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SHEMA YSRAEL, YAOHUSHUA ELOHENU UL, YAOHUH ECHAD! Dt 6:4. Escuta Yaoshor'u! Yaohushua é o nosso Criador; o Eterno é um Só! |
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Nascidos do Sangue - Os Segredos Perdidos da Maçonaria (uma resenha) Sob a recomendação do Sereníssimo Grão-Mestre da GLUSA (Grande Loja Unida Sul-Americana), Weber Varrasquim, li este excelente livro de John J. Robinson, um pesquisador declaradamente “não Maçom nem Católico Romano” que elaborou uma das melhores Obras especulativas sobre as origens da Maçonaria jamais escritas.
Inicialmente, agradece entusiasticamente a atenção e prestimosidade de todos os bibliotecários e livreiros (Maçons e não Maçons) nos locais em que pesquisou em três países: EUA, Inglaterra e França. Partindo da premissa aceita quase universalmente de que a Maçonaria teria sua origem nas guildas [profissionais associados; sindicato] de pedreiros medievais fica genuinamente frustrado – e percebe genuína frustração – ao encontrar, nas referências às guildas de pedreiros em todas as bibliotecas maçônicas e não maçônicas em que pesquisou, informações detalhadas dando conta de que são sempre circunscritas a determinados locais, sempre competitivas umas com as outras e muito raramente cooperativas e, finalmente, sempre abençoadas pela Igreja Católica Romana. Não encontrou, em sua longa e acurada pesquisa, qualquer referência que pudesse justificar os segredos e a necessidade (ou explicação plausível) para palavras, toques e sinais ou juramentos e auto-proteção nas guildas de pedreiros medievais. Chama a atenção para uma série de coisas, a começar pela recorrência mundial de sociedades secretas que se disfarçam em coisas diferentes daquelas que seja a motivação final. Exemplificando, cita uma organização secreta de militares japoneses (a Shindo Rommei) que, durante a Segunda Grande Guerra, se infiltrou na Amazônia com vistas a detalhar os melhores meios de explorar os recursos naturais do local quando da esperada vitória nipônica. Disfarçaram-se como pescadores e todos os seus códigos giravam em torno de termos ligados à pesca (até hoje existe uma comunidade lá que, diariamente, hasteiam a bandeira nipônica). Especula-se: se os Maçons se disfarçaram [infiltraram-se] nas guildas de pedreiros medievais qual seria sua verdadeira origem? E quais os motivos e significados de tantos segredos, sinais, palavras, símbolos, etc.? A Rebelião Britânica de 1381Como todo pesquisador sério, busca todos os indícios plausíveis! Localiza na história uma rebelião que sacudiu a Grã Bretanha em 1381 e é usualmente narrada como uma “inexplicável rebelião camponesa”. Tal rebelião, antes de ser violentamente sufocada, prestava solidariedade apoio ao Rei, mas reivindicava – de maneira bem explicita – que o Rei se acautelasse contra os maus conselheiros franceses que o assessoravam e tinha como mira algumas propriedades e autoridades ligadas aos Cavaleiros Hospitalários.Subitamente e em vários pontos bastante distantes da Inglaterra, espocou a rebelião que imediatamente reconheceu como líder um homem até então absolutamente desconhecido e que tinha ou adotou o nome de Wat Tyler (a palavra “Tyler” em inglês significa “telhador” ou “fabricante de telhados e coberturas”). A curiosidade de Robinson, que conquistou muitos amigos maçons e tem – como qualquer pessoa – livre acesso a uma série de informações ao alcance de uns poucos cliques do mouse ou a frequência a qualquer boa biblioteca ou livraria, foi crescendo naturalmente. Os Templários eram rivais históricos dos Hospitalários, ambas as Ordens tinham Regras complexas elaboradas (a pedido) por Bernardo de Clairvaux; regras que eram, durante a Idade Média, mantidas secretas. Hoje se sabe que os Templários faziam votos de castidade (que, segundo Robinson, era assegurada pelo uso permanente de uma ceroula confeccionada em pele de cordeiro e a proibição de tomar banhos públicos ou da visualização da nudez, própria ou de outrem), voto de pobreza e de auxílio mútuo. Revela o Autor ainda que usavam luvas brancas a fim de preservar as mãos limpas para quando fossem “tocar o CRIADOR” – através dos sacramentos – e que, antes de se fecharem em suas reuniões, por exemplo, na antiga construção do que restava do Templo de Salomão, onde mantiveram