assunto, podemos
concluir que apenas o texto de Dn 10:13,20, expressa o
pensamento na existência de um espírito maligno
influenciando cada nação; portanto, torna-se perigoso
basearmos toda uma doutrina em apenas um texto.
Nota do Caminho:
Por outro lado temos os Anjos de
UL
guardando o planeta dividido por regiões – Lemos em Ap 7:1
Depois disto vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da
terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum
vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra
árvore alguma. Em tempo, na linguagem profética, ventos
representam batalhas!!!
No entanto, não podemos ignorar a existência do texto de Dn
10:13,20; por isso, não rejeitamos a idéia do Movimento de
Batalha Espiritual de que cada nação é influenciada por um
espírito maligno. Nossa opinião pessoal é que realmente os
demônios são ordenados (e todos os textos acima estudados
expressão isso) ao ponto de organizarem-se em distritos,
influenciando a cada nação. Todavia, o nosso conhecimento
sobre a organização distrital dos demônios para por aqui,
por que a Bíblia não nos fala mais sobre o assunto; por
isso, qualquer informação a mais sobre isso seria mera
especulação.
2.2.3 A Terra é de ha’satan
De acordo com os ensinos do movimento de Batalha Espiritual,
a administração e governo terrenos pertencem a satanás. Isso
deveu-se ao pecado de Adão. Ao primeiro homem foi dada
administração e governo sobre a criação; no entanto, ele,
quando pecou, entregou a autoridade ao diabo. Decorrente
disto, o diabo tem controle sobre os governos, e “o CRIADOR”
não interfere nisso, por questões éticas e legais. ha’satan
tem todo o direito legal de administrar o sistema terreno, e
“o CRIADOR” romperia com a ética se interferisse nesse
direito. Foi por isso que Yaohushua veio; para devolver o
direito ao homem de governar. A partir de Yaohushua,
portanto, temos a autoridade de governar sobre a criação.
Para apoiar essa idéia, citam-se textos como Mt 4:8, 9 e II
Co 4:4.
2.2.3.1. O que a Bíblia diz sobre a terra ser de ha’satan?
Quando nos voltamos para a Bíblia e nos deparamos com
YAOHUH
julgando a humanidade através do dilúvio Gn 6:11-26, com
textos como Sl 24:1: "Do Criador é a terra e sua plenitude,
o mundo e aqueles que nele habitam”... - Como abraçar a
idéia de que satanás é governante da terra e concorrente de
UL’HIM? Quando nos
deparamos com Sl 50:10-12: “...meu é todo o animal da selva
e as alimárias sobre milhares de montanhas. Conheço todas as
aves dos montes; e minhas são todas as feras do campo...
pois meu é o mundo e a sua plenitude.” e Dn 2:21 - “...é Ele
quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece
reis.” - Que fazemos com eles?
No Livro do profeta Yahshua’yaohuh ficamos vislumbrados em
saber que
UL
usou o rei da Assíria para julgar a Israel e depois também
julga à Assíria, Is 10:5-12. Em I Sm 2:6,7, encontramos Ana
orando da seguinte forma: “O Messias é o que tira a vida e a
dá; faz descer à sepultura e faz subir. O Messias empobrece
e enriquece; abaixa e também exalta”. O salmista inspirado,
declara em Sl 103:19 : “Nos céus estabeleceu o UL’HIM o Seu
trono, e o Seu Reino domina sobre tudo”.
YAOHUH
é soberano e governa sobre todas as coisas, inclusive sobre
o diabo. Porventura diante destes textos encontramos alguma
coisa que sobrou para satanás governar? Tenho certeza que
não.
No entanto o que fazer com textos bíblicos que dizem que
satanás é o “deus deste mundo”? A fim de responder esta
pergunta, precisamos nos perguntar que “mundo” que é este.
Russell Shedd nos da um esclarecimento sobre isto: “...trata
do sistema de valores alienado do CRIADOR, que orienta o
pensamento dos homens em oposição a Ele. Assim, o kosmos jaz
no maligno (o diabo, I Jo 5:19; cf. Jo 12:31; 14:30). As
trevas dominam este mundo (Jo 1:5; 12:46) e o pecado macula
sua existência como um todo.” [17]
Por isso não nos estranha Yaohushua e Sha’ul atribuírem este
título a satanás. Ele é o “deus” [no sentido de “dominador”
e não de “criador”]de um mundo pecaminoso e que se nega a
submeter ao único
YAOHUH.
Nota de oCaminho:
É justamente o livre Arbítrio que indica que ainda existam
pessoas a serem governadas pelo maligno! Mt 7:13-14 cf. Dt
30:19.
E é exatamente disso que se referem os textos de Mt 4:8, II
Co 4:4 e outros. No entanto, é necessário notarmos que
inclusive sobre o mundo pecaminoso
YAOHUH
é soberano. No sentido de delimitar a ação maligna. Vemos
isso na crucificação, onde era um ato soberano de
YAOHUH para cumprir os
Seus propósitos, mas também um ato pecaminoso do homem
incitado pelo diabo: “sendo este Yaohushua entregue pelo
determinado desígnio e presciência de YAOHUH,
vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos” (At
2:23). Erickson comenta sobre o assunto da seguinte forma:
“Há várias maneiras pelas quais o CRIADOR pode relacionar-se
e de fato se relaciona com o pecado:
ele pode (1)
preveni-lo; (2) permiti-lo; (3) dirigi-lo ou (4) limitá-lo.
Note que em cada caso, o CRIADOR não é a causa do pecado
humano, mas age em relação a ele.”
[18]
2.2.4 Retaliação
Segundo o ensino do movimento de Batalha Espiritual, quando
o crente ataca estes espíritos territoriais, invadindo sua
jurisdição e tentando implantar o Reino de
YAOHUH,
ele terá problemas. Estes demônios poderão infernizar a sua
vida com doenças, problemas conjugais e toda sorte de males.
NOTA de oCaminho:
Esta retaliação (burra por sinal) acaba por nos mostrar que
ali existe Verdade... Por isto, quando você entrar em uma
nova “igreja” ou tomar conhecimento (e aceitar) de uma
interpretação bíblica e NADA de ruim acontecer em sua
vida, nos próximos dias – reação de satanás de tirá-lo dali
– isto significa que ali não está a Verdade! Veja, por
exemplo, o papado para estabelecer-se, precisou derrotar
três nações que não aceitavam a trindade (arianos) e isto
fora o cumprimento de Dn 7:8; 8:9-10. Se Árius não estivesse
com a Verdade não seria alvo do papado, o anticristo – Mt
12:26.
C. Peter Wagner diz em seu livro “Oração de guerra”:
“Dóris e eu
começamos a ir para as linhas de frente na Argentina, em
1990. Dentro de alguns meses, tivemos a pior desavença em
família em quarenta anos de casados, tivemos um problema
sério com um de nossos mais chegados intercessores, e Dóris
ficou incapacitada por quase cinco meses por motivos de
discos vertebrais deslocados, e cirurgia nas costas e em um
joelho. Em nossas mentes, ou nas mentes de outras pessoas
envolvidas, que oram por nós, não há o menor sinal de dúvida
que essas coisas foram revides diretos da parte dos
espíritos que ficaram irritados por termos invadido o seu
território.”
[19]
Robson Rodovalho concorda com a idéia de Peter Wagner
comentando da seguinte forma:
“Como então, o apóstolo Sha’ul nos fala da possibilidade de
satanás levar vantagem sobre nós na guerra espiritual? Isto
se chama retaliação. Retaliação é quando satanás tem
oportunidade de nos retaliar, de nos contra-atacar. E ele
faz isto. Ele usa as oportunidades que encontra para
retaliar os filhos do CRIADOR, trazendo, assim, aparente
derrota, desânimo, e situações semelhantes.”
[20]
Nota de oCaminho:
O diabo vale-se do nosso Livre Arbítrio pois sabe que
YAOHUH
não agirá em quanto não Lhe for solicitado!
Este pensamento é uma constante na vida dos participantes do
movimento de batalha espiritual. Por isso, explica-se a
constante oração por proteção e o ato “místico” de vestir a
armadura espiritual.
Esta preocupação mostra-se evidente nas orações. Em uma
apostila sobre Batalha Espiritual, a Missão Evangélica
Shekinah ensina seus alunos a orar da seguinte forma:
“Eu me cubro com o sangue do Messias Yaohushua para me
proteger durante este período de oração... eu me cinjo com a
Verdade, revisto-me da couraça da justiça, calço as
sandálias da paz e coloco o capacete da salvação. Levanto o
escudo da fé contra todos os ardentes dardos do inimigo e
tomo em minha mão a espada do Espírito, que é a Palavra do
CRIADOR, e uso a Tua Palavra contra todas as forças do mal
em minha vida” [21]
Nota de oCaminho:
Na grande maioria das vezes,
YAOHUH
agirá por misericórdia pois a grande maioria dos chamados
crentes, não seguem a Verdade (não guardam o sábado, crêem
na trindade, são judaizantes e outras coisas mais)...
2.2.4.1 “Retaliação” à luz das Escrituras
Vejamos o que a Bíblia pode nos dizer sobre este assunto. Na
obra missionária de Cristo, o diabo estava presente em
alguns momentos da sua vida para fazer com que a Sua obra
fosse frustrada. Na tentação do deserto (Mt 4 – no início do
ministério de Yaohushua), satanás esforçou-se para impedir à
Cristo.
Quando Kafós foi usado pelo diabo (logo após ter sido usado
por
YAOHUH, Mt 16:23), vemos
ha’satan tentando induzir Yaohushua a se acomodar. Na cruz,
quando Yaohushua está sendo crucificado (Mt 27:33-44), vemos
o diabo usando as pessoas que passavam para fazer com que
Yaohushua desistisse do que estava fazendo.
Durante todo o ministério de Cristo aqui na terra, vemos o
diabo contratacando-O. Notamos isso ocorrer, também, na vida
de Sha’ul. No ministério paulino em Tessalônica, observa-se
a resistência de satanás à obra que estava sendo feita. As
pessoas estavam sendo libertas e salvas. Muitos judeus
creram na Palavra e numerosos gentios deixaram a adoração
aos ídolos e renderam-se ao Messias.
No entanto, qual foi o resultado disso? Uma perseguição
levantou-se contra Sha’ul e os seus companheiros, instigada
pelo ódio, inveja e incredulidade dos judeus. Parece, aqui,
que ha’satan estava usando estes sentimentos da parte dos
judeus para retalhar a obra de
UL
em Tessalônica. Foi tão séria a resistência de satanás
contra a obra de Sha’ul que, este, disse o seguinte em I Ts
2:18: “Por isso, quisemos ir até vós (pelo menos eu, Sha’ul,
não somente uma vez, mas duas); contudo, satanás nos barrou
o caminho.” Ainda a respeito disso, Ladd comenta:
“Ele é o tentador, que procura, através da aflição, desviar
os crentes do Evangelho (I Ts 3:5), obstruir os servos do
CRIADOR em seus ministérios (I Ts 2:18), e que cria falsos
apóstolos, para perverterem a verdade do Evangelho (II Co
11:14), que está sempre tentando derrotar o povo do CRIADOR
(Ef 6:11,12,16), e que é até mesmo capaz de praticar seus
ataques sob a forma de sofrimentos corporais, aos servos
escolhidos do CRIADOR (II Co 12:7)” [22]
MacArthur também nos dá a sua contribuição sobre o assunto:
“É evidente, pois, que os crentes não estão imunes à
oposição de satanás; nem é o plano do CRIADOR que estejamos
sempre livres de toda a situação má.” [23]
De acordo com os textos mencionados acima, cremos que o
diabo, realmente, pode reagir (“retaliar”, ou seja lá como
quiserem denominar essa ação satânica) contra a obra
missionária do povo de
YAOHUH.
Cremos que é evidente que o diabo, tentando se opor à obra
de UL,
faça de tudo para que o crente não obtenha sucesso em seu
trabalho missionário. Esse “fazer de tudo”, implica em
semear discórdias, desavenças, contendas, enfermidades e
tudo o que o diabo costuma fazer.
No entanto, esta resistência é limitada pelo próprio
YAOHUH.
Ha’satan não é um ser autônomo que vive independentemente.
Muito pelo contrário, ele é um ser limitado que age com
limitações impostas pelo próprio YAOHUH.
Em Jó 1:12, vemos o CRIADOR limitando a ação satânica sobre
a vida de um crente: “Disse UL a ha’satan: Eis que tudo
quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não
estendas a mão. E ha’satan saiu da presença de UL”.
Nota de oCaminho:
O inimigo aproveita as “brechas” em nosso Caminhar com
Cristo para agir...
Também em Lc 22:31, vemos que satanás precisou pedir
permissão (Ap 12:10) para atacar a Kafós: “Shamiúl, Shamiúl,
ha’satan pediu para vos peneirar a todos vocês como o
trigo”. Em II Co 12:7, vemos que o apóstolo Sha’ul estava
acometido de um ataque satânico (o espinho na carne); porém,
este ataque servia aos propósitos soberanos do CRIADOR:
“...para que não me ensoberbecesse”.
Sobre isso Michael S. Horton comenta em seu livro “O cristão
e a cultura”:
“Conforme Lutero disse, ’o diabo é um diabo do CRIADOR’,
Calvino também argumentava que todas as influências
demoníacas e satânicas do mal estavam sob o comando soberano
do CRIADOR e estão sob o controle do verdadeiro Soberano do
Universo.” [24]
Nota de oCaminho:
Satanás foi um
anjo (de UL) que se rebelou contra Ele!!!
Penso que Frank Peretti, o Escritor do livro “Este mundo
tenebroso”, de acordo com a visão de muitos crentes, deveria
passar por muitos problemas, sendo “retaliado” pelo diabo,
ao escrever o seu livro, que foi um “despertar” para o mundo
espiritual.
No entanto, em uma entrevista dada à revista “Vida Mix”, ele
responde à pergunta: “Você enfrentou lutas espirituais ou
problemas, enquanto escrevia algum livro?”, da seguinte
forma:
“Não que eu saiba. Nunca tive uma experiência sobrenatural.
Coisas como desânimo, depressão e dúvidas já experimentei;
mas não coloco a culpa no diabo. Podem ser problemas
hormonais ou coisa parecida. Todo aquele que serve ao
Messias passa por algum tipo de tribulação e os meus
problemas são típicos de alguém que se dedica ao CRIADOR.
Muita gente perguntou se eu fui atacado pelo diabo, enquanto
escrevia os livros. Acho que não. Imagino que a maior luta
foi quando fiquei saturado com o tema. Era um peso que me
deixou desanimado, porque eu não sabia o que iria acontecer.
Afinal, o corpo de Cristo vencerá ou não? Veja bem, acabei
de assistir o programa do clube 700 na televisão e eles
mencionaram o que está acontecendo em uma igreja que, no
momento, experimenta um grande avivamento em Pensacola, na
Flórida. Eu disse: “Glória ao CRIADOR! Até que enfim uma boa
notícia.” [25]
Podemos concluir dizendo que ha’satan se opõe à obra da
“igreja” e anela em destruí-la; no entanto, jamais o faz sem
a permissão, limitação e supervisão divina. O problema é
quando nos preocupamos demais no que ha’satan nos
“aprontará” se fizermos isso ou aquilo para o Reino de
YAOHUH.
Nota de oCaminho:
Não aceitamos
este argumento de que ele age com a permissão divina...
Cremos, como dissemos acima, que a sua ação se deva a falhas
em nosso caráter ou descuido espiritual; mas JAMAIS que
YAOHUH permita tal procedimento (Tiago 1:13). Usar Jó para
provar isto é ir além da letra. Para mim, possivelmente Jó
(apesar de ter conceitos teológicos, como em Lc 16:19-31)
não passa de uma parábola! Pense nisto: YAOHUH, para
demonstrar para satanás a nossa fé e honradez, permitiria
que ele, satanás, causasse a MORTE de pessoas inocentes?
2.2.5 “Brechas”
Este é um outro ensino amplamente divulgado pelo movimento
de batalha espiritual. De acordo com os pregadores do
movimento, “brechas” são pecados que cometemos que,
invariavelmente, dão toda a autoridade legal para o diabo
agir contra nós.
Robson Rodovalho, em seu livro “Por trás das Bênçãos e
maldições”, fala-nos sobre isso:
“Quando uma pessoa pratica o pecado, ela abre brecha em sua
vida. A proteção espiritual está sendo levantada, e a partir
daí as maldições poderão tocá-la. Por exemplo: nós
encontramos satanás dizendo a o CRIADOR que não poderia
tocar a vida de Jó, pois ele estava protegido por esta
sebe... Sempre que uma pessoa peca inconscientemente ou
voluntariamente, ela abre uma brecha nesta cerca.
Consequentemente, os espíritos maus começam a Ter acesso à
vida e ao coração dela. Os espíritos malignos entram aonde
foi feita a brecha. Somente o perdão do CRIADOR poderá
repará-la.” [26]
Ainda sobre isso Neuza Itioka comenta:
“Tanto Thomas White como Robert Linthicum confirmam através
dos seus escritos que corporativos de uma comunidade cristã
local podem se transformar numa abertura para a invasão de
principados e potestades que, por sua vez, vão se fortalecer
com os mesmos pecados, para se Ter todos os direitos legais
para oprimir e definhar a igreja.”
[27]
Dentro do pensamento do movimento de batalha espiritual, a
frequência de um determinado pecado na vida do crente, do
incrédulo, de uma comunidade, cidade, nação, concede ao
diabo legalidade para intentar contra aquele que comete o
pecado.
2.2.5.1 O conceito de “brechas” nas Escrituras
“Não deis lugar ao diabo” (Ef 5:27); “Para que satanás não
alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os
desígnios.”(II Co 2:11).
A santidade nas Escrituras é algo que é constantemente
falado. A palavra “santo” e seus derivados aparecem em 464
versículos. Portanto, é mais que evidente que o crente deve
buscar a santidade cada vez mais em sua vida.
No entanto, precisa-se observar a motivação pelo qual
deve-se buscar a santificação. Deve-se buscar a santificação
com interesse que o diabo não tenha legalidade sobre a vida,
ou deve-se buscar a santificação por amor e temor a
YAOHUH?
Nota de oCaminho:
Ambos, não
necessariamente nesta ordem...
Creio que a santificação, que é fruto do trabalhar de
Yaohushua, em espírito, na vida do crente, tem como fim
maior o agradar à
YAOHUH.
(Lv 11:44; 19:2; Ef 1:4; Hb 12:14; I Ts 4:7) A santidade
trás os benefícios de estar em paz com YAOHUH
e consigo mesmo. Quando as Escrituras escrevem exortando-nos
a buscar a santidade, ela o faz pensando no sucesso do
relacionamento entre o homem e um UL Santo e, também,
pensando no nosso bem estar. Quando buscamos a santidade, o
fazemos porque amamos o Messias e não para que o diabo não
tenha legalidade. Quando nossa conduta não está de
acordo com os padrões de
YAOHUH para nós,
nós temos que nos ver com YAOHUH
e não com o diabo. É por isso que somos exortados a buscar o
arrependimento.
