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Inquisição: sob a Ótica dos Esotéricos

[palavras de um esotérico]

 
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"É imperativo notar que astrólogos, numerólogos, tarólogos, alquimistas, hermetistas, nunca foram perseguidos ou queimados vivos durante a Santa Inquisição nos seus 600 anos de escuridão espiritual. Não éramos considerados "bruxos" como se apregoa; não éramos estigmatizados pela SOCIEDADE EUROPÉIA; ninguém foi torturado por praticar tais atos, quem afirma isso desconhece a história".

[desconhecemos o autor deste tópico, mas por ser inerente, mantivemos aqui]

Na realidade tem que se observar o seguinte: durante a Idade Média e a Renascença, a alquimia e a astrologia eram partes integrantes da sociedade, a tal ponto, que Santo Alberto Magno e São Tomás de Aquino, por volta de 1250, as colocaram como disciplinas acadêmicas em toda a Europa, e ali permaneceram durante séculos. A medicina hermética e hipocrática (hoje no jargão da medicina holística e vibracional) eram amplamente aceitas desde o início da Era de Peixes, afinal só existiam elas! Os maiores médicos de que se têm notícias, com inúmeros seguidores, foram Hipócrates (500 a.C.), Galeno (200 d.C.), Paracelso (1520) e Nicholas Culpeper (1630), se utilizando de ervas e minerais numa relação direta com astrologia, alquimia e hermetismo!

Todos os tratados herméticos revelam origens e conceitos estóicos, septuagintas e coptas, totalmente pagãos em relação ao cristianismo atual, sem apor a própria linguagem alquímica, bem como suas pranchas de execução (quadros simbólicos da Grande Obra) que são completa e visivelmente anticristãos para os dogmas culturalmente instalados na época. Toda a elite européia aceitava como sendo uma "ciência" perfeitamente compatível com os ensinamentos da Igreja. Papa Silvestre III, Papa Clemente V, Santo Alberto Magno, São Tomás de Aquino, Roger Bacon, Abade John Kremer, Nicolas Flamel, entre tantas outras figuras históricas deste período, desenvolveram suas obras e estudos alquímicos e livres da propalada fogueira.

Talvez, creio eu, a única resposta que encontro para esta sociedade tão ambígua, seja a famosa "ambição egóica e desenfreada", natural da alma humana, pelo poder. Os senhores eclesiásticos "fecharam os olhos" para o simbolismo anticonvencional da alquimia e da filosofia contida no hermetismo e gnosticismo vislumbrando a real e física possibilidade de transformação do chumbo em ouro, ou talvez somente elas podiam explicar a natureza divina contida em seus dogmas e nas palavras bíblicas. De qualquer forma elas estavam lá; fortes, firmes, indestrutíveis pela ação da igreja. Um fato interessante é que esses conhecimentos foram todos destruídos pelos homens da ciência na era do Iluminismo (século XVIII) e não pelos homens católicos apostólicos romanos.

Na Santa Inquisição, mais tarde rebatizada de Congregação do Santo Ofício (julgamentos do credo incondicional na Igreja que durou de 1230 à 1825), foram consideradas hereges todas as pessoas que não aceitassem ou proferissem os dogmas da Igreja Católica Apostólica Romana, tais como: hol’Mehuskyah é o salvador, Deus é onisciente, o Papa é o senhor absoluto, o homem foi criado do barro (hoje, a ICAR aceita a teoria da evolução), a Terra é o centro do universo, o dízimo é uma indulgência. Assim, todas as outras religiões e culturas eram satânicas (islamismo, judaísmo, hinduísmo).

Estima-se oficialmente em 75 milhões de pessoas julgadas e condenadas à morte através da fogueira, afogamentos ou linchamentos, e neste índice oficial não se contabiliza a Guerra Santa (retomada de Jerusalém, 1096 à 1270). O fato curioso nos réus é que 75% eram mulheres viúvas com mais de 50 anos, 15% de homens viúvos de qualquer idade, 10% de crianças (todos filhos de pessoas já condenadas) e 5% indefinido e de outras religiões, em todos os processos eles eram acusados de ações sexuais com o satã ou lascívia bestial! Detalhe: quem acusava poderia receber 25% das propriedades do réu caso fosse comprovado o "conjunctus" com o demônio, o restante iria para a Igreja caso não houvesse herdeiros (talvez aí a preferência pelas viúvas)!