sua sede durante bom tempo das Cruzadas, um dos Irmãos – era assim que aqueles monges guerreiros se tratavam, tal como ocorre em outras ordens religiosas – se postava do lado de fora do local de reunião com a espada em riste para garantir a segurança do encontro contra eventuais ataques dos inimigos ao redor. O fim dos TempláriosAo ingressar na Ordem dos Templários, oficialmente criada e reconhecida em 1185 e diretamente subordinada ao papa, única autoridade acima do Grão Mestre, o monge abria mão de toda a sua propriedade em prol da Ordem que, a este tesouro agregou muito do que foi conquistado ou transacionado durante o auge das Cruzadas. Os Templários se tornaram uma das mais sólidas forças econômicas da Idade Média e chegavam a efetivar muitas transações parecidas com atividades bancárias. Com a Europa cercada ao Norte pelos Vikings, ao sul e sudeste pelos Muçulmanos e a leste ora por Hunos, ora por Mongóis, era importante contar com um grupo armado capaz de proteger riquezas em transportes ou mesmo garantir o pagamento de pequenos montantes mediante apresentação de uma identificação positiva do portador do que seria equivalente a um “título bancário” moderno. Fosse metade de uma jóia com encaixe perfeito ou uma carta criptografada na qual se revelavam as perguntas a serem feitas ao portador que, respondendo apropriadamente, receberia o crédito esperado em qualquer unidade dos Templários em qualquer lugar da Europa, África ou Palestina. Ao invés de viajar com riquezas, muitos preferiam contar com este serviço dos Templários que, naturalmente, cobravam um valor justo para realizá-lo e assim ampliavam seu tesouro. O ano de 1305 encontra a Ordem dos Cavaleiros do Templo e a Ordem dos Hospitalários sediados na ilha de Chipre, pois os muçulmanos haviam retomado a Terra Santa. Ansiavam por uma última Cruzada, que jamais ocorreu. O rei da França Felipe de Valois, conhecido como “Felipe, o Belo”, concebeu um plano voltado a apoderar-se da enorme riqueza dos Templários e ter perdoada sua enorme dívida para com a Ordem e assim amealhar recursos para seus projetos temporais de ampliação territorial sobre a Inglaterra. Para tanto precisava da aquiescência do papa Clemente V (Bernardo de Goth, ex-arcebispo de Bordeaux) que, imediatamente, concebeu o plano de unificar as duas Ordens rivais, ou subordinar todos aos Hospitalários. Convocou os dois Grãos Mestres de ambas as Ordens a um encontro em Paris. O Grão Mestre dos Hospitalários deu uma desculpa convincente e faltou ao encontro. Jacques De Molay, Grão Mestre dos Templários, então contando quase 70 anos de idade, compareceu ao encontro com dois documentos: um plano detalhado para uma nova Cruzada (que presumia ser o principal motivo da convocação) e um arrazoado explicando as diferenças e motivos que considerava relevantes para manter Templários e Hospitalários como ordens distintas. De Molay foi recebido com todas as honras em Paris. Durante dois anos – período durante o qual Felipe de Valois ficou de apresentar sua decisão final sobre os dois documentos trazidos por Jacques De Molay – Guilherme de Nogaret, ministro de Felipe “o Belo”, arquitetou o plano para aprisionar a um só tempo todos os Templários em todos os pontos da Europa. Foram expedidas cartas lacradas aos senescais (líderes políticos e religiosos locais) de todas as paróquias com ordens expressas de somente abri-las a 12 de setembro de 1307. Naquela data, Jacques De Molay contava-se entre os maiores nobres da Europa a carregarem o caixão da princesa Catarina, falecida esposa do irmão do rei Felipe, Carlos de Valois. No mesmo momento em que o Grão Mestre dos Templários participava deste solene evento fúnebre em companhia dos nobres, não havia meios que lhe permitissem saber da trama, menos ainda do conteúdo das cartas que, abertas, tornariam a sexta-feira 13 (naquele caso de setembro de 1307) o dia mais aziago do ano: 15 mil homens (o número total de Cavaleiros Templários) deveriam ser aprisionados em grilhões especialmente confeccionados e despachados a todos os pontos com esta finalidade. As acusações que conduziram os Templários a tal situação, evidentemente forjadas, variavam de pederastia até a profanação de objetos sagrados passando por uma gama variegada de peculiares consideradas sacrílegas e heréticas ao imaginário da Santa Inquisição.