Pensemos no
pecado de Daoúd com Bate-Seba (II Sm 11). Daoúd adulterou e
cometeu homicídio. Este pecado horrendo trouxe grandes males
para Daoúd, sua família e seu povo. A partir daí poder-se-ia
dizer que o diabo passou a ter legalidade sobre a vida de
Daoúd?
De forma
alguma, a vida de Daoúd ainda pertencia a YAOHUH e Este o
tratou conforme seu pecado:
“Agora, pois,
não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me
desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser
tua mulher... Assim diz o Messias: Eis que da tua própria
casa suscitarei o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres à
tua própria vista, e as darei a teu próximo, o qual se
deitará com elas, em plena luz deste sol... E o Messias
feriu a criança que a mulher de Urias dera à luz a Daoúd; e
a criança adoeceu gravemente.” (II Sm 12: 10, 11, 15).
Nota de oCaminho:
A grande maioria dos “crentes” são atacados por não estarem
seguindo a Verdade (muitos ainda guardam o domingo e seguem
a doutrina pagã da trindade). No entanto, se por ignorância,
desconhecem a Verdade, temos um alento: Mas o CRIADOR, não
levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que
todos os homens em todo lugar se arrependam; (At 17:30).
Neste caso,
YAOHUH
agirá por misericórdia!
2.3
Seus métodos de guerra
2.3.1 Mapeamento Espiritual
Um método de guerra usado pelo Movimento de Batalha
espiritual é o mapeamento espiritual. Antes de mais nada,
segundo os pregadores do movimento, o evangelista precisa
conhecer historicamente, politicamente, socialmente e
espiritualmente a região onde vai trabalhar. Mapeamento
Espiritual consiste em estudar a história do lugar onde
deseja-se evangelizar e “discernir” a entidade espiritual
que atua nesta determinada região.
Seria o estudo da história da região e das características
econômicas, políticas, sociais e morais que lhe são
próprias. Em seguida, faz-se uma identificação com o demônio
que poderia lhe atribuir estas qualidades.
Peter Wagner diz o seguinte sobre o assunto:
“Uma área relativamente nova da pesquisa e do ministério
cristãos, ligada de perto com a questão de nomear as
potestades, chama-se “mapeamento espiritual”... Trata-se de
uma tentativa para ver uma cidade, uma nação ou o mundo
inteiro conforme realmente é, e não como parece ser. ”
[28]
Neuza Itioka também fala sobre o assunto da seguinte forma:
“É importante ressaltar que a identificação dos principados
e potestades de alta hierarquia espiritual, não se dá apenas
pelo dom espiritual, mas, por analisar as características da
cidade, conhecendo a história da sua fundação, do seu
desenvolvimento.” [29]
No esforço em
“amarrar”, “expelir” e “amordaçar” demônios “territoriais”,
os pregadores do movimento de batalha espiritual ensinam que
devemos procurar saber o nome do demônio que estamos
guerreando para que possamos
ter mais autoridade sobre
ele.
Peter Wagner deixa isso bem claro em seu livro “Oração de
guerra”: “Até onde for possível, os intercessores deveriam
buscar saber os nomes, próprios ou funcionais, dos
principados distribuídos na cidade como um todo e entre os
vários segmentos geográficos, sociais ou culturais da
cidade.” [30]
O mistério de libertação Shekinah, dando ouvidos a este
conselho, em seus cursos de libertação, cita uma lista de
nomes de demônios:
“Principados ligados a ha’satan: Brumaus, Krucitas (atrás
das cruzes), Ashtoreth (governa as estrelas), Tremus (tem
subordinado leviathan, governador, aprisionando sob oceano -
triângulo das Bermudas), Diana (idolatria e prostituição -
culto a deuses, tem subordinado 3 autoridades mundiais -
Damian, Asmodeus e Belzebu – a trindade), Dagon (Sacrifício
de animais e crianças), Nimrod guerreiro que prepara a
guerra do Armagedom), Dragon (Astrologia - consome a
sabedoria dos homens - Anticristo), Syria guerreiro como o
príncipe do reino da Pérsia de Dayan’ul). Autoridades
mundiais: Damian, Asmodeus, Belzebu, Mengue-Lesh,
Nosferasteus. Outros demônios: Amishie (Costa Rica), Cumba
(África), Izmaichia (Europa e meio Oeste), Krion (América
Central), Kruonos e Krutofor (Atacam igrejas que praticam
batalha espiritual), Mamom (riqueza), Sinfiris (sede de
sangue) e Yemanjá (América do sul).”
[31]
Uma certa Magnólia de Campos Araújo, teve uma revelação que
foi escrita por Mátiko Yamashita [32] (Ministério
Batalha Espiritual). Nesta revelação ela entrevista uma
série de “principados e potestades”. Essa entrevista,
segundo ela, foi dada sob juramento.
O primeiro demônio a ser entrevistado foi Lúcifer. Segundo
Magnólia, ele tem a aparência de um cabrito preto, vestido
de homem, luvas e sapatos, no pescoço aparecem os pêlos de
cabrito. Tem chifres pequenos e bigodes, cavanhaques
pequenos e finos. Este disse que são sete príncipes negros,
e cada um tem nove subordinados, e cada subordinado tem 32
outros subordinados. Desses 32, 9 são ligados diretamente a
ele.
Magnólia perguntou a Lúcifer qual era o príncipe do Brasil.
Este, lhe respondeu que esteve vago, pois Yemanjá foi
destronada no dia 12 de outubro de 1990 com a instituição da
“padroeira do Brasil”, pelo papa J. Paulo II. Magnólia
perguntou sobre os príncipes de São Paulo e Rio de Janeiro.
Lúcifer respondeu-lhe que são o príncipe do “inconformismo”
e o “língua de fogo”, respectivamente.
Um outro demônio entrevistado foi o Minotauro. Segundo as
informações do próprio demônio, ele é originario da Grécia
antiga. Possui corpo de homem, cabeça de touro, com chifres
voltados para o centro da cabeça. Segundo ele mesmo falou, é
um anjo caído e gênio da destruição.
Um outro entrevistado por Magnólia foi Yemanjá. As
informações a respeito deste demônio não foram dadas por ele
mesmo, mas pelo seu “pomba-gira”. Yemanjá é um príncipe
comandado por Diana e Dionísio. Tem a aparência de mulher,
cabelos longos, usa vestido decotado, longo, azul ou branco.
Quem pensa que para por aí, esta enganado. Magnólia
“identificou” uma série de outros demônios: Bonzo, Buda,
Centauro, Lísipe, Gênio, Fauno Pan Sátiro, Pitonisa de
Delfos, Pomba Gira, Espírito de Aborto, Espírito de
Bronquites, Benzai-tem ou Benten, Exú Caveira, Xangó e
Espírito de Jezabel.
Nota de oCaminho:
Como a grande maioria dos recém conversos vem do paganismo
ou de denominações que tem doutrinas advindas do paganismo
(como a trindade, por exemplo) fica fácil crer nestes (na
existência) demônios...
2.3.1.1 O que a Bíblia diz sobre mapeamento Espiritual?
Tento imaginar Sha’ul escrevendo aos crentes da igreja
primitiva a fim de exortá-los a fazer um mapeamento
espiritual das cidades onde moravam. Talvez, ao invés de
Sha’ul falar sobre justificação pela fé aos Romanos, ele
diria para que estes identificassem e combatessem o demônio
romano. Quem sabe se Sha’ul não falasse sobre conduta cristã
aos Coríntios, ele falasse sobre como amarrar a potestade
que regia aquele lugar? Imagino Sha’ul incentivando aos
Colossenses a mapear o seu território ao invés de alertá-los
contra as influências dos judaizantes (gentios que insistiam
em abraçar as TRADIÇÕES judaicas – Gl 5:4) e gnósticos.
Éfeso era uma cidade profundamente religiosa. Os efésios
adoravam à Diana, a deusa da fertilidade e mãe da trindade
(Ap 17:4, 5 cf At 19:27). Foi construído para ela um templo
que durou trinta anos para ser concluído. No seu término,
foi considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo. A
imagem de Diana que ficava neste templo, era conhecida e
adorada por todos cidadãos daquela cidade (e do mundo; e
hoje na pessoa da “Virgem Maria”). De acordo com o relato
bíblico (At 19: 1-20), Sha’ul pregou naquela cidade por três
anos.
Houve tal avivamento decorrente da pregação de Sha’ul que
enfermos traziam peças de roupas para que Sha’ul as tocasse
a fim de que seus donos fossem curados, os praticantes de
artes mágicas, arrependidos, traziam seus livros para que
fossem queimados em praça pública. Em Éfeso, Sha’ul fundou a
igreja mais forte do primeiro século. Tal foi a obra que
YAOHUH
fez naquela cidade, que o culto a Diana foi perdendo o seu
vigor até que em 262 d.C, seu templo foi saqueado e
incendiado pelos godos, e fechado pelo édito de Teodósio que
fechou todos os templos pagãos.
Qual foi a fórmula de tal sucesso evangelístico? A Bíblia
não diz que Sha’ul antes de entrar a cidade de Éfeso ficou
mapeando-a, tentando identificar o demônio que ali estava.
Se isso é tão importante fazer, porque Luka ao dar o relato
histórico não nos da as diretrizes? Na verdade, Luka
conta-nos o segredo do sucesso: “Durou isto por espaço de
dois anos, dando ensejo a que todos os habitantes da Ásia
ouvissem a palavra do Messias, tanto judeus como gregos” (At
19:10). A pregação da Palavra de
YAOHUH
e a “perseverança”, eis o segredo do sucesso!
Os pregadores do ensino de mapeamento espiritual argumentam
que Sha’ul mapeou a cidade - ainda que não conste no relato
bíblico. No entanto, imagino que se este fato fosse
concreto, esperávamos que Sha’ul não enfrentasse maiores
resistências do povo daquela região, conforme ensina o
movimento de batalha espiritual. Porém, de acordo com o
relato bíblico (AT 19: 23-41), Sha’ul enfrentou muita
oposição (...e de que lhe adiantou fazer o “mapeamento”?).
Yaohushua nos ordenou: “Ide por todo o mundo e pregai o
evangelho a toda criatura”. (Mc 16:15). Yaohushua ao enviar
aos doze disse: “... à medida que seguirdes, pregai que está
próximo o reino dos céus.” (Mt 10:7). Quando enviou os
setenta, Yaohushua disse: “Curai os enfermos que nela houver
e anunciai-lhes: a vós outros está próximo o reino do
CRIADOR.”(Lc 10:9). Yaohushua, em momento algum, nos orienta
a mapear regiões, descobrir nomes de demônios e amarrá-los.
Se isso fosse de suma importância para o sucesso
evangelístico, Yaohushua nos teria ordenado fazê-lo.
Nota de oCaminho:
Não usamos Mt 28:19 por se tratar de um vs apócrifo.
Eusébio de Cesareia já denunciava isto, no ano de 296 d.C.
Não se sabe quem fez este “enxerto” nas
Escrituras... Era os primeiros passos para se impor a
trindade!
P. Romeiro comenta sobre isso com muita propriedade: “Ora,
não se destrona principados e potestades para depois pregar
a Palavra do CRIADOR, mas primeiro se prega a Palavra, pois
ela, sim, tem o poder para vencer as potestades malignas.”
[33]
Horton também comenta sobre isso da seguinte forma: “O
Mapeamento espiritual, promulgado por crescente número de
missiólogos, tenta identificar ‘pontos quentes’ de atividade
demoníaca com o alvo de ‘amarrar’ os opressores malignos da
região. Naturalmente, soa como algo saído de um livro
medieval de superstições, mas é levado muito a sério por bom
número de líderes evangélicos... Naturalmente, as Escrituras
não relatam nenhum exemplo de pessoas se salvando antes de
ouvir a pregação da Palavra.” [34]
Quero concluir este assunto dizendo que não encontro nas
Sagradas Escrituras nenhum respaldo para o ensino de
mapeamento espiritual.
Cabe a nós pregar o evangelho do Cristo ressurreto a toda
criatura, crendo que Ele é poderoso para a Salvação de todo
aquele que nEle crê e também para expulsar principados e
potestades.
2.3.2 Oração de Guerra
“Oração” todo mundo sabe o que é. É o modo como o homem
chega até
YAOHUH
(através de Yaohushua, é claro), em temor, adoração, louvor,
petição e comunhão. No entanto, o que seria oração de
guerra?
Chegamos ao cerne da doutrina do Movimento de Batalha
Espiritual. Este é o centro, a essência de toda a sua
teologia. Todas as demais coisas giram em torno do seu
conceito de como fazer guerra a ha’satan.
De acordo com os propagadores do Movimento de Batalha
Espiritual, existem três níveis de guerra espiritual: (1) O
nível solo - que seria a expulsão de demônios; (2) O nível
do ocultismo - que seria o confronto às atividades
demoníacas expressas em seitas ocultistas; (3) O nível
estratégico - que é a guerra que se faz a espíritos
territoriais.
A oração de guerra é feita neste último nível, o nível
estratégico. Consiste em identificar os poderes espirituais
malévolos atuantes em um determinado lugar e expulsá-los.
Como expulsá-los? Ordenando que o façam, declarando,
determinando, impedindo os seus atos através da palavra
falada.
Neuza Itioka, em seu livro “A igreja e a Batalha
Espiritual”, comenta sobre o assunto:
“Exercer autoridade sobre os demônios significa, não apenas
expulsar demônios das pessoas oprimidas, mas, também,
exercer autoridade sobre as forças do mal que têm domínio e
controle sobre os pecados e vícios, tais como materialismo,
violência, sensualidade, miséria e injustiça social bem como
resistir e destronar principados e potestades que tem
jurisdição sobre áreas geográficas.”
[35]
Cesar Augusto em seu livro “Guerra Espiritual”, também fala
algo semelhante: “Quando estamos guerreando contra as forças
das trevas, sejam dominadores de enfermidades,
homossexualismo ou drogas, necessitamos da declaração –
PROFETIZAR, dizem alguns - contra esses demônios, pois
através dela, podemos alcançar a vitória. Há momentos na
luta espiritual, que não necessitamos mais de uma oração
intercessória e sim usar a autoridade que o Messias nos deu
e declarar a vitória através do nome do Messias. A
declaração ordenativa muda situações e ambientes e nos da a
vitória.” [36]
Nota de oCaminho:
A grande maioria dos que usam este método, nem mesmo
conhecem o Verdadeiro Nome do Messias e usam um nome
corrompido, jesus! Ponto para satanás... Pense, se
diariamente eles dizem “está amarrado”; pergunto, se está
“amarrado”, quem é que os solta se no dia seguinte lá estão
os “demônio” de volta?
De acordo com o ensino do movimento de batalha espiritual, a
oração de guerra é a chave para o sucesso da evangelização.
A evangelização só pode ocorrer se antes repreendermos,
amarrarmos e expulsarmos o “homem forte” que domina no lugar
onde evangelizarmos. Tal é a seriedade que este princípio é
apregoado que é também chamado de “evangelismo de oração” e
geralmente ocorrem nas “tardes de oração”...
Peter Wagner, em seu livro “Oração de Guerra”, comentando
sobre o assunto faz uma citação de outro proeminente
pregador da oração de guerra: “Edgardo Silvoso, assevera que
Annacondia e outros proeminentes evangelistas argentinos
incorporam em seu trabalho evangelístico uma nova ênfase
sobre a guerra espiritual - o desafio aos principados e
potestades, bem como a proclamação do Evangelho ao povo, mas
também aos carcereiros espirituais que conservam as pessoas
cativas. A oração é a variável principal, de acordo com
Silvoso. Os evangelistas começam a orar pelas cidades, antes
de proclamarem o evangelho ali. E somente depois de sentirem
que os poderes espirituais que dominam uma região foram
amarrados, é que eles começam a pregar.”
[37]
Nota de oCaminho:
Que correntes fracas, hem!!!
Em seu livro “Que nenhum pereça”, Ed Silvoso, sugere uma
estratégia de guerra espiritual que consiste em seis passos.
No quinto passo, ele aconselha aos leitores da seguinte
forma: “Dê início ao ‘assalto total’. Dê início a
‘conquista’ espiritual da cidade, confrontando, amarrando, e
expelindo os poderes espirituais que governam a região.”
[38]
Neuza Itioka, em um curso sobre Batalha Espiritual também da
uma estratégia de oração de guerra:
“(1) Louvando e entronizando ao Messias, declarando o seu
senhorio; (2) confessando os pecados da cidade ou da nação;
(3)
Pedindo perdão por elas; (4) Identificando os demônios e os
príncipes; (5) Amordaçando, amarrando, imobilizando e
destronando; (6) Agradecendo a vitória do Messias; (7)
Pedindo que Cristo venha agir.”
[39]
Em uma apostila sobre libertação e cura interior, a Missão
evangélica “Shekinah” nos oferece um modelo de oração de
guerra:“...satanás, eu te ordeno, em nome do Messias
Yaohushua, que saias da minha presença com todos os teus
demônios e eu coloco o sangue do Messias Yaohushua entre
nós.” [40]
Diante de tais ensinos, as seguintes perguntas nos atiça a
curiosidade: Até que ponto tudo isso é bíblico? Será mesmo
que a Bíblia nos ensina a identificar demônios, nas regiões
celestiais, e expulsá-los? Será que a forma de Batalha
Espiritual nas Escrituras é a oração de Guerra?
2.3.2.1 “Oração” de guerra à luz das Escrituras
A fim de analisar se é bíblico o conceito de repreender
potestades e principados, vejamos alguns casos, nas
Escrituras, em que o ser humano foi diretamente ou
indiretamente atacado por forças malignas.
Primeiro vejamos o caso de Jó. o CRIADOR havia dado
permissão a satanás para tocar na vida de Jó: “Disse o
Messias a satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu
poder; somente contra ele não estendas a mão. E satanás saiu
da presença do Messias.” (Jó 1:12). Decorrente da permissão
do CRIADOR, satanás tirou de Jó bens, família (?) e
saúde. No entanto, em nenhum momento vemos Jó dirigindo-se a
satanás e dizendo: “ha’satan, você está manietado, amarrado,
amordaçado, eu te ordeno que saias da minha vida”.
Muito pelo contrário, em Jó 1:21b, nós vemos a incrível
declaração deste homem do CRIADOR: “O Messias o deu e o
Messias o tomou; bendito seja o nome do Messias”. Talvez
pensemos que Jó estava errado ao dizer isso, porém, no
versículo seguinte, o testemunho bíblico comenta a respeito:
“Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a o CRIADOR falta
alguma”.
Também podemos ver o caso de Dayan’ul. Em Dn 10, diz que
Dayan’ul estava intercedendo a
YAOHUH
quando o anjo enviado por Ele (Gabriel – vide Dan 8:16)
apresentou-se e, nos versículos 12 e 13, explicou o que
estava acontecendo:
“...Não temas, Dayan’ul, porque, desde o primeiro dia em
que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te
perante o teu o CRIADOR, foram ouvidas as tuas palavras; e,
por causa das tuas palavras, é que eu vim. Mas o príncipe do
reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém
Mika’ul, um dos primeiro príncipes, veio para ajudar-me, e
eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia”.