Raríssimas pessoas importantes foram julgadas na Santa Inquisição, na maioria absoluta eram pessoas de estirpes não agregadas ao clero e a sociedade local; podemos citar que os mais nobres foram queimados vivos por NÃO aceitarem os dogmas católicos e NUNCA por praticarem as artes ditas esotéricas: Cecco D’Ascolli (1327, astrólogo); Giordano Bruno (1600, alquímico, astrólogo); Galileu Galilei (1664, cientista, alquímico, astrólogo, este não foi queimado mas recebeu excomunhão por retratar suas teorias científicas). Todos diziam que o sistema planetário era heliocêntrico, contrário aos dogmas da Igreja que imputava como geocêntrico. Todas as vítimas tinham inevitavelmente um ponto que abalavam os dogmas católicos ou o poder monárquico francês ou espanhol.

Quer mais? Inúmeros livros e tratados sobre astrologia, numerologia, alquimia, hermetismo, (até rituais de magia cabalística) foram manuscritos por figuras altamente idôneas e respeitadas pela sociedade européia como o são até hoje por nós; foram altamente consumidos por todos na época como acontece atualmente. Nas discussões do ponto de vista teológicos só não se aceitavam filosofias e análises de necromancia (adivinhação da data da morte, magia negra e/ou culto aos mortos), do resto "voilá"! São tantos os autores que seria impossível enumerá-los. Todas as igrejas européias construídas entre os séculos XI e XVI têm em seus portais de entrada ou nos vitrais interiores os símbolos astrológicos e alquímicos, neoplatônicos, gnósticos e até maçônicos! 

Temos que entender que esoterismo não é religião e muito menos uma seita, mas sim, a parte que estuda os conceitos divinos, humanos e universais colocando CONSCIÊNCIA E DIRETRIZ no mundo ontológico, metafísico e logosófico (que o diga a Cabala judaica). O esoterismo serve ao autoconhecimento e não a devoções e cultos; para tal, existem religiões e fraternidades (antigamente essa premissa era muito mais compreendida que agora, talvez por isso fôssemos mais aceitos no seio social e religioso).

Os esotéricos somente começaram a perder o poder de aceitação em todas as castas sociais européias na era do Iluminismo (idade da razão absoluta), por volta de 1700, quando fomos relegados ao misticismo e superstição pelos cientistas e filósofos. Finalmente rompe-se o fator RELIGIÃO-CIÊNCIA, instalando uma crescente casta de pessoas negando a existência de Deus e buscando a supremacia do homem. Afinal, com séculos de dogmatismo e opressão religiosa-política quem não ousaria dizê-lo! De qualquer forma, nós esotéricos, sempre ficamos longe da lama negra da Santa Inquisição, e soubemos mais uma vez, no curso da história, compreender com o amor universal a evolução planetária!

Hoje dizem que somos bruxos e que se existisse a Santa Inquisição seríamos queimados vivos. Bom, hoje é outros tempos: a igreja atualmente condena a astrologia, o tarô, e tudo o que se refere ao esoterismo porque ela não quer ocupar um lugar "místico e supersticioso" (como os homens da ciência se referem a nós) que outrora ela se enfastiou, quer ser unicamente uma religião. Que assim seja...


VIEIRA: Um Religioso combatente...

A proibição de pregar

O Padre Antônio Vieira interpretava a história de Portugal como sendo uma história sagrada; uma verdadeira história da salvação, sendo os conquistadores portugueses, sem exceção, ministros do evangelho de Cristo, a quem competia trazer os "gentios" à fé e à Igreja [ICAR].