De defensores maiores da Fé Católica, subordinados diretamente ao papa, autoproclamado “Vigário de o CRIADOR na Terra”, passaram os Templários, na sexta-feira 13 de setembro de 1307 à condição de hereges e, como tal, deveriam ser e a maior parte deles o foi, supliciado de maneiras monstruosas como, após anos de torturas as mais diversas, ter o ventre aberto a faca e ver suas entranhas serem arrancadas e jogadas ao fogo morrendo lentamente entre tormentos atrozes... Aqueles que assistiram ao filme “Coração Valente”, de e com Mel Gibson, vislumbraram como eram as práticas da Santa Inquisição naquele período histórico embora haja uma falha no filme: a Santa Inquisição não era então admitida na Inglaterra. Já o suplício é nele retratado com realismo. Um número enorme de Templários recebeu a pena de sofrerem a morte na fogueira; alguns com o beneplácito de ter um colar de pólvora amarrado ao pescoço (o que apressava a morte) outros em lenha seca e gesso, ardendo lentamente... Jacques De Molay foi supliciado por 7 anos. Sob tortura o cidadão confessa tudo o que o torturador desejar ouvir – aliás, é justamente por isso que a tortura não é aceita como método para se extrair confissões na maior parte dos países ditos civilizados, do mundo contemporâneo, embora saibamos que mesmo o mais poderoso e autoproclamado mais civilizado de todos ainda o pratique escandalosamente como se vê em Abu Ghraib e Guantánamo, não para extrair confissões mas como mera prática de sadismo. Não satisfeitos, o rei e o papa consideraram que uma confissão pública de culpa seria a única coisa que poderia convencer a todos de que os “crimes” inacreditáveis imputados aos Templários eram realmente verídicos. O Grão-Mestre Jacques De Molay e Guy D’Alvergnie, um dos mais elevados cavaleiros Templários foram conduzidos – corpos envelhecidos e alquebrados por sete anos de suplícios nos calabouços e masmorras francesas – ao cadafalso onde, após a confissão, lhes seria garantida uma morte rápida. Juntando todas as suas forças morais, ambos negaram a quantos ali estavam para ouvir, todas as supostas heresias de que eram incriminados. A pena para tal comportamento segundo as leis da Santa Inquisição era uma só: morte na fogueira. Toda a riqueza dos Templários foi transferida para a Ordem dos Hospitalários por ordem do papa. Enquanto isso...Na Inglaterra, a Santa Inquisição ainda não chegara em 1307. Menos ainda na Escócia. Na Península Ibérica (faceando-se aos mouros dentro de seu próprio território) os dirigentes não manifestaram qualquer disposição para erradicar seus mais valorosos defensores, mesmo que ali o aparato da Santa Inquisição atuasse dramaticamente. Na região da Prússia (mais ou menos onde ficam hoje a Alemanha e a Polônia) tampouco houve perseguições significativas. Os Templários eram poderosa e segura barreira contra os magiares e mongóis. Estas circunstâncias propiciaram tempo, bastante tempo, aos remanescentes dos Templários, irmanados por laços ainda mais fortes ao perder o seu vínculo com o CRIADOR através da Igreja Católica Romana, profundamente religiosos e acostumados a um linguajar codificado, à auto-proteção diante de um adversário poderoso e grande habilidade bélica, a que se articulassem para resistir “na clandestinidade”, como diríamos hoje. Tais circunstâncias obrigam ainda a, refeitos do susto e do medo, repensar os fundamentos de sua Fé e mesmo nutrir sentimentos de vingança. |
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