Observe que revelação estupenda foi dada a Dayan’ul (Já
vimos que este texto realmente se refere a espíritos
territoriais). Estava havendo uma guerra angelical no reino
espiritual. E desta batalha dependia a resposta da oração.
Pensemos no que Dayan’ul fez. Será que ele fez “oração de
guerra”? Talvez ele tenha ordenado ao espírito maligno da
Pérsia que soltasse o anjo. Quem sabe ele não manietou o
espírito para poder fortalecer o anjo que estava em apuros?
Talvez ele tenha ordenado que Mika’ul viesse acudir o seu
amigo. Não, absolutamente, não. Dayan’ul nem sabia o que
estava acontecendo. Ele simplesmente perseverou em oração (e
jejum – vs 3) a
YAOHUH,
em intercessão, em súplicas diante de YAOHUH.
Também podemos pensar sobre a estratégia missionária de
Sha’ul. Em sua primeira viagem missionária, Sha’ul viajou
juntamente com Barnabé e Yaohukhanan. Ele iria passar por
cidades como Salamina, Pafos, Perge, Listra, Antioquia da
Pisídia, Icônio e Derbe. Nestes lugares, eles iriam ter que
enfrentar um mago, pregar para os incrédulos, passar por
perseguições, curar um coxo, enfrentar uma multidão que
queria sacrificar-lhes e serem apedrejados.
Diante de tantos acontecimentos que estavam por vir, nada
melhor do que manietar, amarrar, destituir o diabo antes de
iniciar a sua pregação... Eles tinham - segundo o pensamento
do movimento de Batalha espiritual - que ter, primeiro,
amarrado o principado de cada cidade a se visitar e depois
disso pregar as boas novas. Com certeza, eles não teriam, se
assim o fizessem, que enfrentar perseguições, e a pregação
do evangelho seria mais fácil!
No entanto não foi isso que aconteceu. Yaohushua, em
Espírito, separou a Barnabé e Sha’ul para esta viagem
missionária (At 13:2 cf 20:28). O versículo posterior mostra
o que eles fizeram antes de enviar a Barnabé e Sha’ul:
“Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os
despediram.” Aí não diz que eles fizeram “oração de guerra”.
Não diz que eles primeiro amarraram os demônios das cidades
que estavam por passar. Simplesmente fizeram o que se espera
de todo homem e mulher de Ul: Jejuaram e oraram a
YAOHUH
e receberam a bênção daqueles que os estavam enviando.
Outro caso que merece a nossa atenção é quando Sha’ul quis
ir visitar os crentes tessalônicos. Em I Ts 2:18, diz: “Por
isso, quisemos ir até vós (pelo menos eu, Sha’ul, não
somente uma vez, mas duas); contudo, satanás nos barrou o
caminho.” Vejamos bem. Sha’ul iria à igreja para fazer a
obra de
YAOHUH; no entanto
satanás lhe barrou o caminho.
Daí segue-se a pergunta: porque que Sha’ul - o apóstolo, o
homem que revolucionou o mundo de então com o evangelho, o
homem que
YAOHUH
confiou as revelações - não, simplesmente, amarrou o diabo?
Seria simples, somente bastava manietar aquele principado de
Tessalônica.
Tenho respeito por aqueles que pregam a idéia da “oração de
guerra”. No entanto, não vejo apoio bíblico para tal
prática. Muito pelo contrário. Yaohu’dah, irmão de
Yaohushua, ao escrever sua carta e repreender àqueles que
estavam agindo com arrogância, disse: “Mas quando o arcanjo
Mika’ul, discutindo com o diabo, disputava a respeito do
corpo de Mehushua, não ousou pronunciar contra ele juízo de
maldição, mas disse: O ETERNO te repreenda.” Jd 9.
Nota de oCaminho:
Sabemos aqui, tratar-se de Yaohushua em Sua forma espiritual
(o Anjo do Messias – I Co 10:1-4 cf Ex 23:21)...
Penso que este texto clama àqueles que vivem a identificar
espíritos e repreendê-los. Champlin, comenta:
“Mika’ul deixou nas mãos do ETERNO o ‘repreender’ a
ha’satan. Somente o CRIADOR pode fazer isso. Assim os
gnósticos supunham um poder tão alto que fazia o que somente
o CRIADOR pode fazer. A lição geral deste versículo é que
devemos Ter respeito por elevadas autoridades e poderes
espirituais. Devemos respeitar o invisível. Isso repreende
tanto o ceticismo como a doutrina falsa.”
[41]
Nota de oCaminho: Aqui podemos ver a hierarquia
celestial, ignorada pelos defensores da trindade!
Sobre a oração de guerra, MacArthur comenta:
“Não podemos lutar no nível humano. Não há palavras ou
técnicas carnais que possam vencer uma guerra espiritual.
Devemos depender de um plano e de armas espirituais para a
batalha. Nossa suficiência em Cristo inclui armas que são
divinamente poderosas, as quais podem destruir as fortalezas
do mundo dos espíritos e todos seus pensamentos altivos que
se levantam contra o conhecimento do CRIADOR. Quais são
essas armas? Elas não são frases místicas ou chavões. Não
fornecem o poder de repreender ou dar ordens aos demônios.
Não há coisa alguma secreta ou misteriosa a respeito destas
armas. Elas não são astuciosas ou complicadas.”
[42]
Ainda falando sobre a oração de guerra, Ricardo Gondin
comenta:
“A expulsão de demônios de uma área geográfica parece muito
mais uma ação que acontece através de um avivamento da
igreja que avança com seu poder de influenciar e converter
pessoas e sociedades, que uma ordem que se dê aos
principados e potestades.” [43]
Por fim, não acredito que expulsar espíritos territoriais
através da ordenança seja uma prática eficiente, pois não é
bíblica. Entre as armas do crente contra satanás não se
encontra o “ordenar”.
Nota de oCaminho:
Disto depreendemos que, quando uma comunidade se une em
torno de um propósito e para isto ora, ocorre uma
transformação à nível pessoal... Tiago 4:7; 5:16.
2.3.3 Quebra de
Maldição
Um outro método
de batalha espiritual, amplamente ensinado, é o de quebra de
maldição. Aqui no Brasil os mestres desta doutrina são:
Robson Rodovalho, Neuza Itioka, Jorge Linhares, Missão
Evangélica Shekinah, entre outros.
De acordo com
os mestres da doutrina de maldição hereditária, “maldição”
são sofrimentos (mortes prematuras na família, contínuo
dividendo financeiro, abortos constantes, separações
conjugais, etc.) que afligem as pessoas, ou lugares,
ocasionados por “pragas” lançadas por meio de palavras, ou
pecados cometidos pelas pessoas ou lugares. Estas aflições
repetem-se ao longo da descendência do indivíduo, ou lugar,
pela gerência de espíritos maus. Assim, no futuro, será
praticado o mesmo pecado que foi praticado no passado e
haverá os mesmos sofrimentos que houveram no passado.
Rebecca Brown
define maldição da maneira como se segue:
“Muitos cristãos frequentam a igreja com regularidade e
esforçam-se de todo o coração para terem uma vida piedosa.
Entretanto, a despeito de todos os seus melhores esforços,
tudo parece não dar certo. Não importa quanto se esforcem,
ou quanto aconselhamento recebam, parece que nada funciona.
Por exemplo, com que frequência a gente ouve alguém fazer um
comentário como este: “A minha vida ia indo muito bem até o
dia em que aceitei a Cristo. Então tudo passou a não dar
certo!” Pode até ser que você mesmo tenha declarado algo
assim!
Alguns cristãos não conseguem entender por que, apesar de
tudo o que fazem, seus filhos viram-se contra eles e contra
o CRIADOR e caminham pela vereda da destruição. Outros
crentes, que aceitaram o Messias com alegria, cresceram
espiritualmente por algum tempo, e então descobriram não
terem condições de manter um relacionamento chegado com o
Messias. Sentem-se sem condições de ler e estudar a Bíblia
ou de orar, e acabam perdendo o interesse, e vão de mal a
pior. Outros ainda lutam durante toda a vida, num andar ora
de novo com o Messias, ora longe do Messias, não conseguindo
estabelecer e manter um permanente andar com ele.
Tais problemas afetam igrejas inteiras, assim como a vida de
pessoas em particular. Muitas igrejas caracterizam-se por
nelas ocorrerem muitos divórcios e outros problemas dessa
ordem em sua membresia. Muitas lutam por anos mas nunca
prosperam nem crescem espiritualmente. Com frequência se
dividem e mudam sempre de pastor. Mesmo quando parece que
passam por um período de avivamento e de crescimento, logo
tudo se perde: muitos membros saem, e a igreja acaba
voltando à condição em que estava antes. Por que esse ciclo
destrutivo ocorre?
Tais situações desencorajadoras podem resultar de vários
fatores diferentes, mas uma razão, que normalmente é
desapercebida, é haver uma maldição na vida de alguém, ou em
sua família, que nunca foi quebrada. Muitas igrejas estão
também debaixo de maldições. Esta é uma área que tem sido
muito negligenciada no ensino cristão hoje em dia.”
[44]
Neuza Itioka,
por sua vez, cita alguns casos que são tidos como maldição:
“Sinais possíveis de maldições na Família: repetidas
depressões emocionais, repetidas doenças crônicas, repetidos
abortos, repetidos divórcios e separações, repetidos
alcoolismo, incapacidade de se engravidar, contínua falta
financeira, repetidas mortes prematuras, repetidas
infidelidades, imoralidades e perversidades sexuais,
predisposição para desastre, maldição de guerra.” [45]
2.3.3.1 A
hereditariedade
Essa maldição
pode ser hereditária; i, é, os sofrimentos acometidos pela
maldição podem passar de pai para filho. “Elas podem ser
herdadas [...] Passadas de geração a geração.”
[46] Assim, más ações dos antepassados podem
ter um efeito mortal em nossas vidas. “Existe uma
transmissão de heranças espirituais das gerações passadas,
para nós.”47 Não
somente os sofrimentos, mas também os pecados podem ser
transmitidos. Desta maneira, se uma mulher é prostituta, sua
filha também, e, sua neta, tem tendências imorais, com
certeza há uma maldição nesta família que está sendo passada
de pai para filho.
Vários exemplos
são citados para ilustrar esta idéia. As constantes guerras
entre tribos no continente africano é um desses exemplos.
Segundo a doutrina de maldição hereditária, as guerras na
África são consequências de pecados de adoração a demônios,
ódio e massacres entre as tribos, cometidos por seus
antepassados.
Assim “cada
tribo é governada por um determinado demônio”
[48] que se encarrega que as tribos cometam
os mesmos pecados e sofram as mesmas aflições de seu
antepassados. Até mesmo na América ocorre violência entre
gangues. Esta violência entre as gangues é ocasionada porque
elas são compostas de negros que são alvo da maldição de
seus antepassados africanos.
Desta forma,
faz-se necessário reconhecer o pecado cometido pelos
antepassados e confessá-los a YAOHUH. Para apoiar esta idéia
usa-se uma série de textos bíblicos (principalmente
vetero-testamentários) onde mostram que “toda vez que houve
um avivamento em Israel, a primeira coisa que aconteceu na
nação dos hebreus foi a confissão da iniquidade de seus
antepassados” [49. Dentre
estes textos pode-se citar Neemias que incitou o povo a
confessar os pecados de seus pais (Ne 9:1-3); Dayan’ul que
confessou os pecados de seus antepassados (Dn 9:16-17) e
Esdras, que de semelhante forma, confessou os pecados de
gerações passadas (Ed 9:7).
Ilustrando este
pensamento, Rebecca Brown em seu livro “Maldições não
Quebradas” [50], cita o
caso de sua amiga Sandy. Sandy era uma cristã dedicada. No
entanto foi-se constatado que estava com câncer no pâncreas.
Sandy sabia que esta doença era uma maldição da família,
pois todos os membros de sua família haviam morrido de
câncer no fígado ou no pâncreas, ainda jovens. Porém, esta
jovem senhora, por mais que tentasse não conseguia quebrar
esta maldição.
Sob o conselho
de Rebecca, Sandy fez uma pesquisa da causa desta maldição
em sua família e constatou que sua família possuía uma
história de imoralidade sexual e divórcios. Somente ela
possuía um casamento duradouro. Além de que poucos haviam-se
convertido a Cristo. Depois de confessar estes pecados,
Sandy foi fazer a cirurgia, e, neste momento, foi constatado
que não estava mais com câncer.
2.3.3.2
Maldição em Objetos
De acordo com
os mestres da doutrina de maldição hereditária, os objetos
podem ser amaldiçoados. Isso significa que eles podem estar
sob influência demoníaca ou, até mesmo, demonizados. Estando
assim, estes objetos teriam o poder de influenciar
negativamente o local ao seu redor e às pessoas envolvidas
com ele. A simples presença desses objetos malditos em algum
lugar, ou o seu uso, ou, até mesmo, um simples toque, pode
acarretar em muito sofrimento para o indivíduo. Desta forma,
faz-se necessário todo um cuidado com os pertences que há em
casa, como também com aqueles que vai-se adquirir; por isso,
“vasculhe a sua casa. Será que você tem estatuetas de
entidades demoníacas em sua casa? [...] fique atento, porque
muitos dos brinquedos infantis na verdade são estatuetas de
demônios.”
[51]
Estes objetos,
geralmente, são pertencentes ao rito do culto afro,
estatuetas e suvenires indígenas, símbolos de outras
religiões ou brinquedos infantis.
Para respaldar esta idéia, são citados vários versículos
bíblicos como Lv 5:2; Ez 44:23; Nm 16:26; Dt 7:25-26; II Co
6:17.
Jorge Linhares,
em seu livro Bênção e Maldição, expressa seu pensamento
sobre o assunto da seguinte forma:
“Precisamos verificar se não temos permitido adentrar em
nosso lar objetos que são por natureza amaldiçoados —
objetos que temos de lançar fora e de preferência queimar ou
destruir.
• Imagens de escultura ou ídolos. o CRIADOR proibiu
terminantemente que tenhamos por objeto de culto qualquer
imagem à semelhança de homem, de nada que existe nos céus,
na terra, nem nas águas debaixo da terra; imagem, quadros ou
gravura de santos, esculturas de Buda, etc. (Ex 20.2,3).
Nota de oCaminho:
Imagens de pomba simbolizando o “espírito santo” podem?!? Rm
1:23 cf. Dt 4:17.
• Objetos usados ou levados a centro espírita e terreiros de
macumba para serem benzidos: lenços, roupas íntimas,
garrafas com chá (mezinhas), patuás, correntes, braceletes,
figas, pedras, amuletos em geral.
• Objetos de práticas ocultistas: baralho, cartas de tarô,
horóscopo, búzios, roda de numerologia, pirâmides, duendes.
• Quadros ou objetos artesanais, de origem desconhecida, e
que transmitem mensagem deprimente, de pavor, de tristeza.
Às vezes pensamos que estamos lidando apenas com peças de
artesanato, quando na verdade são símbolos de cultos ou
cerimoniais pagãos.”
[52]
Rebecca Brown
concorda com Jorge Linhares e, em seu livro, fala algo
semelhante:
“Qualquer objeto que foi feito para uso no culto a satanás é
amaldiçoado e não pode ser purificado. Tem que ser
destruído. Exemplos de coisas assim são ídolos, estátuas de
santos e entidades, e jóias com símbolos ocultistas. Cerca
de metade das lembranças de turismo encontradas nas lojas em
todo o mundo são objetos amaldiçoados. Por quê? Porque com
frequência são artigos pertencentes à cultura local que
geralmente têm envolvimento com algum tipo de culto a
demônios.
Você já viajou para o exterior e trouxe para casa imagens
esculpidas de entidades, como souvenires? Em muitas igrejas
por onde passei, a primeira coisa que vi ao entrar no
gabinete pastoral foi um conjunto de lembranças trazidas de
suas viagens ao exterior, e de suas viagens missionárias.
Muito frequentemente tais “lembranças” incluíam estátuas de
deuses demoníacos! Essas coisas trazem uma maldição para a
vida do “pastor e para a igreja””.
[53]
Ainda
argumentando sobre o conceito de maldição em objetos,
Rebecca conta sua experiência com os artefatos do rei
egípcio Tutancâmon. De acordo com Rebecca, em seu tempo como
estudante de medicina, foi a uma exposição, realizada em seu
país, dos objetos escavados do túmulo do Rei Tutancâmon do
Egito. Decorrente desta visita aos artefatos, Rebecca ficou
muito doente por treze anos. Depois de muito sofrimento,
chegou à conclusão que suas enfermidades foram consequência
de sua exposição aos objetos amaldiçoados de Tuntancâmon.
2.3.3.3
Maldição em lugares
Os mestres da
doutrina de maldição hereditária acreditam que não só
objetos podem ser amaldiçoados, mas, também, que lugares
podem sê-lo. De acordo com estes mestres, casas, vilarejos,
bairros, cidades, nações inteiras e, até mesmo, igrejas
podem ser vítimas de maldição, acarretando aos seus
moradores sofrimentos crônicos de miséria, pobreza,
adultério, mortes prematuras, etc.
Jorge Linhares,
ensinando sobre isso, diz que as “cidades também podem estar
amaldiçoadas; portanto, tudo o que há nelas – o povo, o
solo, hospitais, fábricas, etc. – está sob maldição.”
[54]
Rebecca Brown
também fala do assunto:
Uma terra e uma propriedade podem tornar-se amaldiçoadas por
diversas razões. A primeira delas pode ser porque alguém, a
serviço de satanás, lançou uma específica maldição sobre uma
determinada área. Muitas terras nos Estados Unidos acham-se
amaldiçoadas pelos índios americanos. Um exemplo disso é a
região do desfiladeiro do rio Colúmbia, na fronteira dos
estados de Oregon e Washington. Os dois lados do rio
Colúmbia estão pontilhados por uma série de pequenas
cidades. Nessas cidades há muitas igrejas que são pequenas e
derrotadas. Nunca ocorreu um avivamento ou um movimento
maior do “Espírito Santo” naquela região.
A segunda maneira pela qual propriedades podem estar
amaldiçoadas para os cristãos é por terem sido dedicadas ao
serviço de satanás e de espíritos demoníacos. Todo cristão
que venha à propriedade para nela viver é oprimido por
espíritos demoníacos residentes no local, e é amaldiçoado
por esses demônios.[55]
Finalmente, determinadas propriedades às vezes têm uma
maldição em si por causa dos pecados dos antigos
proprietários e residentes. Os espíritos demoníacos tomam
residência na propriedade pelo pecado das pessoas que a
possuem ou que moram nela. Uma outra pessoa que depois vem
morar no local ficará sob opressão por aqueles demônios (por
suas maldições), a menos que a propriedade seja purificada.
2.3.3.4 O Poder
das Palavras
Nos tempos do
Velho Testamento, era comum entre as nações fetichistas, a
crença em espíritos bons e maus que preenchiam toda a
atmosfera. Estes espíritos poderiam ser manipulados para o
bem ou para o mal através da magia. Esta magia era efetivada
por ritos que incluíam sacrifícios e, também, palavras.