Partindo do princípio de que Cristo mesmo fundou o “Reino de Portugal, aparecendo e falando ao seu primeiro rei”, Vieira escreve: “Quem considerar o reino de Portugal no tempo passado, no presente e no futuro; no passado o verá vencido, no presente ressuscitado, e no futuro, glorioso".

Vieira escreveu "Esperanças de Portugal, Quinto Império do Mundo; Aos verdadeiros portugueses, devotos do Encoberto, em várias trovas escritas por Gonçalo Anes Bandarra. Este trabalho, redigido no “Rio das Amazonas”, é datado de 29/04/1659, e foi enviado ao seu amigo também jesuíta André Fernandes, bispo e confessor da rainha, D. Luisa de Gusmão (1613-1666), viúva do rei D. João IV. Vieira anunciava neste texto a ressurreição de D. João, morto [misteriosamente em guerra, na África], em novembro de 1656. A Inquisição toma posse deste trabalho, após fazer o Padre André Fernandes entregá-lo a contragosto (13/04/1660). Talvez André Fernandes tenha cometido alguma indiscrição, como mostrar o texto a algum amigo – que poderia tê-lo reproduzido com ou sem
consentimento –, ou mesmo comentar o assunto. O fato é que Vieira é intimado a apresentar o seu trabalho em abril daquele ano ao Santo Ofício, o que fez, voltando do Brasil, onde havia sido enviado...

A pretexto desse escrito Vieira é processado pela Inquisição, sendo interrogado morosamente desde 21/07/1663 a 01/10/1665, quando, já doente e enfraquecido, foi decretada a sua prisão. Em julho de 1666, apresenta a sua defesa, intitulada, "Representação dos motivos que tive para me parecerem prováveis as proposições de que se trata". Na elaboração de sua defesa, Vieira teve diante de si apenas papel, tinta e suas lembranças... Em 23/12/1667, diante dos inquisidores e de grande auditório, foi condenado à reclusão e ao silêncio perpétuo: “Os homens escreveram a sentença, o céu a ditou, e eu a aceitei com a paciência e conformidade que se deve às suas ordens”, escreveria Vieira dez dias depois ao Duque de Cadaval.

Todavia, nesse ínterim a situação política de Portugal havia mudado e os seus maiores inimigos tinham sido depostos; Viera foi perdoado e liberto (30/06/1668). Satisfeito por um lado, contudo, por outro, um tanto frustrado, vai então numa missão para Roma, lá chegando em 15/08/1669 e sendo calorosamente
recebido pelos jesuítas. O pretexto de sua viagem é conseguir a canonização de 40 mártires jesuítas (1670), todavia o que ele desejava era ser reabilitado dos vexames e humilhações por que passara e também combater a Inquisição portuguesa num lugar seguro, o que ele de fato fez ativamente. Em 1675 conseguiu retornar a Portugal com o breve do papa que o tornou imune ao poderoso braço inquisitorial.

Antônio Vieira colocava em risco os próprios fundamentos da poderosa instituição inquisicional, recomendando o fim das denúncias anônimas e até do confisco dos bens. Sem a primeira - e principal - forma de recolha de informações, perderiam grande parte dos seus informantes, com a consequente eficácia em atingir suas vitimas. Sem a segunda, perderia o sustento dos seus sequazes e da sua densa e numerosa máquina administrativa, e consequentemente, não poderia mais conseguir suportar tantas condenações e execuções e, logo, perderia a parte de leão da sua influência na sociedade que resultava em grande medida da ameaça latente que pendia sobre todos, até sobre os mais ricos e poderosos.