Considerava-se que estas palavras “mágicas” tinham um poder
em si mesmo para realizar o fim no qual foi proferida.
Assim, vê-se Balaque pedindo para Balaão proferir um fórmula
de maldição que provocasse a ruína de Israel (Nm 22), como,
também, Golias, esconjurando a Daoúd (I Sm 17).
Da mesma forma,
a doutrina de Maldição Hereditária tem ensinado que as
palavras proferidas pelo indivíduo têm o poder de trazer, a
ele mesmo ou a outros, bênção ou maldição. Assim, o
indivíduo deve prestar mais atenção no que diz,
principalmente nas palavras negativas como: “você é um
burro; não sabe fazer nada”, etc. Estas palavras são
respaldadas por espíritos maus (demônios) que fazem com que
se realizem.
Jorge Linhares fala sobre o assunto da forma como se segue:
“Maldição é a autorização dada ao diabo por alguém que
exerce autoridade sobre outrem, para causar dano à vida do
amaldiçoado. Na maioria das vezes não temos consciência de
estar passando-lhe essa autorização; em geral o fazemos
mediante prognósticos negativos, o que é popularmente
conhecido como “rogar praga”. E um dizer profético negativo
sobre alguém.
A maldição é a prova mais contundente do poder que têm as
palavras. Prognósticos negativos são responsáveis por
desvios sensíveis no curso de vida de muitas pessoas,
levando-as a viver completamente fora dos propósitos do
CRIADOR.
As pragas se cumprem.
É por
desconhecermos o poder de nossas palavras que vivemos
amaldiçoando nossos filhos, nossos parentes, as autoridades,
e, inclusive, nossos próprios negócios.
Quando usamos os lábios para amaldiçoar estamos chamando a
nós o que existe no inferno.
É temerário amaldiçoar
porque as maldições podem acarretar grandes consequências,
dentre elas a opressão e a possessão
demoníacas.”
[56]
Kenneth
Copeland, falando sobre o poder da palavra de trazer
maldição, diz o seguinte:
“A língua de vocês é o fator decisivo na sua vida... Vocês
podem controlar satanás aprendendo a controlar a própria
língua. Vocês têm sido condicionados, desde o nascimento, a
falar palavras negativas,
carregadas de sentimentos de morte. Inconscientemente, em
sua conversação diária, vocês usam palavras que se referem a
morte, enfermidade, ausência, temor, dúvida e incredulidade:
Quase morri de susto! Estou morrendo de vontade de fazer
isso ou aquilo. Pensei que ia morrer de tanto rir. Ainda
morro disso! Isso me deixa doente! Essa confusão está
acabando comigo. Acho que vou pegar um resfriado. Não
aguento mais isso. Duvido que... Quando proferem essas
palavras vocês nem suspeitam do que acontece, mas estão
trazendo sobre si mesmos forças negativas e brasas
incandescentes... Suas palavras liberam os poderes de
satanás.”
[57]
A Missão Shekinah também fala sobre isso da seguinte forma:
“Há poder em
nossas palavras, para morte e para vida. Toda palavra que
sai de nossa boca, é usada ou por satanás ou pelo “Espírito
Santo”. Não há palavra perdida. Toda palavra torpe ou
maldita é usada por satanás para transformá-la em produto
contra nós, ou contra quem pronunciamos. Toda palavra de
benção é usada pelo “Espírito Santo” do CRIADOR, para
transformá-la em produto para abençoar nossas vidas, ou de
quem abençoamos. Quantas vezes, apesar do “santo Espírito”
morar em seu interior, você usou a sua boca e lançou
palavras. Talvez até em momentos de ira, nervosismo, e estas
palavras estão ecoando até hoje como maldição: Contra
você mesmo: “Eu não presto para nada”, “Eu sou gorda
demais”; Contra seu marido/esposa: “Você não presta”,
“Você nunca será alguém na vida”; Contra seu salário:
“Esta micharia de novo”, “Este mês não vai dar”; Contra
seus filhos: “Você é burro”, “Você é preguiçoso”, “Você
é rebelde”, “Você é igual ao seu pai (mãe)” -
pejorativamente, “Você é uma prostituta”.
Às vezes
recebemos palavras de maldição de nossos pais, irmãos,
pessoas, etc. Temos autoridade no Nome de Yaohushua, para
cancelar toda palavra de maldição, toda sentença laçada
contra nós.”
[58]
2.3.3.5 A
feitiçaria
Magia é “a
exploração de poderes miraculosos ou ocultos, por métodos
cuidadosamente especificados para atingir finalidades que
doutro modo não podiam ser alcançadas.” Esta magia envolve
rituais que visam manipular os espíritos bons e maus para
fazer, respectivamente, o bem e o mau a um determinado
indivíduo ou lugar.
A doutrina de
maldição hereditária crê que maldições podem ser lançadas,
com sucesso, à pessoas (inclusive cristãs) e lugares,
através de rituais de Feitiçaria, Magia Negra, Vodu,
Umbanda, Candomblé e outros. Rebecca Brown comenta sobre
isso:
“Pessoas
envolvidas no ocultismo frequentemente se voltam contra os
cristãos. Eles têm que realizar vários rituais, ou
‘trabalhos’, para fazer com que os demônios realizem as
tarefas que eles desejam.”
[59]
Para melhor
compreensão faz-se necessário ver alguns destes rituais. Um
ritual muito interessante são os desenhos. Crê-se que
existem determinados desenhos - feitos em muros, casas,
igrejas, empresas, etc. -, de procedência ocultista, que são
alojamento de demônios “observadores”. Então, estes demônios
teriam a função de observar a região em redor e impor
sofrimentos a quem ele foi destinado. Para quebrar esta
maldição faz-se necessário ungir com óleo o desenho e, em
seguida, apagá-lo do local em que foi desenhado.
Um outro ritual
usado para lançar maldições é o uso de objetos pessoais.
Nesse ritual, o feiticeiro utiliza um objeto pessoal para
realizar seu agouro à pessoa objeto.
Alguns,
comumente usados, são as “fotos, fios de cabelo, pedaços de
unha e roupas da pessoa. Essas coisas são usadas como
marcadores. O espírito demoníaco envolvido com tais rituais
exige essas coisas para que possa identificar a pessoa a
quem ele está sendo enviado para afligir.”
[60] Para quebrar esta maldição, faz-se
necessário pedir para YAOHUH destruir o objeto que está de
posse do feiticeiro e, em seguida, expelir todos os demônios
oriundos desta maldição.
A maldição pode
ser lançada, também, através de animais ou bichinhos de
estimação e presentes recebidos. Neste caso, o feiticeiro
pode lançar uma maldição sobre o animal da pessoa ou colocar
um feitiço em um objeto e presentear a pessoa com este
objeto. Em ambos os casos, a consequência são infortúnios
para a pessoa objeto. Nestes dois casos, a maldição é
desfeita através da unção com o óleo.
2.3.3.6
Espíritos Familiares
Um outro
conceito da doutrina de maldição hereditária, amplamente
divulgado, é o de “espíritos familiares”. Espíritos
familiares são demônios que, devido ao pecado de algum
antepassado, acompanha geração a geração, impondo-lhes
aquele mesmo pecado. Se uma determinada pessoa comete o
pecado de adultério, por exemplo, ela deu oportunidade a
demônios de transmitirem os mesmos pecados à sua
descendência.
Ricardo Mariano
define esta idéia da seguinte forma:
“Os que pregam
acerca de tais espíritos crêem que um indivíduo, crente ou
não, tendo ancestral que pecara ou mantivera ligações com
espiritismo, idolatria ou quaisquer práticas religiosas
anti-bíblicas, carrega consigo a maldição provocada pelo
demônio herdado. Para libertar-se, precisa renunciar ao
pecado e às ligações demoníacas de seus ancestrais e
‘quebrar’, por meio do poder do CRIADOR posto em ação pelo
culto de intercessão, as maldições hereditárias.”
[61]
O texto mais
usado para defender esta idéia é Lv 19:31, na versão “King
James”:
“Não vos
voltarei para os que tem espíritos familiares (necromantes
em nossas Bíblias), para serdes contaminados por eles. Eu
sou o Messias.”
Robson
Rodovalho, em seu livro “Quebrando as maldições”, explica
este pensamento da maneira como se segue: “O CRIADOR tão
somente entrega aquela família ou indivíduo, a sofrer as
ações dos espíritos familiares que induziam seu antepassados
àquelas práticas pecaminosas. Desta forma, as heranças
espirituais são transmitidas de geração a geração e é por
isso que se cumpre o provérbio popular: Tal pai... Tal
filho.” [62]
“Há um
acompanhamento, por parte destes demônios, sobre as
famílias. E eles transmitem os mesmos vícios, comportamentos
e atitudes de que temos falado”.
[63]
Segundo Robson
Rodovalho, estes espíritos familiares são encarregados de
transmitir maldições para as gerações posteriores. Seus
campos de atuação são: casamento, violência, enfermidade,
vícios, loucura e destruição das finanças.
Nota de oCaminho:
Isto é uma deturpação do texto bíblico pois ali (Lv 19:31 cf
Dt 18:11) está sendo impingido uma recriminação contra os
que consultam “mortos” (demônios que personificam nossos
entes já falecidos)...
A Missão
Evangélica Shekinah ainda fala sobre isso da seguinte forma:
“O
problema teológico é facilmente explicado. O pecado dá
direito legal a satanás de gerar consequências nas gerações
futuras.
Ele
se utiliza de espíritos malignos familiares, demônios
específicos que controlam cada família.
Veja
porque no espiritismo realiza-se uma sessão chamada de
consulta ao morto (falecido). Muitos, por ignorância, crêem
que o espírito que incorporou no médium é verdadeiramente do
falecido, pois ele fala como se fosse o falecido, diz as
coisas que ele gostava, etc. Mas na verdade, é o espírito
familiar maligno que acompanha aquela família, por alguma
legalidade. Estes espíritos familiares cumprem a função
descrita em I Kafós 5:8 “...o diabo, vosso adversário, anda
em derredor...”, pois ele não é onipresente. Eles acompanham
aquela família, geração após geração, esperando uma brecha
para penetrar (assim como no caso de Judá até Daoúd). Também
se utilizam da ignorância do homem.”
[64]
A Missão Shekinah ainda falando sobre isso, oferece uma
lista de áreas onde estes espíritos familiares atuam. Entre
estas está:
Espíritos familiares na área de temperamentos e caráter:
01.
Injustiça
02.
Dolo
03.
Detratação (depreciar, reputação)
04.
Assaltos
05.
Assassinatos
06.
Furtos
07.
Fraudes
08.
Falta de misericórdia
09.
Difamação
10.
Maldade
11.
Calúnia
12.
Injúria
13.
Crueldade
14.
Malignidade
15.
Orgulho
16.
Vaidade
17.
Presunção
18.
Cobiça
19.
Covardia
20.
Mentira
21.
Rebeldia
22.
Maledicência
23.
Malícia
24.
Ganância
25.
Avareza
26.
Dissenção
27.
Brigas
28.
Rixas
29.
Língua Desenfreada
30.
Ciúmes
31.
Inimizades
32.
Porfias
33.
Criticismo
34.
Murmuração
35.
Timidez
36.
Vingança
37.
Ódio
38.
Ira
39.
Inveja
40.
Engano
41.
Medo
42.
Pânico
43.
Devaneios (fantasias)
44.
Procrastinação (demora em tudo)
45.
Infidelidade ao CRIADOR e aos homens
46.
Maus tratos às crianças(espancamento, julgamento, falta de
respeito)
47.
Delação de pessoas inocentes
48.
Amaldiçoar os pais e os descendentes
49.
Morte
50.
Suicídio
51.
Acidentes e desastres
52.
Vícios, Álcool, drogas, jogos, etc.
Espíritos familiares ligados à seitas e religiões:
01.
Espiritismo - Kardecismo, Umbandismo, Candomblismo,
Macumbaria, satanismo,etc.
02.
Idolatria - católica romana; trinitarianismo (todas as
pentecostais)
03.
Seitas diversas: Maçonaria, Rosa Cruz , Pró-Vida, Nova Era,
Mormonismo, Testemunha de Jeová, etc.
04.
Cangaço, Canibalismo, Guerras religiosas, Sacrifício de
crianças, pessoas e animais. Perseguição aos judeus e
cristãos (italiano, alemão)
05.
Incredulidade em todas as formas. Colaboração para
construção de templos pagãos.
Espíritos familiares ligados à área de comportamento social:
01.
Guerras (todos os tipos, político, social, religioso);
02.
Revolução (esp. revolucionário)
03.
Fascismo;
04.
Nazismo
05.
Comunismo
06.
Racismo
07.
Racionalismo
08.
Despotismo (poder absoluto)
09.
Intelectualismo
10.
Materialismo
11.
Anarquismo
12.
Consumismo
13.
Feudalismo
14.
Terrorismo
15.
Colonialismo
16.
Preconceitos
17.
Fazer acepção de pessoas
18.Traição
19.
Máfia
20.
Contrabando
21.
Autoritarismo
22.
Controle
23.
Mau uso de poder
24.
Opressão aos pobres
25.
Prejudicar viúvas, órfãos, pobres, utilizando-se de meios
escusos
26.
Falsos testemunhos
27.
Derrota
28.
Miséria
29.
Síndrome de bancarrota
30.
Violência social
31.
Mutilação de pessoas
32.
Cárcere privado
33.
Executor como carrasco, pistoleiro
34.
Pirataria
35.
Tráfico de escravos
36.
Escravatura
37.
Roubo de tesouro e terras
38.
Espólio (tirar por fraude ou violência)
39.
Saques de aldeias
40.
Tortura de pessoas.
41.
Lesbianismo
44.
Homossexualismo
45.
Prostituição” [65]
2.3.3.7 Árvore
Genealógica
Segundo os
pregadores da “maldição hereditária”, quando se constata
alguma maldição na vida de alguém, de alguma coisa ou lugar,
deve-se pesquisar os motivos pelos quais a maldição teve
amparo; i, é, a “brecha”. No caso de coisas, pode-se fazer
uma pesquisa de sua procedência - quase sempre, são objetos
oriundos de culto afro -. No caso de lugares, é necessário
fazer uma pesquisa – em muitos casos muito dispendiosas –
para se descobrir as causas da maldição. Por exemplo, o
Brasil sofre a maldição da miséria porque na colonização os
portugueses abriram “brecha” roubando o tesouro nacional e,
os políticos de hoje, ainda causam esta brecha. No caso de
pessoas, faz-se necessário pesquisar os ancestrais do
indivíduo, para ver se alguém, no passado, cometeu algum
pecado e, consequentemente abriu a “brecha”, desencadeando
uma maldição. A essa pesquisa dos ancestrais chama-se árvore
genealógica.
Nota de oCaminho:
Se estes que seguem esta doutrina anti-bíblica sabem as
causas da “pobreza” no Brasil, então porque não “amarram”
este “espírito nacional”?
Vejamos o que
diz Robson Rodovalho, em seu livro “Quebrando as maldições”:
“...quando
percebemos existir maldições hereditárias nas pessoas,
pedimos para que ela faça uma gráfico da árvore genealógica,
até a Quarta ou Quinta geração ou até onde tem informações.
E tentem escrever como foram aqueles antepassados. Como
foram suas práticas, vícios e a história da vida deles.
A partir dali,
tentamos discernir se existem maldições que entraram na
família, e em oração os quebrar. Temos que até interceder,
pedir perdão por pecados que aqueles antepassados tiveram, e
quebrar os pactos que fizeram.
[66]
Nota
de oCaminho:
Interessante este método! Se não conseguirem “amarrar” tal
“espírito”, certamente a falha será do “oprimido”!!! Nunca
do “libertador” – Jo 8:32.
Ainda
instruindo seus leitores a realizar tal prática, Robson
Rodovalho indica como fazer esta árvore genealógica: (1)
Começar desenhando as raízes que representam a herança
familiar; (2) Desenhar o solo que representa o apoio
com que conta a família; (3) Pensar e desenhar o tipo
de árvore que deseja representar; (4) Desenhar um
galho representando cada pessoa da família; (5)
Colocar o nome da família na parte superior do desenho; (6)
Comentar sobre o desenho ao cônjuge.
2.3.3.8 Outros
Procedimentos para se quebrar a maldição
Fazer a árvore
genealógica não basta para quebrar uma maldição, isso
somente informa sobre os motivos pelos quais ela está
afligindo alguém. Quais seriam, então, os procedimentos, a
se tomar, depois que se descobre a existência da maldição?
De acordo com os mestres da doutrina da maldição
hereditária, existem certos procedimentos que se devem tomar
a fim de quebrar as maldições:
(1) Reconhecer
que Cristo tomou sobre si as nossas maldições; i. é,
reconhecer que não se precisa tolerar a maldição, pois,
Cristo, levou o fardo de todas as maldições; portanto,
qualquer maldição que, porventura, o indivíduo possa levar
é, meramente, fruto de seu conformismo.
(2) Pedir
perdão pelos antepassados. Deve-se assumir o pecado cometido
pelo antepassado, confessando e arrependendo-se dele.
(3) Orar
quebrando, rejeitando, anulando, negando, renunciando as
maldições. Assim fazendo, todos demônios ligados a maldição
são expelidos.
Sobre isso,
Robson Rodovalho fala da seguinte forma: “Faça uma lista das
características pecaminosas da sua família e ore fazendo
campanhas, renúncias, para quebrar estas maldições em seu
viver, Que não haja nenhuma maldição, nenhum legado sobre a
sua vida, que seus pais possam ter transmitido, mas que seja
quebrado trazendo a única herança da bênção, a bênção de
Cristo.” [67]
Rebecca Brown
instrui a quebrar a maldição da seguinte forma:
“Se a maldição proveio de satanás, e ele teve direito legal
para fazer isso, tome os seguintes passos:
§ PRIMEIRO PASSO: Confesse e reconheça o pecado que
deu a satanás e/ou a seus servos o direito de lançar uma
maldição em você. Arrependa-se e peça a o CRIADOR perdão e
purificação.
§ SEGUNDO Passo: Em voz alta, tome autoridade sobre a
maldição em nome de Yaohushua e ordene que ela seja quebrada
de imediato.
Por exemplo: “Em nome de Yaohushua eu tomo autoridade sobre
esta maldição e ordeno que ela seja quebrada agora!”
§ TERCEIRO PASSO: Ordene a todos os espíritos
demoníacos relacionados com tal maldição que saiam de sua
vida imediatamente, em nome de Jesus.
Por exemplo: “Em nome de Yaohushua, ordeno que todos os
demônios relacionados com esta maldição saiam da minha vida
agora!”
Se satanás o amaldiçoou sem ter tido o direito legal para
tanto, então tome os seguintes passos:
§ PRIMEIRO PASSO: Falando em voz alta, tome
autoridade sobre a maldição, em nome de Yaohushua, e ordene
que ela seja quebrada de imediato.
Por exemplo: “Em nome de Yaohushua, eu tomo autoridade sobre
esta maldição de... e, ordeno que seja quebrada agora!”
§ SEGUNDO PASSO: Ordene a todos os espíritos
demoníacos relacionados com a maldição que lhe deixem
imediatamente.
§ Por exemplo: “Em nome de Yaohushua, ordeno que todos os
demônios relacionados com esta maldição vão embora da minha
vida agora!”68
Nota de oCaminho:
Temos livre arbítrio e a única forma de permitir que satanás
tenha controle sobre as nossas mentes é nos submeter ao
hipnotismo (entregar o controle de nossa mente para outrem)!
Estas terapias de “regressões” são maléficas, pois em
primeiro lugar admite a imortalidade da alma e a
re-encarnação, doutrinas satânicas (espíritas)...
2.3.4 A
Maldição hereditária à luz das Escrituras
2.3.4.1
Etimologia da palavra “Maldição”
Segundo o Novo
Dicionário de língua portuguesa
[69], “maldição” vem do Latim “maledictione” e
significa o ato ou o efeito de amaldiçoar ou maldizer;
praga; desgraça, infortúnio, calamidade.
Existem quatro
palavras hebraicas que, geralmente, são traduzidas como
maldição. São elas: ‘arar (gr. Kataraomai), ‘alâ (gr.
Epikataratos), qälal (gr. Kataraomai) e qäbab.
‘arar
A palavra
hebraica ‘arar é um verbo que tem como raiz ‘-r-r. Citando
Brichto, o Dicionário Internacional de Teologia do Antigo
Testamento diz que ‘arar vem da palavra acadiana aräru que
tem o sentido de “capturar, prender”. Segundo o Dicionário,
‘arar significa, portanto, “prender (por encantamento),
cercar com obstáculos, deixar sem forças para resistir”
[70]. O sentido é de banimento ou estado de
inexistência de Bênçãos.
Segundo o
Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento71,
quando a palavra ‘arar é usada, ela está envolvendo três
categorias gerais: (1) Declaração de punição ( Gn
3:14,17); (2) proferir de ameaças (Jr 11:3; 17:5; Ml
1:14); (3) proclamação de leis ( Dt 27:15-26;
28:16-19).
Assim sendo,
todas estas categorias envolvem a consequência da quebra do
relacionamento de alguém com YAOHUH, i. é, o estado a que se
chegou por ter quebrado a
aliança, um
estado de separação, de banimento.
‘älâ
Esta palavra é
usada 35 vezes no Antigo Testamento. É um substantivo usado
para expressar o juramento solene entre os homens (Gn 24:41;
26:28) e entre YAOHUH e os homens (Nm 5:21 e ss; Jz 17:2; 1
Rs 8:31).
A palavra
derivada ta’älâ tem o sentido de “punição para um juramento
quebrado”. Ela ocorre somente uma vez no Antigo Testamento,
em Lm 3:65: “Tu lhe darás cegueira de coração, a tua
maldição imporás sobre eles.”
Qälal
Esta palavra é
usada 42 vezes no Antigo Testamento. Significa “ser sem
importância, insignificante, coisa pouco valorizada”. A raiz
desta palavra, q-l-l, ocorre 130 vezes e exprime a idéia de
desejar a outra pessoa uma posição inferior. Em Ne 13:25,
vê-se Neemias/Naokhem’yah pronunciando uma qälal, i, é, uma
fórmula de maldição. Em II Mc 4:2 (apócrifo) encontramos
esta expressão traduzida da seguinte forma: “ falar mal
de...”
Qelälä é o
substantivo derivado de qälal.. A ênfase dada neste
substantivo exprime a idéia de ausência de um estado
abençoado e o rebaixamento a um estado inferior. Ou seja, a
fórmula de maldição seria a expressão do estado de maldição.
É a idéia (pensamento) da posição de insignificância. Esta
palavra representa o estado descrito e possível (Dt 11:26;
30:19), enquanto que ‘arar é o próprio estado a que se
chegou.
O Dicionário
internacional de Teologia do Antigo Testamento, tratando
sobre isso, comenta da seguinte forma:
“Os pagãos
achavam que os homens eram capazes de manipular os deuses. É
por isso que Golias amaldiçoou Daoúd (I Sm 17:43) e Balaam
foi chamado a amaldiçoar Israel (Nm 22:6). Entretanto a
maldição infundada não possui efeito algum (Pv 26:2).
Somente as fórmulas divinas ( de Bênção e maldição) são
eficazes (Sl 37:22). Conforme o CRIADOR disse a Abrul'han,
“os que te amaldiçoarem [qälal ]” ( i. é, pronunciarem uma
fórmula) “[eu os] amaldiçoarei [‘arar]” ( i. é, eu os porei
na posição de vergonha que te desejarem). Amaldiçoar o
profeta do CRIADOR equivaleria a atacar o próprio CRIADOR e
a trazer sobre si o juízo divino, como foi o caso com os
rapazes que difamaram (cf. qälas) Eliseu/Ul’shua e foram por
este amaldiçoados (qälal, II Rs 2:24)”
[72]
Qäbab
Uma outra
palavra traduzida como maldição é qäbab. Esta palavra ocorre
15 vezes no Velho Testamento. Ela exprime a idéia de
pronunciar uma fórmula com o propósito de trazer malefícios
ao seu alvo. A ênfase desta palavra é o poder inerente às
palavras para provocarem o mal desejado. Ela aparece,
principalmente, nas narrativas de Balaam e Balaque (Nm
23:8). Isso se da, talvez, porque Balaque cria na
possibilidade da magia (fórmulas que prejudicavam ao objeto)
e por querer utilizar-se desta magia.
2.3.4.2 A
Maldição nas culturas antigas
Nas culturas
antigas, era ordinária a busca pelo sobrenatural quando os
métodos naturais não tinham eficácia diante de suas
necessidades. Essa busca pelo sobrenatural era conhecida
como “magia”. A magia era “a exploração de poderes
miraculosos ou ocultos, por métodos cuidadosamente
especificados para atingir finalidades que doutro modo não
podiam ser alcançadas.” [73]
Sobre isso comenta Antônio Neves:
“Desde tempos
imemoriais se cultivava a magia. A idéia fetichista de que o
mundo está povoado de maus e bons espíritos e que os maus
podem ser propiciados por meio de oferendas, rezas e tantos
outras invenções pagãs, oferecia vasto campo a explorações
nas crendices populares. Todos os povos palestinos eram
dados a essas práticas, mesmo que não sejam considerados
propriamente povo fetichista, mas apenas idólatras.”
[74]
Lothar Coenen
também fala da seguinte forma:
“No pensamento
da Antiguidade, a palavra tem poder intrínseco que é
liberado pelo ato de pronunciá-la, e independente deste ato.
A pessoa amaldiçoada é assim exposta a uma esfera de poder
destrutivo. A maldição opera de modo eficaz contra a pessoa
execrada, até que se esgote o poder inerente na maldição.”
[75]
No Egito, a
magia era efetivada através de rituais que representavam o
resultado desejado; i, é, se o mágico quisesse destruir o
inimigo, ele faria uma imagem de cera de seu inimigo e, em
ritual, destruiria o boneco. A magia também era efetivada
através de pronunciamentos de palavras que eram tidas como
eficazes para a efetivação do encantamento. Em geral, a
magia era utilizada para beneficiar “os vivos e os mortos
*”.
* Sempre em
relação às suas crenças pagãs...
Segundo
Douglas, as funções das magias egípcias podem ser
classificadas da maneira como se segue: “Defensiva,
produtiva, prognóstica, malévola, funerária e operadora de
maravilhas.”
[76]
A magia
defensiva visava a defesa contra coisas que podiam lhes
afligir, como serpentes, escorpiões, etc. A magia produtiva
era utilizada para facilitar diversas ocasiões da vida como
o parto, a relação sexual e abrandar más condições
atmosféricas. A magia prognóstica tinha como finalidade a
predição de acontecimentos futuros. A magia malévola, ainda
que punida pela lei, era empregada para acometer alguma
espécie de mal aos outros. A magia funerária visava prover
capacitação aos mortos* para vencerem dificuldades no mundo
vindouro. Por fim, a magia operadora de milagres concedia
aos mágicos renome, por desvendar suas habilidades
miraculosas.
Os medos e
persas também tinham elementos de magia em sua cultura e,
principalmente, em sua religião oficial. Sua magia
originou-se, principalmente, dos sumérios de 3.000 a.Y. O
Zoroastrismo é uma religião de origem persa. Interessante
notar (a fim de ressaltar o envolvimento desta cultura nas
artes mágicas) que os sacerdotes do zoroastrismo são
chamados de “magi” e esta é a origem da palavra portuguesa
“mágica”. Esta mágica era praticada com o mesmo sentido que
era praticada no Egito. Ela visava os interesses tanto dos
vivos como dos mortos”. Como no caso do Egito, a magia era
praticada por sacerdotes eruditos.
Chanplim divide
em três as técnicas empregadas pelos medo-persa na magia:
1.
técnicas puramente práticas;
2.
técnicas cerimoniais;
3.
técnicas que combinam o prático com o cerimonial.
Na magia prática, o indivíduo simplesmente faz algo que foi
declarado como bom pelo feiticeiro ou sábio. Realiza certos
atos. Na magia ritualística, há encantamentos e agouros,
algumas vezes acompanhados por ritos sacrificais elaborados.
Divindades, demônios, forças cósmicas, forças da natureza,
etc., são invocados como auxílios. Acredita-se que certas
palavras revestem-se de poder, e que certas orações,
declarações, etc., necessariamente atraem os poderes
superiores. Certos atos podem ser reforçados por rituais e
orações, e nisso temos algo que pertence à terceira
classificação de técnicas.”
[77]
Nota de oCaminho:
Hoje, palavras como “abracadabra”; “eu tenho a força”, etc.
nos remetem a estes conceitos...
A civilização
hindu elaborou-se por volta de 1500 a 800 a.Y.
Sua religião era marcada pelo conformismo às regras e
costumes, como também às práticas mágicas bastante
numerosas. Também era marcada pelo panteísmo, onde a
divindade ficava à disposição do homem que pode manipulá-la
através do sacrifício ou devoção. A magia nesta civilização
era comum. Ela envolvia todos os aspectos da vida: saúde,
trabalho, sexo, etc. Suas principais maneiras de se fazer
magia são alistadas por André Aymard e Jean Auboyer:
“Fórmula
murmurada (mantra), as transferências dos problemas humanos
para objetos ou animais, enfim, encantos e amuletos que
devem assegurar a longa vida, curar ou combater as doenças,
afastar as más influências, banir os aborrecimentos e
sofrimentos, conquistar o amor do ser amado etc.”
[78]
A vida na
civilização chinesa era marcada pela crença em um mundo
divino e demoníaco, cujo favor deve ser buscado. Para que
isso acontecesse, o indivíduo deveria saber quais os deuses
e espíritos que lhe correspondiam, a partir de sua posição
social, função e dever. No ritual para se buscar o favor
desses espíritos “a oração tem um valor de certo modo mágico
e opera por si mesma, se pronunciada corretamente, no
momento desejado e nas circunstâncias pedidas.”
[79]
Assim, era
comum a crença em maldições. Para estes povos, a maldição
era um desejo exteriorizado em forma de palavras ou, até
mesmo, de ritos; estas palavras e ritos, segundo se pensava,
tinham o poder intrínseco de realizar o desejo expresso.
Nota de oCaminho:
A REZA tem esta origem e o conceito da trindade tem origem
no Egito, via Grécia! O próprio SIDUR é realizado como sendo
uma REZA. Em tempo, o kipá (um claro desrespeito a
YAOHUH
- I Co 11:4) também vem do Egito e foi, inicialmente,
adotado pelo papado na forma do solidel... Somente no fim do
século XVIII é que foi adotado pelos judeus e hoje, os
messiânicos “copiaram” esta indumentária pagã!
William L.
Coleman, definindo o termo “encantamento”, diz o seguinte:
“Eram formas de tentar afetar a vida de outrem para o bem ou
para o mal por meio de dizeres ou magias. Tais práticas
foram largamente empregadas durante o período da história
bíblica... Aquele povo tinha muita fé em bênção e
maldições.”
[80]
Nota de oCaminho:
O conceito de magia branca e negra vem deste modo de
pensar...
De semelhante
forma, Chanplin define encantamento da seguinte forma:
“Os
encantamentos são aquelas práticas, comuns entre os povos
primitivos, de usar fórmulas verbais ou ritos mágicos que
encorajariam os poderes sobrenaturais a entrar em ação,
praticando o bem ou o mal, abençoando ou amaldiçoando as
pessoas, exorcizando os demônios, provocando experiências
místicas ou curando enfermidades. Essas fórmulas verbais são
faladas ou entoadas e, geralmente, fazem parte de rituais
para todos os tipos de ocasiões.”
[81]
Nota de oCaminho:
Este é o método usado nas “Batalhas Espirituais”!
Mary J. Evans,
também comenta sobre o assunto da seguinte forma:
“Na Mesopotâmia, parece
que aquela vida foi dominada lidando com o terror de
maldições e agouros. Estas maldições eram invocadas por
indivíduos e a sensação é que os deuses não podiam escolher
não agir. A pessoa tinha a impressão que a maldição age
totalmente independentemente da relação entre o indivíduo e
os deuses dele.”
[82]
Um exemplo
desta crença antiga, é o caso de Balaão e Balaque (Nm
22,23). Balaque era um rei Moabita que contratou Balaão para
amaldiçoar Israel. As palavras de Balaque expressam sua
crença no poder intrínseco das palavras em trazer benefícios
ou malefícios ao seu objeto: “Vem, pois, agora, rogo-te,
amaldiçoa-me este povo, pois é mais poderoso do que eu; para
ver se o poderei ferir e lançar fora da terra, porque sei
que a quem tu abençoares será abençoado, e a quem tu
amaldiçoares será amaldiçoado.” (Nm 22:6).
Já vimos que a
palavra hebraica usada por Balaque foi “qäbab”, que exprime
a idéia de pronunciar uma fórmula com o propósito de trazer
malefícios ao seu alvo. Isto ilustra, como diz Russel Shedd,
“ a crença popular que o próprio fato de um profeta
prenunciar algo traria o efeito profetizado.”
[83]
2.3.4.3 A
Maldição em Gênesis
O nome do
primeiro livro da Bíblia vem da palavra hebraica berëshît,
“no princípio”. Quando foi transliterada para o grego da
LXX, teve o significado de “origem, fonte”. Este nomes são
perfeitamente adequados para o teor do livro. O livro trata
das origens de todas as coisas. Sobre a estrutura do livro,
Lasor, Hubbard e Bush, falam da seguinte forma:
“O livro tem
duas partes distintas: capítulos 1-11, a história primitiva,
e capítulos 12-50, a história patriarcal (tecnicamente
1:1-11:26 e 11:27-50:26). Gn 1-11 é um prefácio à história
da salvação, tratando da origem do mundo, da humanidade e do
pecado. Gn 12-50 reconta as origens no ato do CRIADOR
escolher os patriarcas, juntamente com as promessas de
terra, posteridade e aliança.”
[84]
Desta forma, o
livro de Gênesis relata a origem do pecado e, diretamente
ligada a ele, a origem da maldição. Nós vemos a ocorrência
da maldição no capítulo 3, 4, 9, 12, 27 e 49. A primeira
passagem que ocorre a palavra “maldição”, é Gn 3:14:
“Então, o
CRIADOR disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és
entre todos os animais domésticos e o és entre todos os
animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás
pó todos os dias da tua vida”.
Pode-se
perceber neste texto que é impossível separar a maldição do
pecado. A palavra hebraica usada aqui para “maldição” é
‘arar. Portanto, o sentido aqui, é que a serpente seria
“banida” de todos os animais, i. é, ela passaria a viver em
um estado de inexistência de Bênçãos devido ao seu pecado e,
semelhantemente, o solo (“maldita é a terra por tua causa”)
seria impedido de conceder sua fertilidade ao homem, devido
ao pecado deste.
É como diz
Kaiser: “Em cada caso foi declarada a razão da maldição: (1)
satanás logrou a mulher; (2) a mulher escutou a
serpente; e (3) o homem escutou a mulher – ninguém
escutou a o CRIADOR.”
[85]
Da mesma forma,
Caim foi “maldito desde a terra” (4:11), ou seja, “banido de
usufruir de sua produtividade”
[86], ou melhor, “os labores de Caim como agricultor
seriam vãos; portanto, ele teria de andar pela terra como um
vagabundo” [87] , e essa
maldição foi consequência de seu pecado, o homicídio. Da
mesma maneira, Canaã tornou-se maldito (Gn 9:25); ou seja,
foi colocado em um estado inferior (como diz Daoúddson:
“talvez significasse a subjugação final dos cananeus a
Israel” [88]; e Halley :
“Os descendentes de Cão seriam raças de servos”
[89]), por ter participado vulgarmente do
triste incidente.
Em Gn 12:3,
essa idéia também é expressa. YAOHUH diz a Abraão que
abençoaria o que o abençoassem e amaldiçoaria aos que o
amaldiçoassem. A maldição (‘arar) de YAOHUH; i, é, o estado
de inexistência de Bênçãos, alcançaria aqueles que
desejassem, e expressassem em palavras, esse estado para
Abraão.
Nesse mesmo
contexto, é importante notar-se o entendimento que Yah'kof
tinha desta ligação do pecado com a maldição. Em Gênesis
27:11,12, vê-se o estratagema de Yah'kof e sua mãe para
usurpar a bênção de Esaú. Receoso, Yah'kof diz à sua mãe:
“Dar-se-á o caso de meu pai me apalpar, e passarei a seus
olhos por zombador; assim, trarei sobre mim maldição e não
bênção.” A palavra hebraica traduzida aqui como maldição é
qelälâ. Como já vimos, a idéia básica desta palavra é a
ausência de um estado abençoado e o rebaixamento a um estado
inferior. Assim, Yah'kof tinha receio que suas maquinações
lhe provocassem um estado imediatamente inferior do estado
de Bênção.
Da mesma forma,
Yah'kof, mais à frente (Gn 49:7), expressa, ainda, este
conceito, quando diz que Simeão e Levi eram malditos. É
importante notar-se que este “rebaixamento” de Simeão e Levi
se deu por causa do massacre que infringiram à Siquém.
Portanto, no
livro de Gênesis/Bereshit, a maldição está diretamente
ligada ao pecado e significa basicamente um estado. Estado
esse que seria desfavorecido em relação ao estado anterior
que era abençoado por YAOHUH, por consequência da quebra do
relacionamento com Ele.
2.3.4.4 A
Maldição Em Deuteronômio
A origem da
palavra portuguesa “deuteronômio” remonta à expressão
hebraica ‘ëlleh haddebärîm, “são estas as palavras”. Esta
expressão hebraica foi transliterada para a palavra grega
“deuteronomion” que significa “segundo livro da lei” ou
“segundo pronunciamento da lei. Assim, os tradutores
intitularam este livro fazendo uma alusão clara a primeira
ocorrência da lei, em Êxodo. Fizeram isso por que o conteúdo
do livro é exatamente esse. Em Êxodo, Levítico e Números, as
leis foram promulgadas e, agora, prestes a entrar em Canaã,
a lei estava sendo recapitulada.
Pensando assim,
o livro de Deuteronômio tem sido dividido em três discursos.