Mas este ataque contra os fundamentos financeiros e contra as fontes de rendimento da Inquisição não satisfez o ímpeto reformador de Vieira… A sua defesa dos judeus e dos cristãos novos é um dos pontos mais conhecidos do seu pensamento, mas também um dos mais centrais. Era sua íntima e profunda convicção de que fora a sua perseguição e subsequente expulsão, no século XVI, que estivera na fonte do declínio português a partir dessa época e da consequente perda da independência nacional, após o desaparecimento de Dom Sebastião. Sem o capital, nem o dinâmico espírito empreendedor dos judeus, a Expansão perdera a parte mais ativa da sua energia, e os inimigos do Reino haviam tomado gratuitamente aqueles mesmos refugiados que os haveriam de beneficiar, algo especialmente verdadeiro quanto a Inglaterra e aos Países Baixos onde os judeus ibéricos se tornaram rapidamente no cerne da expansão marítima desses países do norte da Europa. Reconhecendo estes erros que tanto prejudicavam um pais que muito dificilmente tinha reconquistado a sua independência e que travava uma guerra em quatro continentes com as três maiores potencias da sua época (Espanha, Países Baixos e Inglaterra), Vieira defendia que aqueles judeus que não tinham sido expulsos e que convertidos mais ou menos superficialmente ao cristianismo, se designavam agora de Cristãos Novos, deviam retomar à plenitude dos seus direitos cívicos, algo que contradizia vivamente o pensamento e a ação da Inquisição, tementes de perdas em seus poderes temporais.

Obviamente, uma tão frontal oposição aos interesses do Santo Oficio haveria inevitavelmente de atrair a atenção do Tribunal sobre o próprio Vieira… A morte do seu protetor, o rei Dom João IV, deixaria solta a sanha inquisitorial contra o jesuíta e esta lograria prender e condenar Vieira. Só no final da década de sessenta do século XVII, após uma visita a Roma  e ao próprio Papa - como citamos acima - é que Antônio Vieira conseguiria anular esta condenação. A mesma extraordinária capacidade oratória que seduzira o governo geral do Brasil, primeiro, e depois, a corte de Dom João VI, iria convencer o Papa e garantir assim a anulação das suas penas e condenações. Mas Vieira conseguiria ainda mais. Entre 1675 e 1681, a atividade da Inquisição esteve suspensa por determinação papal, uma determinação que encontrou o seu maior fundamento nos relatórios sobre os múltiplos abusos de poder que o jesuíta deixou em Roma, nas mãos do sumo Pontífice. Desta forma conseguia dois feitos raros e históricos, por um lado conseguia parar pela primeira vez durante sete anos a atividade do Santo Oficio em Portugal e, feito não menor, lograva escapulir da perigosa malha que inquisidores derramavam sobre si.

Recapitulando: Em 1663 Vieira havia sido condenado "à privação de pregar de voz ativa e passiva para sempre e à reclusão por tempo indeterminado numa casa da Companhia", cuja sentença foi publicamente lida e, quando no Colégiado, Vieira levantou-se para ouvi-la "todos os seus confrades se levantaram com ele. Assim lhe davam a prova da solidariedade que lhe deviam, numa questão que no fundo era um ataque... a algumas das qualidades que mais lhe realçavam a alma e alguns dos esforços que mais lhe podem ganhar a simpatia da posteridade".

A despeito das penas impostas, em 1667, Vieira é libertado da prisão "domiciliar", vai para Roma tratar da causa dos mártires do Brasil e principalmente de sua autodefesa junto ao Vaticano. Em 1675 obtém do Papa isenção de todas as suas culpas junto à Inquisição. A esta que o acusara, entre outras coisas, de "meter-se em assuntos superiores à sua capacidade" ao que ele respondera "esta culpa tiveram em parte meus prelados, os quais de idade de dezessete anos me encomendaram os Anais da Província, que vão a Roma historiados na língua latina, e de idade de dezoito anos me fizeram mestre de primeira, onde deixei comentadas as tragédias de Sêneca... e nos dois anos seguintes comecei um comentário literal e moral sobre Josué... e indo estudar, de idade de vinte anos... compus uma filosofia própria; e passando à Teologia me consentiram meus prelados... que eu compusesse por mim as matérias... de idade de trinta anos fui mestre de Teologia".

No período em que está cuidando de sua defesa na Itália, Vieira torna-se famoso e prestigiado em Roma, publicando com grande sucesso, seus sermões, sendo-lhe oferecido o cargo de Pregador oficial da rainha convertida, Cristina da Suécia.