Lasor, Hubbard e Bush tecem o seguinte esboço de
Deuteronômio:
Introdução
(1:1-5)
Primeiro Discurso:
Atos de UL (1:6—4:43)
Sumário Histórico da Palavra de UL (1:6-3:29)
Obrigações de Israel para com YAOHUH (4:1—40)
Nota sobre Cidades de Refúgio (4:41-43)
Segundo Discurso:
Lei de UL’HIM (4:44—26:19)
As Exigências da Aliança (4:44—11:32)
Introdução (4:44-49)
Dez Mandamentos (5:1-2 1)
Encontro com o Criador (5:22-33)
Grande Mandamento (6:1-25)
Terra da Promessa e Seus Problemas (7:1-26)
Lições dos Atos de UL e Reação de Israel (8:1—11:25)
Alternativas diante de Israel (11:26-32)
Lei (12:1—26:19)
Acerca do Culto (12:1—16:17)
Acerca dos Juízes (16:18—18:22)
Acerca dos Criminosos (19:1-21)
Acerca da Guerra (20:1-20)
Miscelânea de Leis (21:1—25:19)
Confissões Litúrgicas (26:1-15)
Exortações Finais (26:16-19)
Cerimônia a Ser Instituída em Siquém (27:1—28:68)
Maldições pela Desobediência (27:1-26)
Bênçãos pela Obediência (28:1-14)
Maldições pela Desobediência (28:15-68)
Terceiro Discurso:
Aliança com YAOHUH (29:1—30:20)
Propósito da Revelação de UL’HIM (29:1-29)
Proximidade da Palavra do CRIADOR (30:1-14)
Escolha Colocada diante de Israel (30:15-20)
Conclusão (31:1—34:12)
Palavras Finais de Mehushua; seu Cântico (31:1—32:47)
Morte de Mehushua (32:48-34:12).
Deste modo, pode-se notar que a lei é o tema dominante em
todo o livro. No entanto, diretamente ligado a este assunto,
pode-se ver o sub-tema: “maldição”. A maldição está presente
nos capítulos 11, 27, 28, 29 e 30. É importante notar-se que
em todas as ocorrências, a maldição está diretamente ligada
com o tema: Lei.
No capítulo 11:26-28, o autor adverte:
“Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a
maldição: a bênção, quando cumprirdes os mandamentos do
Criador, vosso criador, que hoje vos ordeno; a maldição, se
não cumprirdes os mandamentos do Criador, vosso criador, mas
vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para
seguirdes outros deuses que não conhecestes.”
Nota de oCaminho:
Nestes versos vemos o conceito do Livre Arbítrio exposto
pelo próprio UL (o Criador)... cf Dt 30:19.
No capítulo 27,
inicia-se uma série de instruções sobre as cerimônias de
bênçãos e maldições. Seis tribos deveriam subir ao monte
Gezirim e as outras seis deveriam subir no monte Ebal. As
primeiras realizariam um ritual de Bênção e as outras
realizariam um ritual de maldição. A lista de maldições era
constituída por doze declarações. Todas iniciavam da forma
como se segue: “maldito o homem...” ou “maldito aquele...”.
Esta expressão tem o propósito de revelar o estado
decorrente da quebra de mandamentos espirituais, sociais e
sexuais.
No capítulo 28 têm-se relatado algo semelhante ao capítulo
imediatamente anterior: o estado decorrente da desobediência
da lei. Paul Hoff comenta sobre estas maldições da seguinte
forma:
“A obediência traria bênçãos e a desobediência acarretaria
em maldição... A desobediência traia as seguintes maldições
(28: 15-68):
1) Maldições pessoais (16-20);
2) Peste (21,22);
3) Estiagem (23,24);
4) Derrota nas guerras (25-33);
5) Praga (27,28,35);
6) Calamidade (29);
7) Cativeiro (36-46);
8) Invasões dos inimigos (45-47);
a. Devastação da terra, 47-52 (cumpriu-se na invasão dos
assírios e babilônicos)
b. Canibalismo em tempo do cerco, 53-57 (Ver II Rs 6:28; Lm
2:20).
9) Pragas (58-62);
10) Dispersão entre as nações (63-68).”
[90]
Nos capítulos 29 e 30 também vemos a mesma proposta dos
capítulos anteriores; i, é, a bênção para os obedientes e a
maldição para aqueles que quebrarem a aliança.
Pode-se notar, portanto, que a maldição no livro de
Deuteronômio/Devarim é um estado de ausência de bênção,
decorrente da quebra dos mandamentos da aliança. Assim,
maldição é consequência. É a “perda da presença e
favor especiais do CRIADOR... e a perda da condição
de povo do reino do CRIADOR.”
[91]
Lasor resume o assunto com as seguintes palavras:
“A afirmação do apóstolo Sha’ul, “o salário do pecado é a
morte” (Rm 6:23) é um resumo adequado dessas maldições
sombrias e amargas. Desdenhar as exigências da aliança
divina ou rebelar-se contra elas, era transformar o Salvador
em Juiz.” [92]
2.3.4.5 A
Maldição nos Livros Proféticos
Falando em uma perspectiva histórica, os livros históricos
do Antigo Testamento contêm a história da ascensão e queda
de Israel. Os livros poéticos pertencem à era dourada
Judaica. Já, os livros proféticos estão inseridos nos dias
da queda de Israel.
Os livros
proféticos são 17, contendo 16 autores. Desses 16 autores,
13 relacionaram-se com o período de destruição da nação
hebraica e 3 com a restauração da mesma.
O período dos
profetas cobriu por volta de 400 anos, de 800 a 400 a.Y.
Iniciou-se com a apostasia das dez tribos ao término do
reinado de Salomão. O reino do norte adotou, como religião
oficial, o culto ao bezerro (uma estratégia política) e logo
depois somaram ao culto a Baal [o Senhor, dos crentes
trinitarianos], consequentemente deixando o culto a YAOHUH.
O ápice desta apostasia e o acontecimento central deste
período foi a destruição de Jerusalém. Diretamente
relacionados a este acontecimento estiveram 7 dos 16
profetas. Esse fato histórico desencadeou a maior
intensidade de atividade profética para, se possível,
evitá-lo.
A mensagem
profética é resumida por Halley da maneira como se segue:
1. Procurar salvar a nação de sua idolatria e impiedade.
2. Falhando nisso, anunciar que a nação seria destruída.
3. Não porém completamente destruída. Um remanescente seria
salvo.
4. Do meio desse remanescente sairia uma influência que se
espalharia pela terra e traria a o CRIADOR todas as nações.
Essa influência seria um grande Homem, que um dia se
levantaria na família de Daoúd. Os profetas chamaram-no de
“REBENTO”. A árvore da família de Daoúd, que fora a mais
poderosa do mundo, foi cortada nos dias dos profetas, para
governar um reinozinho desprezado que tendia a desaparecer;
uma família de reis sem reino: esta família faria uma volta
espetacular. Reaparecia. Do seu tronco brotaria um renovo,
um rebento tão grande que se chamaria O Rebento.”
[93]
Lasor também da
uma contribuição ao assunto dizendo:
“Um estudo
cuidadoso dos profetas e de sua mensagem revela que estão
profundamente envolvidos na vida e na morte da própria
nação. Ele falam do rei e de suas práticas idólatras, de
profetas que dizem o que são pagos para dizer, de sacerdotes
que não instruem o povo na lei de YAOHUH, de mercadores que
empregam balanças adulteradas, de juízes que favorecem o
rico e não oferecem justiça ao pobre, de mulheres cobiçosas
que levam o marido a práticas malignas para que possam nadar
no luxo.”
[94]
Pode-se notar,
portanto, que a mensagem profética está diretamente ligada
com o pecado do homem; i, é, Israel e as nações haviam
infringido as leis de YAOHUH e agora estavam sendo exortados
a arrepender-se e, se não o fizessem, estariam à mercê do
julgamento divino.
A palavra
“maldição” e seus derivados, encontra-se em 25 capítulos dos
livros proféticos. É relevante notar-se que em todas essas
referências, a maldição possui o mesmo significado que
possui em Gênesis e Deuteronômio; i, é, um estado de
ausência de Bênçãos por consequência do pecado. Assim,
Yahshua’yaohuh profetizando contra Tiro, diz que “Na
verdade, a terra está contaminada por causa dos seus
moradores, porquanto transgridem as leis, violam os
estatutos e quebram a aliança eterna. Por isso a maldição
consome a terra, e os que habitam nela se tornam culpados;
por isso, serão queimados os moradores da terra, e poucos
homens restarão” (Is 24:6); da mesma forma, profetizando
contra Israel, Jeremias/Yarmi’yaohuh diz: “Por que assim diz
o Criador dos Exércitos, o CRIADOR de Israel: Como se
derramou a minha ira e o meu furor sobre os habitantes de
Yah'shua-oleym, assim se derramará a minha indignação sobre
vós, quando entrardes no Egito; sereis objeto de maldição,
de espanto, de desprezo e opróbrio e não vereis mais este
lugar ” (Jr 42:18). Também neste mesmo teor, pode-se ver
Dayan’ul chegando à conclusão do motivo do sofrimento da
nação: “Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei,
desviando-se, para não obedecer à tua voz; por isso, a
maldição e as imprecações que estão escritas na lei de
Mehushua, servo do CRIADOR, se derramaram sobre nós, porque
temos pecado contra ti ” (Dn 9:11). Zacarias/Zochar’yah
também expressa o mesmo pensamento quando diz que a maldição
alcançará todo aquele que não guardar toda a lei (Zc 5:3),
e, também, Malaquias, quando diz que os sacerdotes seriam
infligidos pela maldição por não temerem ao Nome de YAOHUH
(Ml 2:1) e de reterem para si, os frutos dos dízimos
(3:10)!!!
Nos livros
proféticos, portanto, bem como nos livros já estudados, a
maldição está ligada diretamente com a desobediência à lei
de YAOHUH. Esta maldição é o estado a que se chegou por
ter-se rebelado contra o Sagrado.
2.3.4.6 A
Maldição e ha’satan
Faz-se
relevante aqui, esclarecer a relação da maldição
vetero-testamentária e a ingerência de satanás.
Rebecca Brown
em seu Livro “Maldições não quebradas”
[95], explica que as maldições podem ser
divididas em categorias. Essas categorias são: as maldições
dadas por YAOHUH, as maldições feitas por satanás e os seus
subalternos com direito para fazê-lo, e as maldições feitas
por satanás sem direito para fazê-lo.
A crença na
maldição respaldada por satanás é corroborada pelo
renascimento do dualismo Zoroastro, onde se cria que, no
universo, existem duas forças iguais em poder e força,
lutando entre si para dominar a espécie humana. Essa
concepção tem sido difundida em larga escala no meio
evangélico. Todavia, não encontra respaldo Bíblico. Não
encontra-se um texto siquer onde descreva que satanás tem o
poder autônomo de amaldiçoar alguém ou algo. O conceito,
principalmente Vetero-testamentário, é que a maldição está
diretamente ligada à quebra da aliança com YAOHUH. O
pensamento Bíblico é que o homem sofre as consequências de
seu estado de rebeldia (escolhas) contra YAOHUH. Assim, a
maldição é um estado a que se chegou, decorrente da rebelião
contra as leis de YAOHUH.
Talvez sejamos
tentados a pensar que satanás estava por detrás dos deuses
antigos de forma que quando as imprecações eram
pronunciadas, era satanás que agia para que estas se
cumprissem. No entanto, precisa-se atentar para dois fatos:
(1) A crença, como já vimos, no poder autônomo das
imprecações respaldadas por espíritos era própria das nações
vizinhas de Israel e não era compartilhada pelos homens de
YAOHUH. (2) Yahshua’yaohuh (Is 44:9 ss.) argumenta
que os deuses são sem valor, não tem poder algum para livrar
quem quer que seja; assim, não se pode crer que estes deuses
tivessem a capacidade de amaldiçoar.
Nota de oCaminho:
No entanto, tais deuses eram resultados das ações dos anjos
de satanás para manter estas nações no paganismo e com o
passar do tempo, o próprio Povo de
YAOHUH,
abraçou doutrinas pagãs advinda destes povos, a despeito das
constantes exortações do CRIADOR para que não se
contaminassem com eles...
Sobre isso, o
dicionário Internacional de Teologia do Antigo testamento é
feliz em comentar:
“Que tais
fórmulas existiram por todo o mundo antigo ninguém nega. Mas
a diferença entre elas e as do AT são adequadamente
ilustradas nesta citação de Fensham: ‘A execução mágica e
mecânica da maldição [...] aparece em tremendo contraste com
a abordagem egoteológica dos escritos proféticos [...] o ego
do Messias é o elemento central da ameaça, e execução e a
punição de uma maldição. [...] As maldições do antigo
Oriente Próximo, que aparecem fora do AT, são dirigidas
contra a transgressão da propriedade privada [...] mas a
obrigação ético-moral relacionada com o dever que se tem
perante o CRIADOR de amar ao próximo não é sequer
mencionada’ ”
[96]
2.3.4.7 A
Bíblia nos orienta a fazer uma árvore genealógica?
O conselho dos
mestres da maldição hereditária para se fazer um histórico
familiar, a fim de colher informações sobre alguma maldição
que porventura tenha entrado na família, não encontra
respaldo bíblico.
Uma primeira
consideração a ser feita é que a Bíblia nos ensina que cada
um é responsável por aquilo que faz. O profeta Ezequiel fala
sobre isso:
“Veio a mim a
palavra do Messias, dizendo: Que tendes vós, vós que, acerca
da terra de Israel, proferis este provérbio, dizendo: Os
pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se
embotaram? Tão certo como eu vivo, diz o Messias o CRIADOR,
jamais direis este provérbio em Israel. Eis que todas as
almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho
é minha; a alma que pecar, essa morrerá.” (Ez 18:1-4).
No contexto
deste texto, muitos estavam colocando a culpa de seus
fracassos em seus antepassados. Mas, YAOHUH trata com cada
um individualmente.
É claro que com
os pecados dos pais, os filhos podem colher o fruto deste
pecado, sendo influenciados a cometerem os mesmos pecados, e
a sofrerem as consequências disto (Gl 6:7). No entanto, isto
é quebrado quando a geração se arrepende de seu pecado. A
Bíblia nos diz que cada um dará conta de si mesmo a YAOHUH
(Rm 14:12). Não se pode arrepender-se em lugar de outro.
Nota de oCaminho:
As pessoas podem ser influenciadas – por desconhecimento –
pelas más escolhas dos pais e isto provocará alterações
culturais, intelectuais e psicológicas... Dentre estas, a
religião (conhecimento do Verdadeiro
YAOHUH)
podem ser embotadas!
Uma segunda
consideração a ser feita é que fazer árvores genealógicas
assemelha-se muito com a prática da seita mórmon. Eles fazem
isso com o intuito de resolver problemas espirituais de seus
mortos, através do batismo pelos mortos. Isso, é
anti-bíblico. A Palavra de YAOHUH condena tal prática (I Tm
1:4; Tt 3:9).
O texto bíblico
mais usado para apoiar a idéia da árvore genealógica é Ex
20: “...eu sou o Messias, teu o CRIADOR, o CRIADOR zeloso,
que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e
Quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia
até mil gerações daqueles que amam e guardam os meus
mandamentos”.
Para aqueles
que costumam procurar textos bíblicos para apoiar seus
conceitos, este é um “prato cheio”. No entanto, precisamos
fazer algumas considerações a respeito deste texto:
(1) Os números
não devem ser encarados literalmente.
(2) O contexto
trata do pecado de idolatria.
(3) O texto
trata daqueles que “aborrecem a o CRIADOR”
(4) O texto
trata das consequências do pecado que refletem até outras
gerações.
(5) Deve ser
interpretado à luz de Ez 18.
Nota de oCaminho:
A principal consideração não foi feita: a ira de
YAOHUH
é menos duradoura do que as Suas bênçãos!!!
2.3.3.7
Espíritos familiares à luz das Escrituras
A base bíblica
que os mestres da doutrina de quebra de maldições apresentam
para apoiar o pensamento de “espíritos familiares”, é Lv
19:31, na versão King James: “Não vos voltareis para os que
tem espíritos familiares, para serdes contaminados por eles.
Eu sou o Messias”.
Sobre este
texto, Robson Rodovalho escreve que “é esta a base bíblica
que temos para demonstrar que estes espíritos de
adivinhação, necromancia e feitiçaria, passam de geração a
geração.” [97]
Se este é o
único texto – e é o único - para apoiar a doutrina de
espíritos familiares não é difícil chegarmos à conclusão de
que não tem base bíblica.
O Velho
Testamento foi escrito em hebraico e não em inglês. Por
isso, faz-se necessário consultarmos o hebraico.
A palavra em
questão é “‘ob”. Esta palavra indica aqueles que consultam
espíritos. Literalmente é “o vaso”, ou “instrumento dos
espíritos”. Portanto, a feiticeira de Endor é uma ‘ob (I Sm
28); em Lv 19:31, o povo de Israel é instruído a ficar longe
destes ‘ob.
Uma série de
outras passagens envolvendo a palavra ‘ob, são encontradas
nas Escrituras (Lv 20:27; Dt 18:10,11; Is 8:19), sempre
denotando pessoas que se envolvem na consulta de mortos.
Nota de oCaminho:
O principal disto tudo é saber que quando a Bíblia diz
“espíritos dos mortos” está nos falando dos anjos de satanás
que, dentro do espiritismo, simulam nossos antepassados,
originando assim a doutrina da imortalidade da alma da
re-encarnação...
Àquilo que os
mestres da quebra de maldição chamam de espírito de
prostituição, de inveja, de lascívia, etc., a Bíblia chama
de obra da carne (Gl 5), e só se pode vencer,
arrependendo-se do pecado, através da submissão à Yaohushua,
em espírito (Gl 5:16; I Co 6:9-11).
Penso que é
mais fácil culpar a outros pelos próprios erros do que
reconhecer o seu próprio. É mais fácil repreender demônios,
responsabilizando-os pelos pecados que cometemos, do que
arrepender-se e buscar no Messias a restauração. Mas, não é
esse o caminho que nos leva à santidade.
3. O MÉTODO BÍBLICO DE BATALHA ESPIRITUAL
Como se deve guerrear contra o inimigo? Quais são as armas
disponíveis? As Escrituras nos dão o método de combate. Este
método deve ser seguido se quisermos ter realmente vitória
contra as força demoníacas. A seguir veremos as armas de
ataque que estão à nossa disposição.
3.1
As armas de ataque
3.1.1 A pregação do Evangelho
Eis uma arma eficaz contra o inimigo: a pregação da Verdade
(Tg 4:7).
Todo aquele que invocar o Nome [Verdadeiro] do Messias será
salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E
como crerão naquele de que nada ouviram? E como ouviram, se
não há que pregue? E como pregarão se não foram enviados?
Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam
coisas boas! Mas nem todos obedecem ao evangelho; pois
Yahshua’yaohuh diz: Messias, quem acreditou na nossa
pregação? E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação,
pela palavra de Cristo. Rm 10:13-17.
Nota de oCaminho:
E, aqui, a
principal arma é conhecer a Verdade (não orando ao falso
“jesus” - paganizado - dos evangélicos que seguem a Besta)!
Jo 8:32. Muitos, porém, diriam: Mas, e quantos aos milagres
e respostas que eu presencie, em nome de “jesus”? Certamente
que sim; primeiro, possivelmente pela clemência e bondade do
ETERNO e; segundo, teria sido Ele mesmo que “respondeu” ou
foi há’satan, para mantê-lo longe da Verdade e assim
levando-o à perdição? Pense nisto e para ajudá-lo neste
raciocínio leia Mt 7:21-23.
Diante desta maravilhosa declaração do apóstolo Sha’ul,
pode-se chegar à conclusão que a pregação do Evangelho é
poderosa, por si só, para salvar o perdido. A fé vem pela
pregação da Palavra de
YAOHUH
e não através de “oração de guerra”.
Champlin comenta sobre este texto da seguinte forma:
“O propósito da
pregação cristã é o de despertar a fé nos homens,
dirigindo-lhes a alma para o seu destino apropriado. Sha’ul
reitera aqui a mensagem constante nos versículos catorze e
quinze, mostrando que a pregação com que os missionários da
cruz obtinham convertidos, e que precisava ser ouvida para
que pudesse haver fé, é a mensagem de Cristo.”
[98]
Em Jo 8:32, está escrito: “Conhecereis a Verdade e a Verdade
vos libertará.” É a verdade de
YAOHUH
e de Seu Filho, o Cristo, que liberta. Não é ordenando a
demônios que liberem as pessoas; este poder quem tem é o
Evangelho, e é exatamente por isso que devemos comunicá-lo.
Yaohushua não comissionou seus discípulos a “amarrar”
demônios nas regiões celestiais.
Yaohushua comissionou-os a pregar o Evangelho: “Ide por todo
o mundo e pregai o evangelho a todo criatura.” (Mc 16:15);
O apóstolo Sha’ul, quando se converteu foi logo pregar o
evangelho na sinagoga (At 9:20); em suas viagens
missionárias pregava o evangelho (Rm 15:18-20); exortou ao
seu filho na fé, Timóteo/Yaohu’tam, que pregasse a Palavra
(II Tm 4:2), e, no final de sua carreira, quando estava
preso, ainda pregava o evangelho (At 28:31).
Yaohushua e o apóstolo Sha’ul, enfatizaram a pregação do
evangelho como arma para converter os incrédulos. Se amarrar
e destituir principados e potestades antes de anunciar a
Cristo fosse tão importante, porque Yaohushua e Sha’ul não
nos chamam à atenção para um fator tão importante?
Sobre isto Ricardo Gondin comenta:
“O triunfo dos cristãos na batalha espiritual acontece muito
mais como o resultado da proclamação da Verdade que
confrontos de poderes. O poder por si só não pode libertar
os cativos. A Verdade liberta (Jo 8:32).”
[99]
O evangelho de Cristo é, em si mesmo, poderoso para a
salvação daqueles que crêem. É claro que pode-se variar nos
métodos de comunicação deste; no entanto, não se pode fiar
nestes métodos para a salvação do perdido.
3.1.2 Intercessão
A palavra “intercessão” vem do latim “intercedere”, que
significa: “ficar entre”. No caso da oração é aplicada ao
ato da petição, súplica a
YAOHUH
por algo ou alguém.
Sha’ul, em sua carta a Timóteo/Yaohu’tam, reconhece o valor
da súplica em parceria da pregação do evangelho para a
salvação: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática
de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em
favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os
que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida
tranquila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e
aceitável diante do ETERNO e ao nosso Salvador, o qual
deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno
conhecimento da Verdade.
Porque há um só que é
ETERNO, e um só Mediador entre o ETERNO e os homens,
hol’Mehushkyah Yaohushua, homem,” I Tim 2:1-5 (Cf Gl 4:4)
É necessário observar-se que a forma de oração que Sha’ul
exorta para que se faça é: súplica, intercessão e ação de
graça – nunca uma “reza”. Quando se olha para a oração que
Sha’ul exorta que se faça, pode-se denominá-la de “oração
evangélica”. Esta é a oração - constituída por súplicas,
intercessões e ações de graça - feita por todos os homens,
com o propósito de viver-se tranquilamente e salvar aqueles
que estão perdidos.
A intercessão é uma arma para lutar contra o diabo pelas
vidas que estão perdidas. Em Ef 6:8, o apóstolo Sha’ul ainda
fala sobre o valor da oração para:
“...que me seja dada no abrir da minha boca, a palavra,
para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do
evangelho”.
Quando se observa os modelos de oração nas Escrituras,
palavras do tipo: suplicar, rogar, segundo a tua vontade,
são comuns e significativamente repetitivas. Elas têm grande
significado para o cristão. Nelas, encontra-se intrínseca a
confiança em
YAOHUH
para todas as ocasiões da vida, inclusive para o dever de
evangelização.
O evangelismo deve ser recheado pela oração, assim como fez
Yaohushua (Mc 1:35) e os apóstolos (At 4:31); mas esta
oração, para ser eficaz, deve ser feita a
YAOHUH,
o Pai da luzes, e não ao diabo.
3.2
As armas de defesa
Quando o cristão vale-se das armas de ataque, bíblicas, para
saquear o território do inimigo (principalmente pregando a
Verdade para libertar os cativos), é lógico que este irá
reagir; e quando isto acontecer... o que fazer?
Ao descrever a armas espirituais do crente, Sha’ul, em Ef
6:13, diz o propósito: “...para que possais resistir no dia
mau.” Este vocábulo, “resistir”, é um verbo. Ele exprime a
idéia de opor-se, defender-se, fazer face a, colocar-se
contra, permanecer firme. A idéia que exprime este vocábulo
é a de não retroceder diante dos ataques do inimigo, para
não lhe conceder nenhuma vantagem ou vitória. Ele aparece,
também, em passagens como Tg 4:7 e I Pd 5:9.
A pergunta é: como resistir, opor-se, fazer face ao diabo?
Em Efésios 6:14-17, Sha’ul passa a dizer que o crente deve
resistir ao diabo revestindo-se da armadura de
YAOHUH;
isto é, estudando a Sua Palavra e assim, identificando o
erro! Somente assim [desmascarando-o], o “pai da mentira”
fugirá de nós...
3.2.1 A Armadura de
YAOHUH
Quando Sha’ul cita a armadura, ele tinha em mente o soldado
romano preparado para a guerra. Ele usa esta figura para
exemplificar a luta do crente e como, este, pode vencer. A
metáfora denota o revestimento do Messias Yaohushua que o
crente deve Ter. Todas as partes da armadura são
pertencentes ao caráter de Cristo e são adquiridas pelo
crente através dEle, em espírito (Ap 3:20).
Alguns vestem a armadura como algo místico de eficácia
instantânea, ao proferir algumas orações. No entanto, não
creio que seja isso que Sha’ul tinha em mente. É certo que o
apóstolo, quando advertia os crentes a vestirem a armadura
de
YAOHUH, estava pensando
no revestir-se da natureza moral de Cristo; revestir-se do
próprio Cristo.
Portanto, essa é a arma que
YAOHUH
nos oferece para resistir no dia mau. A seguir,
veremos as armas de defesa que as Escrituras nos oferecem:
3.2.1.1 A Verdade
O cinto, ou cinturão, era posto em torno da cintura, usado
com a finalidade de apertar a armadura em volta do corpo e
sustentar a adaga e a espada.
Esta verdade
poderia, muito bem, significar a
verdade
moral, o oposto da mentira - o que seria lógico, pois
satanás, repito, é o pai da mentira. No entanto, é certo que
o significado desta verdade, exposta por Sha’ul, vai muito
além do significado de
verdade
ética. Considera-se que esta verdade é a Verdade de
YAOHUH;
ou seja, a verdade
cristã, o conjunto das doutrinas cristãs, que é o que
sustenta tudo o mais - segundo o mesmo uso da palavra denota
em Ef 4:15.
Nota de
oCaminho:
No entanto, o mundo cristão de hoje, está totalmente
paganizado – por falsas doutrinas – e por isto, devemos nos
referir à oholyáo cristã do primeiro século (Mt 16:18). Como
falsas doutrinas temos: Imortalidade da alma; moradas no
céu; nascimento virginal; dons de línguas “estranhas”;
arrebatamento secreto; isto sem falar na doutrina (pagã) mor
– a trindade!
3.2.1.2 A justiça
A couraça era uma peça da armadura romana que constituía-se
em duas partes: a primeira, cobria a região do tórax, e a
outra parte cobria a região das costas. Esta peça tinha a
finalidade de proteger as regiões vitais do corpo.
Sha’ul, ao usar esta peça, como metáfora, para exemplificar
a justiça, tinha em mente a justificação. Em Rm 8, Sha’ul
comenta que nada poderá condenar o crente, pois é
YAOHUH
quem o justifica. Isso quer dizer que (1) não podemos
confiar em nossa própria justiça, ou santidade, para vencer
o inimigo, mas confiar na justiça que vem de YAOHUH,
através do sacrifício de Yaohushua; por isso, é que nada,
nem anjos nem potestades, poderá nos separar do amor de
YAOHUH. (2)
Quando somos justificados, Ele, em Espírito, opera em nós a
obra da santificação; uma obra conjunta com o crente, no
qual, este, assume, de forma gradual, o caráter de Cristo,
em particular, o caráter justo - Sha’ul aplica este termo,
desta forma, em Ef 4:24 e 5:9.
3.2.1.3 O Evangelho da paz
A sandália romana, usada como figura pelo apóstolo Sha’ul,
era feita de couro e possuía vários cravos, formando uma
camada espessa. Esta peça tinha a finalidade de proteger os
pés do soldado, onde quer que ele fosse.
Para esta peça, são usadas algumas interpretações, como a
que diz que Sha’ul está referindo-se ao evangelismo. No
entanto, é preferível a interpretação de que Sha’ul
refere-se à paz com
YAOHUH,
consigo mesmo e com o próximo, que o Evangelho proporciona.
Esta paz é a tranquilidade mental e emocional - oriunda da
consciência da plena aceitação da parte de YAOHUH
- que o crente tem por onde vai, e em toda e qualquer
situação.
3.2.1.4 A fé
O escudo, usado como ilustração pelo apóstolo, era grande o
bastante para proteger o corpo inteiro do soldado. Ele era
formado de duas partes de madeira, recobertas de lona e,
depois, de couro.
Aqui, o apóstolo Sha’ul, refere-se a fé salvítica, de acordo
com o contexto de Ef 1:15, 2:8; 3:12, que produz entrega
total da alma do crente a Cristo. É a crença que Cristo,
como Messias, domina, controla e dirige todos os aspectos da
vida do crente. Esta fé tem a eficácia de anular os dardos
inflamados o maligno.
3.2.1.5 Salvação
O capacete, usado por Sha’ul para exemplificar a salvação,
era formado de couro grosso ou metal. Era usado para
proteger o soldado de golpes de espada, proferidos em sua
cabeça.
A salvação do crente, recebida pela graça divina, mediante a
fé, é o que o livra dos ataques aterradores do diabo. Ela é
uma proteção divina para o guerreiro que é crente. Quando a
pessoa é salva da morte e do pecado através de Cristo, ela
está escondida em Cristo e o diabo não a toca.
É interessante notar-se, que todas as demais peças da
armadura eram vestidas pelo guerreiro, mas o escudo era
recebido, o seu escudeiro colocava nele. Isso denota a
graciosidade da salvação. A salvação é pela graça, por isso,
de graça.
3.2.1.6 A Palavra de
YAOHUH
Poder-se-ia pensar que a espada é uma arma de ataque, e
realmente o é; no entanto, ela, também, pode ser usada como
defesa, e o contexto do texto de Efésios, nos da o subsídio
necessário para pensar que aqui, ela é usada para defesa.
O que Sha’ul queria dizer usando a espada como
ilustração? Certamente ele estava falando da atuação de
Yaohushua, em espírito, na vida do crente, de tal forma, que
torna a Palavra de
YAOHUH
uma força viva na vida diária, a torna eficaz em nós e torna
vigoroso o uso que fazemos dela.
Assim como a espada é morta quando não manuseada, assim é a
Palavra sem o atuar dEle, em Espírito, na vida de quem a lê.
A Palavra de
YAOHUH
respaldada por Ele, da vida e é mais cortante do que
qualquer espada de dois gumes e é apta para discernir as
intenções do coração (Hb 4:12).
Alguns interpretam este texto como se dissesse para usar a
declaração de versículos contra o diabo. No entanto, o diabo
não corre da mera declaração de versículos, mas, sim, da
eficácia que a operação das Escrituras, através de
Yaohushua, obtém na vida do crente, transformando-a (isto se
chama santificação ou Justificação pela Fé)!
4. OS BENEFÍCIOS DO MOVIMENTO DE BATALHA ESPIRITUAL
Seguindo o conselho do apóstolo Sha’ul de “...examinar tudo
e reter o bem”, agora, vejamos o que de bom, acrescentou o
movimento de Batalha Espiritual à Igreja.
4.1
Alerta à guerra espiritual
Líderes eclesiásticos, vivem, ainda que creiam na existência
do inimigo, totalmente desapercebidos da guerra que se trava
no mundo espiritual, e, por isso, deixam de manejar as armas
que
YAOHUH nos oferece. Por
sua vez, os novos convertidos passam a frequentar igrejas,
possuindo a cosmovisão de achar que, depois de convertidos,
está tudo bem; não são cônscios da batalha que começaram a
enfrentar no âmbito espiritual.
Não concordo com a teologia do Movimento de Batalha
Espiritual (como se foi evidenciado biblicamente neste
trabalho); no entanto, creio que foi permissão de
YAOHUH
para que o Seu povo tomasse consciência da luta espiritual
que estamos envolvidos e seguisse o conselho do apóstolo
Sha’ul: “... pois não lhe ignoramos os ardis”.
4.2
Ênfase no evangelismo
Por vezes, a Igreja é tentada a acomodar-se entre as quatro
paredes do templo e esquecer-se da grande comissão (Mc
16:15). É real a cosmovisão eclesiástica - errônea, por
sinal - de achar que evangelismo é só para missionários ou
pessoas tecnicamente preparadas para isso.
Não concordo com a visão do movimento de Batalha Espiritual
a respeito do evangelismo; no entanto, seus líderes - até
onde tenho conhecimento - estão, realmente, preocupados e
envolvidos com evangelismo (talvez por questões financeiras
– com o olho nas ofertas e dízimos). Essa influência é
extremamente benéfica a um povo que acomoda-se em sua
“vidinha” terrena; em seu individualismo egoísta.
4.3
Ênfase na oração
A oração, como vimos, é a chave para uma vida de comunhão
com
YAOHUH. Por detrás da
oração encontra-se um coração ardente de amor por
YAOHUH e entregue aos
Seus cuidados. Infelizmente, muitos crentes dormem para essa
realidade, e vivem uma vida espiritual raquítica. Outros a
praticam (como um amuleto) não por amor, mas por ambição
pessoal!!!
Não concordo com o que diz, o Movimento de Batalha
Espiritual, sobre a oração, como sendo palavras de
autoridade contra o diabo; no entanto, considero louvável a
ênfase que se dá à oração; pois, indubitavelmente,
Yaohushua, em seu ministério, orou (em busca do poder do
Pai) e precisa-se, também, de homens e mulheres de oração.
V. OS PERIGOS DO MOVIMENTO DE BATALHA ESPIRITUAL
Infelizmente, o Movimento de Batalha Espiritual oferece mais
perigos, para a Igreja, do que benefícios. Abaixo, veremos
que perigos são esses.
5.1
As fontes de informação.
As Escrituras são a única regra de fé e de prática. Nada
pode tomar esse lugar que lhe é próprio; nem os estatutos
eclesiásticos, nem as experiências pessoais.
O movimento de Batalha Espiritual trás - e se baseia nelas
para suas doutrinas - muitas informações que não procedem
das Escrituras. A pergunta que se segue, é esta: Se não vem
da Bíblia, de onde vem? Vejamos, com a finalidade de saber
de onde vem as informações que nos são passadas, algumas
declarações dos expoentes da Batalha Espiritual.
Em uma apostila sobre uma “profecia” concedida a Magnólia de
Campos Araújo, Mátiko Yamashita, do ministério de Batalha
Espiritual, concede algumas informações sobre espíritos
demoníacos; o interessante é que ela repete,
insistentemente, a fonte com o qual obteve tais informações:
“Eu comando o sheol. Sou capaz de transformar pedra em pão”,
disse Lúcifer. “Perguntei sobre Ninrod: disse que é
comandante geral de batalha e guerra de sombras. Perguntei
sobre o príncipe do Brasil: Esteve vago, pois Yemanjá foi
destronado no dia 12 de outubro de 1990”.
Depois disso, Mátiko fala sobre o Buda e escreve: “segundo
o Buda, há tipos de bonzos: os de roupa amarela e de
grená. Este é feroz, é como javali e se transformam em
javalis (grifo meu)”. Também fala do “Minotauro ou tauro:
segundo sua informação é anjo caído. É gênio de
destruição”.
Depois, Mátiko cita como obteve tais informações: “Recebemos
as revelações no dia 3.11.90, quando fomos fazer um trabalho
de libertação na casa da Silvia, e o minotauro e o centauro
dominavam e controlavam outro demônio de casta mais baixa,
chamado “amoran”, tipo de uma lesma que atua nos
homossexuais. São destituídos de inteligência, se alimenta
apenas de carne do homem, isto é todo tipo de pecado sexual
pervertido. Só pode ser exterminado, dividindo em dois ou
queimando com o “o fogo do Espírito”, não se expulsa, pois
ele não entende a linguagem dos humanos”.
Mátiko segue citando sobre o centauro: “quando a morte
pairar sobre a cabeça dos cristãos, diz Zohohet, que
eu, Magnólia vou ver centauro. Diz Zohohet: avisa a
igreja. Diz que vai voltar para falar mais” ( grifo
meu).
Mátiko segue comentando da seguinte forma: “todas as
informações foram dadas sob juramento, no dia 04.11.90 para
Magnólia Campos de Araújo”; e, também: “Estas informações
foram dadas pela Pomba-Gira, à Magnólia Campos Araújo”;
outra vez, fala: “Segundo o próprio demônio, ela
amacia o caminho para outros agentes de destruição do sexo.
Desfaz casamentos”.
Gostaria de ter palavras para exprimir minha completa
indignação diante de tais declarações. Temo não ter as
palavras adequadas, mas iremos esforçar-nos para tal.
Magnólia está assumindo o papel de profetiza do diabo. Ele
fala, ela repete. Ele manda avisar para a igreja e ela
avisa.
Fico imaginando como tais informações devem chegar ao ceio
de nossas igrejas. O diabo fala, alguém ouve e repete. Um
pastor - como a Mátiko -, sem compromisso com as Escrituras
(Verdade), ensina para a Igreja porque “não tem nada melhor
para ensinar”.
Os membros ficam impressionados com tais informações e
começam a propagá-las. Daí, se forma o que Sha’ul disse:
“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos
tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos
enganadores e a ensinos de demônios”. (I Tm 4:1).