Retornando posteriormente a Portugal, o jesuíta empenha-se de novo na questão indígena, reatando "o fio quebrado das Missões" servindo de inspirador às novas leis publicadas em 1680 e 1681, que restituíam completa liberdade aos índios e criavam as Juntas das Missões.

Em 1681, aos 73 anos, Vieira retorna à Bahia por recomendação médica de fugir do frio e para dedicar-se aos afazeres literários...

AÇÃO POLÍTICA DA SANTA INQUISIÇÃO

A Contra-Reforma recorreu também ao revigoramento da "Santa Inquisição" ou "Tribunal do Santo Ofício", criada durante a Idade Média para combater heresias, A Inquisição agiu de forma impiedosa sobre aqueles considerados "hereges", principalmente na Itália, em Portugal e na Espanha, onde o rei Filipe II (1527/1598) se mostrou um incansável defensor do Catolicismo.

Nos tribunais do Santo Ofício, julgavam-se crimes contra a fé, considerados graves, como judaísmo, luteranismo, blasfêmias e críticas aos dogmas católicos, e crimes contra a moral e os costumes, que recebiam penas mais leves, como bigamia e feitiçaria. Denúncias anônimas, delações e simples indícios eram o suficiente para a prisão, a tortura, a condenação e a queima na fogueira do réu, que não tinha o direito de defesa e muitas vezes nem sabia o motivo de sua prisão. Ao serem condenados à morte, os "hereges" 'eram entregues as autoridades civis para serem executados, o que era feito em solenes cerimônias públicas, denominadas autos de fé'.

Na Itália, o Santo Ofício contou, entre suas vítimas, os cientistas Giordano Bruno (queimado na fogueira) e Galileu Galilei, que se livrou da morte porque aceitou negar publicamente a sua teoria heliocêntrica; na época, contraria aos ensinamentos da Igreja.

Na Península Ibérica, a Inquisição esteve ligada ao processo de centralização das monarquias e foi usada pelos reis como meio de submissão dos súditos. Sua ação estendeu-se também às terras da América espanhola e portuguesa, Os burgueses protestantes, os muçulmanos e os judaicos sofreram cruéis perseguições nesses países. Para evitar o exílio os judaicos eram obrigados ao batismo forçado e à renúncia às suas crenças, sendo chamados de "cristãos novos". "Milhares decidiram partir e fortunas reverteram novamente para o tesouro real, pois os judaicos trocavam casas, propriedades, por um pedaço de pano ou qualquer coisa que pudessem carregar consigo”. (NOVINSKY, Anita. A Inquisição. São Paulo, Brasiliense, 19861 p. 33).

As ações do Santo Ofício provocaram a migração em massa de homens de negócios para as regiões mais livres do norte da Europa, trazendo êxodo de capitais e empobrecimento econômico aos países católicos.

 

AS GUERRAS RELIGIOSAS:

A EUROPA CATÓLICA E A EUROPA PROTESTANTES

Os movimentos da Reforma e da Contra-Reforma transformaram a Europa dos séculos XVI e XVII em palco de numerosas guerras religiosas, como a Rue das Províncias Unidas (calvinistas) contra a Espanha Católica que resultou na independência da Holanda e a Guerra dos Trinta Anos (1618/1648) entre a Alemanha (luterana) e a França (católica), vencida por esta última. Lutando entre si, protestantes e católicos buscavam apoio no poder político alterando o sentido das guerras.

Os Tratados de Westfália (1648) puseram fim às guerras de religião e traçaram novos limites para os países europeus, que serão mais ou menos mantidos até a Revolução Francesa. O Protestantismo predominou na Alemanha (Sacro Império Germânico) e na Escandinávia, com o Luteranismo; na Suíça, nas Províncias Unidas (Holanda) e na Escócia, com o Calvinismo; e na Inglaterra, com o Anglicanismo. o Catolicismo triunfou na Itália, na França, na Espanha, em Portugal, na Áustria e na Bélgica (Países-Baixos espanhóis)...

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