Penso que as informações sobre demônios - seus nomes,
características, onde moram, etc - vem do próprio diabo, o
pai da mentira. Não creio que esta seja uma fonte fidedigna!
(Jo 8:44).
5.2
O pragmatismo
O termo “pragmatismo”, foi cunhado do vocábulo grego
“pragma” que quer dizer: ato, coisa, evento, ocorrência,
fato, matéria.
O pragmatismo ensina que conceitos, idéia e pensamentos só
têm valor quando seguidos de consequências práticas. A
respeito da verdade, o pragmatismo diz que somente as idéias
que produzem consequências; ou seja, se funcionam, é porque
são verdadeiras; em outras palavras, aquilo que funciona
tem, por de trás, um princípio verdadeiro.
Este pensamento filosófico nasceu nos E.U.A, em meios do fim
do séc. XIX para o séc. XX. Influenciaram extremamente o
ensino norte-americano, inclusive os seminários evangélicos.
Os principais filósofos pragmáticos foram: Charles Sanders
Peirce, William James, Royce, entre outros.
Levando a bandeira do pragmatismo, estão os pregadores da
Batalha Espiritual. Invariavelmente, para respaldar suas
idéias, selecionam experiências, e dizem: se deu certo... é
de
YAOHUH. Vejamos o que diz
Peter Wagner sobre isso:
“Sou um teórico, mas sou um daqueles que tendem por defender
teorias que funcionam. Meu principal laboratório, onde
submeto a teste essas teorias, tem sido a Argentina, pelo
que o leitor lerá sobre muitos incidentes que ocorreram
naquele país.” [100]
Em outra ocasião, ele fala da seguinte forma: “Sou uma
pessoa muito pragmática, no sentido de que as teorias que
mais me atraem são aquelas que funcionam.”
[101]
Nota de oCaminho:
Por isto costumamos dizer: Jamais rejeite uma “profecia”;
mas saiba discernir quem a profetizou!
Diante de tal perspectiva filosófica, podemos responder com
as palavras de Claudionor Corrêa de Andrade:
“A experiência tem demonstrado, porém, ser o pragmatismo mui
relativo. O que é útil, hoje, pode não o ser amanhã.
Exemplo: a escravidão. O que foi considerado útil nos
séculos passados, hoje é tido como desrespeito aos direitos
humanos. O pragmatismo, por conseguinte, é próprio das
sociedades totalitárias. A utilidade imediata quase sempre é
efêmera.” [102]
Quando estudamos a doutrina cristã, um dos assuntos que,
primeiramente deve ser encarado é a fonte da qual
extrairemos nosso conhecimento. Existem várias abordagens:
Teologia natural, Tradição, Experiência e Escrituras.
Aqueles que decidem-se pelas Escrituras tomam-nas “como o
documento definidor ou a constituição da fé cristã”. Ela é a
regra de fé e prática. Esta é a atitude tomada no meio
ortodoxo.
Nota de oCaminho:
Neste ponto, devemos tomar cuidado com as interpretações
humanas (dos líderes, principalmente).
Aqueles que optam pela experiência religiosa (pragmáticos),
consideram que ela provê informações divinas autorizadas.
Esta última posição é extremamente perigosa.
O Apóstolo Sha’ul advertiu-nos: “ainda que nós mesmos ou um
anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos
anunciamos, seja anátema” (Gl 1:8).
Nota de oCaminho:
Mais um alerta contra os chamados “líderes, mestres ou
teólogos”...
Note que a autoridade é o Evangelho e não a experiência.
Para Sha’ul, a Verdade é absoluta, e mesmo que experiências
queiram provar ao contrário, consideremos tal coisa anátema
(maldita).
É certo que a Palavra de
YAOHUH
é respaldada pelas experiências sobrenaturais de pessoas. No
entanto, nem toda experiência resultou em doutrina cristã. É
extremamente perigoso respaldarmos nossas convicções,
conceitos e doutrinas em experiências, por que as
experiências são relativas.
Não podemos usar métodos apenas porque funcionam, devemos
usar métodos se são bíblicos. Não devemos crer que tal coisa
é de
YAOHUH apenas porque
funciona, devemos crer porque possui respaldo bíblico. Assim
pensando; i, é, como os pragmáticos, segue-se que o
Islamismo é uma religião de UL, pois, é a que mais cresce no
mundo. No entanto, seus conceitos são diabólicos. Nem tudo
aquilo que dá certo é de YAOHUH
(como o Movimento da Nova Era e a trindade que infectou o
cristianismo, paganizando-o)
Sobre isso, Champlin, também comenta da seguinte forma:
“Existem grandes verdades espirituais que em coisa alguma
são afetadas pela experimentação humana...Tentar investigar
a verdade exclusivamente através de meios pragmáticos,
limitados à experiência humana, é abordar a Verdade de uma
maneira muito parcial.” [104]
A filosofia pragmática tem inserido sérios problemas
doutrinários na igreja, e a doutrina de batalha espiritual é
um deles.
5.3
Confusão entre obra do diabo e obra da carne
Um outro perigo doutrinário que acedia o movimento de
batalha espiritual é a confusão feita entre as obras da
carne e as obras do diabo.
Costumeiramente, quando alguém está envolvido em algum
pecado, atribui-se este envolvimento a espíritos malignos.
Assim, uma prostituta, é prostituta, por causa do espírito
de prostituição que a possui; de semelhante forma, se um
crente rouba, é por que o espírito de roubo o influenciou.
Nesta concepção, para estirpar determinados costumes nas
vidas das pessoas, é necessário identificar o demônio que
lhe acedia e repreendê-lo. Daí, vem a nomenclatura de
espírito de lascívia, de inveja, de fofoca, de dissolução,
etc.
Nota de oCaminho:
Como exemplo poderíamos citar o homossexualismo (no homem e
na mulher)... Atribui-se a demônios (quando não se
fala em “uma questão de escolha pessoal”) quando uma simples
dosagem de hormônios e a sua reposição, resolveria esta, que
é uma doença dos filhos de Cam (Ap 22:15).
A Bíblia chama estas manifestações- que os mestres da
batalha espiritual chamam de espíritos - de obras da carne
(Gl 5). O homem é responsável pelos seus atos, e como tal
deve reconhecê-los, arrepender-se e deixá-los (1 Jo 1: 5-9;
2: 1,2).
A Bíblia não nos instrui a repreender espíritos quando
estamos em pecado. Devemos tratar o pecado como pecado, que
é a escolha pessoal de rebelar-se contra
YAOHUH.
O diabo é tentador e, como tal, vive para induzir o homem ao
erro; no entanto, o homem peca devido à sua escolha de
rebelar-se contra
YAOHUH,
devido à sua natureza pecaminosa. Por isso, ele é
responsável pelos seus atos.
5.4
Dizer que é revelação de
YAOHUH
para os dias atuais
Quando não encontram mais argumentos para defender suas
idéias, os pregadores do movimento de batalha espiritual
tendem a dizer que esta é uma revelação de
YAOHUH
para os últimos dias.
Através da análise de textos como At 2:16,17; I Co 10:11; I
Jo 2:18, pode-se perceber que os apóstolos já viviam nos
últimos dias. Será que Sha’ul era tão imaturo na fé
para que
YAOHUH
não o revelasse este ensino? Será que o Cânon ainda não foi
concluído, necessitando, portanto, que livros de batalha
espiritual sejam inseridos? Se a igreja do primeiro século
não tinha esta revelação, porque obteve tanto sucesso
evangelístico, como a trindade que paganizou o cristianismo?
Não se pode confiar em qualquer revelação só porque ela
contém a fórmula: “assim diz o Messias”. Assim fizeram
Charles T. Russell, que começou a seita Testemunhas de
Jeová, dizendo-se ter uma nova revelação; também Ellen
Golden White, detentora de novas revelações e grande
propagadora do Adventismo do sétimo dia; podemos citar,
também, Joseph Smith, que recebeu revelações e, por isso,
fundou a seita mórmon.
Não descreio em revelações; porém, penso que estas, precisam
ser analisadas à luz das Escrituras (para saber-se discernir
quem a está revelando), pois, não possuem autoridade final.
A credulidade dos crentes é cativas à Palavra de
YAOHUH.
Não se pode obrigá-los a crer em algo que não é bíblico
(como a trindade – I Co 8:4up, 5-6).
Diante disso, gostaria de citar, novamente, as palavras do
apóstolo Sha’ul:
“Ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue
evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja
anátema.” (Gl 1:8).
CONCLUSÃO
Neste trabalho, estivemos observando o que as Escrituras tem
a nos dizer sobre guerra espiritual. Vimos, também, sobre o
Movimento de Batalha Espiritual, sua origem, seus ensinos,
suas estratégias de guerra. Fizemos isso, com o objetivo de
analisar, à luz das Escrituras, este tema. Em seguida,
oferecemos a solução bíblica para a guerra espiritual.
Deste trabalho, podemos observar que o “Movimento”
compromete as doutrinas cristãs ortodoxas. Doutrinas como a
soberania de
YAOHUH,
a suficiência da obra da cruz para a salvação do homem, e
para aniquilar as obras do diabo, são comprometidas.
Hoje, invés de Pastores ensinarem ao seu povo sobre a
soberania de
YAOHUH,
o valor da intercessão, o poder do evangelho, estão
ensinando o poder que o diabo tem e estratégias para
combatê-lo. Assim, conseguem adeptos à sua igreja e não a
Cristo!
O resultado disso, é que encontram-se pessoas, cada vez
mais, com medo do sobrenatural, outras considerando-se o
ápice da espiritualidade, os detentores da revelação e,
exacerbadamente, legalistas e soberbas.
O argumento comum para se explicar à ênfase que dão ao diabo
é que o primeiro princípio de guerra, é se conhecer muito
bem o inimigo. Concordo, em partes... A qualquer guerra,
este princípio é fundamental; entretanto, a batalha
espiritual que travamos já foi ganha na cruz do calvário. É
claro que não devemos ignorar os ardis do inimigo, mas
devemos nos aplicar a conhecer ao Messias, não ao diabo,
pois, quanto mais conhecemos àquEle que servimos, percebemos
que o diabo não passa de criatura, diante do Criador.
O povo de
YAOHUH
tem perecido, não por falta de conhecimento de quem é o
inimigo, mas por falta de conhecimento de quem é o Criador.
Por isso, mais do que nunca, precisamos de uma volta às
doutrinas básicas da fé cristã – a Igreja dos Apóstolos - e;
para isso, precisamos orar para que YAOHUH
levante verdadeiros mestres que tenham compromisso com a
Verdade das Escrituras e não com o resultado de igrejas
cheias.
Edição de:
Ministério
Estudando a Bíblia
www.cyocaminho.org
REFERENCIAS:
1
Sha’ul Romeiro- EVANGÉLICOS EM CRISE- pág. 114
2
Millard J. Erickson- INTRODUÇÃO A TEOLOGIA SISTEMÁTICA- Pág.
200
3
Revista Época, 29 de março de 1999
4
Revista Veja, 11 de agosto de 1999, pág. 142
5
C. Peter Wagner- ORAÇÀO DE GUERRA- pág. 44
6
Larry Lea- AS ARMAS DA SUA GUERRA- p. 12
7
Missão Evangélica Shekinah - Preparação de ministradores na
área de libertação e cura interior, 4
8
C. Peter Wagner- Oração de Guerra
9
Ibid. p. 92 e 98
10
Neuza Itioka – A Igreja e a Batalha Espiritual- p. 37
11
Neuza Itioka- Curso sobre Batalha Espiritual-
12
H. H. Halley- MANUAL BÍBLICO- p. 311
13
Joyce G. Baldwin- INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO- p. 192
14
Caio Fábio D’Araújo Filho- BATALHA ESPIRITUAL- p. 139, 140,
141.
15
Russell Shedd- BÍBLIA SHELD-
pág. 1243
16
C. Peter Wagner- ORAÇÃO DE GUERRA- pág. 18
17
Russell Shedd- O MUNDO A CARNE E O DIABO- pág. 12
18
Millard J. Erickson – INTRODUÇÃO A TEOLOGIA SISTEMÁTICA-
Pág. 175
19
C. Peter Wagner – ORAÇÃO DE GUERRA- pág. 176
20
Robson Rodovalho- POR TRÁS DAS BÊNÇÃOS E MALDIÇÕES. p. 67
21
Missão Evangélica Shekinah -
Preparação de
ministradores na área de libertação e cura interior,4
22
Georg Eldon Ladd- TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO- p. 395
23
Jhon F. MacArthur Jr.- NOSSA SUFICIÊNCIA EM CRISTO- p. 192
24
Michael S. Horton- O CRISTÃO E A CULTURA- p. 17
25
Vida Mix, No 1, ano 1, pág. 8
26
Robson Rodovalho- POR TRÁS DAS BÊNÇÃOS E MALDIÇÕES- p. 29
27
Neuza Itioka- A IGREJA E A BATALHA ESPIRITUAL- p. 67
28
Peter Wagner- ORAÇÃO DE GUERRA- p. 144
29
Neuza Itioka- A IGREJA E A BATALHA ESPIRITUAL- p. 55
30
Peter Wagner- ORAÇÃO DE GUERRA- p. 170
31
Missão Evangélica Shekinah-Preparação de
ministradores na área de libertação e cura interior,19
32
Cf. declaração de Magnólia de Campos Araújo, escrito por
Mátiko Yamashita, 30.10.90. Obra não publicada
33
Sha’ul Romeiro- EVANGÉLICOS EM CRISE – p.141
34
Michael S. Horton- O CRISTÃO E A CULTURA- p. 16
35
Neuza Itioka- A IGREJA E A BATALHA ESPIRITUAL- p. 54
36
Cesar Augusto- GUERRA ESPIRITUAL- p. 35
37
Peter Wagner- ORAÇÃO DE GUERRA- p. 26
38
Ed. Silvoso- QUE NENHUM PEREÇA- p. 317
39
Neuza Itioka- CURO SOBRE BATALHA ESPIRITUAL- p. 18
40
Missão Evangélica Shekinah-Preparação de
ministradores na área de libertação e cura interior, 4
41
R. N. Chanplim- NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO, VERSÍCULO POR
VERSÍCULO- p. 336
42
John F. MacArthur, Jr. – NOSSA SUFICIÊNCIA EM CRISTO- p. 192
43
Ricardo Gondin- OS SANTOS EM GUERRA- p. 174
44
Rebecca Brow – Maldições Não Quebradas – p. 5
45
Neuza Itioka- Curso Sobre Batalha Espiritual- p. 31
46
Rebecca Brown – Maldições não Quebradas – p. 21
47
Robson Rodovalho- Quebrando As Maldições Hereditárias-
Koinonia Edit., p. 10
48
Rebecca Brown – Maldições não Quebradas – p. 25
49
Ibid. p. 26
50
Ibid. p. 28
51
Ibid. p. 43
52
Jorge Linhares – Bênção e Maldição – p. 41
53
Rebecca Brown -Maldições não quebradas- p. 40
54
Jorge Linhares – Bênção e Maldição – p. 43
55
Rebecca Brown -Maldições não quebradas-
56
Jorge Linhares. Bênção e Maldição. p. 16
57
Hank Hanegraaff. Cristianismo Em Crise. Op. Cit. p. 278
58
Missão Evangélica Shekinah- Preparação de ministradores na
área de libertação e cura interior. p.59 Obra não publicada
58
J. D. Douglas – O Novo dicionário da Biblia - pág. 978
59
Rebecca Brown – Maldições não quebradas – pág. 83
60
Rebecca Brown – Maldições não quebradas – p. 95
61
Ricardo Mariano – Neo Pentecostais – p. 139
62
Robson Rodovalho- Quebrando As Maldições Hereditárias- p. 10
63
Ibid. p. 12
64
Missão Evangélica Shekinah- Preparação de ministradores na
área de libertação e cura interior. p.56 – Obra não
publicada
65
Ibid. p. 62
66
Robson Rodovalho- Quebrando As Maldições Hereditárias- p. 29
67
Robson Rodovalho- Por Trás Das Bênçãos E Maldições- p.61
68
Rebecca Brown – Maldições não quebradas – p. 19
69
Novo Dicionário Aurélio da Línga Portuguesa – p. 1069
70
HARRIS et al. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo
Testamento – p. 126
71
Ibid. p. 126
72
Ibid. p. 1346
73
J. D. Douglas – O Novo dicionário da Bíblia - p. 978
74
Antônio Neves de Mesquita. Estudo nos livros de Números e
Deuteronômio – p. 66
75
Lothar Coenen. Dicionário de Teologia do Novo Testamento. p.
184
76
. D. Douglas – O Novo dicionário da Bíblia – pág. 978
77
R. N. Chanplim – Enciclopédia de Bíblia, Teologia e
Filosofia – p. 24
78
AYMARD et al. O oriente e a Grécia Antiga. p. 241
79
Ibid. p. 277
80
William L. Coleman – Manual dos tempos e costumes Bíblicos –
p. 286
81
R. N. Chanplim – Enciclopédia de Bíblia, Teologia e
Filosofia – p. 362
82
Mary J. Evans. “A plague on both your houses” cursing and
blessing reviewed.
p. 4
83
Russel Shedd – Bíblia Shedd – p. 224
84
LASOR et al. Introdução ao Antigo Testamento. p. 16
85
Walter C. Kaiser, Jr – Teologia do Antigo Testamento - p. 80
86
HARRIS et al. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo
Testamento. p. 126.
87
F. Daoúddson – O Novo Comentário da Bíblia - p. 88
88
Ibid. p. 93
88
Henry H. Halley – Manual Bíblico - p. 74.
89
LASOR et al. Introdução ao Antigo Testamento. p. 123
90
Paul Hoff – O Pentateuco – p. 239
91
J. J. Von Allmen – Vocabulário Bíblico – p. 235
92
LASOR et al. Introdução ao Antigo Testamento.
p. 134
93
Henry H. Haley – Manual Bíblico – p. 253
94
LASOR et al.
Introdução ao
Antigo Testamento. p. 247
95
Rebecca Brown – Maldições não quebradas – p. 12
96
HARRIS et al. Diconário Internacional de Teologia do Antigo
Testamento. p. 127
97
Robson Rodovalho- QUEBRANDO AS MALDIÇÕES HEREDITÁRIAS- p. 12
98
R. N. Champlim- O NOVO TESTAMENTO INTREPRETADO, VERSÍCULO
POR VERSÍCULO- p. 780
99
Ricardo Gondin – OS SANTOS EM GUERRA- P. 174
100
Declaração de Magnólia de Campos de Araújo, escrita por
Mátiko Yamashita, obra não publicada
101
C. Peter Wagner- ORAÇÃO DE GUERRA, p. 13
102
Ibid. P. 26
103
Claudionor Corrêa de Andrade- DICIONÁRIO TEOLÓGICO- p. 206
104
R. N. Champlim. ENCICLOPÉDIA DE BÍBLIA, TEOLOGIA E
FILOSOFIA. p. 354
*Nelson L. Galvão é prof. de
teologia, “pastor” da igreja Batista.
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